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DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO CELULAR - Patologia

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PATOLOGIA E ANATOMIA PATOLÓGICA Bruna Pitanga MED 104C 
 DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO CELULAR 
 Nesta aula vamos falar sobre os distúrbios de 
 crescimento celular. 
 Quando falamos de distúrbios do crescimento 
 celular e adaptação esses são os tópicos que 
 precisamos estudar: 
 1) Hiperplasia 
 2) Hipertrofia 
 3) Atrofia 
 4) Metaplasia 
 São condições que vão estar presentes em várias 
 situações do nosso dia-a-dia. 
 Existem as formas da células estarem se adaptando, 
 essa adaptação na maioria das vezes é reversível e é 
 benéfica para que as células atentam para as novas 
 necessidades do organismo; algumas vezes as células 
 não tem condições de estarem se adaptando porque 
 o estímulo persistiu ou porque é forte demais ou 
 estímulo é extremamente agressivo e essa célula 
 pode entrar numa situação que vamos chamar de 
 disfunção celular . 
 Essa disfunção pode ser reversível até certo ponto e 
 essas alterações que acontecem nas células quando a 
 gente não consegue mais reverter, algumas vezes 
 esse dano celular pode levar a morte da célula 
 ( irreversível ). 
 Uma das formas da gente classificar as lesões 
 celulares aos estímulos é em relação ao tamanho que 
 essa célula vai estar adquirindo . 
 Então as alterações progressivas que estão 
 relacionadas ao aumento do tamanho do tecido, do 
 órgão são a hiperplasia e hipertrofia . 
 A alteração regressiva onde existe a diminuição do 
 tamanho do tecido ou do órgão é atrofia . 
 As alterações relacionadas a disfunção : 
 degenerações (gordurosa, hidrópica, hialina), 
 displasia e neoplasia ; e a metaplasia, que fica entre 
 uma alteração progressiva e uma disfunção celular . 
 Com esse desenho podemos fazer uma revisão do 
 que falamos hoje. Fundamental para que a gente 
 possa fazer a revisão desse tópico, entendendo e 
 conseguindo resolver esse estudo. 
 A resposta celular vai depender: 
 ● do tipo de agressão, 
 ● do tempo que essa agressão durou 
 ● intensidade - de quão forte foi essa agressão 
 ● do tipo de célula - tem células que se 
 adaptam melhor a determinados estímulos 
 enquanto outros não 
 ● condição metabólica - condição fundamental 
 do indivíduo 
 A adaptação que acontece ou a forma de um 
 indivíduo hígido, saudável, que tem por exemplo 20 
 anos é diferente da forma de reagir de um indivíduo 
 que tem 80 anos e tem uma série de comorbidades. 
 1 
 PATOLOGIA E ANATOMIA PATOLÓGICA Bruna Pitanga MED 104C 
 Existem vários mecanismos moleculares para a 
 adaptação celular. 
 Algumas formas de adaptações são induzidas através 
 da estimulação direta das células pelos fatores 
 produzidos pelas próprias células afetadas ou por 
 outras células no ambiente que as circunda (células 
 que estão próximas contribuem para que o estímulo 
 aconteça). 
 Na superfície da célula existem receptores que vão 
 ser responsáveis por esse tipo de acontecimento. 
 Outros ocorrem devido a ativação de vários 
 receptores na superfície celular e vias de sinalização. 
 O primeiro estímulo adaptativo relacionado ao 
 crescimento que vamos estar vendo é a hiperplasia . 
 A hiperplasia acontece quando tenho aumento no 
 número de células de um órgão ou tecido, esse 
 aumento no número de células vai repercutir no 
 aumento do volume desse órgão. 
 Quais são os tecidos capazes de sofrer hiperplasia? 
 aqueles tecidos onde a população celular é capaz de 
 sintetizar DNA e de realizar mitose. 
 Então na imagem podemos ver um tecido normal 
 onde tenho 4 células; quando tenho a hiperplasia 
 essas 4 células vão estar se dividindo e vou ter uma 
 quantidade maior de células; essa quantidade maior 
 de células vai fazer com que esse tecido/parte de 
 tecido ou órgão aumentem de tamanho; então vou 
 ter uma células dando origem a duas células, se 
 dividindo através de mitoses e a população celular 
 desse tecido que estou estudando vai estar 
 aumentada. 
 Ex.: aumento uterino por estimulação hormonal, 
 A hiperplasia pode acontecer de maneira fisiológica 
 ou patológica. 
 ● Hiperplasia fisiológica 
 O principal exemplo que temos relacionado a 
 hiperplasia fisiológica é a hiperplasia hormonal 
 ( aumento da capacidade funcional de um 
 tecido/órgão quando necessário ) que acontece na 
 gestante . 
