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Beatriz Prado – Semiologia Página 1 de 5 Tireoide: • É uma glândula que esta localizada na região anterior do pescoço. • Formada por dois lobos, direito e esquerdo que são unidos pelo istmo. • É bastante vascularizada. • Irá produzir e armazenar os hormônios da tireoide e é responsável pela regulação do metabolismo de todas as células do organismo. Exame físico: Inspeção da tireoide: • Observar se há aumento no volume, chamado de bócio. Inspeção da tireoide – deglutição: • O bócio sobe ao deglutir Palpação da tireoide: • No primeiro momento será localizada a cartilagem cricóide e abaixo dela estará situado o istmo. • Pode ser realizada pelo método posterior ou anterior. Hipotireoidismo: Introdução: É uma deficiência na produção dos hormônios tireoidianos ocasionando o alentecimento generalizado dos processos metabólicos. Etiologia: • Causa mais comum é a tireoide de Hashimoto de causa autoimune e o paciente pode ter um bócio difuso atóxico (referente a produção hormonal, Primário: mau funcionamento da tireoide (95% dos casos – doença de Hashimoto) Secundário: causa hipofisária – deficiência de TSH Hipotálamo produz o TRH, que irá estimular a hipófise a produzir o TSH que por sua vez se liga a tireoide para produzir T3 e T4. Terciário: por deficiência do hipotálamo do TRH. Beatriz Prado – Semiologia Página 2 de 5 pouca produção normal ou produção baixa) • Mais frequente no sexo feminina • Incidência aumenta com a idade e com áreas com deficiência de iodo • Radioterapia externa de cabeça e pescoço • Fármacos (antitireoidiano, iodo, lítio, amiodarona, contrastes radiológicos e etc.) Fatores de risco: • Idade maior que 60 anos • Sexo feminino • Bócio • Doença nodular tireoidiana • História familiar de doença tireoidiana • História de radioterapia para cabeça e pescoço • Doença autoimune tireoidiana e extratireoidiana • Fármacos: amiodarona, lítio, tionamidas, interferon-a etc.) • Baixa ingestão de iodo, síndrome de Down, síndrome de Turner Diagnóstico clínico: Sinais e sintomas: • Astenia • Sonolência • Voz arrastada • Hiporreflexia profunda • Edema facial • Anemia • Bradicardia • Pele seca e descamativa • Intolerância ao frio • 2/3 dos pacientes podem apresentar ganho ponderal. • Em geral é modesto e consequente a retenção hídrica Obesidade não faz parte do quadro de hipotireoidismo. Geral: Intolerância ao frio, ganho de peso/ diminuição do apetite, fascies mixedematosa, edema palpebral Cervical: bócio difuso Cardiovascular: bradicardia, PAS menor e PAD maior, bulhas cardíacas abafadas e derrame pericárdico. Hematológico: anemia Gastrointestinal: constipação, retardo no esvaziamento gástrico, macroglossia. Neurológico: perda de memória/ voz arrastada, neuropatia/hiporreflexia, fraqueza/astenia, sonolência Mental: depressão Dermatológico: alopecia/madarose, pele seca e descamativa, unhas quebradiças Sistema reprodutivo: ✓ Mulheres: irregularidades menstruais, anovulação e infertilidade ✓ Homens: redução da libido, disfunção erétil e oligospermia. Exames complementares: • Função tireoidiana: TSH elevado e níveis baixos de T3 e T4. • Ultrassom de tireoide: aumento de volume e alteração do parênquima. Beatriz Prado – Semiologia Página 3 de 5 Diagnóstico: Se dá através da história clinica + exame físico + função tireoidiana + ultrassom da tiroide. Hipertireoidismo • É uma síndrome clínica causada devida ao excesso de hormônio tireoidiano. • Doença de Graves: é a etiologia mais comum de hipertireoidismo (80% dos casos) • Bócio difuso tóxico • Prevalência de 3% nas mulheres e de 0,5% nos homens • Pico de incidência ocorre entre 30 e 60 anos, mas pode manifestar-se em qualquer faixa etária. Diagnóstico diferencial: • Doença de Graves • Bócio nodular tóxico: aumento do volume devido ao nódulo toxico que produz excesso de hormônio. Antecedentes pessoais: • Doença autoimune tireoidiana e extratireoidiana • Tabagismo: pode piorar a exoftalmia em pacientes com Graves. • História familiar de doença tireoidiana • Fármacos (amiodarona) Diagnóstico clínico: Manifestações secundárias aos efeitos estimulatórios dos hormônios tireoidianos sobre o metabolismo e os tecidos. Sinais e sintomas: • Pele quente e úmida • Nervosismo • Sudorese excessiva • Intolerância ao calor • Palpitação • Taquicardia • Perda de peso • Tremores • Fraqueza • Insônia • Hiperdefecação • Olhos: exoftalmia: hiperemia conjuntival (Graves); edema palpebral; diminuição motilidade: diplopia. • Cervical: bócio difuso (Graves); bócio nodular tóxico; pode haver sopro (Graves) • Cardiovascular: palpitações; taquicardia; fibrilação atrial; hipertensão divergente (aumento na PAS e diminuição da PAD) • Gastrointestinal: Hiperdefecação • Neurológico: tremores; fraqueza; agitação • Mental: irritabilidade; ansiedade; insônia • Dermatológico: pele quente e úmida; alopecia; mixedema pré-tibial (Graves; unhas de Plummer (Graves) Beatriz Prado – Semiologia Página 4 de 5 Tríade clássica da doença de Graves: hipertireoidismo com bócio difuso + oftalmopatia + mixedema pré-tibial Exames complementares: • Função tireoidiana: TSH baixo e níveis elevados de T3 e T4 • Ultrassom da tireoide: aumento de volume, alteração do parênquima, aumento vascularização = Graves • Cintilografia da tireoide: captação difusa = Graves • Captação nodular: nódulo tóxico Adenoma tóxico ou bócio nodular tóxico Introdução: Bócio uninodular tóxico ou adenoma tóxico ou doença de Plummer: Paciente só tem um nódulo produtor de hormônio • Segunda causa mais frequente de hipertireoidismo • 30-60 anos • Tumor benigno – capacidade de crescer e produzir T4 e T3 de forma autônoma • >2,5 – 3cm Bócio multinodular tóxico: paciente possuem vários nódulos produtores de hormônios A doença é igual só diferencia a quantidade Diagnóstico: Apresentação clínica: • Bócio nodular • Sintomas de tireotoxicose: menos intensas do que a doença de Graves Apresentação laboratorial: • TSH baixo e T4/T3 alto • Ultrassom da tireoide: Presença e característica dos nódulos • Cintilografia: Irá mostrar a captação do nódulo Beatriz Prado – Semiologia Página 5 de 5 Tireoidites: Tireoidite aguda: • Processo inflamatório decorrente da invasão bacteriana da glândula. Dor/sinais flogísticos/febre/IVAS prévia • Tratamento feito com antibiótico – punção de abscesso Tireoidite subaguda de Quervain: • Causada por vírus • Histórico de infecção de via aérea superior • Dor na tireoide a palpação • Não há sinal de inflamação • Alteração da função tireoidiana: hipertireoidismo, hipotiroidismo e depois se normaliza com eutireoidismo. Tireoidite de Hashimoto: • Autoimune: agressão do tecido tireoidiano por anticorpos • Mas é crônica, hipotireoidismo. Tireoidite de Ridel: • Rara • Fibrose da glândula e invasiva • Sua fisiopatologia é desconhecida
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