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Resumão HAM N2

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Carla Bertelli – 3° Período 
HAM N2
Todas as aulas Teóricas
 
Aula 1 – Anamnese 
A Anamnese leva a hipótese diagnóstica em mais de 
70% dos casos, apenas com a história clínica (quando 
bem feita e com domínio do conhecimento). Ela é 
intransferível e individual. 
Lembrar de toda questão ética e de como receber 
o paciente – empatia, respeito, puxar conversa, falar 
ao nível do paciente, não usar termos técnicos (ser 
claro). 
Técnicas de Anamnese – ela pode ser ativa, passiva 
ou mista. 
Ativa – Focaliza e direciona com perguntas. Nunca 
deve ser usada como a anamnese principal, apenas 
em caso de emergência, desastres ou acidentes 
com várias vítimas. 
Passiva – Deixa o paciente falar e o escuta. Anota 
em ordem cronológica tudo o que ele está citando 
e depois direciona, faz um mix entre a ativa e a 
passiva. 
Existem vieses na anamnese e eles estão 
relacionadas a dois sistemas. O Sistema 1 é Rápido, 
Intuitivo e Automático, e o Sistema 2 é Lento, 
Analítico e Deliberado. 
Os erros associados ao Sistema 1 incluem: Viés dos 
processos inatos (ex. quando se deixa de procurar 
mais problemas quando já achou um, ou seja, se 
agarrar em achados, acreditar que algo é uma coisa, 
mas não é), processos regulados pelas emoções (o 
fato de gostar menos ou gostar mais de um paciente 
influi no quanto achamos que a pessoa está doente 
ou não), viés da superexposição (ex. paciente que é 
freguês frequente e nunca tem nada) e o viés de 
aprendizagem implícita (adquirimos 
maneiras/pensamentos de professores e médicos 
inconscientemente por conviver muito com eles). Os 
vieses associados ao Sistema 2 podem ser erros por 
 
 
superestimativa ou subestimativa (sempre é 
preferível errar por superestimativa). 
A anamnese consiste em: Identificação (nome, idade, 
endereço, sexo, raça, naturalidade, profissão, estado 
civil, nome da mãe., procedência, religião, plano de 
saúde. 
QP – Com as palavras do paciente, nunca deve ser 
um diagnóstico, é o motivo pelo qual o paciente te 
procurou (ex. dor de garganta) 
HDA – Em ordem cronológica, termos médicos, 
anota toda a história/curso de sinais e sintomas do 
paciente. É importante seguir um sintoma guia, 
destrinchar ele, além de direcionar com perguntas 
abertas (sem induzir respostas). 
Antecedentes Pessoais – Lembrar que é dividido em 
Fisiológico (todo desenvolvimento desde seu 
nascimento) e Patológico (doenças, alergias, cirurgias, 
medicamentos). 
Antecedentes Familiares – Estado de vida de pelo 
menos 3 gerações da família (descendente, 
ascendente ou colateral), pais, avós, cônjuge, filhos, 
irmãos, tios – caso haja doentes saber qual doença 
e falecidos por qual motivo e idade 
Hábitos de Vida – Alimentação, atividade física, 
tabagismo, etilismo, uso de drogas 
Condições Socioeconômicas e Culturais – Moradia, 
ganho mensal (é importante saber pois não 
podemos receitar um tratamento que o paciente 
não tem como adquirir/arcar com os custos) 
Interrogatório Sintomatológico – Revisão de todos os 
sistemas (da cabeça aos pés), realizar de 2 a 3 
perguntas de cada sistema, nessa hora se utiliza 
perguntas fechadas (tem cefaleia? Como está o 
intestino? Apresenta alteração urinária?) 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Aula 2 – HAS 
PA Normal – 120/80 
Pré-Hipertensão – 130-139/85-89 
HAS estágio 1 – 140-159/90-99 
HAS estágio II – 160-179/100-109 
HAS estágio III - >180/>110 
Sistólica Isolada – PAS > 140 e PAD normal 
 
