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Anamnese cardiológica

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Anamnese cardiológica
· A anamnese cardiológica é muito importante, pois evita pedir exames de alto custo para o paciente e influencia em um diagnóstico preciso.
· Na anamnese cardiológica o enfoque é dado nos principais fatores que levam a pensar em uma doença cardiológica.
· Identificação de sempre (nome, idade, profissão, gênero etc.):
- Idade: dependendo da idade do paciente nós podemos considerar ou descartar determinados diagnósticos. Por exemplo: embora crianças e jovens tenham problemas cardiológicos, não são os mesmos problemas que adultos jovens e idosos . Se o paciente for criança, pensa-se mais em cardiopatias congênitas, cardiopatias adquiridas na infância (exemplo febre reumática). Pacientes entre 20 e 50 anos apresentam mais hipertensão (HAS). Pacientes acima dos 50 anos tem uma maior predisposição a doenças arteriais coronarianas.
- Sexo: pacientes do sexo feminino têm mais lesões mitrais. Além disso, quando de trata de doenças arteriais coronarianas, mulheres tem mais atitudes preventivas. Já pacientes do sexo masculino tem mais doenças arteriais coronarianas, e além disso, têm prevalência elevada de tabagismo, consumo de álcool, alimentação com menos frutas, verduras e legumes.
- Raça: algumas raças têm predisposição a determinadas doenças (ex: em negros a HAS é mais frequente, principalmente em faixas etárias mais baixas e apresenta evolução mais grave e rápida)
- Profissão: importante levar em consideração as profissões que demandam esforço físico e grande estresse emocional (predisposição para doenças cardiovasculares)
- Naturalidade e local de residência: casa de pau a pique é o local onde o bicho barbeiro costuma se alojar. Portanto se o paciente mora em uma casa desse material, pode-se considerar doença de chagas. Além disso, deve-se considerar se o paciente reside em uma região endêmica para determinada doença.
OBS: embora muitas vezes os dados da identificação sejam coletados por secretárias, cabe ao médico a identificação desses dados
· Antecedentes pessoais:
- Pacientes com infecções estreptocócicas de repetição (infecções de garganta), com lesões renais ou até mesmo os que já tiveram COVID, podem apresentar predisposição para doenças cardiológicas.
· Antecedentes familiares:
- Algumas cardiológicas têm padrão familiar, por exemplo a hipertensão (HAS) e a Miocardiopatia hipertrófica, que tem um padrão autossômico de herança. Portanto, se um familiar for acometido por essas doenças, deve-se investigar os demais.
· Hábitos de vida:
- Tabagismo
- Etilismo
- Sedentarismo
- Alimentação
· Condições socioeconômicas e culturais:
- Podem predispor a doenças como a doença de chagas, doenças reumáticas
- Pessoas com menor acesso a recursos de saúde
· Principais queixas da cardiologia:
OBS: as principais queixas do coração, podem também ser queixas de outros sistemas, principalmente os mais próximos, como pulmões, por exemplo. Além disso, há doenças psicogênicas e situações de estresse que fazem alterações cardíacas, visto que o coração se atribui as emoções. A partir de uma anamnese eficiente e do recolhimento de todos os dados, o médico consegue então, avaliar se aquela queixa é sugestiva de doença cardíaca, ou se vai pensar em outro sistema acometido.
· Dor precordial: 
- Dor no peito
- Não é sinônimo de dor cardíaca, pois além do coração, essa dor no peito pode ter origem em outros lugares, como a pleura, pulmão, esôfago, estômago, articulação costocondral, musculatura.
- Pode ser psicogênica.
- História da doença atual / avaliação semiológica:
· Localização
· Irradiação
· Caráter da dor
· Intensidade
· Duração
· Frequência
· Fatores desencadeantes ou agravantes
· Fatores atenuantes
· Sintomas concomitantes
*Abaixo há um exemplo da semiologia de dor na isquemia miocárdica:
· Palpitações
- É a sensação incômoda do batimento cardíaco, o paciente percebe o coração batendo
- Pode estar relacionado com arritmias (taquicardia, bradicardia etc.)
- Nem sempre as palpitações significam arritmia. Muitas vezes o paciente fez um esforço e aumentou a frequência cardíaca, de uma maneira fisiológica, por causa desse esforço, portanto ele sente essa palpitação.
- Pode ter causas cardíacas, como: arritmias, insuficiência cardíaca, miocardites, miocardiopatias. 
- Pode ter causas NÃO cardíacas, como hipertireoidismo, anemias, emoções, esforço físico, café, tabaco, drogas ilícitas, as quais podem fazer com que o coração aumente a frequência, gerando um batimento possível de se sentir.
- Avaliação semiológica da palpitação:
· Frequência que isso acontece
· Horário de aparecimento
· Modo de instalação e desaparecimento (se começa e termina gradativamente, se tem início súbito e final súbito, início súbito e final gradativo, início gradativo e final súbito).
· Ritmo (se o paciente sente o coração com batidas rítmicas ou arrítmicas)
· Duração
· Sintomas associados
· Se possível, a FC (muitas pessoas têm oxímetro em casa)
· Uso de substâncias e medicamentos no dia que sentiu a palpitação (chás, cafés, refrigerantes de cola, tabaco, drogas)
- Um exemplo cardíaco que leva a palpitação é a extrassístole. Nesse caso é momentâneo, não tem sintomas associados, pode acontecer em qualquer momento do dia. O paciente relata que teve uma falha no coração, um pulo, um tremor e isso pode incomodá-lo dependendo da frequência.
