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PROC. PSICO. BÁSICOS: MOTIV., PENSAM. E LINGUAGEM - ARA1060 Prof. Rafael Rodrigues Rafael Rodrigues Psicólogo clínico junguiano, professor de pós-graduação do Instituto Saber, palestrante e pesquisador em Psicologia, Neurociências, Psicopatologia e Drogas. Fundador da Ensō - Desenvolvimento Humano. Psicoterapeuta associado ao CEJAA. Pós-graduando em Teoria e Prática Junguiana na CETI/FIP(SOLARIS). Pós-graduado em Neurociências Aplicada à Aprendizagem pelo IPUB -UFRJ. Graduado em Psicologia na UVA. Bacharel em Marketing pela UniverCidade. Atualmente estudo PAP(Psicoterapia assistida por psicodélicos) e respiração holotrópica para tratamento de depressão e TEPT. Ementa Objetivo: Analisar os processos psicológicos básicos da motivação, do pensamento e da linguagem, observando seus principais conceitos e teorias, para elaborar intervenções a fim de promover saúde e desenvolvimento humano; Avaliar os processos psicológicos básicos, baseando-se nas teorias e autores de referência, para produzir conhecimento científico através de pesquisas e avaliações em psicologia; Investigar os alicerces do pensamento e inteligência, se fundamentando nos principais instrumentos e metodologias desenvolvidas, para identificar formas de avaliação e diagnóstico do psicólogo em diversos contextos de atuação profissional; Integrar os conhecimentos sobre os processos psicológicos básicos relativos à motivação, ao pensamento e à linguagem, considerando as práticas e experiências desenvolvidas, a fim de ser capaz de planejar intervenções e atuar nas diversas áreas da psicologia aplicada. Ementa 1. MOTIVAÇÃO 1.1 CONCEITO BÁSICOS E TEORIAS DA MOTIVAÇÃO 1.2 NECESSIDADES FISIOLÓGICAS E PSICOLÓGICAS 2. EMOÇÃO 2.1 EMOÇÕES E SENTIMENTOS 2.2 CONCEITO E TEORIAS DAS EMOÇÕES 3. LINGUAGEM 3.1 DEFINIÇÕES DE LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA 3.2 AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM 3.3 PROPRIEDADES DA LÍNGUA 3.4 COMPREENSÃO E PRODUÇÃO DA FALA E ESCRITA 3.5 TRANSTORNOS DE LINGUAGEM 4. PENSAMENTO 4.1 CONCEITOS CENTRAIS: A ORIGEM DO CONHECIMENTO HUMANO 4.2 OS ALICERCES DO PENSAMENTO: LINGUAGEM, IMAGENS, CONCEITOS 4.3 SOLUÇÃO DE PROBLEMAS 4.4 TOMADA DE DECISÕES E FORMAÇÃO DE JULGAMENTOS 5. INTELIGÊNCIA (CRÉDITO DIGITAL) 5.1 DEFINIÇÃO DE INTELIGÊNCIA 5.2 PRINCIPAIS TEÓRICOS DA INTELIGÊNCIA 5.3 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE INTELIGÊNCIA Bibliografia Básica BUCHWEITZ, A. Linguagem e cognição. Processamento, Aquisição e Cérebro. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2015. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/186284/epub/0 LIPP, Marilda (Org.). Sentimentos que causam stress. Como lidar com eles. Campinas-SP: Papirus, 2014. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/14797/pdf/0 MORRIS, Charles G.; MAISTO, Albert A. Introdução à psicologia. 6ª Ed.. São Paulo: Prentice Hall, 2011. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/433/epub/0 MYERS, David G. Psicologia. 11ª Ed.. Rio de Janeiro: LTC, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521634614/recent REEVE, J. Motivação e Emoção. 4ª Ed.. Rio de Janeiro: LTC, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2366-3/pageid/5 Bibliografia Complementar GUIMARÃES, T. C. Comunicação e Linguagem. São Paulo: Pearson, 2012. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/3053/pdf/0 JOBIM E SOUZA, S. Infância e Linguagem. Campinas-SP: Papirus, 2010. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/2334/pdf/0 LIPP, Marilda Novaes (Org.). Stress está dentro de você. São Paulo: Contexto, 2013. MATLIN, Margaret W. Psicologia cognitiva. . Rio de Janeiro: LTC, 2004. PALANGANA, I.C. . Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky. . São Paulo: Summus Editorial, 2015. PENNA, Antônio Gomes. Introdução à psicologia cognitiva. 2ª Ed.. São Paulo: EPU, 1999. PIAGET, J. A Psicologia da Inteligência. . Petrópolis: Vozes, 2013. REEVE, Johnmarshall. Motivação e emoção. 4ª Ed.. Rio de Janeiro: LTC, 2011. STERNBERG, Robert J. Psicologia cognitiva. São Paulo: Cengage Learning, 2012. TERRA, E. Linguagem, língua e fala. . Rio de Janeiro: Saraiva, 2018. Procedimentos de Avaliação AV1 - Contemplará os temas abordados na disciplina até a sua realização e será assim composta: Prova individual com valor total de 7 (sete) pontos; Atividade acadêmica avaliativa com valor total de 3 (três) pontos: Atividade em grupo AV2 - Contemplará todos os temas abordados pela disciplina até sua realização AVD - Avaliação digital do(s) tema(s) / tópico(s) vinculado(s) ao crédito digital no valor total de 10 (dez) pontos ou AVDs - Avaliação digital do(s) tema(s) / tópico(s)vinculado(s) ao crédito digital no valor total de 10 (dez) pontos. AV3 Contemplará todos os temas abordados pela disciplina. Será composta por uma prova no formato PNI - Prova Nacional Integrada, com total de 10 pontos, substituirá a AV1 ou AV2 e não poderá ser utilizada como prova substituta para a AVD. Procedimentos de Avaliação Para aprovação na disciplina, o aluno deverá, ainda: atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações presenciais e digitais, sendo consideradas a nota da AVD ou AVDs e apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina; obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações presenciais e em uma das avaliações digitais (AVD ou AVDs); frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. Calendário Acadêmico Agosto 16/08/2021 segunda-feira Início do semestre letivo - Veteranos (Presencial e Online) Setembro 07/09/2021 terça-feira Feriado Nacional - Independência do Brasil Outubro 05/10/2021 terça-feira AV1 PRESENCIAL Outubro 12/10/2021 terça-feira Feriado Nacional - Nossa Senhora Aparecida - Padroeira do Brasil Novembro 02/11/2021 terça-feira Feriado Nacional - Dia de Finados Novembro 11/11/2021 quinta-feira Início da AVD Novembro 23/11/2021 terça-feira AV2 PRESENCIAL Dezembro 02/12/2021 quinta-feira Início da AVDS Dezembro 07/12/2021 terça-feira AV3 PRESENCIAL Dezembro 15/12/2021 quarta-feira Fim do semestre letivo - Presencial e Online PROC. PSICO. BÁSICOS: MOTIV., PENSAM. E LINGUAGEM - ARA1060 1. MOTIVAÇÃO 1.1 CONCEITO BÁSICOS E TEORIAS DA MOTIVAÇÃO Prof. Rafael Rodrigues Leitura Leia o artigo: Motivação para Aprender na Formação Superior em Saúde. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-82712020000200297&script=sci_arttext. Acesso em: 29/04/21. Processos Mentais Superiores PMS Sensação Percepção Pensamento Linguagem Memória Atenção Motivação Emoção Aprendizagem Cognição Subjetividade Consciência Mente Cérebro Problema: O que motiva as pessoas? Que teorias são conhecidas por considerar a evolução das espécies, possuir natureza descritiva e procurar explicar os fatores motivacionais presentes no ambiente? MOTIVAÇÃO Motivação é definida etimologicamente como “ação de pôr em movimento” (Bzuneck, 2004, p. 9) sendo sua origem da palavra latina movere que significa mover, condição do organismo que influencia a direção do comportamento, o impulso interno que leva uma ação (Ferreira, 2008). De acordo com o dicionário Houaiss, motivar é “dar motivo a; causar, provocar; prender atenção de; interessar; apresentar como motivo ou causa de; alegar; ser motivação para; estimular, impulsionar” (Houaiss; Villar; Franco, 2012 p.533). A 14 MOTIVAÇÃO a palavra motivação, em sua definição, faz referência a três componentes (Ray, 1964, p. 101 apud