Buscar

APOSTILA PROFESSOR CONCURSEIRO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

O Professor Concurseiro tem como grande objetivo oferecer um conteúdo de qualidade 
àqueles que estão inscritos no nosso curso preparatório para concurso público e, assim, 
contribuir para que consigam alcançar a tão sonhada nomeação e, consequentemente, uma 
condição de vida melhor. Vocês são protagonistas da caminhada de vocês. Nunca desistam! 
- Raynan Trentim. 
SUMÁRIO 
 Ortografia e Classes Gramaticais ------------------------------------------------------- 
 Interpretação de textos ------------------------------------------------------------------- 
 Acentuação gráfica ------------------------------------------------------------------------- 
 Crase-------------------------------------------------------------------------------------------- 
 Termos da oração --------------------------------------------------------------------------- 
 Período composto por coordenação e subordinação ----------------------------- 
 Concordância Verbal e Nominal -------------------------------------------------------- 
 Regência Verbal ----------------------------------------------------------------------------- 
 Colocação de Pronomes ------------------------------------------------------------------- 
 Pontuação ------------------------------------------------------------------------------------- 
 Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos ---------------------------------- 
 Conotação e Denotação ------------------------------------------------------------------- 
 Coesão e coerência ------------------------------------------------------------------------- 
 Estrutura e formação de palavras ------------------------------------------------------- 
 Variedades Linguísticas -------------------------------------------------------------------- 
 Norma culta, popular e literária --------------------------------------------------------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ortografia e Classes Gramaticais 
 
Bom, a língua portuguesa é um rico objeto de estudo – você certamente já percebeu 
isso. Por apresentar tantas especificidades, é natural que ela fosse dividida em 
diferentes áreas, o que facilita sua análise. Entre essas áreas, está a Morfologia, que é o 
estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. Na Morfologia, as 
palavras são estudadas isoladamente, desconsiderando-se a função que exercem dentro 
da frase ou do período, estudo realizado pela Sintaxe. Nos estudos morfológicos, as 
palavras estão agrupadas em dez classes, que podem ser chamadas de classes de 
palavras ou classes gramaticais. São elas: 
Classes de Palavras 
Substantivo: palavra que dá nome aos seres em geral, podendo nomear também ações, 
conceitos físicos, afetivos e socioculturais, entre outros que não podem ser 
considerados “seres” no sentido literal da palavra; 
Artigo: palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo de modo particular 
(definido) ou geral (indefinido); 
Adjetivo: palavra que tem por função expressar características, qualidades ou estados 
dos seres; 
Numeral: palavra que exprime uma quantidade definida, exata de seres (pessoas, coisas 
etc.), ou a posição que um ser ocupa em determinada sequência; 
Pronome: palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome), definindo-lhe os 
limites de significação; 
Verbo: palavra que, por si só, exprime um fato (em geral, ação, estado ou fenômeno) e 
localiza-o no tempo; 
Advérbio: palavra invariável que se relaciona com o verbo para indicar as circunstâncias 
(de tempo, de lugar, de modo etc.) em que ocorre o fato verbal; 
Preposição: palavra invariável que liga duas outras palavras, estabelecendo entre elas 
determinadas relações de sentido e dependência; 
Conjunção: palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras de mesma função 
em uma oração; 
Interjeição: palavra (ou conjunto de palavras) que, de forma intensa e instantânea, 
exprime sentimentos, emoções e reações psicológicas. 
 
A classificação das palavras sofreu alterações ao longo do tempo, o que é normal, haja 
vista que a língua é mutável, isto é, sofre alterações e adaptações de acordo com as 
necessidades dos falantes. Classificar uma palavra não é tarefa fácil, porém, possível, 
prova disso é que na língua portuguesa todos os vocábulos estão incluídos dentro de 
uma das dez classes de palavras. Conhecer a gramática que rege nosso idioma é 
fundamental para aprimorarmos a comunicação. Foi por essa razão que o Brasil Escola 
preparou uma seção voltada ao estudo das classes gramaticais. Nela você encontrará 
diversos artigos que explicarão a morfologia da língua de maneira simples e direta por 
meio de textos e variados exemplos. 
 
