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Apostila de embriologia

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Embriologia e Histologia Bucal
Mecanismos hormonais femininos
 O processo embrionário tem início com a fecundação do óvulo (ovócito II) pelo espermatozoide. Todo
processo tem início com a produção de um hormônio FSH (Hormônio estimulador do folículo), produzido pela glândula adenohipófise, ligada ao hipotálamo (que fica abaixo do cérebro e estabelece a homeostase,
comanda o corpo).
 Este hormônio é lançado no sangue e por ele é levado até os ovários. Dentro do ovário existem
centenas de folículos ovarianos (folículos de Graaf), que abrigam no seu interior um óvulo cujo processo de
formação foi interrompido ainda no período fetal, quando a mulher estava no útero de sua mãe.
Por volta dos 10, 11 anos, tem início o processo ovulatório (pré-menarca = 1ª menstruação). O
folículo estimulado (pelo FSH) passa a concluir a meiose interrompida no gameta e as suas células passam a
secretar o hormônio estrogênio (feedback positivo).
Feedback: quando um influencia o outro.
O estrogênio tem duas funções
1. Inibir a produção de FSH em feedback negativo;
2. Agir sobre o endométrio uterino (parede interna do útero feito de TCPD e tecido epitelial) que fica
muito vascularizado, para alimentar um possível embrião.
OBS: Este hormônio também atua na determinação das características sexuais secundárias da mulher como:
formação dos seios, alargamento do quadril, formação dos pelos pubianos, estimulação da libido (desejo
sexual) e atração masculina pelo olfato.
 Com a interrupção da produção de FSH, a adenohipófise passa a produzir o hormônio LH (hormônio
luteinizante), cuja função é introduzir o folículo a liberar o ovócito II (ovulação). O folículo, agora vazio, é
denominado corpo lúteo (amarelo). Este passa a produzir a progesterona, que também tem duas funções:
1. Inibir a produção de LH (feedback negativo);
2. Manter o endométrio estável por aproximadamente 14 dias, aguardando a chegada de um possível
embrião. Se ele não chegar, o corpo lúteo degenera, a produção de progesterona cai, ocorrendo o
fluxo menstrual. Paralelamente, a adenohipófise abre um novo ciclo, produzindo FSH.
 
 Com a liberação do ovócito II pelo folículo, está inibida a fase reprodutiva. Em havendo relações sexuais os sptz chegam ao primeiro terço da tuba uterina, onde ocorre a fecundação. Com a fecundação o ovócito II vira óvulo que passa rapidamente a zigoto. O zigoto é uma célula diploide resultante da fusão de sptz com o núcleo do óvulo. Esta célula imediatamente após a sua formação inicia um processo chamado clivagem (uma mitose sem fases G1 e G2) que forma células cada vez menores agora chamadas blastômeros. Este embrião começa a ser deslocado pelos cílios da tuba uterina em direção ao útero (5-8 dias). Nesta trajetória, o embrião passa pela fase de mórula (massa compacta de vários blastômeros, porém do mesmo tamanho original). Ao chegar ao útero, a mórula sofre uma transformação. As células centrais migram para a periferia formando uma estrutura oca, o blastocisto.
 Ao tocar o endométrio, as células do trofoblasto se multiplicam formando um sincício (modelo de divisão celular onde os núcleos se multiplicam sem haver separação das células) – formam uma massa nuclear. Essa massa é denominada sinciotrofoblasto e ela invade o endométrio abrindo espaço para o processo de nidação (penetração do blastocisto nas paredes do endométrio). Esta invasão busca chegar aos vasos sanguíneos do endométrio. Paralelamente, o embrioblasto começa a se diferenciar formando duas camadas celulares (Epiblasto e Hipoblasto). Quando o sinciotrofoblasto chega nos vasos sanguíneos, ele se transforma num tecido chamado Córion e começa a produzir e lançar no sangue um hormônio chamado BHCG (Hormônio Beta gamaglobulina coreônica, que mostra se a mulher está ou não grávida – positivo e negativo). Este hormônio chega ao ovário e reativa o corpo lúteo que aumenta a produção de progesterona, impedindo a menstruação.
 Com a garantia da gravidez, o embrião bilamelar começa a se desenvolver, forma-se o aminion (tecido que formará a bolsa de líquido aminiótico e endométrio) finalmente se fecha, abrigando o embrião. O embrião bilamelar, na sua posição anterior, evidencia a formação de uma placa pré-cordal que indica o local que será formada a cabeça e a boca.
 O epiblasto e o hipoblasto começam a se diferenciar formando os dois folhetos embrionários agora
denominados ectoderme e endoderme, respectivamente.
Obs.: estimulado pelo BHCG, o corpo lúteo produz progesterona por um período de 1, 2 semanas. A partir daí, o córion evolui e transforma-se em placenta, e ela passa a produzir e secretar progesterona.
 
 1º o defeito do epitélio da superfície do endométrio desapareceu
2ºFormou-se um pequeno saco vitelino secundário
3ºUma grande caidade, o celoma estra-embrionário, agora envolve o saco vitelino e o âmnio, exceto no local em que este se prende ao córion através do pedículo de ligação
4ºO celoma extra-embrion´´ario cinde o mesoderma extra-embrionário em duas camadas: mesodermasomático extra-embrionário, que forra o trofoblasto e cobre o âmnio, e o mesoderma esplâncnico extra-embrionário emtorno do saco vitelino
A (13 dias ilustrando a diminuição do tamanha relativo do saco vitelino primário e o aparecimento inicil das vilosidades coriônicas primárias)
B (14 dias, mostrando o saco vitelino secundário recém formado e a localização da placa pré-cordal em seu teto)
C (detalhe da placa pré-cordal)
 