 Então na gestante o tamanho uterino aumenta 
 porque algumas células são capazes de se dividir 
 dando origem a outras células, assim como o tecido 
 mamário, algumas células são capazes de se dividir e 
 a gente encontra no útero e na mama um aumento 
 do volume do órgão; é o principal exemplo da 
 hiperplasia fisiológica relacionada ao estímulo 
 hormonal. 
 Ex.: proliferação do epitélio glandular da mama 
 feminina na puberdade e gravidez; hiperplasia do 
 útero gravídico 
 Existe também a hiperplasia compensatória ( ocorre 
 aumento da massa tecidual após dano ou ressecção 
 parcial ), por exemplo um paciente que fez 
 nefrectomia, o rim remanescente, então esse 
 paciente teve algum problema que levou à perda 
 renal, que esse paciente vai ter, vai conseguir realizar 
 a função de acordo com as necessidades do 
 indivíduo. Isso pode fazer com que esse órgão 
 aumente de tamanho para poder compensar a função 
 do rim que foi perdido. 
 Ex.: hepatectomia, nefrectomia unilateral com 
 hiperplasia do rim remanescente. 
 Esses são alguns exemplos bastantes simples 
 relacionados a hiperplasia fisiológica. 
 ● Hiperplasia patológica 
 Quando falamos em hiperplasia patológica preciso 
 ter um pouco de atenção, porque quando tenho um 
 estímulo hormonal e na maioria das vezes é o que 
 acontece nos casos patológicos, preciso ter atenção 
 para tentar cessar esse estímulo, porque quando 
 uma célula está se dividindo, está sofrendo mitose, 
 preciso ter cuidado para que numa dessas divisões 
 dessa célula não comece a ter origem a uma células 
 2 
 PATOLOGIA E ANATOMIA PATOLÓGICA Bruna Pitanga MED 104C 
 com atipias celulares e alí comece a ter uma 
 proliferação neoplásica maligna; Esse é o grande 
 problema, se está existindo divisão celular 
 acentuada, estimulada, uma das possibilidades do 
 surgimento do câncer, da neoplasia maligna, é 
 através da formação/multiplicação celular com o 
 surgimento de células novas. 
 Atenção para que essa hiperplasia patológica não 
 seja o fator inicial para uma proliferação maligna. 
 Então esse paciente precisa ter um 
 acompanhamento mais próximo. 
 Nesta imagem conseguimos ver um útero toda a 
 parte marcada de preto é a cavidade endometrial, o 
 que chama a atenção nessa porção (linha vermelha) 
 conseguimos ver uma parte elevada de tecido; essa 
 parte elevada do tecido é uma área de hiperplasia 
 endometrial. Esses casos na maioria das vezes são 
 condições benignas sem atipias, mas a persistência 
 desse estímulo é um fator de risco para o 
 desenvolvimento de malignidade. 
 - A hiperplasia endometrial é um exemplo de 
 hiperplasiahormonal anormal-desequilíbrio entre 
 estrogênio e progesterona. 
 - Causa comum de sangramento menstrual anormal. 
 Um outro caso que é bastante comum vermos 
 hiperplasia patológica são os homens em torno dos 
 50/60 anos que começam a ter o aumento prostático, 
 que é aquele homem que tem infecção urinária, que 
 tem dor suprapúbica, e quando vai questioná-lo, ele 
 já sabe desse diagnóstico, tem hiperplasia prostática, 
 a próstata aumentada de tamanho. A maioria das 
 vezes é uma condição benigna, mas a gente precisa 
 ter atenção para esse fator que está estimulando esse 
 crescimento dessa porção desse órgão para que num 
 determinado momento essa proliferação não se 
 transforme numa proliferação maligna, uma 
 proliferação cancerosa. 
 - Hiperplasia prostática benigna, induzida por 
 androgênios. 
 - Infecções virais - papilomavírus. 
 - A maioria das formas é causada pela estimulação 
 excessiva das células alvo por hormônios ou por 
 fatores de crescimento . 
 - No geral, o processo permanece sob controle: a 
 hiperplasia regride se o estímulo hormonal é 
 eliminado. 
 - No entanto, a hiperplasia patológica é um fator de 
 risco para o desenvolvimento de proliferação 
 cancerosa . 
 obs.: O mioma não é uma hiperplasia, e sim uma 
 neoplasia, é uma proliferação de novas células, é uma 
 neoplasia benigna, forma mioma, uma tumoração 
 formada por células musculares lisas, não é uma 
 hiperplasia e nem uma hipertrofia, é uma neoplasia. 
