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Exame Físico do Abdome

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PAPM IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
_______________________________________________________________________________________ 
 
EXAME FÍSICO DO ABDOME 
 
Posicionamento 
▪ Decúbito dorsal, com região abdominal exposta e abdome relaxado 
▪ Braços estendidos ao longo do corpo 
▪ Perna estendidas 
▪ Cabeceira a zero grau (ou travesseiro baixo) 
Quadrantes abdominais: uma linha vertical e uma 
horizontal que se cruzam na cicatriz umbilical. 
Superiores e inferiores, esquerdos e direitos 
 
Regiões abdominais: hipocôndrios direito e 
esquerdo, flancos direito e esquerdo, fossas ilíacas 
direita e esquerda, epigástrio, mesogástrio 
(umbilical), hipogástrio. 
 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
Tipos de abdome 
▪ Atípico: levemente côncavo na região epigástrica e levemente convexo nas 
regiões mesogástrica e hipogástrica. 
▪ Distendido simétrico: predomínio do diâmetro ântero-posterior 
o Globoso: cicatriz umbilical aplainada ou protruída 
o Batráquio: 
alargado nos 
flancos, com 
achatamento 
central. 
 
o Obeso: cicatriz 
umbilical deprimida 
com depósito de 
gordura 
 
o Avental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Distendido assimétrico: visceromegalias 
o Distendido localizado na região hipogástrica: cisto de ovário, globo 
vesical, gravidez 
▪ Retraído/escavado/escafoide: acentuadamente côncavo, patologias 
consumptivas 
 
PAPM IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
_______________________________________________________________________________________ 
Alterações de pele 
▪ Estrias: principalmente em flancos e hipogástrio. 
o Róseas-esbranquiçadas: gravidez, obesidade, edemas 
o Róseas-purpúricas: Síndrome de Cushing 
▪ Equimoses: características de hemorragia intra-abdominal. Prenhez tubária rota, pancreatite necro-
hemorrágica. 
o Sinal de Halsted: disseminadas 
o Sinal de Cullen: periumbilicais, mais frequente em pancreatite necro-hemorrágica 
o Sinal de Grey-Turner: azul-purpúrea ou marrom-esverdeada nos flancos, mais frequente em 
pancreatite necro-hemorrágica 
 
▪ Cicatrizes e manchas: descrever localização, coloração, tamanho etc. 
▪ Hérnias: protrusão de órgão ou parte dele por orifício natural ou adquirido. 
Também avaliadas pela palpação superficial. Manobra de valsalva auxiliam a 
identificar, deixam as hérnias mais protusas. 
o Incisionais: acima de uma incisão cirúrgica 
o Epigástricas 
o Umbilicais 
o Inguinais 
o Femorais 
▪ Pilificação 
o Androide: no homem 
o Ginecoide: na mulher 
o Rarefeito e ginecoide: hipogonadismo e cirrose hepática (estrogênio não é metabolizado) 
o Rarefeitos: desnutrição 
Cicatriz umbilical 
▪ Levemente deprimida: normal 
▪ Muito retraída: obesos 
▪ Aplainada: ascite 
▪ Abaulada: hérnia umbilical 
▪ Hiperemia periumbilical: peritonite tuberculosa 
▪ Onfalite: dermatite periumbilical com secreção 
o Fezes – persistência do canal onfalo-mesentérico 
o Urina – persistência do úraco 
o Mucopurulenta – cálculos ou cisto pilonidal no interior da cicatriz 
▪ Sinal da Irmã Maria José: gânglio umbilical metastático. Cicatriz nodular dura, aderida e ulcerada = 
metástase de neoplasia intra-abdominal. Mais frequente do estômago, mas pode ser de qualquer 
órgão. 
PAPM IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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Circulação colateral X circulação visível: colateral é saliente e faz relevo na pele 
▪ Síndrome cava superior: compressão ou trombose → turgência jugular, cianose, edema de face, 
pescoço e tronco. Fluxo descendente. Tende a ser mais lateralizada (flancos, fossa ilíaca). 
▪ Síndrome cava inferior: compressão ou trombose →edema MMII. Fluxo ascendente do hipogastro e 
flancos. Tende a ser mais lateralizada (flancos, fossa ilíaca). 
▪ Síndrome porto-cava ou de hipertensão portal: superior ou inferior ao umbigo, por hipertensão da 
veia prota e colaterais. Por vezes adquire aspecto concêntrico → cabeça de medusa. Distribuição 
mais central. 
▪ Síndromede Cruveilhier Baumgarten: Sinônimo de hipertensão porta. Presença de circulação 
colateral (cabeça de medusa), presença de sopro à ausculta e frêmito à palpação. 
 