DICA! 
Para treinar melhor esse assunto, escreva frases e depois, organize as palavras com 
suas respectivas definições morfológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Interpretação de texto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não se engane pensando que interpretação só é necessária para a prova de Língua 
Portuguesa. Até mesmo disciplinas como Matemática ou Física, que não costumam ter 
um texto base como fonte para as perguntas, precisam de interpretação de texto. Isso 
porque o próprio enunciado da questão requer atenção ao que é pedido. Não adianta 
saber a fórmula se não souber por qual motivo você irá empregá-la. 
Por outro lado, matérias como a já citada Língua Portuguesa e outras disciplinas como 
Atualidades, Geografia, História e Legislação recorrem bastante a diversos tipos de 
textos nos quais os candidatos devem entender o conteúdo básico, suas nuances e como 
aquilo reflete na questão. E é aí que saber como interpretar de forma correta faz a 
diferença, principalmente em grandes concursos. Por isso, confira as dicas de 
interpretação de texto do seu PROFESSOR CONCURSEIRO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A compreensão textual definitivamente não é simples. Afinal, é necessário desprender 
toda uma ideia anterior de sinônimo com relação à Interpretação de Texto. Após 
exposta as notórias diferenças, dicas para a compreensão se tornam mais fáceis de 
elucidar: 
 Fazer uma primeira leitura calma e pausada do texto, geralmente com o dedo 
como guia da leitura (guiar a leitura é aperfeiçoamento, não retrocesso); 
 Fazer uma segunda leitura apontando a palavra-chave de cada período; 
 Elaborar um pequeno fluxograma dinâmico para entender as informações 
existentes no texto; 
 Analisar os enunciados das questões anteriormente à leitura com intuito de 
verificar as expressões; 
De forma básica, a compreensão textual compreende os mesmos passos da 
interpretação textual. Contudo, o momento de diferenciação se dá na proposição da 
questão. Enquanto a compreensão fará referência ao que está no texto, a interpretação 
fará referência à informação coletada a partir da leitura do texto. 
 
Colocando em ação! 
Leia! 
 A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, 
corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, 
paralelo ao que já ocorrera em relação à aplicação do domínio de ter na área semântica 
de “posse”, no final da fase arcaica. 
Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência 
de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos 
escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora 
raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe 
histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo 
Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali. 
Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento 
deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma 
única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa 
forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizantede outros usos e, através deles, dos 
usuários? Substitui-se uma norma por outra? 
CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para 
o passado, In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. 
Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado). 
Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia 
que: 
 
a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica. 
b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua. 
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da 
norma. 
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos 
linguísticos. 
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição 
linguística. 
A resposta está no final desta página. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alternativa correta: e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da 
constituição linguística. 
Na opinião da autora, o purismo da língua traz consequências que dificultam a 
compreensão linguística e, por isso, são prejudiciais. Esse purismo está relacionado com 
a hierarquização dos usos da língua que gera preconceito linguístico entre os falantes. 
 
 Acentuação Gráfica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Basicamente, a acentuação está relacionada com a ortografia e com a prosódia. E para 
que o indivíduo pronuncie corretamente as palavras é necessário que tenhamos noção 
dos seus sons, fazendo uso de maior ou menor intensidade conforme a sílaba tônica. As 
regras de acentuação disciplinam o uso adequado dos sinais indicando a posição da 
sílaba tônica, como o timbre e a nasalização das vogais. 
 
Após a instalação das Novas Regras Ortográficas de Língua Portuguesa, vigente desde 
janeiro de 2009 nos países que possuem o português como idioma oficial, as regras de 
acentuação sofreram alguma mudanças. 
 
Regras das Palavras Oxítonas, Paroxítonas e Proparoxítonas 
Geralmente, acentuam-se as palavras oxítonas cuja última sílaba é tônica, ou seja, com 
entonação mais forte: 
 
Exemplos: Paraná, Melhor, Parabéns, Você. 
 
Também se deve acentuar ditongos abertos no plural. Um Ditongo Aberto ocorre 
quando há união entre uma vogal de som aberto com uma semivogal: 
 
Exemplos: Chapéu, Troféu, Papéis. 
 
No caso das palavras paroxítonas, coloca-se o acento em palavras em que a penúltima 
sílaba é tônica e terminarem da seguinte forma: 
 
L – Amável; 
N – Pólen; 
R- Repórter; 
X – Xérox; 
I – Júri; 
I (S) – Lápis; 
U (S) – Bônus; 
PS – Tríceps; 
ÃO – Sótão; 
Um – Álbum; 
Palavras paroxítonas terminadas em ditongos orais (sílaba mais fechada) seguidas ou 
não pela letra S também são acentuadas. Exemplos: Vácuo, Insônia e Subúrbio. 
 