 Após a evolução embrionária, na região da ectoderme surge uma linha (linha primitiva) que se
distende longitudinalmente ao maior eixo do embrião. Definida a linha primitiva, sobre ela na região do
ectoderme forma-se um sulco primitivo a partir de uma pequena cavidade/orifício denominado nó primitivo, em cujo interior se forma a fosseta de Hensen. A partir de agora, vários eventos irão ocorrer
simultaneamente:
1. Células do ectoderme (forma o sistema nnervoso) se multiplicam e se instalam entre os dois folhetos preexistentes (ectoderme e endoderme(forma os pulmões)). Essas células recém-formadas vão se multiplicando, formando o 3º folheto embrionário, o mesoderme ou mesoblasto(forma tecido conjuntivo). Agora forma-se uma estrutura trilamelar.
2. Na região do nó primitivo, células do ectoderme começam a se proliferar, formando a fosseta de
Hensen. Da fosseta ocorre uma invasão de células do ectoderme que invadem a mesoderme dando
início ao processo de formação da notocorda.
3. A notocorda originada na fosseta primitiva de Hensen cresce em direção à placa pré-cordal. É o
chamado processo notocordal.
Obs.: A notocorda é um tubo de cartilagem hialina que posteriormente irá mineralizar-se, formando os
ossículos vertebrais (ossificação endocondral).
4. Conjuntamente com a formação da notocorda e ao longo dela, a ectoderme também vai iniciar a
formação do tubo neural que ocorrerá a partir de um espessamento da ectoderme ao longo do
processo notocordal = Placa neural.
 Na ectoderme, ao longo do processo notocordal ocorre um espessamento do tecido agora chamado
Placa Neural. A partir dela terá início o processo de formação do tubo neural (onde se aloja a medula
raquiana). Esta placa acompanha o processo notocordal e vai expandindo-se na medida que o processo
notocordal avança.
• Neurulação: formação do tubo neural.
No centro da placa neural surge uma depressão longitudinal, o sulco neural. Paralelamente, a
mesoderme passa a mostrar uma diferenciação na sua estrutura:
• Mesoderma paraxial: perto do eixo notocordal
• Mesoderma lateral: do lado de fora da paraxial, ou seja, nas laterais do embrião.
O sulco neural se aprofunda e nas suas bordas surge uma elevação denominada cristas neurais. Na
região mesodérmica, na zona lateral, surgem pequenos orifícios que irão aumentar progressivamente
formando a cavidade celomática. E um novo mesoderme aparece entre o lateral e o paraxial, é o mesoderme
intermediário.
• Cavidade celomática: é uma cavidade situada no tórax e no abdome aonde irão se instalaros órgãos.
Com o crescimento das cristas neurais, ocorre uma aproximação entre elas até que elas se tocam. A
partir daí, neste ponto de contato as células se fundem e o tubo criado (tubo neural) se destaca do
ectoderme. Com a formação da cavidade celomática, passa-se a ter 2 lâminas mesodérmicas. Uma conectada
à ectoderme (meso + ecto = somatopleura) e uma segunda lâmina formada pela endoderme (endo + meso =
esplancnopleura).
Obs.: a cavidade celomática fica entre a somatopleura e esplancnopleura. É da somatopleura que irão se
formar a maioria dos órgãos do tórax/abdome. E a esplancnopleura irá formar o tubo digestivo.
Com a chegada do tubo neural e da notocorda na placa pré-cordal, pela pressão exercida por eles
ocorre uma projeção da mesoderme formando uma proeminência anterior na região da placa pré-cordal.
• Cavidade pericárdica: cavidade do coração e dos órgãos torácicos.
• Membrana orofaríngea: boca primitiva fechada.
• Estomódeo: boca primitiva aberta.
• Somitos: corpos cuboides formados pela divisão da mesoderma paraxial.
Processo de formação da cabeça Embriologia e Odontogênese
Endoderma e estruturas derivadas:
• Epitélios de revestimento: Raíz da língua (faringe e laringe);
• Epitélios glandulares: Glandulas salivares (submandibulares, sublinguais e Lingual de Von Ebner).
Neuroderma e estruturas derivadas
• Tubo neural: SNC;
• Cristas neurais.
Desenvolvimento embrionário da 4ª à 8º semana
Período caracterizador por:
• Rápido desenvolvimento dando início à organogênese;
• Ocorre um dobramento no sentido longitudinal (rostro-caudal);
• Surgem os somitos em ambos os lados do tubo neural;
• Tornam-se evidentes as regiões cefálica e caudal;
• O embrião se mostra trilamelar composto de: endoderma, ectoderma e mesoderma;
• Forma-se a cavidade bucal primitiva (estomódeo) e surgem os arcos branquiais.
Desenvolvimento embrionário da 9ª à 32º semana
• Finda o período embrionário e se inicia o período fetal;
• Ocorre a maturação dos tecidos e órgãos;
• Ocorre um rápido crescimento fetal em tamanho e peso;
• Ocorre o desenvolvimento dos órgãos sexuais;
• Têm início os movimentos fetais.
 Durante o processo de formação da cabeça, o ectoderme cresce rapidamente formando a
proeminência encefálica. Nas laterais desta proeminência encefálica surgem de cada lado duas estruturas
densas chamadas placoides ópticos. Na região anterior surgem também 2 placoides, os placoides nasais ou
olfatórios. Na lateral da proeminência encefálica dos dois lados surgem 4 pequenas pregas de cada lado
denominadas arcos branquiais ou arcos faríngeos. Estes arcos irão crescer até se tocarem na região rostral, a partir daí as estruturas faciais serão construídas.
 Da proeminência encefálica se evidencia uma região mais anterior denominada proeminência
frontonasal. Os arcos vão aos poucos se encontrando na região anterior e vão se fundindo uns aos outros.
Entretanto, o 1º par de arcos branquiais sofre uma bifurcação formando 2 subproeminências. A de cima é a
proeminência maxilar e a de baixo, proeminência mandibular.
A proeminência mandibular apresenta um crescimento mais pronunciado que a maxilar. Isto porque
internamente à proeminência mandibular existe uma peça cartilaginosa hialina que empurra a proeminência
mandibular até que elas se toquem, fundindo-se, formando a mandíbula. A peça cartilaginosa em questão
chama-se cartilagem de Merquel.
Arcos Branquiais
1. Maxila e Mandíbula
2. Estribo
3. Hioide
4. Tireoide
 Formação embrionária da face
Mecanismo de formação da maxila
 Após a bifurcação do 1ª par de arcos branquiais, a proeminência maxilar sem orientação cartilaginosa
cresce e, aos poucos vai se fundindo à proeminência frontonasal. Paralelamente os placoides olfatórios
descem ao limite da proeminência frontonasal. Eles se deformam formando uma estrutura semelhante a um
U invertido. A partir daí, cada alça do placoide recém-formada passa a denominar-se: as laterais externas são
denominadas proeminências nasais laterais e as internas proeminências nasais mediais.
 Com a formação das proeminências nasais, tem início o processo de formação da maxila. A proeminência maxilar cresce passando abaixo à proeminência nasal lateral, que se curva acompanhando o
crescimento da proeminência maxilar. Mais a frente, a proeminência nasal medial se alonga, ficando
perpendicular à proeminência maxilar. A partir daí, os placoides são deslocados para a região central da face,
visto que as proeminências maxilares, em contato com as proeminências nasais mediais continuam
crescendo. Quando as proeminências nasais mediais se tocarem, irão se fundir, formando uma peça única, o
chamado segmento intermaxilar (também chamado de filtrum do lábio).
Obs.: nesta fase do processo, observa-se o deslocamento dos placoides ópticos para a região rostral da
proeminência frontonasal.
 De grande importância no estudo de odontologia, é esta fase do processo, pois é no seguimento
intermaxilar que estarão alojados os germens dos dentes incisivos superiores centrais e laterais. Já os caninos pré-molares e molares superiores terão seus germens localizados nas proeminências maxilares.
 Palatogênese
 Coma fusão das proeminências maxilares com o filtrum do lábio (segmento intermaxilar) tem inicio o
processo de formação do palato que ira separar a cavidade oral da cavidade nasal. Na face interna da
proeminência maxilar surgem duas pregas teciduais (uma direita e uma esquerda) denominadas
proeminências palatinas que irão crescer uma de encontro à outra, provocando a separação ou a divisão da
cavidade interna em duas câmaras: nasal e oral. Paralelamente, do segmento intermaxilar, surge uma
projeção algotriangular que cresce na direção anteroposterior, formando o palato primário. Aos poucos vão
se fundindo a ela formando o palato secundário. A partir do vértice do palato primário, as proeminências
palatinas se fundem entre si formando a rafe palatina. Durante este processo o septo nasal situado no teto da cavidade nasal cresce vindo a se fundir com as proeminências palatinas direita e esquerda, separando a
cavidade nasal em duas.
Mecanismos de formação das fendas nasais e palatinas
• Lábio fissurado unilateral: ocorre quando a proeminência maxilar passa abaixo da proeminência nasal
e lateral, mas não se funde à proeminência medial.
• Lábio fissurado bilateral: quando ambas as proeminências maxilares passam abaixo das
proeminências nasais laterais, mas não se fundem às nasais mediais.
• Fenda facial oblíqua: a proeminência maxilar para de crescer antes de passar em baixo da
proeminência nasal lateral.
• Lábio fissurado mediano (lábio leporino): as proeminências nasais mediais não evoluem e não
formam o filtrum (segmento intermaxilar). Consequentemente, não se formam os incisivos.
• Lábio inferior fissurado: as proeminências mandibulares não se fundem.
• Fissura ou fenda lábio-alvéolo-palatina anterior: fenda labial unilateral cresce e não há fusão do
palato primário com o palato secundário (não há fusão entre o seguimento intermaxilar e a
proeminência maxilar).
• Fissura palatina anterior unilateral: não há fusão do palato primário com o secundário
unilateralmente.
• Fissura anterior e posterior: não há fusão do palato primário com o secundário. Os dois secundários
também não se fundem.
• Fissura do palato secundário: não há fusão dos dois palatos secundários.
 Processo de formação da maxila
A maxila é formada somente por processo de ossificação endocondral a partir da proeminência
frontonasal. Entretanto, a porção do osso alveolar é intramembranosa e se origina a partir da formação da
proeminência maxilar derivada do 1º par de arcos branquiais.
O processo de ossificação pode ocorrer de duas formas básicas:
-Ossificação intramembranosa: realiza-se a partir do mesenquima e de capilares, fibras colágenas e osteoblastos que em conjunto formam trabéculas tridimensionais esponjosas (a medula óssea)
O mensenquima que circunda estaestrutura se modifica a periósteo e dele partem células osteogênicas que dão .origem ao centro de ossificação primária
Logo após nas sonas periféricas ocorrem a formação do tecido ósseo compacto.
 Esse modelo se aplica a formação da maxila
 -Ossificação endocondral – realiza-se a partir de um molde cartilaginoso que orienta a formação óssea.A cartilagem é progressiva substituída (ocorre a degradação da matriz cartilaginosa) por células osteogênicas (osteoblastos) que passam a produzir a matriz mineralizada.
 Esse modelo se aplica a formação da mandíbula, sendo ela do tipo mista
 Processo de ossificação da mandíbula
Justaparacondral – a cartilagem de meckel atua como guia e não participa da formação óssea da mandíbula.
-Paralela a ela e a partir do ângulo existente etre o ramo mentoniano e o ramo incisivo, do nervo alveolar inferior, forma-se um anel ósseo. (ossificação intramembranosa)
-Este anel cresce ao redor do nervo mentoniano, se estende para afrente e para trás, na porção ventral da cartilagem de meckel que serve apenas de guia e porteriormente involui.
-Acima do corpo da mandíbula surgem os processos alveolares que formarão os ossos alveolares ao redor dos germens dentários
-A partir da ectoderme surge a lâmina dentária que formará os germes dentários
-Também participam da formação da mandíbula cartilagens secundárias, dentre elas a coronóide, a condilar, a angular e a sinfisária ou mentoniana. (ossificação endocondral)
 