TODOROV; MOREIRA, 2005): O comportamento de um sujeito; A condição biológica interna relacionada e A circunstância externa relacionada A 15 MOTIVAÇÃO “... a motivação é o conjunto de mecanismos biológicos e psicológicos que possibilitam o desencadear da ação, da orientação (para uma meta ou, a contrário, para se afastar dela) e, enfim, da intensidade e da persistência: quanto mais motivada a pessoa está, mais persistentee maior é a atividade” (Lieury & Fenouillet, 2000, p. 9). A 16 MOTIVAÇÃO “A motivação tem sido entendida ora como um fator psicológico, ou conjunto de fatores, ora como um autores quanto à dinâmica desses fatores psicológicos ou do processo, em qualquer atividade ao iniciar um comportamento direcionado a um objetivo.." (Bzuneck, 2004, p. 9). A 17 Sistema de Dopaminérgico Área Tegmentar Ventral Núcleo Accumbens Córtex Pré-Frontal Ativar o Sistema de Recompensa significa aumentar o funcionamento de dois de seus componentes mais importantes: a Área Tegmentar Ventral e o Núcleo Acumbente. 18 O Sistema de Recompensa no adolescente perde de cerca de 30 a 50% da sua sensibilidade. O resultado disso é que tudo que antes o cérebro considerava bom, achava interessante, agradável, satisfatório e que dava certo, subitamente perde a graça. Se entende o tédio do adolescente como essa sensação repentina de que a boneca não interessa mais, a bola não interessa mais, justamente porque não conseguem mais ativar o Sistema de Recompensa do adolescente. Uma das características mais evidentes da adolescência é o tédio. São mudanças nas vontades, nos desejos e no humor. O tédio para as neurociências moderna pode ser visto como uma consequência de uma transformação grande do Sistema de Recompensa (conjunto de estruturas no cérebro que são responsáveis por sinalizar quando algo dá certo ou tem chance de dar certo e, portanto, permitem que se tenha motivação e vontade de fazer alguma coisa). TÉDIO É CONSEQUÊNCIA DESSA TRANSFORMAÇÃO 20 Córtex Pré-Frontal (CPF) A área pré-frontal corresponde à parte não motora do lobo frontal, onde foram apresentadas as evidências de sua participação no controle do comportamento emocional. O córtex Pré-Frontal (CPF) ocupa ¼ do córtex humano, estabelece conexões reciprocas com praticamente todo o encéfalo Córtex Pré-Frontal Córtex Dorso Lateral –Planejamento, Memória operacional, Flexibilidade mental – DL Esquerdo; Abstração, Atenção Córtex Órbito-Frontal – Regula a emoção, Conduta, Relações afetivas e sociais, Decisão afetiva, Recompensa Córtex Ventro-Medial – Inibição, Decisão e solução de conflitos, Atenção de controle inibitório, Regula a agressão, Motivação, Consciência e percepção Maturação SNC Teorias Motivacionais As teorias motivacionais começaram a ser desenvolvidas na segunda metade do século XX, e até 2017 recebem complementações devido sua importância na vida cotidiana. Elas objetivam identificar e estudar o comportamento das pessoas, baseado nas suas necessidades e desejos. A 25 Timeline: Timeline: Pirâmide de Maslow Timeline: MOTIVAÇÃO A motivação é uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo. Segundo Abraham Maslow, o homem se motiva quando suas necessidades são todas supridas de forma hierárquica. Maslow organiza tais necessidades da seguinte forma: Auto-realização Auto-estima Sociais Segurança Fisiológicas A 29 MOTIVAÇÃO Frederick Herzberg, a motivação é alcançada através de dois fatores: Fatores higiênicos que são estímulos externos que melhoram o desempenho e a ação de indivíduos, mas que não consegue motivá-los. Fatores motivacionais que são internos, ou seja, são sentimentos gerados dentro de cada indivíduo a partir do reconhecimento e da auto-realização gerada através de seus atos. A 30 MOTIVAÇÃO Alderfer