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Estudar epidemiologia, etiologia, fisiopatologia, quadro clínico e tratamento de otite média aguda. ● Conceito o Processo inflamatório da mucosa da orelha média, com presença de secreção, de inicio agudo ou repentino, acompanhado de sinais e sintomas de inflamação. ● Epidemiologia o Maior incidência em crianças, com pico entre 6 e 36 meses o 80% das crianças vão apresentar um episodio nos primeiros 24 meses de vida. o Está relacionada com complicações de alta mortalidade como abscesso cerebral e meningite bacteriana. o Quanto mais cedo for o primeiro episódio (antes de 6m), mais chance de ter recorrência o Pode causar Otite média crônica o Maior ocorrência me meses de inverno e outono o FR: tabagismo passivo, frequência em creches e escolinhas, uso de chupeta e amamentação na horizontal o Aleitamento materno é um importante fator de proteção o Vacinas de pneumocócica 7-valente e influenza vêm diminuindo a incidência ● Etiologia (ordem de incidência) o Streptococcus pneumoniae – pneumococo o Haemophilus influenzae – hemófilo ▪ Crianças portadoras de conjuntivite bacteriana purulenta tem o hemófilo como maior patógeno. o Moraxella catarrhalis – moraxela - as três bactérias são muito encontradas nas vias aéreas superiores em indivíduos assintomáticos ou como causa de doenças nasossinusais o Vírus influenza - IVAS ● Fisiopatologia o Normalmente o processo inflamatório inicia-se no trato respiratório superior, na rinofaringe. Íntima relação entre os dois locais, pois a tuba auditiva é a interface entre o sistema pneumatonizado do osso temporal e a rinofaringe. A tuba auditiva é um crucial mecanismo de proteção, ventilação e drenagem de secreção da orelha média, mas é muito vulnerável, principalmente na infância (IVAS recorrente, tuba horizontal e pouco desenvolvida). o Abertura periódica da tuba auditiva com entrada de ar nos espaços da fenda auditiva, principalmente causada por edema da mucosa da rinofaringe e tuba ao longo de um quadro de IVAS, gerando a contaminação por ascensão de vírus e bactérias da rinofaringe até a orelha média. o Inflamação acompanhada de transudações da mucosa da OM dará origem à efusão, que ao aumentar de volume, causará otalgia e abaulamento da membrana timpânica (MT). Os vasos da submucosa da orelha e do tímpano ficam ingurgitados e tornam-se visíveis à otoscopia. o Pode haver ruptura da MT pela pressão das secreções, havendo drenagem para a orelha externa, com diminuição da dor. o Na recuperação, há diminuição gradativa de edema e do ingurgitamento vascular, com absorção e drenagem das secreções acumuladas pela tuba auditiva (otite com efusão pós-OMA). Pode durar de uma semana até 3 meses. ● Quadro clínico o Otalgia ▪ Surgimento abrupto o Febre ▪ Característica, porém, não obrigatória o Otorreia ▪ Surgimento agudo e recente ▪ Mucopurulenta, eventualmente sanguinolenta. o Concomitância de sintomas de IVAS ▪ Obstrução nasal, coriza o Lactentes ▪ Irritabilidade, recusa alimentar, choro, manipulação da orelha Rotinas em Otorrinolaringologia ● Tratamento o Analgesia ▪ Paracetamol, ibuprofeno e dipirona são os mais utilizados, podendo ser usados em associação o Antibioticoterapia ▪ Depende de certeza diagnóstica, gravidade dos sintomas e idade do pct. Parece não afetar o curso da doença por esta normalmente ser autolimitada e benigna, além de não aumentar as chances de complicação como mastoidite aguda, meningite e paralisia facial em casos que não foram utilizados. ▪ Considerar critérios para crianças não sindrômicas, sem imunodeficiência ou anomalias craniofaciais a) Tratar com ATB a OMA uni ou bilateral grave em todas as crianças com dor moderada a grave por pelo menos 48h ou febre >39° b) Tratar com ATB a OMA não grave bilateral em lactentes de 6 a 23 meses. c) Opção de tratar ou não a OMA não grave unilateral em lactentes de 6 a 23 meses, decisão tomada junto com os responsáveis e facilidade de reavaliação d) Opção de tratar ou não a OMA não