 O processo de formação da mandíbula ocorre a partir das proeminências mandibulares onde está
presente a cartilagem de Meckel. Abaixo dela, vinda do nervo alveolar inferior, está presente o nervo dentário inferior. Este na porção anterior da cartilagem se bifurca formando dois ramos (mentoniano e incisivo). No ângulo dessa bifurcação tem origem um centro de ossificação primária. Este centro de ossificação evolui percorrendo toda estrutura do nervo dentário inferior para trás e do mentoniano e incisivo anterior. Estes nervos passam então a ficar inseridos na matriz óssea neoformada (recém-formada) que continua crescendo e acaba por envolver superficialmente a cartilagem de Meckel (ossificação justaparacondral). Esta peça óssea formada passa agora a representar o corpo da mandíbula. A partir daí, a cartilagem de Meckel degenera e some. Paralelamente surgem 4 cartilagens próximas a este corpo do osso:
• Cartilagem coronoide
• Cartilagem angular
• Cartilagem condilar
• Cartilagem sinfisária ou mentoniana
 
 A partir delas, pelo modelo de ossificação endocondral, as demais partes da mandíbula irão ser
formadas e anexadas ao corpo da mandíbula. Após a degeneração da cartilagem de Meckel no espaço deixado por ela sobre o corpo da mandíbula, tem inicio um novo centro de ossificação primário intramembranoso que dará origem ao osso alveolar que se formará ao redor dos germens dentários também em formação derivados
da epiderme bucal.
Funções
• Cartilagem coronoide: inserção da musculatura coronoide. A cartilagem envolta do pericôndrio (TCPD
denso não modelado). O músculo coronoide envolto pelo epimísio que também é TCPD denso não
modelado. Entre os dois formam-se fibras colágenas organizadas em feixes paralelos que irão compor
o tendão que é de TCPD denso modelado. Feita a inserção das fibras colágenas na cartilagem, tem
inicio a ossificação endocondral que acaba por fixar estas fibras no osso agora chamado coronoide.
• Cartilagem angular: apresenta a mesma sequência de eventos de inserção do TCPD denso modelado
observado na porção da coronoide, só que esta está relacionada à musculatura angular.
• Cartilagem condilar: responsável pelo crescimento e formação da porção mandibular do CATM.
• Cartilagem sinfisária ou mentoniana: unidas no primeiro ano de vida, fundem as duas porções na
mandíbula (sutura).
Intramembranoso: processo alveolar e corpo da mandíbula.
Endocondral: 4 cartilagens.
Os processos alveolares e a lâmina dentária
• A partir da lâmina dentária (ectoderme) surgem os germens dentários.
• Sua porção mesenquimatosa possui potencial genético para conduzir à morfogênese dentária e dos
tecidos anexos.
• Suas células estimulam o desenvolvimento das apófises alveolares ósseas intramembranosas
(processos alveolares) que logo irão se anexar ao corpo da mandíbula.
• Nessa estrutura óssea neoformada os dentes irão se fixar pelos periodônticos.
Obs.: o processo de crescimento da mandíbula para baixo e para frente se deve a cartilagem condilar.
 
Complexo articular temporomandibular 
Características embriológicas – O CATM corresponde a articulação existente entre o osso temporal e o côndilo mandibular
-O CATM compreende um conjunto de estruturas anatômicas associadas a músculos, sendo suas superfícies recobertas por cartilagem hialina e fibrosas (fibrocartilagem tem a função de resistir as forças compressivas durante a mastigação)
Componentes estruturais o CATM
(1)Superfície articular – côndilo mandibular e o côndilo do osso temporal, entremeados pela cavidade glenóide (fossa mandibular - FM)
(2)Disco articular – estrutura cartilaginosa (fibrocartiilagem) que promove a adaptação da duas superfícies articulares, amortece pressões
(3)Ligamento e cápsulas - estrutura de conexão dos ossos articulares formados por fibras colágenas e elásticas. É inextensível mas flexível
(4)Membranas sinoviais – reveste as paredes internas da cápsula supra e infradiscal e produzem o líquido sinovial. Esta ausente na superfície do disco articular
(5)Líquido sinovial – liquido lubrificante apresentando ácido hiallurônico e mucina. Apresenta macrófagos e sinoviócitos (função imunológica e limpeza residual)
 Tecidos de revestimento
 A queratina é sintetizada pelos queratinócitos, células diferenciadas do tecido epitelial. Devido à sua estrutura tridimensional, essa proteína possui propriedades particulares como impermeabilidade à água, alto nível de resistência e elasticidade. A resistência, principalmente, está relacionada às ligações cisteídicas da cadeia.
Tecido epitelial – mucosa bucal
-Mucosa de revestimento simples (não ceratinizado/queratinizado?o que é isso para que serve como funciona)
-Mucosa de revestimento mastigatória (paraceratinizado)
-Mucosa de revestimento sensitiva ou especializado ceratinizado ou ortoceratinizada
Mucosa de revestimento simples (não queratinizado)
-Esta mucosa esta localizada na porção bucal correspondente a: bochecha, palato mole, porções laterais e ventrais da língua e a porção interna dos lábios
-Características teciduais – é formada por tecido epitelial plano, estratificado, não ceratinizado.
Cumpre a função de proteção
Abaixo do TCPD (frouxo) apresenta uma submucosa com grande mobilidade, permitindo distensão e adaptação aos movimentos da bochecha e da mandíbula durante a mastigação
-Não apresenta camada córnea e pode ser subdividido em 3 camadas apenas:
1º Camada basal – estruturalmente igual aos outros dois tipos de eptelio. Está em contato com a membrana basal
2º Intermediária- corresponde ao epitélio espinhoso, estretanto as células não apresentam espinhos. Tais estruturas são, em verdade, porções dos desmossomos presentes nas membranas celulares. ‘’’’É aquele onde é possível ver o demossomo’’’
3º Camada superficial – formadas por células achatadas de aspecto normal que se descamam regularmente
-Mucosa de revestimento mastigatória (paraceratinizado)
-Esta mucosa está localizada na porção da gengiva e do palato duro
-Características teciduais – é constituída por epitélio plano estratificado ‘’paraceratinizado’’, sem submucosa, sendo diretamente fixado ao osso.
Sem apresentar mobilidade está continuadamente sendo submetido as formas geradas pelo movimento mastigatório. Seu aspecto granuloso se deve a presença de grânulos de ceratina
-Este epitélio acompanha a estrutura básica do epitélio ceratinizado nos estratos basais, espinhoso e granuloso
-No estrato córneo, entretanto...
 