 Não existe nenhum estímulo para que aquela lesão se 
 desenvolva. A neoplasia é um crescimento que é 
 independente da estimulação hormonal. 
 Quando a gente tem uma 
 hipertrofia ( aumento no 
 tamanho das células, 
 resultando em aumento do 
 tamanho do órgão ) tenho 4 
 células no momento inicial, 
 quando tenho hipertrofia 
 continuo tendo 4 células, 
 mas essas células estão 
 muito maiores, aumentara 
 de tamanho, não tenho células novas, tenho células 
 maiores. 
 Se tenho a hipertrofia em que tenho células maiores, 
 tenho nessa célula uma quantidade maior de 
 componentes estruturais; se tenho uma célula 
 menor, tenho uma quantidade menor de 
 componentes estruturais; o órgão hipertrofiado não 
 tem células novas, somente células maiores . 
 3 
 PATOLOGIA E ANATOMIA PATOLÓGICA Bruna Pitanga MED 104C 
 O aumento do tamanho das células é devido à síntese 
 de mais componentes estruturais. 
 As células que podem se dividir para responder ao 
 estresse sofrem tanto hiperplasia quanto hipertrofia, 
 enquanto as células que não se dividem sofrem 
 apenas hipertrofia (ex.: fibras do miocárdio). 
 O exemplo mais comum, mais 
 fácil, mais simples para que a 
 gente possa entender a 
 hipertrofia e não esquecer 
 mais, é o fisiculturista, o 
 indivíduo que está na 
 academia, eles não têm células novas; sabemos que 
 se pararmos de fazer atividade física o estímulo pro 
 músculo diminui, o tamanho do braço, por exemplo; 
 quando você faz o estímulo você consegue aumentar 
 o tamanho daquela célula, daquela fibra muscular e 
 começa a ter a definição. É assim que acontece, você 
 não está tendo novas células musculares, você tem as 
 suas células de formação inicial e você consegue 
 aumentar, aumenta a quantidade de componentes 
 estruturais que você tem naquela célula. 
 - O estímulo mais comum para a hipertrofia 
 muscular é um aumento da carga. 
 Ex.: músculos desenvolvidos dos fisiculturistas. 
 A mesma coisa acontece no coração, o indivíduo 
 hipertenso ou o indivíduo que tenha alguma 
 insuficiência cardíaca quando você tem um estímulo 
 resistente para o batimento do coração, para o 
 batimento muscular e você precisa fazer uma força 
 maior para que aquele coração consiga bombear a 
 quantidade de sangue; você aumenta o tamanho e a 
 espessura dessas células musculares e acaba tendo 
 uma musculatura cardíaca hipertrofiada. 
 Isso vai fazer com que a cavidade fique com o espaço 
 reduzido; Então algumas vezes a gente encontra 
 condições de hipertrofia que são consideradas 
 patológicas. 
 Aqui tenho uma condição, o indivíduo que tem uma 
 hipertensão crônica mal controlada, tem um fator de 
 risco para hipertrofia ventricular que pode vir 
 associada a algum grau de disfunção cardíaca. 
 - No coração, o estímulo para a hipertrofia é 
 geralmente uma sobrecarga hemodinâmica crônica 
 causada pela hipertensão arterial. 
 A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica. 
 ● Como a gente vê na lâmina uma alteração do 
 tipo hipertrofia? 
 Aqui a gente tem uma lâmina, um corte de um 
 miocárdio normal, as células miocardiócitos são 
 organizadas longitudinalmente, ficam 
 homogeneamente entre si; a gente consegue ver que 
 existe uma harmonia na organização desses feixes 
 celulares. 
 Uma lâmina de um tecido hipertrofiado é 
 caracterizada principalmente pela desorganização. 
 Então a desorganização de um padrão arquitetural 
 de um tecido é característica dessas células que 
 estão hipertrofiadas porque elas vão crescendo de 
 maneira irregular. Juntamente a gente faz algumas 
 áreas de edemas (áreas claras) e você consegue ver 
 macroscopicamente um tecido aumentado de 
 tamanho. 
 Na gestante, no útero e no tecido mamário, além da 
 gente encontrar um aumento do número de células, 
 tanto do útero quanto da mama, a gente também 
 tem o aumento do tamanho das células, é um 
 exemplo de uma condição onde encontro hipertrofia 
 e hiperplasia simultaneamente. 
 4 
 PATOLOGIA E ANATOMIA PATOLÓGICA Bruna Pitanga MED 104C 
 - Aumento fisiológico do útero na gravidez: 
 hipertrofia e hiperplasia. 
 - Hipertrofia dos seios durante a amamentação: 
 induzidos pela prolactina e estrogênio. 
