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Ana Inara; Emanuelle de Paiva; Kayane Larissa; Maria Alice; Rebeca Pereira e Viviane Kaizer O D O N T O G E R I A T R I A T 7 Definida como o uso de cinco ou mais medicamentos. prevalência de polifarmácia na população idosa. Epidemiologia sexo feminino Idade igual ou superior a 75 anos Baixa escolaridade Viuvez Reação adversa a medicamentos: Resposta a um medicamento que seja prejudicial, não intencional e que ocorre em doses normalmente utilizadas no ser humano Interações medicamentosas Uma interação ocorre quando um medicamento influencia a ação de outro. Idosos representam o grupo mais vulnerável, visto que a maioria das IM ocorre através de processos que envolvem a farmacocinética e/ou farmacodinâmica do medicamento. A gravidade, prevalência e possíveis consequências das IM estão relacionadas a variáveis como condições clínicas dos indivíduos, número e características dos medicamentos. Uso não intencional que ocorre devido a problemas visuais, auditivos e de memória O cirurgião dentista: Solicitar ao paciente as caixas de medicamentos na primeira consulta Anamnese detalhada Principais medicamentos utilizado: Hipotensores Digitálicos Hipoglicemiantes Drogas antirreabsortivas Antiagregante plaquetário Anticoagulante AINEs Ansiolíticos Antidepressivos Antiácidos Vitaminas Antibióticos Fármacos do sistema nervoso (analgésicos, psicoléptiicos...) Fármacos do sistema respiratório (antiasmáticos) Hipotensores Hipertensão arterial sistêmica (HAS) doença crônica não trasmissível - 20 à 40% da população. Diretrizes Brasileira de Hipertensão - seis classes de fármacos anti- hipetensivos. Monoterapia não é suficiente - Interação medicamentosa Hipotensores Bloqueadores adrenérgicos Atenalol proponalol metoprolol metildopa Diuréticos Espironolactona Hidrocloroatizida Bloq. de canais de cálcio Anlodipino Verapamil Vasodilatadores diretos Hidralazina Nitroprusseto de sódio IECA Captopril Enalapril Antagonista de receptores de angiotesina Losartana valsartana Hipotensores Interação medicamentosa: Anti-inflamatórios IECA Diuréticos β-bloqueadores Hipotensores Interação medicamentosa: Epinefrina β-bloqueadores Epinefrina Hipotensores Manifestações orais Hiperplasia gengival Xerostomia Digitálicos Insuficiência cardíaca congestiva Digoxina Podem sofrer interações com diversos fármacos. Digitálicos Interação medicamentosa: macrolídeos - Claritromicina diminuição da microbiota --> aumento do nível sanguíneo da digoxina. Digitálicos Interação medicamentosa: AINES Diminui a depuração renal da digoxina --> Potencializando uma intoxicação por digitálicos. Digitálicos Interação medicamentosa: Epinefrina As concentrações séricas da digoxina podem ser reduzidas com administração concomitante Hipoglicemiantes Pacientes diabéticos: risco clínico DM tipo 1: insulina DM tipo 2:sulfonilureias(Clorpropamida) A importância da interação medicamentosa. Hipoglicemiantes Ação hipoglicemica(sulfonilureias) Devido a interação com alguns aines Interação medicamentosa: Hipoglicemiantes Prescrição de aines após comunicação com o médico. Interação medicamentosa: Drogas antirreabsortivas Risco clínico: osteonecrose Etiologia: pouco esclarecida Reabsorção óssea - Osteoclastos -Trauma local -Má vascularização sanguínea -Infecção Doenças periodontais Tratamento endodonticos Restaurações ou próteses Tratamento ortodonticos Cirurgia Drogas antirreabsortivas Protocolos clínicos de tratamento: Avaliações regulares e criteriosas CD ter ciência da condição fisiológica Duração da terapia com BFS Via de uso CD deve elaborar o TCLE( Termo de Consentimento Livre e Esclarecido). Antiagregante plaquetário Inibição irreversível da enzima cicloxigenase-1 (COX-1) Diminuição da secreção de grânulos densos que libera substâncias pró- agregantes e vasoativas durante a ativação plaquetária ÁCIDO ACETILSALICÍLICO Antiagregante plaquetário ÁCIDO ACETILSALICÍLICO Antiagregante plaquetário Bloqueio do receptor plaquetário do ADP e à interferência da união do fibrinogênio à glicoproteína IIb/IIIa da membrana plaquetária Clopidogrel associado ao AAS Risco relativo de sangramento CLOPIDOGREL Antiagregante plaquetário CLOPIDOGREL Na odontologia: Esses medicamentos não devem ser descontinuados antes de procedimentos dentários que causam sangramento. Contato com o médico Contra indicado uso de AINEs Anticoagulantes Prevenir a formação ou a expansão de um coágulo intravascular, arterial ou venoso. Orais (varfarina e femprocumona) ou parenterais (heparina sódica e seus derivados) Anticoagulantes A heparina tem a propriedade de ativar a antitrombina III, que tem como função inibir a trombina. HEPARINA Anticoagulantes A heparina sódica (Liquemine®) Enoxaparina sódica (Clexane®) Anticoagulantes Antagoniza a ação da vitamina K. Mais empregado atualmente. No Brasil, o medicamento original recebe o nome fantasia de Marevan®. VARFARINA VARFARINA Anticoagulantes Na odontologia: INR (Internacional Normalize Ratio), são medidas laboratoriais para avaliar a via extrínseca da coagulação. INR 2 e 4 RNI ≤ 3,5, a terapia com varfarina não precisa ser modificada ou suspensa em caso de exodontias não complicadas. Médico suspender ou substituir a varfarina pela heparina sódica, 4 a 5 dias antes do procedimento Varfarina: Interação medicamentosa: Análgesicos : AAS, Paracetamol Antiinflamatórios: AINEs (em geral) , Corticosteroides Antibióticos: Cefalosporina, eritromicina, Azitromicina, Metronidazol, Tetraciclina, Ciprofloxacino Anti-inflamatórios não esteroides agentes terapêuticos mais utilizados mundialmente, frequentemente prescritos para aliviar queixas musculoesqueléticas e utilizados, sem prescrição, no tratamento de dores menores.(RANG et al., 2003). Anti-inflamatórios não esteroides Cetorolaco (sublingual) Diclofenaco potássico Ibuprofeno Nimesulida Cetoprofeno Piroxicam Tenoxicam Meloxicam Celecoxibe Etoricoxibe contraindicado o uso de inibidores seletivos da COX-2 em pacientes que fazem uso contínuo de antiagregantes plaquetários, como a aspirina ou o clopidogrel. O uso concomitante de piroxicam, ibuprofeno (e provavelmente outros AINEs) com a varfa- rina, um anticoagulante, pode potencializar o efeito anticoagulante desta e provocar hemorragia. O uso concomitante dos AINEs com certos anti-hipertensivos pode precipitar uma elevação brusca da pressão arterial sanguínea. Precauções e contraindicações: Deve-se evitar a prescrição, a pacientes com história de infarto do miocárdio, angina ou stents nas artérias coronárias, pelo risco aumentado de trombose, especialmente em idosos. Todos os AINEs podem causar retenção de sódio e água, diminuição da taxa de filtração glomerular e aumento da pressão arterial sanguínea, particularmente em idosos. Precauções e contraindicações: Antidepressivos Usados para o tratamento de estados de depressão ou transtornos bipolares; Em doses baixas, pode fazer parte da terapia coadjuvante de certos estados de dor crônica, como os associados ao distúrbios da ATM; Antidepressivos A classe de maior interesse para aodontologia são os inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina seletivos ou não seletivos. Antidepressivos tricíclicos Antidepressivos X Anestésicos locais com vasoconstritor Vasoconstritores adrenérgicos podem ter seu efeito potencializado na anestesia de pacientes que fazem uso crônico de antidepressivos tricíclicos (via IV acidental, ou a grande número no uso de tubetes; Antidepressivos X Anestésicos locais com vasoconstritor Aumento da PA: antidepressivo tricíclico impede a recaptação de noraepinefrina na junção neuroefetora, provocando acúmulo desse mediador químico na fenda sináptica, que somada ao do vasoconstritor contido no anestésico usado pelo CD, faz aumentar seus níveis plasmáticos e provocar acrise hipertensiva; Antidepressivos X Anestésicos locais com vasoconstritor Aumento da PA: antidepressivo tricíclico impede a recaptação de noraepinefrina na junção neuroefetora, provocando acúmulo desse mediador químico na fenda sináptica, que somada ao do vasoconstritor contido no anestésico usado pelo CD, faz aumentar seus níveis plasmáticos e provocar a crise hipertensiva; Esse efeito é mais significativo quando se empregam soluções anestésicas que contêm norepinefrina e corbadrina, se comparado às soluções que contêm epinefrina. Ansiolíticos Benzodiazepínicos, comumente empregados na sedação mínima de pacientes odontológicos; Diazepam, Midazolam, Alprazolam, Lorazepam Apesar de boa margem de segurança clínica podem interagir com outros medicamentos Troca de informações com o médico 2020 Consideração final: Ao tratar pacientes com polifarmácia, os cirurgiões-dentistas têm que gastar muito tempo fazendo anamnese, estudando o plano de medicação e tarefas adicionais de coordenação. Conhecimento das interações medicamentosas Alguma dúvida? ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. 3ª.ed.Artes Médicas. 2013. NAKAMURA, Junya et al.Impact of polypharmacy on oral health status in elderly patients admitted to the recovery and rehabilitation ward. Japan Geriatrics Society, novembro 2020. PEREIRA, Karine Gonçalves et al. Polifarmácia em idosos: um estudo de base populacional. Revista Brasileira de Epidemiologia [online]. 2017, v. 20, n. 02 SECOLI, Silvia ReginaPolifarmácia: interações e reações adversas no uso de medicamentos por idosos. Revista Brasileira de Enfermagem [online]. 2010, v. 63, n. 1 Referências:
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