A HAS pode ser primária ou secundária. A HAS 
primária corresponde a uma interação entre fatores 
genéticos, ambientais e comportamentais que resulta 
em um aumento da PA. Esses fatores incluem 
tabagismo, obesidade, sedentarismo, estresse, 
histórico na família, ingestão exagerada de sal, álcool, 
além de ser mais comum em pessoas negras e em 
mulheres. A HAS Secundária é literalmente 
‘’secundária’’ a algum outro problema, principalmente 
renal, como por exemplo em uma insuficiência renal 
crônica ou estenose da artéria renal (porque com 
isso o corpo tem dificuldade em excretar excesso 
de sal e líquidos, provocando o aumento da PA) ou 
até mesmo por conta da doença de Cushing, 
gravidez ou tumor de suprarrenal. 
A HAS Sistólica Isolada acontece principalmente em 
jovens e idosos (é os dois extremos), em idosos é 
mais comum devido ao enrijecimento das paredes 
das artérias, visto que a HAS é literalmente uma 
questão vascular (onde tudo é estreitamento ou 
enrijecimento arterial) 
Diabéticos são as pessoas de mais alto risco para 
desenvolver HAS 
Lembrar da Hipertensão do Jaleco Branco e a 
Hipertensão Controlada 
Semiologia da Hipertensão Arterial – Deve-se saber 
a história clínica inteira do paciente em relação a HAS 
(a quanto tempo ele tem HAS, tratamentos, histórico 
familiar). Pacientes com HAS frequentemente são 
assintomáticos, mas sintomas específicos podem 
surgir em alguns casos, principalmente quando 
relacionados a HAS secundária. Avaliar sinais e 
sintomas como dor na nuca (resposta do cérebro 
em relação ao aumento da pressão), precordialgia, 
dispneia, palpitações, edema periférico, cefaleia, visão 
turva. Sinais e Sintomas sugestivos de HAS 
secundária incluem astenia, tetania, cãibra, arritmia, 
edema pulmonar, sudorese. 
Fatores de Risco – História pessoal de DCV (IAM, 
ICC, AVC), diabetes, dislipidemia, doença renal 
crônica, tabagismo, alcoolismo. 
Histórico Familiar – HAS na família, diabetes. 
Exame Físico – Deve ser completo e avalia a 
circulação e o coração, como por exemplo 
frequência de pulso, caráter venoso, avaliação da PA, 
batimento ápice, ruídos cardíacos, palpitações, 
edema periférico e sopros. 
Exames Laboratoriais – Sódio, potássio, creatinina 
sérica, taxa de filtração glomerular, glicose, perfil 
lipídico, urina simples, triglicerídeos. (raio X, ECG 
também....) 
Aferição da Pressão – O paciente deve permanecer 
em repouso de 3 a 5 min em um ambiente calmo. 
Certificar de que ele não está com bexiga cheia, não 
ingeriu álcool, café, alimento ou por acaso fumou nos 
30 minutos anteriores O paciente deve ser instruído 
não conversar durante a aferição. Ele deve estar 
sentado, confortavelmente, com as pernas 
descruzadas e pés apoiados no chão, dorso 
encostado na cadeira e relaxado. O braço deve estar 
apoiado em uma mesa, na altura do coração, com a 
palma da mão virada para cima e as roupas não 
podem garrotear o membro. 
Medir a PA na posição em pé após 3 min em 
diabéticos e idosos para avaliar situações em que a 
hipotensão ortostática possa ser frequente ou 
suspeitada. 
Sons de Korotkoff – Fase I (primeiro som que 
ouvimos, marca a pressão sistólica), Fase V (último 
som que ouvimos, marca a pressão diastólica) 
Diagnóstico HAS – Deve ser feita dentro do 
consultório com o critério de ter/fazer de 2/3 visitas 
em um intervalo de 2/4 semanas, fazendo de 2 a 3 
aferições em cada consulta, em situações diferentes, 
sem e com a presença do médico (HAS do jaleco 
branco). Medir a PA em ambos os braços e utilizar o 
braço de maior PA. Lembrar da PA em pé em idosos 
e hipertensos. Avaliar a PA em ambos os braços de 
um adulto, avaliar a PA em todos os 4 membros do 
Carla Bertelli – 3° Período 
bebê (coarctação de aorta), e de pé no idoso. O 
diagnóstico pode ser feito em apenas uma consulta 
caso a PA for >180/110 com evidencia de lesão a 
órgão alvo. 
 
Aula 3 – ICC 
Dispneia – é uma das principais características da 
ICC. 
Lembrar que ela sempre vai ocorrer devido a algum 
outro problema (ou vários) que afetaram o coração 
e a parede cardíaca – ou seja, podemos dizer que 
ela acontece sempre em decorrência de doenças 
negligenciadas e não curadas que afetaram o 
coração, e isso pode ser agudo (devido a um IAM) 
ou crônico (HAS, valvulopatia). Nunca é um 
diagnóstico final – é preciso saber sua causa base e 
tentar tratar. É resultado de insultos ao coração. 
A maior parte dos sinais e sintomas daICC se dá por 
conta da cascata de eventos que é ativada por 
mecanismos neuro-humorais para compensar a 
redução do débito cardíaco, mas evolui com mal 
adaptação, passando a sobrecarregar o sistema 
cardiovascular. Ela pode ser classificada em 4 graus, 
e vai do ICC menos grave (1) a quase incapacitante 
(IV) – utilizamos essa classificação para saber a clínica 
do paciente 
Dividimos em ICC sistólica e diastólica. (e também 
direita e esquerda, que vai a direita vai causar 
consequências retrógadas na circulação sistêmica e 
a esquerda na circulação pulmonar). 
A ICC sistólica tem a FE reduzida, e isso é 
responsável por um baixo débito, então o corpo vai 
reconhecer de que não está tendo sangue suficiente 
indo para o corpo e ai ativa o SRAA, ativa o SN 
Simpático que vão trabalhar para aumentar esse 
falso baixo débito. Na sistólica é importante saber que 
o coração não tem força e não contrai o suficiente, 
por isso a FE cai. Vamos visualizar edema em MMII, 
Ictus Cordis pode estar desviado casa haja uma 
hipertrofia excêntrica do coração, com o tempo 
surge dispneia (principalmente a noite), com noctúria. 
A ICC diastólica é mais comum que a sistólica, nela 
acontece que a FE está preservada, mas o coração 
está rígido, complacente (pode ser devido a uma 
hipertrofia concêntrica, pericardite constritiva) algo 
que impossibilite o coração dilatar para comportar 
todo sangue da pré-carga, sendo assim, por mais 
que ele contraia normalmente, o DC vai estar 
diminuído porque ele ejeta pouco volume sistólico 
porque ele não compota tudo que chega. 
O tratamento da ICC consiste na utilização de 
medicamentos como B-Bloqueador, inibidor da 
renina, IECA, BRAs, porque eles podem bloquear a 
resposta normal do organismos frente a ICC e 
diminuir a retenção de líquido, aumentar a excreção 
de água e sal. 
Sintomas não mensuráveis – Cansaço, dispneia, 
ortopneia, tontura, palpitação, tosse noturna, 
anorexia, 
Sinais – Turgência jugular, derrame pleural, ascite, 
hepatomegalia, cardiomegalia, alterações na ausculta 
cardíaca, edema em MMII. 
 