 Qual o principal estímulo para que isso ocorra? 
 estímulo hormonal. Na maioria das vezes vai existir 
 um estímulo hormonal que vai estar levando a essas 
 condições onde encontro hiperplasia e hipertrofia. 
 Agora uma alteração regressiva, de diminuição do 
 tamanho da célula. Quando tenho uma célula 
 hipertrofiada tenho uma célula com aumento de 
 componentes estruturais. Quando tenho uma célula 
 atrofiada tenho uma célula que tem menos 
 componentes estruturais. 
 A atrofia pode ser relacionada à diminuição 
 (redução) do número de células ou do tamanho de 
 células devido a perda de substâncias celular 
 (componentes estruturais das células) . 
 Uma atenção que precisamos ter em relação a 
 atrofia , algumas vezes essa célula pode receber tanto 
 estímulo para seu pouco desenvolvimento, sua pouca 
 função que ela pode levar a morte celular . 
 - Representa uma forma de resposta de adaptação e 
 pode culminar em morte celular . 
 A atrofia pode ser fisiológica ou patológica. 
 Atrofia fisiológica : é comum nas fases iniciais do 
 desenvolvimento: notocorda e ducto tireoglosso (que 
 acontece após o nascimento; a redução de algumas 
 estruturas; Você pode ter a atrofia com a diminuição 
 do tamanho da célula e algumas vezes temos a 
 redução da quantidade de células, porque essas 
 células vão atrofiando ealgumas vezes podem chegar 
 a serem fonte de fagocitose e a gente ter atrofia com 
 células que vão sofrer apoptose), diminuição do útero 
 após o parto (então células que ficaram grandes, 
 hipertrofiadas, vão diminuindo de tamanho até 
 chegarem ao tamanho normal; algumas células que 
 se multiplicaram, células novas, podem desaparecer, 
 num primeiro momento atrofiar e depois podemos 
 encontrar apoptose em algumas dessas células), são 
 exemplos de atrofias. 
 obs.: na adolescência quando o peito está crescendo é 
 a hipertrofia que ocorre ou não? É o desenvolvimento 
 hormonal normal. Essas células, na verdade, não 
 estão hipertrofiando, essas células já estão 
 preparadas para quando chegar o momento de 
 estimulação hormonal, elas vão se desenvolver, isso é 
 fisiológico. Na gravides isso vai acontecer também, 
 mas a mulher não tem os picos hormonais para o 
 desenvolvimento dessas células. 
 Tanto que quando a gente vê a mama de uma mulher 
 adulta e a mama de uma criança conseguimos 
 identificar a diferença celulares, assim como 
 conseguimos ver na mulher que está gestante. 
 obs.: O crescimento da maman na adolescência seria 
 a hiperplasia? Não, hiperplasia é um aumento 
 patológico; o desenvolvimento do seio é um 
 desenvolvimento que faz parte da fisiologia. Você 
 estímulos hormonais, vai aumentar a quantidade de 
 tecido glandular na mama e vai fazer o primeiro 
 estímulo para que algumas células cresçam e 
 formem os ductos, estimulem os canais lactíferos e 
 essas células que estavam em um tamanho menor, 
 elas vão crescendo. 
 Você não vai ter células hipertrofiadas no 
 desenvolvimento da adolescência, elas vão chegar a 
 um tamanho normal. 
 obs.: Na adolescência, não seria uma hiperplasia 
 hormonal fisiológica? Que aí aumenta a capacidade 
 funcional do tecido? Nunca a professora ouviu falar 
 desse termo, hiperplasia hormonal fisiológica, pode 
 até ser, mas nunca ouviu falar. Porque quando acaba 
 o estímulo elas vão ficar hiperplasiadas. 
 Então os hormônios da adolescência são estímulos 
 para o crescimento, mas não sei se podemos utilizar 
 esse termo “hiperplasia fisiológica da adolescência'', 
 porque quando acaba a adolescência a mama não 
 regride, vai cessar o estímulo e depois a mama fica 
 estável. 
 obs.: Na gestante temos as duas coisas, temos o 
 aumento do número de células e temos o aumento do 
 tamanho de células e ainda se cria células novas. 
 ● Atrofia simples - devido a redução no volume 
 celular sem alteração no número de células 
 5 
 PATOLOGIA E ANATOMIA PATOLÓGICA Bruna Pitanga MED 104C 
 Quando a gente tem um indivíduo que está acamado 
 ou o indivíduo que sofreu acidente automobilístico 
 ou o indivíduo que tem uma doença debilitante, esse 
 indivíduo que fica sem movimentar um membro, isso 
 conseguimos ver em indivíduos mais idosos com 
 comorbidades limitantes para o movimento, essa 
 perda do tecido muscular é bastante considerável e 
 podemos ver a atrofia dos membros. Esse tipo de 
 atrofia é chamada de atrofia simples , quando você 
 tem uma diminuição do tamanho das células . 
