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Cards sobre Litíase Renal Autor: Victor Lima (Nefrolitíase) Litíase Renal Epidemiologia: → A doença litiásica é mais comuns em homens e tem seu pico de incidência entre 20-40 anos, manifestando-se principalmente através da síndrome de “cólica nefrética” Vírus RNA de filamento único; → Dados epidemiológicos afirmam que cerca de 12% das pessoas irão desenvolver cálculos urinários em algum momento da vida. Patogênese: Os cálculos renais( sais insolúveis) se originam do crescimento e agregação desses cristais Fatores que favorecem a supersaturação: - Hiperexcreção de solutos; - Volume urinário reduzido; - Alteração de pH(alcalino); -Deficiência de inibidores de cristalização A formação do calculo culmina em uma dor típica decorrente da mobilização, a qual produz graus variáveis de obstrução ao fluxo de urina Essa obstrução pode levar a um quadro clínico de uma síndrome clínica de cólica nefrítica Os principais fatores de risco são: → (1) história pessoal de nefrolitíase; → (2) história familiar de nefrolitíase; → (3) baixa ingesta hídrica → (4) urina ácida (como acontece na vigência de resistência à insulina, obesidade, diabetes mellitus tipo 2, diarreia crônica); → (5) história de gota; → (6) hipertensão arterial sistêmica; → (7) cirurgia bariátrica; → (8) uso prolongado de certos medicamentos (ex.: indinavir em adultos e ceftriaxone em crianças); → (9) infecção urinária crônica ou recorrente Litíase Renal Manifestações clínica 1.Cólica Nefrética Quando um cálculo migra da pelve renal para o ureter, o paciente experimenta uma dor variavelmente intensa, ocasionada pela impactação do cálculo nos pontos de constricção fisiológica do ureter. Na tentativa de forçar a passagem do cálculo o ureter se contrai de maneira espasmódica e repetitiva, justificando as típicas crises de dor em “cólica” que costumam durar entre 20 a 60 minutos. Se essa impactação provocar obstrução importante ocorre um grande aumento na pressão do trato urinário, gerando distensão aguda da cápsula renal. Isso justifica a presença de punho- -percussão lombar positiva, ou “sinal de Giordano”, ao exame físico. É curioso ressaltar que a localização da dor se relaciona com a topografia do cálculo impactado... Um cálculo na junção ureteropélvica¹ provoca dor em flanco e sinal de Giordano precocemente positivo. Já um cálculo próximo à porção média do ureter provoca dor abdominal com irradiação para o ligamento inguinal e/ou testículo/grande lábio ipsilateral. Cálculos impactados na junção vesicureteral² podem ser confundidos com cistite bacteriana, cursando com disúria, polaciúria, urgência e dor uretral (no homem: dor peniana). Pode ou não haver sinal de Giordano nos cálculos presentes na junção vesicureteral! A dor pode mudar suas características no decorrer do tempo, o que denota a movimentação do cálculo ao longo do ureter. Junção ureteropélvica¹ junção vesicureteral² Litíase Renal Manifestações clínica 2.Hematúria Depois da infecção urinária, nefrolitíase é a segunda causa de hematúria, que pode ser macro ou microscópica. A hematúria é detectada em 90% dos pacientes que apresentam cálculo renal. Algumas vezes, pode ser o único sinal da nefrolitíase. 3.Infecção A infecção renal (pielonefrite) é a complicação mais temível da litíase com cálculo impactado no ureter. Estes pacientes evoluem com febre alta, calafrios e leucocitose com desvio à esquerda, achados não esperados na ureterolitíase per se. Por ser uma pielonefrite complicada (“infecção fechada”), a sepse costuma ser intensa e de rápida instalação, cursando com bacteremia. Se o rim infectado não for logo desobstruído existe grande chance daquele rim ser rapidamente destruído (em questão de dias) num processo conhecido como pionefrose 4.Obstrução Quando o cálculo impacta no ureter, geralmente causa uma obstrução apenas parcial. Eventualmente, contudo, a obstrução pode ser total, acarretando hidronefrose progressiva e perda do parênquima renal (semanas a meses se não houver infecção), caso a obstrução não seja desfeita. Litíase Renal Manifestações clínica 5. Nefrocalcinose Uma forma de apresentação da litíase por fosfato de cálcio (apatita) é a nefrocalcinose, Nefrolitíase 8 finida como uma calcificação do parênquima renal – os cristais se depositam difusamente sobre as papilas renais. Pode ser assintomática, se exteriorizando como múltiplas calcificações encontradas num RX simples, ou então determinar cólica pelo seu desprendimento para a pelve renal 6.Cálculos Coraliformes São cálculos geralmente assintomáticos que crescem de modo a ocupar quase toda a pelve e cálices renais. Eles são mais comumente formados por estruvita (fosfato de amônio magnesiano), porém, podem ser de cistina ou ácido úrico. Tais cálculos se associam a um mau prognóstico do rim acometido (degeneração parenquimatosa) e sempre indicam terapia intervencionista, mesmo quando não produzem sintomas. Litíase Renal Diagnóstico: 2. Urografia excretora também chamada de pielografia intravenosa, durante muito tempo foi considerada o padrão-ouro para o diagnóstico da litíase. Continua sendo um excelente exame, com sensibilidade em torno de 90%, porém, perde em acurácia para a TC helicoidal. A principal vantagem sobre a US é a capacidade de avaliar indiretamente a função renal (atraso de enchimento, ausência de enchimento). Também pode detectar cálculos mais distais na via urinária que não foram visualizados pelo ultrassom. A desvantagem é o uso do contraste iodado. 3. Qual é a composição do cálculo? Sempre que possível devemos esclarecer a composição química de um cálculo renal. Munidos dessa informação poderemos direcionar melhor a investigação diagnóstica do distúrbio metabólico subjacente, o que permitirá a elaboração de uma estratégia preventiva específica. 4. Investigação completa da dosagem da urina 1. Ultrassonografia renal Litíase Renal Tratamento: • Hidratação; • Bloqueadores Alfa-1-Adrenérgicos; • Os Anti-Inflamatórios Não Esteroidais (AINE) Intervenção urológica: (1) Litotripsia com Ondas de Choque Extracorpórea (LOCE); (2) Litotripsia por ureterorrenoscopia (endourológica); (3) Nefrolitotomia percutânea¹ (cirurgia minimamente invasiva); (4) Nefrolitotomia aberta (“anatrófica”). Nefrolitotomia percutânea¹
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