 
Aula 4 – Valvulopatias 
As 4 valvas do coração então no mesmo esqueleto 
fibroso, se encontram no mesmo nível/altura e 
foram feitas para que o sangue possa passar sem 
produzir nenhum atrito, ruido ou barulho estranho. 
Normalmente escutamos B1 (fechamento das AV) e 
B2 (fechamento das semilunares) e entre B1 e B2 
acontece a sístole, entre B2 e B1 a diástole. 
B3 – Ocorre no início da diástole., seu som surge 
quando existe um coração 
complacente/hipertrofiado, então nessa fase de 
enchimento rápido o sangue vindo do átrio se choca 
com a parede complacente e produz um som 
chamado de B3. 
Carla Bertelli – 3° Período 
B3 – Acontece no final da diástole, durante a sístole 
atrial, quando o átrio contrai e libera o restinho de 
sangue nele. Nesse caso, esse sangue vindo do átrio 
vai se chocar com o sangue que já está no 
ventrículo, causando um som devido ao encontro 
desses sangues. 
Em relação as valvulopatias, temos a estenose e a 
insuficiência. A estenose aórtica é a valvulopatia mais 
comum e a insuficiência mitral é a segunda mais 
comum. Suas causas podem se dar principalmente 
pela sua degeneração (a valva com o passar do 
tempo vai se calcificando), ou quando ela vai 
perdendo sua elasticidade, ficando flácida. Também 
temos a febre reumática como principal causadora 
(lembrar que ela é causada por uma infecção 
causada por um estreptococos beta hemolítico do 
grupo A), e também a endocardite. 
Estenose – A válvula fecha o seu orifício de saída, 
restringindo a saúde do sangue, faz um aumento da 
pressão dentro da cavidade e causa uma hipertrofia 
concêntrica (devido ao aumento de pressão). 
Insuficiência – A valva não se fecha completamente, 
é flácida, e o sangue reflui de volta para o local de 
onde está saindo. Causa um aumento de volume, 
então é responsável por uma Hipertrofia Excêntrica. 
Sintomatologia Clínica – Pode ter sinais parecidos 
com da ICC, como retenção de líquido, dispneia aos 
esforços (devido a congestão pulmonar), dor 
torácica, síncope e palpitação. Palpitação é mais 
frequente em valvulopatia mitral, já dispneia + 
síncope + dor torácica são características de um 
acometimento a uma valva anatomicamente 
importante, a valva aórtica. A anamnese deve avaliar 
sintomas no presente e no passado, bem como 
utilização de medicamentos, uso de drogas, 
comorbidades, se teve infecções recorrentes de 
gripe/faringite (Febre Reumática) ou endocardite. É 
fundamental buscar esses dados que vão indicar qual 
a limitação e a provável causa cardíaca. 
Lembrar dos focos de ausculta cardíaca – Foco 
Aórtico (2° EI à direita do esterno), Foco Pulmonar 
(2° EI à esquerda do esterno), Foco Acessório (3° EI 
a esquerda), Foco Mitral (5° EI à esquerda do 
esterno na linha hemi-clavicular), Foco Tricúspide 
(5/4° EI próximo ao esterno, a esquerda). 
Características do sopro – tem que saber se é 
sistólico ou diastólico. Localização (sempre vai ser 
mais audível no seu foco cardíaco), irradiação 
(sempre na direção que o sangue vai seguir), 
intensidade (classificação de cruzes), timbre e 
tonalidade. 
Manobras de Modificação do Sopro – Manobra de 
Rivero-Carvallo (consiste em uma apneia pós-
inspirativa, pede para o paciente inspirar fundo e 
segurar, isso vai aumentar o retorno venoso as 
câmaras direitas, sendo assim, se for uma 
insuficiência tricúspide o som vai aumentar. 
Manobra de Pachon – Deitar em decúbito lateral 
esquerdo, fica mais fácil de auscultar o coração e 
alterações presentes na valva mitral quando 
auscultado o foco mitral (ele fica mais perto da 
parede torácica), se tiver um sopro ali, durante essa 
manobra o som vai aumentar. 
Tórax Inclinado para Frente – O sopro aspirativo da 
insuficiência aórtica se torna mais nítido nessa 
posição. 
Hang-Drip – Fazer força contra uma mão e outra, 
meio inclinado para frente, isso vai fazer com que 
aumente a RVP Sendo assim, na estenose aórtica 
essa manobra vai diminuir o sopro e se for uma 
insuficiência mitral vai aumentar. 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Insuficiência Mitral – Sopro Sistólico de regurgitação, 
é holossistólico. Parte do sangue volta para o átrio 
esquerdo durante a sístole ventricular (isso faz com 
que se acumule sangue na circulação pulmonar). 
Sintoma principal é dispneia e tosse. Na palpação o 
Ictus Cordis pode estar um pouco desviado para 
baixo a lateralmente, na extensão de 2 polpas digitais. 
Normalmente irradia para a axila. Decúbito de Pachon. 
Estenose Mitral – Sopro Diastólico em Ruflar. Seus 
sintomas são dispneia aos esforços, tosse, palpitação, 
hemoptise e embolia. Sopro Mesodiastólico, sua área 
de irradiação é o ictus cordis 
Estenose Aórtica – Dispneia, síncope e dor torácica. 
É um sopro sistólico de ejeção, é mesossistólico (em 
formato de diamante). Sua irradiação se encontra no 
foco aórtico e pescoço. Pulso Parvus Tardus. 
Insuficiência Aórtica – Sopro Diastólico Aspirativo, 
holodiastólico. Sintomas são dispneia aos esforços, 
ortopneia, pulsatilidade exagerada das artérias e 
angina. O Ictus Cordis pode estar deviado para baixo 
e para a esquerda devido ao aumento de volume 
dentro do ventrículo. Pulso em Martelo D’água. 
 