Mucosa de revestimento sensitivo (ceratinizado)-Esta mucosa esta localizada na porção correspondente a superfície dorsal da língua. É dita sensitiva ou especializada devido a presença dos botões gustativos
-Características teciduais – é constituído por epitélio plano estratificado ‘’ortoceratinizado’’ ou simples ‘’ceratinizado’’.
Epitélio plano estratificado ceratinizado (superfície dorsal da língua)
-O processo de formação do epitélio bucal tem inicio a partir da formação do tecido ectodérmico embrionário. Apoiado sobre a lâmina basal, apresenta dois grupos básicos de células: população intrínseca e população extrínseca (permanente e transitória)
População intrínseca
É composta por ceratinóicitos células que constituem 90% da população epitelial. Estão localizadas em diferentes níveis na estrutura geral do tecido que pode ser anatomicamente dividida em :
1ºEstrato basal 2ºEstrato espinhoso 3ºEstrato granuloso 4ºEstrato córneo
-Formada por ceratinócitos em diferentes estágios de desenvolvimento. Constituem cerca de 90% de epitélio mucoso
-Durante a sua evolução eles migram das camadas mais profundas sofrendo alterações morfológicas e fisiológicas
-Durante a citodiferenciação formam camadas homogêneas até no final do ciclo irão degenerar e descamar.
-Sua origem é ectodérmica
População extrínseca permanente
O epitélio pavimentoso extratificado ceratinizado é constituído por dois tipos de populações celulares: a intrínseca (90%) e a extrínseca sendo 9% permanente e 1% transitória
A população extrínseca permanente é divida em: melanócitos, células de merkel e células de langerhans.
Melanócitos -> examinados ao MO se apresentam como células claras e núcleos pequenos. São células de citoplasma redondo, com grandes prolongamentos de aspecto dendrítico. Observados ao MET se caracterizam por possuíres abundantes grânulos precursores de melanina e um aparelho de Golgi desenvolvido. O processo denominado citocrino cujos os melanócitos são transferidos aos ceratinócitos, possibilita a pigmentação homogênea. Cada 1 melanócito contém aproximados 10 ceratinócitos associados, aos quais fornecem a melanina, esse conjunto estrutural é conhecido como unidade epitelial de melanina. Outros fatores que influenciam na cor da mucosa bucal são o oxiemoglobina, pigmentos exógenos e endógenos. As diferenças dependem da atividade dos melanossomos e dos processo enzimáticos dentro dele.
Células de Merkel -> localizam-se na camada basal do epitélio bucal ou epiderme (pele). Não possuem prolongamentos dendríticos. Ela esta em contato com um terminação nervosa expandida (são células sensitivas, especialmente adaptadas para a percepção da pressão -mecanorreceptores). Apresentam relações sinápticas com as terminações nervosas, sendo por isso, responsáveis pela percepção dolorosa do epitélio.
Células de langerhans - > localizadas no estrato espinhoso, possuem prolongamentos do tipo dendrítico com grânulos em forma de bastão. Devido a sua ampla distribuição é considerada uma população celular circulante. São responsáveis por iniciar uma resposta imunológica rápida aos antígenos que penetram pelo epitélio. 
População extrínseca transitória -> Constituída por células pertencentes ao sistema imunológico. Granulócitos, linfócitos e monócitos: constituem células que, ocasionalmente, podem se infiltrar no epitélio cucal. Entretanto, em algumas localizações existem um importante acúmulo de tais elementos.
 
 Formação da língua
O órgão lingual se desenvolve a parir do 1º,2º,3º e 4º arco branquial. 
1º -> Na quinta semana pela face interna dos arcos mandibulares observa-se dois crescimentos laterais chamados protuberâncias linguais laterais e entre elas um pequeno tubérculo impar. Estes 3 aumentos se originam do 1º arco. 
2º, 3º e 4º -> Por trás do tubérculo ímpar existe outra elevação medial de maior tamanho chamada cópula, que resulta da união do mesenquima do 2º,3º e 4º arco branquial
 De ambos os lados da cópula ocorre uma rápida proliferação no tecido adjacente ao 2º,3º e 4º arco branquial, que dará lugar a raiz da língua.
 Por último existe um 3º crescimento medial que deriva da porção posterior do quarto arco e que indica o desenvolvimento da epiglote
 Anatomicamente o corpo da língua, que se forma a partir das protuberâncias linguais laterais e do tubérculo ímpar, é separado da raiz por um sulco em forma de V chamado sulco terminal. Este sulco de forma aproximada a linha entre os derivados do 1º arco e dos arcos situados atrás dele.
 Na linha média entre o tubérculo ímpar e a cópula se forma a glândula tireóide primitiva como um divertículo epitelial dentro do assoalho da faringe. Este divertículo se separa da mucosa que lhe da origem e emigra em direção caudal.
 O ponto de invaginação permanece como uma fosseta permanente chamada forame cego, localizado no vertíce do V língual. É o ponto de referência localizado embriologicamente entre o tubérculo ímpar e a cópula, que assinala no adulto o limite entre o 1º e o 2º arco branquial do embrião
 Rafe lingual é porção do corpo da língua derivado do tubérculo ímpar. 
 Amígdala lingual é originada do 3º e de parte do 4º arcos branquiais, que se fundem ao corpo da língua. 
 Por esta razão, a parte dorsal e anterior da língua que deriva do 1º arco é revestida por epitélio ectodérmico (igual ao resto da mucosa bucal), enquanto aa raiz da língua, situada por trás do V lingual, é revestida por epitélio endodérmico
 