 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
Movimentos respiratórios 
▪ Tóraco-abdominal: esperado 
▪ Respiração costal: por alteração mecânica (ascite tensa) ou peritonite 
Pulsações em epigastro e mesogastro 
▪ Aorta abdominal: não patológica (visualizado no epigástrio, discreto), aneurisma e HAS (no 
epigástrio, intenso) 
▪ Aumento de VD: no epigástrio 
▪ Pulso hepático: sempre patológico, na loja hepática (hipocôndrio direito). Insuficiência tricúspide 
grave, às vezes estenose tricúspide. Não tem a ver com doença do fígado. 
Contrações peristálticas visíveis 
▪ Fisiológicas: magros com parede abdominal delgada. Assintomáticas e sem ruídos. Podem ser 
levemente palpáveis, sem resistência. 1 chance em 1 milhão de ser vista na prática. 
▪ Peristaltismo patológico: movimentos lentos com meteorismo. Ocorrem nas semioclusões e 
oclusões de vísceras ocas (ondas de Kussmaul) 
PAPM IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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AUSCULTA 
Recomenda-se executar antes da palpação, para evitar aumento involuntário do peristaltismo. 
Peristalse: auscultar os quatro quadrantes, avaliando frequência (normal de 5 a 34 cliques ou 
borbulhamentos por minuto) e características. 
1 minuto em cada quadrante. Caso não tenha auscultado nada, mais 3 min em cada quadrante. 
▪ Borborigmos: auscultada sem estetoscópio, “roncar do estômago” 
▪ Peristalse aumentada: diarreia, fase inicial da obstrução intestinal, hemorragia digestiva (sangue é 
irritante) 
▪ Peristalse diminuída/ausente: peritonite, fase tardia da obstrução intestinal, analgesia (opioides 
levam à atonia das alças intestinais), manipulação cirúrgica (liberação de citocinas que irritam as 
terminações nervosas), desidratação 
▪ Timbre metálico, sibilantes: líquidos e gases sob pressão em uma alça dilatada. Obstrução intestinal. 
▪ Vascolejo gástrico: audível sem estetoscópio ao agitar a região epigástrica com as duas mãos 
separadas em posição vertical. Estenose pilórica. 
▪ Sopros 
o Arteriais: aneurisma ou estenose. 
▪ Aórtico (epigástrio até cicatriz 
umbilical) 
▪ Artérias renais (regiões 
subcostais, por onde passa linha 
hemiclavicular e ângulos 
costovertebrais. 
▪ Artérias ilíacas (periumbilical 
direita e esquerda) 
▪ Artérias femorais (fossas ilíacas 
próximas ao ligamento inguinal) 
o Hepático: no hipocôndrio direito. Carcinoma de fígado (dilatação da artéria hepática ou 
neoformação de vasos anômalos). Doença do fígado. 
▪ Atritos: ruídos rascantes que variam com a respiração. Produzidos por inflamação da superfície 
visceral de um órgão. 
o Tumores/abscessos hepáticos ou esplênicos 
o Peri-hepatite (Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis): DIP por Clamydia ou Gonococo em doença 
inflamatória pélvica. 
o Pós-biópsia hepática 
o Infarto esplênico. 
o Atrito hepático + sopro sistólico: suspeitar de hepatocarcinoma. 
 
