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Reflexões sobre a Nova República e os golpes na história do Brasil O Golpe de 1964 deu início a um período de horrores ditatoriais na história do Brasil. Desde lá, o país luta para construir uma democracia. Todavia, a história se repete e houve o golpe que depôs a presidente Dilma, sem fundamentos jurídicos pertinentes. Isso só comprova a herança histórica, desde a independência, que se tem de governos autocráticos que utilizam de meios inconstitucionais para se manter no poder. Essa situação perdura até os dias atuais, em que o governo atual é fortemente personalista e militarista, visto que utiliza do exército e discursos de ódio para demonstrações de poder e autopromoção. Isso é claramente uma herança de 1964: vários militares no poder, violência contra os opositores e sua legitimação. Além disso, as diversas formas de preconceito do Governo é uma marca atual, utilizadas como uma estratégia de dominação, por exemplo o racismo, a homofobia, o machismo e o etnocentrismo, que excluem grande parte da população. Portanto, atualmente, o golpe aplicado pelo Governo é contra as “vidas descartáveis”, ou seja, os mais carentes, os negros, os indígenas, as mulheres e a comunidade LGBTQIA+, aumentando ainda mais a desigualdade. O Brasil é um dos países mais violentos do mundo, sendo que boa parte dessa violência é legitimada. Isso só comprova a tese de Marx de que nenhuma reforma efetuada de dentro do Estado é permanente. Assim, os reflexos da ditadura civil militar ainda estão presentes na sociedade brasileira, e apenas com a garantia da cidadania e da real democracia isso poderá ser superado. A Carta Magna e os diferentes pensamentos devem ser respeitados e a desigualdade combatida.
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