 As papilas linguais começam a elaborar-se na superfície da mucosa dorsal na oitava semana, estando evidentes na 12º semana. As papilas fungiformes são as que primeiro se diferenciam , seguidas pelas filiformes e, por fim, as posteriores ou caliciformes
Papilas fungiformes: captam os sabores salgado, doce e azedo (ácido), situam-se no ápice e nas bordas laterais da língua.
Papilas Filiformes: captam as sensações táteis e se distribuem por toda a superfície da língua.
Papilas circunvaladas (ou caliciformes): a terminação nervosa dessa papila está dentro da vala (podendo ser bloqueada por resíduos alimentares, por isso escovamos a língua). Captam os sabores amargos. Situadas no “V” lingual. Normalmente alimentos estragados ou indesejáveis, apresentam na sua composição substancias químicas que direta ou indiretamente iriam produzir distúrbios digestivos, intoxicação. Como estas substâncias são indesejáveis e têm sabor amargo (fel), ao passar pela papila circunvalada são identificadas e o processo de deglutição é involuntariamente bloqueado e, em muitas vezes, são acionados espasmos abdominais, forçando o vômito.
 Gengiva, junção dentogengival e córion da dengiva 
Gengiva livre 
-Constitui a região da mucosa que está unida ao osso subjacente e que se estende desde a borda gengival livre até o sulco gengival livre.
-Corresponde a parte da junção dentogengival no limite do cemento/odamantino. Apresenta consistência móvel
-Pode apresentar duas modalidades de mucosa ceratinizada e apraceratinizada.
-Na porção inferior, próximo ao final da cama do esmalte, apresenta um epitélio funcional, não ceratinizado
Gengiva livre epitélio funcional 
-O epitélio funcional se une ao dente (esmalte) através de um lâmina basal interna e pelo lado externo se conecta ao tecido conjuntivo (TCPD) atrave´s da lâmina externa . estrtura formada por ceratinócitos
Gengiva fixa 
-Consiste a região da mucosa epitelial que está unida ao periósteo do osso alveolar, através de fibras colágenas. Tem consistência firme e aspecto rugoso. Epitélio do tipo ceratinizado com grande ocorrência de células de langerhans e melanócitos
Córion 
-Natureza conjuntiva densa e fibrosa. Se caracteriza por apresentar calibroso feixes de fibras colágenas que se entremeiam com aqueles provenientes do periósteo e do ligamento periodontal
Observa-se 5 modelos de ligamento gengival
Gengivo/dental -> gengiva cemento ()
Gengivo/alveolar -> gengiva/periósteo
Grupo circilar -> circunda o dente e seentrelaça aos outros
Periósteo/dental -> periósteo externpp/cemento (TCPD denso não modelado envolve o osso e liga o periósteo do osso alveolar ao cemento)
Grupo Transceptal (dento/dentário) -> cemento/cemento
Odontogênese
Mecanismo de formação dos dentes
-O dente tem origem dentogengival ou epitelioconjuntiva. Parte vem do epitélio e parte vem do TCPD. A partir do epitélio bucal, na lâmina vestibular, células se multiplicam empurrando a membrana basal e invadindo mesênquima (TCPD) subjacente. Paralelamente o osso alveolar começa a ser formado no local onde a cartilagem de Meckel ocupa. Nesta fase, ela entra em processo de degradação. Do epitélio surge então uma lâmina dentária que se projeta, tendo na sua porção mais profunda um broto ou botão.Na medida em que avança no mesênquima, o broto sofre resistência do mesênquima e se abre, formando uma estrutura chamada casquete (ou capuz). Na medida em que o casquete se abre, o mesênquima preenche o espaço interno dando origem a região correspondente à papila dentária (condensação do mesenquima e capilares). Paralelamente células também do mesênquima passam a formar uma película externa que envolve este conjunto, é o chamado saco dentinário (condensação e diferenciação do mesenquima periférico). Forma-se então o órgão do esmalte que é composto por três estruturas celulares diferenciadas:
Epitélio interno: camada celular em contato com a papila dentária (células cúbicas e altas)
Epitélio externo: fora da região da papila que envolve o mesmo órgão do esmalte (células achatadas)
Retículo estrelado: é a estrutura interna do órgão do esmalte (células achatadas com espaço intercelulares grandes)
Obs.: os três são de origem epitelial (esmalte é epitelial)
Na medida em que órgão do esmalte avança, suas bordas passam a revestir a papila formando a alça cervical da base do dente. A membrana basal acompanha o crescimento do casquete, envolvendo toda sua superfície. A região da membrana que separa o epitélio interno do órgão do esmalte da papila dentária passa agora a denominar-se Junção Amelodentinária (JAD).
 Na medida em que as alças cervicais vão crescendo na região mediana do retículo estrelado, surge um grupamento de células que forma um cordão (cordão de esmalte – participa da formação das cúspides). As cúspides garantem uma eficiente mastigação, elas surgem a partir do extrato intermediário presente no órgão do esmalte.
Da mesma lâmina dentária que se formou o casquete, surge um segundo gérmen que corresponde ao gérmen da dentição permanente. Evidentemente seu desenvolvimento é muito mais lento que o gérmen da dentição decídua (pois a dentição decídua é formada de carbonato apatita e a permanente de hidroxiapatita, ou seja, a permanente é mais minerelizada, portanto, mais complexa).
Campânula - Formação do órgão do esmalte
-Com o crescimento da alça cervical, o casquete se alonga adquirindo o formato de um sino. A campânula se fecha ao redor da papila dando início a construção da porção radicular do dente. Na medida em que o gérmen avança no seu desenvolvimento, torna-se evidente o saco dentinário que envolve todo o conjunto. Essa estrutura é bem vascularizada e é a partir dela que o órgão do esmalte receberá nutrientes. Nesta fase do sino, a lâmina dentária começa assim degenerar, isolando as células epiteliais do órgão do esmalte da lâmina vestibular. Na região do retículo estrelado onde estava o cordão do esmalte forma-se e agora uma estrutura celular denominada estrato intermediário.Este epitélio formado se coloca imediatamente acima das células que compõem o epitélio interno do órgão do esmalte. Estas então sofrem diferenciação em ameloblastos, ou seja, as células responsáveis pela construção da estrutura mineral do esmalte. 
O estrato intermediário 
É constituído por uma camada de células localizadas entre o epitélio interno e o retículo estrelado. Nota-se que sua concentração é maior nas regiões correspondentes às futuras cúspides ou bordas incisais. Suas células mantêm íntima relação com os ameloblastos através de desmossomos podendo ser consideradas como estruturas de um mesmo tecido participando da amelogênese.Na fase de campânula células da papila se diferenciam em odontoblastos e estas se prendem à membrana basal agora denominada JAD. 
Obs.: Na medida em que esses tecidos dentinários vão sendo produzidos, fica nítido que os ameloblastos não mantêm vínculo direto com a JAD. Entretanto os odontoblastos, mesmo afastados da JAD, ainda mantém uma conexão com esta última. Formam-se desta maneira prolongamentos odontoblásticos.
Após a degeneração da lâmina dentária podem aparecer na região fragmentos desta que agora são denominados Restos de seres. Após a degeneração da lâmina, o retículo estrelado também começa a se degenerar. Com isso o epitélio externo do órgão do esmalte se aproxima dos ameloblastos (células do epitélio interno do órgão do esmalte) que já se mostram em fase de construção dos prismas do esmalte. Abaixo deste encontramos a JAD. Abaixo da JAD temos uma camada de dentina (mineralizada), abaixo desta uma matriz orgânica (pré-dentina) e finalmente a camada de odontoblastos. O saco dentário, além de nutrir o órgão do esmalte, ele também é responsável por formar cemento, ligamento periodôntico e osso alveolar.
Dentição decídua e dentição permanente
Dentição decídua
Os dentes de leite aparecem na cavidade bucal entre os 6 meses e 2 anos e meio de idade. São 20 dentes, sendo que em cada hemi-arcada há 2 incisivos, 1 canino e 2 molares.
Quando os dentes começam a nascer é o momento de transição, então deve se incluir alimentos na alimentação do bebe, pois a sua necessidade nutricional aumenta.
Cronologia da erupção – decídua
Geralmente a arcada inferior precede a superior (por causa da cartilagem de meckel)
Incisivos centrais – 6 mese
Incisivos laterais – 8 meses a 1 ano
Caninos – 1 ano e 9 meses
Primeiros molares – 1 ano e meio
Segundos molares – 2 anos e meio
->Pode ocorrer variações, mas se tiver uma variação muito grande pode ser por falta de hormônio, ou algum fator nutricional.
->Extra numerário, são dentes a mais. Consequência: a coroa de um destrói a raiz de outro. 
-O que faz a substituição de um dente é a perda da raiz (mecanismo da substituição)
->As raízes s completam cerca de 1 ano a 1 ano e meio após a erupção.
A reabsorção das raízes começa cerca de 5 anos após a erupção por ação de odonttoblastos, e é estimulada pela erupção dos dentes permanentes.
Dentição permanente
-Os dentes permanentes começam a aparecer na cavidade bucal em torno dos 6 anos de idade
Geralmente , aos 12 anos, toda dentição decídua da criança já foi substituída, em geral, o adulto apresenta 32 dentes
Cronologia da erupção
Incisivos centrais - 6 A 7 anos Incisivos laterias - 7 A 8 anos Caninos - 10 A 11 anos
1º Pré-molares - 11 anos 2º Pré molares - 11 a 12 anos
1º Molares - 7 anos 2º Molares - 12 anos 3º Molares - A partir de 17 anos
Os molares não tem predecessores (formam-se 3 gémens definitivos) ocorre uma ramificação independente
‘’Predecesor, os molares permanentes não tem pre-descessores decíduos.’’(existe outras teorias)
-A calcificação da coroa dos 1º molares se inicia ainda em vida intra-uterina, dos demais dentes permanentes, começa a partir de 6 meses de idade e termina por volta de 7 a 10 anos.
-Os pré-molares substituem os molares decíduos e os molares não apresentam predecessores decíduos.
 Esmalte
 O esmalte é a estrutura mais dura do seu organismo. Sua construção é feita de forma a lhe conferir a maior dureza possível visto que sua principal função é suportar o movimento mastigatório, o atrito. Para manter sua integridade, a construção do esmalte é feita de modo que seus cristais estejam tão próximos que não permita a passagem de água entre eles. A construção do esmalte tem início com a diferenciação das células do epitélio interno do órgão do esmalte em ameloblastos que estão apoiados na JAD.
Amelogênese -> início daformação do esmalte
 Mecanismo de formação do esmalte
Definição: também denominado tecido adamantino, o esmalte, de natureza ectodérmica, cobre a porção coronária do dente oferecendo proteção ao tecido conjuntivo adjacente (dentina).
Constituição: formado por cristais de hidroxiapatita, densamente reunidos o que lhe confere uma baixa permeabilidade. Possui uma matriz orgânica muito reduzida (de 1 a 2%).
Origem: é originado pela secreção realizada pelos ameloblastos de origem ectodérmica, que após a sua formação involuem e desaparecem.
Vínculo da matriz do esmalte na JAD: para que haja essa conexão eu preciso da proteína inicial (a proteína é usada na fase inicial dos prismas do esmalte)
 FASES DO PROCESSO DE FORMAÇÃO DO ESMALTE
 O processo de construção do esmalte tem origem com os ameloblastos. Tem inicio com o
desenvolvimento e a polarização da célula que se torna cilíndrica tendo o complexo de Golgi posicionado na sua zona basal (JAD). É pela zona basal que serão secretados os cristais de hidroxiapatita. O início da secreção apresenta um pequeno teor orgânico usado para fixar os cristais de hidroxiapatita na JAD. O processo amelogênico é contínuo, podendo, entretanto apresentar pequenos períodos de interrupção. Diferentemente da dentina, os cristais de hidroxiapatita, na construção do esmalte, não é aleatório.
1ºEtapa: O processo tem início com a formação dos pré ameloblastos sobre a lâmina basal, a partir do epitélio interno do órgão do esmalte.
2ºEtapa: nessa etapa ocorre a diferenciação dos pré ameloblastos em ameloblastos que passam a desenvolver o seu complexo de golgi (se posiciona na porção próximo a JAD, para fazer a secreção) ‘’Ela era cúbica e agora está cilíndrica’’
3ºEtapa: nessa etapa ocorre o início da secreção dos cristais de hidroxiapatita e a mudança de polaridade dos ameloblastos. Paralelamente nota-se, abaixo da lâmina basal o início da formação da pré dentina
4ºEtapa: este é o período de grande atividade secretora. Os ameloblastos maduros mostram o processo de Tomes (formação secretora cônica) responsável pela formação dos prismas do esmalte.
 Processo de Tomes é a porção chanfrada. Esta estrutura morfológica basal da célula, com perfil cônica, é imprescindível para que haja a disposição dos cristais formando os prismas e a permeabilidade é associada a isto.’’
 Angulação dos lançamentos dos cristais define o prisma, se o processo de lançamentos de Tomes tiver errado os prismas ficam errados, cada prismas tem centenas de cristais, ele constrói 2 peças, a cabeça e a calda.
 O processo de Tomes apresenta duas porções secretoras:
1º Polo secretor com invaginações, área responsável pela formação da cabeça dos prismas do esmalte
2º Polo secretor Liso: área responsável pela formação da cauda do prisma
Prisma: peça cilíndrica compacta formada por milhares de cristais de hidroxiapatita unidos organizadamente pelos Ca do tipo II.
5ºEtapa: nessa etapa o ameloblasto está na fase final de atividade e tem início a fase de regressão funcional
‘’A célula entra em apopitose o complexo de golgi pára de funcionar e se dissolve’’
6ºEtapa: Nessa etapa o ameloblasto da inicio ao processo de degeneração apoptótica final. Começa a se formar a cutícula do esmalte (membrana de Nasmyth-aasim, que quando o dente 
eclodir ela some).
 A cutícula do esmalte é uma membrana fortemente aderida a superfície do esmalte, que possivelmente tea função de protege-la durante o período de erupção dentária, porém desaparece quando o dente entra em oclusão pela ação da mastigação ou da escovação. Esta estrutura consiste em uma delicada membrana que cobre toda a coroa do dente recém erupcionado e que corresponde a última secreção do ameloblasto.
 UNIDADES ESTRUTURAIS SECUNDÁRIAS
Junção amelodentinária (jad)
Estrutura formada originalmente pela lamina basal, serve de base para o início da deposição do esmalte, por um lado, e da dentina por outro
Estrias de Retzius: são linhas pardacentas que se estende de JAD a JAD da região passando pelas bordas incisais. Elas marcam sucessivas aposição de camadas de esmalte (linhas incrementais) alteradas com períodos de repouso (menor mineralização).
 Nos intervalos de secreção de um prismas para outro forma-se linhas transversais ao longo do prisma, que se mantem após a construção e só é possível velas a LUZ POLARIZADA.
Tufos do esmalte ou de Linderer – semelhante a microfissuras. São observadas no terço interno do esmalte, a partir da JAD. Formam-se a partir de mudanças na direção de grupos de prismas. É pouco mineralizado e rico em proteínas.
 ‘’A construção do esmalte começa de forma desorientada e esta estrutura cria um tufo no terço interno’’ ela pode provocar uma trinca em todo o dente, dependendo da dimensão, pode ser que aconteça ou não’’
Microfissuras – constituída por matriz do esmalte, não mineralizada, constituindo uma fenda (rachadura). Estende-se da superfície do esmalte até a JAD ou até mesmo penetrando na dentina (lamela tipo C - essa é que a carie mais gosta, pois a invasão para a dentina fica mais fácil).
 ’’Isso pode acontecer durante a construção do esmalte ou por um trauma’’.
lamela tipo A - até p terço cervical
lamela tipo B - jad até superfície
lamela tipo C - invade dentina
Fusos do esmalte – são estruturas em forma de 
clavas originadas a partir da JAD, são formações tubulares 
que alojam, no seu interior, os prolongamentos dos 
odontoblastos que percorrem os túbulos dentinários.
Esmalte nodoso: estrutura formada pela interrelação 
de prismas ou bastões do esmalte. O entrecruzamento dos 
prismas aumentam a resistência do esmalte situado nas 
cúspides mastigatórias.
Bandas de Hunter-Schreger: são bandas claras 
(parazonais) e escuras (diazonas) provavelmente formada 
pelas fileiras ondulantes de prismas e sua posição após o 
corte transversal
 