- Outro exemplo são as taquicardias paroxísticas. Nesses casos, o aumento da FC não tem nenhuma causa fisiológica. Muitas vezes o paciente está em repouso e sente o coração aumentar a frequência subitamente (como na imagem abaixo) e esse aumento não tem um motivo. Da mesma forma, o final dessa palpitação também é súbito.
· Dispneia/cansaço 
- Paciente refere como cansaço, falta de ar, fadiga, fôlego curto, respiração difícil.
- É a sensação consciente e desagradável do ato de respirar.
- Pode ser subjetiva, quando o paciente sente, mas não é perceptível, ou ainda objetiva, onde eu percebo um aumento da frequência respiratória no paciente, além de sinais de esforço respiratório.
- Pode ter como causas: cardíacas, pulmonares, anemias, obesidade.
- Quando a dispneia acontece em um paciente que já é portador de uma cardiopatia, isso pode significar uma congestão pulmonar.
- Avaliação semiológica:
· Fatores desencadeantes (esforço, decúbito, repouso, emoção etc.)
· Tempo de duração
· Evolução ao longo dos meses (nas causas cardíacas a evolução costuma ser rápida)
· Relação com o esforço (qual tipo de esforço o paciente precisa fazer para sentir a dispneia)
· Posição (qual posição ele sente mais a dispneia. Em pacientes cardíacos o decúbito, normalmente, piora a dispneia)
· Fatores atenuantes (se o paciente se levanta, se ele faz repouso).
- Um exemplo de doença cardíaca que leva a dispneia é a insuficiência ventricular esquerda. Nesse caso, o paciente apresenta dispneia aos esforços (dificuldade em realizar atividades que antes fazia sem nenhum desconforto). O paciente também tem uma maior dispneia com o decúbito. Normalmente, tem uma evolução muito rápida.
- Outro exemplo é a dispneia no caso da insuficiência ventricular esquerda aguda (IAM), por exemplo no infarto. Quando o paciente tem um infarto durante a noite, pode haver uma dispneia paroxística noturna, na qual o paciente acorda de repente com uma falta de ar intensa, acompanhada de sufocação, com tosse seca e uma pressão no tórax.
- Doenças crônicas como as doenças coronarianas, a hipertensão e a insuficiência ventricular esquerda nos estágios iniciais, também podem causar dispneia. Nesses casos, muitos pacientes cardíacos apresentam a dispneia periódica (de Cheyne-Stokes), na qual o paciente tem um período de apneia (para de respirar), seguido de movimentos respiratórios superficiais que se tornam cada vez mais profundos. Depois que ele atinge uma frequência máxima, passa a apresentar apneia novamente. 
*Obs: crianças sadias e idosos podem apresentar esse tipo de respiração fisiologicamente.
· Desmaio (lipotimia e síncope)
- Síncope é a perda súbita e transitória da consciência e do tônus muscular (desamaio).
- Se a perda de consciênciafor parcial (sensação de desmaio, mas o paciente não chegou a perder a consciência toralmente), é chamado de pré-sincope lipotimia.
- A causa é uma redução aguda e transitória do fluxo sanguíneo cerebral. Pode haver causas psicogênicas que levam a esse desmaio.
- Há causas cardíacas e não cardíacas que podem levar a síncope e lipotimia.
- Causas cardíacas: arritmias, insuficiência cardíaca, obstrução súbita de orifício valvar, anoxia cerebral, baixo débito cardíaco.
- Avaliação semiológica:
· Condições anteriores do desmaio
· Se havia feito esforço físico
· A posição do corpo em que ele estava (em pé a muito tempo, deitado e se levantou)
· Se teve grau de estresse emocional no dia
· O tempo decorrido da última refeição, se estava em jejum por muito tempo
· Temperatura do ambiente
· Mudança súbita na posição do corpo
· Sintomas que precederam o evento como: palpitação, sudorese, palidez, mal-estar, visão escurecida. Tudo o que ele sentiu logo antes de perder a consciência.
· Se no dia estava utilizando alguma medicação, ou utilizado alguma substância diferente.
· Se tinha alguma doença, como por exemplo uma gastroenterite. Se estava em tratamento de alguma doença, como pneumonia, covid. Naquele dia ele estava saudável, ou estava com alguma doença.
· Condições do desmaio
· Quanto tempo durou (se foi rápida, se demorou para voltar)
· Se teve ocorrência de convulsão (muitas sincopes de causa cardiogênica também podem levar a convulsão- se o paciente passa muito tempo em hipoxia cerebral, esta pode levar à convulsão)
· Se no momento ele teve movimentos ou se foi uma queda hipotônica (caiu mole).
· Se teve incontinência fecal ou urinária.
· Se teve mordedura.
· Condições pós desmaio
· Se ficou sonolento, confuso ou desorientado
· Se logo depois de alguns minutos voltou ao normal e se recuperou completamente.
· Edema
- Aumento do líquido intersticial
- Pode ter causas cardíacas e não cardíacas
- O edema cardíaco normalmente acontece quando há uma insuficiência ventricular do lado direito, com aumento da pressão hidrostática. Acúmulo de líquido na periferia.
- Avaliação semiológica:
· Localização (edema cardíaco normalmente começa nos membros inferiores e é ascendente)
· Se é bilateral (edema unilateral não é sugestivo de problema cardiológico). Pode acometer mais um lado do que outro, nesse caso, deve-se associar com doenças vasculares.
· Se o edema intensifica-se com o passar do dia (geralmente o pior horário é a tarde)
· Se o edema diminui ou desaparece com o repouso noturno
· Analisar se com a evolução da piora da função cardíaca, o paciente se apresenta em anasarca (edema em todo o corpo, inclusive o rosto).
· Se está associado a sinais como: hepatomegalia, turgência jugular e refluxo hepatojugular.
· Revisão de aparelhos e sistemas:
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