Já as palavras proparoxítonas apresentam a antepenúltima sílaba como tônica. Como 
todas as proparoxítonas são acentuadas, a regra é bem mais fácil de ser entendida e 
nem vale muito a pena perder tempo para estudar. 
 
Regras de Acentuação em Monossílabos 
A ortografia prevê a acentuação de monossílabos tônicos, mas nem sempre para todos, 
apenas as palavras terminadas nas vogais A, E ou O: 
 
Exemplos: Cá, Fé, Dó; 
 
Essa regra também abrange os ditongos monossilábicos abertos, como as palavras Céu 
e Sóis. 
 
Regras de Acentuação em Ditongos Abertos 
Com a mudança da ortografia da Língua Portuguesa, os ditongos abertos, (“éi” e “ói”) 
perderam o acento quando estão em uma palavra paroxítona: 
 
Platéia – Plateia; 
Bóia – Boia; 
Idéia - Ideia; 
Porém, outras palavras se mantiveram com o acento: 
 
Anéis, Troféu, Herói; 
Regras de Acentuação em Hiatos 
Nesse caso, acentua-se as vogais “i” e “u” tônicas, quando formam um hiato com outra 
vogal anterior. Na separação de sílabas, essas vogais serão acentuadas quando 
estiverem sozinhas ou no caso de estarem com o consoante S: 
 
Sa-í-da; 
Fa-ís-ca; 
Sa-ú-de. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Crase 
 
O que é a crase? 
 
A crase é a união do artigo feminino a com a preposição a e com certos pronomes cuja 
letra inicial também é o a. 
Essa união é indicada ortograficamente através do uso do acento grave (à), também 
designado de acento indicador de crase. 
 Exemplos: 
 
Gosto de comida à mineira. 
Fomos àquela cidade mês passado. 
O primeiro passo para saber quando usar a crase é identificar se houve a fusão 
do artigo a com a preposição a. 
Veja algumas regras e dicas para saber mais sobre o uso da crase. 
 
Uso obrigatório da crase 
 Quando o verbo exigir preposição a e a seguir houver um artigo a e um substantivo 
feminino 
Exemplos: 
 
Cecília levou o filho à festa 
 
DICA DO PROFESSOR CONCURSEIRO: para se certificar de que a crase deve ser 
aplicada, basta substituir o substantivo feminino por um masculino. Se for 
necessário substituir o a pelo ao, o acento grave deve ser usado. 
 
Uso facultativo da crase 
Antes de um pronome possessivo 
Antes dos pronomes meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas, 
dele, dela, deles, delas, nosso, nossa, nossos, nossas, pode-se optar ou não pelo uso da 
crase. 
 
 
 Termos da Oração 
Os termos da oração são aquelas palavras que têm uma função sintática bem definida. 
Eles podem ser divididos em três grupos de acordo com a sua relevância: termos 
essenciais (sujeitos e predicados), termos integrantes (complementos nominais, verbais 
e agente da passiva) e termos acessórios (adjuntos adnominais e adverbiais, aposto e 
vocativo). Você verá todos eles em suas aulas! Veja alguns abaixo! 
Sujeito 
Ele é quem faz a ação, o protagonista, é sobre quem se declara algo. O verbo e os 
adjetivos se flexionam de acordo com ele. 
Exemplo: 
“Os cozinheiros atrasaram o jantar.” 
Os sujeitos podem ser compostos, simples, ocultos e indeterminados. Ainda podemos 
dividi-los em partes como o núcleo e artigos. O núcleo do sujeito pode ser um 
substantivo (cozinheiros), pronome (eles), numeral ou qualquer palavra substantivada. 
Saiba mais sobre os sujeitos! 
 
Predicado 
O predicado é tudo aquilo que se diz sobre o sujeito. Quando identificamos o sujeito da 
oração e tiramos ele, tudo o que sobra é o predicado. 
Exemplo: 
“As alunas chegaram atrasadas por causa da chuva.” 
Os predicados podem ser verbais ou nominais, mas você pode saber mais sobre isso no 
nosso artigo de predicados. 
 