afirma que duas necessidades podem influenciar simultaneamente a motivação do indivíduo e que fatores como o nível de educação e a cultura do indivíduo devem ser levadas em consideração. No entanto, a principal diferença entre as teorias de Alderfer e Maslow diz respeito ao alcance dos níveis. A 31 MOTIVAÇÃO: teoria da autodeterminação 3 tipos de necessidades psicológicas, são elas: Competência Pertencimento Autonomia A 32 MOTIVAÇÃO: teoria da autodeterminação 3 tipos de necessidades psicológicas, são elas: Competência A competência refere-se ao grau de efetividade para se engajar e fazer atividades A 33 MOTIVAÇÃO: teoria da autodeterminação 3 tipos de necessidades psicológicas, são elas: Pertencimento o pertencimento é definido como as conexões que o sujeito faz com a comunidade em que convive A 34 MOTIVAÇÃO: teoria da autodeterminação 3 tipos de necessidades psicológicas, são elas: Autonomia a autonomia é o grau pelo qual o indivíduo percebe a si próprio como responsável pelo seu comportamento A 35 MOTIVAÇÃO: teoria da autodeterminação é a concepção do ser humano como organismo vivo, orientado para o crescimento, desenvolvimento do self e integração com as estruturas sociais. O comportamento, para ser considerado autodeterminado, necessita, então, ser autônomo, autorregulado, ser expressão de um empoderamento psicológico e resultar em autorrealização (Wehmeyer, 1999). A 36 MOTIVAÇÃO A motivação intrínseca é definida como o comportamento motivado pela atividade em si, pela simples satisfação ou prazer de realizá-la A motivação extrínseca, como a realização de atividades como meio instrumental para alcançar eventos externos desejáveis ou escapar de outros indesejáveis A 37 Aprenda + Assista ao vídeo "O que é motivação?", onde você entenderá melhor quais os fatores que favorecem a motivação. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=CQrReSazH6w Acesso em: 29/04/21 Atividade Autônoma Aura Questão 1: Sobre o conceito de motivação, é correto afirmar que: Alternativas: A) é um conjunto de forças psicológicas que impelem o sujeito para a ação. B) pode ser estimulada mesmo em um ambiente cujas condições sejam opressoras e inibidoras da criatividade. C) é um fenômeno psicológico que incentiva a pessoa a fazer qualquer coisa pela realização de seus objetivos individuais. D) é um fenômeno psicológico que deve estimular a competição e fazer com que os funcionários defendam seus interesses individuais. E) não pode ser estimulada, pois depende de um processo interno ao qual não temos acesso e, por isso, depende da disposição do indivíduo. A 39 Atividade Autônoma Aura Questão 2: O assunto é motivação para aprendizagem. Há dois tipos de motivação que tem sido amplamente incorporados nos estudos da motivação nas relações de ensino e aprendizagem: a motivação intrínseca e a motivação extrínseca. Assinale a alternativa que estabelece a relação correta entre a motivação e sua explicação. Alternativas: A) Motivação extrínseca - associada diretamente aos constructos de competência, autodeterminação e autonomia B) Motivação intrínseca - articula-se com a performance com vistas a uma recompensa fornecida por um agente externo C) Motivação extrínseca - relaciona-se com as potencialidades do indivíduo, com a sua própria capacidade de buscar e exercitar a necessidades e aptidões D) Motivação intrínseca - é compreendida como sendo uma propensão inata e natural dos seres humanos para envolver os interesses individuais e exercitar sua capacidade E) Motivação extrínseca - associada a condições morais, socioambientais e culturais, é uma resposta a uma determinada situação com a qual o indivíduo pode se beneficiar E 40
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