Prévia do material em texto
Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:17:37 Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:17:37 REALIZAÇÃO ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO ASSESSORIA TÉCNICA CHRISTINE DE FARIA ZETTEL 2019 MAURÍCIO VIOT 2018 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E ESCOLA VIRTUAL PICTORAMA DESIGN EDIÇÃO PLANO B EDUCAÇÃO Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola Nacional de Seguros. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola. E73c Escola Nacional de Seguros. Diretoria de Ensino Técnico. Capitalização / Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria de Ensino Técnico; assessoria técnica de Christine de Faria Zettel. – 19.ed. – Rio de Janeiro: ENS, 2019. 173 p. ; 28 cm Formato: E-Book. ISBN: 978-85-7052-706-6 1. Capitalização. 2. Reservas matemáticas. I. Zettel, Christine de Faria. II. Título. 0018-2210 CDU 368.027.3(072) 19ª EDIÇÃO RIO DE JANEIRO 2019 Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:17:37 A Escola Nacional de Seguros promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um mercado de seguros, previdência complementar, Capitalização e resseguro cada vez mais qualificado. Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para profissionais que atuam nessa área, a Escola Nacional de Seguros oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem sólida trajetória acadêmica. A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a competitividade é cada vez maior. Seja bem-vindo à Escola Nacional de Seguros. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:17:37 CAPITALIZAÇÃO 1. CAPITALIZAÇÃO: HISTÓRICO E REGULAMENTAÇÃO 8 EVOLUÇÃO HISTÓRICA 9 CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES 11 A CAPITALIZAÇÃO NO CONTEXTO ECONÔMICO DO PAÍS 12 PROCON, FISCALIZADORES, REGULADORES E A TRANSPARÊNCIA NA RELAÇÃO DE CONSUMO 13 ALGUNS ASPECTOS SOBRE AS SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO 13 FIXANDO CONCEITOS 1 15 2. FUNDAMENTOS TÉCNICOS BÁSICOS E NORMAS DE CONTRATAÇÃO 16 TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: VISÃO GERAL 17 Títulos de Capitalização × Poupança 17 Conceitos de Poupança Programada e Sorteios 18 Características do Título 21 Conteúdo do Título 21 Aprovação do Título 23 AS MODALIDADES DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 24 A Modalidade Tradicional 24 A Modalidade Instrumento de Garantia 26 A Modalidade Compra Programada 28 A Modalidade Popular 30 A Modalidade Incentivo 32 SUMÁRIO INTERATIVO Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:17:37 CAPITALIZAÇÃO A Modalidade Filantropia Premiável 35 FICHA DE CADASTRO 37 PROPAGANDA E MATERIAL DE COMERCIALIZAÇÃO 40 FIXANDO CONCEITOS 2 42 3. CAPITAL, RESGATE E SORTEIO 45 AS CONDIÇÕES GERAIS DO TÍTULO: O “CONTRATO” DE CAPITALIZAÇÃO 47 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ÀS CONDIÇÕES GERAIS 49 A CONTRATAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: SUBSCRITOR E TITULAR 50 TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: CEDENTE E CESSIONÁRIO 51 VIGÊNCIA DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 52 PRAZO DE CARÊNCIA DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 53 CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS: PU, PP E PM 54 A COMPOSIÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO: AS QUOTAS DE CAPITALIZAÇÃO, DE SORTEIO E DE CARREGAMENTO 55 Quotas de Capitalização 55 Quotas de Sorteio 56 Quotas de Carregamento 57 A ESTRUTURAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: O TAMANHO DA SÉRIE 58 VALOR DA CONTRIBUIÇÃO E SUA ATUALIZAÇÃO 59 INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR 60 A PROVISÃO MATEMÁTICA PARA CAPITALIZAÇÃO: A CONSTITUIÇÃO DO CAPITAL PARA RESGATE 60 A Provisão Matemática para Capitalização no Título PU 61 A Provisão Matemática para Capitalização nos Títulos PM ou PP 62 A REMUNERAÇÃO DO CAPITAL: A TAXA DE JUROS 63 A ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DA PROVISÃO MATEMÁTICA: A RECUPERAÇÃO DO PODER DE COMPRA 64 O RESGATE DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 65 Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:17:37 CAPITALIZAÇÃO Resgate Parcial 66 Resgate Total 66 Penalidade 71 A TABELA DE RESGATE 71 SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 74 A REABILITAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 75 Reabilitação sem Prorrogação de Vigência 76 Reabilitação com Prorrogação de Vigência 77 SORTEIO: O GRANDE ATRATIVO DO TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 77 Considerações Iniciais 77 Efeitos sobre um Título Sorteado 78 Tipos de Sorteio 80 Valores dos Prêmios dos Sorteios 82 Limites aos Prêmios e às Quotas de Sorteio 83 Pagamento do Prêmio do Sorteio e Comunicação ao Titular Sorteado 86 FIXANDO CONCEITOS 3 87 4. TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO COMO GARANTIA DE ALUGUEL 97 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 98 GARANTIA NOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO 98 Fiador 99 Caução em Dinheiro 99 Seguro Fiança 99 Capitalização Como Garantia de Aluguel 99 Características e Benefícios 101 MEMBROS ENVOLVIDOS NA COMERCIALIZAÇÃO DA GARANTIA COM A CAPITALIZAÇÃO 103 PERGUNTAS FREQUENTES 104 FIXANDO CONCEITOS 4 105 Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:17:37 CAPITALIZAÇÃO ESTUDOS DE CASO 107 ANEXOS 109 ANEXO 1 – EXEMPLO DE CONDIÇÕES GERAIS DE UM TÍTULO DE PAGAMENTO MENSAL (PM) – MODALIDADE TRADICIONAL 110 ANEXO 2 – NORMAS FUNDAMENTAIS DE CAPITALIZAÇÃO 117 ANEXO 3 – ÍNDICES DE ATUALIZAÇÃO 120 ANEXO 4 – CIRCULAR SUSEP 569/2018 121 ANEXO 5 – CIRCULAR SUSEP 576, DE 28 DE AGOSTO DE 2018 140 ANEXO 6 – CIRCULAR SUSEP 376, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2008 160 GABARITO 170 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 173 Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:17:37 CAPITALIZAÇÃO 8 UNIDADE 1 ■ Conceituar Capitalização e demonstrar sua evolução histórica. ■ Classificar as empresas de capitalização existentes. ■ Reconhecer que a Capitalização não integra o Sistema Nacional de Seguros Privados. ■ Destacar a legislação que normatiza o mercado de Capitalização. Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: ■ Apontar os órgãos que integram o Sistema Nacional de Capitalização e suas respectivas funções. ■ Destacar as obrigações das sociedades de capitalização. ■ Explicar como se organizam as sociedades de capitalização. EVOLUÇÃO HISTÓRICA CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES A CAPITALIZAÇÃO NO CONTEXTO ECONÔMICO DO PAÍS PROCON, FISCALIZADORES, REGULADORES E A TRANSPARÊNCIA NA RELAÇÃO DE CONSUMO ALGUNS ASPECTOS SOBRE AS SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO FIXANDO CONCEITOS 1 TÓPICOS DESTA UNIDADE CAPITALIZAÇÃO: HISTÓRICOe REGULAMENTAÇÃO01 Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:17:37 CAPITALIZAÇÃO 9 UNIDADE 1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA Antes de qualquer coisa, é preciso que você esteja atento para o conceito de Capitalização. “A Capitalização é uma combinação de economia progra- mada com aplicação única ou mensal, ou periódica, vincu- lada à participação em sorteios”. A concepção inicial de Capitalização é atribuída a Paul Viget, diretor de uma cooperativa de mineiros da França. Seu objetivo inicial foi montar um sis- tema que proporcionasse auxílio financeiro aos sócios por meio de suas próprias poupanças. O sistema era baseado em contribuições mensais e tinha como objetivo constituir um capital, previamente definido, a ser pago no fim do período combinado, ou, por meio de sorteio, de forma antecipada. Já no Brasil, a primeira Sociedade de Capitalização foi a Sulacap, fundada em 1929, mas a oficialização da autorização de funcionamento das socie- dades de Capitalização só se deu em 1932. QUADRO EVOLUTIVO França Paul Viget 1850 1929 década 1930/40 década 1950 década 1960/70 década 1980 década 1990 Brasil Sulacap. Inexistência de poupança interna Inflação pós-guerra, declínio do produto no mercado Quase eliminação do negócio. Durante este período foi instituída a correção monetária Entrada de conglomerados financeiros neste setor; o produto volta a se expandir Surgimento de produtos inovadores neste mercado Surgimento de várias empresas no segmento. Formação de poupança e investimento na construção civil Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:17:37 10 UNIDADE 1 CAPITALIZAÇÃO No Brasil, após a introdução do Plano Real, em 1994, o faturamento das empresas de Capitalização no país aumentou. Este crescimento decorreu da estabilização econômica, da queda nas taxas de juros e do crescimento da renda dos brasileiros. O valor total de “prêmios” de Capitalização (valores pagos pelos clientes, o que, tecnicamente, na Capitalização, é denominado “contribuição”) tem gerado valores na casa dos bilhões de reais anualmente. As sociedades de Capitalização têm grandes desafios a enfrentar para manter sua expressividade apesar da expansão do mercado de Capitaliza- ção nos últimos anos. Na relação de “prêmios” de Capitalização relativos a 2018, a SUSEP indica- va em sua listagem um total de 16 sociedades de Capitalização: APLICAP CAPITALIZAÇÃO S/A. APLUB CAPITALIZAÇÃO S/A. BRADESCO CAPITALIZAÇÃO S/A BRASILCAP CAPITALIZAÇÃO S/A; CAIXA CAPITALIZAÇÃO S/A; CAPEMISA CAPITALIZAÇÃO S/A; CARDIF CAPITALIZAÇÃO S/A; CIA ITAÚ DE CAPITALIZAÇÃO; ICATU CAPITALIZAÇÃO S/A. INVEST CAPITALIZAÇÃO S/A; LIDERANÇA CAPITALIZAÇÃO S/A; MAPFRE CAPITALIZAÇÃO S/A; PORTO SEGURO CAPITALIZAÇÃO S/A; SANTANDER CAPITALIZAÇÃO S/A; SULAMÉRICA CAPITALIZAÇÃO S/A – SULACAP; ZURICH BRASIL CAPITALIZAÇÃO S/A. Impor tante O termo contribuição refere- se aos valores pagos pelos clientes. Impor tante Como envolvem captação de poupança popular, as sociedades de Capitalização, assim como as sociedades seguradoras, devem obedecer às regras estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, conforme previsto no Decreto- Lei 73/1966. Isso certamente já demonstra a relevância social dessas empresas e a necessidade de controle e fiscalização por parte do Estado. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:20 11 UNIDADE 1 CAPITALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES Atualmente, as sociedades podem ser classificadas em duas categorias de acordo com o público-alvo de seus produtos: as sociedades ligadas a conglomerados financeiros e as sociedades independentes: ■ Conglomerados financeiros – essas companhias estão concentra- das diretamente nos clientes do próprio conglomerado. Em geral, pertencem a uma que é liderada por um banco. Assim, a holding Sociedade de Capitalização é uma das empresas da holding. ■ Independentes – são aquelas que, por não disporem de balcão de distribuição bancário próprio, utilizam como canal de distribuição casas lotéricas, agências de correios, corretores de seguros, lojas de departamentos e o balcão de instituições financeiras com que firmam parcerias. Em geral, essas sociedades pertencem também a uma , mas não de origem ligada a um banco.holding Comercialmente, ao longo dos anos, os títulos de Capitalização acabaram por se dividir em modalidades diversas, atendendo a focos diferentes de mercado, cada qual com características próprias. A Circular 569, publicada em maio de 2018 pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) – que dispõe sobre a operação de Capitaliza- ção, as modalidades, elaboração, operação e comercialização de títulos de Capitalização –, divide os planos de Capitalização, para efeito de comer- cialização, em seis modalidades: ■ Modalidade I – Tradicional. ■ Modalidade II – Instrumento de Garantia. ■ Modalidade III – Compra-Programada. ■ Modalidade IV – Popular. ■ Modalidade V – Incentivo. ■ Modalidade VI – Filantropia Premiável. Essa divisão é consequência da evolução mercadológica do título de Capi- talização. Você saberia dizer o porquê disso? A resposta é simples: ao longo dos anos, os títulos de Capitalização foram se especializando em função do objetivo que o consumidor buscava. Além disso, essa divisão permite um melhor controle do Estado, já que a legislação em vigor estabelece regras específicas para cada uma delas. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:20 12 UNIDADE 1 CAPITALIZAÇÃO A CAPITALIZAÇÃO NO CONTEXTO ECONÔMICO DO PAÍS A Capitalização não integra o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), isto é, o título de Capitalização não é um plano de seguro a ser comercializado por uma seguradora. A Capitalização constitui um sistema próprio: o Sistema Nacional de Capi- talização (SNC). Assim, os títulos somente podem ser comercializados por sociedades de Capitalização. Diversos artigos do Decreto-Lei n° 73/1966, que criou o SNSP, são aplicáveis à Capitalização; por isso, é muito comum haver laços entre sociedades de Capitalização e sociedades seguradoras, que são, muitas vezes, ligadas a um mesmo grupo econômico. No entanto, a fiscalização e a regulamentação da Capitalização, por força do Decreto-Lei 261, de 28/02/67, que criou o Sistema Nacional de Capitali- zação (SNC), também estão a cargo da SUSEP e do CNSP, respectivamen- te, da mesma forma que ocorre com as sociedades seguradoras. Além disso, da mesma forma que o SNSP, o SNC possui relevante papel em termos de política econômica, já que desenvolve a captação de pou- pança, sendo fundamental como alternativa para o financiamento de gran- des projetos de longo prazo, tão importantes para o desenvolvimento autossustentável de um país. Como envolvem captação de poupança popular, as sociedades de Capitali- zação, assim como as sociedades seguradoras, devem obedecer às regras estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, conforme previsto no Decreto-Lei 73/66. Isso, certamente, já demonstraria a relevância social des- sas empresas e a necessidade de controle e fiscalização por parte do Estado. Você pode estar se perguntando: as sociedades de Capitalização são ins- tituições financeiras? A resposta é não. Apesar de muitas vezes o título de Capitalização ser comercializado dentro de agências bancárias,as sociedades de Capitali- zação não são consideradas instituições financeiras e, por isso, não sofrem fiscalização do Banco Central (BACEN) . Entretanto, o Conselho Monetário Nacional (CMN), por meio de suas resoluções, publica normas para aplica- ção das reservas técnicas das sociedades de Capitalização. O mercado de Capitalização no Brasil está submetido à fiscalização da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), por força do Decreto-Lei nº 261/1967. Essa autarquia está vinculada ao Ministério da Fazenda, e se encontra, também, submetido à política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). Obser vação Quando um Título de Capitalização é vendido em uma agência bancária do Banco XYZ (imaginário), o título não é um produto do banco, mas, sim, de uma Sociedade de Capitalização da mesma que o holding banco (provavelmente da empresa XYZ Capitalização S/A) ou parceira deste banco. Veja na listagem de Sociedades de Capitalização que muitos nomes nos remetem aos bancos, mas são empresas distinta. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:20 13 UNIDADE 1 CAPITALIZAÇÃO PROCON, FISCALIZADORES, REGULADORES E A TRANSPARÊNCIA NA RELAÇÃO DE CONSUMO O produto Capitalização tem mais de 80 anos e, à medida que os órgãos fiscalizadores e de proteção aos consumidores criam novas legislações e regulamentos, o modelo de Capitalização vai se adequando a essas novas realidades de mercado. A atuação desses órgãos é de suma importância para garantir transpa- rência e, consequentemente, credibilidade e continuidade do produto no mercado durante todos estes anos. E como as empresas de Capitalização se adaptaram a esse novo mercado? Investindo em iniciativas como criação de novas formas de publicidade, maior transparência nos sorteios (com participação do público), notificação dos con- templados e atendimento ao consumidor de Capitalização, entre outros. ALGUNS ASPECTOS SOBRE AS SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO Sociedades de Capitalização são entidades organizadas sob a forma de sociedade anônima, com a finalidade de constituir capitais perfeitamente determinados em cada plano, pagáveis, em moeda corrente nacional, aos titulares do direito de resgate e do direito aos prêmios de sorteio de seus títulos, segundo cláusulas e regras aprovadas pelo Governo Federal, mais especificamente pela SUSEP. Como vimos, embora o sistema de Capitalização não integre o Sistema Nacional de Seguros Privados, evolui paralelamente a ele. As Sociedades de Capitalização desempenham funções análogas às enti- dades representativas do setor de seguros (sociedades seguradoras). É vedada a constituição de sociedades de Capitalização que sejam con- troladas, direta ou indiretamente, por pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo poder público, conforme o art. 13 da Resolução CNSP n° 15/1991. Impor tante Deve-se observar a necessidade de autorização, atualmente processada pela SUSEP, para que uma empresa possa iniciar sua operação no mercado de Títulos de Capitalização. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:20 14 UNIDADE 1 CAPITALIZAÇÃO Essas sociedades estão sujeitas a diversas disposições idênticas às esta- belecidas para as sociedades seguradoras no Decreto-Lei nº 73/1966, de acordo com o previsto no art. 4º do Decreto-Lei nº 261/1967. A Sociedade de Capitalização deve constituir, obrigatoriamente, provi- sões matemáticas para garantia dos títulos em vigor (Provisão Matemática para Capitalização) e a Provisão para Sorteios a Realizar, específica para essa finalidade. A Sociedade de Capitalização deve constituir, ainda, provisões técnicas para obrigações a liquidar, como: ■ Provisão para Sorteios a Pagar. ■ Provisão para Resgate. ■ Outras Provisões Técnicas. Há algumas provisões que somente serão constituídas caso sejam neces- sárias, como a Provisão para Despesas Administrativas, constituída para cobrir os valores esperados para despesas administrativas dos planos, e Provisões para Distribuição de Bônus a serem constituídas para abranger os valores definidos para pagamentos de bônus. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:20 15 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO FIXANDO CONCEITOS 1 Marque a alternativa correta 1. Atualmente, há uma divisão no mercado de Capitalização entre socie- dades ligadas a conglomerados financeiros e sociedades independentes. Assinale a opção que apresenta uma característica típica das sociedades ligadas a conglomerados financeiros: (a) Não dispõem de público-alvo para seus títulos. (b) Utilizam como canal principal de distribuição as casas lotéricas. (c) Utilizam como canal principal de distribuição as lojas de departamen- tos e/ou balcão de instituições financeiras com que firmam parcerias. (d) O público-alvo é formado diretamente pelos clientes do próprio con- glomerado. (e) Emitem títulos em que somente existe o direito de sorteio. 2. Pode-se afirmar que a Capitalização, no Brasil, possui relevante papel em termos de política econômica, uma vez que ela: (a) Estimula a formação de poupança interna. (b) Estabiliza a taxa de inflação. (c) Permite que uma pessoa ganhe prêmios elevados em dinheiro. (d) Aumenta significativamente o fluxo de investimentos estrangeiros. (e) Não colabora para o desenvolvimento autossustentável de nosso país. 3. Assinale as modalidades de Capitalização comercializadas no mercado atualmente: (a) Tradicional, Compra Financiada e Popular. (b) Tradicional, Compra Financiada, Popular e Incentivo. (c) Tradicional, Compra Programada e Incentivo. (d) Tradicional, Compra Programada, Popular e Compra Financiada. (e) Tradicional, Compra Programada, Popular, Incentivo, Instrumento de Garantia e Filantropia Premiável. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:20 CAPITALIZAÇÃO 16 UNIDADE 2 02 ■ Examinar as diferenças entre os dois tipos de investimento: capitalização e caderneta de poupança. ■ Analisar a complementaridade dos componentes poupança e sorteio. ■ Demonstrar a caracterização técnica dos títulos de capitalização. ■ Detalhar as características do título de capitalização e as formas de aquisição. Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: ■ Conhecer e comparar as modalidades de títulos de capitalização, demonstrando suas características e peculiaridades. ■ Destacar os cuidados e obrigações relativos a ficha de cadastros contratos e material de propaganda e comercialização. TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: VISÃO GERAL AS MODALIDADES DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO FICHA DE CADASTRO PROPAGANDA E MATERIAL DE COMERCIALIZAÇÃO FIXANDO CONCEITOS 2 TÓPICOS DESTA UNIDADE FUNDAMENTOS TÉCNICOS BÁSICOS e NORMAS DE CONTRATAÇÃO Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:20 CAPITALIZAÇÃO 17 UNIDADE 2 TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: VISÃO GERAL — Títulos de Capitalização × Poupança Apesar de serem dois produtos bem distintos, existe uma confusão con- ceitual entre título de Capitalização e caderneta de poupança. Observe o Quadro comparativo abaixo e confira: C A P I TA L I Z A ÇÃ O P O U PA N Ç AAspecto Lúdico Há sorteio de produtos Não há Prazo de Resgate Pode haver prazo mínimo e há um prazo para a “efetivação do investimento” Não exige carência para o resgate e o prazo de investimento é indetermi- nado Provisões técnicas Obrigado a constituir provisões técnicas por título subscrito Não há Quotas do valor pago Destinadas quotas para a formação do montante capitalizado, quotas de sorteio e quotas de carregamento para cobrir despesas administrativas Todo valor depositado é revertido integralmente para a conta do titular Participação nos lucros Podem distribuir parte de seus lucros aos subscritores dos títulos Não há Taxa de juros efetiva real para remuneração Deverá corresponder a, no mínimo, 0,35%. Para as modalidades Popular, Incentivo e Filantropia Premiável, deverá corresponder a, no mínimo, 0,16%. Em ambos os casos, a taxa deverá constar da Nota Técnica Atuarial e das Condições Gerais do título de Capitalização Corresponde a 0,5% do capital investido ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a 8,5%; ou 70% da meta da taxa Selic, enquanto esta for igual ou inferior a 8,5%. Ou seja, as taxas não necessariamente serão iguais Garantia oficial Não contam com qualquer garantia oficial em caso de irregularidades na gestão financeira por parte da Sociedade de Capitalização Assegurados pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com garantia de até R$ 250.000,00 (obtido em https://www.fgc.org.br/ ) Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:20 18 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO O Fundo Garantidor de Crédito é uma entidade sem fins lucrativos, destinada a adminis- trar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras, autori- zado em 1995, com a Resolução 2.197 do Conselho Monetário Nacional – CMN. — Conceitos de Poupança Programada e Sorteios Como vimos, o Título de Capitalização busca aliar um mecanismo de pou- pança programada (a Capitalização em si) com a participação em sorteios. Os títulos que apresentam maior receptividade no mercado brasileiro são aqueles de baixo valor unitário, cujo principal objetivo é justamente o sorteio, componente lúdico bastante apreciado pelo consumidor. É importante que você perceba que o termo “título de Capitalização” possui duplo significado: ■ Capitalização como objeto do processo administrativo aberto pela sociedade, que aparece na frase “A SUSEP aprovou o título ‘Cem Milhões’ da sociedade de Capitalização XYZ”. Significa que as condições gerais e a nota técnica foram aprovadas pela SUSEP, e, assim, a sociedade de Capitalização poderá comercializar diversos contratos com aquelas mesmas condições gerais aprovadas; e ■ “Título de Capitalização” como individualização do contrato firma- do entre consumidor e sociedade de Capitalização. Por exemplo, na frase “Eu comprei um título da sociedade de Capitalização XYZ”. Assim, a aprovação dada pela SUSEP em um processo administrativo (apro- vação do “título”, do plano, do produto) autoriza a sociedade a comercia- lizar diversos contratos (“títulos”) de Capitalização, sendo que estes deve- rão reproduzir as condições gerais aprovadas no processo administrativo. Há quem denomine o objeto do processo administrativo de “plano de Capitalização” para diferenciá-lo dos títulos (contratos efetivamente comercializados). A SUSEP prefere a nomenclatura “título de Capitalização” para acentuar a sua diferença em relação ao “plano de seguro”. Porém, no parágrafo único do art. 1º do Decreto-Lei nº 261/1967, já há menção tanto ao termo “título” (o que a sociedade vende ao público) quanto a “plano” (o que a sociedade aprova por intermédio da SUSEP). Assim, utilizaremos o termo “plano de Capitalização” para significar o produto que foi aprovado pela SUSEP num determinado processo. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:20 19 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO Em regra, o título de Capitalização, entendido como um contrato, existe fisicamente, é impresso e possui um número (“número do título”) que o identifica. Deve trazer, também, as condições gerais que foram aprova- das pela SUSEP. Atualmente, em função da parte que é mais valorizada do título (se o resgate ou se o sorteio) e de sua finalidade, os títulos serão enquadrados em uma das seis modalidades existentes, sendo voltados, assim, para nichos de mercados diferentes e, evidentemente, com características bem distintas. No mercado atual, os títulos em comercialização, independentemente da modalidade, apresentam dois componentes: “poupança programa- da” e “sorteios”. Siga em frente e conheça as características de cada um desses componentes. Poupança Programada A poupança programada faz-se por meio da aplicação de parte das con- tribuições realizadas pelo consumidor, por um período estipulado, a uma determinada taxa de juros. Ao montante presente nessa “poupança programada” dá-se o nome de capital ou reserva de Capitalização, ou, ainda mais tecnicamente, de Provi- são Matemática para Capitalização (PMC). Ao final de cada mês, os juros decorrentes da remuneração do capital são adicionados ao próprio capital, passando a fazer parte dessa provisão matemática para efeito de cálculo dos juros do próximo período. Além disso, na poupança programada, o capital vai sendo mensalmente atualizado por um índice predefinido, geralmente a Taxa Referencial (TR). A atualização monetária tem como objetivo a manutenção do poder de compra do capital, evitando que ele se deteriore pelos efeitos danosos da inflação. Art. 1º do Decreto-Lei 261/1967: “Art. 1º. Todas as operações das sociedades de Capitalização ficam subordinadas às disposições do presente Decreto-Lei. Parágrafo único. Consideram-se sociedades de Capitalização as que tiverem por ob- jetivo fornecer ao público, de acordo com planos aprovados pelo Governo Federal, a constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano, e pago em moeda corrente em um prazo máximo indicado no mesmo plano, à pessoa que possuir um título segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no próprio título.” Impor tante Capital, Reserva de Capitalização ou Provisão Matemática para Capitalização – todos esses termos são utilizados para se referir ao montante presente na poupança programada. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:20 20 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO As Condições Gerais deverão, nos casos em que a TR for utilizada como índice de atualização da provisão matemática para Capitalização, conter a seguinte mensagem e em destaque: “O capital formado neste título será atualizado pela Taxa Referencial (TR), conforme definido na Lei n 8.177, de 1 de março de 1991”. O saldo desta espécie de conta programada do consumidor (Provisão Matemática para Capitalização – PMC) será utilizado como base para o valor a que o consumidor terá direito no momento do resgate (valor de resgate). Mas atenção! Não se deve confundir título de Capitalização com caderneta de poupança. Mesmo quando utilizamos o termo “poupança” relacionado à Capitalização, o fazemos apenas para ilustrar que a evolução do capital presente na Provisão Matemática para Capitalização é muito semelhante à de uma caderneta de poupança. Na Capitalização, o acompanhamento desse capital é feito, porém, por uma Sociedade de Capitalização. É interessante observar que a formação de capital sempre esteve presente na concepção de um título de Capitalização: as sociedades de Capitaliza-ção emitiam certificados em favor dos respectivos compradores, que nada mais eram do que os próprios títulos de Capitalização. Os subscritores dos títulos efetuavam pagamentos à sociedade, durante um certo tempo correspondentes ao valor dos títulos, e formavam, assim, um capital que, acrescido dos juros acumulados, era resgatado pelos titulares em prazo previamente fixado no título. Sor teios Originalmente, os sorteios eram um componente secundário, uma espécie de atrativo adicional e acessório, uma mera antecipação do recebimento do valor que seria formado ao final do prazo estipulado no plano, muito similar a um consórcio. Atualmente, o valor do sorteio é caracterizado por um múltiplo do paga- mento único ou do pagamento mensal, ou periódico do título, não mais se vinculando ao valor de resgate final do título, podendo, inclusive, alcançar somas bastante expressivas, enquanto a PMC pode originar um valor de resgate bem menos atraente. Tais sorteios contemplam apenas alguns dos consumidores com valores de prêmios que devem ser previamente definidos nos títulos, sendo, por- tanto, do conhecimento de todos os participantes. É vedada a vinculação do pagamento de sorteio à aquisição de qualquer bem e/ou serviço. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:51 21 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO — Características do Título A definição formal diz que “Título de Capitalização é um título financeiro do tipo mobiliário e nominativo, adquirido pelo comprador diretamente de uma sociedade de Capitalização ou por meio de um corretor”. Seu objetivo é a formação de capital por meio de uma aplicação prefixada por um período determinado e a uma taxa de juros previamente conhecida. Mais adiante você estudará, no tópico referente à remuneração do capital, que é possível que as sociedades de Capitalização estruturem seus títulos com taxas de juros diferenciadas ao longo de sua vigência, desde que respeitados os limites mínimos fixados pela Circular SUSEP nº 576/2018. Além de um papel do mercado mobiliário, o título de Capitalização é também um papel nominativo, porque possui um proprietário identificado que poderá transferir seu direito de propriedade a outra pessoa. Os títulos de Capitalização resultam de uma associação de dois componentes distintos e complementares, que são: ■ Poupança programada, constituída pela Capitalização ( juros com- postos) de uma parte do que foi pago pelo título; e, ■ Sorteios, cabendo a este aspecto lúdico antecipar ou ultrapassar os valores desejados com uma poupança programada. — Conteúdo do Título O título de Capitalização também pode ser entendido como um contra- to entre a Sociedade de Capitalização e o adquirente, sendo composto por um conjunto de cláusulas que dão uma forma própria ao título. Estas cláusulas são denominadas condições gerais do título e estabelecem as regras relativas à formação do capital (reserva matemática), como também as regras para os sorteios. As condições gerais, por possuírem uma natureza contratual, devem observar o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), sendo que essas condições, por disposição legal, deverão ser disponibilizadas ao subscritor, assim como todas as demais informações acessórias ao produ- to previamente à aquisição do título ou ao preenchimento da ficha de cadastro, quando existente. Excepcionalmente, para a modalidade popular custeada por pagamento único, as Condições Gerais do Título de Capitali- zação deverão estar à disposição do subscritor na aquisição do título. Buscando-se uma analogia com o seguro, as condições gerais do título corresponderiam às condições contratuais do primeiro, e o título de Capi- talização corresponderia à própria apólice de seguros. Saiba mais Confira o conteúdo da Circular SUSEP nº 576/2018 no Anexo 5. Impor tante São as condições gerais que individualizam uma série de títulos, havendo, assim, diversos produtos em razão de existirem condições gerais diferentes. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:51 22 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO De qualquer forma, o título de Capitalização, juntamente com suas condi- ções gerais, deverá ser entregue ao(s) titular(es) ou ao subscritor em, no máximo, 15 (quinze) dias após a respectiva data de aquisição. A entrega do título de Capitalização deve compreender a possi- bilidade de obtenção de sua versão impressa na cidade de domi- cílio do e do(s) , sendo vedada a cobransubscritor titular(es) - ça de quaisquer valores do subscritor e do(s) titular(es). Essa entrega pode ser feita fisicamente ou por meio eletrônico, ou ainda, a Sociedade de Capitalização poderá informar o sítio na internet por meio do qual se tenha acesso às Condições Gerais. É obrigação do subscritor e do(s) titular(es) comunicar à Sociedade de Capitalização: I – Seus dados cadastrais atualizados, para efeito de registro e controle. II – A realização de cessão, informando os dados cadastrais do novo subscritor ou do(s) novo(s) titular(es), respectivamente. A Sociedade de Capitalização deverá manter registro atualizado contendo as informações sobre o título e os dados cadastrais do subscritor e do(s) titular(es), de modo a garantir perfeita vinculação do título de Capitalização entre estes e a Sociedade de Capitalização, observados também os requi- sitos da legislação específica. A Nota Técnica Atuarial consiste na descrição do título por meio de bases técnicas, hipóteses e formulações atuariais. Nela, encontram-se as demonstrações dos cálculos dos parâmetros técnicos de um título de Capi- talização, traduzidos em enunciados e fórmulas matemáticas que o plano tem que satisfazer. Além disso, a nota técnica traz também a formulação matemática das pro- visões que serão constituídas no plano de Capitalização. Ela deve ser assi- nada por um atuário com seu número de identificação profissional perante o órgão competente. Por não possuir natureza contratual e por não acrescentar novos elementos sobre os direitos ou as obrigações do consumidor, a nota técnica do plano não necessita ser de conhecimento do adquirente do título de Capitalização. Subscritor É a pessoa que adquire o título de Capitalização, assumindo o compromisso de efetuar o pagamento de suas contribuições na forma convencionada nas condições gerais. Titular É o próprio subscritor ou outra pessoa expressamente indicada por ele, que detém os direitos decorrentes do título de Capitalização. Impor tante É possível afirmar que um Título de Capitalização é formado tecnicamente pela união das Condições Gerais do título e da Nota Técnica Atuarial. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:51 23 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO — Aprovação do Título Como já falamos, para que uma Sociedade de Capitalização possa comer- cializar um título é necessário que ela obtenha, previamente, uma aprova- ção específica, fornecida pela SUSEP. O processo ocorre da seguinte maneira: a sociedade de Capitalização deverá encaminhar à SUSEP, para análise, as condições gerais e a Nota Técnica Atuarial dos títulos de Capitalização a serem por ela comercializa- dos e, caso estejam em conformidade com os normativos em vigor, deve ocorrer a aprovação. As condições gerais e a Nota Técnica Atuarial devem ser encaminhadas por meio do Registro Eletrônico de Produtos, contemplando, no mínimo: ■ A razão social da sociedade. ■ CNPJ. ■ A respectiva modalidade à qual pertence o título. ■ A assinatura dedois diretores da sociedade. ■ A assinatura do atuário responsável pela elaboração da Nota Técnica Atuarial, com número de identificação profissional perante o órgão competente. Obser vação A nota técnica e as Condições Gerais não precisam ser estáticas. Podem sofrer ajustes ou alterações, desde que as mudanças em seus dispositivos sejam aprovadas pela SUSEP pre- viamente à sua implementação. Porém, após a comercialização do título, qualquer alteração implementada nas condições gerais ou na Nota Técnica Atuarial deverá ser previamente encaminhada à SUSEP mediante abertura de novo processo administrativo e, consequen- temente, geração de um novo número. A critério da Sociedade de Capitalização, pode-se solicitar o arquivamento do processo original. Excepcionalmente, a SUSEP não exige a abertura de um novo processo administrativo se as alterações forem decorrentes de mudanças nas normas determinadas pela própria SU- SEP ou pelo CNSP, isto é, se forem mudanças apenas para se adaptar a normativos novos que expressamente autorizem a manutenção do número de processo já existente. A aprovação ocorre por meio do processo para aprovação de título de Capitalização. Para cada plano, existe um número de processo administra- tivo, fornecido pela SUSEP, quando do recebimento do pedido de aprova- ção. É obrigatória a inclusão do número do processo SUSEP nas condições gerais, no Título de Capitalização, na ficha de cadastro ou em qualquer vei- culação de caráter publicitário, de forma a permitir a imediata identificação do produto pelo destinatário. Saiba mais Após a aprovação pela SUSEP, as Condições Gerais são disponibilizadas para consulta, no site da SUSEP, por meio do número do processo administrativo. Link: http://www.susep.gov. br/menu/informacoes-ao- publico/planos-e-produtos/. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:51 24 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO A única exceção é quando se tratar de propaganda institucional. Nesse caso, não será necessário mencionar os números dos processos cadastra- dos na SUSEP. Tanto as Condições Gerais quanto a nota técnica precisam ser previamen- te aprovadas pela SUSEP para que os títulos referentes àquele processo administrativo possam ser comercializados. AS MODALIDADES DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO — A Modalidade Tradicional A modalidade Tradicional nada mais é do que título de Capitalização que tem por objetivo restituir ao titular, ao final do prazo de vigência, no mínimo, o valor total das contribuições efetuadas pelo subscritor, desde que todas as contribuições previstas tenham sido realizadas nas datas programadas, sendo vedada qualquer vinculação da Provisão Matemática para Capitali- zação à aquisição de bem e/ou serviço (Anexo 1, art. 11, “Obs.” e Tabela 1). A modalidade Tradicional valoriza o valor final a ser resgatado pelo titular, uma vez que sua definição parte justamente de que esse valor, ao final da vigência, seja, pelo menos, igual ao valor que foi pago pelo subscritor. Para efeito desta comparação, no valor ao final da vigência não devem ser computadas a atualização monetária da Provisão Matemática para Capita- lização nem tampouco eventual provisão para distribuição de bônus. É importante que você observe que a Tabela de Resgate apresenta o valor a ser resgatado, ao final de cada mês de vigência, como um percentual dos valores já pagos pelo subscritor e justamente sem considerar a incidência de atualização monetária. Assim, para os casos em que o título não prevê bônus, afirmar que o título ao final da vigência irá restituir valor igual ou superior ao montante pago pelo subscritor é o mesmo que afirmar que a última linha da tabela de resgate (referente ao último mês de vigência) deve apresentar percentual igual ou superior a 100% (Anexo 1, art. 11, Tabela 1). É vedado aos títulos da modalidade Tradicional vincular a Provisão Mate- mática para Capitalização à aquisição de bem ou serviço e indicação previamente impressa do cessionário em eventual cessão de direitos. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:51 25 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO Também é vedada a Sociedade de Capitalização comercializar uma série exclusivamente para um mesmo subscritor. Um ponto importante ao qual você deve estar atento é que a obrigação de que os títulos da modalidade Tradicional restituam, no mínimo, o valor que foi pago somente existe para o final da vigência. Assim, para resgates antecipados (resgates que ocorrem antes do final da vigência), não é obri- gatório que o titular receba o valor que foi pago até aquele momento. O resgate antecipado do título somente poderá ser efetuado depois de decorridos 30 (trinta) dias da data da sua aquisição. Por esta razão, a legis- lação, para maior clareza ao consumidor, exige que a ficha de cadastro contenha, em destaque, a mensagem abaixo: “Este título poderá restituir valor inferior ao total dos paga- mentos efetuados, caso o resgate seja realizado antes do término do prazo de vigência. A contratação desse título é apropriada, principalmente, na hipótese de o subscritor planejar realizar todos os pagamentos e permanecer até o final da vigência.” A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título deverá corresponder a, no mínimo, 0,35% e deverá constar da Nota Técni- ca Atuarial e das Condições Gerais do Título de Capitalização. O título da modalidade Tradicional poderá ser estruturado na forma de pagamento único (PU), pagamento periódico (PP) ou pagamento mensal (PM) e deverá ter prazo de vigência igual ou superior a 12 (doze) meses. RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE TRADICIONAL SALDO DA PMC AO FINAL DA VIGÊNCIA No mínimo, 100% do valor pago pelo subscritor (sem considerar atualização monetária e bônus) UTILIZAÇÃO DO SALDO DA PMC Proibida qualquer vinculação à aquisição de bem ou serviço CESSÃO DE DIREITO Vedada indicação previamente impressa do cessionário em eventual cessão de direitos PREVISÃO DE BÔNUS Permitida, devendo este ser constituído de forma independente da Provisão Matemática para Capitalização FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à aquisição do título TIPOS DE TÍTULO PU, PP ou PM Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:51 26 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO RESGATE ANTECIPADO Após 30 (trinta) dias da data da aquisição TAXA DE JUROS EFETIVA REAL MENSAL No mínimo, igual a 0,35% a.m. PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 12 (doze) meses — A Modalidade Instrumento de Garantia O Título de Capitalização incluído na modalidade Instrumento de Garantia, tem por objetivo propiciar que a provisão matemática para Capitalização do Título de Capitalização seja utilizada para assegurar o cumprimento de obrigação assumida em contrato principal pelo titular perante terceiro. A vinculação do Título de Capitalização à obrigação garantida somente se caracteriza se o contrato principal dispuser expressamente a possibilidade de utilização desta modalidade de garantia ou outra enquadrada como caução. A ficha de cadastro deverá conter, em destaque, a seguinte mensagem: “Este título deverá ser utilizado exclusivamente para assegurar o cumprimento de obrigação assumida em contrato principal pelo titular perante terceiro”. Ao final do prazo de vigência, a provisão matemática para resgate deverá corresponder, no mínimo, a 95% (noventa e cinco por cento) do valor total dos pagamentos efetuados pelo subscritor, desde que todos ospagamen- tos tenham sido realizados nas datas programadas. Para efeito desta comparação, no valor ao final da vigência, não devem ser computadas a atualização monetária da provisão matemática para resgate nem tampouco a provisão para distribuição de bônus. Ainda sobre a provisão matemática para Capitalização, é importante lem- brar que ela não pode estar vinculada à aquisição de bem e/ou serviço, mas deverá ser utilizada como instrumento de garantia, isto é, a PMC pode ser utilizada, por exemplo, como garantia do pagamento de aluguel. É vedada a indicação previamente impressa do cessionário em eventual cessão de direitos. É facultada a previsão de bônus ao titular, devendo este ser constituído de forma independente da provisão matemática para Capitalização. A cessão realizada pelo titular só será aperfeiçoada quando ocorrer a que- bra de contrato principal, momento em que o cessionário poderá resgatar o título, respeitadas as condições gerais. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:51 27 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO Se ocorrer a extinção antecipada do contrato principal que dispõe sobre a obrigação garantida, o titular poderá: I. Utilizar o título para garantir outro contrato. II. Solicitar o resgate antecipado, sem aplicação de qualquer pena- lidade. III. Aguardar o término da vigência do título e realizar o resgate final. Os títulos de Capitalização da modalidade Instrumento de Garantia deverão ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 6 (seis) meses. Durante a vigência do contrato principal que dispõe sobre a obrigação garantida, o resgate pelo titular somente poderá ocorrer com a anuência do terceiro garantido. A ficha de cadastro deve conter nome, CPF ou CNPJ do terceiro, a que se destina a garantia e a descrição da garantia assumida no contrato principal. A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título deverá corresponder a, no mínimo, 0,35% e deverá constar da nota técnica atuarial e das condições gerais do título de Capitalização. O título da modalidade instrumento de garantia poderá ser estruturado na forma de pagamentos periódicos (PP), pagamentos mensais (PM) ou de pagamento único (PU). RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE INSTRUMENTO DE GARANTIA SALDO DA PMC AO FINAL DA VIGÊNCIA No mínimo, a 95% (noventa e cinco por cento) do valor pago pelo subscritor (sem considerar atualização monetária e bônus) UTILIZAÇÃO DO SALDO DA PMC Assegurar o cumprimento de obrigação assumida em contrato principal pelo titular perante terceiro. Proibida qualquer vinculação à aquisição de bem ou serviço. Deve ser instrumento de garantia, podendo ser utilizada, por exemplo, como garantia do pagamento de aluguel CESSÃO DE DIREITO Vedada indicação previamente impressa do cessionário em eventual cessão de direitos PREVISÃO DE BÔNUS Permitida. Devendo este ser constituído de forma independente da Provisão Matemática para Capitalização FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à aquisição do título. Deve conter o nome, CPF ou CNPJ do terceiro, a que se destina a garantia e a descrição da garantia assumida no contrato principal Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:51 28 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO TIPOS DE TÍTULO PU, PP ou PM RESGATE ANTECIPADO Somente poderá ocorrer com a anuência do terceiro garantido TAXA DE JUROS EFETIVA REAL MENSAL No mínimo, igual a 0,35% a.m. PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 6 (seis) meses — A Modalidade Compra Programada É a modalidade em que a Sociedade de Capitalização garante ao titular, ao final da vigência, o recebimento do valor de resgate em moeda corrente nacional, sendo disponibilizada ao titular a faculdade de optar, sem qual- quer outro custo, pelo recebimento do bem e/ou serviço referenciado no título, subsidiado por acordos comerciais celebrados com indústrias, ataca- distas, empresas comerciais ou prestadores de serviços. Para efeito do cálculo do valor final que é garantido ao titular, como na modalidade Tradicional, também não se devem considerar a atualização monetária e a eventual parcela de provisão para distribuição de bônus. O título, ao final da vigência, garante ao titular, no mínimo, o recebimento integral do valor pago pelo subscritor, desde que todas as contribuições tenham sido realizadas nas datas programadas, sem considerar, ainda, a atualização monetária. Exige-se que a ficha de cadastro contenha, em des- taque, a seguinte mensagem: “Este título de Capitalização poderá restituir valor inferior ao total dos pagamentos efetuados, caso o resgate seja reali- zado antes do término do prazo de vigência.” Nesse caso, a diferença para a modalidade Tradicional é que nela é proibi- da a vinculação do saldo da PMC a um bem ou serviço; já na modalidade Compra Programada, há essa vinculação. Entretanto, o titular não é obri- gado a escolher o bem ou serviço que foi inicialmente pactuado, podendo optar pelo recebimento em dinheiro do valor de resgate ou, sem qualquer custo adicional, pelo bem ou serviço acordado. Outro fato a ser notado nessa modalidade é que, se pensarmos em um títu- lo em que o prazo de vigência é muito amplo, é fundamental que a atualiza- ção monetária da Provisão Matemática para Capitalização (PMC) expresse os aumentos de preço que o bem ou serviço apresentem ao longo dos meses, evitando uma diferença expressiva entre o saldo da PMC e o pre- ço do bem. Este fato poderia onerar muito a Sociedade de Capitalização, eventualmente comprometendo a sua solvência, uma vez que ela tem a obrigação de garantir a entrega do bem, caso seja esta a escolha do titular. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:51 29 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO A legislação determina que a atualização monetária da PMC seja feita, em regra, por índice de preços e em conformidade com a legislação em vigor. Excepcionalmente, a utilização de outro índice poderá ser previamente apro- vada pela SUSEP, caso a Sociedade de Capitalização comprove a existência de contrato firmado com fornecedores, garantindo que a atualização dos preços dos bens ou serviços ocorrerá pelo índice a ser utilizado no plano. As condições relativas de um bem ou serviço referenciado deverão ser informadas ao subscritor em material apartado das condições gerais, não sendo necessário o envio desse material para a SUSEP. Com a existência de um bem ou serviço, você pode estar se perguntando se a modalidade Compra Programada se assemelha a um consórcio. A resposta é não! Eles são muito diferentes! Como exemplo, devemos lembrar que, na Capitalização, o prêmio de sor- teio não precisa guardar qualquer relação com o valor de resgate, isto é, o título poderá ser sorteado, continuar em vigor, sendo que o prêmio de sorteio poderá representar ou não o bem que se pretende adquirir. Mesmo que o prêmio represente o bem, caso continue em vigor, o título continuará participando de sorteios e terá direito, ainda, ao saldo da PMC no momento do resgate. É possível, também, que o título, uma vez sorteado, seja cancelado (liquida- ção antecipada por sorteio), não sendo devido mais qualquer pagamento pelo subscritor. Isso não ocorre com um consumidor contemplado em um sorteio de um consórcio que deve continuar normalmente a realizar os pagamentos. Além disso, as sociedades de Capitalização são fiscalizadas pela SUSEP, enquanto as de consórcio são fiscalizadas pelo Banco Central. Exatamente por haver a obrigação dea sociedade permitir ao titular a facul- dade de optar por um bem ou serviço, a legislação estabelece que somente poderá haver liquidação antecipada por sorteio se este representar uma for- ma de o titular adquirir o bem ou serviço referenciado no título, sendo que, neste caso, o resgate deverá corresponder a 100% do saldo da PMC (não pode haver penalidade). Não faria sentido cancelar o título sem que o titular conseguisse alcançar o objetivo fixado quando da sua aquisição. Os Títulos de Capitalização da modalidade Compra Programada deverão ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 6 (seis) meses. O resgate do título somente poderá ser efetuado depois de decorridos 30 (trinta) dias da data de sua aquisição. A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título deverá corresponder a, no mínimo, 0,35% e deverá constar da nota técnica atuarial e das condições gerais do título de Capitalização. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:18:51 30 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE COMPRA PROGRAMADA SALDO DA PMC AO FINAL DA VIGÊNCIA No mínimo, 100% do valor pago pelo subscritor (sem considerar atualização monetária e bônus) UTILIZAÇÃO DO SALDO DA PMC Vinculada à aquisição de bem ou serviço, mas sendo dada ao titular a opção pelo recebimento em dinheiro do saldo da PMC. Vedada a utilização como instrumento de garantia PREVISÃO DE BÔNUS Permitida. Devendo este ser constituído de forma independente da provisão matemática para Capitalização FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à compra do título TIPOS DE TÍTULO PP ou PM (não pode ser PU) RESGATE ANTECIPADO Após 30 (trinta) dias da data da aquisição CUSTO COM SORTEIO No máximo, 15% dos valores pagos pelo subscritor LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA POR SORTEIO Possível, desde que possibilite ao titular a aquisição de bem ou serviço acordado TAXA DE JUROS EFETIVA REAL MENSAL No mínimo, igual a 0,35% a.m. PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 6 (seis) meses ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO DA PMC Em regra, por índice de preço. Excepcionalmente, pode ser aprovado outro índice — A Modalidade Popular A modalidade Popular é o título que propicia a Capitalização da contribui- ção e a participação do titular em sorteios, sem que haja devolução integral dos valores pagos. É clara, nessa modalidade, a importância dos sorteios, permitindo-se, inclu- sive, que o título, no final da vigência, não devolva ao titular tudo o que foi pago pelo subscritor. As condições gerais deverão conter, em destaque, a seguinte mensagem: Este título restituirá, ao final de sua vigência, valor infe- rior ao total dos pagamentos efetuados. A contratação desse título é apropriada principalmente na hipótese de o consumidor estar interessado em capitalizar parte da contribuição e participar dos sorteios. Consulte a tabela de resgate para observar a evolução do percentual de resgate, de acordo com os meses de vigência do título. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:13 31 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO Excepcionalmente para a modalidade popular custeada por pagamento único, o subscritor terá 15 (quinze) dias, após a aquisição, para preenchi- mento da ficha de cadastro. Neste caso, a Sociedade de Capitalização deve informar ao subscritor a necessidade, a forma e o meio disponibiliza- do para preenchimento da ficha de cadastro, no título de Capitalização e em seu sítio eletrônico. A Sociedade de Capitalização deve envidar esforços para que todos os cadastros sejam preenchidos e, quando solicitado, demonstrar à SUSEP seus procedimentos para disponibilizar ao subscritor meios para preenchi- mento da ficha de cadastro As condições gerais do título de Capitalização deverão estar à disposição do subscritor previamente ao preenchimento da ficha de cadastro, exce- to para a modalidade Popular custeada por pagamento único, na qual as condições gerais do título de Capitalização deverão estar à disposição do subscritor na aquisição do título. A taxa de juros efetiva real mensal mínima nessa modalidade é inferior à taxa mínima de juros aplicável às modalidades Tradicional, instrumento de Garantia e Compra Programada. Nesse caso, a taxa de juros efetiva real mensal (e/ou a sua equivalente anual) utilizada para remuneração do título deverá corresponder a, no mínimo, 0,16 % a.m. e deverá constar da nota técnica atuarial e das Condições Gerais do Título de Capitalização. Independentemente de eventual penalidade, o resgate antecipado da pro- visão matemática para Capitalização deverá corresponder a, no mínimo, 50% do valor do pagamento único. A legislação estabelece que o custo com sorteios deverá corresponder a, no mínimo, 5% da contribuição. A contratação na modalidade Popular não poderá prever a cessão do direi- to de participação nos sorteios e a cessão do direito de resgate. É vedada a utilização da provisão matemática para Capitalização como ins- trumento de garantia ou sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço. Os títulos de Capitalização da modalidade Popular deverão ser estrutura- dos com prazo de vigência igual ou superior a 12 (doze) meses. O resgate do título somente poderá ser efetuado depois de decorridos 60 (sessenta) dias da data de sua aquisição. As condições gerais do título de Capitalização da modalidade popular, a serem submetidas à aprovação da SUSEP, deverão trazer em destaque a denominação do produto, devendo tal informação ser única da Sociedade de Capitalização e do plano, constando explicitamente do material encami- nhado quando do pedido de aprovação à SUSEP. A denominação comer- cial do produto é exclusiva e não poderá ser utilizada por outra Sociedade de Capitalização. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:13 32 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO É vedada, em qualquer forma de divulgação, promoção e/ou publicidade interna ou externa, inclusive material de comercialização, independente- mente da mídia adotada na sua veiculação, a utilização de nomenclatura, que de alguma forma se vincule ao título de Capitalização, diferente da denominação do produto. A aprovação de plano de Capitalização contendo mesma denominação de produto utilizada em plano aprovado impede a comercialização deste plano anterior, a partir da data da nova aprovação. O título poderá ser estruturado na forma de pagamento periódico (PP), pagamento mensal (PM) ou pagamento único (PU), sendo vedada a previ- são de bônus. RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE POPULAR SALDO DA PMC AO FINAL DA VIGÊNCIA Inferior a 100% do valor pago pelo subscritor UTILIZAÇÃO DO SALDO DA PMC Vedada a utilização como instrumento de garantia ou sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço CESSÃO DE DIREITO Vedada cessão de direito de sorteio e de resgate PREVISÃO DE BÔNUS Vedada FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à compra do título. No caso de pagamento único, o subscritor terá 15 (quinze) dias, após a aquisição, para preenchimento da ficha de cadastro TIPOS DE TÍTULO PU, PP ou PM CUSTO COM SORTEIO No mínimo, 5% da contribuição TAXA DE JUROS EFETIVA REAL MENSAL No mínimo, igual a 0,16% a.m. RESGATE ANTECIPADO Após 60 (sessenta) dias da data da aquisição e deverá corresponder a, no mínimo, 50% do valor do pagamento único PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 12 (doze) meses DENOMINAÇÃO COMERCIAL DO PRODUTO Exclusiva e não poderá ser utilizada por outra Sociedade de Capitalização — AModalidade Incentivo É o título de Capitalização vinculado a um evento promocional de cará- ter comercial instituído pelo subscritor. Assim, o subscritor, ou seja, uma empresa interessada em alavancar a venda de seus produtos ou serviços ou em fidelizar seus clientes (empresa promotora do evento), adquire títu- Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:13 33 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO los de Capitalização por meio de uma Sociedade de Capitalização para permitir que seus consumidores, ao adquirirem seus produtos ou serviços, participem de uma determinada promoção comercial a ser realizada por meio dos sorteios constantes do título. Nessa modalidade, o subscritor deverá ser pessoa jurídica que exerça ati- vidade comercial, industrial ou de compra e venda de bens imóveis, ins- tituições financeiras ou assemelhadas, comprovadamente quites com os impostos federais, estaduais, municipais ou distritais, bem como com as contribuições da Previdência Social. O subscritor não poderá ser entidade beneficente de assistência social. Ocorrerá uma cessão gratuita dos direitos do título de participação nos sorteios. A empresa subscritora dos títulos e titular original deles cederá os direitos dos títulos de participação nos sorteios a seus consumidores. Lembramos que um título acarreta dois direitos: o de recebimento do res- gate e o de participação nos sorteios. O título da modalidade Incentivo não poderá prever a cessão do direito de resgate. Segundo a legislação, é obrigatória a cessão gratuita do direito de parti- cipação nos sorteios, e o título não poderá prever a cessão do direito de resgate. A ficha de cadastro fica substituída pelo contrato comercial. Na modalidade Incentivo, as condições gerais deverão conter, em desta- que, as seguintes mensagens: “Este título de Capitalização está vinculado a um evento promocional de caráter comercial e o subscritor cederá gratuitamente o direito de participar de sorteios”. “A aprovação da SUSEP para a comercialização dos títulos de Capitalização desta modalidade não desobriga ao cumprimento de outras exigências legais para a realiza- ção de promoções comerciais por empresas que não sejam por ela fiscalizadas.” É vedada a atuação de sociedades de Capitalização e de empresas ou instituições do mesmo grupo econômico, incluídas as fundações das quais sejam mantenedoras, bem como de qualquer entidade de que esta socie- dade ou qualquer de seus sócios, diretores, ou parentes destes até o ter- ceiro grau, dela participem de alguma forma em sua gestão ou em seus conselhos, na condição de promotora da atividade incentivada. O regulamento referente ao evento promocional de caráter comercial deve ser mencionado em material apartado das condições gerais do títu- lo, não sendo necessário o seu envio à SUSEP. No entanto, a Sociedade Nota A Circular SUSEP 376/2008 estabelece diversos requisitos para a realização de promoções comerciais envolvendo títulos de Capitalização. Confira o conteúdo completo da Circular no Anexo 6. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:13 34 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO de Capitalização deverá manter à disposição da SUSEP, para fiscalização, todo material publicitário envolvido na promoção, bem como diversos documentos relativos ao acordo firmado pelo prazo de cinco anos, a con- tar da data do término de cada promoção. Perante a SUSEP, a Sociedade de Capitalização é responsável por even- tuais violações das normas em vigor ou, ainda, das condições gerais dos títulos comercializados, violações verificadas nos acordos comerciais. Além disso, a Sociedade de Capitalização é responsável pelas obrigações e infrações cometidas pelas empresas promotoras do evento, exclusiva- mente com relação à promoção comercial. É vedada a previsão de bônus ao titular e a utilização da provisão matemá- tica para Capitalização como instrumento de garantia ou sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço. Os sorteios deverão ser realizados, exclusivamente, utilizando-se os resul- tados de sistemas oficiais de premiação. Os títulos de Capitalização da modalidade Incentivo deverão ser estrutura- dos com prazo de vigência igual ou superior a 60 (sessenta) dias. O resgate do título pela empresa promotora subscritora somente poderá ser efetuado depois de decorridos 60 (sessenta) dias da data da sua aquisição. A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título deverá corresponder a, no mínimo, 0,16% e deverá constar da nota técnica atuarial e das condições gerais do título de Capitalização. Somente poderão ser comercializadas séries exclusivas, sendo vedada a aquisição por mais de um subscritor. Dessa forma, somente a empresa que fará a promoção é quem pode adquirir títulos daquela série em que será realizado o sorteio para premiar os consumidores da empresa, evitando-se, assim, que um “estranho” à promoção seja o ganhador do prêmio. O título poderá ser estruturado na forma de pagamento periódico (PP), pagamento mensal (PM) ou pagamento único (PU). RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE INCENTIVO SALDO DA PMC AO FINAL DA VIGÊNCIA Não há limites expressos na legislação UTILIZAÇÃO DO SALDO DA PMC Vedada a utilização como instrumento de garantia ou sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço CESSÃO DE DIREITO Obrigatória a cessão gratuita do direito de participação dos sorteios aos consumidores da empresa. Vedada a cessão do direito de resgate Impor tante Em caso de irregularidade, a SUSEP poderá cassar ou suspender, no todo ou em parte, a qualquer tempo, a autorização para utilização de títulos de Capitalização em promoções comerciais. Nota Séries Séries são conjuntos de títulos que concorrem aos mesmos sorteios. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:13 35 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO PREVISÃO DE BÔNUS Vedada FICHA DE CADASTRO Substituída pelo contrato comercial TIPOS DE TÍTULO PU, PP ou PM SORTEIO Deverão ser realizados, exclusivamente, utilizando-se dos resultados de sistemas oficiais de premiação TAXA DE JUROS EFETIVA REAL MENSAL No mínimo, igual a 0,16% a.m. RESGATE ANTECIPADO Após 60 (sessenta) dias da data da aquisição PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 60 (sessenta) dias COMERCIALIZAÇÃO DE TÍTULOS Por meio de séries exclusivas, sendo vedada a aquisição por mais de um subscritor — A Modalidade Filantropia Premiável A modalidade Filantropia Premiável é destinada ao subscritor interessado em contribuir com entidades beneficentes de assistência sociais, certifica- das nos termos da legislação vigente, e participar de sorteio(s). No caso de cessão do direito de resgate para uma entidade beneficente de assistência social, é mandatória a indicação previamente impressa do nome do cessionário em documento específico que trate da cessão desse direito. No caso de cessão do direito do resgate à entidade beneficente de assistên- cia social, no momento de aquisição do título, o subscritor deverá concordar, expressamente, com essa cessão que deverá ser exercida por meio de anuência expressa e inequívoca do subscritor em documento específico, que contenha, no mínimo, as seguintes informações: I. Identificação do subscritor II. Identificação da entidade beneficente de assistência social à qual será cedido o direito da provisão matemática de resgate do título. III. Número do processo SUSEP ao qual o plano se refere e número do título. IV. Redação que disponha claramente sobre a cessãofacultativa e voluntária dos direitos do título, concretizando-se por meio da anuência expressa e inequívoca do subscritor. V. Percentual e valor monetário relativo à parcela da contribuição a que se destina a cessão, com o mesmo destaque do valor pago pelo título. VI. Assinatura do subscritor e/ou manifestação de concordância. Saiba mais É obrigação da Sociedade de Capitalização verificar se a entidade beneficente de assistência social se encontra devidamente certificada, na data de emissão do título de Capitalização e, no caso de cessão do direito de resgate, deverá pagar os valores referentes ao direito de resgate diretamente à entidade, sem intermediários. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:13 36 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO A ficha de cadastro deverá conter, em destaque, a seguinte mensagem: “O valor de resgate deste título poderá, caso haja expressa solicitação do subscritor em documento específico que tra- ta da cessão, ser revertido para a entidade beneficente de assistência social indicada na ficha de cadastro”. A Sociedade de Capitalização é a única e exclusiva responsável pelo repasse dos valores referentes ao direito de resgate para a entidade bene- ficente de assistência social especificada no título de Capitalização e devi- damente certificada nos termos da legislação em vigor. Cada campanha filantrópica deve estar associada a uma entidade benefi- cente que será favorecida com os recursos oriundos da cessão de resgate dos títulos de Capitalização. A entidade deve, obrigatoriamente, estar constituída há, pelo menos, 5 (cinco) anos, além de possuir a Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS), concedida pelo Governo Federal. As sociedades de Capitalização devem incluir, obrigatoriamente, em seus contratos com as entidades filantrópicas, o compromisso de as entidades utilizarem o valor arrecadado apenas em seus fins estatutários. A Sociedade de Capitalização deverá informar, em seu site na internet, o valor total repassado, mensalmente, para cada entidade beneficente de assistência social, mantendo seu histórico por um prazo de 5 (cinco) anos. A contratação na modalidade Filantropia Premiável não poderá prever a cessão do direito de sorteio. É vedada a previsão de bônus e a utilização da provisão matemática para Capitalização como instrumento de garantia ou sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço. A entidade beneficente poderá divulgar, à sua custa, caso conste em seu estatuto, o título de Capitalização no qual haja cessão do direito do resgate a seu favor, desde que as peças promocionais e de propaganda referen- tes a esse título sejam divulgadas com autorização expressa e supervisão da Sociedade de Capitalização, respeitadas rigorosamente as condições gerais e a nota técnica atuarial aprovadas pela SUSEP. O título somente poderá ser estruturado na forma de custeio de pagamen- to único (PU). A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título deverá corresponder a, no mínimo, 0,16%, e deverá constar da nota técnica atuarial e das condições gerais do título de Capitalização. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:13 37 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO A SUSEP poderá solicitar, a qualquer momento, a cópia do acordo firma- do entre a Sociedade de Capitalização e a entidade beneficente. Peran- te a SUSEP, a Sociedade de Capitalização é responsável por eventuais violações das normas em vigor ou ainda das condições gerais dos títulos comercializados, verificadas nos acordos. Os títulos de Capitalização da modalidade Filantropia Premiável deverão ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 60 (sessenta) dias. O resgate do título somente poderá ser efetuado depois de decorridos 60 (sessenta) dias da data da sua aquisição. No Título de Capitalização deve constar uma única denominação comer- cial do produto, sendo vedada a comercialização simultânea de planos dis- tintos aprovados com a mesma denominação comercial. É vedada a utilização de nomenclatura, que de alguma forma se vincule ao título de Capitalização, diferente da(s) denominação(ões) comercial(is). A denominação comercial do produto é exclusiva e não poderá ser utiliza- da por outra Sociedade de Capitalização. RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE FILANTROPIA PREMIÁVEL SALDO DA PMC AO FINAL DA VIGÊNCIA Não há limites expressos na legislação UTILIZAÇÃO DO SALDO DA PMC Vedada a utilização como instrumento de garantia ou sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço CESSÃO DE DIREITO Prevê cessão de direito de resgate com indicação prévia do cessionário e anuência expressa do subscritor. Não poderá prever a cessão do direito de sorteio PREVISÃO DE BÔNUS Vedada FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à compra do título TIPOS DE TÍTULO PU RESGATE ANTECIPADO Após 60 (sessenta) dias da data da sua aquisição. Não poderá ter penalidade nos resgates efetuados pela entidade beneficente TAXA DE JUROS EFETIVA REAL MENSAL No mínimo, igual a 0,16% a.m. PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 60 (sessenta) dias DENOMINAÇÃO COMERCIAL DO PRODUTO Exclusiva e não poderá ser utilizada por outra Sociedade de Capitalização Saiba mais Não é permitida nenhuma penalidade nos resgates efetuados pela entidade beneficente. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:13 38 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO FICHA DE CADASTRO A ficha de cadastro, quando existente, deverá ser preenchida antes da aquisição do título. Ela deve conter, além de observadas as disposições de cada modalidade, alguns requisitos mínimos previstos na legislação em vigor, que são: Dados do subscritor: I. Nome ou Razão Social. II. CPF ou CNPJ. III. Endereço. IV. Telefone. Outros elementos mínimos: I. Razão social e CNPJ da Sociedade de Capitalização. II. Modalidade, número do processo administrativo sob o qual o pla- no foi aprovado pela Susep e denominação comercial do produ- to, quando existente. III. Capital mínimo, em percentual do total de contribuições, previs- to para o final do prazo de vigência, considerando-se todas as contribuições pagas em dia, independentemente da atualização monetária devida. IV. Nome e número de registro do corretor, quando couber. V. As seguintes redações: ■ “A aprovação deste plano pela Susep não implica, por parte da Autarquia, em incentivo ou recomendação a sua aquisição, representando, exclusivamente, sua adequação às normas em vigor.”; ■ “Quando a venda for intermediada por corretor de Capitaliza- ção: “O consumidor poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de Capitalização, no sítio www.susep.gov.br, por meio do número de seu registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF, quando a venda tiver sido intermediada por cor- retor de Capitalização.” VI. Informação de que a contratação implica automática adesão às condições gerais do título de Capitalização. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:13 39 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO VII. Tamanho da série e a probabilidade de contemplação do subscri- tor em cada sorteio. VIII. Informação de que o subscritor tomou ciência das condições gerais do título de Capitalização. Uma cópia da ficha de cadastro deverá ser entregue ao subscritor, median- te contrarrecibo, caso as condições geraisdo título de Capitalização não sejam entregues fisicamente, no momento do preenchimento da referida ficha de cadastro. Caso sejam entregues as condições gerais do título de Capitalização, mediante contrarrecibo, no momento da assinatura da ficha de cadastro, ficam dispensadas na ficha de cadastro as informações previstas nos inci- sos I, V, VII e VIII dos elementos mínimos dispostos acima. Caso as informações previstas nos incisos de I ao VIII constem do título de Capitalização entregue ao subscritor no ato de sua aquisição, estarão dispensadas de constar da ficha de cadastro, ficando, ainda, dispensada a obrigatoriedade de entrega de cópia. Na modalidade Incentivo, a ficha de cadastro fica substituída pelo contrato comercial. As condições gerais do título de Capitalização deverão estar à disposição do subscritor previamente ao preenchimento da ficha de cadastro. Deverá estar claro, na ficha de cadastro e em todos os documentos de publicidade do título de Capitalização, que, se os valores não forem resga- tados dentro do prazo prescricional, o titular do direito de resgate perderá esse direito. Uma vantagem da ficha de cadastro é a de o subscritor poder informar quem são os titulares. Por exemplo: o pai que compra um título para seus dois filhos. Ele é o subscritor (assumindo a obrigação de pagar), e os filhos serão os titulares (possuem os direitos de resgate e de sorteio). A ficha de cadastro poderá conter essa informação (com o nome dos filhos), definin- do, também, qual será a parte de cada filho (50% para cada um, por exem- plo). No entanto, nada impede que essa declaração seja feita à sociedade em um documento apartado. Assim, a ficha de cadastro pode conter os dados do subscritor e do titular, bem como outras informações, como a autorização para débito em conta corrente das contribuições do título, se for o caso. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:13 40 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO Nota A ficha de cadastro na capitalização possui uma função semelhante à da proposta de subscrição no mercado de seguros. A proposta de subscrição é bastante utilizada no mercado de seguros, salvo no caso de contratação de seguro via bilhete. É por meio dela que o segurado ou o seu repre- sentante, ou ainda o corretor, informa as características do bem a ser segurado, permi- tindo que a seguradora faça uma melhor avaliação dos riscos para os quais oferecerá a cobertura do seguro, ajustando melhor o prêmio a ser cobrado do segurado, podendo até mesmo recusar, desde que motivadamente, a aceitação do seguro. Na Capitalização, a situação é um pouco diferente em relação ao mercado de seguros. Não há risco a ser transferido para a sociedade de Capitalização, nem mesmo o de ina- dimplência, já que o valor a ser resgatado pelo titular será constituído a partir de seus próprios pagamentos. Quanto aos sorteios, o inadimplemento acarreta a suspensão do título, isto é, afasta o direito de participar dos sorteios; logo, também não acarreta, pelo menos diretamente, prejuízo à sociedade. Deve-se observar que, se aquele título suspenso viesse a ser sorteado, o prêmio, em re- gra, pertenceria à própria sociedade, salvo estipulação em contrário nas Condições Gerais. PROPAGANDA E MATERIAL DE COMERCIALIZAÇÃO A Sociedade de Capitalização é responsável pela fidedignidade das informa- ções prestadas por meio de propaganda ou no material de promoção e de comercialização dos seus títulos. A legislação determina que, embora não sejam passíveis de aprovação pela SUSEP, a propaganda e o material de comercialização referentes aos títulos de Capitalização somente poderão ser elaborados com autori- zação expressa e sob supervisão da Sociedade de Capitalização, respei- tadas as Condições Gerais dos títulos e a Nota Técnica aprovadas pela SUSEP e as normas em vigor. Evidentemente, busca-se alcançar a relação Sociedade de Capitalização/cor- retores. Como consequência, a sociedade torna-se também responsável por todo o conteúdo de informações prestadas a partir do material de divulgação. Impor tante É necessário extremo cuidado com os materiais de propaganda e comercialização, que, segundo o Código de Defesa do Consumidor, tornam-se partes integrantes do contrato. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:35 41 UNIDADE 2 CAPITALIZAÇÃO Há alguns requisitos específicos para esse tipo de material, como a inclusão do número do processo SUSEP, razão social da Sociedade de Capitalização, canal de ouvidoria para reclamações, além de algumas frases obrigatórias exi- gidas pela legislação (exemplo de frase obrigatória: “Antes de contratar, con- sulte previamente as condições gerais” – Circular SUSEP 576/2018). As empresas de Capitalização devem zelar para que, entre as informações prestadas por meio de promoção e de comercialização de seus títulos, sejam claramente identificados a respectiva modalidade, as suas características essenciais – como as regras de carência e o resgate antecipado –, além de informações sobre cessão de direitos, periodicidade dos sorteios e percen- tuais destinados à Capitalização e ao sorteio, periodicidade de pagamento, bem como sua aprovação no âmbito da SUSEP. Toda e qualquer publicidade deverá apresentar em destaque o nome da Sociedade de Capitalização . Para os títulos de Capitalização de pagamentos periódicos ou mensais, deve- rão ser destacadas as informações das contribuições que devem ser realiza- das pelo subscritor para manutenção do título. É vedado em qualquer propaganda, seja institucional ou não institucio- nal, utilizar: I. Nome ou imagem da SUSEP, salvo quando expressamente pre- visto em normativo. II. Menção a outra empresa que não a Sociedade de Capitalização, exceto a instituição que conste previamente indicada do docu- mento específico que trata de cessão de resgate, as empresas que representem os locais de comercialização dos títulos ou os locais de realização dos sorteios, ou no caso de títulos da moda- lidade incentivo, a empresa promotora de evento. III. Nome-fantasia ou qualquer outra informação que induza a erro quanto a direitos e/ou obrigações relacionadas ao título. IV. Informações que contrariem o previsto nas condições gerais do título de Capitalização ou na legislação vigente. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:35 42 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO FIXANDO CONCEITOS 2 Marque a alternativa correta 1. A economia (ou poupança) programada no título de Capitalização é rea- lizada por meio da aplicação de: (a) Parte dos pagamentos realizados pelo consumidor, por um período de tempo não previamente definido no título, sem haver a obrigato- riedade de incidência de juros. (b) Todo o montante correspondente aos pagamentos realizados pelo consumidor, por um período estipulado no título, a uma determina- da taxa de juros. (c) Parte dos pagamentos realizados pelo consumidor, por um período estipulado no título, a uma determinada taxa de juros. (d) Todo o montante correspondente aos pagamentos realizados pelo consumidor, por um período não previamente definido no título, a uma determinada taxa de juros. (e) Todo o montante correspondente aos pagamentos realizados pelo consumidor, por um período não previamente definido no título, mas sem aplicação de taxa de juros. 2. As partes em que se divide a contribuição de um título são: (a) Parcela destinada ao sorteio, parcela destinada ao carregamento e parcela a ser capitalizada.(b) Parcela destinada ao sorteio e parcela a ser capitalizada. (c) Parcela destinada ao sorteio e parcela destinada ao carregamento, uma vez que a parcela capitalizada é opcional e constituída à parte. (d) Parcela destinada ao carregamento, parcela a ser capitalizada e valores destinados a cobrir os custos obrigatórios com produtos aderentes aos títulos. (e) Uma única parte, que é a parcela a ser capitalizada, da qual se ori- ginam todas as demais parcelas. 3. Um título de Capitalização pode ser mais bem definido como um: (a) Título imobiliário. (b) Título mobiliário que permite o pagamento futuro de uma renda de aposentadoria. (c) Título mobiliário, nominativo ou ao portador, que pode ser adquirido somente à vista. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:35 43 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO (d) Título mobiliário, nominativo ou ao portador, que conjuga economia pro- gramada e sorteio, podendo ser adquirido apenas por pessoas físicas. (e) Título mobiliário, nominativo, que pode ser adquirido a prazo ou à vista, e que conjuga economia programada com a possibilidade de sorteios. 4. Em um Título de Capitalização, a nota técnica pode ser definida como a(o): (a) Descrição do título por meio de bases técnicas, hipóteses e formu- lações atuariais. (b) Documento assinado pelo subscritor. (c) Documento que obrigatoriamente precisa ser entregue ao titular. (d) Documento que contém os números com os quais o titular concor- rerá aos sorteios. (e) Descrição do título no qual estão contidos os direitos e deveres da Sociedade de Capitalização e do titular. 5. Para que uma Sociedade de Capitalização já autorizada possa comer- cializar um ´Título de Capitalização, ainda se faz necessário que ela obte- nha uma outra aprovação específica, fornecida pelo(a): (a) CVM. (b) SUSEP. (c) Banco Central. (d) CNSP. (e) CMN. Marque a alternativa correta 6. Assinale a melhor definição de modalidade Tradicional: (a) Tem por objetivo restituir ao titular, ao final do prazo de vigência, no mínimo, o valor total dos pagamentos efetuados pelo subscritor, sendo vedada qualquer vinculação à aquisição de bem ou serviço. (b) É aquela em que se garante ao titular, ao final da vigência, o rece- bimento do valor total dos pagamentos efetuados pelo subscritor, sendo facultada a opção de recebimento de um bem ou serviço. (c) É aquela em que é vedada a realização de sorteios. (d) Tem por objetivo propiciar a participação do titular em sorteios, sem que haja devolução integral dos valores pagos. (e) É aquela que está vinculada a um evento promocional de caráter comercial instituído pelo subscritor. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:35 44 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO 7. Sobre a modalidade Compra Programada, é correto afirmar que: (a) Pode apresentar títulos PU, PP ou PM. (b) Não garante ao titular, ao final da vigência, o recebimento do valor total dos pagamentos efetuados pelo subscritor. (c) Não é permitida a previsão de bônus. (d) É obrigatório o preenchimento de ficha de cadastro. (e) É possível a aplicação de penalidade de, no máximo, 5% para qual- quer caso de resgate antecipado. 8. Sobre a modalidade Popular, é correto afirmar que: (a) Pode apresentar somente títulos PU. (b) Não restitui ao titular, ao final da vigência, o valor total dos pagamen- tos efetuados pelo subscritor. (c) Somente há direito de participação em sorteios, uma vez que não existe o direito ao resgate. (d) Pode haver título em que não haja sorteios. (e) A taxa de juros mensal que remunera a PMC deve ser, no mínimo, 0,08% a.m. 9. Assinale as modalidades de título em que é exigido que a ficha de cadastro contenha a seguinte frase: “Este título poderá restituir valor inferior ao total dos pagamentos efetua- dos, caso o resgate seja realizado antes do término do prazo de vigência.” (a) Tradicional ou Popular. (b) Popular ou Incentivo. (c) Compra Programada ou Tradicional. (d) Incentivo ou Tradicional. (e) Compra Programada ou Popular. 10. Quanto ao material de propaganda referente aos Títulos de Capitali- zação, somente pode ser confeccionado com autorização expressa do(a): (a) Sociedade de Capitalização. (b) SUSEP. (c) Banco Central. (d) CNSP. (e) CONAR. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:35 CAPITALIZAÇÃO 45 UNIDADE 3 ■ Identificar as condições gerais e a obrigação das sociedades de Capitalização em relação a elas. ■ Caracterizar o papel do titular e o do subscritor. ■ Examinar os procedimentos de transferência de títulos, caracterizando as figuras do cedente e do cessionário. ■ Destacar como se dá a transferência do título em caso de morte do titular ou do proponente. ■ Destacar os conceitos de vigência, prazo e carência dos títulos de Capitalização. ■ Classificar, com base no número de pagamentos, os títulos em PU, PP e PM. ■ Identificar os componentes que integram as contribuições. Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: ■ Explicar a estruturação dos títulos em séries. ■ Identificar as regras de regulamentação do sorteio. ■ Identificar as regras de reajuste e atualização de mensalidades e reservas. ■ Identificar as regras para formação de provisões matemáticas de Capitalização. ■ Definir os conceitos de resgate e sorteio, tipificando-os e detalhando suas características. ■ Explicar como é remunerado o capital aplicado. ■ Examinar as regras e modalidades de resgate de títulos. ■ Examinar os casos de suspensão e reabilitação de títulos. CAPITAL, RESGATE e SORTEIO03 TÓPICOS DESTA UNIDADE AS CONDIÇÕES GERAIS DO TÍTULO: O “CONTRATO” DE CAPITALIZAÇÃO A CONTRATAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: SUBSCRITOR E TITULAR TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: CEDENTE E CESSIONÁRIO CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS: PU, PP E PM A COMPOSIÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO A ESTRUTURAÇÃO DE UM TÍTULO VALOR DA CONTRIBUIÇÃO A PROVISÃO MATEMÁTICA A REMUNERAÇÃO DO CAPITAL: O RESGATE DE UM TÍTULO SUSPENSÃO E CANCELAMENTO SORTEIO FIXANDO CONCEITOS 3 Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:35 CAPITALIZAÇÃO 46 UNIDADE 3 AS CONDIÇÕES GERAIS DO TÍTULO: O “CONTRATO” DE CAPITALIZAÇÃO Chamamos de condições gerais as normas que regem o contrato entre a sociedade e os adquirentes de títulos de Capitalização. As cláusulas definem os deveres e os direitos dos contratantes nas tran- sações de compra e venda de títulos de Capitalização. O título é o docu- mento em que estão previstos todos os direitos e deveres da Sociedade de Capitalização e do consumidor. Nas condições gerais dos títulos (modelo no Anexo 1), são apresentados todos os diferenciais que a sociedade quer imprimir ao seu produto. As sociedades de Capitalização podem prever, por exemplo, a participação dos titulares nos lucros da empresa. Os direitos conferidos pela aquisição de um Título de Capitalização variam de empresa para empresa e até de título para título (aqui entendidos como “planos” distintos) de uma mesma empresa. No entanto, é preciso admitir que atualmente há uma crescente tendência de uniformização das Condi- ções Gerais, em função da existência do plano padrão de Capitalização elaborado pela comissão técnica da Federação Nacional de Capitalização (FENACAP). De acordo com a legislação em vigor, as Condições Gerais do títulodevem conter, no mínimo e sempre em destaque, os seguintes elementos: ■ Glossário com as definições de subscritor, titular, capital, provisão matemática para Capitalização e bônus, quando previsto. ■ Percentuais relativos às quotas de Capitalização, de sorteio e de carregamento. Impor tante É indispensável conhecer o conteúdo das condições gerais de um título, seja para vendê-lo, comprá-lo ou, ainda, para prestar informações aos consumidores. Saiba mais Os planos podem ser acessados em http:// www.susep.gov.br/menu/ informacoes-ao-mercado/ informacoes-tecnicas-e- planos-padroes. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:35 47 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO ■ Tabela que discrimine o percentual de resgate em relação ao montan- te de contribuições pagas para cada mês de vigência do título, desta- cando todos os parâmetros envolvidos no cálculo, devendo ser espe- cificados eventuais fatores de redução para resgates antecipados. ■ Se o valor do prêmio de sorteio é líquido ou bruto e, nesse caso, dan- do ênfase ao fato de que o desconto de imposto de renda será na for- ma da legislação em vigor, explicitando o percentual vigente aplicável. ■ Razão social e CNPJ da Sociedade de Capitalização. ■ Modalidade. ■ Critério de atualização de valores, com a indicação do índice utiliza- do e do índice substituto, utilizado na impossibilidade do primeiro. ■ Tamanho da série e probabilidade de contemplação do subscritor em cada sorteio. ■ Informação expressa sobre a realização de sorteios por proces- sos próprios, quando aplicável, bem como informações, em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, sobre a possibilida- de de o titular do título presenciar sua apuração. ■ Prazo de vigência e prazo de carência para resgate. ■ Meio de comunicação do sorteio e dos sorteados. ■ Índice de reajuste das contribuições e capital para vigências acima de 12 meses e índice substituto, utilizado na impossibilidade do primeiro. ■ Informação sobre o fato de as sociedades concorrerem aos prê- mios mediante os títulos não comercializados, suspensos ou can- celados, quando aplicável. ■ Informação sobre a incidência de juros moratórios, quando o sor- teio e/ou resgate não forem pagos nos prazos estabelecidos pela legislação em vigor. ■ Informações relativas às condições para obtenção de bônus, quan- do previsto. ■ Informação de que se aplicará, quando do pagamento do resgate, tratamento tributário, na forma da legislação fiscal em vigor. ■ Informação de que as questões judiciais entre o subscritor e/ou titular e a Sociedade de Capitalização serão processadas no foro de domicílio do titular. ■ Informação da documentação completa necessária para paga- mento da premiação e/ou resgate. ■ Informação de que os prazos prescricionais são aqueles determi- nados em lei. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:35 48 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Todas as cláusulas que implicar em limitações ou impuserem ônus aos titu- lares deverão ser redigidas em destaque nas condições gerais, permitindo sua imediata e fácil identificação e compreensão. Além disso, elas deverão apresentar, obrigatoriamente, a seguinte redação (Anexo 1, art. 1o, §1 ):o A aprovação deste plano pela SUSEP não implica, por parte da Autarquia, em incentivo ou recomendação à sua aquisição, representando, exclusivamente, sua adequa- ção às normas em vigor. Quando a venda for intermediada por corretor de Capitalização, também deverá haver a redação a seguir (Anexo 1, art. 1º, §2º): O consumidor poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de Capitalização, no sítio www.susep.gov.br, por meio do número de seu registro na SUSEP, nome com- pleto, CNPJ ou CPF, quando a venda tiver sido intermedia- da por corretor de Capitalização. As duas redações transcritas também são aplicáveis à ficha de cadastro, caso ela seja necessária. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ÀS CONDIÇÕES GERAIS Além de todas as informações que devem estar presentes nas condições gerais e na ficha de cadastro, a legislação prevê, ainda, a obrigatorieda- de de a sociedade prestar outras informações ao subscritor, podendo tais informações estarem apartadas das condições gerais do título. São elas: Número do processo administrativo sob o qual o plano foi aprovado pela SUSEP. 001 Identificação dos titulares, quando diferentes do subscritor e decorrentes de sua indicação no momento da aquisição do título, com menção ao(s) respectivo(s) direito(s) e respec- tivos percentuais. Número do título e números ou códigos que o título utilizará na participação dos sorteios. Impor tante Lembramos que as condições gerais devem estar disponíveis ao consumidor no momento da contratação do título. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:35 49 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO A CONTRATAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: SUBSCRITOR E TITULAR As pessoas envolvidas na aquisição de um título de Capitalização passam a possuir uma denominação especial: subscritor e titular. Estes são dois termos bastante utilizados, portanto fique atento às definições: ■ Subscritor é a pessoa física ou jurídica que adquire o Título de Capi- talização, assumindo o compromisso de efetuar os pagamentos de suas contribuições na forma prevista nas Condições Gerais do título. ■ Já titular é a pessoa, física ou jurídica, proprietária do título. Ao titu- lar cabem os direitos originados pelo título de Capitalização. Esses direitos são, basicamente, o de recebimento do resgate, de partici- pação nos sorteios, incluindo também o recebimento dos prêmios, caso seja contemplado. O titular poderá ser o próprio subscritor ou uma outra pessoa, física ou jurídica, indicada por ele. Assim, o subscritor, ao adquirir o Título de Capitalização (ou mesmo posteriormente, se não o fez em momento anterior), pode indicar a quem pertencem os direitos: ao próprio subscritor ou a alguém por ele indicado. Ainda em dúvida? Observe o exemplo a seguir: Uma pessoa pode comprar um título para si mesma ou pode comprá-lo e indi- car seu filho como titular. Nesse caso, ela é responsável pelo pagamento e o filho será o titular do direito de resgate; caso o título seja sorteado, o filho possui o direito de receber o prêmio do sorteio. A partir deste momento, seguiremos nosso estudo com foco nos elementos e requisitos que as condições gerais do título devem apresentar, uma vez que tais condições é que são levadas ao conhecimento do consumidor, definindo direitos e obrigações tanto para o consumidor quanto para a Sociedade de Capitalização. Abordaremos a nota técnica atuarial apenas quando for neces- sário esclarecer um tópico das condições gerais. Obser vações 1. É proibida a venda de Título de Capitalização a menores de 16 anos. 2. A Circular SUSEP nº 460/ 2012 criou também a figura do “Distribuidor de títulos de Capitalização”, que é a pessoa jurídica que realiza a intermediação entre a Sociedade de Capitalização e o canal de venda dos títulos. A circular estabelece ainda uma série de obrigações e regras para esse distribuidor. Impor tante É possível escolher mais de um titular. Assim, os pagamentos de resgate e de sorteios deverão ser efetuados a cada um dos titulares indicados na proporção estabelecida pelo subscritor por ocasião da contratação. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autoraise não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:19:35 50 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: CEDENTE E CESSIONÁRIO Conforme a legislação em vigor, o Título de Capitalização é indivisível em relação à sociedade (Anexo 1, art. 2o). Isso significa que duas sociedades de Capitalização não podem se unir para lançar um título, sendo uma res- ponsável pelo pagamento dos resgates e a outra responsável pelo paga- mento referente aos sorteios. Não é possível, também, mesmo depois que o título é comercializado, que uma sociedade transfira a outra a obrigação dos pagamentos referentes aos sorteios. Além disso, uma Sociedade de Capitalização não poderá comercializar os direitos relativos ao título separadamente, ou seja, ela não pode, por decisão sua, vender o direito de resgate de um título para uma pessoa e o direito de sorteio do mesmo título para outra. Assim, a Sociedade de Capitalização não pode, sozinha, decidir por dividir os direitos de um Título de Capitalização. No entanto, para o subscritor e para o titular, é facultada a transferência (cessão) de seus papéis no título a qualquer momento, mediante comuni- cação escrita à sociedade, não podendo ser cobrada qualquer taxa para a realização dessa transferência. Atenção Em caso de , o título integrará o seu espólio. Assim, em regra, falecimento do titular após a conclusão do processo de inventário, serão distribuídos os direitos decorren- tes do título aos herdeiros do titular. Em caso de , a transferência se dá de acordo com duas situações:falecimento do subscritor ■ Subscritor e titular eram a mesma pessoa – neste caso, os direitos oriundos do títu- lo integrarão o espólio do falecido. Quanto à obrigação de realização dos pagamentos restantes (caso existam), que cabiam ao subscritor falecido, tal obrigação poderá ser assumida por qualquer pessoa legalmente interessada, porém isso não lhe garantirá os direitos do título. ■ Subscritor e titular eram pessoas diferentes – neste caso, qualquer pessoa legal- mente interessada poderá assumir o lugar do subscritor. O titular continuará a deter os direitos originados do título (resgate da provisão matemática e recebimento dos prêmios de sorteios). Em qualquer das duas hipóteses, não se efetuando os pagamentos, o título será can- celado conforme as regras previstas nas condições gerais, persistindo, no entanto, o direito de resgate. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:02 51 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO A pessoa, física ou jurídica, que cede o seu papel no Título de Capitaliza- ção é chamada de cedente, enquanto a pessoa a quem esse papel está sendo cedido é chamada de cessionário. A transferência de titular é mais frequente do que a transferência entre subscritores. Na transferência do titular, o cessionário (novo titular) o substitui (antigo titular) em todos os seus direitos e obrigações. Assim, o novo titular passa- rá a possuir o direito ao resgate e à participação nos sorteios. O subscritor pode transferir a outra pessoa a obrigação de efetuar os paga- mentos. Para tal, deverá ter a concordância desta outra pessoa, que passa- rá a assumir a obrigação dos pagamentos. Impor tante 1. Cabe ao subscritor e ao titular comunicar à Sociedade de Capitalização sobre: ■ Seus dados cadastrais atualizados para efeito de registro e controle. ■ A realização de transferência (cessão), informando os dados cadastrais do novo subscritor ou do novo titular (cessionários), respectivamente. ■ A Sociedade de Capitalização deverá manter registro atualizado contendo as informações sobre o título e os dados cadastrais do subscritor e do titular, de modo a identificar a perfeita vinculação do título de capitalização entre essas pessoas e a Sociedade de Capitalização, observados, também, outros requisitos de legislação mais específica. 2. É vedado à Sociedade de Capitalização estabelecer a cessão automática de qualquer direito relativo ao título de capitalização. Para os títulos em que foi cedi- do apenas o direito de resgate, este somente poderá ser solicitado após a realiza- ção de todos os sorteios previstos no título, salvo quando a provisão matemática for utilizada como garantia. VIGÊNCIA DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO A data de início de vigência do Título de Capitalização é a data de sua aqui- sição. É considerada data de aquisição do Título de Capitalização a data da primeira contribuição ou da contribuição única. Impor tante Cedente é quem cede seu papel no título de Capitalização Cessionário é a pessoa para quem o papel foi cedido. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:02 52 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Quando a data de aquisição não é conhecida, será utilizada a data de início de comercialização da série, desde que o prazo de comercialização da série não ultrapasse 60 (sessenta) dias. O prazo de vigência é o período durante o qual o título de Capitalização está sujeito às regras descritas nas condições gerais do título, sendo admi- nistrado pela Sociedade de Capitalização. É compreendido entre a data de início e a data final para constituição do capital a ser pago ao(s) titular(es) do direito de resgate. O prazo mínimo de vigência para um Título de Capitalização depende de sua modalidade. O título permanecerá plenamente ativo enquanto não houver atraso nos pagamentos. A partir da data de início, e durante o prazo de vigência, o titular passa a ter direito a todos os benefícios proporcionados pelo produ- to: juros e atualização da Provisão Matemática para Capitalização, além de poder participar dos sorteios. O art. 1º do Decreto-Lei nº 261/1967 menciona que o título objetiva “a cons- tituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano, e pago em moeda corrente em um prazo máximo indicado no mesmo plano”. Dessa forma, o prazo de vigência é exatamente o prazo estabelecido no título para a formação do capital que este objetiva atingir. Pode-se dizer que o prazo de vigência é aquele em que esse capital está sujeito à remu- neração (Capitalização), pela incidência da taxa de juros prevista nas Con- dições Gerais, e à atualização monetária por meio da aplicação do índice informado também nas Condições Gerais. PRAZO DE CARÊNCIA DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO O prazo de carência é o período de tempo, contado a partir do início de vigência do título, que o titular terá que aguardar para poder receber o valor de resgate. Na Capitalização, alguns títulos admitem que o titular possa realizar resgates mesmo antes de encerrada a vigência do título, o que se denomina resgate antecipado (antecipado em relação ao fim da vigên- cia). No entanto, o título também pode estabelecer que o valor a ser recebido, em função do resgate antecipado, só poderá ocorrer depois de cumprida uma parte da vigência, denominada prazo de carência (Anexo 1, art. 11). Impor tante O prazo de vigência não se confunde com o prazo de pagamento, que é o período durante o qual o subscritor se compromete a efetuar os pagamentos. Porém, o prazo de pagamento só poderá, no máximo, ser igual ao prazo de vigência. Impor tante Para qualquer tipo de título, é proibida a cobrança de valores do subscritor e/ou do titular com finalidade de inscrição, cadastro ou cessão do título, independentemente de sua denominação. Assim, nada, além de valores correspondentes às contribuições, pode ser cobrado do subscritor de um título de Capitalização. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autoraise não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:02 53 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO O prazo de carência do Título de Capitalização não afeta o direito de parti- cipação nos sorteios. Isso significa dizer que, nesse prazo, o título concor- rerá normalmente aos sorteios, havendo apenas a limitação ao recebimen- to do valor oriundo de resgate antecipado. E nos casos de cancelamento por inadimplência? Quando houver esse cancelamento, os recursos presentes na provisão matemática para Capitalização sempre poderão ser levantados pelo titular (não obrigatoriamente de forma integral), devendo, no entanto, aguardar o cumprimento do prazo de carência do Título de Capitalização, se existente. Assim, se o cancelamento ocorrer durante o prazo de carência estabele- cido no título, o titular deverá aguardar o seu término para, só então, obter o valor de resgate. A legislação permite que a sociedade fixe um prazo de carência para a efetivação de resgates de, no máximo, 24 meses (contados sempre a partir da data de início da vigência), porém nunca superior ao próprio prazo de vigência do título. Assim, se o título tiver um prazo de vigência igual ou inferior a 24 meses, o prazo máximo de carência admitido pela legislação para a efetivação do resgate será igual ao período de vigência do título. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS: PU, PP E PM Em relação aos tipos de títulos, eles são classificados com base no número de pagamentos que serão efetuados pelo subscritor. Dividem-se em paga- mento único (PU), pagamentos periódicos (PP) e pagamentos mensais (PM) (Anexo 1, art. 4º). Como o próprio nome diz, os títulos do tipo PU se caracterizam por um pagamento único. Os títulos do tipo PM preveem a realização de um pagamento para cada mês de sua vigência. Assim, exemplificando, se o título PM possuir uma vigência de 60 meses, ele exigirá que o subscritor realize 60 pagamentos mensais e consecutivos. Já os títulos do tipo PP preveem pagamentos periódicos. Não há correspon- dência entre o número de pagamentos e o número de meses de vigência, sendo prevista a realização de mais de um pagamento (se fosse apenas um pagamento, seria PU). Exemplo Um título de 12 meses de vigência pode prever, no máximo, um prazo de carência de 12 meses. Já um título com 72 meses de vigência poderia apresentar um prazo máximo de carência de 24 meses. Saiba mais Os títulos PP e PM são os que mais se aproximam da ideia de uma “poupança programada”, ou “forçada”, como alguns preferem, em razão de o subscritor ser obrigado a efetuar os pagamentos mensalmente, sendo o valor de resgate gradativamente construído. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:02 54 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Em geral, esses pagamentos são consecutivos, mas não há correspondên- cia entre o número de pagamentos e o número de meses de vigência. Por exemplo, é possível a existência de um título PP com 12 meses de vigência em que haja somente seis pagamentos (do 1o ao 6º mês, por exemplo). Há diversas aplicações práticas para os títulos PP e PM. Em geral, eles prio- rizam não só os sorteios, mas também o valor de resgate. A COMPOSIÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO: AS QUOTAS DE CAPITALIZAÇÃO, DE SORTEIO E DE CARREGAMENTO Cada contribuição a ser realizada pelo subscritor é formada por três compo- nentes: quota de Capitalização, quota de sorteio e quota de carregamento (Anexo 1, Glossário). É comum se apresentarem as quotas como sendo percentuais incidentes sobre a contribuição. Assim, em cada contribuição, a soma dos percentuais referentes à quota de Capitalização, ao sorteio e ao carregamento deve resul- tar em 100%, isto é, a soma equivale a 100% do valor da contribuição. A seguir, você pode conferir as características de cada uma das quotas. Siga em frente! — Quotas de Capitalização Representam o percentual (a parte) de cada contribuição que será destinado à constituição do capital a ser resgatado. Os percentuais relativos às contribuições a serem utilizados para constituição da Provisão Matemática para Capitalização – quotas de Capitalização – deve- rão obedecer aos seguintes critérios, observados, ainda, os demais requisitos de cada modalidade: ■ A quota de Capitalização deve ser superior às demais quotas indi- vidualmente consideradas. Para apuração deste critério, os even- tuais valores de sorteio custeados pela quota de carregamento deverão ser somados à quota de sorteio. ■ Nos títulos com pagamento único (PU), a quota de Capitalização mínima é de 50% do valor da contribuição na modalidade popu- lar e 70% nas modalidades Tradicional e Instrumento de Garantia, qualquer que seja o prazo de vigência. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:02 55 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO ■ Nos títulos com pagamentos mensais (PM) ou com pagamentos periódicos (PP), os percentuais destinados à formação da Provi- são Matemática para Capitalização deverão ser, no mínimo, 10% do valor de cada contribuição nos primeiros três meses de vigência, 70% a partir do quarto mês de vigência, e, além disso, a média arit- mética do percentual de Capitalização de todos as contribuições, até o final da vigência do título, deverá corresponder a, no mínimo, 70%, qualquer que seja o prazo de vigência do título. Ainda em dúvida? Então observe os quadros a seguir e veja resumidamente as diferenças de percentual para cada modalidade de título. QUOTA DE CAPITALIZAÇÃO MÍNIMA TÍTULOS PU TÍTULOS PU PERCENTUAL MÍNIMO DESTINADO À CAPITALIZAÇÃO QUOTA DE CAPITALIZAÇÃO MÍNIMA Títulos da modalidade Popular 50% Títulos das modalidades Tradicional e Instrumento de Garantia 70% Títulos da modalidade Incentivo A quota de Capitalização deve ser superior às demais quotas individualmente consideradas. Para apuração deste critério, os eventuais valores de sorteio custeados pela quota de carregamento deverão ser somados à quota de sorteio. QUOTA DE CAPITALIZAÇÃO MÍNIMA TÍTULOS PM OU PP PM OU PP COM SORTEIOS PERCENTUAL MÍNIMO DESTINADO À CAPITALIZAÇÃO QUOTA DE CAPITALIZAÇÃO MÍNIMA 1ª 2ª e 3ª contribuições 10% 4a contribuição em diante 70% Média de todas as contribuições 70% — Quotas de Sorteio As quotas de sorteio têm como finalidade custear os prêmios dos sorteios que são distribuídos em cada série. Representam a parte lotérica do títu- lo, ou seja, aquilo que o consumidor está “jogando”. O “bolo” formado por essas parcelas se destina, exclusivamente, a bancar os prêmios pagos aos clientes sorteados. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:02 56 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Os prêmios de sorteio devem ser custeados pela quota de sorteio dos títu- los da mesma série. Apenas a modalidade popular possui limite para quota de sorteio, que deverá corresponder a, no mínimo, 5% (cinco por cento) da contribuição. — Quotas de Carregamento Os percentuais de carregamento deverão cobrir os custos de despesas com corretagem, colocação e administração do título de Capitalização, emissão, divulgação, eventuais despesas relativas ao custeio da contem- plação obrigatória e da distribuição de bônus e, é claro, o lucro da Socie- dade de Capitalização. Assim, as quotas de carregamento representam a parcela de cada contri- buição que é cobrada pela sociedade para administrar o título. Para que você não tenha dúvidas, observe o exemplo a seguir e acom- panhe o raciocínio. Exemplo: em um título com pagamentos mensais no valor de R$ 200,00 (cada um), a quartacontribuição apresenta as seguintes quotas: ■ Quota de Capitalização: 75%. ■ Quota de sorteio: 15%. ■ Quota de carregamento: 10%. Então, R$ 150,00 (75%) serão destinados para compor o capital, R$ 30,00 (15%) serão destinados para o custeio dos sorteios, e R$ 20,00 (10%) serão destinados ao carregamento da Sociedade de Capitalização. Assim, apenas uma parte da contribuição (oriunda da quota de Capitali- zação) é efetivamente utilizada na formação do capital, isto é, da provisão matemática para Capitalização (PMC). Ficou mais claro, certo? Notas ■ As quotas de capitalização, de sorteio e de carregamento deverão ser apresentadas sempre em destaque nas condições gerais do título de capitalização e ser de conheci- mento do subscritor no ato da subscrição. ■ Dentro dos limites estabelecidos pela legislação, cada sociedade pode fixar suas próprias quotas, de acordo com o objetivo comercial a ser atingido para cada produto que lançar. Exemplo Se em uma série com 100.000 títulos com pagamento único de valor “a”, os prêmios de sorteios totalizarem 10.000 vezes o valor da contribuição (10.000 * a), a quota de sorteio será de 10% (10.000 * a/100.000 * a), isto é, cada título colabora com 10% de sua contribuição para custear os sorteios. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:02 57 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO A ESTRUTURAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: O TAMANHO DA SÉRIE De acordo com a legislação em vigor, os títulos de Capitalização devem ser estruturados em séries. O que isso significa? Simples: significa que eles devem ser numerados em sequência limitada de títulos submetidos às mesmas condições gerais e especificações técnicas, à exceção do valor da contribuição, e que possuem a mesma probabilidade de serem contemplados em sorteios de participação comum (Anexo 1, art. 8º). O número de títulos (tamanho da série) que será emitido em uma mesma série deverá ser informado no próprio Título de Capitalização, bem como no material de comercialização, nas condições gerais, em destaque, e na nota técnica atuarial do título. Assim, o tamanho da série representa a quantidade máxima de títulos que poderá ser emitida nessa mesma série. Somente os títulos relativos a uma mesma série podem concorrer aos sor- teios previstos para aquela série. Porém, é possível que uma Sociedade de Capitalização comercialize várias séries distintas, observada, no entanto, em cada série, a quantidade máxi- ma de títulos. A importância do tamanho da série está relacionada aos sorteios. Em primeiro lugar, os sorteios são custeados pelos próprios títulos, por meio da quota de sorteio. Assim, para se determinar quanto compete a cada título, ou seja, para se fazer a divisão do custo dos sorteios pelos títu- los, é necessário definir quantos títulos serão colocados à venda, ou seja, é necessário definir o tamanho da série. O segundo aspecto relevante é referente à probabilidade de ser sorteado. Evidentemente, quanto maior o tamanho da série, mais difícil será, em tese, um título ser sorteado. Uma série é, portanto, um conjunto limitado de títulos, numerados sequen- cialmente, que possuem a mesma probabilidade de serem sorteados (o que, tecnicamente, denomina-se equiprobabilidade de contemplação no sorteio), que concorrem aos mesmos sorteios e que buscam garantir o equilíbrio entre receitas e despesas relativamente aos sorteios. Impor tante Títulos com valores de contribuição diferenciados podem ser comercializados em uma mesma série, desde que tal hipótese esteja prevista na nota técnica atuarial do plano. Saiba mais É certo que os sorteios relativos a uma série não se comunicam com uma outra, isto é, os sorteios e, consequentemente, os títulos ganhadores são independentes entre as séries. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:02 58 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO VALOR DA CONTRIBUIÇÃO E SUA ATUALIZAÇÃO As sociedades de Capitalização podem comercializar títulos com valores de contribuição diferenciados dentro da mesma série. Isso significa dizer que é possível que títulos dentro da mesma série possuam valores diferen- tes de contribuição. Em relação às possibilidades de mudança do valor pago pelo subscritor durante a vigência, observe quais são as regras: ■ Nos planos PU – o pagamento é único, não sendo possível, evi- dentemente, a hipótese de atualização do valor a ser pago pelo subscritor. ■ Nos planos PM e PP – os pagamentos são mensais e sucessivos. Assim, pode ser interessante prever a sua atualização monetária, principalmente se o “plano” tiver um prazo de vigência longo para que esses pagamentos não sejam corroídos pelos efeitos inflacio- nários, já que, como o valor de resgate é originado a partir de uma parte dos pagamentos (oriunda da quota de Capitalização), ele também sofreria os efeitos inflacionários. Por isso, a norma faculta às sociedades de Capitalização a elaboração de planos com a previsão de atualização da contribuição. Dessa maneira, o valor da contribuição seria corrigido anualmente, ou melhor, atualizado monetaria- mente na forma definida nas condições gerais do título (Anexo 1, art. 13). A legislação permite a utilização de percentual inferior a 100% do índice pactuado (exemplo: 60% da variação do IGP-M), sendo possível, também, que as sociedades de Capitalização estabeleçam, nas condições gerais do título, a livre pactuação entre as partes do percentual do índice de atualiza- ção a ser aplicado aos pagamentos periódicos (PP) ou pagamentos men- sais (PM), a cada período de 12 meses. O índice de atualização e a forma de sua apuração, se existentes, deverão constar das condições gerais do título. Os títulos que se utilizam da atualização das contribuições normalmente adotam a correção anual pelo IGP-M, o que se tornou, praticamente, o padrão do mercado. Saiba mais É vedada a inclusão de cláusula de atualização de contribuição para títulos com prazo de pagamento igual ou inferior a 12 meses, uma vez que a atualização deve ter, quando prevista, periodicidade anual e deverá utilizar um dos índices autorizados pela legislação em vigor. Nota No Anexo 3 – Índices de atualização –, há a relação dos índices de atualização passíveis de serem utilizados pelas sociedades de Capitalização. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:02 59 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR A contratação de qualquer título de Capitalização estabelece a obrigato- riedade de a Sociedade de Capitalização prestar informações relativas ao título sempre que solicitadas pelo subscritor ou titular (Anexo 1, art. 17). Segundo legislação em vigor, toda e qualquer cláusula que implique limita- ção ou imponha ônus aos titulares deverá ser redigida em destaque, per- mitindo imediata e fácil identificação e compreensão das regras. Além disso, a Sociedade de Capitalização deve prestar ao titular as infor- mações necessárias ao acompanhamento dos valores inerentes ao título, bem como emitir e remeter-lhe extratos individuais, no mínimo uma vez a cada ano, durante a vigência do título. A Sociedade de Capitalização deve, ainda, disponibilizar essas informações por meio de correspondên- cia impressa e/ou eletrônica ou mediante outro canal de comunicação que se possa comprovar. No caso de optar por extratos, a periodicidade da remessa deve constar das condições gerais do título, observada a periodicidade máxima semes- tral,no caso de títulos de Capitalização de pagamentos periódicos (PP) ou pagamentos mensais (PM) com prazo de vigência de 12 meses e periodici- dade máxima anual para os demais títulos. Existe, também, a obrigatoriedade de notificação, por escrito, mediante correspondência expedida com aviso de recebimento (AR) ou por qual- quer meio que se possa comprovar, ao titular do título contemplado em sorteio, no prazo máximo de 40 dias, contados da data de sua realização. A PROVISÃO MATEMÁTICA PARA CAPITALIZAÇÃO: A CONSTITUIÇÃO DO CAPITAL PARA RESGATE A quota de Capitalização representa a parte de cada contribuição que será destinada à formação do capital que servirá como base para o cálculo do valor a ser resgatado pelo titular. Esse capital está presente em uma espécie de conta do titular, chamada provisão matemática para Capitalização (PMC) ou reserva de Capitalização, que é similar a uma caderneta de poupança, como já vimos (Anexo 1, Glossário). Impor tante As informações prestadas ao consumidor devem conter, no mínimo, o valor do resgate atualizado. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:02 60 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO A PMC do título deverá sofrer a incidência de atualização monetária e de juros a partir da data de início de vigência do título de Capitalização. Seu saldo é sempre apresentado, considerando-se o fim do mês de vigência. Inicialmente, deve-se compreender o conceito de “data de aniversário” como sendo o dia de início de vigência do título, e que será considerado, também, em todos os meses subsequentes enquanto o título não for res- gatado (Anexo 1, Glossário). Assim, se um título for adquirido no dia 17 de março, a sua data de aniver- sário será o dia 17. Você deve estar se perguntando: como isso funciona em cada tipo de título? A resposta está a seguir, vá adiante! — A Provisão Matemática para Capitalização no Título PU No caso do título PU, como só há um pagamento, a evolução da provisão é bastante simples: ■ Separa-se, desse pagamento único, o valor destinado à Capitaliza- ção por meio da utilização da quota de Capitalização. ■ Esse valor é o “depósito inicial” da PMC (“conta”), que sofrerá, mensalmente, a remuneração dos juros e a atualização monetária. ■ Ao final do primeiro mês de vigência, na data de aniversário (final do mês de vigência), o saldo da provisão será a soma do “depósi- to inicial” com a parcela de remuneração ( juros) e com a parcela da atualização oriundas desse primeiro mês de vigência. Assim, as parcelas oriundas dos juros e da atualização monetária pas- sam, também, a integrar a provisão para efeito do próximo perío- do de vigência. ■ Para os meses seguintes, repete-se a operação anterior, isto é, na data de aniversário devem ser adicionados ao saldo da provisão matemática os juros e a atualização monetária oriundos do mês de vigência que se encerra. Assim, no final de cada período de Capitalização (de cada mês de vigên- cia), os juros produzidos são adicionados ao capital, passando a fazer parte da provisão para efeito de cálculo dos próximos juros. Logo, estamos dian- te da aplicação de juros compostos. Nota Juros Compostos Juros compostos são os juros de um determinado período somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:28 61 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO — A Provisão Matemática para Capitalização nos Títulos PM ou PP Em relação aos títulos PM e PP, a única diferença é que a cada início de período de Capitalização deve ser acrescida ao saldo existente na provi- são a parcela do novo pagamento destinada à Capitalização. Ao final do primeiro mês de vigência, o saldo da provisão é a soma do “depósito inicial” com a parcela de remuneração (juros) e com a parcela proveniente da atualização monetária. Em seguida, deve-se adicionar ao saldo da PMC do final do primeiro mês a parcela originada pela quota de Capitalização do segundo mês. Assim, ao final do segundo mês, o cálculo de juros e da atualização monetária incidirá sobre a soma do saldo da PMC do primeiro mês, com a parcela a ser capita- lizada decorrente do pagamento realizado no início do segundo mês. Justamente pelo fato de o segundo pagamento ocorrer no início do segun- do mês de vigência é que ele também sofrerá a incidência de juros e atua- lização monetária, uma vez que a atualização monetária e os juros na PMC somente são calculados no fim do mês de vigência. Nos meses seguintes, para o cálculo das parcelas provenientes da incidên- cia de juros e da atualização monetária no fim do mês de vigência, deve-se, também, considerar a parcela originada pela quota de Capitalização reali- zada no início do respectivo mês. A diferença existente entre os títulos PM e PP é apenas em relação aos novos pagamentos. Como no título PM é previsto um pagamento para cada mês de vigência, sempre haverá a “entrada” de uma nova parcela oriunda do pagamento daquele mês. Já nos títulos PP, por preverem menos pagamentos do que meses de vigência, a partir de determinado mês cessarão as novas “entradas” (os pagamentos). Nesse momento, então, a PMC será calculada da mesma forma que no título PU, isto é, o cálculo de juros e atualização monetária é feito se considerando apenas o saldo do mês anterior existente na PMC. Saiba mais No regime financeiro que estrutura os títulos de Capitalização PM e PP, a provisão matemática é formada por acumulação. Assim, os títulos têm a sua Provisão Matemática para Capitalização constituída gradativamente ao longo de sua vigência, havendo, a cada início de mês de vigência, um reforço ao capital a ser formado. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:28 62 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Notas ■ É possível que as sociedades definam, na nota técnica atuarial do título, que a provisão matemática para capitalização não será atualizada na data de aniversário do título, mas sim em um dia preestabelecido (por exemplo, sempre no dia 1º de cada mês). A vantagem é que todos os seus títulos, independentemente da data de aquisição, são atualizados em uma única data. ■ Ao término do prazo de vigência, o titular tem direito ao resgate integral do saldo exis- tente na provisão matemática para capitalização. ■ A provisão para sorteio a realizar possui uma estruturação semelhante à provisão matemática para capitalização. ■ Nas modalidades Tradicional, Instrumento de Garantia e Compra Programada, é per- mitido que a sociedade ofereça aos titulares, além da PMC, um resgate extra de um bônus, desde que cumpridas as regras por ela estabelecidas (por exemplo: desde que todos os pagamentos sejam efetuados sem atraso). Este bônus é constituído de forma independente da PMC. A REMUNERAÇÃO DO CAPITAL: A TAXA DE JUROS Como já vimos, na Capitalização, o capital aplicado é remunerado (capi- talizado) mensalmente a uma determinada taxa – a taxa de juros (Anexo 1, “Matemática para Capitalização”, no Glossário, e art. 11). No fim de cada período de Capitalização, os juros produzidos são adicionados ao capital, passando a fazer parte desse capital para efeito do cálculo dos próximos juros. Assim, os juros se destinam à remuneração do capital, ou seja, são a forma de se retribuir ao dono do capital o fato de ele tê-lo deixado com a Sociedade de Capitalização. Esta operação de remuneração ocorre na “con- ta” denominada Provisão Matemática para Capitalização (PMC). De acordocom a legislação em vigor, a sociedade pode determinar o percentual da taxa de juros que irá remunerar o Título de Capitalização, devendo, no entanto, atender aos valores mínimos. Com as mudanças nas taxas de juros aplicáveis à caderneta de poupança, os Títulos de Capitalização também sofreram diversas alterações em suas taxas, havendo, inclusive, regras de transição para os títulos que já haviam sido comercializados (o que não será abordado aqui). Atualmente, não há mais um vínculo direto entre a taxa de juros aplicável aos Títulos de Capita- lização e a taxa de juros aplicável à caderneta de poupança. Exemplo Um título da sociedade A pode prever uma taxa de juros de 0,5% ao mês, enquanto um título de outra sociedade B pode prever uma taxa de juros igual a 0,35% ao mês. Evidentemente, o primeiro irá remunerar mais o capital do que o segundo. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:28 63 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Quanto aos requisitos, a taxa de juros mínima que a sociedade deve adotar em seu título varia de acordo com a modalidade. Para os novos títulos a serem comercializados das modalidades Tradicio- nal, Compra Programada e Instrumento de Garantia, a taxa de juros efeti- va real mensal utilizada para remuneração do título (e/ou sua equivalente anual) deverá corresponder a, no mínimo, 0,35%. Já para as modalidades Popular, Incentivo e Filantropia Premiável, a taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título (e/ou a equivalente anual) deverá corresponder, no mínimo, a 0,16%. A taxa de juros deve constar da nota técnica atuarial e das condições gerais do título de Capitalização. A aplicação da taxa de juros na provisão matemática para Capitalização se inicia a partir do começo de vigência do título e cessa a partir da data do seu cancela- mento por falta de pagamento ou cessa em função de resgate antecipado total do título (incluída, nesta hipótese, a liquidação antecipada por sorteio), ou, ainda, cessa a partir da data do término de sua vigência (Anexo 1, art. 11, §7º). A ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DA PROVISÃO MATEMÁTICA: A RECUPERAÇÃO DO PODER DE COMPRA A legislação define a necessidade de atualização mensal da Provisão Matemática para Capitalização. Essa atualização visa à manutenção do poder de compra do capital, não se confundindo com a remuneração gerada pela incidência de juros (Anexo 1, “Provisão matemática para Capitalização”, no Glossário, e arts. 11 e 12). A atualização monetária evita que o valor constituído na provisão matemática sofra os efeitos causados pela desvalorização da moeda. Seu papel é funda- mental em períodos inflacionários mais significativos. No entanto, nos perío- dos de baixa inflação, a atualização também é necessária para que a remune- ração obtida pela taxa de juros não seja uma “falsa” remuneração, pois seria corroída em parte pela inflação, caso não houvesse a atualização. A legislação atual exige que, nas Condições Gerais, sejam inseridos o índice e o critério de atualização da provisão. A Resolução CNSP nº 103/2004 estabelece que a CapitalizaçãoPMC deve ser atualizada men- salmente pelo índice pactuado no plano. Saiba mais As sociedades de Capitalização poderão estruturar títulos com taxas diferenciadas de juros ao longo de sua vigência, obedecendo aos limites mínimos já mencionados. Isso poderia significar, por exemplo, que a remuneração do título poderá ser decrescente ou crescente ao longo dos meses, dependendo dos objetivos mercadológicos propostos para o produto. Esta hipótese é praticamente teórica, uma vez que tal prática não está difundida no mercado. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:28 64 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO O índice pode ser pactuado entre as partes, observadas as normas esta- belecidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). No entanto, como os contratos relativos aos Títulos de Capitalização são, normalmente, contra- tos de adesão e devem ser previamente aprovados pela SUSEP, o índice de atualização da PMC já está definido. Assim, não é facultada ao subscri- tor a possibilidade de estabelecer o índice que atualizará o saldo da PMC. Ele simplesmente adere ou rejeita (não compra) as condições propostas. Para melhor esclarecimento do consumidor, quando se utiliza a TR como índice de atualização da Provisão Matemática para Capitalização, a legisla- ção obriga que as Condições Gerais e a ficha de cadastro, quando previs- ta, apresentem a seguinte mensagem em destaque (Anexo 1, art. 11, “Obs.”): “O capital formado neste título será atualizado pela Taxa Referencial (TR), conforme definido na Lei nº 8177/1991.” O RESGATE DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO O resgate de um título de Capitalização representa o pagamento, pela Sociedade de Capitalização, de determinada quantia ao titular, extraída da Provisão Matemática para Capitalização (Anexo 1, art. 11). A Sociedade de Capitalização deverá efetuar o pagamento do resgate por qualquer meio legalmente admitido e disponível na cidade de domicílio do titular, sendo vedada a reaplicação do valor de resgate em outro título sem a prévia e expressa anuência do titular. Para os Títulos de Capitalização em que o pagamento da contribuição ocor- ra por meio de débito automático em conta, a Sociedade de Capitalização deve realizar, quando do fim da vigência do título, o depósito automático do correspondente valor de resgate, salvo se verificada a impossibilidade devidamente justificada de efetivação de crédito em conta. Quando não houver o depósito automático, a Sociedade de Capitalização deverá possuir procedimentos operacionais que viabilizem, quando do fim da vigência do título de Capitalização, no seu cancelamento ou no momento do seu resgate antecipado, a ciência ao(s) titular(es) sobre a disponibilida- de do valor de resgate, mediante correspondência expedida com aviso de recebimento (AR) ou por qualquer meio que se possa comprovar. Esse pro- cedimento deve ser executado caso o pagamento do resgate não seja efe- tuado em até 40 (quarenta) dias a partir da data em que se tornou exigível. Saiba mais Veja no Anexo 3 – Índices de Atualização – a relação dos índices de atualização passíveis de serem utilizados pelas sociedades de Capitalização, sendo o mais utilizado deles a Taxa Referencial (TR). Impor tante Os valores de resgate e de sorteio também devem ser atualizados monetariamente, a partir das datas de solicitação ou de realização, respectivamente, até a data do seu efetivo pagamento (Anexo 1, arts. 14 e 15). Não se deve confundir a atualização anual do valor dos pagamentos, que nem sempre se verifica nos títulos, com a atualização monetária mensal da Provisão Matemática para Capitalização, que é obrigatória. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:28 65 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Para qualquer modalidade, as condições gerais do título devem assegurar o direito do titular em optar por receber o valor do resgate em moeda cor- rente, independentemente de qualquer vinculação estabelecida à época da subscrição do título. Deverá estar claro, na ficha de cadastro e em todos os documentos de publicidade do título de Capitalização, que se os valores não forem resga- tados dentro do prazo prescricional, o titular do direito de resgate perderá esse direito. Quanto ao momento do resgate, há três hipóteses possíveis:poderá ser antecipado em relação ao fim da vigência (por solicitação do titular), ser decorrente de contemplação em sorteio (liquidação antecipada por sor- teio) ou, ainda, ocorrer após o encerramento da vigência do título. Quanto ao montante, o resgate poderá ser parcial ou total, o que será visto detalhadamente a seguir. — Resgate Parcial É aquele que não esgota a totalidade do montante presente na provisão matemática para Capitalização, isto é, durante a vigência do título, o titular solicita o levantamento (resgate) de parte do valor presente em sua Provisão Matemática sem esgotar o saldo dessa provisão. Neste caso, haverá a continuidade normal do título, isto é, o resgate parcial não acarreta nem a suspensão, nem o cancelamento do título, não afetando, também, o direito de participação nos sorteios. O resgate parcial só poderá ser efetuado caso esteja previsto nas Condi- ções Gerais do título. Se previsto, deverá seguir as regras impostas nas próprias condições gerais, como o valor mínimo a ser resgatado e o perío- do mínimo de intervalo entre os resgates. — Resgate Total O resgate total, por sua vez, esgota todo o valor constituído na Provisão Matemática para Capitalização, podendo o titular, conforme o caso, ficar com todo esse valor ou não. O resgate total sempre estará vinculado ao encerramento/cancelamento do título. Existem três formas de resgate total: por liquidação antecipada por sorteio (obrigatória, quando assim definido), antecipado por solicitação do titular (facultativo) e por encerramento da vigência do título (regular). Que tal conhecer cada uma delas? Siga adiante! Saiba mais No modelo constante do Anexo 1, não foi prevista a possibilidade de resgate parcial. Impor tante O resgate parcial é uma forma de resgate antecipado, pois ocorre antes do fim de vigência do título. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:28 66 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Resgate Total por Liquidação Antecipada por Sorteio Quando um título é sorteado, dois efeitos podem ocorrer: 1. Continuidade normal da vigência: O titular recebe o prêmio do sorteio, mas o título tem a sua vigência mantida, podendo, inclu- sive, o titular participar dos demais sorteios (e até ser premiado novamente) (Anexo 1, art. 10º). O titular poderá continuar a realizar os pagamentos, mantendo seu título ativo e fazendo jus ao recebimento da Provisão Matemática para Capitalização no encerramento do prazo de vigência, da mesma forma que os demais títulos. Você percebeu aqui como o Título de Capitalização é diferente do con- sórcio? No consórcio, há um vínculo entre a contemplação e o valor a ser recebido, isto é, ser contemplado significa receber antecipadamente o valor, devendo o consorciado continuar a pagar as suas mensalidades. Já no título, o prêmio por sorteio não apresenta qualquer vínculo com o valor de resgate, ou seja, ser sorteado em nada altera o recebimento do valor de resgate. Aliás, não havendo a previsão de liquidação por sorteio, o sortea- do prosseguirá no título como se nada tivesse acontecido. 2. Obrigatoriedade de liquidação antecipada: Para que este efeito ocorra, as condições gerais devem prever que, se o título for sorteado, será automaticamente resgatado e encerrado. Nes- se caso, o titular receberá o prêmio de sorteio e o valor presen- te em sua provisão matemática para capitalização e na provisão para distribuição de bônus, quando houver, em razão do encer- ramento do título. Não poderá haver penalidade para esse resgate provocado pela contem- plação em sorteio, ou seja, o titular deverá receber integralmente (100%) o valor presente na provisão. O valor a receber, proveniente da provisão mate- mática, é independente do valor a receber em função do prêmio do sorteio. Se as condições gerais determinam que certo sorteio apresenta liquidação antecipada, o título contemplado naquele sorteio será obrigatoriamente resgatado, independentemente da vontade de o titular desejar continuar com seu título, devendo-lhe ser pago, entretanto, o saldo integral (sem qualquer penalidade) da Provisão Matemática para Capitalização (ainda que dentro do prazo de carência), além, é claro, do próprio prêmio de sor- teio. Mais tarde, veremos que essa forma de liquidação representa, em termos fiscais, um benefício para o consumidor. Assim, o resgate total por liquidação antecipada por sorteio ocorre sempre que um título é sorteado em um sorteio que, previamente, nas condições gerais do título, estabelecia o seu encerramento em caso de contemplação e o consequente recebimento do saldo integral da PMC. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:28 67 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Resgate Total Antecipado por Solicitação do Titular (Anexo 1, art. 11) O resgate total antecipado por solicitação do titular funciona de forma semelhante ao resgate parcial, com a diferença de que, ao solicitar o res- gate total antecipado, durante a vigência do título, ocorrerá a baixa integral do valor constituído na provisão matemática e o cancelamento do título. Assim, uma vez solicitado o resgate antecipado total durante a vigência, o título não concorrerá mais aos sorteios em razão de seu cancelamento. No entanto, esse resgate, tal qual o parcial, somente será efetivado após o prazo de carência estabelecido nas condições gerais do título. Assim, durante o prazo de carência previsto, o titular não poderá exigir o recebimento, nem total nem parcial, do valor constante da Provisão Matemática para Capitalização. O resgate antecipado, seja ele parcial ou total, pode sofrer a aplicação de uma penalidade em razão de frustrar a expectativa da Sociedade de Capi- talização, já que a vigência do título não foi observada por vontade exclu- siva do titular. Esse percentual de desconto é conhecido como penalidade, que abordaremos detalhadamente mais à frente. Resgate Total por Encerramento da Vigência do Título (Anexo 1, art. 11) No resgate total por encerramento da vigência do título, encerrada a vigên- cia, o valor constituído na Provisão Matemática para Capitalização e na pro- visão para distribuição de bônus, quando houver, deve estar integralmente disponível para o titular. Essa forma de resgate representa a situação mais natural do título, cum- prindo com o seu objetivo inicial: formar um determinado capital a ser res- gatado ao final da vigência. O consumidor completa a vigência definida para o título, fazendo jus ao resgate integral da PMC, isto é, sem que seja possível haver qualquer penalidade. Contudo, deve-se ter cuidado com o significado da afirmação anterior. Dizer que, ao final da vigência, o titular receberá todo o capital presente na Provisão Matemática para Capitalização (100% do saldo da PMC) não significa concluir que ele irá resgatar valor igual à soma de todos os paga- mentos efetuados pelo subscritor (100% dos valores pagos). Por que não? A explicação é simples: algumas modalidades, de fato, estabelecem que o saldo final da provisão deverá corresponder, no mínimo, ao total do valor pago (100% do saldo da provisão ≥ 100% dos valores pagos). Contudo, há outras modalidades em que tal fato não ocorrerá. Assim, é possível haver um Título de Capitalização que não restitui ao titular, ao final do prazo de vigência, o valor total que foi pago pelo subscritor. Impor tante O percentual de desconto que pode incidir sobre o valor em caso de resgate antecipado é chamado de penalidade. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassadopara terceiros. 19/01/2022 17:20:28 68 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Impor tante Deverá constar das condições gerais, em destaque, que se aplicará, quando do paga- mento do resgate, tratamento tributário na forma da legislação fiscal vigente. Há inci- dência de imposto de renda sobre o valor a ser resgatado se este superar o montante dos valores pagos pelo subscritor ao longo da vigência do título (Anexo 1, art. 11, §6 ).º ■ A legislação em vigor estabelece que o pagamento do resgate deverá ser dispo- nibilizado em até 15 dias corridos, contados a partir da entrega da documentação completa, após o término da vigência ou após o cancelamento do título (seja por liquidação antecipada por sorteio, seja por falta de pagamento) ou, ainda, após a solicitação por parte do titular no caso de resgate antecipado (Anexo 1, art. 11, §3 ).º ■ Caso a Sociedade de Capitalização não cumpra o prazo especificado, o valor do resgate deverá ser acrescido de juros moratórios previstos nas condições gerais do título, não inferior à taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impos- tos devidos à Fazenda Nacional Sociedade de Capitalização. A exceção é somente para os casos em que o titular não mantém seus dados cadastrais atualizados ou não comunica à Sociedade de Capitalização a realização de cessão, informando os dados cadastrais do novo subscritor ou do(s) novo(s) titular(es), respectivamente (Anexo 1, art. 11, §4 ).º ■ Também haverá resgate quando o título for cancelado por inadimplência. As con- dições gerais devem definir o número máximo de meses que o título pode perma- necer suspenso em razão da falta de pagamento. Extrapolado esse prazo máximo, o título estará rescindido (cancelado). No entanto, a legislação estabelece que as sociedades não podem se apropriar do valor que foi constituído na Provisão Mate- mática para Capitalização, ainda que o cancelamento ocorra dentro do prazo de carência. Nesse caso, a sociedade deverá colocar à disposição do titular o valor de resgate quando se encerrar a carência (Anexo 1, art. 11). ■ Os títulos que, ao final do prazo de vigência, estabelecem capital de resgate de 100% ou mais em relação aos pagamentos efetuados, além de atualização monetária pela TR, não formarão o mesmo capital comparado ao da caderneta de poupança, pois o capital formado na caderneta de poupança é calculado sobre a totalidade dos depósitos e incluem a variação da TR, além da taxa de juros vigente ao mês. No caso dos títulos de Capitalização, há também juros mensais (mas a taxa não é obri- gatoriamente a mesma da poupança) e, em geral, variação pela TR, mas estes não incidem sobre a totalidade dos pagamentos. O título, ao prever um resgate de 100% (ou mais) ao final da vigência, já incluiu a taxa de juros no cálculo, restando apenas a atualização pela TR. Dizer que há atualização pela TR não significa dizer que o capital formado será igual ao que seria constituído por meio da caderneta de poupança. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:28 69 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO — Penalidade No caso de resgate antecipado por solicitação do titular, parcial ou total, a Sociedade de Capitalização poderá fixar, desde que prevista nas condi- ções gerais do título, uma penalidade em função de o titular não respeitar o prazo de vigência do título de Capitalização (Anexo 1, art. 11, §2º). Essa penalidade é definida como um percentual a ser aplicado sobre o montante resgatado e será retida pela Sociedade de Capitalização como uma espécie de multa. No entanto, a legislação fixa percentuais mínimos que a Sociedade de Capitalização deverá restituir, aplicados ao valor da provisão matemática para Capitalização, que varia de acordo com a vigência do título. PERCENTUAL MÍNIMO DE RESTITUIÇÃO EM CAPITALIZAÇÃO RESGATE ANTECIPADO PERCENTUAL MÍNIMO A RESTITUIR Até ½ do prazo de vigência 90% A partir de ½ do prazo até ¾ do prazo de vigência 95% A partir de ¾ do prazo de vigência 100% Para efeito de aplicação do percentual disposto na tabela, deverá ser con- siderada a data em que o pagamento será efetivamente disponibilizado ao titular, qualquer que tenha sido a data da solicitação do resgate antecipado. Na hipótese de resgate antecipado ou cancelamento dos títulos de paga- mentos mensais (PM) ou de pagamentos periódicos (PP), a Sociedade de Capitalização deverá restituir ao titular o maior valor entre a Provisão Matemática para Capitalização e 50% (cinquenta por cento) do total das contribuições efetuadas. A TABELA DE RESGATE Nas Condições Gerais dos Títulos deverá ser incluída uma tabela informan- do a evolução da PMC ao longo da vigência, denominada de tabela de resgate (Anexo 1, art. 11, Tabela 1). A tabela de resgate discrimina o percentual de resgate em função do pra- zo de vigência do título, considerando que todos os pagamentos foram devidamente efetuados, assim como os demais parâmetros relevantes para o cálculo, como os eventuais fatores de redução (penalidades) para Impor tante O resgate originado na liquidação antecipada do título por sorteio ou o resgate total ao final do prazo de vigência deverá corresponder sempre a 100% da provisão matemática para Capitalização, isto é, jamais poderá haver penalidade em tais casos. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:28 70 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO resgates antecipados. O percentual apresentado deve incidir sobre o montante dos pagamentos já efetuados até aquele momento, gerando assim um cálculo aproximado do valor a que o titular terá direito se solicitar no resgate. Mas, você pode estar se perguntando, como é o cálculo desse percentual? Bem, a elaboração dessa tabela leva em consideração as quotas de Capita- lização, a taxa de juros, a existência de eventuais penalidades em caso de resgate antecipado e a exigência de restituir no mínimo 50% do total das contribuições efetuadas. O cálculo é aproximado, uma vez que a tabela não considera a atualização monetária (Anexo 1, art. 11, “Obs.”). Assim, a tabela indica, ao final de cada mês de vigência, o montante aproximado que poderia ser resgatado pelo titular. Esta informação é apresentada a partir de um percentual que deverá ser aplicado sobre a soma dos valores pagos. Os percentuais de resgate presentes na tabela são obtidos a partir dos mes- mos dados que servem de auxílio para a formação da Provisão Matemática para Capitalização (quota de Capitalização e taxa de juros). No entanto, nem sempre o valor resgatado corresponderá ao saldo total dessa provisão, em razão de a tabela também considerar a aplicação de penalidade. Vamos usar um exemplo para que esses conceitos fiquem bem claros para você: se em um determinado mês de vigência há uma penalidade de 10% (o que significa dizer que, do saldo da provisão matemática, 10% serão reti- dos pela sociedade em caso de resgate antecipado), a tabela, ao apresen- tar o percentual de resgate, já levou em consideração a aplicação dessa penalidade, isto é, o percentual assinalado na tabela já apresenta o valor “líquido” a ser resgatado, tendo sido “descontada” a penalidade existente, pois seu objetivo é informar ao titular que percentual dos pagamentos ele poderia resgatar naquele momento. Assim, Provisão Matemática para Capitalização e tabela de resgate não são sinônimos! Ficou claro? Veja outras diferenças. A Provisão Matemática para Capitalização é algo real que vai sendo cons- truído ao longo da vigência do título, incorporando juros e atualização monetária, levando-se em consideração, também, o fato de os pagamen- tos terem sido ou não efetuados. Já a tabela de resgateé algo teórico. Parte da premissa de que todos os pagamentos serão realizados corretamente, aplica a penalidade prevista nas condições gerais e considera, antecipadamente, a incidência de juros. No entanto, não leva em conta a atualização monetária, o que seria tecni- camente impossível, uma vez que os valores dos índices de atualização somente são conhecidos posteriormente, ou seja, durante a vigência. A seguir, você vai poder observar uma tabela para resgate de um título PP, Nota Tabela de Resgate O objetivo da tabela de resgate é permitir ao titular um cálculo aproximado, mas de fácil realização, do valor que ele poderia resgatar em uma determinada época durante a vigência do título. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:46 71 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO da modalidade Popular, com 12 meses de prazo de vigência, e que estabe- lece a realização de nove pagamentos mensais e sucessivos, sendo cada pagamento no valor de R$ 10,00. Fique atento aos comentários indicados pelos asteriscos para entender como ela foi elaborada. RESGATE DE UM TÍTULO PP, MODALIDADE POPULAR MÊS DE VIGÊNCIA % DE RESGATE SOBRE A SOMA DOS PAGAMENTOS EFETUADOS* 1 5 0,0 0 2 5 0,0 0 3 56,00 4 61,43 5 64,77 6 67,06 7 72,57 8 73,96 9 7 9,0 4 10** 79,43 11** 79,83 12** 80,22 * Esta tabela foi elaborada considerando as seguintes quotas de Capitalização: mês 1 e 2 = 50%, meses 3 a 9 = 85%. Observe que a média aritmética de todas as quotas de Capitalização é de 77,223%, atendendo a todos os requisitos existentes para as quotas de Capitalização. Além disso, foram levados em conta a taxa de juros igual a 0,5% ao mês e um fator de redução (penalidade) igual a 10% até o sexto mês de vigência e de 5% nos sétimo e oitavo meses. Não há penalidade a partir do nono mês. Ainda foi considerada a exigência legislativa de que a Sociedade de Capitalização deverá restituir ao titular o maior valor entre a Provisão Matemática para Capitalização e 50% (cinquenta por cento) do total das contribuições efetuadas. ** Observe-se, também, que, nos meses 10, 11 e 12, não há mais pagamentos, já que o plano só prevê nove pagamentos. Ainda em dúvida? Então veja com atenção o exemplo a seguir. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:46 72 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Exemplo Se o titular solicitar o resgate após ter efetuado dois pagamentos (2 × R$ 10,00 = R$ 20,00), ele terá direito a 50% do valor que pagou, resultando, então, em R$ 10,00 (50% de R$ 20,00). Já se o titular permanecer até o final do plano, tendo, portanto, realizado nove paga- mentos (9 × R$ 10,00 = R$ 90,00), ele terá direito a 80,22% do que pagou, ou seja, R$ 72,20 (80,22% de R$ 90,00). Em ambos os casos, não se levou em consideração a atualização monetária, ou seja, os valores encontrados ainda sofrerão a atualização pelo índice de atualização estabeleci- do no plano (a TR é o mais comum) referente ao período de vigência. Como não pode haver penalidade uma vez encerrada a vigência do título, a última linha da tabela de resgate (mês final de vigência) deverá obrigatoriamente representar a inte- gralidade (100%) do saldo da provisão matemática para capitalização sem considerar a atualização monetária. SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO A suspensão do título de Capitalização é uma decorrência da falta de pagamento, sendo uma característica dos títulos pagamento mensal (PM) – ou dos títulos pagamento periódico (PP). Não tendo havido o pagamento na data prevista, o título é considerado suspenso a partir daquela data (Anexo 1, art. 6º). Com isso, há também a suspensão automática do direito do titular de participar dos sorteios. Saiba Mais Caso o número do título suspenso seja sorteado, a Sociedade de Capitalização é a deten- tora do prêmio de sorteio por ter sido ela que arcou com o custeio daquele prêmio de sor- teio relativamente ao título suspenso, ou seja, “pagou” a quota de sorteio do título suspenso durante o prazo de suspensão. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:46 73 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Um segundo efeito da suspensão é iniciar a contagem de prazo para a res- cisão (cancelamento) do título. Todo título tem um prazo máximo durante o qual poderá permanecer suspenso. Encerrado tal prazo, sem que tenha havido pagamento, o título será cancelado (Anexo 1, art. 7º). No entanto, de acordo com a legislação, a Sociedade de Capitalização não poderá se apropriar da provisão matemática dos títulos suspensos ou can- celados (caducos) em razão de inadimplência. Se houver o cancelamento, a sociedade deverá colocar o valor do resgate à disposição do titular, tão logo o período de carência termine (se existen- te), independentemente do número de pagamentos efetuados. Esse direi- to permanece válido mesmo nos casos em que a inadimplência tenha ocorrido em data anterior ao término do prazo de carência fixado nas con- dições gerais do título. Para entender melhor, confira os parágrafos do art. 24 da Circular SUSEP 569/18, que tratam da suspensão, do cancelamento e da reabilitação dos títulos de Capitalização: “Art. 24. (...) §1º. As Condições Gerais do Título, para o caso de atraso no pagamento da contribuição, deverão prever um prazo de suspensão, durante o qual o título poderá ser reabilita- do com prorrogação, ou não, dos prazos de contribuição e de Capitalização. §2º. A reabilitação sem prorrogação implica o pagamen- to das contribuições vencidas, podendo ser acrescida dos juros do plano e da atualização monetária. §3º. Vencido o prazo de suspensão, o título ficará rescin- dido, permanecendo à disposição do titular o respectivo valor de resgate, para recebimento do mesmo após o pra- zo de carência, quando previsto. §4º. Ao titular do título reabilitado não assistirá qualquer direi- to aos sorteios realizados durante o período de suspensão. A REABILITAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO A reabilitação é o encerramento da suspensão de um título de Capitaliza- ção em razão de ter o subscritor efetuado um ou todos os pagamentos em Atenção Quanto à provisão matemática para capitalização do título, há uma diferença entre suspensão e cancelamento. A suspensão não gera efeitos, isto é, ainda que suspenso, a sua provisão continua a ser atualizada monetariamente pelo índice adotado e capitalizada pela taxa de juros prevista no título. Já para um título cancelado, somente existirá incidência de atualização monetária até que o resgate seja pago ao titular, não havendo mais, portanto, a incidência de juros após o cancelamento (Anexo 1, art. 11, §7º). Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:46 74 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO atraso, dependendo do caso. Com a reabilitação, o título volta a participar dos sorteios. Porém, só poderá haver a reabilitação enquanto durar a sus- pensão, isto é, uma vez cancelado o título, este não poderá mais ser reabi- litado (Anexo 1, art. 6º, parágrafo único). Conforme exposto no art. 24, §1º, duas são as formas possíveis de reabili- tação: sem prorrogação do prazo de vigência ou com a sua prorrogação. Falaremos detalhadamente delas a seguir. — Reabilitação sem Prorrogação de Vigência Para que você entenda como funciona essa forma de reabilitação, imagine a seguinte situação: um título PM que preveja 12 pagamentose, conse- quentemente, 12 meses de vigência, adquirido e tendo sido efetuado o primeiro pagamento em 1º de janeiro, e que admita, ainda, um período máximo de suspensão de quatro meses, sendo possível a reabilitação sem prorrogação de vigência. Assim, vamos supor que o subscritor tenha deixado de efetuar o segundo e o terceiro pagamentos, referentes aos meses de fevereiro e março. O título, então, foi suspenso em 1º de fevereiro, data em que deveria ter acon- tecido o segundo pagamento. No dia 15 de março, desejando reabilitar seu título, o subscritor deverá efetuar os pagamentos relativos aos dois meses em atraso, devidamente atualizados e, ainda, acrescidos de juros. Por força do §2o, já transcrito, não havendo prorrogação de vigência, só ocorrerá a reabilitação se todos os pagamentos em atraso forem devidamente quitados, acrescidos de juros e atualização monetária. A obrigatoriedade de atualização monetária e de juros busca salvaguardar o valor final de resgate, já que, se os pagamentos tivessem ocorrido na data correta, a parte destinada ao capital estaria sujeita à atualização e aos juros na Provisão Matemática para Capitalização. Como vimos, reabilitação sem prorrogação de vigência significa que o títu- lo não terá a sua vigência inicial alterada, ainda que tenha permanecido suspenso durante um período. Assim, no exemplo anterior, com vigência de 12 meses, em 1 de janeiro do ano seguinte, o título completaria sua o vigência, encerrando-se. Um outro efeito da não prorrogação da vigência é a perda definitiva dos sorteios que ocorreram durante o prazo de suspensão. Saiba mais Apesar de o texto da Circular SUSEP nº 569/2018 falar em “prorrogação do prazo de contribuição e de Capitalização”, pensamos ser mais abrangente o termo “prorrogação de vigência”, conforme os motivos que serão apresentados no próximo tópico. Confira o conteúdo completo da Circular no Anexo 4. Exemplo Se um título prevê um sorteio mensal, sempre no dia 5, então o título suspenso não participou dos sorteios de 5 de fevereiro e de 5 de março, não tendo como “recuperá-los”. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:46 75 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO — Reabilitação com Prorrogação de Vigência A reabilitação com prorrogação de vigência difere da anterior por não exi- gir o pagamento de todos os meses que eventualmente estejam em atraso, bastando, apenas, a efetivação de um pagamento para reabilitar o título. No exemplo anterior, se o subscritor, que atrasou em fevereiro e março, efetuasse o pagamento de abril no vencimento correto (1º de abril), o título estaria reabilitado. Obviamente, para que isso aconteça, a reabilitação com prorrogação de vigência deve estar prevista nas Condições Gerais. Dessa forma, a reabilitação com prorrogação consiste em estender o prazo normal de vigência em função do número de parcelas em atraso. Assim, ain- da no mesmo exemplo, o título teria a sua vigência prorrogada por mais dois meses (período que corresponde ao número de pagamentos não realizados). Além de facilitar a reabilitação, já que basta apenas um pagamento para afastar a suspensão e que não há cobrança de juros e atualização, a rea- bilitação com prorrogação de vigência repercute favoravelmente também nos sorteios, já que, prorrogada a vigência, deve também ser prorrogada a participação nos sorteios periódicos. Voltando ao exemplo, o titular participaria de sorteios nos dois meses de prorrogação de sua vigência ( janeiro e fevereiro do ano seguinte). Portanto não há a perda definitiva dos sorteios periódicos quando prevista a reabili- tação com prorrogação de vigência. Este é o motivo de optarmos por utilizar a expressão “prorrogação de vigência” – e não “prorrogação do prazo de pagamento e de Capitaliza- ção” –, já que não são apenas os prazos de pagamento e Capitalização que são dilatados, mas também a participação em sorteios periódicos. SORTEIO: O GRANDE ATRATIVO DO TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO — Considerações Iniciais O Título de Capitalização gera, para o titular, dois direitos distintos: o direito ao resgate do valor da provisão, formado a partir da Capitalização de um percentual incidente sobre cada valor pago pelo subscritor do título, e o Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:46 76 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO direito de participação nos sorteios, que, na prática, contemplará apenas uma parte dos consumidores. Já mencionamos que, muito do sucesso que os títulos de Capitalização têm feito no Brasil é atribuído à existência do componente sorteio. O sorteio, que a princípio deveria exercer uma função apenas acessória no processo, pode significar a antecipação do valor que seria recebido com o resgate final ou ultrapassar, e muito, o saldo que seria obtido com a poupança programada ou, ainda, ser inferior a este. Assim, atualmente, não há qualquer vínculo entre o valor de prêmio do sorteio e o valor do resgate final do título. As Condições Gerais do título deverão prever a forma de atribuição e apuração dos números em razão dos sorteios (critérios para determinação dos títulos sor- teados), além de definir os múltiplos dos prêmios dos sorteios e a probabilidade de contemplação do subscritor em cada sorteio (Anexo 1, art. 9º, §§1o e 3º). Nos títulos de Capitalização, o sorteio tem que ser um evento aleatório – que não dependa de prognósticos, de palpites do consumidor. Além disso, o resultado do sorteio deve ser totalmente imprevisível. Deve-se apurar o título contemplado seguindo o que determinam as Condições Gerais do Título de Capitalização. O sorteio tem que garantir a cada título a mesma chance de ser sorteado. Impor tante Os títulos não comercializados, suspensos ou cancelados, para efeito de sorteio, pertencem à Sociedade de Capitalização, salvo estipulação em contrário nas condições gerais e desde que devidamente aprovados pela SUSEP. Nos títulos com previsão de contemplação obrigatória, o título sorteado é obrigatoriamente um título comercializado, desde que atingidos os requisitos definidos nas Condições Gerais do plano. Na hipótese de não se ter comercializado a quantidade mínima de títulos estabelecida como critério para que haja contemplação obrigatória, a Sociedade de Capitalização deve- rá comunicar tal fato ao titular, pelos meios definidos nas Condições Gerais do plano. — Efeitos sobre um Título Sorteado Quando determinado título é contemplado em sorteio, dois efeitos podem ocorrer: ■ Liquidação antecipada por sorteio. ■ Continuação normal do título (sem liquidação antecipada). Saiba mais Argumenta-se que o consumidor brasileiro é culturalmente propenso a aderir ou a adquirir produtos que possuam algum tipo de componente lotérico. Assim, podemos dizer que há uma espécie de preferência do mercado brasileiro por esse aspecto lúdico. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:46 77 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO O efeito que efetivamente ocorrerá não depende da escolha do titular que foi sorteado, pois as condições gerais já determinam o que irá ocorrer com o título que for sorteado: se será liquidado ou se continuará normalmente em vigor. A escolha cabe à sociedade ao elaborar o seu plano. Porém, uma vez definido o critério e uma vez que ele foi aceito pela SUSEP por meio da aprovação das condições gerais do título, ele deverá ser aplicado, inde- pendentemente da vontade do titular e de haver carência. Um sorteio que foi definido como efeito da liquidação antecipada impli- cará que aquele título contemplado nesse sorteio será automaticamente cancelado, independentemente da vontade do consumidor sorteado e mesmo que ainda esteja em curso o prazo de carência (lembre-se de que prazo de carência é para resgate antecipado solicitado pelo titular). Já o que foi definido com o efeito da continuidade normal de vigência não pode ser cancelado por vontade da Sociedade de Capitalização, permane- cendo normalmente em vigor (apenas o consumidor é que poderá resgatá- -lo, observados os prazos de carência) (Anexo 1, art. 10). Sobre o prêmio de sorteio sempre incidirá imposto de renda. Em termos fiscais, o sorteio com liquidação antecipada representa um benefício fiscal em relação ao sorteio sem liquidação antecipada. Isto porque a alíquota de imposto de renda que incide sobre o prêmio de sorteio com liquidação antecipada é de 25%, enquanto, no sorteio sem liquidação antecipada, a alíquota de IR é de 30% (Anexo 1, art. 9º, §8 ).º O efeito da liquidação antecipada em sorteio acarretará, para o titular, o recebimento de três parcelas: ■ Prêmio de sorteio. ■ Saldo integral (100%) da Provisão Matemática para Capitalização. ■ Valor referente ao custeio dos sorteios já pagos pelo subscritor, cuja realização se der após a liquidação antecipada do título. Todas as parcelas devem ser atualizadas monetariamente até a data do efetivo pagamento ao titular. A última parcela determina que, se, no momento em que o título for con- templado (e consequentemente cancelado), o subscritor já tiver custeado a quota de sorteio relativa a algum sorteio futuro, esse valor tem que ser restituído ao titular, uma vez que ele não participará mais dos sorteios em razão da liquidação antecipada. Para facilitar seu entendimento, veja esse exemplo: imaginemos um título PU, de 12 meses de vigência, que apresenta um sorteio por mês, com liqui- dação antecipada. Como o título prevê um único pagamento, é evidente que o custeio de todos os sorteios ocorre logo no início da vigência. Se um título for contemplado no oitavo mês de vigência,ele deverá receber o valor das quotas de sorteio relativas aos nono a décimo segundo meses Saiba mais A sociedade poderá definir alguns sorteios com liquidação antecipada e outros sem liquidação antecipada para um mesmo título. Porém, a legislação determina que os chamados sorteios do tipo Premiação Instantânea não podem ter liquidação antecipada por sorteio, devendo permanecer em vigor o título sorteado nesta premiação. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:46 78 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO (além do prêmio de sorteio e do saldo integral de sua Provisão Matemática para Capitalização), pois não participará desses sorteios, apesar de já tê-los custeado. — Tipos de Sorteio Existem dois tipos de sorteios que podem ser previstos no título: o sorteio comum, que deve ser realizado durante a vigência do título, e um tipo de sorteio especial denominado premiação instantânea. Ficou curioso? Falaremos dos detalhes de cada tipo a seguir. Sorteio do Tipo Premiação Instantânea Essa forma de sorteio é realizada previamente ao início de comercialização da série, sendo seu resultado sigiloso até a aquisição do título, quando, então, poderá ser “desvendado” diretamente pelo consumidor. Por essa razão, dizemos que esse sorteio se assemelha à chamada “raspadinha”. O processo de comercialização e distribuição de títulos que apresentem sorteios realizados por meio de premiação instantânea deverá ser total- mente aleatório. O sorteio realizado por meio de premiação instantânea deverá atender aos seguintes requisitos: ■ O conhecimento relativo à contemplação na premiação instantâ- nea deverá estar disponível ao titular no momento imediatamente posterior à aquisição do título, dependendo exclusivamente de sua atuação. ■ Os procedimentos que o titular deve utilizar para verificar a con- templação na premiação instantânea deverão estar previstos nas condições gerais do título. ■ Para cada série emitida, é necessária a realização de auditoria independente. ■ Não poderá ser considerado como uma forma de liquidação ante- cipada do Título de Capitalização, isto é, um título sorteado na pre- miação instantânea não pode ser automaticamente cancelado. ■ Nos sorteios por premiação instantânea, não há a possibilidade de liquidação antecipada do título, sendo assim, o subscritor continua obrigado a realizar todos os pagamentos que estejam previstos nas condições gerais. ■ Limitação para premiação instantânea não superior a 30% (trinta por cento) do percentual que for adotado pela Sociedade de Capi- talização para o custeio de todos os sorteios do título. Raspadinha É uma forma de sorteio em que se raspa o revestimento de determinada área da cartela adquirida para descobrir, de forma imediata, se o adquirente foi contemplado com algum prêmio. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:46 79 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Sorteios Comuns São aqueles que ocorrem durante a vigência do título em datas estabeleci- das pela Sociedade de Capitalização, ainda que de forma genérica, como sorteios a serem realizados no último sábado de cada mês de vigência. Nos sorteios comuns, é facultada à Sociedade de Capitalização a utilização dos resultados de loterias oficiais para a apuração dos seus números sor- teados ou a utilização de processos próprios para essa apuração, devendo a escolha estar prevista nas condições gerais. O mais comum é a utilização do resultado das extrações da Loteria Fede- ral. Na hipótese de os órgãos oficiais não realizarem os sorteios nas datas previstas, ou se forem definitivamente extintos, ou alterarem a sua forma de realização de modo a torná-los incompatíveis às condições do título, a Sociedade de Capitalização deve promover a realização de sorteios subs- titutivos aos oficiais, em idênticas condições às previstas originariamente no título, com prévia divulgação do fato aos subscritores e aos titulares de títulos (Anexo 1, art. 9 , §§5 e 7 ).º º º A Sociedade de Capitalização deverá especificar nas Condições Gerais do título os procedimentos e os prazos para a realização de sorteios substitu- tivos aos sorteios oficiais não realizados em conformidade com o original- mente previsto, não podendo o prazo ser superior a 30 (trinta) dias da data originalmente prevista para o sorteio. Em casos de sorteios procedidos pela própria Sociedade de Capitalização, incluindo os sorteios substitutivos, estes deverão ser realizados nas sedes, sucursais ou quaisquer estabelecimentos de livre acesso aos subscritores e aos titulares de títulos, precedida de ampla divulgação, com a presença obrigatória de um representante de auditoria independente. Obser vações ■ Para cada sorteio próprio realizado e nos casos de premiação instantânea, as socie- dades de capitalização manterão à disposição da SUSEP o relatório da auditoria independente, do qual deverão constar, no mínimo: As regras estabelecidas pela Sociedade de Capitalização para determinação dos resultados de sorteios a serem obtidos. Parecer atestando a aleatoriedade, a equiprobabilidade de ocorrência dos possíveis resultados e a efetiva distribuição dos prêmios previstos nas condi- ções gerais. Parecer atestando a garantia de sigilo quanto ao conhecimento dos títulos con- templados, no caso de premiação instantânea. ■ Verificar que, no Anexo 1, não há premiação instantânea e que, no sorteio comum, utilizou-se o resultado da Loteria Federal (Anexo 1, art. 9º, caput e §§2 , 4 , e 6o º º). Impressopor Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:20:46 80 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO — Valores dos Prêmios dos Sorteios O valor de cada prêmio bruto individual de sorteio é definido como um múl- tiplo da contribuição, sendo este múltiplo não inferior a uma unidade, garan- tido a cada título contemplado, independentemente de haver fracionamento do prêmio de sorteio entre mais de um ganhador. Esta informação deve estar nas condições gerais (Anexo 1, art. 9º, §3º) e na nota técnica atuarial do título. Nas condições gerais do título, os prêmios não são definidos diretamente em reais, mas sim como um número (múltiplo) que deverá ser multiplicado pelo valor da contribuição para se encontrar o prêmio de sorteio em reais. Lembre-se de que uma mesma série de títulos pode ser comercializada com valores diferentes de contribuição. Esta é a principal razão para que o prê- mio seja um múltiplo da contribuição, pois o múltiplo é o mesmo para todos, mas os prêmios em reais não. Dessa maneira garante-se o chamado equi- líbrio financeiro da série, isto é, títulos de valores de contribuição maiores contribuem mais para o sorteio e, se sorteados, receberão um prêmio maior, apesar de o múltiplo ser o mesmo para todos. Atualmente, os sorteios que preveem a liquidação antecipada do título con- templado apresentam uma alíquota de 25% de imposto de renda sobre o prêmio de sorteio, enquanto os sorteios que possibilitam a continuidade do título contemplado após o sorteio sofrem a incidência de 30% de Imposto de Renda (Anexo 1, art. 9º, §8º, e art. 10º). Nas condições gerais do título, deverá também ser informado se o valor do prêmio de sorteio é bruto (sobre o qual ainda incidirá imposto de renda) ou se já é livre de imposto (Anexo 1, art. 9º, §3º). Sendo informado o valor bruto, as condições gerais deverão informar, também, a alíquota vigente de IR que incidirá sobre o prêmio. Obser vação Como nos títulos PU o pagamento é realizado logo no início de sua vigência e o prêmio de sorteio é definido como um múltiplo do valor do pagamento, poderia ocorrer que, em títulos PU de prazo de vigência muito longos, o prêmio de sorteio fosse gradativamente sendo corroído pela inflação. Assim, a legislação obriga que os prêmios de sorteios, nos casos de título de pagamento único (PU) com sorteios após o 12o mês de vigência, sejam atualizados monetariamente. Exemplo Imagine um sorteio em que o prêmio seja 4.000 vezes o valor da contribuição. Assim, se a contribuição for de R$ 20,00, o prêmio de sorteio será de R$ 80.000,00 para o título sorteado (4.000 × R$ 20,00). Atenção Sobre o valor sorteado sempre incide Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), conforme legislação tributária em vigor. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:21:25 81 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO — Limites aos Prêmios e às Quotas de Sorteio O critério matemático utilizado para a determinação da quota de sorteio, ou seja, o percentual das contribuições referente ao custeio dos sorteios deve constar obrigatoriamente da Nota Técnica do Título de Capitalização e é um dos fatores mais relevantes na análise feita pela SUSEP para a aprovação do título. A legislação estabelece uma série de regras para a estipulação dos valo- res dos prêmios de sorteios e também para os valores das quotas de sor- teio nos títulos de Capitalização que, evidentemente, limitam os prêmios a serem distribuídos em um título. Algumas regras variam, inclusive, de acor- do com a modalidade. 1a regra O valor de cada prêmio bruto individual de sorteio deverá ser fixa- do como um múltiplo do pagamento periódico (PP), pagamento mensal (PM) ou pagamento único (PU) do título, sendo esse múlti- plo não inferior a uma unidade, observadas as disposições especí- ficas (Anexo 1, art. 9 , §3 ).º º 2a regra O percentual para os sorteios de premiação instantânea estará limita- do a 30% do percentual que for adotado pela Sociedade de Capitali- zação para o custeio de todos os sorteios do título, ou seja, de todos os prêmios de sorteio previstos para uma série, no máximo 30% des- se total poderão ser destinados para a premiação instantânea. Deve-se ter muito cuidado em observar o limite para a premiação instantâ- nea. Observe o exemplo a seguir para entender melhor: Se uma sociedade deseja distribuir um prêmio total de 20.000 vezes o valor da contribuição em uma determinada série, ela poderá, no máximo, desti- nar para a premiação instantânea 30% desse valor, ou seja, 6.000 vezes o valor da contribuição. Se ela se utilizar do valor máximo de 6.000 vezes o valor da contribuição para a premiação instantânea, restarão 14.000 vezes o valor da contribuição para serem distribuídos nos sorteios comuns. Lembre-se: o limite é de 30% sobre todos os prêmios de sorteio. Por isso, no nosso exemplo, 30% incide sobre 20.000 vezes o valor da contribuição, e não 30% do valor que for destinado aos sorteios comuns. 3a regra Na modalidade Popular, que apresenta no sorteio o grande atrativo à sua aquisição, a legislação prevê que, no mínimo, 5% do valor total dos pagamentos sejam destinados ao sorteio. Impor tante Não é possível um título, em que o valor de contribuição é de R$ 100,00, distribuir um prêmio de sorteio de R$ 80,00, pois este valor corresponderia a 0,80 do valor da contribuição (menos que uma vez o valor da contribuição). Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:21:25 82 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Caso ainda esteja em dúvida, acompanhe os três exemplos de cálculo a seguir. Exemplo 1 Em uma série de um título PU composta por 100.000 títulos, são distribuídos os seguintes prêmios de sorteio: ■ Três prêmios instantâneos de 1.000 vezes o valor da contribuição. ■ Quatro prêmios de 5.500 vezes o valor da contribuição, obtidos a partir do resultado da Loteria Federal. Desse modo, o prêmio total de sorteio a ser distribuído no título será de: (3 × 1.000) + (4 × 5.500) = 3.000 + 22.000 = 25.000 Isto é: 25.000 vezes o valor da contribuição. Como o custo dos sorteios é dividido pelos títulos, pode-se calcular a quota de sorteio (QS) para os títulos PU a partir da expressão: QS = custo dos sorteios/tamanho da série Onde: QS = 25.000/100.000 = 25%. Essa série obedece ao limite mínimo de sorteio para a modalidade Popular, que é o de 5% do total das contribuições. Como nos títulos PU, o percentual da quota de Capitalização deverá ser, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) do valor da contribuição na modalidade popular, restaria 25% para a quota de carregamento. O percentual dos sorteios instantâneos, em relação ao total dos sorteios, é de 3.000/25.000 = 12%, o que é inferior ao limite máximo de 30% previsto na norma. Esses resultados mostram que a quota total de sorteio e o percentual de sorteio instantâ- neo estão em conformidade com a legislação. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:21:25 83 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Exemplo 2 Uma sociedade pretende aprovar uma série de títulos PU da modalidade Tradicional, com 200.000 títulos, em que sejam previstos três prêmios instantâneos de 4.000 vezes o valor do título e cinco prêmios de 2.400 vezes o valor do título, sendo estes últimos distribuídos por meio de sorteios que serão realizados pela Sociedade de Capitalização durante a vigência do título (sorteios comuns próprios). Desse modo,o prêmio total de sorteio a ser distribuído no título será de: (3 × 4.000) + (5 × 2.400) = 12.000 + 12.000 = 24.000 Esse resultado leva a uma quota total de 12% (24.000/200.000). Entretanto, o percentual dos sorteios instantâneos em relação aos sorteios totais será de 12.000/24.000 = 50%, ultrapassando, portanto, o limite permitido na legislação, que é de 30%. Assim, a aprovação não seria concedida. Exemplo 3 Suponha uma série de títulos PU da modalidade Popular, com 100.000 títulos, em que sejam previstos 40 prêmios de 100 vezes o valor do título, que serão distribuídos por meio de sorteios realizados pela Sociedade de Capitalização durante a vigência do título (sorteios comuns próprios), não havendo premiação instantânea. A premiação total de sorteio será: (40 × 100) = 4.000 Esse resultado leva a uma quota total de 4% (4.000/100.000), não estando de acordo, então, com a legislação em vigor, que estabelece ser de, no mínimo, 5% o custeio com os sorteios na modalidade Popular. Aqueles títulos em que o custeio dos sorteios não observa os limites esta- belecidos pela legislação não receberão aprovação da SUSEP, não poden- do, obviamente, ser comercializados. Os limites relativos às quotas de sorteio acabam também, indiretamente, por limitar os valores máximos dos prêmios dos sorteios. 4ª regra As Sociedades de Capitalização somente poderão estruturar títu- los em que o valor máximo do somatório de todos os sorteios pre- vistos, por série e em cada mês, seja igual ou inferior a 10% do último patrimônio líquido auditado. Observe o exemplo a seguir. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:21:25 84 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO Exemplo 4 Para uma série emitida por uma sociedade cujo valor do último PL auditado é de R$ 4.000.000,00, o valor máximo mensal do prêmio distribuído por sorteios estará limitado a: 10% × PL = 0,1 × R$ 4.000.000,00 = R$ 400.000,00. — Pagamento do Prêmio do Sorteio e Comunicação ao Titular Sorteado O pagamento do prêmio de sorteio ao contemplado deverá ser disponi- bilizado em até 15 (quinze) dias corridos contados a partir da entrega da documentação completa necessária para pagamento da premiação, por meio de rede bancária ou de outras formas admitidas em lei, observadas as normas em vigor (Anexo 1, art. 9º, §10º). O valor do prêmio de sorteio deverá ser acrescido de juros moratórios pre- vistos nas condições gerais do título, não inferior à taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacio- nal, caso a Sociedade de Capitalização não cumpra o prazo especificado, ressalvados os casos em que o titular não mantém seus dados cadastrais atualizados ou não comunica à Sociedade de Capitalização a realização de cessão, informando os dados cadastrais do novo subscritor ou do(s) novo(s) titular(es), respectivamente (Anexo 1, art. 9 , §11 ).