 
 
 
 
 
 
 Período composto por coordenação e subordinação 
Em síntese, um período composto por coordenação é formado por orações 
coordenadas; um período composto por subordinação é formado por uma oração 
principal e outra(s) subordinada(s); e um período composto por coordenação e 
subordinação possui os dois tipos de relações. O professor concurseiro te explica 
melhor! 
Período Composto por Subordinação 
Ao contrário do período composto por coordenação, no período composto por 
subordinação, as orações dependem sintaticamente uma das outras. 
Exemplos: 
 Tudo o que queria/ era a verdade. 
 Não sei/ o que fazer. 
 Ignoro/ por que você agiu assim. 
 
Período Composto por Coordenação e Subordinação 
Há períodos que são formados por orações coordenadas e por orações subordinadas. 
Assim, esse período apresenta oração independente ao mesmo tempo que apresenta 
oração dependente em termos sintáticos. 
Exemplo: 
Comecei a ler/ e terminei o livro/ que tinha ganhado naquele dia. 
1. Comecei a ler é uma oração coordenada. 
2. e terminei o livro é também uma oração coordenada. 
3. que tinha ganhado naquele dia é oração subordinada. 
4. Logo, estamos diante de um período composto por coordenação e subordinação. 
 
 
 
 
 
 
 
 Concordância Verbal e Nominal 
Concordância verbal e nominal estuda a compatibilidade existente entre cada elemento 
de uma oração; 
 Concordância verbal refere-se ao verbo em relação ao sujeito, já a concordância 
nominal refere-se às classes de palavras:substantivo, adjetivo, numeral, pronome, 
artigo. 
O professor concurseiro te explica mais! 
 Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar 
sempre no plural. 
Exemplo: 
Maria e José conversaram até de madrugada. 
Aqui temos um exemplo de concordância verbal. 
 
 Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem 
concordar em gênero e número com o substantivo. 
Exemplo: 
Adorava comida salgada e gordurosa. 
Aqui temos um exemplo de concordância nominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Regência Verbal 
 
 
 O estudo sobre regência verbal está diretamente relacionado à noção de transitividade 
verbal, pois é ela quem determina o tipo de vínculo estabelecido entre o verbo e seu 
complemento. Quando a transitividade é direta, o objeto direto é ligado ao verbo sem 
o auxílio de preposição. Quando a transitividade é indireta, o objeto indireto é ligado ao 
verbo com o auxílio de preposição. Observe os exemplos: 
 
Esqueci da reunião de hoje. 
Assisti ao filme “Instinto Selvagem”. 
O médico assistiu o paciente de maneira rápida. 
Na Língua Portuguesa, muitos verbos admitem mais de uma regência e, assim, mudam-
se também seus significados. Veja este exemplo: 
 
Ele aspira todo ar poluído desse ambiente. (Sentido de respirar) 
Rodrigo aspira ao cargo de superintendente. (Sentido de desejar, pretender) 
 
 
 Colocação de Pronomes 
Colocação pronominal é a parte da gramática que cuida do emprego correto dos 
pronomes oblíquos átonos nas frases. 
Normalmente a colocação pronominal não é empegada de forma correta na 
linguagem verbal, mas algumas normas devem ser obedecidas, principalmente, na 
linguagem escrita. 
Na colocação pronominal os pronomes oblíquos átonos podem ocupar três 
posições: antes do verbo, no meio do verbo e depois do verbo. 
 
Próclise – Na colocação pronominal Próclise o pronome aparece antes do verbo. 
 
Mesóclise - Na colocação pronominal Mesóclise o pronome aparece no meio do 
verbo. 
 
Ênclise - Na colocação pronominal Ênclise o pronome aparece depois do verbo. 
 
Observe a poesia, “Pronominais”, escrito por Oswald de Andrade. 
 
Dê-me um cigarro 
Diz a gramática 
Do professor e do aluno 
E do mulato sabido 
Mas o bom negro e o bom branco 
Da Nação Brasileira 
Dizem todos os dias 
Deixa disso camarada 
Me dá um cigarro. 
 
Na utilização prática da língua portuguesa, o uso dos pronomes oblíquos é 
determinado pela boa sonoridade da frase. 
 
