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Alergias e Hipersensibilidades Alimentares Profa. Dra. Thaís Rodrigues Moreira Objetivos Diferenciar alergias e hipersensibilidades. 2 Ementa Estudar os diferentes tipos de reações aos alimentos. Definir e classificar as manifestações das alergias e hipersensibilidades alimentares. Identificar as condutas nutricionais apropriadas, baseadas nos princípios da nutrição funcional. 3 Conteúdo programático Definição de alergias e intolerâncias. Reações adversas aos alimentos. Manifestações clínicas, sinais e sintomas. Diagnóstico diferencial. Marcadores de intolerâncias e alergias alimentares. Conduta nutricional. 4 Ampliação do conhecimento Para a realização de pesquisas bibliográficas complementares à aula e a apostila, sugere-se a utilização das seguintes palavras-chave: 5 Alergia alimentar Intolerância alimentar Hipersensibilidade alimentar Alimento é informação 6 Garg et al. Nutrigenomics and Nutrigenetics. 2014. Alimentação... 7 Garg et al. Nutrigenomics and Nutrigenetics. 2014. O trato gastrintestinal é o maior órgão linfóide do organismo Defesa inespecíficos: - Barreira mecânica; - Flora intestinal; - Ácido gástrico, secreções biliares e pancreáticas; -Motilidade intestinal; -O muco que recobre as células epiteliais. Farhadi A, Banan A, Fields J, Keshavarzian A. Intestinal barrier: An interface between health and disease. J Gastroenterol Hepatol 2003; 18:479–97. Defesa especifica: -Tecido linfóide associado ao TGI (GALT - Gut Associated Lymphoid Tissue) e seus componentes e a IgA secretora Chehade M. Mayer L. Oral tolerance and its relation to food hypersensitivities. J Allergy Clin Immunol 2005; 115: 13. Sistema de Tolerância Oral Linfócitos Th1 produzem interferon gama (INFγ), IL-2 e fator de necrose tumoral α (TNF-α) e os linfócitos Th2 preferentemente IL-4, IL-5, IL- 9 e IL-13 Mowat AM, Parker LA, Beacock-Sharp H, Millington OR, Chirdo F. Oral tolerance: overview and historical perspectives. Ann N Y Acad Sci 2004; 1029:1-8. 8 9 Barreira epitelial, Muco, ácido gástrico Células T Regulatórias, Th1 e th2, células produtoras de IgA e IgM 10 11 Alergia alimentar O desenvolvimento da alergia alimentar representa uma falha da tolerância oral, seja pela não aquisição ou perda da mesma. 12 Alergia alimentar Reações clínicas exuberantes e bem identificadas alguns minutos ou poucas horas após a ingestão do alimento (imediatas). Ex.: erupção na pele, tosse, irritação nasal ou ocular, asma ou edema de laringe. Análise laboratorial que procura confirmar o diagnóstico de alergia alimentar a um determinado alimento é exatamente a pesquisa de IgE específica deste alimento. Se for positiva, estamos perante alergia a esse alimento. 13 Alergia alimentar Manifestações clínicas mais comuns: Pele (urticária, inchaço, coceira, eczema) Sistema respiratório (tosse, rouquidão e chiado no peito) Sistema gastrointestinal (diarreia, dor abdominal, vômitos e, algumas vezes, melena) Reação anafilática 14 Alergia alimentar Manifestações clínicas mais comuns: 15 Alergia alimentar De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, estima-se que as reações alimentares de causas alérgicas verdadeiras atingem: - 6 a 8% das crianças com menos de três anos - 2 a 3% dos adultos Fatores como predisposição genética, alterações no intestino e potência antigênica de alguns alimentos têm importante papel para o desenvolvimento de alergias. 