Aula 5 – Semiologia da Dor Torácica 
É importante nas salas de emergia saber estratificar 
as dores torácicas graves das não graves, 
direcionando corretamente para cada unidade 
específica de cada tipo de dor, assim diminui riscos 
de internação desnecessários, aumenta a 
expectativa de vida das pessoas que podem estar 
tendo um IAM, por exemplo. Sempre importante 
realizar eletrocardiograma para garantir e fazer a 
identificação precoce das doenças com risco de 
morte e realizar seu tratamento específico a partir 
de protocolos. A caracterização dos sintomas é algo 
bastante complicado devido a interpretação das 
pessoasvariar bastante (uma coisa pode significar 
outras várias, ou uma pessoa pode interpretar uma 
dor como insuportável e a outra pessoa acha aquela 
dor insignificante), por isso é importante tentar 
compreender cada vez mais a dor, destrinchar toda 
a história, conseguir caracterizar por exemplo qual é 
o tipo de tontura que o paciente está sentindo. É 
importante saber tudo sobre o sintoma, quando 
começou, como, fatores que atenuam ou que 
pioram, duração, a localização, irradiação, intensidade, 
relação com algum órgão, relação com a função ou 
órgão que está doendo, se é ventilatório-
dependente, qual a evolução e comportamento 
dessa dor e a relação com outros sintomas. 
 
Causas de Dor Torácica – Pode variar desde a pele 
(ser bem superficial) ou ser até alguma dor no 
coração, ou seja, tudo e todas as estruturas do tórax 
podem causar dor – cardíaca, gastroesofágica, 
pulmonar, osteo-muscular. Fluxograma com a divisão 
bem correta das dores torácicas cardíacas (divididas 
em isquêmicas e não isquêmicas) e as não cardíacas 
(que podem ser gastroesofágicas ou não). Podemos 
dividir em tipos de dor recorrente (que é ligeira e 
moderada, pode ser angina pectoris, musculo-
esquelética) e dor intensa a prolongada (IAM, 
aneurisma, embolia pulmonar, pericardite). 
Angina Pectoris – Envolve doença coronária, 
estenose aórtica grave, cardiomiopatia hipertrófica, 
Insuficiência Aórtica e Hipertensão Pulmonar. As 
características da dor anginosa incluem: sensação de 
aperto, duração curta (2-10 min) e de intensidade 
moderada, a localização é retroesternal (localização 
atípica pode incluir pescoço, maxilar inferior, braços, 
epigástrio). Pode ter irradiação para ombros ou 
braços, mais comumente do lado esquerdo. 
Despertada por emoções, esforço ou frio que tem 
alívio em repouso ou com o uso de nitratos. 
IAM – Dor intensa, em aperto, opressão e queimor. 
É retroesternal com irradiação para o braço 
esquerdo, ambos, ou para o pescoço. Sua duração 
é geralmente maior do que 30 min e acompanha 
dispneia, náuseas, sudorese, no entanto também 
pode ser silencioso. 
Classificação da Dor Torácica na Emergência – Tipo 
A (Definitivamente Anginosa), Tipo A 
Carla Bertelli – 3° Período 
(Provavelmente Anginosa), Tipo C (Provavelmente 
Não Anginosa) e Tipo D (Certeza que não é 
anginosa) 
Causas de Dor Cardíacas – Senão for infarto, pode 
ser: 
Dissecção aguda de aorta – mais comum em 
homens idosos, causado principalmente pela HAS. 
Sua apresentação clínica inclui dor intensa, 
terebrante, aguda, de pico máximo logo no início. 
Acomete a região anterior e posterior podendo 
irradiar para pescoço, mandíbula e garganta, tendo 
na maioria das vezes caráter migratório. 
Valvulopatias – A mais marcante é a estenose 
aórtica. Sintomas característicos são dispneia, 
síncope e dor torácica. 
Pericardite Aguda – Dor torácica, prolongada e de 
intensidade bastante diferente. Quando deita a dor 
piora devido ao atrito pericárdico. Evolui para dor 
torácica, usualmente pleurítica e no ECG tem um 
supra ST e queda de PR. A dor típica é súbita, em 
fincada ou opressiva, em tórax anterior, ventilatório-
dependente, piora quando deita e melhora na 
posição genopeitoral 
Miocardite – Muito semelhante a dor da pericardite. 
Associada a febre e a mialgia. 
 