Você, dificilmente, ouvirá alguém dizer “Dê-me um cigarro”, pois, automaticamente, 
as pessoas dizem “Me dê a um cigarro”. Isso ocorre porque o segundo exemplo soa 
melhor aos ouvidos de quem fala e de quem ouve. 
Uso da Próclise 
A colocação pronominal Próclise é empregada quando tiver palavras ou expressões 
negativas, conjunções subordinativas, advérbio, pronomes relativos, 
demonstrativos ou indefinidos, frases interrogativas, exclamativas ou optativas, 
verbo no gerúndio antecedido da preposição "em" ou formas verbais 
proparoxítonas. 
Palavras ou expressões negativas 
Não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem ou de modo algum... 
 
Exemplos: 
 
• Nada me perturba. 
• Não o quero aqui. 
• Nunca o vi assim. 
 
Quando empregada corretamente à colocação pronominal ajuda a harmonizar o 
texto, evitando ambiguidades 
 
• Eu não vi ela hoje. 
 
No uso informal da língua portuguesa, a ambiguidade é vista com frequência. 
Contudo, assim como qualquer vício de linguagem, deve ser evitada em momentos 
formais, sobretudo pelo som desagradável que pode ser reproduzido - cacofonia. 
 
A palavra “ela”, no exemplo acima, exerce a função de complemento. Dessa forma, 
a frase correta é: "Eu não a vi hoje”. 
 
Orações com conjunções subordinativas 
 
Quando, se, porque, qual, conforme, embora ou logo que... 
 
Exemplos 
 
• Quando se trata de falar em inglês ele é um expert. 
• Embora se sentisse melhor, saiu. 
• Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo. 
 
Advérbios 
 
Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais 
 
Sempre, mais, menos, já... 
 
Exemplos: 
 
• Aqui se tem. 
• Ontem me disseram que havia greve hoje. 
• Agora, descansa-se. 
• Talvez a jovem se decida ainda hoje. 
 
Atenção! Caso exista verbo após advérbio, ele deixa de atrair o pronome. 
 
Pronomes Relativos, Demonstrativos e Indefinidos 
 
Cujo, o qual, que, onde... 
 
Exemplos: 
 
• A pessoa que me ligou era minha colega. (relativo) 
• Isso me traz alegria. (demonstrativo) 
• Alguém me ligou? (indefinido) 
 
Em frases interrogativas 
 
Quanto, qual, como, quando... 
 
Exemplos: 
 
• Quanto cobrará pelo jantar? 
• Quem nos explicará as regras? 
• Quando te deram a notícia? 
• Quem te presenteou? 
 
Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo) 
 
Exemplos: 
 
• Deus nos dê forças. 
• Oxalá me dês a boa notícia. 
• Deus o proteja sempre! 
• Macacos me mordam! 
 
Verbo no gerúndio antecedido da preposição 
 
Exemplos: 
 
• Em se plantando tudo dá. 
• Recusou a proposta fazendo-se de desentendida. 
• Em se tratando de confusão, ele está presente. 
• Em se decidindo pelo churrasco, eu trato da carne. 
 
Uso da Mesóclise 
 
A colocação pronominal Mesóclise acontece quando o verbo está sendo flexionado 
no futuro do presente ou no futuro do pretérito, mas sem palavra atrativa. 
 
Futuro do presente 
 
Assim que oportuno, contar-lhe-ei detalhes da cerimônia. 
 
Futuro do pretérito 
 
A inovação do setor ajudar-nos-ia significativamente. 
 
 
 
Os pronomes pessoais oblíquos átonos podem ser empregados antes, depois e no 
meio do verbo. (Foto: Pixabay) 
 
Uso da Ênclise 
 
Na Ênclise a colocação pronominal é usada após verbo quando atraída pelas 
seguintes situações: 
 
Quando o verbo começa uma oração 
 
Exemplos: 
 
• Diga-me o que pensas sobre o resultado. 
• Vou-me embora agora mesmo. 
• Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo. 
• Acordei e surpreendi-me com o café da manhã. 
 
Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal 
 
Exemplos: 
 
• Quero convidar-te para o meu aniversário. 
• Não era minha intenção machucar-te. 
• Gostaria de pentear-te a minha maneira. 
• O seu maior sonho é casar-se. 
 
Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo 
 
Exemplos: 
 
• Sigam-me, por favor. 
• Quando eu avisar, silenciem-se todos. 
• Depois de terminar, chamem-nos. 
• Para começar, joguem-lhes a bola! 
 