 Ex.: atrofia de fibras musculares esqueléticas na 
 desnervação. 
 ● Atrofia numérica - devido a redução no 
 número das células 
 Existe uma condição chamada de atrofia numérica , 
 onde a gente tem a diminuição do número de 
 células , não só o tamanho. 
 Existe uma condição que é a hanseníase que leva a 
 destruição de algumas células, o desaparecimento de 
 algumas células germinativas, esses túbulos vão se 
 hialinizando. É só mais um exemplo de condição 
 onde tenho a atrofia numérica e a possibilidade de 
 ter a atrofia relacionada a diminuição do volume da 
 célula ou diminuição da quantidade de células. 
 Ex.: atrofia dos túbulos seminíferos na hanseníase 
 A atrofia patológica pode ser localizada ou 
 generalizada. 
 1) diminuição da carga (atrofia por desuso) : 
 membro fraturado, imobilizado, repouso 
 absoluto 
 Essa atrofia simples relacionada, principalmente, ao 
 desuso e é visto em doenças que fazem com que o 
 indivíduo fique acamado, fique em repouso absoluto 
 ou que esteja em uma situação pós-trauma é 
 chamada por atrofia de desuso. 
 Uma das coisas que a gente tenta fazer é estimular 
 essa movimentação, é colocar esse indivíduo mais 
 precocemente, se possível para deambular ou para 
 fazer fisioterapia para que embora essas células 
 musculares estejam atrofiadas, estão menores, elas 
 estão vivas; então assim, que conseguirmos 
 estabelecer os movimentos desse indivíduo a gente 
 consegue recuperar esse aspecto da atrofia. 
 2) perda da inervação (por atrofia por 
 desnervação) : lesão de plexo 
 Exemplos que temos também: o movimento 
 muscular é totalmente 
 relacionado a um estímulo 
 nervoso; toda vez que 
 existe alguma lesão no 
 plexo nervoso, você fica 
 sem estímulo para o 
 movimento daquele 
 grupamento celular. 
 Um exemplo é que 
 algumas vezes essas 
 fatalidades de partos 
 vaginais que são 
 tumultuosos ou 
 trabalhosos e nessa 
 situação/nessa 
 dificuldade de passar o ombro do bebê, algumas 
 vezes acaba lesionando. Ao longo da vida devemos 
 encontrar alguém que tenha sido vítima dessa 
 condição com lesão de plexo e acaba ficando com o 
 membro atrofiado por conta de uma deficiência de 
 estimulação nervosa. 
 3) diminuição do suprimento sanguíneo : doença 
 arterial oclusiva levando a atrofia (isquemia 
 ⇨ perda progressiva das células); atrofia 
 cerebral progressiva com a idade 
 (possivelmente aterosclerose diminuindo 
 suprimento sanguíneo). 
 Quando a gente não consegue fornecer uma 
 quantidade suficiente de sangue, de oxigênio e 
 nutrientes para um tecido a gente vai levando a 
 áreas de atrofia. 
 Aqui temos um cérebro 
 mais edemaciado e um 
 cérebro atrofiado, esse 
 cérebro atrofiado chama 
 muita atenção, como 
 esses sulcos são 
 proeminentes e existe 
 uma diminuição do tamanho cerebral. A atrofia 
 cerebral vai sendo vista com o envelhecimento, é 
 normal termos áreas de atrofia pelo nosso corpo por 
 conta do envelhecimento; o problema é visto em 
 condições sistêmicas que levam a essa atrofia 
 6 
 PATOLOGIA E ANATOMIA PATOLÓGICA Bruna Pitanga MED 104C 
 precoce quando a gente não consegue fornecer 
 sangue e demais nutrientes para essa porção. 
 A gente também vê atrofia 
 por diminuição do 
 suprimento sanguíneo, 
 principalmente em 
 pacientes com doença 
 vascular periférica, 
 diabéticos; nesses pacientes alguma área de oclusão 
 vascular pode levar o prejuízo da irrigação do 
 membro inferior que vemos essas áreas mais 
 escuras, que são áreas de isquemia já tendendo há 
 áreas de necrose. 
 Um grande problema a gente primeiro atrofia e 
 depois existe um risco considerável para morte 
 celular. 
 4) nutrição inadequada : desnutrição 
 proteico-calórica ⇨ consumo de tecido 
 adiposo ⇨ consumo de tecido muscular ⇨ 
 caquexia 
 As células precisam de 
 nutrientes para que se 
 desenvolva, para que fiquem 
 executando as suas funçõesadequadas; um paciente 
 caquético, com uma 
 desnutrição proteico-calórica 
 começa a consumir tecido adiposo depois tecido 
 muscular e o que a gente vê é esse tecido ósseo 
 revestido por pequena quantidade de um subcutâneo 
 e pele. 