 Dentina
Dentina é um tecido encontrado abaixo do esmalte e da JAD. Sua principal característica é a
flexibilidade, devido a sua parte orgânica, para amortecer os impactos da mastigação. Quando mais orgânico mais flexível. A falta de mineral faz com que essa flexibilidade aumente. Ela também dá sustentação ao esmalte.
‘’’Qual a natureza química? Hidroxiapatita, o que diferencia é a função de amortecer, por causa da matéria orgânica. Ela tem origem mesenquimal, células odontoblastos, que surge por derivação, ....(prolongamento de odontoblastos-forma canalículos e e responsável para diminuir a densidade que contriblui para a flexibilidade e também na função cencitiva do dente)’’’
 Mecanismo da dentina
Definição: também denominada substância ebúrnea ou marfim, correspondente ao eixo estrutural do dente. Preenche o espaço existente entre o esmalte e a câmara pulpar.
Constituição: formada por uma matriz mineral de hidroxiapatita e uma matriz orgânica de colágeno, além de outras proteínas. Apresenta densidade inferior a do esmalte sendo portanto mais porosa e permeável.
Origem: é originada pela secreção realizada pelos odontoblastos de origem mesenquemática, que persistem em atividade secretora por quase toda a vida do dente.
‘’’A atividade célular é definida pelo complexo de golgi (retículo endoplasmático rugoso-secreta colágeno) que secreta tanto mineral quando orgânico’’’
 Etapas da formação da dentina
1ºEtapa: o processo tem início com o surgimento dos pré-odontoblastos, derivados de células do mesenquima que se adere a lamina basal.
‘’’O complexo de golgi fica posicionado para a secreção’’’
2ºEtapa: nesta fase os pre-odontoblastos passam a se diferenciarem e estabelecem uma conexão com a lámina basal originando a estrutura denominada processo odontoblástico.
 ’’Como formação do odontoblasto inicia-se a fase secretora, que afasta a célula mais ela ainda continua conectada por um ‘’braço’’ a medida que a dentina vai aumentando.’’
3ºEtapa: nesta fase os odontoblastosjá diferenciadosaumentam seu volume e se alonga e o complexo de Golgi passa a se destacar na estrutura celular.
4ºEtapa: nesta fase os odontoblastos já diferenciados passam a secretar a pré dentina e começa a se distanciar da JAD.
 ’’1º Produz a matriz orgânica-fibras colágenas (pré-dentina), depois ocorre a secreção de mineral (critais de hidroxiapatita –caucoferitos- eles não são encaixados, é aleatôrio).’’
PRÉ DENTINA – formação da dentina do manto: 1º camada de dentina (esta abaixo da JAD, tem grande função amortecedora, com fibras colágenas mais grossas), as próximas serão dentinas circumpulpares, menos resistentes, mais fexiveis, (fibras colágenas mais finas)’’
5ºEtapa: nesta fase os odontoblastos maduros passam a realizar a calcificação da pré-dentina que passa a compor a dentina do manto. O processo odontoblástico vai se alongando e passa a ocupar o interior de um canal mineralizado, o túbulo dentinário.
 Durante a formação da dentina surgem túbulos dentinários que são estrutura cilíndricas delgadas que se estendem por toda a espessura da dentina, da polpa até a JAD ou JCD. Na JAD o túbulo pode estar totalmente ou quase totalmente ocupado pela dentina peritubular. No interior do túbulos é ocupado por prolongamentos odontoblasticos. A parede do túbulo é formada por dentina peritubular ou tubular, constituída por uma matriz mineralizada.
 ’’Nos tubos dentinários passam os prolongamentos dentinários, quando faz o tratamentoo de canal eles morrem, mais fica o seu espaço. E a secreção de dentina vai acontecer somente onde a célula está’’.
 ‘’No mesenquima as células são indiferenciadas e tem abundante substancia intercelular amorfa, dentro do túbulo dentinário, ele é preenchido por um líquido, que é a substancia intercelular amorfa, que fica entre o espaço que sobra entre os prolongamentos (processo odontoblastico)’’
Dentina do manto – corresponde a 1º dentina. É formada pela pré-dentina em um processo de mineralização, é o início da dentinogênese. Apresenta grossas fibras colágenas com abundante substância intercelular. A dentina do manto é menos minerarizada que a dentina circumpulpar. 
 ‘’ela é muito importante para a vida do esmalte, pois ela funciona como amortecedor, pois tem fibras colágenas mais grossa e tem menos mineral.’’
-Durante o processo de formação da dentina do manto a pré dentina passa a apresentar pequenas estruturas derivadas da porção secretora do processo odontoblástico.
Dentina circumpulpar – a medida que ocorre a calcificação da dentina do manto os odonroblastos maduros passam a secretar , abaixo desta, uma nova camada de pré dentina. Esta com fibras colágenas mais finais com maior concentração de hidroxiapatita que dará origem a dentina circumpulpar
 Classificação das dentinas
Dentina da coroa
Dentina primária – dentina formada até que o dente entre em oclusão. Corresponde a dentina do manto e circumpulpar.
Dentina secumdária – dentina produzida após a formação da raiz do dente. Sua produção ocorre mais lentamente mas persiste durante toda a vida do dente (dentina circumpupar).
 ‘’ Na oclusão o dente já esta começando a se amarrar na estrutura do osso aleolar. Se você teve um trauma dentinário, no esmalte não acontece nada, mas na dentina, como as células se mantem viva, elas tem um certo poder regenerativo.’’
Dentina terciária – dentina definida como reparadora, irregular ou patológica. Produzida em locais onde ocorrem injúrias, afastanto a polpa da região afetadas, pela cárie por exemplo.
Túbulo dentinário: Ele é um túbulo com 2 paredes, prolongamento(cinza) e fluido(azul)
‘’’A camada hipermineralizada, tem a função de permanecer que o prolongamente continue aberto’’’ 
Dentina do manto e dentina circumpupar radicular
 É a porção da dentina presente na raiz. Sua produção tem início após a formação completa do esmalte (coroa)
 Os odontoblastos dessa região se originam próximo a bainha de Hertwig, órgão encarregado de modelar a porção da raiz do dente (alça cervical).
 O mecanismo de formação da dentina da raiz é semelhante ao processo observado na região da coroa, entretanto é mais lento e posterior ao início da dentinogênese da coroa.
 Unidade estruturais secundárias
A bainha de Hertwig - 
-É responsável pela formação da raiz, que depois de completa, ela se degenera. A dentina na medida que ela vai crescendo as células (degeneração da bainha de Hertwing) mais superiores somem, e expondo uma faixa somente de membrana basal, ela não some, porque ela está presa ao odontoblasto (junção cemento dentinária JCD)
Linha de von Ebner
-As linhas incrementais menores da dentina, denominadas linhas de imbricamento ou de crescimento de Ebner ou de von Ebner, são análogas as estriação transversais dos prismas do esmalte
-A formação da dentina não é um processo contínuo, ao contrário, apresenta ritmo com períodos de formação se alternando se alternando com períodos de descanso
Linhas de Ower
-As linhas contorno de Owen apresentam espessura e espaçamento irregulares entre elas.
-São alterações no processo de calcificação da dentina. Portanto, são homólogas as estrias de Retzius do esmalte.
-São linhas hipomineralizadas mais largas do que as linhas de Von Ebner 
Espaços de Czermack
-São zonas da dentina coronária onde não ocorreu a fusão dos calcosferitos (vesículas contendo cristais de hidroxiapatita), ou seja, baixa concentração de hidroxiapatita pela não fusão dos calcosferitos.
-São zonas onde a matriz orgânica está hiponineralização na região a dentina intratubular
Dentina opaca ou tratos desvitalizados
- Quando a dentina é afetada por uma lesão relativamente intensa, os odontoblastos se defendem retraindo os prolongamentos odontoblasticos e, como consequência segmentos dos túbulos dentinários ficam vazios. Se o estímulo dor excessivo, produz-se a morte dos odontoblastos e necrose dos prolongamentos, ficando os restos celulares incluído nos túbulos com líquido e substâncias gasosas. Como este processo leva algum tempo, podem ocasionar algumas precipitações de cálcio.
 Inervação do complexo detino-pulpar
-Teoria hidro dinâmica de Branstronmm – teoria que postula que os estímulos que atuam sobre a dentina provocam movimentos do líquido dentinário, presente nos túbulos dentinários, que transmitem a diferença de pressão existente as terminações nervosas livres intratubulares (do nervo trigêmeo) e dali para o plexo nervoso subodontoblastico (Raschkow).
‘’’Quando bebe algo quente ou frio, ou quando a bactéria entre .....’’’
‘’’Terminações sencitivas do nervo trigêmeo
 