Dor Não Anginosa – É uma dor muito localizada, de 
curta duração ou de duração muito longa, ocorre 
quase que exclusivamente em repouso e a dor é 
em pontadas e latejante. 
Causas Gastroesofágicas – Confundem bastante 
com a dor cardíaca. Suas causas mais comuns são 
RGE, espasmo esofágico, esofagite. Existem 
sintomas sugestivos de etiologia esofágica: pirose, 
regurgitação, disfagia, dor tipicamente pós-prandial 
que alivia com uso de antiácidos. Deve ser avaliado 
com ECG para desencargo de consciência e tratar 
de forma adequada como RGE. 
Dor Osteomuscular – Muito comum, é uma dor bem 
localizada e desencadeada pela compressão de um 
ponto. A história é sempre de uma atividade física 
repetitiva ou não habitual, causando essa dor. 
Intensidade varia desde surda até desconforto 
intenso e persistente, durando horas a dias. Surge 
durante os movimentos ventilatórios, em especial na 
inspiração profunda ou na movimentação dos 
braços e do pescoço. 
Síndrome de Tietze (costocondrite) é um exemplo 
Causas Psicogênicas - Os transtornos de ansiedade 
podem cursar com dor torácica associada com a 
taquicardia, hiperventilação, sudorese e palpitação; 
precedidos por sensação de medo e apreensão. 
Causas Pulmonares - Relacionada com alterações dos 
vasos ou do parênquima pulmonar, e do tecido 
pleural. Vasos pulmonares podem se manifestar de 
forma aguda tromboembolismo pulmonar (TEP); ou 
crônica, como na hipertensão pulmonar. A dor 
torácica associada a acometimento pleural tem 
caráter ventilatório-dependente, e pode ter como 
etiologia: doenças autoimunes (lúpus sistêmicos e 
artrite Reumatoide), síndrome lúpus-símile causada 
por drogas ou doenças virais. 
 
 
Aula 6 – Cardiopatias Congênitas 
Acianóticas – Quando o Shunt acontece do sangue 
arterial para o venoso (Shunt da Esquerda para a 
Direita). Comunicação Interatrial, Comunicação 
Interventricular, Persistência do Canal Arterial e 
Coarctação de Aorta (que é uma cardiopatia 
obstrutiva) 
Carla Bertelli – 3° Período 
Cianóticas – Quando tem mais sangue venoso se 
misturando com o arterial (Shunt da Direita para a 
Esquerda). Inclui a Tetralogia de Fallot e a 
Transposição dos grandes vasos. 
Hiperfluxo Pulmonar – quantidade maior de sangue 
passando pelos pulmões e Hipofluxo Pulmonar 
quando passa menos (como na tetralogia de Fallot). 
 
Comunicação Interatrial – É a cardiopatia mais 
frequente na qual há uma comunicação entre os 
átrios que podem variar de tamanho. É Acianótica 
(E->D). As manifestações Clínicas incluem ICC e 
pneumonia ocasionas na infância, fadiga fácil., dispneia 
aos exercícios, arritmias atriais e hipertensão arterial 
pulmonar. No Raio X há um aumento do átrio e 
ventrículos direitos, dilatação da artéria pulmonar e 
aumento da trama vascular pulmonar. 
Comunicação Interventricular – Comunicação entre 
VD e VE (E->D). Ocorre devido a deficiências no 
crescimento dos septos, falta de alinhamento e fusão 
das partes componentes. Funciona 
hemodinamicanete como uma bomba de câmara 
única, com duas vias de saída. Suas manifestações 
clínicas incluem ICC grave intratável, infecções 
respiratórias e RX de tórax com aumento da trama 
vascular pulmonar. Quando tem um shunt 
significativo pode ocorrer um hiperfluxo pulmonar. 
Persistência do Canal Arterial – Normalmente, após 
o nascimento, o normal é que esse canal se feche 
por conta de inúmeros mecanismos. No entanto, 
nessa cardiopatia ele persiste e causa um shunt de 
sangue arterial da aorta para a artéria pulmonar 
(sangue venoso). Essa persistência gera um 
hiperfluxo pulmonar. Em relação as manifestações 
clínicas vamos perceber que é uma criança que 
cansa mais fácil, tem infecções pulmonares 
recorrentes, ICC, hepatomegalia. 
 