grave uni ou bilateral em crianças >24meses, decisão tomada junto com os responsáveis... ▪ Escolha do ATB ● Cobertura para pneumococo mesmo em crianças vacinadas o Amoxicilina – 40 a 50 mg/kg/dia – via oral – 12/12h – 10 dias o Aumento de dose para 90 mg/kg/dia para pneumococo resistente a penicilina ● Cobertura para hemófilo e moraxela o Inibidores de betalactamase em associação a penicilina (ácido clavulânico + amoxicilina) o Amoxicilina nas doses já faladas o Clavulanato de potássio a 6,4 mg/kg/dia - Reavaliar o paciente a cada 48-72horas. Se os sintomas piorarem ou persistirem, considerar troca de esquema. 1. Elucidar as causas e os fatores de risco, fisiopatologia, quadro clinico, diagnóstico e tratamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave. Protocolo SRGA ● Conceito o Indivíduo com febre alta (mesmo que referida), tosse e dispneia, acompanhada ou não dos sinais e sintomas abaixo: ▪ Aumento da frequência respiratória ▪ Hipotensão em relação à PA habitual do pct ▪ Em crianças, observar também o batimento da asa do nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência o É uma complicação da síndrome gripal ● Causa ● Fatores de risco o Grávidas e puérperas (até 2 semanas pós-parto) o Idosos >= 60anos o Crianças <2anos, principalmente <6m o Pneumopatias: asma, tuberculose o Cardiovasculopatia: menos HAS isolada o Nefropaita o Hepatopatia o Doenças hematológicas o Distúrbios metabólicos o Transtornos neurológicos e do desenvolvimento que possam comprometer a função respiratória ou aumentar risco de aspiração o Imunossupressão: medicamentos, neoplasias, HIV/Aids o Obesidade: IMC >=40 em adultos o Adolescentes e crianças <19anos em uso prolongado de AAS (síndrome de Reye) o Pop indígena aldeada ● Fisiopatologia ● Quadro Clínico o Febre alta, tosse e dispneia ● Diagnóstico o Dispneia ou taquipneia ou hipoxemia – SpO2 <95% o Persistência ou aumento da febre por mais de 3 dias o Exacerbação da doença preexistente (DPOC, cardiopatia...) o Disfunções orgânicas graves (IRA) o Miosite comprovada por creatinoquinase CPK >= 2-3x o Alteração do sensório o Exacerbação dos sintomas de TGI em crianças o Desidratação o Laboratorial ▪ Leucocitose, leucopenia ou neutrofilia ▪ RT-PCR: identificação do vírus da influenza e de agentes bacterianos causadores de pneumonia. ● Para acompanhar casos de internação hospitalar. ● Secreção da nasofaringe, sangue para hemocultura ou outras amostras clínicas ● A coleta de material deve ser feita preferencialmente antes do início do tto. ▪ Alterações enzimáticas musculares CPK e hepáticas – TGO, TGP e bilirrubinas o Radiografia de tórax ▪ Infiltrado intersticial localizado ou difuso, ou presença de área de condensação ● Tratamento o Internação em casos de: ▪ Instabilidade hemodinâmica ▪ Insuficiência respiratória ▪ Comprometimento pulmonar em imagem ▪ Hipoxemia com necessidade de O2 acima de 3l/min para manter saturação acima de 90% ▪ PO2/Fi02 abaixo de 300, caracterizando lesão pulmonar aguda ▪ Necessidade de atendimento fisioterápico continuo ▪ Alterações laboratoriais como aumento significativo de desidrogenase láctica (DHL) e Creatinofosfoquinase CPK, alteração da função renal e alteração do nível de consciência o Oseltamivir ▪ Pct com SRAG cujo sintomas tenham começado dentro de 48h e pct com síndrome gripal e fator de risco para SRAG concomitante. ▪ Só deve ser utilizado em gestantes caso o beneficio justifique o risco potencial http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_tratamento_influenza_2017.p df ▪ Dobrar a dose 150mg de 12/12h em casos de: ● Insuficiência respiratória, neutropenia, imunossupressão, quimioterapia ou uso de corticoides e obesidade grau 3 em função da idade ▪ Na insuficiência renal a dose deve ser ajustada de acordo com o clearence: ● 10-30ml/min: 75mg de 24/24h ● Em hemo: 30mg pós diálise ● Diálise peritoneal: 30mg 1 vez na semana o Zanamivir ▪ Só autorizada em caso de intolerância de TGI grave, alergia e resistência ao fosfato de Oseltamivir.