Quando o verbo estiver no gerúndio 
 
Exemplos: 
 
• A menina desatenta argumentou fazendo-se de boba. 
• Vive a vida encantando-me com as suas surpresas. 
• Faço sempre bolos diferentes experimentando-lhes ingredientes novos. 
• Recusou a proposta fazendo-se de desentendida. 
 
Colocação pronominal nas locuções verbais 
 
A colocação pronominal em locuções verbais pode ser diferente se o verbo principal 
estiver no particípio ou no gerúndio e infinitivo. 
 
Verbo principal no gerúndio ou no infinitivo 
 
Se não existir palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo pode ser 
empregado depois do verbo principal ou após o verbo auxiliar. 
 
• Quero ver-te hoje. 
• Quero-te ver hoje. 
 
Se não tiver palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo pode ser 
empregado antes da locução verbal ou depois da locução verbal. 
 
• Não te quero ver hoje. 
• Não quero ver-te hoje. 
 
Verbo principal no particípio 
 
Se não tiver palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo deverá usado 
depois do verbo auxiliar, nunca após o verbo principal no particípio. 
 
• Tinham-me dito que você não era de confiança. 
• Eu tinha-lhe falado sobre esse assunto. 
 
Se não tiver palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo deve ser 
empregado antes da locução verbal. 
 
• Já me tinham dito que você não era de confiança. 
• Eu não lhe tinha falado sobre esse assunto. 
 
Pronomes oblíquos átonos 
 
Os pronomes oblíquos átonos são aquelesque não são precedidos de preposição. 
Eles têm a acentuação tônica fraca. 
 
Exemplo: 
 
• Ele me deu um à chave do carro. 
 
Veja a seguir quais são os pronomes oblíquos átonos: 
 
1ª pessoa do singular (eu): me 
2ª pessoa do singular (tu): te 
3ª pessoa do singular (ele, ela): se, o, a, lhe 
1ª pessoa do plural (nós): nos 
2ª pessoa do plural (vós): vos 
3ª pessoa do plural (eles, elas): se, os, as, lhes 
 
Atenção! 
 
O pronome oblíquo átono "lhe" não tem a forma contraída. Por acompanhar 
diretamente uma preposição, o pronome oblíquo átono "lhe" sempre se apresenta 
na função de objeto indireto da oração. 
 
Os pronomes me, te, se, nos e vos podem ser objetos diretos ou objetos indiretos. 
 
Os pronomes o, a, os e as exercem exclusivamente a função de objetos diretos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pontuação 
 
Sinais de pontuação são recursos prosódicos que conferem às orações ritmo, entoação 
e pausa, bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na escrita, 
substituem, em parte, o papel desempenhado pelos gestos na fala, garantindo coesão, 
coerência e boa compreensão da informação transmitida. Confira abaixo os sinais de 
pontuação utilizados na nossa língua, assim como as situações em que devem ser 
empregados, seguidas de exemplos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parônimos e homônimos são palavras que possuem semelhanças no som e na grafia, 
porém se constituem de significados diferentes. E por falar em significado, cabe-nos 
ressaltar que esse é um fator preponderante na construção de nossos discursos – na 
oralidade e, principalmente, na escrita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinônimo é uma palavra que possui o significado semelhante a outra e antônimo é 
uma palavra que tem significado contrário a outra. 
A diferença entre sinônimos e antônimos é o significado das palavras ao serem 
comparadas: nos sinônimos eles são aproximados e nos antônimos são opostos. O 
professor concurseiro te mostra um exemplo. 
Ela chegou à escola com muita disposição para estudar. 
Ela chegou à escola com pouca disposição para estudar. 
 