Transposição Completa das Grandes Artérias – As 
artérias são invertidas e não existe oxigenação 
dentro desse sistema. É incompatível com a vida, 
apenas se a pessoa nascer com uma comunicação 
entre os dois lados do coração por exemplo, para 
depois ser realizado a cirurgia. É uma criança com 
dispneia, cianose desde o nascimento, hipoxemia 
progressiva, acidose metabólica hipoxêmica grave e 
ICC. Hipofluxo Pulmonar. 
Tetralogia de Fallot – Mal formação congênita 
cianótica mais comum, é uma combinação de 4 
achados – aorta cavalgada, estenose da artéria 
pulmonar, comunicação interventricular e hipertrofia 
ventricular direita. O shunt ocorre da direita ára a 
esquerda e causa um hipofluxo pulmonar. As 
manifestações clínicas incluem uma criança cianótica, 
hipoxemia sistêmica, dispneia, convulsões e síncopes. 
 
Coarctaçãode Aorta – Pode acontecer em qualquer 
nível do arco aórtico, no qual acontece o 
estreitamento da aorta e faz com que ocorra um 
gradiente de pressão, mantendo a PA elevada nos 
braços, mas diferencial nos 4 membros. A localização 
mais comum é no ponto de inserção do canal 
arterial. O lactente pode se apresentar irritadiço, 
taquipneico e desinteressado em mamar. 
 
Aula 6 – Tromboembolismo Pulmonar 
É hoje considerada a terceira maior causa de morte 
em pacientes hospitalizados. Pode ser algo muito 
súbito e inesperado, muitos achados são apenas na 
necrópsia. Pode ser uma embolia maciça, submaciça, 
com trombo móvel em AD e uma EP pequena. 
Acontece principalmente por trombos originados 
em pessoas com Trombose Venosa Profunda que 
se encontra preferencialmente em veias mais 
proximais. É importante saber a tríade de Virchow – 
Estase Sanguínea, Lesão Endotelial e 
Hipercoagulabilidade. 
Esse trombo migra até os vasos sanguíneos 
pulmonares até achar um com que ela se fixe, 
obstruindo a passagem de sangue naquele local. 
Sendo assim, a ventilação no local continua 
acontecendo, mas não tem perfusão sanguínea. No 
quadro clínico tem uma obstrução nesse vaso, 
fazendo com que aumente a pós-carga do coração 
direito (VD) para conseguir suprir as necessidades de 
sangue no pulmão, no entanto, se torna incapaz, e 
Carla Bertelli – 3° Período 
ocorre um acumulo de líquido no VD e o aumento 
do estimulo neuro-humoral. Ciclo de morte do 
paciente de morte por embolia pulmonar – 
alterações do ventrículo direito, consequências do 
VE, cai o débito, até um choque cardiogênico de 
morte com a falência do VD. 
Fatores de Risco Modificáveis – Obesidade, fumo, 
medicações (hormônios), nível de 
atividade/imobilização. 
Fatores de Risco Não Modificáveis – TEP Prévio, 
idade, câncer, trauma, cirurgia, hospitalização, 
trombofilia, ICC, condições inflamatórias. 
Apresentação – Dispneia, dor torácica pleurítica, 
tosse. É importante reconhecer que muitos 
pacientes se apresentam com sintomas não 
clássicos como febre, convulsões, confusão mental., 
sintomas abdominais, síncope. 
A Apresentação Clássica inclui início abrupto de dor 
pleurítica, dispneia e hipóxia. 
No exame físico encontramos sinais clínicos de 
choque, vai perfundir menos, hipotensão, diminuição 
da oxigenação. 
Determinar parâmetros como: o Estabilidade 
Hemodinâmica o Função ventricular direita o 
Troponina positiva o Características do paciente 
Dosagem de D-dímero – exclui o caso de TEP 
quando ele está baixo. 
 
 
 
 
 
 
Aula 7 – Pericardite 
Relembrar – Pericárdio tem duas camadas (visceral 
e parietal), que mantém toda a estrutura cardíaca 
segura e posicionada no seu lugar. Tem o líquido 
pericárdico entre elas. Essas camadas tem 
propriedade fibroelásticas, mais fibrosas do que 
elásticas. Ele é muito bem inervado (nervo vago, 
gânglio estrelado e nervo frênico), por isso ele, 
quando inflamado, é responsável por uma dor de 
forte intensidade. Podemos encontrar: 
hidropericárdio, hemopericárdio, quilopericárdio, 
piopericárdio e pneumopericárdio. 
Formas de Apresentação da Pericardite – 
Pericardite Aguda, Crônica, Derrame Pericárdico e 
Tamponamento Cardíaco e Pericardite Constritiva. 
O diagnóstico pode ser feito quando 2 dos seguintes 
critérios estão presentes: dor torácica tipicamente 
aguda e pleurítica (melhorando na posição 
genopeitoral), fricção pericárdica, alterações no ECG 
(Supra ST e queda PR), derrame pericárdico. 
Biomarcadores também podem ajudar, pois altos 
níveis de proteína C reativa são frequentemente 
encontrados em pacientes com PA. 
A pericardite ou vai ser constritiva ou não vai ser 
constritiva 
 