16 Alergia alimentar Quando as defesas imunológicas são suficientes e estes antígenos passam para a ocorrente sanguínea, no qual existem defesas imunológicas inespecíficas que têm a função de fagocitar os invasores que, em conjunto com o sistema monocítico fagocitário e linfático, “limpar” o sangue destas substâncias estranhas. 17 Alergia alimentar Predisposição genética (expressa 70% pelo fenótipo) Tipo de antígeno, dose e porta de entrada Competência do sistema imune Integridade orgânica funcional Equilíbrio nutricional 18 Alergia alimentar As condições ideais para a digestibilidade do alimento serão determinantes neste processo, como: Mastigação adequada; Formação e manutenção do pH ácido do estômago; Formação e ação adequada das enzimas gástricas, pancreáticas e intestinais; Liberação e ação adequada dos ácidos biliares e do bicarbonato pelo pâncreas; Manutenção da integridade da parede intestinal e da microbiota intestinal; Adequação da capacidade funcional do fígado e do intestino de destoxificação. 19 Alergia alimentar 20 Resposta inflamatória ao antígeno oral no intestino 21 Alergia alimentar Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 35. N° 6, 2012. 22 Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 31, Nº 2, 2008. 23 Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 31, Nº 2, 2008. 24 Alergia x Intolerância Por vezes confundem-se manifestações clínicas decorrentes de intolerância, como por exemplo, intolerância à lactose secundária à deficiência primária ou secundária da lactase, com alergia alimentar. Alergia alimentar é um termo utilizado para descrever reações adversas a alimentos, dependentes de mecanismos imunológicos, IgE mediados ou não. 25 Alergia x Intolerância Intolerância • Não imunomediada. • O alimento não é digerido corretamente e, desta forma, os sintomas surgem, principalmente, no sistema gastrointestinal. Alergia • Resposta imunológica imediata. • Organismo cria anticorpos como se o alimento fosse um agente agressor e por isso os sintomas são generalizados. J. L. Turnbull et al. Aliment Pharmacol Ther. 2014. 26 Alergia x Intolerância 27 Intolerância alimentar Define-se a intolerância alimentar como a ausência ou deficiência de uma enzima digestiva que torna difícil ou impossível a digestão de um alimento ou grupo de alimentos. 28 Intolerância alimentar Ausência enzimática (lactose): 30 Intolerância a lactose 31 Intolerância a lactose 32 Intolerância a lactose WGO, 2014. Lactose Dissacarídeo Glicose Galactose Fermentação Q u a n ti d a d e s m a io re s q u e 1 2 g l a c to s e e m 1 r e fe iç ã o d o s s in to m a s 33 Intolerância a lactose África E Ásia Fennema, 2010. 34 Intolerância a lactose Sintomas: Distensão abdominal Dor abdominal Flatulência Diarreia Borborigmos (ruídos) Vômitos 35 Intolerância a lactose Intensidade dos sintomas dependem: Dose consumida Esvaziamento gástrico Grau de adaptação colônica •motilidade, trânsito, pH, microbiota intestinal 36 Intolerância a lactose Diagnóstico: 37 38 39 Intolerância a lactose Conduta Nutricion al 1. Evitar temporariamente leite e produtos lácteos da dieta para se obter remissão dos sintomas 2. Exclusão inicial de lactose, reintroduzir gradualmente de acordo com o limiar sintomático de cada indivíduo 3. Ingerir junto com outros alimentos 4. Fracionar ao longo do dia 5. Preferir os produtos lácteos fermentados e maturados A exclusão total e definitiva de lactose deve ser evitada Prejuízo nutricional Mattar et al., Rev Assoc Med Bras , 2010. 40 Intolerância a lactose Misselwitz et al., United European Gastroenterology Journal, 2013.. 41 BRASIL, Lei n. 13.305. 