 
 
 
 
PAPM IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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PERCUSSÃO 
O timpanismo é variável: mais evidente no epigástrio, hipocôndrio esquerdo, região subcostal esquerda e 
flancos 
Normal: pouco timpanismo central e maior timpanismo lateralmente 
Limite superior do fígado: 5º a 6º espaço intercostal direito 
Hipocôndrio direito: normalmente maciço (fígado) 
▪ Timpanismo: enfisema pulmonar, Sinal de Jobert (pneumoperitônio), Sinal de Chilaidit (interposição 
do cólon entre fígado e parede abdominal – cirrose com retração hepática) 
▪ Sinal de Torres Homem (dor à percussão da loja hepática – abscesso hepático) 
Ascite 
▪ Macicez suprapúbica (ortostatismo) 
o Percute-se a partir da região umbilical em 
direção ao púbis 
o Necessário esvaziamento prévio da bexiga 
o Sensibilidade entre 0,5 a 1 litro 
▪ Macicez móvel de decúbito(ascite livre) 
o Em decúbito dorsal, delimita-se timpanismo X macicez, percutindo-se 
da região umbilical em direção aos flancos. → Em decúbito lateral, 
volta-se a percutir os flancos, notando-se que os pontos delimitados se 
moveram (a região maciça torna-se timpânica e vice-versa). 
o Necessário pelo menos 1 a 1,5 litro 
▪ Semicírculos de Skoda: diferencia líquido livre na cavidade de líquido septado 
o Em decúbito dorsal, percute-se todo o abdome a partir de linhas 
convergentes para o mesmo ponto, a fim de delimitar os limites 
entre timpanismo e macicez 
o Se concavidade para cima → líquido livre 
o Se concavidade para baixo → derrame septado ou bexigoma 
▪ Teste da onda líquida ou Sinal de Piparote 
o Assistente ou paciente coloca região cubital da mão na linha média, 
comprimindo com firmeza. 
o Percute-se na região lateral do flanco com pequenos petelecos e 
mantém-se a outra mão espalmada na região lateral do flanco oposto, 
para ver se sente uma onda líquida. 
o Necessários mais de 3 litros. 
Espaço de Traube: deve ser timpânico 
▪ Delimitação: linha ligando a fúrcula esternal à 10ª costela, na linha 
axilar média no rebordo costal esquerdo → traça-se um arco da base 
do apêndice xifoide, tangenciando a linha anteriormente traçada → o 
limite inferior é o rebordo costal 
▪ Todo o espaço maciço: grande baço 
▪ Parte medial maciça: lobo esquerdo do fígado grande, VD grande ou 
derrame pericárdio 
▪ Parte lateral maciça: derrame pleural, ascite, baço começando a crescer, refeição copiosa (distensão 
do fundo gástrico) 
PAPM IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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PALPAÇÃO 
Mãos aquecidas, para não gerar contração reflexa da musculatura. 
Deixar a avaliação da região dolorosa para o final. 
PALPAÇÃO SUPERFICIAL 
As 9 regiões devem ser palpadas. Profundidade de 1 cm, com uma mão/uma mão sobre a outra/duas mãos 
ativas 
▪ Tensão: resistência que a parede oferece. Pesquisa simétrica em todas as regiões. 
o Aumentada por causas mecânicas: ascite, meteorismo, tumor, hepatomegalia, útero 
gravídico. 
o Aumentada por reflexo peritônio-parieto-motor: inflamação do peritônio parietal com 
contratura de defesa da musculatura. O extremo se dá na úlcera perfurada (abdome em 
tábua) 
▪ Massas: próprias da parede (lipomas, formações das bainhas musculares) ou formações no interior 