Pericardite Aguda – Mortalidade baixa, porém pode 
se tornar uma constritiva, ai a mortalidade aumenta. 
Suas causas podem ser idiopáticas, causa viral, 
neoplasias, lesões pós-cirurgia cardíacas e paciente 
renal crônico. 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
Exame Físico da Pericardite – Na inspeção podemos 
não achar nada característico. Já na palpação vou 
avaliar a distensibilidade pulmonar (que pode estar 
reduzido devido a dor), frêmito reduzido porque vai 
ter derrame pleural e pulso acelerado. Na percussão 
os achados são somente sobre o derrame pleural e 
na ausculta há taquicardia e atrito pericárdico 
(chamado de patognômico), não tem lubrificação 
entre as duas pleuras. 
Eletrocardiograma – Supra de ST e queda de PR 
Pericardite Viral – é a causa mais frequente, os vírus 
mais comuns são o coxsackie B, echovirus. Suas 
complicações incluem pericardite recorrente e 
tamponamento cardíaco ou pericardite constritiva 
em casos mais raros 
Pericardite Aguda ou doença Sistêmica com 
envolvimento Pleuropulmonar – a pericardite pode 
evoluir com derrame pericárdio ou não. As doenças 
pericárdicas podem ser considerado tanto como 
doença isolada quanto doença sistêmica, 
principalmente pleuropulmonar. 
Características Clínicas chamadas de Bandeira 
Vermelha (etiologia não idiopática ou risco de 
complicações – incluem um curso subagudo, febre 
>38, falha da aspirina ou AINEs, grande derrame ou 
tamponamento e ser do sexo feminino. 
Complicações – Pericardite recorrente, Derrame 
Pericárdico e Pericardite Constritiva. 
Pericardite Crônica – acontece quando o paciente 
permanece com sintomas mesmo após 3 semanas 
sintomático, pode ser principalmente causado por 
tuberculose. Tem uma evolução insidiosa, aos 
poucos, causa emagrecimento, dor retroesternal 
leve, derrame pericárdico assintomático. 
Pericardite Constritiva – É uma progressão da 
pericardite aguda, quando a camada do pericárdio se 
endurece, perde a elasticidade e comprime o 
coração. – Quando trava o ventrículo, em termo de 
sintomas ele aperta o coração, o ventrículo não 
enche como deve e o paciente tem um DC menor, 
estimula o SRAA e gera dispneia, edema de 
membros inferiores, turgência jugular. 
Pericardite Recorrente – Comum após a pericardite 
aguda. Paciente em intervalo de pelo menos 4-6 
semanas entre um quadro de pericardite e outro. Já 
quando ocorre em menos de 4 semanas é 
denominado pericardite incessante. Pode ter um 
curso clínico caracterizado por ataques recorrentes 
de inflamação pericárdica acompanhada por 
sintomas sistêmicos e PCR elevadas, seguido por 
períodos livres e de sintomas. 
Derrame Pericárdico – No raio-X observa-se o 
aspecto de coração em moringa. 
Tamponamento Cardíaco – Aumento da pressão 
intrapericárdica, ocorre uma restrição de 
enchimento no coração e causa sintomas de ICC. 
Agudo – Paciente que tem um risco de morte 
eminente, do nada Subagudo – Vai acumulando 
líquido em vários dias 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
 
Aula 8 – Semiologia do Sistema Respiratório 
O exame físico pulmonar consiste em: inspeção, 
palpação, percussão e ausculta. Temos que saber 
sobre os movimentos respiratórios, que incluem e 
inspiração e a expiração. 
Na hora de realizar o exame clínico é necessário, 
preferencialmente, que o paciente esteja despido 
até a cintura e sentado. Em cada parte do exame é 
necessário avaliar as duas regiões simétricas do 
pulmão, isso permite encontrar alterações que 
podem estar presentes em apenas um dos pulmões. 
Lembrar da liberação das escápulas, solicitar que 
cruze os braços e coloque as mãos sobre os 
ombros, isso facilita a hora da ausculta e percussão 
(escapando das saliências ósseas). 
Inspeção – Dividida em estática e dinâmica. A 
estática é basicamente olhar o paciente, alterações 
na coluna, caixa torácica, como por exemplo 
escoliose, cifose, lordose, pectus excavatum ou 
carinatum. A dinâmica avalia o padrão respiratório do 
paciente, se está eupneico, bradipneico ou 
taquipneico 
Dispneia é o sintoma que caracteriza a sensação 
subjetiva de desconforto respiratório ou dificuldade 
de respirar, podendo ser dividida como aguda ou 
crônica (>30 dias). 
Taquipneia – Aumento nonúmero de incursões em 
1 minuto. Maior do que 20. Pode ser derivada de uma 
síndrome restritiva pulmonar (derrames pleurais, 
edema pulmonar), febre, ansiedade 
Hiperpneia – Elevação da ventilação alveolar 
secundária, aumenta a amplitude dos movimentos 
respiratórios. Presente em situações de acidose 
metabólica, febre e ansiedade. 
Bradipneia – Reduz os números de movimentos 
respiratórios. Geralmente abaixo de 8 incursões por 
min. Surgem em situações de lesão neurológica, 
depressão dos centros respiratórios por drogas, 
precede uma PCR 
Apneia – Interrupção dos movimentos respiratórios 
por um período prolongado de tempo. Causa 
hipoxemia acentuada e risco de desenvolver 
arritmias cardíacas e morte. 
Dispneia Suspirosa – Presença de inspirações 
profundas esporádicas em meio a um ritmo 
respiratório normal. 
Ritmo Cantani – Aumento da amplitude dos 
movimentos respiratórios, de modo regular, 
secundariamente à presença de acidose metabólica. 
Ritmo de Biot – Ritmo totalmente irregular. Surgem 
em pacientes com hipertensão intracraniana e lesões 
no SNC. 
Ritmo Kussmaul – Alternancia entre apneias 
inspiratórias e expiratórias. Ocorre durante uma 
acidose metabólica. 
 