42 Intolerância a lactose 43 44 Intolerância a lactose . Alimentos sem lactose Alimentos lacfree 45 Alimentos sem lactose . São alimentos que contém naturalmente a lactose, porém ocorre a adição da enzima lactase. 46 Alimentos sem lactose . 47 Alimentos lacfree . São produtos alimentícios isentos naturalmente de lactose em sua composições. 49 Intolerância ao glúten . 50 Intolerância ao glúten . H2O 51 Intolerância ao glúten . Dietas da Moda Emagrecimento Resultados rápidos 52 Intolerância ao glúten . 53 Intolerância ao glúten . Dieta sem glúten Conduta nutricional Intolerantes ao glúten Doença celíaca Controle rigoroso n=369 pacientes celíacos IMCinicial Intervenção: Dieta sem glúten + Nutricionista IMC após 2,8 anos 66% Desnutridos ganharam peso corporal 54% Sobrepesos e 47% Obesos perderam peso 54 Prescrição e orientação dietética Única terapia eficaz para DC Alimentos sem glúten de boa qualidade nutricional 55 Acompanhamento 2 anos 56 57 n=13 atletas endurance 7 dias - Dieta Glúten Free 10 dias - Washout 7 dias - Dieta com Glúten S/ DC e SII ECR, duplo cego, controlado Dieta sem glúten não apresentou diferença no desempenho, sintomas gastrointestinais, indicador de lesão intestinal e marcador inflamatório. 58 Grupo 1 Dieta controle Grupo 2 Dieta controle + 4,5% glúten trigo Grupo 3 Dieta rica em LIP Grupo 4 Dieta rica em LIP + 4,5% glúten trigo Acompanhamento 8 semanas 59 60 Camundongos dos grupos 2 e 4 Maior peso corporal Maior depósito de gordura corporal 61 62 63 64 Intolerância ao glúten . Conduta Nutricional Exclusão do glúten da dieta 65 Intolerância ao glúten . 67 Sensibilidade alimentar . Provoca, habitualmente, reações clínicas algumas horas ou dois a três dias após a ingestão do alimento em causa. Trata-se portanto de uma reação tardia. Reações clínicas não são exuberantes e frequentemente não são relacionadas com a ingestão dos alimentos. Na sensibilidade alimentar o sistema imunitário produz imunoglobulinas de um tipo designado por IgG. 68 Sensibilidade ao Glúten sem Doença Celíaca . Originalmente escrita por Cooper e at. (1980), em um grupo de 8 mulheres adultas que sofriam: dor abdominal e diarreia crônica. Apresentavam alivio significativo com a utilização de dieta isenta de glúten, e cujos sintomas recidivavam com a reintrodução do glúten na dieta. Biópsias de jejuno: sem alterações compatíveis com a Doença Celíaca. Conclusão dos autores: Estas pacientes apresentavam diarreia sensível ao glúten, mas não demonstravam quaisquer evidências de DC. Cooper BT et al. Gastroenterology, 1980. 69 Sensibilidade ao Glúten sem Doença Celíaca . 2010: redescobriram esta enfermidade, a qual se caracterizava pela presença de sintomas intestinais e extra intestinais relacionados com a ingestão de alimentos contendo glúten em indivíduos que não sofriam de DC ou Alergia ao Trigo. Cooper BT et al. Gastroenterology, 1980. estudos estudos estudos A partir de 2010 Confirmando que a SGSDC deveria ser incluída no espectro dos transtornos relacionados ao glúten 70 Sensibilidade ao Glúten sem Doença Celíaca . É um transtorno relacionado com o glúten, considerado quando aparecem reações (sintomas) ao glúten que não envolvem mecanismos alérgicos ou autoimunes. Os pacientes com sensibilidade ao glúten “não doença celíaca” têm uma histologia duodenal aparentemente normal e não apresentam autoanticorpos específicos da doença celíaca (transglutaminase tecidual e anticorpos antiendomísio). Brottveit et al. Scandinavian Journal of Gastroenterology, 2012. 