 Periodonto
Estrutura histológicas do periodonto de proteção 
 Ele é composto por gengiva e junção dentogengival, formam o órgão de sustentação e proteção do elemento dentário, ele se adapta as modificações do envelhecimento.
 Corresponde a duas regiões: a gengiva que forma um colar ou anel ao redor do colo do dente, e a junção dentogengival, que une a gengiva ao elemento dentário, cuja origem é população extrínseca da mucosa. Dessa maneira, o periodonto de proteção separa a porção coronária exposta e protege as estruturas de sustentação.
 População extrínseca da mucosa é a origem desse modelo de proteção
	Estrutura Gengiva fixa Gengiva livre Junção dentogengival
 (vertente bucal da gengiva) Epitélio do sulco ou Epitélio funcional
 Vertente dental 
	Epitélio Ortoceratinizado Paraceratinizado Não ceratinizado Não ceratinizado com lâmina basal 
 externa e interna (fixa ao dente)
	Córion conjuntivodenso conjuntivo semidenso não Frouxo Córion Frouxo(Visinho da lâmina)
 Aderido ao periósteo não aderiodo ao periósteo Irrigação abundante Basal externa)
	Papilas Delomorfas adelomorfas sem papilas
Coriáceas longas e estreitas curtas e numerosas
 Irrigação excassa Irrigação moderada
Periodonto de inserção 
-É composto por cemento radicular, ligamentos periodontal e osso alveolar.
-O ligamento assegura a inserção da porção radicular dos dentes nos alvéolos ósseos dos gnáticos, através de feixes de fibras colágenas que constituem uma verdadeira articulação do tipo das gonfoses, denominada articulação alvéolo dentária. Tem a função de amortecer impactos da mastigação.
 Cemento
 O cemento é um tecido conjuntivo mineralizado, derivado da camada celular ectomesenquimática do saco ou folículo dentário que rodeia o gérmen dentário. De forma semelhante ao esmalte, o cemento cobre a dentina, ainda que apenas na porção radicular tem como função principal ancorar as fibras do ligamento periodontal a raiz do dente.
 O processo de formação do cemento assemelhasse muito ao processo de formação da dentina. A partir dele passam a se estabelecer os ligamentos periodônticos que ancoram no osso alveolar. Esse processo esta relacionado com a alça cervical, que corresponde ao ponto de fusão do epitélio interno com o externo do órgão do esmalte.
 Os resíduos da bainha de Hertwig que se soltam, devido a apopitose, compõem os restos epiteliais de Mlassez
Propriedades física
Cor – branco-pelorada
Dureza – menor que da dentina e do esmalte
Permeabilidade – menos permeável que a dentina
Radiopacidade – é semelhante ao do osso 
Componentes estruturais
Células - ementoblasto
Lacunas encapsuladas – são cavidades de contornos irregulares, que contém restos epitelias de Malassez, provenientes da degradação da Bainha de Hetwig.
Matriz extracelular – contem cerca de 50% de matéria orgânica, 22% de matéria inorgânica e 32% de água.
 