 
 
 
 
 
Conotativo e Denotativo 
O sentido conotativo é aquele em que a palavra encontra significado a partir do 
contexto em que é empregada, é o sentido figurado. Enquanto que o 
sentido denotativo é o mesmo que encontramos no dicionário, o emprego original e 
literal da palavra. 
Portanto, a linguagem denotativa é mais objetiva, direto ao sentido estreito do 
vocábulo ou expressão. Já na linguagem conotativa há mais espaço para 
interpretações ou associações. 
O professor concurseiro te mostra exemplos! 
Exemplos do sentido conotativo 
Ela caiu de amores pelo cachorro de rua e trouxe-o para casa. 
(Ela gostou muito do cachorro). 
O investimento de Marcos foi mal sucedido e ele quebrou a cara. 
(Ele obteve um resultado negativo, muito abaixo do esperado). 
A Joana sempre arrasa na pista de dança. 
(Ela dança muito bem, se destaca). 
Veja mais esse! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando uma mensagem em um sentido formal, ou seja, de acordo com o 
significado do dicionário da língua portuguesa, ela é chamada de denotativa. 
Entretanto, se uma mensagem possui um sentido mais subjetivo e criativo, 
mais livre para várias interpretações, ela é conotativa. 
 
 
 Coesão e coerência 
A coesão é o mecanismo relacionado com elementos que asseguram a ligação entre 
palavras e frases, de modo a interligar as diferentes partes de um texto. A coerência, 
por sua vez, é responsável por estabelecer a ligação lógica entre ideias, para que, 
juntas, elas garantam que o texto tenha sentido. 
Elementos de coesão textual e frases de exemplo 
Veja abaixo os principais elementos de coesão textual e como eles são aplicados nas 
frases. 
Substituições 
Garantem a coesão lexical. Ocorrem quando um termo é substituído por outro termo 
ou por uma locução como forma de evitar repetições. 
Coesão correta: Os legumes são importantes para manter uma alimentação saudável. 
As frutas também. 
Erro de coesão: Os legumes são importantes para manter uma alimentação saudável. 
As frutas também são importantes para manter uma alimentação saudável. 
Explicação: "também" substitui "são importantes para manter uma alimentação 
saudável". 
Conectores 
Esses elementos são responsáveis pela coesão interfrásica do texto. Criam relações de 
dependência entre os termos e geralmente são representados por preposições, 
conjunções, advérbios, etc. 
Coesão correta: Elas gostam de jogar bola e de dançar. 
Erro de coesão: Elas gostam de jogar bola. Elas gostam de dançar. 
Explicação: sem o conectivo "e", teríamos uma sequência repetitiva. 
Referências e reiterações 
Nesse tipo de coesão, um termo é usado para se referir a outro, para reiterar algo dito 
anteriormente ou quando uma palavra é substituída por outra com ligação de 
significados. 
 
A coerência textual está diretamente relacionada com a significância e com a 
interpretabilidade de um texto. 
A mensagem de um texto é coerente quando ela faz sentido e é comunicada de forma 
harmoniosa, de forma que haja uma relação lógica entre as ideias apresentadas, onde 
umas complementem as outras. 
Para garantir a coerência de um texto, é preciso ter em conta alguns conceitos básicos. 
Conceitos da coerência textual e frases de exemplo 
Veja abaixo os principais conceitos da coerência textual e como eles são aplicados nas 
frases. 
Princípio da não contradição 
Não pode haver contradições de ideias entre diferentes partes do texto. 
Coerência correta: Ele só compra leite de soja pois é intolerante à lactose. 
Erro de coerência: Ele só compra leite de vaca pois é intolerante à lactose. 
Explicação: quem é intolerante à lactose não pode consumir leite de vaca. Por esse 
motivo, o segundo exemplo constitui um erro de coerência; não faz sentido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estrutura e formação de palavras 
Observe as seguintes palavras: 
escol-a 
escol-ar 
escol-arização 
escol-arizar 
sub-escol-arização 
Observando-as, percebemos que há um elemento comum a todas elas: a forma escol-. 
Além disso, em todas há elementos destacáveis, responsáveis por algum detalhe de 
significação. Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se 
escolar pelo acréscimo do elemento destacável -ar. 
 
Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas palavras que seu professor 
concurseiro selecionou, podemos depreender a existência de diferentes elementos 
formadores. Cada um desses elementos formadores é uma unidade mínima de 
significação, um elemento significativo indecomponível, a que damos o nome de 
morfema. 
 
 
 Variedades Linguísticas 
 
Ai, como eu amo tirinhas! O professor concurseiro se diverte! 
Você notou as variedades linguísticas na tirinha acima? 
As variações linguísticas reúnem as variantes da língua que foram criadas pelos homens 
e são reinventadas a cada dia. 
Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos aspectos históricos, 
sociais, culturais, geográficos, entre outros. 
No Brasil, é possível encontrar muitas variações linguísticas, por exemplo, na linguagem 
regional. 
 