 É vista em pacientes com doenças avançadas, com 
 câncer avançado ou com outras comorbidades. 
 Então se você não fornece alimentos, se não fornece 
 substâncias adequadas para o desenvolvimento 
 celular, a gente vai atrofiando as células. 
 Porque a gente consegue recuperar o tecido adiposo, 
 o tecido muscular desse paciente se ele for tratado, 
 se for uma condição possível e a gente consegue 
 recuperar o subcutâneo, o tecido muscular? Porque 
 embora essas células estejam menores e atrofiadas, 
 elas estão vivas, não são células mortas; então, 
 existindo o estímulo e existindo a nutrição a gente 
 consegue recuperar esse indivíduo. 
 5) perda da estimulação endócrina : a perda da 
 estimulação estrogênica após a menopausa 
 resulta em atrofia fisiológica do endométrio, 
 epitélio vaginal e seios 
 Aqui mais um 
 exemplo de atrofia 
 só que aqui 
 relacionado a 
 estimulação 
 endócrina. Temos 
 um útero de 
 tamanho normal e 
 um útero de tamanho atrófico é visto com o 
 envelhecimento e algumas condições patológicas 
 podem levar a isso também, os ovários ficam mais 
 fibrosados e temos um corpo uterino bem diminuído 
 de tamanho. 
 Uma das 
 características 
 que identificamos 
 na microscopia é 
 a presença dessas 
 dilatações 
 glandulares e 
 assim a gente 
 observa um endométrio atrófico. Esse tipo de 
 alteração endometrial vemos em mulheres com mais 
 idade onde a gente tem uma atrofia endometrial. 
 Acontece de maneira mais precoce quando existe 
 uma patologia nessa mulher. 
 6) envelhecimento (atrofia senil) : por perda 
 celular, pp / / no cérebro e coração 
 Acontece atrofia também testicular, atrofia do tecido 
 mamário, atrofia das papilas gustativas e aqui está 
 relacionado a senilidade. 
 Porque que o indivíduo quando fica com mais idade 
 ele tem necessidade de colocar mais sal ou mais 
 açúcar no alimento? Porque esse indivíduo ele já tem 
 uma atrofia das papilas gustativas e não sente tanto 
 o sabor quanto um indivíduo mais jovem. 
 7 
 PATOLOGIA E ANATOMIA PATOLÓGICA Bruna Pitanga MED 104C 
 Então essas atrofias relacionadas ao envelhecimento 
 é que vão levando as limitações que a gente vai 
 identificando em indivíduos mais velhos. 
 Desgaste do tecido ósseo, a pele existem áreas de 
 atrofia, de perda de colágeno, atrofia relacionada aos 
 ossos da mandíbula que facilita esses indivíduos de 
 perderem os dentes. 
 7) pressão : provavelmente por isquemia. 
 Ex.: tumor benigno em crescimento comprimindo 
 tecidos vizinhos. 
 Temos aqui uma 
 imagem 
 interessante de um 
 crânio, em mais 
 claro conseguimos 
 ver a calota do tecido 
 ósseo que está 
 envolvendo. O que 
 chama a atenção 
 nessa imagem é que 
 tem uma lesão, por 
 mais que a gente não 
 saiba identificar se é uma lesão maligna ou benigna 
 ou inflamatória, o que chama a atenção é que temos 
 uma calota óssea que impede grandes distensões 
 nesse tecido. Quando a gente encontra uma lesão 
 dessa, essa lesão para crescer precisa comprimir as 
 células que estão em volta, ela compete o espaço com 
 tudo que está ao redor, se ela vai crescendo ela vai 
 empurrando, espremendo o tecido que está em volta. 
 Esse tecido que está em volta que não tem para onde 
 se movimentar, ele acaba recebendo essa pressão e 
 provavelmente por isquemia essas células acabam 
 atrofiando, uma das possibilidade é você acabar 
 levando a morte dessas células dependendo do 
 tamanho da velocidade, do crescimento dessa lesão 
 tumoral. 
 Alguns conceitos que são importantes: 
 ● Hipotrofia : sinônimo de atrofia 
 ● Aplasia ou agenesia : ausência congênita de 
 um órgão 
 ● Hipoplasia : incapacidade de um órgão ou 
 estrutura de atingir o volume adulto normal 
 É um conceito muito importante. 
 A metaplasia acontece todas as vezes que uma célula 
 adulta , essa célula pode ser epitelial ou mesenquimal, 
 é substituída por outra célula adulta . 