 Cementogênese e formação do Periodonto
-O processo de formação do cemento e do periodonto está relacionado a alça cervical (ponto de fusão do epitélio interno e externo da alça do órgão do esmalte)
-Nesta região se origina a bainha de Hertwig (estrutura modeladora da raiz), que passa a se chamar Junção Cemento dentinária, a parte externa se solta, mas a interna fica grudada nos ameloblastos.
-Esta zona de transição pela face interna recebe células do mesênquima, os odontoblastos e na face externa recebe os cementoblastos originados do saco dentário.
-Os resíduos da bainha que se soltam, devido a apoptose, por ocasião da adesão dessas células passam a compor os restos epiteliais de Malessez
Formação do cemento: 2 células de origem conjuntiva vão trabalhar nessa faze:
1º Cementoblastos (forma o cemento), responsável pela formação dos sais minerais e proteínas
2º Fobroblastos (Forma o periodonto) do lado de fora, vão produzir fibras do ligamento periodóntico
Fibras intrisecas e extrínseca: a medida que o cemento vai sendo produzido elas vão também
Cementoide: matriz orgânica, quando chega o mineral ela vira cemento, quando acontece isso já existe as fibras dento e fora da matriz.
Formação do periodonto: do lado de fora vai ter fibras produzidas pelos fibroblastos que amarram as fibras extrínsecas do cemento e forma-se o periodonto.
 Tipo de cemento
- Cemento acelular ou primário – formado antes da erupção, é lentamente produzido pelos cementoblastos que retrocedem a medida que secretam a matriz mineral. A medida que o dente sai da gengiva, esse processo tem que ser mais rápido, por isso, no início de formação da raiz é acelular, quando ele acelera ele passa a ser célular, para andar mais rápido.
-Predomina no terço cervical mas pode ser encontrado em toda a superfície da raiz.
-São observadas lihas incrementais semelhantes aquelas observadas no esmalte e na dentina
-Cemento celular ou secundário – formado a partir da oclusão. Pela velocidade de sua produção alguns cementoblastos podem ficar incluídos (presos) na matriz mineral em cavidades denominadas cementoplastos.
-Essa camada continua sendo produzida durante toda a vida do dente. Participam ativamente da ancoragem da fibras colágenas dos ligamentos periodônnticos
-Esse modelo de cemento ocorre a partir do terço cervical
 Os impactos são amortecidos pelos ligamentos periodontais (implantes não tem flexibilidade). Os
dentes se movimentam (fulcrum dentário). A raiz (cemento) é ligada às fibras colágenas que formam oligamento periodontal que amortece o movimento. (implantes são fixos).
 Tipos de fibras proteicas do cemento
-Fibras intrínsecas do cemento: são fibras colágenas produzidas pelos cementoblastos que se orientam paralelamente a superfície radicular na direção de cada lamela (região onde ocorreu deposição da matriz mineral)
-Fibras extrínsecas do cemento - ‘’ela é perpendicular e não paralela’’’ são fibras colágenas nas (fibras perfurantes), produzidas pelos fibroblastos do espaço periodontal. Vão sendo ancoradas pela matriz mineral produzida pelos cementoblastos
 
 Ligamento periodontal
-É uma camada delgada de tecido conjuntivo fibroso, que por meio de suas fibras une o elemento dente ao osso alveolar
-As funções primordiais são manter o dente suspenso em seu alvéolo, suportar e resistir as forças empregadas durante a mastigação atuar como receptor sensorial proprioceptivo
-Fulcrum: zona estreita do ligamento que atuaria como zona de apoio ou alavanca dos movimentos laterais, localiza-se na metada de raiz clínica. Supota vários movimentos oscilatórios multe vetorial do dente, por isso tem várias fibras para todos os lados, para amortecer. O tártaro rompe esse ligamentos. Ele oscila mais em baixo (zona larga do ligamento)
Em dentes unirradiculares esse fulcrum são fáceis de se localizar, mas nos posteriores cujo eixo de movimentos laterais se projeta no tabique ósseo interradicular é mais difícil de localizar.
Mecanismo de formação do periodonto
Com o desenvolvimento da raiz do dente tem início a formação do ligamento, porém a estrutura definitiva é adquirida uma vez que o elemento dentário oclui com seu antagonista
1º o tecido é frouxo (aureolar) e depois se transforma em tecido conjuntivo fibroso, devido ao aumento das fibras colágenas e uma diminuição das células e vasos sanguíneos
2º Durante a etapa eruptiva funcional, as fibras não apresentam uma orientação definida, denominando-se por isso membrana periodontal.
3º Quando entra em oclusão, as fibras da membrana periodontal se tornam bem definidas (chamadas fibras principais), logo, passa a ser chamada de ligamento periodontal. Este se adapta ao seu novo estado funcional, em uma forma arquitetônica definida, embora seja objeto de contínua remodelação.
Componentres estruturais do ligamento
Células: 
Células Formadoras: fibroblasto, osteoblasto e cementoblasto
Células Reabsortivas: osteoclasto e cementoclasto
Células Defensivas: macrófagos, mastócitos e eosinófilos
Células espiteliais de Malassez
Células mãe ectomesenquimáticas
Fibras 
-As fibras colágenas representam a maior parte, o resto são as fibras oxitalânicas e reticulares.
Grupos de fibras colágenas do periodonto
-Obliquas ascendentes (cristoalveolar)- se estendem da crista alvolar abaixo da junção cemento –adamantino. Destruída pelo tartáro
-De transição (horizontal) – localizada abaixo do grupo anterior, posicionando-se em ângulo reto em relação ao eixo maior da raiz
-Obliquo descendente - é o grupo mais numeroso, posiciona-se em direção descendente do osso alveolar para o cemento. São as mais potentes e responsáveis pela manutenção do dente no alvéolo ósseo.
-Apical – ligam o forame apical ao fundo do alvéolo ósseo.
-Inter radiculares – encontradas nos elementos dentinários com mais de umaraiz. Ocorrem da crista do tabique inter radicular para o cemento.
 Osso alveolar
-os processos alveolares e bordas alveolares, formam partes do ossos gnáticos.
-Os processos alveolares se desenvolvem ao mesmo tempo que os dentes e adquirem sua arquitetura quando estes erupcionam, adaptando-se com eles a diversas necessidades funcionais.
-Formado por 60% substância mineral, 20% água e 20% orgânico
 Polpa
Generalidades e componentes
Formada a partir da papila dental, é formada por tecido conjuntivo propriamente dito frouxo (TCPDf), preenchendo a câmara pulpar delimitada pela dentina e seus odontoblastos.
-Apresenta, anatomicamente, duas regiões distintas nos dentes molares e pré molares: 
Porção coronária: corresponde a porção situada na coroa do dente e apresenta teto e soalho
Porção radicular: corresponde a porção composta da alça cervical da raiz até o ápice radicular (forame apical), sem o soalho.
Componentes estruturais da polpa
-A polpa é do ponto de vista estrutural formada por TCPD frouxo. Ricamente vascularizada e inervada. 
-Apresenta uma população celular diversificada envoltas por substância intercelular amorfa (fibras colágenas e proteoglicanas)
Componentes celulares
-Odontoblasto
-Células subodontobláticas de Hohl (resposável substituição de odontoblastos destruídos)
-Células mesenquimáticas (indiferenciadas)
-Fibroblastos (secretoras da sustância amorfa)
-Macrófagos (sistema fagocitário mononuclear)
-Linfócitos (Sistema imunológico humoral)
-Células dentríticas (células imunoestimuladoras – MHC II)

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