71 Sensibilidade ao Glúten sem Doença Celíaca . Sintomas: Brottveit et al. Scandinavian Journal of Gastroenterology, 2012. Dor abdominal Diarreia Fadiga Anemia Distensão abdominal Dor nas articulações Depressão 72 Sensibilidade ao Glúten sem Doença Celíaca . Diagnóstico: Sintomas aparecem logo após a ingestão de glúten, desaparecem com a retirada do glúten da dieta e reaparecem nas próximas horas ou poucos dias subsequentes, após um teste de provocação com glúten. Volta et al. Cellular & Molecular Immunology, 2013. Diagnóstico Teste de provocação Técnica duplo-cego, placebo controlada 73 Reações adversas Agressores Defesa 74 Reações adversas Termo aplicado a todas as reações que ocorrem após ingestão de um alimento, independente de sua natureza. Chapman JA, Bernstein IL, Lee RE, Oppenheimer J. Food allergy: A practice parameter. Ann Allergy Asthma Immunol 2006;96:S1-68. Boyce JA, Assa’ad A, Burks AW, Jones SM, Sampson HA, Wood RA, et al. Guidelines for the diagnosis and management of food allergy in the United States: report of the NIAID-sponsored expert panel. J Allergy Clin Immunol 2010;126:S1-58. 75 Reações adversas Curso para manifestação das reações: 77 Reações adversas Diagnóstico 78 História clínica • Anamnese • Memória do paciente (sintomas) • Habilidade do médico Investigação laboratorial • Exames bioquímicos • Testes cutâneos de hipersensibilidade imediata Teste de contato atópico com alimentos • Aumentar especificidade do diagnóstico das reações • Ausência de padronização e baixa sensibilidade - NÃO RECOMENDADO! Diagnóstico 79 Hemograma: detectar complicações associadas (anemia) Ferritina: perdas fecais Dosagem IgE específica: alergias mediadas por IgE e mistas Diagnóstico 80 Teste de provocação oral consiste na oferta progressiva do alimento suspeito e/ou placebo, em intervalos regulares, monitorados por médicos. - Confirmar ou excluir uma alergia alimentar - Avaliar a tolerância em alergias transitórias (leite vaca, ovo, trigo, soja) - Avaliar reatividade clínica em pacientes sensibilizados ou com dietas restritivas - Determinar se alérgenos podem causar reações imediatas - Avaliar a tolerância de determinados alimentos Diagnóstico 81 Teste de provocação oral: Aberto Paciente e médico estão cientes Simples cego Apenas o médico está ciente Duplo cego e controlado por placebo Nenhuma das partes está ciente do que está sendo ofertado Diagnóstico diferencial 82 Diagnóstico diferencial 83 Diagnóstico diferencial 84 Diagnóstico diferencial 85 Exames coprológicos Endoscopia digestiva alta e colonoscopia com biópsias Investigação de refluxo secundário a alergia 87 Conduta nutricional 89 Conduta nutricional Conhecimento dos alimentos, no que se refere ao grau de reatividade (baixa, média e alta reatividade); Exclusão temporária dos alimentos de maior reatividade (por 1 a 3 meses); Rotatividade de 4 dias (ou mais) dos alimentos de baixa ou média reatividade; 90 Conduta nutricional Principal conduta terapêutica/eficaz Exclusão do alimento responsável pelas manifestações 91 Conduta nutricional Reintroduzir os alimentos de alta sensibilidade (1 de cada vez), avaliando os sintomas, e se necessário manter a exclusão por mais um período, de acordo com as reações manifestadas; Se não tiver nenhuma reação adversa, manter o alimento também na rotatividade de 4 dias (ou mais); 92 93 94 Conduta nutricional Substituição ao leite de vaca: Leite de Amêndoas: além de ter um bom teor de proteína, o leite de amêndoas é rico em vitaminas e minerais, antioxidantes e gordura monoinsaturada. 