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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV iot DEFINIÇÃO É um procedimento médico caracterizado pela introdução de um tubo específico pelo trajeto da via aérea superior (boca – laringe – traqueia) do paciente, utilizando o laringoscópio para visualização da laringe e cordas vocais, com posterior passagem do tubo pelo trajeto. Esse tubo será utilizado para auxiliar a ventilar o paciente, visto que possibilita uma ventilação mecânica. PRINCIPAIS INDICAÇÕES: • Rebaixamento do nível de consciência; • Insuficiência respiratória; • Trauma de face; • Edema de glote; • Atenuar o risco de aspiração do conteúdo gástrico; • Facilitar a aspiração traqueal; • Facilitar ventilação sob pressão positiva. • Pacientes submetidos a anestesia geral • Cirurgias que envolvam vias aéreas QUANDO INTUBAR? A decisão de intubar pode ser clara e requer pouca deliberação, como no paciente comatoso e traumatizado que requer intubação imediata. Também pode ficar claro quando a intubação não tem indicação, como o paciente com dificuldade respiratória leve por insuficiência cardíaca aguda que está melhorando rapidamente com nitroglicerina e ventilação não invasiva por pressão positiva. PROCEDIMENTO 1. Certificar−se da esterilização adequada. 2. Inspecionar a integridade dos componentes. 3. Examinar o interior do tubo orotraqueal para certificar−se de que ele está livre de obstruções e sem partículas. 4. Certificar−se de que a ventilação e a oxigenação utilizadas são adequadas e que um aspirador está imediatamente disponível na eventualidade de o doente vomitar. 5. Insuflar o balão do tubo endotraqueal para certificar−se de que não vaza e, a seguir, esvaziá−lo. 6. Conectar a lâmina do laringoscópio ao cabo e verificar a intensidade da luz. 7. Avaliar a dificuldade da intubação. 8. Um assistente deve imobilizar manualmente o pescoço e a cabeça. O pescoço do doente não deve ser hiperestendido nem hiperfletido durante esse procedimento. 9. Segurar o laringoscópio com a mão esquerda e abrir a boca do paciente com a direita. 10. Inserir o laringoscópio no lado direito da boca do doente, deslocando a língua para a esquerda. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 11. Visualizar a epiglote e, a seguir, as cordas vocais. A manipulação da laringe por meio da pressão sobre a cartilagem cricoide em direção posterior, cranial e para o lado direito pode auxiliar na visualização. VISUALIZAÇÃO DAS CORDAS VOCAIS E EPIGLOTE 12. Inserir delicadamente o tubo endotraqueal na traqueia sem aplicar pressão sobre os dentes e as partes moles da boca. 13. Insuflar o balão com volume de ar suficiente para conseguir uma vedação adequada. Não hiperinsuflar o balão. 14. Conferir a posição do tubo endotraqueal ventilando com o dispositivo de máscara com válvula e balão. 15. Visualizar os movimentos da caixa torácica durante a ventilação. 16. Auscultar o tórax e o abdome com estetoscópio para conferir a posição do tubo, que deve ser avaliada cuidadosamente. A radiografia de tórax pode ser útil para avaliar a posição do tubo, mas não exclui a intubação esofágica. 17. Se a intubação endotraqueal não for conseguida em alguns segundos ou no tempo em que o médico que executa o procedimento consegue manter−se sem expirar, interromper as tentativas, ventilar o doente com dispositivo de máscara com válvula e balão e tentar novamente. 18. Fixar o tubo. Se o doente for movimentado, o posicionamento do tubo deve ser reavaliado. FIXAÇÃO DO TUBO 19. Após a fixação, conectar um capnógrafo ao tubo endotraqueal, entre o adaptador e o dispositivo de ventilação para confirmar o posicionamento do tubo na traqueia. 20. Conectar um oxímetro de pulso a um dos dedos do doente. A perfusão periférica deve estar preservada para medir e monitorar o nível de saturação de oxigênio do doente e fornecer uma avaliação imediata das intervenções terapêuticas. DICA A intubação rápida envolve uma preparação completa para ventilar o paciente e é baseada em 7 “Ps”: 1. Preparação dos equipamentos e cenário; 2. Pré-oxigenação; 3. Pré-tratamento, ou pré-droga – envolve analgesia e indução; 4. Paralisia depois da indução; 5. Posicionamento do paciente; 6. Passagem do tubo; 7. Pós intubação – avaliação hemodinâmica, por meio de exame físico e monitor multiparamétrico. Referências: • Advanced Trauma Life Support for Doctors. American College of Surgeons. 10a. Ed 2018 • Brown, C.A. The decision to intubate, 2019. • Orebaugh, S., Snyder, J.V. Direct laryngoscopy and endotracheal intubation in adults, 2019
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