Palpação 
Avalia-se a expansibilidade, que deve ser realizada no 
ápice e na base, pedir para o paciente realizar 
movimentos inspiratórios e expiratórios profundos, 
visando os dois lados estarem com a expansibilidade 
sim ética (as duas mãos devem fazer a mesma 
amplitude de movimento). Procura-se com isso 
encontrar assimetrias entre os campos pulmonares 
Uma expansibilidade pulmonar pode estar diminuída 
no derrame pleural, pneumotórax, pneumonia, 
atelectasia 
Carla Bertelli – 3° Período 
Frêmito Tóraco Vocal – avalia a vibração sentida 
quando o paciente emite um som estridente 
enquanto fala ‘’33’’ (remete ao movimento das 
pregas vocais). É importante pois auxilia no 
diagnóstico de processos como derrame pleural ou 
consolidação pulmonar. Nos derrames pleurais o 
frêmito está diminuído (por ter líquido entre o 
pulmão e a pleura), já em consolidações pulmonares, 
como na pneumonia e congestão pulmonar o som 
se encontra aumentado. Sempre comparar um lado 
com o outro. 
Percussão 
 
Em barra grega, comparando, realizando nos 
espaços intercostais e fugindo das áreas ósseas. 
Hipertimpânico – Pneumotórax 
Maciço – Derrame Pleural 
Submacicço – Pneumonia e congestão 
Som Claro Pulmonar – Normal 
Ausculta 
Paciente deve realizar inspirações e expirações 
profundas com a boca entreaberta, sem realizar 
barulho. Realizar em barra regra, fazendo 
comparações. 
Estertores Finos Crepitantes – Sons nítidos e 
descontínuos semelhantes ao friccionar dos cabeços. 
São gerados quando o ar entra em um alvéolo que 
tenha líquido (pneumonia, edema pulmonar) 
Estertores Grossos – Menos agudos e duram mais 
que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse e 
podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. 
Comum na bronquite crônica. 
Roncos – Ruídos longos, graves e musicais gerados 
pelo turbilhão aéreo que se forma com a 
movimentação de muco de líquido dentro da luz das 
vias aéreas. Indicam asma brônquica, bronquites e 
obstruções localizadas. DPOC e bronquite. 
Sibilos – Sons contínuos, musicais e de longa 
duração. Acompanham as doenças que levam a 
obstrução de fluxo aéreo. Acontecem na asma e 
bronquite 
Atrito Pleural – Processo inflamatório das pleuras 
visceral e parietal. 
Estridor – Tipo especial de sibilo, com maior 
intensidade na inspiração. Acontece nas obstruções 
altas de laringe ou traqueia. 
 
Sintomas Importantes 
Tosse – Indica alguma doença. Principais causas são 
rinossinusopatias, asma e RGE. Pode ser classificada 
em aguda, subaguda ou crônica. Pode ser seca ou 
produtiva. Tosse durante exercícios físicos e tosse 
psicogênica 
Expectoração – Escarro é uma mistura de 
secreções provenientes da nasofaringe, orofaringe e 
pulmões. É necessário avaliar o volume, se é fétido, 
a cor entre outras coisas dentro do consultório, visto 
que ele é uma mistura de coisas da orofaringe, 
faringe e pulmão. A expetoração excessiva pela 
manhã pode estar associada a bronquiectasias, 
bronquite crônica infectada e abcessos pulmonares. 
Abcesso – Hemoptise verdadeira (que tem origem 
nos vasos da traqueia, brônquios ou tecido pulmonar) 
e a falsa (sangramento das vias aéreas superiores ou 
trago digestivo superior). Pode ser secundário a 
tuberculose e qualquer das afecções que levem à 
bronquite, pneumonia 
 
Dispneia – É necessário saber diferenciar muitas 
coisas em relação a dispneia, pois pode ser 
consequência de muitas coisas. Saber avaliar no 
Carla Bertelli – 3° Período 
pronto socorro se há elevação de 4 biomarcadores 
diferentes (assim se exclui ou investiga e acha a 
dispneia associada a causas mais graves), assim como 
a realização de raio x e ECG. 
Dispneia é um sintoma, não um sinal pois não temos 
como mensurar a dispneia do outro. Podemos pedir 
para o paciente classificar em questão de 
intensidade, etc. 
A avaliação clínica da dispneia consiste em fazer 
perguntas para saber o tempo de início, modo de 
instalação, duração, fatores que desencadeiam, 
periodicidade, intensidade. 
Dispneia de Esforço – em atividades físicas, comum 
em portadores de pneumopatias e cardiopatas. 
Ortopneia – Denominação dada ao surgimento ou 
agravamento da sensação de dispneia com a adoção 
da posição horizontal. 
Dispneia Paroxistica Noturna – sono interrompido por 
uma dramática sensação de falta de ar. 
Platipneia – Sensação de dispneia que se agrava com 
a adoção de posição ortostática. 
Trepopneia – Sensação de dispneia que surge e 
posição lateral

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