da cavidade abdominal 
o Manobra de Smith-Bates: paciente deve elevar os 
membros inferiores estendidos, gerando contração dos 
músculos da parede abdominal 
▪ Tumorações/dores da parede: se tornam mais 
evidentes 
▪ Tumores/dores da cavidade abdominal: deixam de 
ser palpáveis e se tornam menos evidentes 
o Sinal de Carnett: paciente deve elevar o tronco contra a mão do examinador, que faz 
resistência ao movimento 
o Manobra de Valsalva: expiração forçada, fechando a boca com o dorso da mão e tampando 
o nariz. 
▪ Hérnias: protusão de um órgão ou parte dele através de orifício natural ou adquirido. Incisionais, 
epigástricas, umbilicais, inguinais ou femorais. 
▪ Diástase do reto abdominal: aponeurose entre as vertentes do 
músculo reto abdominal é frágil. Geralmente ao sentar-se quando se 
está deitado ou abaixar-se quando se está em pé. Gestações, 
obesidade e pneumopatias crônicas (tosse crônica). 
PALPAÇÃO PROFUNDA 
Deve-se explorar os órgãos (principalmente fígado e baço) e tumores: avaliar 
forma, característica, mobilidade, superfície, sensibilidade 
Mão deve ser aprofundada durante a expiração (musculatura parietal relaxada) → paciente inspira 
profundamente com a boca entreaberta (órgãos são rechaçados para baixo) → direciona-se a mão de 
encontro à localização das vísceras maciças durante a inspiração 
▪ Massas: localização, tamanho, formato, consistência, sensibilidade, pulsações e mobilidade com a 
respiração 
o Estruturas palpadas sem significado patológico: borda inferior do fígado (até 2 cm abaixo do 
rebordo), apêndice xifoide, aorta, sigmoide, ceco, bexiga cheia (bexigoma), polo inferior do 
rim, fecaloma 
o A execução da palpação é limitada por dor, contratura voluntária (cócegas)/involuntária, 
distensão abdominal, ascite e obesidade 
PAPM IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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▪ Sinal de Blumberg: descompressão súbita dolorosa no ponto de Mc Burney, que caracteriza 
apendicite aguda 
o Ponto de Mc Burney: entre o 
terço médio e lateral da linha 
entre a cicatriz umbilical e 
espinha ilíaca ântero-superior 
direita. Apendicite e 
inflamações pericecais 
▪ Sinal de descompressão súbita dolorosa: descompressão súbita dolorosa em qualquer região do 
abdome, que não seja a fossa ilíaca (também pode ser chamado de Blumberg). Peritonite 
▪ Sinal do obturador: paciente flexiona coxa direita a 90°, com a perna dobrada a 
90°. Faz-se rotação interna da coxa, empurrando joelho para dentro e tornozelo 
para fora. Sugestivo de inflamação do músculo obturador interno por apêndice 
inflamado pélvico. 
▪ Sinal do psoas-ilíaco ou sinal de Lapinsky: paciente em decúbito dorsal eleva a perna direita, 
enquanto examinador empurra para baixo, gerando dor na região de hipogástrio e FID. Aponeurose 
muscular está em contato com processo inflamatório vizinho, como 
apendicite. 
o Sinal sensibilizado: paciente em decúbito lateral estende membro 
inferior, sem resistência do examinador, gerando dor no hipogástrio 
e FID. Usado para apendicite mal localizada (atrás do ceco). 
▪ Sinal de Rovsing: menos sensível. Dor na FID ao empurrar/ordenhar o ar do cólon descendente até 
o ascendente. Sugere apendicite ou qualquer inflamação pericecal. 
 