95 Conduta nutricional Substituição ao leite de vaca: Leite de Amêndoas Receita: você vai precisar de 1 copo de amêndoas crua e 4 copos de água. Lave as amêndoas, deixe de molho de um dia para o outro com água cobrindo ou guarde na geladeira. Escorra a água que ficou de molho, retire a película (opcional) e bata no liquidificador com a água. Coe em um pano fino. Opções industrializadas 96 97 Conduta nutricional Substituição ao leite de vaca: Leite de arroz: Leve ao fogo por 15 minutos 1 litro de água e 5 xícaras (chá) de arroz cru. Se preferir pode colocar uma pitada de sal. Depois bata no liquidificador, apenas para quebrar o arroz. Em seguida e coe num pano de prato. Leite de arroz é rico em carboidratos e muitas vezes os fabricantes colocam espessantes, por isso devemos estar atentos aos rótulos. Opções industrializadas 98 99 Conduta nutricional Substituição ao leite de vaca: Leite de aveia: rico em vitamina E, cálcio, selênio, zinco, magnésio e ferro, fibra solúvel e insolúvel. Receita: coloque duas xícaras (chá) de aveia de molho em 4 xícaras (chá) de água por 1 hora. Bata a mistura no liquidificador e coe num pano de prato Opções industrializadas 100 101 Conduta nutricional Substituição ao leite de vaca: Leite de coco:pode ser um ótimo substituto ao leite para preparação de sobremesas, peixes e massas. Ele é rico em ferro, ácido fólico , selênio e fibras. Receita: bata no liquidificador 1 copo de polpa de coco com 5 copos de água quente, e depois coe com um pano de prato. 102 Conduta nutricional Substituição ao leite de vaca: Leite de coco Opções industrializadas 103 104 Conduta nutricional Substituição ao leite de vaca: Leite de soja: rico em fibras, proteínas e principalmente vitaminas do complexo B. O uso do leite de soja por crianças deve ser supervisionado, pois a soja pode ter um efeito negativo sobre o desenvolvimento hormonal na criança. Receita: use 1 xícara de soja e 1 e 1/2 litro de água. Escolha os grãos da soja e lave bem. Deixe de molho de um dia para outro. Escorra a água e lave novamente. Bata no liquidificador com 1 e 1/2 litro de água. Coe em um pano de prato. Coloque em uma panela e leve ao fogo, quando levantar fervura deixe em fogo baixo por 10 minutos. 105 Conduta nutricional Substituição ao leite de vaca: Leite de soja: Opções industrializadas 106 Opções industrializadas 107 108 Conduta nutricional Substituição a farinha de trigo: Farinha de arroz: é a principal substituta da farinha de trigo nas receitas porque proporciona o espessamento da massa, assemelhando a textura de ambas as massas. Prefira a versão de arroz integral. A farinha de arroz possui 4, 5 vezes menos gorduras totais do que a farinha de trigo, a primeira tem 0,3 gramas por porção de 100 gramas, enquanto a segunda possui 1,4 gramas para cada a mesma proporção. 109 Conduta nutricional Substituição a farinha de trigo: Farinha de arroz nas preparações: Pães: misturar como o trigo sarraceno e lentilha moída, pois comidas apenas com a farinha de arroz possuem alto índice glicêmico e ao combinar dois alimentos há variedade de nutrientes. Para dar leveza, acrescenta-se a batata doce, mandioquinha ou biomassa de banana verde. O vinagre de maçã é utilizado para deixar a massa mais molhadinha e o fermento biológico irá ajudá-la a crescer. Bolos: ela pode ser misturada com a farinha de coco ou oleaginosas (como amêndoa, macadâmia, castanha do Pará, entre outras...), que quando trituradas formam farinhas. 