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Caso Clínico Alzheimer

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L.W. era uma idosa com demência. Oito anos antes da sua morte, ela e sua família notaram uma 
deficiência em sua memória recente. Inicialmente, elas relacionaram essa perda de memória à 
tendência normal ao esquecimento “da idade avançada”, entretanto, seu declínio cognitivo 
continuava, e progressivamente interferia em sua capacidade de dirigir, fazer compras e cuidar 
de si própria. Ela não tinha sintomas que sugerissem doença na tireoide, deficiência de 
vitaminas, tumor cerebral, intoxicação por fármacos, infecção crônica, depressão ou derrame. 
A imagem de ressonância magnética mostrava uma atrofia cortical difusa. O irmão, pai e dois 
outros parentes paternos morreram por volta dos 70 anos de idade. Um neurologista explicou 
para ela e para a família, que o envelhecimento normal não está associado a declínios drásticos 
na memória ou julgamento, a atual situação sugeria um caso de demência familiar. Após tais 
acontecimentos, sua condição deteriorou rapidamente, e L.W. veio a falecer aos 82 anos de 
Qual é a doença tratada no caso em questão? 
O que causa essa doença? Qual é sua relação com proteínas? 
Quais os genes envolvidos com o desenvolvimento dessa doença? 
Quais as funções de tais genes? 
Existe uma forma adequada de diagnóstico? 
 
▪ Alzheimer é a causa mais comum de demência em idosos, apresentando um prejuízo de 
funções intelectuais; 
▪ Cerca de 10% dos casos tem origem familial; maior parte é esporádica. 
▪ Prejuízo insidioso de funções cognitivas superiores; 
▪ Após 10 anos do aparecimento dos sintomas >> totalmente dependente; 
▪ Assintomáticos antes dos 50 anos; 
▪ Prevalência dobra em média a cada 5 anos; 
▪ 1% - Entre 60 e 64 anos; 
▪ 40% ou mais entre 85 e 89 anos; 
▪ Tecido encefálico é necessário para diagnóstico, mas alguns exames conseguem detectar 
entre 80 a 90% dos casos. 
Causa: Acúmulo de placas de ß-amiloide. 
Genes reconhecidamente envolvidos, e cromossomo: 
 PSEN1 > Presenilina 1 (PS1) - 14 
 PSEN2 > Presenilina 2 (PS2) - 1 
 APP ou PPA > Proteína precursora de amiloide - 21 
 APOE > Apolipoproteína E (apoE) – 19 
 
A anormalidade fundamental é a deposição de peptídeos beta-amilóides 
 
A degradação da proteína PPA, para sua posterior substituição por uma recém-sintetizada, 
ocorre fisiologicamente em nosso organismo. A clivagem dessa proteína é realizada por enzimas 
secretase. 
Fisiologicamente, há ação da alfa-secretase e da gama-secretase, o que resulta em fragmentos 
da proteína PPA solúveis e que não se aglutinam. Essa via recebe o nome de não amiloidogênica. 
Quando há mutações nos genes descritos a enzima beta-secretase entra em ação no lugar da 
alfa-secretase. Essa troca faz com que os fragmentos de PPA se tornem insolúveis, o que causa 
uma aglomeração extra-celular desses fragmentos, formando fibras amieloides. Esses 
aglomerados provocam uma resposta inflamatória do organismo que resulta na morte neuronal.

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