▪ Sinal de Murphy: afunda-se os dedos da mão direita (ou polegar esquerdo) 
no ponto cístico e pede-se para o paciente inspirar, ocorrendo pausa 
abrupta da inspiração. Colecistite aguda 
o Ponto cístico: entre a face lateral do reto abdominal direito e o 
rebordo costal 
▪ Sinal de Torres Homem: dor à percussão (soco) de loja hepática (hipocôndrio direito). Abscesso 
hepático 
▪ Sinal de Jobert: presença de timpanismo em todo o hipocôndrio direito (na altura da linha 
hemiclavicular direita). Pneumoperitônio 
▪ Sinal de Markle: pede-se que o paciente fique na ponta dos pés e solte o corpo sobre os dois 
calcâneos, levando a dor na parede abdominal. Qualquer peritonite 
▪ Sinal de Gersuny: Quando se comprime o sigmoide e identifica-se uma massa endurecida, que se 
desprega e gera uma crepitação (desprende o ar entre o fecaloma e a parede). Fecaloma 
 
 
 
 
PAPM IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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Fígado 
▪ Limite superior: 5º/6º espaço intercostal direito (percute-se macicez) 
▪ Limite inferior: borda hepática – melhor determinada pela palpação, mas pode ser usada a percussão 
o Brevilíneo (mais horizontal), normolíneo (harmônico) e longilíneo (lobo direito alongado) 
▪ Hepatimetria do lobo esquerdo varia de 4 a 8 cm e do lobo direito varia de 6 a 12 cm. 
▪ Enfisema pulmonar rebaixa o fígado 
▪ Atelectasia de lobo inferior direito eleva-o 
▪ Lobo de Riedel (hiperplasia hepática) é uma variação anatômica: prolongamento próximo à região 
da vesícula. 
▪ Fígado normalmente é palpável até cerca de 2 cm abaixo do RCD 
▪ Manobra simples/bimanual/Lemos Torres: Mão esquerda abaixo do gradil costal (fixa o paciente) e 
mão direita oblíqua (ou dedos apontados cranialmente); tenta-se pegar a borda hepática no 
momento da inspiração profunda. Borda fina (sem patologia), romba (esteatose), imóvel com 
respiração e endurecida/pétrea (cirrose e hepatocarcinoma), móvel com respiração e de consistência 
amolecida (benignidade) 
o Variante de Chauffard: empurra-se os dedos da mão esquerda (de baixo para cima), fazendo 
com que o fígado se aproxime da palpação. 
 
▪ Técnica em Garra/Manobra de Mathieu: principalmentese o paciente for obeso. À direita do tórax, 
de frente para os membros inferiores, tenta-se palpar a borda hepática com a mão em garra. 
 
▪ Fígado normal 
o Hepatimetria: 6-12 cm em linha hemiclavicular direita e 4-8 na linha esternal média 
o Borda: fina (romba na cirrosse hepática) 
o Superfície: lisa (irregular na cirrose hepática ou tumores) 
o Consistência: macia e elástica (dura na cirrose hepática e pétrea nos tumores) 
o Sensibilidade: indolor ou ligeiramente sensível (dolorosa na ICC, hepatites agudas, tumores 
de crescimento rápido) 
▪ Hepatomegalia por neoplasia metastática de CA de mama 
 
PAPM IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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Vesícula biliar 
▪ Normalmente não é palpável, raramente palpável quando é tumor, mais frequentemente quando há 
obstrução do colédoco. 
▪ Obstrução do ducto cístico: rara a palpação na Colecistite aguda, devido à dor e ao aumento da 
tensão da parede abdominal. 
▪ Obstrução do colédoco: Regra de Couvoisier-Terrier: vesícula palpável, indolor e associada à 
icterícia. Obstrução do colédoco por tumor, principalmente de cabeça de pâncreas ou do próprio 
colédoco. 
Baço 
▪ Normalmente não palpável nos adultos, podendo ser palpável em 5-10% das crianças. Pode ser 
palpável quando diafragma rebaixado. Não é muito profundo e mede de 10 a 12 cm. 
▪ Quando palpável (esplenomegalia) → Espaço de Traube ocupado 
▪ Manobra simples/bimanual: examinador do lado direito do paciente, mão esquerda abaixo do 
hipocôndrio esquerdo, comprimindo a parede e palpação com a mão direita durante inspiração 
profunda. 
o Em decúbito dorsal 
 
o Em posição de Schuster: paciente deitado virado para o examinador, com perna direita 
esticada, coxa esquerda flexionada e antebraço esquerdo acima da cabeça. Nessa posição, o 
baço aumentado pesa para baixo. 
 