É perceptível que a língua não é utilizada da mesma forma pelos falantes. Alguns fatores 
podem influenciar o emprego da língua, como a região geográfica, as identidades 
sociais, as situações sociais, os jargões profissionais, etc. Cada um deles gerará uma 
variação linguística diferente do idioma: 
A língua varia no tempo e essa variação passa a ser notada ao comparar dois estados de 
uma língua. O processo de mudança é gradual, ou seja, não acontece de repente. 
 
 
 Norma culta, popular e literária 
O que se denomina norma-padrão não é uma variedade da língua, ou seja, não 
representa um uso efetivo da língua por falantes. Trata-se de “modelo” de língua,considerado o “correto”, o “bom uso”. Esse modelo de língua ideal está apoiado na 
tradição e considera a língua como algo uniforme que não apresenta nenhum tipo de 
variação, portanto a norma-padrão vê a língua como algo homogêneo e estável. Esse 
modelo de língua é veiculado sobretudo, mas não exclusivamente, pela gramática 
normativa. Chamo a atenção para o fato de que o discurso que difunde uma concepção 
de língua “correta”, de obediência cega à norma-padrão, com a consequente 
condenação da variedade popular do português brasileiro, está presente com muita 
força nas redes sociais, em publicações que ridicularizam de maneira preconceituosa 
falantes do português brasileiro que desconhecem a norma-padrão. Entendeu? O 
professor concurseiro te explica! 
 
NORMA CULTA 
Muitos autores usam a expressão norma culta para designar uma variedade do 
português, aquela representativa das pessoas dotadas de escolarização formal, com 
acesso à cultura letrada. Por ser uma variedade linguística, a norma culta tem existência 
empírica, isto é, manifesta-se concretamente em textos falados e escritos. Norma culta 
e variedade culta designam o mesmo fenômeno, um uso efetivo da língua. Embora a 
expressão norma culta seja largamente usada e tenha grande tradição nos estudos 
linguísticos, há quem prefira a expressão variedade culta, porque o termo norma carrega 
em si uma conotação de fixidez, ao passo que o termo variedade reflete com mais 
propriedade o aspecto heterogêneo da língua. Como salientei, essa nomenclatura varia 
conforme o autor, sendo que alguns preferem ainda a expressão norma urbana de 
prestígio, evitando dessa forma o uso do adjetivo culta e reforçando que essa variedade 
linguística é essencialmente urbana e é aquela que detém prestígio social. Em síntese: 
 
Norma-padrão: modelo de língua considerado ideal, por representar o bom uso da 
língua. Não se trata de variedade linguística, ninguém fala a norma-padrão. É veiculada 
sobretudo pelas gramáticas normativas. 
 
Norma culta: o mesmo que norma urbana de prestígio ou variedade culta. Trata-se de 
uma variedade do português, ou seja, tem existência concreta e manifesta-se em textos 
concretos. Representa o uso característico das pessoas “cultas”, isto é, daquelas com 
acesso à cultura letrada. É essencialmente urbana. Existem estudos linguísticos que 
descrevem essa variedade linguística tanto falada quanto escrita. 
 
Norma culta ou variedade culta se opõe a norma popular ou variedade popular. Se a 
variedade culta é a dos falantes que têm acesso à cultura letrada, a segunda é a 
variedade daqueles que não tiveram acesso à escolarização formal. Quero deixar bem 
claro que uma variedade não é melhor nem mais bonita que outra. Chamo a atenção 
ainda para o fato de que aquilo a que chamam norma culta refere-se a uma variedade 
do português brasileiro, ou seja, como o português europeu é diferente do português 
brasileiro, a norma culta lusitana não coincide com a norma culta do português 
brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Veja esse exemplo que o professor concurseiro traz para você! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando utilizamos a linguagem coloquial, decerto que não estamos preocupados com 
as normas gramaticais. Por isso, falamos de maneira rápida, espontânea, descontraída, 
popular e regional com o intuito de interagir com as pessoas. 
Dessa forma, é comum usar gírias, estrangeirismos, abreviar e criar palavras, cometer 
erros de concordância, os quais não estão de acordo com a norma culta. 
Para tanto, quando escrevemos um texto, é muito importante que utilizemos a 
linguagem formal (culta), ou seja, gramaticalmente correta.