 A metaplasia é uma alteração reversível . É uma 
 alteração onde a troca do tipo celular acontece para 
 que essa porção onde vi essa alteração celular se 
 torne mais resistente, existe alguma condição 
 naquele meio, onde aquele tipo celular não está 
 totalmente preparado para enfrentar. Então a 
 metaplasia acontece por essa substituição do tipo 
 celular para que uma célula mais resistente passe a 
 existir ali naquele ambiente adverso . 
 Pegamos essa descrição em laudos como: metaplasia 
 escamosa ou epidermóide; metaplasia apócrina, 
 óssea, endócrina, podemos pegar dessa maneira as 
 descrições microscópicas dos tipos de metaplasia. 
 Os exemplos que são mais comuns de metaplasia: 
 um deles é o trato respiratório dos indivíduos 
 tabagistas. Então temos revestindo o aparelho 
 respiratório temos: um epitélio colunar ciliado, 
 pseudoestratificado cilíndrico ciliado, esse epitélio 
 não é o epitélio mais preparado para agressão das 
 substâncias tóxicas do cigarro e da temperatura do 
 cigarro. 
 Os indivíduos tabagistas de longa data encontramos 
 áreas onde esse epitélio vai sendo substituído por um 
 epitélio escamoso. O epitélio escamoso que vamos 
 encontrando nessas áreas onde tenho a metaplasia, 
 essa alteração epitelial, é um fator de risco para 
 desenvolvimento de carcinoma escamoso do pulmão 
 desses indivíduos. 
 A metaplasia é uma alteração reversível, é uma 
 alteração adaptativa. Se o estímulo/ambiente adverso 
 não forem modificados a metaplasia pode progredir 
 para uma displasia ou neoplasia, são condições em 
 que tenho um potencial para transformação maligna. 
 Essa é uma condição importante onde tenho o 
 exemplo de metaplasia que é uma alteração celular 
 reversível e é considerado uma alteração celular 
 adaptativa. 
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 PATOLOGIA E ANATOMIA PATOLÓGICA Bruna Pitanga MED 104C 
 ★ Epitélio colunar para o escamoso que ocorre 
 no trato respiratório (traquéia e brônquios) 
 em resposta à irritação crônica-tabagismo. 
 A gente também encontra metaplasia no colo 
 uterino, podemos encontrar descrições dessa 
 metaplasia em laudos de preventivos que é um 
 exame comum que passa por todo mundo. 
 Essa metaplasia que vemos no colo uterino podem 
 estar relacionadas principalmente a processos 
 inflamatórios, a uso de anticoncepcional que podem 
 levar áreas de ectrópio que é modificação do epitélio 
 endocervical para um pouco para fora do colo 
 uterino, então pode favorecer ao favorecimento de 
 metaplasia. 
 ★ Epitélio 
 colunar em epitélio 
 escamosos por 
 cálculos nos ductos 
 excretores das 
 glândulas salivares, 
 pâncreas ou ductos 
 biliares. 
 Colo uterino - JEC 
 ★ O epitélio escamoso estratificado, mais 
 resistente, é capaz de sobreviver em 
 circunstâncias nas quais o epitélio colunar 
 especializado, mais frágil, teria sido 
 destruído. 
 A segunda condição, além do tabagismo,uma outra 
 condição relacionada a metaplasia que é uma 
 condição bastante frequente é o paciente que 
 apresenta refluxo do gastroesofagiano. A gente sabe 
 que o alimento vai sendo impulsionado pelo 
 peristaltismo de maneira sempre progressiva para 
 baixo; a gente sabe que quando o alimento chega no 
 estômago vai ser adicionado de substâncias, 
 principalmente o ácido clorídrico, que vão fazer com 
 que esse alimento fique mais ácido. 
 Uma outra coisa é que o epitélio que temos no 
 esófago é um epitélio diferente do que a gente tem 
 no estômago. 
 Qual é o epitélio que temos no esôfago? é o epitélio 
 escamoso; e no estômago assim como no intestino a 
 gente tem um epitélio colunar/cilíndrico. 
 O epitélio escamoso do esôfago só atravessa esse 
 alimento e aqui não temos o acréscimo dessas 
 substâncias ácidas. No indivíduo que tem doença do 
 refluxo, esse conteúdo que está dentro do estômago, 
 um conteúdo ácido, ele tem refluxo por que tem 
 fragilidade desse epitélio ou uma gestante que é 
 fator de risco para o fator do refluxo ou um individuo 
 obeso ou um indivíduo que faz refeições muito 
 copiosas; esse indivíduo que tem a doença do refluxo 
 esse conteúdo que está dentro do estômago começa 
 a voltar pro terço distal do esôfago; só que esse terço 
 distal do esôfago que está em contato, que está 
 recebendo esse alimento ácido, não está preparado 
 para receber esse alimento. 