▪ Manobra em garra/de Mathieu Cardarelli: examinador do lado esquerdo do paciente 
o Em decúbito dorsal 
o Em posição de Schuster 
▪ Características 
o Distância (tamanho): da ponta do baço ao rebordo costal esquerdo 
o Borda e superfície: mole e dolorosa (processo infeccioso agudo → mononucleose infecciosa), 
dura e pouco dolorosa (esquistossomose e cirrose hepática), dura e irregular (leucemias e 
linfomas) 
o Consistência 
o Sensibilidade 
PAPM IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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Rins 
▪ Na maioria das vezes não visíveis e não palpáveis. Pode-se palpar o rim direito em pessoas magras e 
com bom relaxamento da parede abdominal, podendo ser doloroso e sensível. 
▪ Aumento renal → rins policísticos, hipernefroma, hidronefrose (obstrução à saída da urina, que 
retorna) 
▪ Avalia-se, quando possível, tamanho, sensibilidade e consistência 
▪ Manobra de Guyon: palpa-se o rim direito com a mão direita, do lado direito 
do paciente; palpa-se o rim esquerdo com a mão esquerda, do lado esquerdo 
do paciente. Mão paralela à 12ª costela, palpando-se na inspiração profunda, 
oblíqua ou lateralmente. 
▪ Manobra de Israel: pede-se para o paciente ficar em decúbito lateral oposto ao rim a ser examinado, 
com ligeira flexão de joelhos e quadril, com braços dispostos lateralmente. Examinador de frente 
para o paciente, com a mão atrás do gradil costal, palpando-se na inspiração. Tenta-se palpar ambos 
os rins com a mão direita. 
▪ Punho percussão lombar: avalia-se a sensibilidade renal (dor), em ambos os ângulos costovertebrais 
(entre a vértebra e a última costela), dando-se um soco. Sinal de Giordano positivo: dor (pielonefrite 
e patologias obstrutivas); Punho percussão lombar negativa: ausência de dor 
o Começa-se sempre do rim em que não há dor. 
 
Aorta 
▪ Na ectoscopia, pulsação expandida ao olhar tangencialmente já sugere um aneurisma, requerendo 
maior cuidado na palpação. 
▪ Comprime-se firme e profundamente a região superior do abdome, mais à esquerda, a fim de 
identificar as pulsações aórticas. 
▪ Calibre normal de 2,5 a 3 cm 
▪ Aneurisma → pulsação alargada 
▪ Hipertensão de longa data → espessamento da íntima e mais tortuosidades 
▪ Aterosclerose → maior distensão da artéria 
 
PAPM IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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Sigmoide 
▪ Facilmente palpável, na fossa ilíaca esquerda 
▪ Sítio de divertículos em pacientes de idade avançada 
▪ Principal acometido por espasmo, inflamação, tumores, fecalomas 
▪ Manobra de Vaivém: deslizamento das falanges sobre o plano transverso do sigmoide. Também 
pode ser usada para palpar outras alças, mas é mais difícil (são mais alargadas e não tão móveis como 
o sigmoide) 
Toque retal 
▪ Lubrifica-se a luva com xilocaína e introduz-se o dedo → paciente em decúbito lateral esquerdo, com 
flexão de quadris e joelhos 
▪ Acima de 40 anos de idade é importante orientar o paciente a realizar o toque retal 
▪ Inspeção: afasta-se as nádegas para avaliar o tecido perianal (edema, abscesso, ulcerações, 
hemorroidas, fissuras, fístulas, prolapsos, deformações, corpo estranho) 
▪ Palpação: com o dedo indicador da mão direita, procuram-se formações tumorais, nódulo, fecaloma, 
avaliação da próstata 
▪ Ao final do exame, retira-se o dedo e avalia-se se há resíduo fecal, muco, sangue, pus, se o paciente 
teve dor ou se tem alguma hemorroida/fissura externa.

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