110 Conduta nutricional Farinha de arroz nas preparações: Massas: Combine a farinha de arroz com a fécula de batata e o polvilho doce. Tortas salgadas: misturada como a chia ou o amaranto proporciona crocância ao alimento. Tortas doces: misturada a farinhas de grão de bico ou quinoa e as de linhaça, amaranto ou chia. Pizzas: farinha de arroz acompanhada da goma xantana, açúcar demerara, linhaça dourada e pyssilium forma um ótimo substituto. Atenção ao tempo em que essa massa precisará ser sovada, o segredo é sovar o dobro do tempo de uma massa com glúten. Salgados: Misturar mandioquinha, inhame, batata ou mandioca com polvilho doce e a farinha de arroz. Biscoitos: os biscoitos podem ser feitos a partir da combinação de farinha de arroz, chia, quinoa em flocos e manteiga clarificada. 111 Conduta nutricional Substituição a farinha de trigo: Farinha de Trigo Sarraceno Ela tem um sabor distinto, o que faz com que ela seja melhor quando combinada com farinhas mais leves. Farinha de Coco Feita da polpa seca do coco, essa farinha possui poucos carboidratos e muitas fibras. Ela dá um sabor gostoso às receitas. Já que a farinha de coco absorve muita umidade, ela é sugerida para receitas que tenham pelo menos tanto líquido quando farinha. 112 Conduta nutricional Substituição a farinha de trigo: Farinha de Milho Feita de milho, essa farinha é muito grossa para bolos, mas é boa para panquecas e pão de milho. Farinhas de Castanhas Podem substituir a farinha em quantidades iguais, porque elas são densas e muito ricas em proteína – elas são usadas mais recentemente para substituir uma parte da farinha nas receitas. Já que elas tendem a ser bem caras, são usadas raramente. 113 Conduta nutricional Substituição a farinha de trigo: Farinha de Quinoa A casca das sementes desse grão, das quais a farinha é feita, é amarga. Se possível, procure por farinha de quinoa “desamargada”. Essa farinha sem glúten adiciona uma boa densidade a receitas, e é boa para biscoitos e panquecas. Farinha de Tapioca Da raiz da mandioca é uma farinha leve e amilácea que adiciona uma textura superior às receitas. É frequentemente usada junto com outras farinhas. 114 Conduta nutricional Substituição a farinha de trigo: Goma Xantana Ela não é uma farinha, é um pó feito da xanthomonas campestris. Ela substitui o glúten em pães e receitas com farinha sem glúten. Uma pequena quantidade (meia colher de chá ou menos) é mais do que suficiente para criar liga. 115 Conduta nutricional Farinhas sem glúten: Mistura de farinha “pesada” (mais proteínas) = 12 xícaras 8 xícaras de farinha de arroz 2 2/3 xícaras de farinha de amido de batata 1 1/3 xícaras de farinha de tapioca Mistura de farinha “leve” (poucas proteínas) = 12 xícaras 4 xícaras de farinha de arroz 4 xícaras de farinha de tapioca 4 xícaras de amido de milho 4 colheres de sopa de amido de batata 116 Conduta nutricional Substituição do ovo: Linhaça: Bater as sementes no processador de alimentos até virar pó, acrescentar 2 ou 4 colheres cheias de água e deixe repousar por 15 ou 20 minutos. Junte uma colher de chá de leite de soja em pó. Usem em panquecas, bolinhos, biscoitos, e bolos. Substituto Ovo em Bolos: 2 colheres de chá de fermento em pó 3 colheres de chá de bicarbonato de sódio 1 colher de chá de vinagre de cidra 117 Conduta nutricional Substituição do ovo: Substituto de Clara de Ovos Dissolver 1 xícara de polvilho azedo em uma tigela com água. Colocar na panela e ir mexendo para controlando, até que atinja o ponto de clara de ovo. 1 clara de ovo: 1 colher de sopa de ágar-ágar em pó dissolva – a em 1 colher de sopa de água, bata bem, deixe esfriar no frigorifico e bata novamente. 118 Conduta nutricional Substituição do ovo: 1 ovo: Banana pequena verde cozida e triturada = biomassa. 