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Partograma Flávia Licia Mendes de Assis Partograma é uma representação visual/gráfica de valores ou eventos relacionados com o trabalho de parto. As medidas podem incluir: Dilatação cervical, frequência cardíaca fetal, duração do trabalho de parto e sinais vitais. • Acompanhar a evolução do TP • Documentar o TP • Diagnosticar alterações no TP • Indicar a tomada de condutas apropriadas para correção destes desvios • Evitar intervenções desnecessárias Abertura do Partograma Deve ser aberto na fase ativa do trabalho de parto, caso haja dúvida deve-se aguardar uma hora e reavaliar para confirmação da fase ativa do trabalho de parto. • Nulíparas A Partir de 4 cm de dilatação 3 contrações rítmicas eficientes em 10 minutos. • Multíparas 3 cm de dilatação e 2 a 3 contrações eficientes rítmicas. • 50% das mulheres não dilatam 1 cm por hora, até alcançar os 5 cm; • O trabalho de parto pode demorar mais de 6h para progredir de 4 cm para 5 cm; • Portanto, 6 cm é o melhor ponto de corte para definir-se o início da fase ativa. Zhang et al.(2010) • Fase latente • Contrações irregulares • Dilatação ausente • Sensibilidade a sedação • Superior a 20 horas Conclusão: Falso trabalho de parto, conduta expectante ambulatorial e evitar ocitócicos. • Fase ativa Contrações regulares De maior intensidade De maior desconforto (costa e abdome) Dilatação cervical presente Sem sensibilidade ao sedativo Conclusão: Verdadeiro trabalho de parto, Abrir o Partograma. Construção do Partograma 1. Cada divisória corresponde a uma hora na abscissa (eixo x) e a um centímetro de dilatação cervical e de descida da apresentação na ordenada (eixo y). 2. Início: fase ativa do trabalho de parto a partir de 4 cm de dilatação. 3. Realizam-se: toques vaginais subsequentes, a cada duas horas, sendo realizado o registro do mesmo; Avaliando: a dilatação cervical, a altura da apresentação, a variedade de posição e as condições da bolsa das águas e do líquido amniótico, quando a bolsa estiver rota. 4. O padrão das contrações uterinas e dos batimentos cardíacos fetais, a infusão de líquidos e drogas e o uso de analgesia devem ser devidamente registrados. 5. Linha de alerta e de ação • Linha de alerta: traçada uma hora após a dilatação cervical, em fase ativa, de forma inclinada • Linha de ação: traçada paralela a linha de alerta, quatro horas após. 6. Dinâmica uterina (DU) • Fraco (1 a 19 seg) • Moderado (20 a 39 seg) • Forte (= ou > 40 seg) 7. Bolsa • I – Integra • R – Rôta Exames: A – Amniotomia AC-Amnioscopia 8. Líquido Amniótico (LA) • LCSG – Líquido claro sem grumos • LCCG – Líquido claro com grumos • LM – Líquido Meconial Distorcias diagnósticas pelo Partograma Distorcias da dilatação I. Fase ativa prolongada Dilatação lenta do colo (velocidade 1 cm/hr). Causas: Contrações uterinas não eficientes. Correção: estimular deambulação, ocitocina, amniotomia. II. Parada secundária da dilatação 2 toques consecutivos sem evolução da dilatação no intervalo de 2h. Causas: desproporção céfalo-pélvica absoluta ou relativa) Correção: estimular deambulação, amniotomia, analgesia, resolução por via alta. III. Parto precipitado (taquitócico) Todo o parto <= 4 horas. Podem ocorrer sofrimento fetal agudo e lacerações do trajeto. Causa: latrogenia (uso de ocitócicos) Correção: suspender octócico. Distorcias do período expulsivo I. Período pélvico prolongado Período expulsivo com descida da apresentação muito lenta. (velocidade 1 cm/hr). Causas: contratilidade ineficiente Correção: amniotomia, ocitocina, verticalização, fórcipe. II. Parada secundária da descida 2 toques vaginais sem descida da apresentação. Causas: DCP relativa ou absoluta Correção: Cesárea.
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