 O que acontece? Qual é a possibilidade? A gente 
 começa a ver uma alteração desse epitélio do terço 
 distal desse esôfago. Esse epitélio muda de um 
 epitélio escamoso para um epitélio colunar, do tipo 
 intestinal, que é um epitélio que está mais preparado 
 para receber esse conteúdo ácido. Se a gente 
 controlar o refluxo desse indivíduo, conseguir 
 modificar os hábitos de vida é capaz dessa área onde 
 tinha a metaplasia voltar a ter um epitélio escamoso? 
 Sim, isso é possível. 
 Então a primeira coisa para tentarmos retornar à 
 condição anterior é mudar aquele ambiente adverso; 
 a metaplasia acontece quando tenho um ambiente 
 alterado para aquele tipo celular; se consigo reverter 
 esse ambiente alterado, consigo reverter a 
 metaplasia. 
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 PATOLOGIA E ANATOMIA PATOLÓGICA Bruna Pitanga MED 104C 
 Preciso ter atenção porque permanecendo esse 
 ambiente alterado essa metaplasia pode progredir 
 para uma condição neoplásica maligna. 
 Essas áreas de metaplasia podem ser vistas 
 macroscopicamente, uma área de metaplasia no 
 terço distal do esôfago que chamamos de Esôfago de 
 Barrett a gente consegue ver via endoscopia porque 
 a mucosa dessa área fica alterada, fica uma mucosa 
 de coloração salmão, é descrita assim: aveludada de 
 coloração alaranjada/de coloração salmão. Então 
 tenho alteração macroscópica e alteração 
 microscópica relacionada a metaplasia. 
 Se a área de metaplasia for muito pequena 
 dificilmente vamos conseguir ver 
 macroscópicamente, mas consigo ver na 
 microscopia. Quando identifico uma área de 
 metaplasia sou obrigada a ter uma atenção maior 
 com esse paciente, porque se identifiquei tenho que 
 tentar modificar, também, aquele ambiente para 
 tentar recuperar as células daquele indivíduo e 
 tentar evitar a progressão para uma malignidade. 
 ★ Esôfago de Barrett: metaplasia do tipo 
 escamoso para glandular (células colunares 
 semelhantes às células intestinais), sob 
 influência de refluxo gástrico 
 ★ Aumenta chance de adenocarcinoma 
 Então na verdade uma mudança indesejável porque 
 existe um ambiente alterado e se essas influências 
 que predispõem a metaplasia persistirem podem 
 induzir a transformação maligna no epitélio 
 metaplásico. Então essa é a informação 
 fundamental . 
 Só que, a metaplasia, na maioria das vezes, 
 representa uma mudança indesejável . 
 As células, por exemplo, que secretavam muco, para 
 de secretar 
 Se as influências que predispõem a metaplasia 
 persistirem, elas podem induzir transformações 
 malignas no epitélio metaplásico . 
 A metaplasia não resulta de uma alteração do 
 fenótipo de uma célula diferenciada, ela resulta de 
 uma reprogramação de células-tronco existentes nos 
 tecidos normais ou de células mesenquimatosas 
 indiferenciadas no tecido conjuntivo. 
 obs.: na metaplasia existe grau para evoluir para 
 neoplasia ou só observamos? A metaplasia não 
 gradua, a gente gradua a displasia que é uma 
 alteração que é progressiva a metaplasia; a displasia 
 é quando você já tem alguma alteração celular, atipia 
 celular como potencial para atenção para progressão 
 maligna. Isso vai variar de órgão pra órgão; alguns 
 órgãos a gente gradua a displasia em leve, moderada 
 e acentuada; em outros órgãos a gente gradua em 
 displasia de alto e baixo grau; algumas vezes, por 
 exemplo, no colo uterino uma displasia de alto grau é 
 tratada como carcinoma in cito praticamente tem a 
 mesma conduta terapêutica; a metaplasia não 
 gradua. 
 obs.: a classificação de NIC é uma displasia leve, 
 moderada e alta (NIC 1, NIC 2, NIC 3) para colo 
 uterino? Sim; a NIC 1 é a displasia leve; NIC 2 - 
 displasia moderada; e NIC 3 - displasia acentuada. 
 Hoje esses termos não são mais utilizados, virou 
 lesão Lsil (lesão intraepitelial escamosa de baixo 
 grau) e Hsil (lesão intraepitelial escamosa de alto 
 grau), o termo NIC não é mais utilizado. Isso 
 relacionado a espessura do epitélio que é acometido 
 pela displasia. 
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