1 ovo: Banana madura amassada (receitas doces) (normalmente é mais ou menos uma colher cheia para cada ovo). Adicione ½ colher de chá de fermento para obter uma textura mais fina. 1 ovo: 1 colher (sopa) de semente de linhaça em pó misturada a 3 colheres de sopa de água (deixe em fogo baixo até quase ferver). 1 ovo: ¼ xícara de ameixa seca amassada Conduta nutricional 119 Science. 2012 Jun 8;336(6086):1262-7. Conduta nutricional 120 Trends Microbiol. 2016 May;24(5):402-13. Conduta nutricional 1 Environ Microbiol. 2013; 15: 1146–1159. Evolution of microbiota composition 121 Conduta nutricional 1 Food Funct., 2015,6, 2424-2439. 122 Conduta nutricional 123 Circ Res. 2017 Mar 31;120(7):1183-1196. Main measure Dietary intervention Probiotics and Prebiotics Beneficial bacteria Nondigestible carbohydrates Fecal Transplant Fecal Transference *endotoxins *bacterial group Conduta nutricional 124 Arrieta MC, et al.Front Immunol. 2014 Sep 5;5:427. 125 Conduta nutricional Alguns alimentos (alérgenos) podem ser mascarados e ingeridos de maneira desavisada em alguns destes procedimentos: • Temperos: mostarda, pimenta, gergelim • Legumes e castanhas: amendoim e castanha • Leite de vaca (suplementos protéicos): caseína, caseinatos • Vacinas • Instrumentos de cozinha, alérgenos voláteis • Alimentos transgênicos que contém novas proteínas • Outros alérgenos: • Ácaros de estocagem em farinha (massas, pizzas) • Anisakis simplex em peixes 126 Conduta nutricional • Ovo: Vitelina, ovovitelina, lecitina, ovomucoide, ovomucina, albumina. • Trigo: farinha, gomas vegetais, gérmen de trigo, farinha branca, trigo integral, semolina, triticale, tabule, xarope de cereal maltado, proteína vegetal hidrolisada, farelo, alimento modificado com amido ou fécula, glúten. 127 Conduta nutricional • Milho: maisena,dextrose, proteína de milho, glúten de milho, amido de milho, dextrina, dexina, dextrimaltose (maltodextrina), álcool de milho (cerveja, bourbon, uísque, vinhos fortificados e alguns licores); a maioria dos “caramelos coloridos” são derivados do milho. 128 Conduta nutricional • Soja: Lecitina, óleo comestível, todos os temperos prontos para saladas, proteína de soja e alimentos contendo-os: pães, alimentos infantis, produtos de padaria, substitutos de manteiga, bolos, biscoitos, bolachas, cereais, doces, misturas para bebida de frutas desidratadas, sorvetes, margarinas, salsichas, acentuadores de sabor, gordura vegetal, brotos de soja, pastifícios que contenham soja (talharins, massas em geral) e molhos de soja. 129 Conduta nutricional • Carne de Boi: gelatinas, sobremesas de gelatinas. • Leite: Caseína, caseinato de de sódio, lactose, lactolbumina, soro e leite em pó, whey protein. 130 Conduta nutricional Alérgeno Vitaminas e Minerais Leite Cálcio de origem vegetal: Couve, mostarda e outros, algas marinhas, repolho, amêndoas, pasta de gergelim, leguminosas, quinua, figos secos. Feijão Ervilha, lentilha, grão-de-bico, feijão branco, azuki. Trigo Fécula de batata, farinha e fécula de arroz, farinha de milho, tapioca, polvilho, trigo sarraceno (mourisco ou cachá), milho, inhame, mandioca, mandioquinha, araruta e quinoa. Conclusões Objetivo dietoterápico é evitar o desencadeamento dos sintomas, a progressão da doença e a piora das manifestações alérgicas. Prevenir distúrbios nutricionais. Alimentos excluídos da dieta deverão ser testados através do teste de provocação oral e reavaliados. Orientações dietéticas personalizadas sobre os alimentos recomendados e substitutos (rótulos). 131
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