º o Em relação à comunicação ao titular no caso de ele ser sorteado, é impor- tante observar o que diz a legislação em vigor: O titular do título contemplado em sorteio deverá ser notificado pela Sociedade de Capitalização, por escrito, mediante correspondência expedida com Aviso de Rece- bimento (AR), ou por qualquer meio que se possa compro- var. A notificação deve ser realizada em até 40 (quarenta) dias após a data da realização do sorteio. Tal como o valor de resgate, a Sociedade de Capitalização deverá efetuar o pagamento do prêmio de sorteio por qualquer meio legalmente admitido e disponível na cidade de domicílio do titular, sendo vedada a reaplicação do valor do prêmio de sorteio em outro título sem a prévia e expressa anuência do titular. Saiba mais É admitida a previsão, nas Condições Gerais, do parcelamento do pagamento do prêmio de sorteio em, no máximo, 12 meses consecutivos. Neste caso, o prêmio se transforma em uma espécie de renda mensal recebida pelo titular. Haverá atualização monetária e incidência de taxa de juros mensais sobre as parcelas a serem pagas. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:21:25 85 UNIDADE 3 CAPITALIZAÇÃO FIXANDO CONCEITOS 3 1. Quanto às condições gerais de um Título de Capitalização, podemos afirmar que: (a) São cláusulas que definem deveres e direitos somente do titular. (b) Representam a descrição do título por meio de bases técnicas, hipó- teses e formulações atuariais. (c) São normas que regem o contrato celebrado entre a sociedade e os adquirentes de títulos de Capitalização. (d) Nelas, encontram-se as demonstrações dos cálculos dos parâmetros técnicos de um Título de Capitalização, traduzidos em enunciados e fórmulas matemáticas que o plano tem que satisfazer. (e) Por não possuírem natureza contratual e por não acrescentarem novos elementos sobre os direitos ou as obrigações do consumidor, elas não necessitam ser de conhecimento do adquirente do Título de Capitalização. 2. O glossário das Condições Gerais deverá conter as seguintes definições: (a) Nota técnica, vigência, reserva e caducidade. (b) Vigência, cedente, cessionário, reserva e caducidade. (c) Subscritor, titular, capital, Provisão Matemática para Capitalização e bônus, quando previsto. (d) Titular, cedente, capital nominal e reserva. (e) Propostas, resgates, subscritor e cessionário. 3. Entre as opções a seguir, assinale a alternativa que apresenta o conceito correto de titular: (a) É a pessoa física, proprietária do Título de Capitalização, a quem devem ser pagos os direitos originados pelo título. (b) É a pessoa jurídica, proprietária do Título de Capitalização, a quem devem ser pagos os direitos originados pelo título. (c) É a pessoa jurídica, proprietária do Título de Capitalização, que deve indicar a pessoa à qual serão pagos os direitos originados pelo título. (d) É a pessoa física, subscritora do Título de Capitalização, a quem não devem ser pagos os direitos originados pelo título. (e) É a pessoa, física ou jurídica, a quem devem ser pagos os direitos originados pelo título. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:21:25 86 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO 4. Sobre a figura do subscritor em um Título de Capitalização, podemos afirmar que: (a) É obrigatoriamente uma pessoa física. (b) Poderá ser o próprio titular ou uma outra pessoa, física ou jurídica, indicada pelo titular. (c) Possui sempre o direito de resgate do título. (d) Ele se compromete a efetuar os pagamentos na forma prevista nas condições gerais do título. (e) É obrigatoriamente uma pessoa jurídica. 5. Em Capitalização, no caso de falecimento do titular, os direitos do título: (a) Passarão a pertencer ao subscritor. (b) Não sofrem qualquer alteração em relação à titularidade. (c) Passarão a pertencer à Sociedade de Capitalização. (d) Deverão integrar o espólio do falecido. (e) Serão encerrados, doando-se sempre o valor para resgate. 6. O Título de Capitalização é indivisível em relação à sociedade. Isto sig- nifica dizer que: (a) Não se admite que duas Sociedades de Capitalização se juntem para lançar um título. (b) O subscritor pode transferir a propriedade do título a outra pessoa, independentemente da concordância da sociedade. (c) O titular nunca pode transferir a propriedade do título a outra pessoa. (d) É possível que uma sociedade fique responsável pelo pagamento do resgate e outra seja responsável pelo pagamento dos prêmios de sorteio. (e) É plenamente possível que, depois de comercializado o título, uma sociedade transfira a uma outra a obrigação dos pagamentosrefe- rentes aos sorteios. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:21:25 87 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO 7. Assinale a alternativa correta: (a) Cedente é a pessoa, física ou jurídica, que recebe o título de Capita- lização, tornando-se o novo titular. (b) Cessionário é a pessoa, física ou jurídica, que cede o título para uma pessoa física somente. (c) Capitalização é uma combinação de economia programada e sor- teios; a economia programada não é obrigatória, podendo não exis- tir, mas os sorteios são sempre obrigatórios. (d) Nota técnica é o demonstrativo dos cálculos matemáticos que ser- vem de base ao título, enviado, obrigatoriamente, a todos os partici- pantes do título. (e) O título estará suspenso, automaticamente, se o pagamento não for realizado até a data de vencimento. 8. Quanto à mudança do titular (transferência de propriedade) em um título de Capitalização, podemos afirmar que: (a) Depende somente da solicitação de quem está recebendo o título, chamado de cessionário. (b) Consiste na alteração de quem será responsável pelo pagamento do título. (c) Depende somente da solicitação da pessoa para a qual o título está sendo cedido, mas sempre com a concordância da Sociedade. (d) Só pode ser realizada pelo corretor. (e) Transfere os direitos de resgate e de participação nos sorteios para o cessionário. 9. Em um título de Capitalização, prazo de vigência é: (a) O período em que o titular não pode solicitar o resgate. (b) O período durante o qual, ainda que o titular solicite o resgate, não pode- rá receber o valor, recebendo-o apenas após o seu encerramento. (c) O período durante o qual o Título de Capitalização está sujeito às condições descritas nas condições gerais, tendo direito a juros e atualização da Provisão Matemática para Capitalização, além de poder participar dos sorteios. (d) Um período que sempre se inicia na data do primeiro sorteio do título. (e) O período que marca a validade do título, iniciando-se no momento da solicitação do resgate. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:21:25 88 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO 10. Sobre o prazo de carência, é correto afirmar que: (a) É o período de tempo, contado a partir do início de vigência do título, que o titular terá que aguardar para poder resgatá-lo. (b) Suspende o direito de participação nos sorteios. (c) Acarreta a perda do direito ao resgate em caso de inadimplência durante esse prazo. (d) É o prazo durante o qual não incidem juros na Provisão Matemática para Capitalização. (e) É o prazo durante o qual não há atualização monetária na Provisão Matemática para Capitalização. Marque a alternativa correta 11. Em caso de inadimplência em relação às parcelas do título: (a) O titular continua com direito aos sorteios, mas cessam a incidência de juros e a atualização monetária sobre sua provisão matemática. (b) Cessa o direito do titular ao sorteio e ao resgate da provisão matemática. (c) Continua o direito do titular ao sorteio e ao resgate da provisão matemá- tica constituída, mas só até o momento em que ocorreu a inadimplência. (d) Fica suspenso o direito de o titular participar dos sorteios, mas con- tinua a haver a incidência de juros e a atualização monetária sobre sua provisão matemática. (e) O título é automaticamente cancelado. 12. A contribuição dos títulos de Capitalização pode ser: (a) Somente mensal e aleatório. (b) Somente mensal. (c) Apenas único. (d) Apenas mensal e periódico. (e) Único, periódico ou mensal. 13. Sobre os sorteios nos títulos da Capitalização, assinale a afirmativa correta: (a) O sorteio pode ocorrer a partir de prognósticos (palpites) do titular. (b) Os resultados dos sorteios são previsíveis, permitindo ao titular adquirir títulos com mais chances de serem sorteados. (c) O valor de prêmio do sorteio está limitado ao valor do resgate final do título. (d) O valor de prêmio do sorteio está limitado ao valor de pagamento do título. (e) O sorteio tem que ser elaborado a partir de um evento aleatório e tem que ser também equiprovável, isto é, todos os títulos devem ter a mesma chance de serem sorteados. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:21:25 89 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO 14. Sobre as quotas de Capitalização, é correto afirmar que: (a) Representam a parcela de cada contribuição que será destinado à constituição do capital. (b) Podem ser livremente fixadas pela Sociedade de Capitalização, uma vez que a legislação não estabelece valores mínimos. (c) Correspondem sempre a 100% do valor da contribuição. (d) Têm como finalidade custear os prêmios que são distribuídos em cada série. (e) Deverão cobrir as despesas operacionais, administrativas e comer- ciais da sociedade. 15. Para os títulos da modalidade popular de pagamento único, qualquer que seja o prazo de vigência, o percentual mínimo destinado à Capitaliza- ção, estabelecido pela SUSEP, é de: (a) 25%. (b) 50%. (c) 70%. (d) 80%. (e) 90%. 16. Para os títulos PM, a média aritmética de todas as quotas de Capitaliza- ção deverá corresponder a, no mínimo: (a) 10%. (b) 20%. (c) 30%. (d) 50%. (e) 70%. 17. No valor pago pelo título, a parte relativa ao carregamento pode ser definida como: (a) A parte que fica para a companhia custear somente as despesas com corretagem. (b) A parte que fica para a companhia custear parte dos valores sorteados. (c) A parte que fica para a companhia custear despesas administrativas, operacionais e comerciais, bem como para obter seu lucro. (d) A parte que fica para a companhia custear somente as despesas de lançamento do produto. (e) Correspondente, exatamente, ao lucro da companhia. 18. Uma série de títulos pode ser definida como: (a) Os números com os quais cada titular concorre aos sorteios. (b) Uma sequência de títulos elaborados de acordo com as mesmas características e pertencentes a um mesmo plano de Capitalização. (c) Um conjunto de títulos sorteados. (d) Uma sequência de diferentes títulos vendidos por um mesmo corretor. (e) Uma quantidade qualquer de títulos tomada aleatoriamente com o mesmo valor de contribuição. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:21:25 90 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO 19. Quanto à atualização do valor da contribuição, é correto afirmar que: (a) Pode ter periodicidade mensal. (b) Pode ser prevista tanto para os títulos PU quanto para os PP e PM. (c) É obrigatória se a vigência for superior a 24 meses. (d) Poderá ser prevista apenas para os títulos com prazo de pagamento superior a 12 meses. (e) É obrigatória em todos os títulos. Marque a alternativa correta 20. Sobre a Provisão Matemática para Capitalização, é correto afirmar que: (a) Constitui a poupança programada do titular do Título de Capitaliza- ção, correspondendo a um saldo sobre o qual incidem a atualização monetária e os juros. (b) Constitui a poupança programada do titular do Título de Capitaliza- ção, correspondendo a um depósito, mas sobre o qual incide ape- nas a correção monetária. (c) Constitui a poupança programada do titular do Título de Capitaliza- ção, bem como aquela parte que financia os sorteios periódicos, mas sobre a qual incidem apenas os juros, normalmente, de 6% a.a. (d) Constitui a poupança programada do titular do Título de Capitaliza- ção, correspondendo a um valor pago à parte e opcionalmentepelo subscritor, na medida em que somente sobre essa parte incidem a correção monetária e os juros, normalmente, de 6% a.a. (e) É direcionada ao sorteio e, portanto, não existe sobre ela a incidên- cia de correção monetária e de juros. Marque a alternativa que preencha corretamente a(s) lacuna(s): 21. O resgate ao final da vigência do título ___________ ao saldo da Pro- visão Matemática para Capitalização e da provisão para distribuição de bônus, quando houver, ___________ ao total do valor pago pelo subscri- tor. (a) será sempre igual / mas não obrigatoriamente igual. (b) nem sempre será igual / mas será obrigatoriamente igual. (c) será sempre igual / como também será sempre igual. (d) será sempre igual / mas será obrigatoriamente inferior. (e) nem sempre será igual / como também não precisa ser igual. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:02 91 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO 22. Em relação aos valores oferecidos para sorteio, cumpre à Sociedade de Capitalização, nas condições gerais do título: (a) Informar apenas o valor do maior prêmio de sorteio. (b) Não informar valores. (c) Informar, ainda que indiretamente, os valores dos prêmios de sorteio, esclarecendo se são líquidos ou brutos. (d) Comunicar apenas a incidência do imposto e somente para o titular que for sorteado. (e) Comunicar apenas se solicitado pelo titular. Marque a alternativa correta 23. Dois consumidores, Sortudo e Feliz, adquiriram um título de Capita- lização cada, em épocas diferentes, de um mesmo plano emitido pela ESCOLACAP. O plano apresenta prazo de vigência de 24 meses, liquida- ção antecipada por sorteio e penalidade de 5% para o caso de resgate antecipado solicitado pelo titular. Na presente data, as Provisões Matemáticas para Capitalização de Sortudo e Feliz apresentam saldo de R$ 800,00 e R$ 2.000,00, respectivamente. Sortudo teve seu título sorteado, e Feliz completou a vigência do título. Se os resgates forem pagos exatamente hoje, os valores que Sortudo e Feliz irão receber, respectivamente, somente para resgate, são: (a) R$ 0 e R$ 2.000,00. (d) R$ 800,00 e R$ 1.800,00. (b) R$ 720,00 e R$ 1.800,00. (e) R$ 800,00 e R$ 2.000,00. (c) R$ 720,00 e R$ 2.000,00. Marque a alternativa correta 24. Sobre a tabela de resgate, é correto afirmar que: (a) Sua elaboração leva em consideração as quotas de Capitalização, a taxa de juros, a existência de eventual penalidade em caso de res- gate antecipado e a atualização monetária da provisão para resgate. (b) Objetiva fornecer um cálculo aproximado do valor que o titular tem direito de resgatar. (c) Indica, para cada início de mês de vigência, o valor do pagamento a ser realizado pelo subscritor. (d) Representa, a cada mês de vigência, o valor da quota de Capitalização. (e) É exatamente igual à Provisão Matemática para Capitalização. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:02 92 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO Marque a alternativa que preencha corretamente a(s) lacuna(s): 25. De acordo com a legislação em vigor, a Sociedade de Capitalização __________ se apropriar da provisão matemática dos títulos suspensos ou caducos. (a) sempre poderá. (b) quase sempre poderá. (c) raramente poderá. (d) somente poderá. (e) nunca poderá. Marque a alternativa que preencha corretamente a(s) lacuna(s): 26. Título_______é aquele com pagamento em atraso e que ainda não foi cancelado. (a) Suspenso. (d) Quitado. (b) Caduco. (e) Encerrado. (c) Reabilitado. 27. Sobre a reabilitação de um título de Capitalização, é correto afirmar que: (a) Tem como principais efeitos o retorno à participação nos sorteios e o afastamento da possibilidade de cancelamento. (b) Sempre será feita sem o pagamento dos meses em atraso. (c) Uma vez realizada a reabilitação, permite a participação nos sorteios ocorridos no período de suspensão. (d) Pode ocorrer com ou sem a realização de pagamentos. (e) Somente pode ocorrer após o cancelamento do título. 28. O sorteio realizado por meio de premiação instantânea deverá atender a diversos requisitos, entre eles: (a) O conhecimento relativo à contemplação na premiação instantânea deverá estar disponível ao titular em até 15 dias úteis de sua aquisição. (b) Os procedimentos que o titular deve utilizar para verificar a contempla- ção na premiação instantânea deverão estar previstos na Nota Técni- ca Atuarial do título. (c) Não é necessária a realização de auditoria independente. (d) O título sorteado na premiação instantânea deverá ser automaticamen- te cancelado. (e) A premiação instantânea nunca poderá ser considerada como uma forma de liquidação antecipada do Título de Capitalização. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:02 93 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO 29. Em relação aos limites para as quotas de sorteio, podemos afirmar que: (a) Na modalidade Tradicional, no máximo 25% do valor total das contri- buições devem ser destinados aos sorteios. (b) Na modalidade Compra Programada, no máximo 20% do valor total das contribuições devem ser destinados aos sorteios. (c) Na modalidade Popular, no mínimo 5% do valor total das contribui- ções devem ser destinados aos sorteios. (d) Na modalidade Incentivo, no mínimo 5% e no máximo 25% do valor total das contribuições devem ser destinados aos sorteios. (e) Não existe limite para a fixação da quota de sorteio em qualquer modalidade. 30. Entre as afirmações abaixo, assinale a alternativa correta sobre os pro- cedimentos da Sociedade de Capitalização para atender aos normativos em vigor, no que se refere aos sorteios: (a) Os sorteios, quando próprios, deverão ser realizados somente nas sedes das empresas de Capitalização, mas garantido o livre acesso aos titulares. (b) Quando se tratar de sorteio substituto, a sociedade não necessita proceder à sua divulgação, dado o seu caráter excepcional. (c) Quando não realizar o sorteio por meios próprios, a companhia deve contratar os serviços da Loteria Federal, que realizará um sorteio de acordo com os padrões dos títulos emitidos pela respectiva compa- nhia. (d) Os sorteios próprios precisam contar com a presença obrigatória de um representante de auditoria independente. (e) Não podem ser utilizados os resultados dos sistemas oficiais de pre- miação, como as extrações da Loteria Federal. 31. Uma série de 10.000 títulos PU apresenta os seguintes prêmios de sorteio: ■ Dez prêmios instantâneos de 50 vezes o valor da contribuição. ■ Quatro prêmios de 500 vezes o valor da contribuição, obtidos pelo sorteio da Loteria Federal, ao longo da vigência do título. A quota de sorteio é igual a: (a) 5% (b) 10% (c) 20% (d) 25% (e) 2.500% 32. Na questão anterior, o percentual de prêmios relativos à premiação instantânea, em relação ao total de prêmios de sorteio, é igual a: (a) 5% (b) 10% (c) 20% (d) 25% (e) 30% Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:02 94 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO 33. As Sociedades de Capitalização somente poderão comercializar títu- los em que o valor máximo do somatório de todos os sorteios previstos, por série e em cada mês, seja igual ou inferior a 10% do(a)(s): (a) Faturamento anual da companhia. (b) Soma das provisões matemáticas da companhia naquele momento. (c) Último patrimônio líquido auditado da companhia. (d) Receitas com pagamentos dos títulos naquelemês. (e) Seu lucro líquido. 34. O titular contemplado em sorteio deve ser informado: (a) Pela imprensa escrita, e é por isso que os titulares devem ficar aten- tos aos jornais nas datas indicadas, pois este é o único mecanismo disponível. (b) Pela televisão, e é por isso que os titulares devem ficar atentos aos sorteios realizados nos programas especializados, pois este é o úni- co mecanismo disponível. (c) Por meio dos jornais e da televisão, ficando a escolha do veículo a critério da companhia. (d) Por escrito, mediante correspondência expedida com aviso de rece- bimento (AR) ou por qualquer meio que se possa comprovar no pra- zo máximo de 40 dias a partir da data de realização do sorteio. (e) Por meio de uma comunicação direta ao titular e/ou subscritor feita em até 180 dias, caso o titular não venha a reclamar o prêmio. 35. Caso a Sociedade de Capitalização não disponibilize, ao titular con- templado, o prêmio do sorteio em até 15 dias corridos contados a partir da entrega da documentação completa necessária para pagamento da pre- miação, o prêmio: (a) Deverá sofrer apenas atualização monetária. (b) Será reaplicado automaticamente em outro título. (c) Deverá ser acrescido de juros moratórios, conforme previsto nas condições gerais do título. (d) Passará para um outro título. (e) Ficará para a Sociedade de Capitalização Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:02 CAPITALIZAÇÃO 95 UNIDADE 4 04 ■ Identificar uma garantia de aluguel realizada por meio da capitalização. ■ Reconhecer características da garantia nos contratos de locação utilizados pelo mercado. ■ Explicar como funciona a garantia da capitalização para locação de imóveis. Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: ■ Destacar a legislação que normatiza a garantia de locação de um imóvel a partir de um título de capitalização. ■ Identificar algumas das perguntas mais frequentes durante o processo de comercialização da garantia com a capitalização. CONSIDERAÇÕES INICIAIS GARANTIA NOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO MEMBROS ENVOLVIDOS NA COMERCIALIZAÇÃO DA GARANTIA COM A CAPITALIZAÇÃO PERGUNTAS FREQUENTES FIXANDO CONCEITOS 4 TÓPICOS DESTA UNIDADE TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO como de GARANTIA ALUGUEL Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:02 CAPITALIZAÇÃO 96 UNIDADE 4 CONSIDERAÇÕES INICIAIS O Título de Capitalização como garantia de aluguel surgiu como uma alter- nativa para facilitar a locação de imóveis há mais de 15 anos. Atualmente, ele se fortaleceu, e diversas empresas possuem esse produto em seu port- fólio para comercialização. Qualquer produto tem seu tempo para lançamento, maturação e declínio. A garantia de locação com a Capitalização não poderia ser diferente. Por isso, desde sua existência, ela já sofreu várias alterações para continuar trazen- do resultados e se diferenciando no mercado, como a criação da modalida- de Instrumento de Garantia. É claro que existem algumas especificidades por parte das empresas que a comercializam e pequenas diferenças nos benefícios apresentados, mas sem perder a sua formatação padrão. GARANTIA NOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO Sabemos que, para alugar um imóvel, o locatário precisa apresentar uma garantia ao locador. Entre as várias modalidades que existem no mercado, algumas utilizadas são: fiador, caução em dinheiro e seguro fiança. A seguir, você encontrará uma breve descrição de cada uma dessas modalidades. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:02 97 UNIDADE 4 CAPITALIZAÇÃO — Fiador É a pessoa que não está envolvida no processo de locação, mas fornece garantias pessoais (propriedades) ao pagamento, sob a forma de fiança, em caso de dívidas de um terceiro. Nota Fiador Em caso de não pagamento por parte do devedor, o fiador responderá pela dívida. — Caução em Dinheiro É o depósito realizado para o locador, pelo locatário, com a quantia referente a três vezes o valor do aluguel (quantia limitada pela Lei do Inquilinato). Nota Caução em Dinheiro Com essa garantia, quando o locatário deseja sair do imóvel, ele tem seu valor devolvido, ou, em caso de inadimplência, o locador pode utilizá-lo. — Seguro Fiança Seguro que garante que o locatário pague determinado valor à seguradora e que essa seguradora garanta o recebimento do aluguel ao locador. — Capitalização Como Garantia de Aluguel Foi diante deste cenário de locação com garantias diferentes que sur- giu a Capitalização com a proposta de permitir a locação com rapidez e sem burocracia. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:02 98 UNIDADE 4 CAPITALIZAÇÃO Ela funciona como uma caução que reúne benefícios e facilidades sobre o aluguel do imóvel tanto ao locador (dono do imóvel) quanto ao locatário (quem aluga o imóvel). Essa garantia também tem por objetivo apresentar-se ao segmento imobi- liário como mais uma alternativa para o sucesso dos negócios de locação nos termos da lei que rege o mercado de locação de imóveis. O grande diferencial dessa Capitalização é a possibilidade, respaldada na lei, de soli- citar mais que três vezes o valor do aluguel, além de ainda poder incluir IPTU, condomínio e outras taxas que o locador considerar importante. A Capitalização para locação de um imóvel é elaborada de forma especial, organizada a partir de algumas particularidades destacadas a seguir: a) É um Título de Capitalização da modalidade instrumento de garantia, de pagamento único, periódico ou mensal. Os títulos são estruturados com prazo de vigência igual ou supe- rior a 6 (seis) meses, podendo acompanhar o contrato de locação do imóvel, e, caso o cliente saia do imóvel, pode ‘descaucionar’ o título ao contrato de locação e utilizá-lo para garantir outro contra- to, ou solicitar o resgate antecipado, sem aplicação de qualquer penalidade, ou ainda, aguardar o término da vigência do título e realizar o resgate final. b) É uma garantia real. O Título de Capitalização é um produto que deixa o dinheiro guar- dado como garantia para o contrato de locação. Isso porque, em caso de inadimplência, ou seja, de não pagamento do aluguel, o locador poderá retirar esse dinheiro. Por isso chamamos de garan- tia real, porque se trata de dinheiro vivo, e não de bens (como no caso do fiador). c) Destina-se a pessoas físicas (PF) ou pessoas jurídicas (PJ). Essa garantia pode ser oferecida tanto a pessoas físicas quanto a empresas que desejam alugar imóveis para abrir uma loja ou posto de serviço. d) Prazo de Capitalização. A contar da data de vigência (data de início), o título deve ter dura- ção mínima de 6 meses, o que chamamos de período de vigência do título. Ele pode ainda ser de 12, 15 ou 30 meses, dependendo da seguradora. e) Valor do título. O valor do título é negociável entre as partes. Sua negociação é realizada por você, corretor, com o cliente, no momento de comer- Saiba mais Para a comercialização, a garantia de locação de um imóvel por meio de um Título de Capitalização tem respaldo legal. De acordo com a Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991, art. 38), o Título de Capitalização é reconhecido como caução em título (bens móveis). Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado paraterceiros. 19/01/2022 17:22:02 99 UNIDADE 4 CAPITALIZAÇÃO cialização do produto, e, normalmente, são considerados os valo- res do aluguel, do condomínio e do IPTU para a definição da quan- tia a ser fechada. f) Não será realizada análise cadastral do cliente. A garantia por meio da Capitalização não precisa de análise cadas- tral, nem de muitas burocracias, pois o título é logo gerado a partir do pagamento, do preenchimento do contrato e com a documenta- ção necessária, permitindo o fechamento da locação rapidamente. Entretanto, é importante lembrar que, mesmo não havendo neces- sidade, o mercado imobiliário, muitas vezes, faz a avaliação até mesmo para conhecer mais o locatário e saber o valor que pode ser negociado. A garantia em contratos de aluguel por meio da Capitalização tem, ain- da, características e benefícios peculiares que a fazem se diferenciar das demais garantias e ser reconhecida como uma solução inovadora para locação. Então, vamos conhecê-las! — Características e Benefícios Antes de começarmos a conhecer, de forma mais específica, as caracterís- ticas e benefícios da garantia por meio da Capitalização, precisamos com- preender a diferença entre esses conceitos. CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS DA CAPITALIZAÇÃO COMO GARANTIA DE DE ALUGUEL CARACTERÍSTICA É a descrição do produto. BENEFÍCIO É o que o cliente “ganha” ao adquirir o produto; o que suas características trazem de bom para ele. Você deve estar pensando em qual será a importância disso... A resposta é simples: somente as características de um produto não des- pertam o desejo do cliente. Agora, pense nessa garantia de locação de imóveis com a Capitalização. Qual das frases a seguir você considera que mais chama a atenção do locador e do locatário para aderir à Capitalização? 1. A garantia nos contratos de locação é um título de Capitalização da modalidade Instrumento de Garantia, de pagamento único, periódi- co ou mensal, que tem por objetivo garantir a locação de um imóvel. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:02 100 UNIDADE 4 CAPITALIZAÇÃO 2. A garantia nos contratos de locação é a forma mais rápida e fácil para se locar um imóvel com tranquilidade e sem burocracia! Então, pensou na resposta? A primeira frase apresenta apenas as características do produto, não sen- do atraente. Em contrapartida, a segunda tem o que a maior parte dos clientes quer: rapi- dez, agilidade e tranquilidade. O locatário não deseja apenas alugar; ele tam- bém quer conveniência, e isso só os benefícios podem trazer. Assim, conhe- cer as características e os benefícios desse produto é muito importante. Siga em frente e conheça cada uma delas detalhadamente. Apor te/Depósito Característica: depósito em dinheiro ou cheque do valor negociado entre locatário e imobiliária para o título. Benefício: poder de negociação. Assistência Residencial Gratuita para Pessoa Física Características: possibilidade de inclusão de acesso, em caso de emergên- cia, a serviços diferenciados. Benefício: além dos próprios descontos, dependendo do produto, o pro- prietário do título pode ter direito a um conjunto de serviços com comodi- dade e economia. Essa vantagem é também aplicável ao locador. Afinal, é uma medida de cuidado e preservação do seu imóvel, pois a tendência é que o locatário, em casos emergenciais, utilize a assistência de bons profissionais. Sor teios Característica: durante a vigência do título, o locatário concorre mensalmen- te a sorteios. O prêmio corresponde a um certo número de vezes o valor da mensalidade, atualizado normalmente pela TR, menos o Imposto de Renda. Benefício: possibilidade de ganhar um valor em dinheiro. Porém, lembre-se de que o sorteio é mais um benefício. Afinal, mesmo não sendo sorteado, o locatário teve grande sorte apenas por ter adquirido o produto, que é uma excelente garantia para ele e o fez atingir o seu objeti- vo principal: alugar um imóvel! Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:54 101 UNIDADE 4 CAPITALIZAÇÃO Resgate Antecipado do Valor do Título Característica: o valor fornecido pela adesão do Título de Capitalização poderá ser resgatado antes do término de vigência, com a anuência do locador, de acordo com a variação da tabela de resgate, que varia confor- me a seguradora. Benefício: o locatário não perde seu dinheiro todo. Ele fecha o título, aluga o seu imóvel e tem a possibilidade de ter acesso a parte de seu dinheiro de volta se interromper o título antes do final do período de vigência, ou seja, liquidez. Resgate Final do Valor do Título Característica: no fim do período de vigência do título, caso não haja débi- tos com o locador, o locatário poderá resgatar no mínimo 95% do valor total dos pagamentos efetuados. Benefício: o cliente tem de volta grande parte, senão a totalidade do valor dos pagamentos efetuados após ter conseguido alugar o imóvel desejado! Dessa forma, seu cliente não perde dinheiro! Assistência jurídica Característica: possibilidade de inclusão de assistência jurídica – resolução de problemas relacionados à inadimplência do aluguel com suporte técni- co e especializado. Benefício: segurança e garantia. MEMBROS ENVOLVIDOS NA COMERCIALIZAÇÃO DA GARANTIA COM A CAPITALIZAÇÃO Diante da necessidade de locação de um imóvel, veja quem são os mem- bros envolvidos no processo: ■ Locatário: pessoa física ou jurídica que tem interesse na locação de um imóvel comercial ou residencial. É reconhecido como subs- critor ao adquirir um título de Capitalização. ■ Locador: pessoa física ou jurídica que é proprietária do imóvel e o disponibiliza para locação. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:54 102 UNIDADE 4 CAPITALIZAÇÃO ■ Imobiliária: a imobiliária pode ser o próprio locador ou ser um representante do proprietário do imóvel. E não podia faltar você, é claro: ■ Corretor: responsável pelo fechamento do contrato. O corretor é cadastrado na Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); dessa forma, consegue validar a efetivação do título. PERGUNTAS FREQUENTES A seguir, você encontrará as perguntas mais frequentes relacionadas a esse assunto que acabamos de estudar. Fique atento às respostas porque elas trazem ótimas orientações para esses casos. 1. Ao fazer o título de Capitalização, o cliente paga um certo número de vezes o valor do aluguel. Isso significa que não é necessário pagar o aluguel durante esse período? Não! O valor fornecido ao adquirir o título é dado para constar como garantia para fechar a locação e ser utilizado caso haja ina- dimplência. O cliente não paga, porque ele terá de volta; ele faz um depósito! 2. A imobiliária tem alguma comissão para a comercialização dessa garantia a partir do Título de Capitalização? Não! Mais que isso, para a imobiliária, a comercialização dessa garantia com a Capitalização significa ter mais alternativas para oferecer ao cliente diante da locação, de modo a aumentar o leque de opções para fechar o aluguel. A comissão é direcionada a VOCÊ. 3. O inquilino pode fazer o resgate sem a anuência do locador? Não! Por dois motivos: em primeiro lugar, porque o título está cau- cionado no nome do locador como garantia para locação. Logo, se não tiver mais essa garantia, o locador deve ter ciência disso. Em segundo lugar, caso o locatário esteja em débito, a garantia do título, ou seja, o valor do título, deverá cobrir as despesas. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:54 103 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO FIXANDO CONCEITOS 4 Correlacione as colunas a seguir e depois marque a alternativa correta: 1. Identifique as modalidades de garantia que existem no mercado para alugar um imóvel: 1 ) Fiador. 2) Caução em Dinheiro. 3) Seguro Fiança. ( ) Seguro que garante que o locatário pague determinado valor à seguradora e que esta garanta o recebimento do aluguel ao loca- dor. ( ) É o depósito ao locador de três vezes o valor do aluguel, quantia limitada pela Lei do Inquilinato. ( ) É a pessoa que não está envolvida no processo de locação, mas fornece garantias pessoais (propriedades) ao pagamento, em caso de dívidas de um terceiro sob a forma de fiança. Agora assinale a alternativa correta: (a) 2, 3, 1 (b) 3, 1, 2 (c) 3, 2, 1 (d) 1, 3, 2 (e) 1, 2, 3 Marque a alternativa correta. 2. No caso de ser contratada uma Capitalização com garantia de aluguel, cau- ção em título (bens móveis), e em caso de um sorteio, o contemplado será o(a): (a) Fiador. (d) Dono do imóvel. (b) Locatário. (e) Empresa de capitalização. (c) Locador. 3. Marque a alternativa correta. Uma das particularidades da Capitalização como garantia para locação de um imóvel é: (a) Ser um títuo de Capitalização obrigatoriamente de pagamento mensal. (b) Ser uma garantia real. (c) Destinar-se somente a pessoas físicas (PFs). (d) O valor do título não ser negociável. (e) O título só poder ter duração de 12 meses. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:54 104 FIXANDO CONCEITOS CAPITALIZAÇÃO Analise se as proposições são verdadeiras ou falsas e depois marque a alternativa correta. 4. A garantia do Título de Capitalização para locação de um imóvel é con- siderada uma garantia real, porque: ( ) O título de Capitalização é um produto que deixa o dinheiro guarda- do como garantia para o contrato de locação. ( ) Em caso de inadimplência, ou seja, de não pagamento do aluguel, o locador poderá retirar esse dinheiro. ( ) Trata-se de dinheiro vivo, e não de bens. Agora assinale a alternativa correta: (a) V, V, V. (b) V, F, F. (c) V, V, F. (d) F, V, V. (e) F, F, V. Marque a alternativa correta. 5. Ao final do período de vigência do título, caso não haja débitos com o locador, poderá haver o resgate de, no mínimo, 95% do valor total dos pagamentos efetuados pelo(a): (a) Empresa de capitalização. (b) Dono do imóvel. (c) Fiador. (d) Locatário. (e) Locador. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:54 105 ESTUDOS DE CASO CAPITALIZAÇÃO ESTUDOS DE CASO Caso 1 Imagine um consumidor que, ao examinar as condições gerais de seu Títu- lo de Capitalização PM, depara-se com a seguinte tabela de resgate: O título apresenta o valor de R$ 100,00 para cada contribuição e prazo de carência de três meses. RESGATE DE CAPITALIZAÇÃO TÍTULO PM PAGAMENTOS EFETUADOS % DE RESGATE SOBRE A SOMA DOS PAGAMENTOS EFETUADOS 1 50,25 2 50,38 3 57,20 4 60,70 5 62,88 6 64,38 7 66,95 8 68,92 9 70,50 10 71,81 11 73,83 12 75,55 Com base nos dados fornecidos na tabela e, ainda, no conteúdo que você acabou de estudar, avalie e responda aos seguintes questiona- mentos feitos pelo consumidor: a) Já tendo efetuado o pagamento de duas “mensalidades”, é possível resgatar ao final do segundo mês de vigência? b) O consumidor terá que efetuar mais algum pagamento se desejar resgatar o título nesse período? c) Quanto o consumidor deverá receber se permanecer até o fim da vigência e efetuar todos os pagamentos na data correta? É possível estabelecer tal valor com precisão? d) A que modalidade pertence o título? Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:54 106 ESTUDOS DE CASO CAPITALIZAÇÃO Caso 2 Em um Título de Capitalização PM, de carência igual a 10 meses e com contribuições de R$ 20,00, o Sr. Sortudo foi contemplado, no sexto mês de vigência, em um sorteio em que o prêmio bruto correspondia a um múltiplo de 500 vezes. O título previa a liquidação antecipada por sorteio em todas as modalida- des de premiação. No momento do sorteio, a Provisão Matemática para Capitalização do título do Sr. Sortudo apresentava saldo de R$ 87,00. O Sr. Sortudo deseja saber: a) Se ele pode continuar, normalmente, com seu título, mesmo tendo sido sorteado. b) Quais valores irá receber. c) Para receber o valor de resgate, se ele deverá aguardar o fim do prazo de carência. Caso 3 Uma Sociedade de Capitalização deseja distribuir um montante total de R$ 1.200.000,00 em prêmios de sorteio de um plano de Capitalização PU cujo tamanho da série deverá ser de 500.000 títulos. A quota de sorteio foi fixada em 10%. Deseja-se oferecer o maior valor possível de premiação instantânea e rea- lizar um sorteio durante cada um dos 12 meses de vigência do título. Determine: a) O valor do pagamento único. b) O valor de prêmio a ser distribuído na premiação instantânea. c) O valor do múltiplo do pagamento referente a cada prêmio dos sor- teios mensais. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:54 107 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO ANEXOS — 1. Exemplo de Condições Gerais de um Título de Pagamento Mensal Modalidade Tradicional (PM) — 2. Normas Fundamentais de Capitalização — 3. Índices de Atualização — 4. Circular SUSEP nº 569/2018 — 5. Circular SUSEP nº 576/2018 — 6. Circular SUSEP nº 376/2008 Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:54 108 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO — ANEXO 1 – EXEMPLO DE CONDIÇÕES GERAIS DE UM TÍTULO DE PAGAMENTO MENSAL (PM) – MODALIDADE TRADICIONAL CONDIÇÕES GERAIS TÍTULO CONSUMIDOR FELIZ MODALIDADE TRADICIONAL Glossário ■ Subscritor – é a pessoa que adquire o título, assumindo o com- promisso de efetuar o pagamento de suas contribuições na forma convencionada nas condições gerais do título. ■ Titular – é o próprio subscritor ou outra pessoa expressamente indicada por ele. É o proprietário do título, que detém os direitos decorrentes do título, a quem devem ser pagos todos os valores originados por esse título. ■ Capital – é o valor constituído na Provisão Matemática para Capi- talização. ■ Provisão Matemática para Capitalização (PMC) – corresponde ao valor do título ao final do prazo de vigência, sem considerar a atualização monetária. ■ Sorteios e carregamento – os custos de sorteio e de carrega- mento serão constituídos pelas quotas percentuais aplicáveis aos pagamentos efetuados e destinados, respectivamente, à realiza- ção dos sorteios e às diversas despesas dos títulos (administração, operação e comercialização), a seguir apresentados. QUOTAS DO TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO PAGAMENTO QUOTA DE SORTEIO % QUOTA DE CARREGAMENTO % QUOTA DE CAPITALIZAÇÃO % 1º 701 ,0 2 9,0 2º ao 24º 951 ,0 4 ,0 ■ Data de aniversário – é o dia do início da vigência, válido, tam- bém, para todos os meses subsequentes, enquanto o plano esti- ver em vigor. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros.19/01/2022 17:22:54 109 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO I – Objetivo Art. 1º. A FUNENSEGCAP, CNPJ 99.999.000/0001-99, doravante denomi- nada Sociedade de Capitalização, institui o Título de Capitalização ora des- crito e devidamente aprovado pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, através do processo SUSEP 15414.000000/2018-99, destinado à constituição de um determinado capital, observado o prazo e as condições adiante estabelecidos, que será pago em moeda corrente ao Titular. §1º. A aprovação deste plano pela SUSEP não implica, por parte da Autar- quia, em incentivo ou recomendação à sua aquisição, representando, exclusivamente, sua adequação às normas em vigor. §2º. O consumidor poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de Capitalização, no sítio www.susep.gov.br, por meio do número de seu registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF, quando a venda tiver sido intermediada por corretor de Capitalização. II – Natureza do Título Art. 2º. O Título é indivisível em relação à Sociedade, não podendo seus direitos serem comercializados separadamente. É facultada a cessão parcial ou total dos direitos e obrigações do Título, a qualquer momento, mediante comunicação por escrito à Sociedade de Capitalização. §1º. Cumpre ao Subscritor e ao Titular comunicar à Sociedade de Capitalização a realização da transferência, informando os dados cadastrais do novo Subscritor ou Titular, respectivamente, ficando vedada a cobrança de qualquer espécie. §2º. Cumpre ao Subscritor ou Titular manter seus dados cadastrais atualizados perante a Sociedade de Capitalização, para efeito de registro e controle. III – Início de Vigência Art. 3º. O título entra em vigor na data do primeiro pagamento, sendo sua vigência de 24 meses. IV – Pagamentos Art. 4º. Este título será pago pelo Subscritor em 24 meses, nas respectivas datas de vencimento. Parágrafo único – Caso a data de vencimento coincida com um feriado bancário, o pagamento deverá ser realizado no primeiro dia útil posterior. Art. 5º. Os pagamentos efetuados após a data de vencimento serão acres- cidos da atualização monetária na forma do art. 14, e de juros, na mesma forma prevista para a atualização da provisão matemática para Capitaliza- ção, conforme o art. 11, calculadas , desde a data do vencimenpro rata die - to até o efetivo pagamento. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:22:54 110 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Art. 6º. A não realização do pagamento na respectiva data de venci- mento determinará a suspensão do título. Parágrafo único. O título com até 3 (três) pagamentos em atraso poderá ser reabilitado, mediante a quitação dos pagamentos devidos, na forma do art. 5º, não sendo devida qualquer importância decorrente dos sorteios realizados durante o período de suspensão. V – Cancelamento do Título Art. 7º. O título será cancelado caso complete 4 (quatro) meses em atraso, sendo devido o capital na forma estabelecida pelo art. 11 destas Condições Gerais. VI – Ordenação e Identificação de Títulos Art. 8º. Os títulos serão ordenados em séries de 100.000 e numerados sequencialmente de 00.001 a 100.000. VII – Sorteios Art. 9 . Durante o prazo de pagamento, o título em vigor concorrerá a quatro o sorteios mensais, com apurações baseadas nos resultados das extrações realizadas nos quatro últimos sábados de cada mês, pela Loteria Federal, participando, em cada extração, com uma possibilidade de sorteio com pro- babilidade de contemplação de 0,001%. Tendo efetuado o pagamento de todas as mensalidades em dia, o título concorrerá ao total de 96 sorteios. §1o. A cada título será atribuído um número de cinco algarismos, compreen- dido de 00.001 a 100.000 e distinto dos demais, expresso no campo “Com- binação para Sorteio”. §2o. Para efeito de apuração acerca do descrito no caput deste artigo, con- siderar-se-ão os cinco primeiros prêmios da extração da Loteria Federal, observada a ordem de premiação. A combinação de cada sorteio será obtida a partir do número, composto de cinco algarismos, extraído através da leitura, de cima para baixo, da coluna formada pelo algarismo da unidade simples dos cinco primeiros prêmios da Loteria Federal. §3o. O titular do título sorteado receberá um prêmio bruto equivalente a 250 (duzentos e cinquenta) vezes o valor do último pagamento correta- mente efetuado. §4o. Se, por qualquer motivo, a Loteria Federal não vier a realizar a extração na data prevista, será considerada, para os fins do disposto neste artigo, a primeira extração que vier a ser por ela realizada até o dia que anteceder ao sábado seguinte. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:23:14 111 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO §5o. Se também não vier, por qualquer razão, a ser realizada a extração a que se refere o caput deste artigo ou se houver alterações nos referidos sorteios de forma que não mais coincidam com as premissas fixadas neste contrato, a FUNENSEGCAP obriga-se a promover por meios próprios, no prazo de até 90 dias, para os fins do parágrafo segundo, com a presen- ça de um representante de Auditoria Independente e o livre acesso dos SUBSCRITORES/TITULARES, o sorteio do número a servir como resultado da apuração, em sua SEDE, divulgando o resultado em jornal de grande circulação. Somente concorrerão ao sorteio previsto neste parágrafo os títulos em vigor e com os pagamentos em dia na data em que o sorteio correspondente deveria ter sido realizado. §6o. Normalizado, pela Loteria Federal, o processo de extração, será resta- belecido o procedimento previsto no parágrafo segundo. §7o. Não terão qualquer validade, para os fins do disposto neste Capítulo, as extrações realizadas pela Loteria Federal que não se enquadrem nas regras previstas nestas Condições Gerais. §8o. O prêmio de sorteio, de acordo com a legislação em vigor, terá a inci- dência de 30% de Imposto de Renda. §9o. Documentação necessária para pagamento da premiação: documento de identificação do titular e o título de Capitalização. §10o. O valor do prêmio de sorteio será colocado à disposição do Titular em até 15 dias corridos contados a partir da entrega da documentação com- pleta necessária para pagamento da premiação e atualizado a partir da data do sorteio até a data do efetivo pagamento pela Taxa Referencial (TR). §11o. Serão devidos juros moratórios de 1% a.m., proporcionalmente ao número de dias em atraso, caso a Sociedade de Capitalização não dispo- nibilize o valor de sorteio no prazo de 15 dias corridos contados da entrega da documentação completa necessária para pagamento da premiação e desde que atendidas as obrigações previstas no art. 2º. §12o. A Sociedade de Capitalização concorrerá aos prêmios mediante os títulos não comercializados, suspensos ou cancelados. Art. 10. O título sorteado continuará em vigor. VIII – Resgate Art. 11. O capital é formado por parte do pagamento feito periodicamente e será mensalmente atualizado e capitalizado, no dia de aniversário do título, estando disponível ao titular somente após o prazo de carência de 12 (doze) meses, contados do início da vigência. A tabela a seguir apresenta o cálculo do valor mínimo de resgate. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:23:14 112 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Obs.: os percentuais apresentados na tabela representam o mínimo que será resgatado, ao final de cada mês de vigência, considerando todos os pagamentos efetuados em dia e apenas a Capitalização à taxa de juros iguais a 0,5% a.m.O capital formado neste título será atualizado pela Taxa Referencial (TR), conforme definido na Lei 8177/9. TABELA 1 MÊS DE VIGÊNCIA FINAL DO MÊS % DE RESGATE SOBRE A SOMA DOS PAGAMENTOS EFETUADOS MÊS DE VIGÊNCIA FINAL DO MÊS % DE RESGATE SOBRE A SOMA DOS PAGAMENTOS EFETUADOS 1 63,32 13 96,34 2 74,78 14 96,73 3 78,74 15 97,09 4 80,84 16 97,45 5 82,18 17 97,79 6 83,14 18 98,12 7 88,56 19 98,45 8 89,21 20 98,77 9 89,78 21 9 9,0 8 10 90,27 22 99,39 11 90,72 23 99,70 12 91,14 24 100,00 §1º. O título será cancelado na data do pagamento do resgate, ces- sando quaisquer direitos após essa data. §2º. A tabela anterior considera: a) um fator de redução no capital de 10%, quando o resgate ocorrer antes do 7º mês de vigência; b) um fator de redução no capital de 5% quando o resgate ocor- rer entre o 7º e o 12º mês de vigência; c) pagamentos efetuados sem atualização; §3º. Documentação necessária para pagamento do resgate: documento de identificação do titular e o título de Capitalização. §4º. O valor de resgate será colocado à disposição do titular em até 15 dias corridos contados a partir da entrega da documentação completa após o término de vigência ou após o cancelamento do título, ou, ainda, após a solicitação de resgate antecipado, observado o prazo de carência. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:23:14 113 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO §5º. Serão devidos juros moratórios de 1% a.m., proporcionalmente ao número de dias em atraso, caso a Sociedade de Capitalização não dispo- nibilize o valor de resgate no prazo de 15 dias corridos e desde que aten- didas as obrigações previstas no art. 2o. §6º. Caso o valor de resgate seja superior à soma das parcelas pagas, haverá incidência de imposto de renda sobre a diferença entre o valor de resgate e a soma das parcelas pagas, conforme legislação tribu- tária em vigor. §7º. A aplicação da taxa de juros cessará a partir da data do cancelamento do Título por falta de pagamento, ou por resgate antecipado total, ou, ain- da, a partir da data do término da vigência. IX– Atualização de Valores Art. 12. O capital formado neste título será atualizado mensalmente pela Taxa Referencial (TR), conforme definido na Lei nº 8.177/91, de 1 de março de 1991. Parágrafo único. No caso de extinção do índice de atualização, será uti- lizado o índice que vier a ser considerado para atualização da caderneta de poupança. Art. 13. Os valores das contribuições serão atualizados, anualmente, com base na variação do IGPM, referente ao período de 12 (doze) meses, apura- da com defasagem de 2 (dois) meses em relação à data do reajuste. Parágrafo único. No caso de extinção do índice de atualização, será utili- zado o IPCA-IBGE. Art. 14. Os valores de sorteio serão atualizados, a partir da data de sua rea- lização, pela Taxa Referencial (TR), até a data do efetivo pagamento. Art. 15. Os valores de resgate serão atualizados, a partir do primeiro dia posterior à data da sua solicitação do resgate, até a data do efetivo paga- mento, pela Taxa Referencial (TR). Parágrafo único. No caso de solicitação de resgate posteriormente ao tér- mino do prazo de vigência, a atualização dar-se-á desde o primeiro dia posterior ao término desse prazo até o efetivo pagamento. X – Impostos e Taxas Art. 16. Os impostos e taxas incidentes ou que venham a incidir sobre o título estarão a cargo de quem a lei determinar. XI – Informações Art. 17. A cada 12 (doze) meses será enviado extrato ao titular com as infor- mações atualizadas dos valores do título. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:23:14 114 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Parágrafo único. Independentemente da periodicidade estabelecida no caput, a Sociedade de Capitalização prestará quaisquer informações ao subscritor/titular sempre que solicitadas. Art. 18. O titular contemplado em sorteio deverá ser notificado deste fato pela Sociedade de Capitalização, por escrito, mediante correspondência expedida com aviso de recebimento – AR, ou por qualquer meio que se possa comprovar em até 40 (quarenta) dias de sua realização. XII – Prescrição Art. 19. O direito ao recebimento de qualquer importância devida, relativa ao título, cessará, automaticamente e de pleno direito, no prazo estabele- cido na legislação em vigor. XIII – Foro Art. 20. O foro competente para dirimir eventuais questões oriundas des- tas Condições Gerais será, sempre, o do domicílio do titular. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:23:14 115 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO — ANEXO 2 – NORMAS FUNDAMENTAIS DE CAPITALIZAÇÃO As normas fundamentais que estabelecem as regras do mercado de Capi- talização estão relacionadas abaixo: ■ Decreto-Lei nº 73/1966: é a “lei” de seguros. ■ Decreto-Lei nº 261/1967: é a “lei” básica do sistema de Capitalização. ■ Resolução CNSP nº 15/1991: trata das operações de Capitalização. ■ Resolução CNSP nº 23/2000: altera dispositivos da Resolução CNSP nº 15/91. ■ Resolução CNSP nº 321/2015: dispõe sobre provisões técnicas, ativos redutores da necessidade de cobertura das provisões técni- cas, capital de risco baseado nos riscos de subscrição, de crédito, operacional e de mercado, patrimônio líquido ajustado, capital míni- mo requerido, plano de regularização de solvência, limites de reten- ção, critérios para a realização de investimentos, normas contábeis, auditoria contábil e auditoria atuarial independentes e Comitê de Auditoria referentes a seguradoras, entidades abertas de previdên- cia complementar, Sociedades de Capitalização e resseguradores. ■ Resolução CNSP nº 101/2004: altera a Resolução CNSP 15, de 03 de dezembro de 1991. ■ Resolução CNSP nº 103/2004: altera e consolida as normas de atualização e recálculo de valores relativos às operações de segu- ro, Previdência Complementar Aberta e de Capitalização. ■ Resolução CMN nº 4.444/2015: dispõe sobre as normas que disciplinam a aplicação dos recursos das reservas técnicas, das provisões e dos fundos das sociedades seguradoras, das socieda- des de Capitalização, das entidades abertas de previdência com- plementar e dos resseguradores locais, sobre as aplicações dos recursos exigidos no país para a garantia das obrigações de resse- gurador admitido e sobre a carteira dos Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi). ■ Resolução CNSP nº 243/2011: dispõe sobre sanções adminis- trativas no âmbito das atividades de seguro, cosseguro, ressegu- ro, retrocessão, Capitalização, previdência complementar aberta, de corretagem e auditoria independente; disciplina o inquérito Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:23:14 116 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO e o processo administrativo sancionador no âmbito da SUSEP e das entidades autorreguladoras do mercado de corretagem e dá outras providências. ■ -Circular SUSEP nº 569/2018: dispõe sobre a operação de Capi talização, as modalidades, elaboração, operação e comercializa- ção de Títulos de Capitalização e dá outras providências. ■ Circular SUSEP nº 576/2018: altera a Circular SUSEP 569/2018 e estabelece regras para a elaboração, a operação, a propaganda e o material de comercialização de títulos de Capitalização, e dá outras providências. ■ Circular SUSEP nº 376/2008: regula a operacionalização, a emissão de autorizações e a fiscalização das operações de distri- buiçãogratuita de prêmios mediante sorteio, vinculadas à doação de títulos de Capitalização ou à cessão de direitos sobre os sor- teios inerentes aos títulos de Capitalização e suas alterações. ■ Circular SUSEP nº 517/2015: dispõe sobre provisões técnicas; teste de adequação de passivos; ativos redutores; capital de risco de subscrição, crédito, operacional e mercado; constituição de ban- co de dados de perdas operacionais; plano de regularização de sol- vência; registro, custódia e movimentação de ativos, títulos e valo- res mobiliários garantidores das provisões técnicas; Formulário de Informações Periódicas (FIP/SUSEP); normas contábeis e auditoria contábil independente das seguradoras, entidades abertas de pre- vidência complementar, sociedades de Capitalização e ressegura- dores; exame de certificação e educação profissional continuada do auditor contábil independente e sobre os pronunciamentos téc- nicos elaborados pelo Instituto Brasileiro de Atuária (IBA). ■ Circular SUSEP nº 445/2012: dispõe sobre os controles internos específicos para a prevenção e o combate dos crimes de “lava- gem” ou ocultação de bens, direitos e valores, ou os crimes que com eles possam relacionar-se, o acompanhamento das opera- ções realizadas e as propostas de operações com pessoas politi- camente expostas, bem como a prevenção e coibição do financia- mento ao terrorismo. ■ Circular SUSEP nº 460/2012: estabelece normas sobre a distri- buição, a cessão, a subscrição e a publicidade na comercialização de títulos de Capitalização, e dá outras providências. ■ Resolução CMN nº 4.222/2013: altera e consolida as normas que dispõem sobre o estatuto e o regulamento do Fundo Garanti- dor de Créditos (FGC). Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:23:14 117 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Outras normas de natureza mais operacional, como as Circulares da SUSEP que tratam da divulgação dos planos de contas das sociedades, também integram este conjunto. Existe, ainda, uma outra categoria de Circulares da SUSEP, que tratam de normas comuns não só à capitalização, mas também aos demais seguros e aos planos de Previdência Complementar. Impor tante Entre as normas já listadas, destacam-se três: ■ Circular SUSEP nº 569/2018, que dispõe sobre a operação de capitalização, as modalidades, a elaboração, a opera- ção e a comercialização de títulos de capitalização e dá outras providências. ■ Circular SUSEP nº 576/2018, que altera a Circular SUSEP 569/2018 e estabelece regras para a elaboração, a ope- ração, a propaganda e o material de comercialização de títulos de capitalização e dá outras providências. ■ Resolução CNSP nº 15/1991, que define paradigmas impor- tantes para a capitalização, como a impossibilidade de a Sociedade de Capitalização se apossar da reserva mate- mática, ainda que o consumidor esteja em atraso, além de disciplinar a estruturação e o funcionamento das socieda- des de capitalização. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:23:14 118 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO — ANEXO 3 – ÍNDICES DE ATUALIZAÇÃO A Circular SUSEP nº 255/2004, que veio complementar a Resolução CNSP nº 103/2004, indica as opções de índices a serem utilizados pelas sociedades de Capitalização para a atualização das provisões matemáti- cas dos títulos de Capitalização e dos demais planos de seguro e Previdên- cia Complementar tratados por tais normas. Os índices são os seguintes: ■ Índice Nacional de Preços ao Consumidor/ Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC/IBGE). ■ Índice de Preços ao Consumidor Amplo/ Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IPCA/IBGE). ■ Índice Geral de Preços para o Mercado/ Fundação Getulio Vargas (IGPM/FGV). ■ Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna/ Fundação Getulio Vargas (IGP-DI/FGV). ■ Índice Geral de Preços ao Consumidor/ Fundação Getulio Vargas (IPC/FGV). ■ Índice de Preços ao Consumidor/ Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (IPC/FIPE). Embora sejam essas as opções oficiais, a legislação permite, ainda, que sejam utilizados outros índices, desde que previamente autorizados pela SUSEP. Como você aprendeu aqui, exclusivamente para os títulos de Capitaliza- ção, a atualização das provisões poderá ser efetuada adotando-se o índice de atualização monetária da caderneta de poupança, hoje a TR, conforme previsto na Circular SUSEP nº 255/2004. A exceção autorizada por essa circular é, na verdade, a regra praticada pelo mercado, isto é, quase 100% dos títulos estabelecem a atualização das provisões pela TR (o que, anteriormente à Circular 255, era a única hipótese possível). Essa prática acaba por provocar uma perda real (quan- do comparada à inflação) dos valores de resgate dos títulos de Capitaliza- ção, pois a TR não consegue refletir a inflação, estando, atualmente, quase sempre abaixo dos índices inflacionários. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:23:14 119 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO — ANEXO 4 – CIRCULAR SUSEP 569/2018 Dispõe sobre a operação de Capitalização, as moda- lidades, elaboração, operação e comercialização de Títulos de Capitalização e dá outras providências O SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRI- VADOS – SUSEP, no uso das atribuições que lhe confere o Decreto-Lei nº 261, de 28 de fevereiro de 1967, combinado na forma do art. 36, alínea “b”, do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, considerando o que consta do Processo Susep nº 15414.621071/2017-11, RESOLVE: CAPÍTULO I DO OBJETO Art. 1º Dispor sobre a operação de Capitalização, as modalidades, elabora- ção, operação e comercialização de Títulos de Capitalização e dar outras providências. Art. 2º A Capitalização é a operação que tem por objetivo promover a constituição de capital mínimo, perfeitamente determinado em cada plano e pago em moeda corrente nacional, ao(s) titular(es) do direito de resgate e do direito aos prêmios de sorteio. Art. 3º O Título de Capitalização é representado por um contrato, celebra- do com Sociedade de Capitalização regularmente autorizada a operar pela Susep, cujas obrigações dele decorrentes devem estar garantidas median- te a constituição de provisões técnicas, na forma estabelecida pelo CNSP. §1º O Título de Capitalização é indivisível em relação à Sociedade de Capi- talização. §2º Os direitos relativos ao Título de Capitalização não poderão ser comer- cializados separadamente. §3º Será admitida a conversão de títulos de um plano em outro, desde que com prévia anuência do subscritor, quando não acarretar diminuição da provisão matemática já constituída. §4º O Título de Capitalização somente poderá ser comercializado segundo condições aprovadas previamente pela Susep, observados os eventuais requisitos por ela estabelecidos e a legislação em vigor. Art. 4º Os Títulos de Capitalização somente serão estruturados conforme as modalidades discriminadas abaixo: Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:23:14 120 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO I – tradicional; II – instrumento de garantia; III – compra programada; IV – popular; V – incentivo; ou VI – filantropia premiável. Parágrafo único. A estruturação de Títulos de Capitalização nas modalida- des previstas neste capítulo é regulamentada por esta circular e depen- derá da edição de circularespecífica da Susep, que, complementarmen- te, estabelecerá regras para a elaboração, a operação e a propaganda e material de comercialização dos títulos de Capitalização. CAPÍTULO II DAS DEFINIÇÕES Art. 5º Considerar-se-ão, para efeito desta Circular, as seguintes definições: I – bônus: montante excedente à provisão matemática, que será revertido ao titular no momento do resgate, desde que cumpridas as condições estabelecidas nas condições gerais e na Nota Técnica Atuarial do plano. II – capital: é o valor monetário constante da Provisão Matemática para Capitalização em determinado momento. III – cessionário: Pessoa natural ou jurídica, indicada pelo subscritor, a quem deve ser pago o direito cedido decorrente do título. IV – contemplação obrigatória: possibilidade de realização de sorteio com previsão de que o título sorteado seja obrigatoriamente um título comer- cializado, desde que atingidos os requisitos definidos nas condições gerais do plano. V – contribuição: corresponde ao pagamento efetuado pelo subscritor à Sociedade de Capitalização para aquisição do título de Capitalização, podendo ser única, periódica ou mensal. VI – plano de Capitalização: as condições gerais e a nota técnica atuarial protocolizadas pela Sociedade de Capitalização junto à Susep, relativas aos títulos a serem por ela comercializados. VII – prazo de vigência: Período entre a data de início e a data final para constituição do capital a ser pago ao(s) titular (es) do direito de resgate. VIII – premiação instantânea: modalidade de premiação na qual o sor- teio se realiza previamente ao início de comercialização da série, sendo, entretanto, seu resultado sigiloso. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:24:47 121 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO IX – provisão matemática para Capitalização: Conta vinculada a cada títu- lo comercializado e constituída durante o seu período de vigência a partir do percentual de cada contribuição paga, sendo atualizada e capitalizada mensalmente, gerando o capital destinado ao resgate. X – quota de Capitalização: percentual da contribuição destinado à cons- tituição de capital referente ao direito de resgate. XI – quota de carregamento: percentual da contribuição destinado aos custos de despesas com corretagem, colocação e administração do Título de Capitalização, emissão, divulgação, lucro da Sociedade de Capitaliza- ção e eventuais despesas relativas ao custeio da contemplação obrigató- ria e da distribuição de bônus. XII – quota de sorteio: percentual da contribuição destinado a custear os sorteios, se previstos no plano. XIII – resgate antecipado: possibilidade de o titular efetuar o resgate do capital constituído antes do fim do prazo de vigência do título, podendo ocorrer por solicitação expressa do titular ou por contemplação em sor- teio com liquidação antecipada. XIV – série: conjunto limitado de títulos numerados em sequência que compartilham as mesmas condições gerais e especificações técnicas e que possuem a mesma probabilidade de serem contemplados em sor- teios de participação comum, quando previstos. XV – sorteio com liquidação antecipada: modelo de sorteio que acarreta, ao título contemplado, o seu resgate total obrigatório. XVI – sorteio sem liquidação antecipada: modelo de sorteio que não interfere na vigência do título contemplado, havendo sua continuidade normal, inclusive em relação a futuras contribuições e a eventuais futuros sorteios. XVII – subscritor: pessoa que adquire o Título de Capitalização, assumin- do o compromisso de efetuar o pagamento de suas contribuições. XVIII – tamanho da série: parâmetro técnico que define a quantidade máxima possível de títulos que pode ser emitida para uma mesma série. XIX – titular: próprio Subscritor ou pessoa expressamente indicada pelo mesmo e que detém o(s) direito(s) decorrente(s) do Título de Capitalização. CAPÍTULO III DOS SORTEIOS Art. 6° Os sorteios devem ser uma forma não discriminatória de propor- cionar o recebimento do valor estipulado para este fim, podendo ser com Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:24:47 122 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO ou sem liquidação antecipada, segundo o que dispuserem as Condições Gerais do Título de Capitalização. §1º É vedado sorteio com liquidação antecipada em premiação instantânea. §2º É vedada a participação de título contemplado em sorteio com liqui- dação antecipada em sorteios posteriores ao momento da contemplação. §3º O valor eventualmente pago pelo subscritor referente ao custeio de sorteios cuja realização se der após a contemplação em sorteio, com liqui- dação antecipada, deverá ser devolvido ao titular juntamente com o valor de resgate da provisão matemática formada até o momento da liquidação, vedada a aplicação de qualquer penalidade. §4º Os prêmios de sorteio devem ser custeados pela quota de sorteio dos títulos da mesma série, devendo o respectivo cálculo constar da Nota Téc- nica Atuarial do plano. §5º Para apuração do critério estabelecido no §1º do art. 22, os eventuais valores de sorteio custeados pela quota de carregamento deverão ser somados à quota de sorteio. §6º A Susep, na circular específica de que trata o parágrafo único do art. 4º, poderá dispor sobre limites às quotas de sorteio. Art. 7º Os sorteios poderão ser realizados: I – utilizando-se dos resultados de sistemas oficiais de premiação; ou II – através de processos próprios estabelecidos pela Sociedade de Capitalização. §1º Na hipótese prevista no inciso I, caso os Órgãos Oficiais não realizem sorteios nas datas previstas ou no caso destes sorteios serem definitivamen- te suspensos, a Sociedade de Capitalização se obriga a promover sorteios substitutivos, em idênticas condições às previstas originariamente no título, com prévia divulgação do fato aos subscritores e aos titulares de títulos. §2º A Sociedade de Capitalização deverá especificar nas Condições Gerais do título os procedimentos e os prazos para a realização de sorteios substitutivos aos sorteios oficiais não realizados em conformidade com o originalmente previsto, não podendo o prazo ser superior a 30 (trinta) dias da data originalmente prevista para o sorteio. Art. 8° Em casos de sorteios procedidos pela própria Sociedade de Capi- talização, incluindo os sorteios substitutivos, estes deverão ser realizados nas sedes, sucursais ou quaisquer estabelecimentos de livre acesso aos subscritores e aos titulares de títulos, precedidos de ampla divulgação, com a presença obrigatória de um representante de auditoria indepen- dente. (Caput do artigo alterado pela Circular SUSEP nº 576/2018) Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:24:47 123 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Parágrafo único. Para cada sorteio realizado, as sociedades de Capitaliza- ção manterão, à disposição da Susep, o relatório da auditoria independen- te que conterá os elementos mínimos estabelecidos pela Susep. Art. 9° Em caso de sorteio realizado por meio de premiação instantânea o conhecimento relativo à contemplação deverá estar disponível ao titular no momento imediatamente posterior à aquisição do título, dependendo exclusivamente de sua atuação. §1º Os procedimentos que o titular deve utilizar para verificar a contem- plação na premiação instantânea deverão estar previstos nas Condições Gerais do título; §2º Para cada série emitida, é necessária a realização de auditoria inde- pendente e as sociedades de Capitalização manterão, à disposição da Susep, o respectivorelatório que conterá os elementos mínimos estabe- lecidos pela Susep. §3º O processo de comercialização e distribuição de títulos que apresen- tem sorteios realizados por meio de premiação instantânea deverá ser totalmente aleatório. §4º A Susep, na circular específica de que trata o parágrafo único do art. 4º, poderá dispor sobre os limites para a premiação instantânea. Art. 10. Os títulos de Capitalização deverão ser estruturados em séries. §1º Os sorteios que definem os títulos contemplados deverão ocorrer obri- gatoriamente durante o prazo de vigência do título, ressalvado o caso de premiação instantânea, ou de sorteios substitutivos, caso necessários. §2º É admitida a previsão de parcelamento do prêmio de sorteio, na forma a ser definida na circular específica de que trata o parágrafo único do art. 4º. §3º Os títulos não comercializados, suspensos ou cancelados participam dos sorteios como se pertencessem à Sociedade de Capitalização, salvo estipulação em contrário nas Condições Gerais. §4º Os critérios de determinação dos títulos sorteados deverão ser basea- dos em eventos aleatórios, sendo garantida a cada título a mesma proba- bilidade de contemplação. §5º O valor de cada prêmio bruto individual de sorteio deverá ser fixado como um múltiplo da contribuição, sendo este múltiplo não inferior a uma unidade. §6º O múltiplo mínimo de que trata o parágrafo anterior deve ser garantido a cada título contemplado, independentemente de haver fracionamento do prêmio de sorteio entre mais de um ganhador. §7º A Susep, na circular específica de que trata o parágrafo único do art. 4º, poderá dispor sobre o tamanho mínimo das séries. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:24:47 124 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Art. 11. O título de Capitalização que preveja a participação em sorteios com contemplação obrigatória deverá apresentar nas Condições Gerais os requisitos para a referida contemplação. §1º Na hipótese de não se ter comercializado a quantidade mínima de títu- los estabelecida como critério para que haja contemplação obrigatória, a Sociedade de Capitalização deverá comunicar tal fato ao titular, pelos meios definidos nas condições gerais do plano. §2º O custeio relativo à contemplação obrigatória deverá estar especifica- do na respectiva nota técnica do plano. Art. 12. As sociedades de Capitalização somente poderão estruturar títulos em que o valor máximo respeite o critério definido em circular específica de que trata o parágrafo único do art. 4º desta Circular. Art. 13. O titular do título contemplado em sorteio deverá ser notificado pela Sociedade de Capitalização, por escrito, mediante correspondência expedida com aviso de recebimento – AR ou por qualquer meio que se possa comprovar. §1º O documento que comprova a notificação sobre a contemplação deve ser de guarda obrigatória, até a prescrição do direito de recebimento do prêmio. §2º A notificação deve ser realizada em até 40 (quarenta) dias após a data da realização do sorteio. Art. 14. É vedada a vinculação do pagamento de sorteio à aquisição de qualquer bem e/ou serviço. CAPÍTULO IV DA CESSÃO DOS DIREITOS Art. 15. É facultada a cessão total ou parcial dos direitos ou obrigações do título, mediante comunicação escrita à Sociedade de Capitalização, fican- do vedada a cobrança de qualquer espécie. Parágrafo único. A faculdade de que trata o , deverá ser exercida caput por meio de anuência expressa e inequívoca do subscritor em documento específico, que contenha no mínimo as seguintes informações: I – identificação do subscritor; II – identificação do(s) titular(es) a quem será(ão) cedido(s) o(s) direito(s) do título, com exceção da modalidade incentivo; III – número do processo Susep ao qual o plano se refere; e IV – redação que disponha claramente sobre a cessão voluntária do(s) direito(s) do título. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:24:47 125 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Art. 16. É vedado à Sociedade de Capitalização estabelecer a cessão auto- mática de qualquer direito relativo ao título de Capitalização. Art. 17. É vedada à Sociedade de Capitalização comercializar títulos com entidades que figurem como cessionárias indicadas previamente nos documentos específicos de cessão de seus títulos. Art. 18. Para os títulos em que foi cedido apenas o direito de resgate, este somente poderá ser solicitado após a realização de todos os sorteios previs- tos no título, salvo quando a provisão matemática for utilizada como garantia. Art. 19. Cabe exclusivamente à Sociedade de Capitalização repassar inte- gral e diretamente ao cessionário os recursos objetos da cessão. Art. 20 É vedada a cessão do direito de resgate e/ou de participação dos sorteios à própria Sociedade de Capitalização e a empresas ou institui- ções do mesmo grupo econômico, incluídas as fundações das quais sejam mantenedoras, bem como a qualquer entidade de que a Sociedade de Capitalização ou qualquer de seus sócios, diretores, ou parentes destes até o terceiro grau, dela participem de alguma forma em sua gestão ou em seus conselhos. §1º Para efeitos desta Circular, consideram-se como pertencentes ao mes- mo grupo econômico as empresas que estiverem de fato ou de direito sob a mesma direção, controle ou administração. §2º A Sociedade de Capitalização não poderá ser subscritora de títulos de Capitalização. CAPÍTULO V DAS CONTRIBUIÇÕES, DA REMUNERAÇÃO, DA ATUALIZAÇÃO, DO RESGATE E DA VIGÊNCIA Art. 21. Observadas as disposições específicas de cada modalidade, os títu- los de Capitalização poderão ser, relativamente à forma de custeio, do tipo: I – Pagamentos Mensais (PM) no caso do título que prevê a realização de uma contribuição, a cada mês da respectiva vigência; II – Pagamentos Periódicos (PP) no caso do título em que não há correspon- dência entre o número de contribuições e o número de meses de vigência, sendo prevista a realização de mais de um pagamento; e III – Pagamento Único (PU) no caso do título que prevê a realização de uma única contribuição. Parágrafo único. A data de aquisição do Título de Capitalização deverá ser a data da primeira contribuição ou da contribuição única. Art. 22. A contribuição é constituída pelos seguintes componentes: Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:24:47 126 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO I – quota de Capitalização; II – quota de sorteio; e III – quota de carregamento. §1º Em um título de Capitalização, a quota de Capitalização deve ser supe- rior às demais quotas individualmente consideradas. §2º A Susep, na circular específica de que trata o parágrafo único do art. 4º, poderá definir limites percentuais das quotas para cada modalidade de título de Capitalização. Art. 23. É vedada a cobrança de quaisquer valores do subscritor e/ou do titular com finalidade de inscrição, cadastro ou cessão do título, indepen- dentemente de sua denominação. Art. 24. O pagamento das contribuições será sempre realizado pelo subs- critor por meio de rede bancária, cartão de crédito ou outras formas admiti- das em lei, sob exclusiva responsabilidade da Sociedade de Capitalização. §1º As Condições Gerais do título, para o caso de atraso no pagamento da contribuição, deverão prever um prazo de suspensão, durante o qual o título poderá ser reabilitado com prorrogação, ou não, dos prazos de con- tribuição e de Capitalização. §2º A reabilitação sem prorrogação implica o pagamento das contribui- ções vencidas, podendo ser acrescido dos juros do planoe da atualiza- ção monetária. §3º Vencido o prazo de suspensão, o título ficará rescindido, permanecen- do à disposição do titular o respectivo valor de resgate, para recebimento do mesmo após o prazo de carência, quando previsto. §4º Ao titular do título reabilitado não assistirá qualquer direito aos sorteios realizados durante o período de suspensão. Art. 25. O título de Capitalização estará sujeito, obrigatoriamente, à remu- neração da sua provisão matemática para Capitalização, por meio de apli- cação de taxa de juros. Parágrafo único A Susep, na circular específica de que trata o parágrafo único do art. 4º, poderá regulamentar parâmetros para definição da taxa de juros de que trata o a ser utilizada para remuneração do título.caput Art. 26. Os títulos de Capitalização deverão conter o critério de atualização de valores inerentes ao contrato, observadas as normas em vigor. Art. 27. Qualquer titular possui direito ao resgate de seu título de Capi- talização, ainda que o título tenha sido cancelado por inadimplência dos pagamentos. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:24:47 127 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO §1º É admitida a fixação de um prazo de carência contado do início de vigência do título, na forma a ser definida, na circular específica de que trata o parágrafo único do art. 4º, pela Susep, durante o qual eventual valor correspondente ao resgate poderá ser retido pela Sociedade de Capitali- zação, observada a legislação em vigor. §2º Para os casos de resgate antecipado por solicitação do titular é admissível a aplicação de um percentual de penalidade, de acordo com o estabelecido pela Susep na circular específica de que trata o parágrafo único do art. 4º. Art. 28. A data de início de vigência do Título de Capitalização deverá ser a data de aquisição. Parágrafo único. Quando não conhecida a data de aquisição, será utilizada a data de início de comercialização da série, desde que o prazo de comer- cialização da série não ultrapasse 60 (sessenta) dias. CAPÍTULO VI DAS MODALIDADES SEÇÃO I DA MODALIDADE TRADICIONAL Art. 29. A Modalidade Tradicional tem por objetivo restituir ao titular, ao final do prazo de vigência, no mínimo, o valor total das contribuições efetuadas pelo subscritor, desde que todas as contribuições previstas tenham sido realizadas nas datas programadas. §1º É vedada a vinculação da provisão matemática para Capitalização à aquisição de bem e/ou serviço. §2º É vedada indicação previamente impressa do cessionário em eventual cessão de direitos. §3º É vedada a Sociedade de Capitalização comercializar uma série exclu- sivamente para um mesmo subscritor. Art. 30. Os títulos de Capitalização da modalidade tradicional deverão ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 12 (doze) meses. Art. 31. O resgate do título somente poderá ser efetuado depois de decor- ridos 30 (trinta) dias da data da sua aquisição. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:24:47 128 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO SEÇÃO II DA MODALIDADE INSTRUMENTO DE GARANTIA Art. 32. A modalidade Instrumento de Garantia tem por objetivo propiciar que a provisão matemática para Capitalização do título de Capitalização seja utilizada para assegurar o cumprimento de obrigação assumida em contrato principal pelo titular perante terceiro. §1º A vinculação do título de Capitalização à obrigação garantida, somente se caracteriza se o contrato principal dispuser expressamente sobre a pos- sibilidade de utilização desta modalidade de garantia ou outra enquadrada como caução. §2º É vedada a vinculação da provisão matemática para Capitalização à aquisição de bem e/ou serviço. §3º É vedada indicação previamente impressa do cessionário em eventual cessão de direitos. §4º A cessão realizada pelo titular só será aperfeiçoada quando ocorrer a quebra de contrato principal, momento em que o cessionário poderá res- gatar o título, respeitadas as condições gerais. Art. 33. Os títulos de Capitalização da modalidade instrumento de garantia deve- rão ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 6 (seis) meses. §1º Se ocorrer a extinção antecipada do contrato principal que dispuser sobre a obrigação garantida, o titular poderá: I – utilizar o título para garantir outro contrato; II – solicitar o resgate antecipado, sem aplicação de qualquer penalidade; e III – aguardar o término da vigência do título e realizar o resgate final. §2º. Durante a vigência do contrato principal que dispuser sobre a obriga- ção garantida, o resgate pelo titular somente poderá ocorrer com a anuên- cia do terceiro garantido. SEÇÃO III DA MODALIDADE COMPRA-PROGRAMADA Art. 34. A Modalidade Compra-Programada garante ao titular, ao final da vigência, o recebimento do valor de resgate em moeda corrente nacional, sendo disponibilizada ao titular a faculdade de optar, se este assim dese- jar e sem qualquer outro custo, pelo recebimento do bem e/ou serviço referenciado no título, subsidiado por acordos comerciais celebrados com indústrias, atacadistas, empresas comerciais ou prestadores de serviço. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:24:47 129 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO §1º Ao final do prazo de vigência, a provisão matemática para resgate deverá corresponder, no mínimo, ao valor total dos pagamentos efetuados pelo subscritor, desde que todos os pagamentos tenham sido realizados, nas datas programadas. §2º As condições relativas ao bem e/ou serviço referenciado deverão ser informadas ao subscritor em material apartado das Condições Gerais, não sendo necessário o envio deste para a SUSEP. §3º É vedada a utilização da provisão matemática para Capitalização como instrumento de garantia. §4º O título poderá ser estruturado na forma de Pagamento Periódico (PP) ou Pagamento Mensal (PM). Art. 35. Somente poderá haver liquidação antecipada por sorteio se este representar uma forma do titular adquirir o bem e/ou serviço referenciado na ficha de cadastro, sendo que, neste caso, o resgate deverá correspon- der a 100% (cem por cento) da provisão matemática. Art. 36. Os títulos de Capitalização da modalidade compra-programada deve- rão ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 6 (seis) meses. Art. 37. O resgate do título somente poderá ser efetuado depois de decor- ridos 30 (trinta) dias da data da sua aquisição. SEÇÃO IV DA MODALIDADE POPULAR Art. 38. A modalidade popular tem por objetivo propiciar a Capitalização da contribuição e a participação do titular em sorteios, sem que haja devolu- ção integral do valor pago. §1º A contratação na modalidade popular não poderá prever a cessão do direito de participação nos sorteios e a cessão do direito de resgate. §2º É vedada: I – a utilização da provisão matemática para Capitalização como instrumen- to de garantia ou sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço; e II – a previsão de bônus ao titular. Art. 39. Os títulos de Capitalização da modalidade popular deverão ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 12 (doze) meses. Art. 40. O resgate do título somente poderá ser efetuado depois de decor- ridos 60 (sessenta) dias da data da sua aquisição. Art. 41. Todo plano deverá conter a(s) sua(s) respectiva(s) denominação(ões) comercial(is). Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:24:47 130 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO§1º A informação de que trata o deve constar explicitamente do caput material encaminhado quando do pedido de aprovação à Susep, e ser úni- ca da Sociedade de Capitalização e do plano. §2º É vedada a utilização de nomenclatura, que de alguma forma se vincu- le ao título de Capitalização, diferente da denominação comercial de que trata o caput. §3º A denominação comercial do produto de que trata o é exclusiva caput e não poderá ser utilizada por outra Sociedade de Capitalização. SEÇÃO V DA MODALIDADE INCENTIVO Art. 42. A Modalidade Incentivo tem por objetivo a vinculação a um evento promocional de caráter comercial instituído pelo subscritor para alavancar a venda de seu(s) produto(s) ou serviços ou para fidelizar seus clientes. §1º O subscritor deverá ser pessoa jurídica que exerça atividade comercial, industrial ou de compra e venda de bens imóveis, instituições financeiras ou assemelhadas, comprovadamente quites com os impostos federais, estaduais, municipais ou distritais, bem como com as contribuições da Pre- vidência Social. §2º O subscritor não poderá ser entidade beneficente de assistência social. §3º Deverá ser prevista a cessão gratuita do direito de participação nos sorteios. §4º A contratação na modalidade incentivo não poderá prever a cessão do direito de resgate. §5º É vedada: I – a previsão de bônus ao titular; e II – a utilização da provisão matemática para Capitalização como instru- mento de garantia ou sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço. Art. 43. Os sorteios deverão ser realizados, exclusivamente, utilizando-se dos resultados de sistemas oficiais de premiação. Art. 44. Os títulos de Capitalização da modalidade incentivo deverão ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 60 (sessenta) dias. Art. 45. O resgate do título pela empresa promotora subscritora somente poderá ser efetuado depois de decorridos 60 (sessenta) dias da data da sua aquisição. Art. 46. A SUSEP poderá solicitar, a qualquer momento, a cópia do acor- do firmado entre a Sociedade de Capitalização e o subscritor, bem como cópia de todo material publicitário envolvido na promoção, e demais infor- mações que julgar necessárias. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:25:15 131 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO §1º Perante a SUSEP, a Sociedade de Capitalização é responsável por eventuais violações das normas em vigor ou ainda das Condições Gerais dos títulos comercializados, verificadas nos acordos mencionados no caput deste artigo. §2º A Sociedade de Capitalização será responsável pela guarda do acordo firmado com subscritor pelo prazo estabelecido em regulamentação própria. Art. 47. Somente poderão ser comercializadas séries exclusivas, sendo vedada a aquisição por mais de um subscritor. SEÇÃO VI DA MODALIDADE FILANTROPIA PREMIÁVEL Art. 48. A Modalidade Filantropia Premiável é destinada ao subscritor inte- ressado em contribuir com entidades beneficentes de assistência sociais, certificadas nos termos da legislação vigente, e participar de sorteio(s). §1º Para cessão do direito do resgate à entidade beneficente de assistên- cia social certificada nos termos da legislação vigente, no momento de aquisição do título, o subscritor deverá concordar, expressamente, com essa cessão. (Parágrafo alterado pela Circular SUSEP nº 576/2018) §2º No caso de cessão do direito de resgate para uma entidade beneficente de assistência social, é mandatória a indicação previamente impressa do nome do cessionário em documento específico que trate da cessão desse direito. §3º É obrigação da Sociedade de Capitalização verificar se a entidade de que trata o §2º deste artigo encontra-se devidamente certificada, na data de emissão do título de Capitalização. §4º No caso de cessão do direito de resgate para uma entidade benefi- cente de assistência social, a Sociedade de Capitalização deverá pagar os valores referentes ao direito de resgate diretamente à entidade, sem intermediários. §5º A contratação na modalidade filantropia premiável não poderá prever a cessão do direito de sorteio. §6º É vedada: I – a previsão de bônus; e II – a utilização da provisão matemática para Capitalização como instru- mento de garantia ou sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço. §7º A entidade beneficente poderá divulgar, as suas custas, caso conste em seu estatuto, o título de Capitalização no qual haja cessão do direito do resgate a seu favor, desde que as peças promocionais e de propagan- da referentes a esse título sejam divulgadas com autorização expressa e Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:25:15 132 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO supervisão da Sociedade de Capitalização, respeitadas rigorosamente as Condições Gerais e a Nota Técnica Atuarial aprovadas pela SUSEP. (Pará- grafo alterado pela Circular SUSEP nº 576/2018) Art. 49. O título somente poderá ser estruturado na forma de custeio de Pagamento Único (PU). Art. 50. A SUSEP poderá solicitar, a qualquer momento, a cópia do acordo firmado entre a Sociedade de Capitalização e a entidade beneficente. §1º Perante a SUSEP, a Sociedade de Capitalização é responsável por eventuais violações das normas em vigor ou ainda das Condições Gerais dos títulos comercializados, verificadas nos acordos mencionados no caput deste artigo. §2º A Sociedade de Capitalização será responsável pela guarda do acordo firmado com a entidade beneficente pelo prazo estabelecido em regula- mentação própria. Art. 51. Os títulos de Capitalização da modalidade filantropia premiável deverão ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 60 (sessenta) dias. Art. 52. O resgate do título somente poderá ser efetuado depois de decor- ridos 60 (sessenta) dias da data da sua aquisição. Parágrafo único. Não poderá ter penalidade nos resgates efetuados pela entidade beneficente. Art. 53. Todo plano deverá conter a(s) sua(s) respectiva(s) denomina- ção(ões) comercial(is). §1º A informação de que trata o caput deve constar explicitamente do material encaminhado quando do pedido de aprovação à Susep, e ser úni- ca da Sociedade de Capitalização e do plano. §2º É vedada a utilização de nomenclatura, que de alguma forma se vincu- le ao título de Capitalização, diferente da(s) denominação(ões) comercial(is) de que trata o caput. §3º A denominação comercial do produto de que trata o caput é exclusiva e não poderá ser utilizada por outra Sociedade de Capitalização. CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 54. As sociedades de Capitalização ficam obrigadas a prestar quais- quer esclarecimentos com relação ao título de Capitalização, mediante solicitação por escrito dos interessados. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:25:15 133 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Parágrafo único. Anualmente, deverá ser informado o valor de resgate atualizado ao titular de título cujo prazo de carência para resgate já tenha decorrido. Art. 55. A aquisição do título fica condicionada ao preenchimento de ficha de cadastro na forma e nos termos definidos pela Susep na circular espe- cífica de que trata o parágrafo único do art. 4º. §1º Na modalidade popular, custeada por pagamento único, o subscritor terá 15 (quinze) dias, após a aquisição, para preenchimento da ficha de cadastro. §2º Na exceção disposta no §1º deste artigo, a Sociedade de Capitalização deve informar ao subscritor a necessidade, a forma e o meio disponibi- lizado para preenchimento da ficha de cadastro, no Título de Capitaliza- ção e em seu sítioeletrônico. (Parágrafo alterado pela Circular SUSEP nº 576/2018) §3º Na exceção disposta no §1º deste artigo, a Sociedade de Capitalização deve envidar esforços para que todos os cadastros sejam preenchidos e, quando solicitado, demonstrar à Susep seus procedimentos para disponi- bilizar ao subscritor meios para preenchimento da ficha de cadastro. Art. 56. A propaganda e o material de comercialização referentes aos títu- los de Capitalização somente podem ser feitos com autorização expressa e supervisão de Sociedade de Capitalização, observando parâmetros míni- mos definidos pela SUSEP e respeitadas as Condições Gerais dos títulos e as Notas Técnicas aprovadas pela Susep. Parágrafo único. A Sociedade de Capitalização é responsável pela fidedig- nidade das informações prestadas por meio de propaganda ou material de comercialização, que deverá conter, em linguagem simples e precisa, as principais características do título, conforme dispuser a Susep na circular específica de que trata o parágrafo único do art. 4º. Art. 57. É vedada a reaplicação do valor de resgate ou do valor do sorteio em outro título sem a prévia e expressa anuência do titular. Parágrafo único. Caso haja a prévia e expressa anuência do titular para o disposto no caput, restará caracterizada nova contratação. Art. 58. Cabe, exclusivamente, à Sociedade de Capitalização a responsabi- lidade pelo recolhimento das contribuições. Parágrafo único. Qualquer valor referente ao pagamento das contribuições deverá ter sua origem obrigatoriamente em recursos desembolsados pelo subscritor, devendo ser arrecadados monetariamente pela Sociedade de Capitalização, considerado o disposto no caput do art. 62, sendo vedado qualquer ajuste de contas com terceiros que reduzam o efetivo ingresso dos recursos arrecadados. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:25:15 134 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Art. 59. Cabe, exclusivamente, à Sociedade de Capitalização a responsabi- lidade pelo pagamento do prêmio de sorteio e pelo pagamento do resgate por qualquer meio legalmente admitido e disponível na cidade de domicílio do titular. §1º Qualquer valor destinado ao pagamento do prêmio de sorteio ou ao pagamento do resgate deverá ter sua origem obrigatoriamente em recur- sos efetivamente desembolsados pela Sociedade de Capitalização, inclu- sive em eventual terceirização de serviços, sendo vedada a prática de ajus- te de contas. §2º A Susep, na circular específica de que trata o parágrafo único do art. 4º poderá dispor sobre os prazos para pagamento do sorteio ao contem- plado e sobre os prazos e a forma para pagamento de resgate ao titular. Art. 60. Entre o fim de vigência do título de Capitalização e antes de decor- rido o prazo prescricional, a Sociedade de Capitalização deve envidar esforços para comunicar o titular sobre seu direito de resgate. §1º A Sociedade de Capitalização deve, quando solicitada, demonstrar à Susep seus procedimentos para informar ao titular seu direito de resgate. §2º Deverá estar claro, na ficha de cadastro e em todos os documentos de publicidade do título de Capitalização, que se os valores não forem resgatados dentro do prazo prescricional o titular do direito de resgate perderá esse direito. Art. 61. Qualquer custo relativo à operação de Capitalização deverá ser suportado integral e exclusivamente pela Sociedade de Capitalização, res- peitado o disposto no §7º do art. 48. Art. 62. A Sociedade de Capitalização responderá pela prestação dos ser- viços de oferta, divulgação, promoção e/ou publicidade interna ou externa, inclusive material de comercialização de planos de Capitalização, impres- são de títulos, coleta de dados cadastrais e de documentação dos titulares e subscritores, recolhimento das contribuições, pagamento dos prêmios de sorteio e dos pedidos de resgate, ainda que a prestação de algum des- tes serviços seja exercida por terceiros. §1º No caso de terceirização da prestação dos serviços dispostos no caput, esta deverá estar materializada em contrato particular, o qual deverá ser celebrado diretamente pela Sociedade de Capitalização e os terceiros que prestarão tais serviços. §2º O contrato previsto no §1º deverá ser mantido à disposição da Susep na sede da Sociedade de Capitalização. §3º No caso de terceirização da prestação dos serviços de oferta e/ou divulgação, promoção e/ou publicidade interna ou externa, inclusive mate- rial de comercialização de planos de Capitalização deverá ser dada ampla Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:25:15 135 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO divulgação ao público de que a prestação do serviço é feita em nome da Sociedade de Capitalização, identificada pelo nome como é conhecida no mercado, com os telefones dos serviços de atendimento ao consumidor e de ouvidoria da Sociedade de Capitalização. §4º No caso de terceirização da prestação dos serviços dispostos no caput, sua remuneração será diretamente paga pela Sociedade de Capitalização, sendo vedado qualquer pagamento pelos subscritores e/ou titulares de quaisquer valores relacionados aos títulos de Capitalização, respeitado o disposto no §7º do art. 48. Art. 63. Os planos de Capitalização ofertados por terceiros, em nome de sociedades de Capitalização, não poderão ter sua contratação vinculada à contratação de quaisquer produtos e/ou serviços ofertados pelo terceirizado. Art. 64. Caso seja constatada operacionalização inadequada na prestação dos serviços previstos no art. 62 desta Circular, a Susep poderá determi- nar à Sociedade de Capitalização a suspensão da operacionalização até a adequação dos serviços prestados pelo terceirizado, tendo em vista o interesse público. Art. 65. O descumprimento por parte das sociedades de Capitalização ao disposto nesta Circular poderá ensejar à aplicação, pela Susep, de suspen- são, temporária ou definitiva, da comercialização de todos ou de parte dos planos de Capitalização por ela comercializados, sem prejuízo da aplica- ção das penalidades cabíveis. §1º A comercialização de Títulos de Capitalização em desacordo com as condições aprovadas previamente pela Susep ensejará na suspensão da comercialização do plano de Capitalização a que se referem tais títulos. §2º A comercialização reiterada de séries de Títulos de Capitalização com custo efetivo de sorteios superior aos limites normativos da quota de sor- teio poderá ensejar a suspensão temporária da aprovação de novos pla- nos de Capitalização similares. §3° A prática de comercialização de Títulos de Capitalização de forma contrária aos requisitos normativos, ainda que suas condições estejam de acordo com as aprovadas previamente pela Susep, poderá ensejar a sus- pensão das operações da Sociedade de Capitalização em caráter regional ou nacional, em todas ou em parte das modalidades operadas e/ou a sus- pensão temporária da aprovação de novos planos de Capitalização. §4º A suspensão das operações será determinada de forma a abranger parcela suficiente da operação das sociedades de Capitalização para fazer cessar a irregularidade verificada. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:25:15 136 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO §5º Provada pelo interessado a interrupção do ato que deu causa à lesão, a Susep revogará a suspensão. §6º Cabe ao Conselho Diretor da Susep deliberar sobre a aplicação das medidas dispostas neste artigo. Art. 66. Qualquer ato, omissivo ou comissivo, que contrarie n° ou norma infralegal e seja considerado atonocivo à política de Capitalização pode sujeitar a Sociedade de Capitalização à cessação compulsória das opera- ções, nos termos da legislação vigente. §1º Consideram-se atos nocivos à política de Capitalização: I – comercialização de plano de Capitalização suspenso; II – não ingresso efetivo da totalidade dos recursos arrecadados com as contribuições na Sociedade de Capitalização; III – graves práticas de comercialização sem observância aos ditames nor- mativos; e IV – reiteradas práticas de comercialização sem observância aos ditames normativos. §2º Cabe ao Conselho Diretor da Susep deliberar sobre a aplicação da cessação compulsória das operações, esgotadas as medidas previstas no art. 65 desta Circular. Art. 67. As cláusulas de quaisquer contratos firmados com terceiros pela Sociedade de Capitalização, independentemente de sua data de celebra- ção e de sua validade, que forem contrárias às disposições desta Circular, serão consideradas sem efeito pela Susep. Parágrafo único. Responderá a Sociedade de Capitalização por qualquer violação à legislação em vigor, ainda que esta violação esteja supostamen- te justificada por cláusulas contratuais firmadas anteriormente à entrada em vigor da presente Circular. Art. 68. A Susep, na circular específica de que trata o parágrafo único do art. 4º, poderá estabelecer elementos mínimos e/ou redações padrões que deverão constar na ficha de cadastro, nas Condições Gerais, na Nota Téc- nica Atuarial, na propaganda ou no material de comercialização dos Títulos de Capitalização. Art. 69. As sociedades de Capitalização não poderão emitir novas séries de títulos de Capitalização em desacordo com as disposições desta Cir- cular após 150 (cento e cinquenta) dias da data de sua entrada em vigor. ( )Artigo alterado pela Circular SUSEP nº 576/2018 §1º Excepcionalmente, para Modalidade Tradicional, o prazo estabelecido no caput será de 240 (duzentos e quarenta) dias. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:25:15 137 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO §2º Os planos registrados na Susep e em desacordo com esta Circular, deverão ser substituídos por novos planos, já adaptados a esta Circular, até a data prevista no ou §1º deste artigo, mediante a abertura de novo caput processo administrativo. §3º Os planos registrados na Susep com data de abertura anterior à data de entrada em vigor desta Circular, e que estejam em conformidade com suas disposições, poderão ser mantidos com o mesmo número de proces- so administrativo, mediante encaminhamento de comunicação expressa e termo de compromisso. §4º Caso não haja a comunicação mencionada no §3º acima, até a data pre- vista no , os planos com data de abertura anterior à data de entrada caput em vigor desta Circular, serão automaticamente encerrados e arquivados. §5º A partir da entrada em vigência desta Circular, somente serão aprova- dos planos que estiverem adequados às suas disposições. §6º As sociedades de Capitalização deverão ter processos distintos para a comercialização das modalidades. Art. 70. Esta Circular entra em vigor 120 (cento e vinte dias) da data de sua publicação, ficando revogadas as Circulares SUSEP nº 365, de 17 de maio de 2008; n° 378, de 19 de dezembro de 2008; n° 396, de 10 de dezembro de 2009; n° 416, de 23 de dezembro de 2010; n° 453, de 6 de dezembro de 2012; n° 459, de 21 de dezembro de 2012; n° 472, de 12 de julho de 2013; nº 475, de 06 de setembro de 2013, e n° 502, de 15 de dezembro de 2014 e n° 504, de 22 de dezembro de 2014; e os artigos 7º, 8º, 9º, 13 e 16 da Circular Susep n° 460, de 21 de dezembro de 2012. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:25:15 138 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO — ANEXO 5 – CIRCULAR SUSEP 576, DE 28 DE AGOSTO DE 2018 Altera a Circular Susep nº 569, de 02 de maio de 2018, e estabelece regras para a elaboração, a operação e a propaganda e material de comercialização de títulos de Capitalização, e dá outras providências. O SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP, no uso das atribuições que lhe confere o Decreto-Lei nº 261, de 28 de fevereiro de 1967, combinado na forma do art. 36, alínea “b”, do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, considerando o que consta do Processo Susep nº 15414.621071/2017-11, RESOLVE: Art. 1º Alterar o art. 8º da Circular Susep nº 569, de 02 de maio de 2018, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 8º Em casos de sorteios procedidos pela própria Sociedade de Capi- talização, incluindo os sorteios substitutivos, estes deverão ser realizados nas sedes, sucursais ou quaisquer estabelecimentos de livre acesso aos subscritores e aos titulares de títulos, precedidos de ampla divulgação, com a presença obrigatória de um representante de auditoria indepen- dente.” (NR) Art. 2º Alterar o §1º e o §7º do art. 48 da Circular Susep nº 569, de 02 de maio de 2018, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 48. (...) §1º Para cessão do direito do resgate à entidade beneficente de assistên- cia social certificada nos termos da legislação vigente, no momento de aquisição do título, o subscritor deverá concordar, expressamente, com essa cessão. (...) §7º A entidade beneficente poderá divulgar, as suas custas, caso conste em seu estatuto, o título de Capitalização no qual haja cessão do direito do resgate a seu favor, desde que as peças promocionais e de propaganda referentes a esse título sejam divulgadas com autorização expressa e supervisão da sociedade de Capitalização, respeitadas rigorosamente as Condições Gerais e a Nota Técnica Atuarial aprovadas pela SUSEP.” (NR) Art. 3º Alterar o §2º do art. 55 da Circular Susep nº 569, de 02 de maio de 2018, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 55. (...) Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:25:15 139 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO (...) §2º Na exceção disposta no §1º deste artigo, a Sociedadede Capitalização deve informar ao subscritor a necessidade, a forma e o meio disponibiliza- do para preenchimento da ficha de cadastro, no Título de Capitalização e em seu sítio eletrônico.” (NR) Art. 4º Alterar o art. 69 da Circular Susep nº 569, de 02 de maio de 2018, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 69. As sociedades de Capitalização não poderão comercializar títulos de Capitalização em desacordo com as disposições desta Circular após 150 (cento e cinquenta) dias da data de sua entrada em vigor. §1º Excepcionalmente, para Modalidade Tradicional, o prazo estabelecido no caput será de 240 (duzentos e quarenta) dias. §2º Os planos registrados na Susep e em desacordo com esta Circular, deverão ser substituídos por novos planos, já adaptados a esta Circular, até a data prevista no caput ou no §1º deste artigo, mediante a abertura de novo processo administrativo. §3º Os planos registrados na Susep com data de abertura anterior à data de entrada em vigor desta Circular, e que estejam em conformidade com suas dispo- sições, poderão ser mantidos com o mesmo número de processo administrativo, mediante encaminhamento de comunicação expressa e termo de compromisso. §4º Caso não haja a comunicação mencionada no §3º acima, até a data pre- vista no caput, os planos com data de abertura anterior à data de entrada em vigor desta Circular, serão automaticamente encerrados e arquivados. §5º A partir da entrada em vigência desta Circular, somente serão aprova- dos planos que estiverem adequados às suas disposições. §6º As sociedades de Capitalizaçãodeverão ter processos distintos para a comercialização das modalidades.” (NR) Art. 5º Estabelecer regras para a elaboração, a operação e a propaganda e material de comercialização dos títulos de Capitalização. Art. 6º Integram esta Circular os seguintes Anexos: I – Das Disposições Gerais; II – Da Estrutura da Nota Técnica de Capitalização; III – Da Propaganda e do Material de Comercialização; IV – Da Modalidade Tradicional; V – Da Modalidade Instrumento de Garantia; VI – Da Modalidade Compra-Programada; Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:25:15 140 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO VII – Da Modalidade Popular; VIII – Da Modalidade Incentivo; e IX – Da Modalidade Filantropia Premiável. Art. 7º As sociedades de Capitalização não poderão comercializar títulos de Capitalização em desacordo com as disposições desta Circular após 150 (cento e cinquenta) dias da data de sua entrada em vigor. §1º Excepcionalmente, para Modalidade Tradicional, o prazo estabelecido no caput será de 240 (duzentos e quarenta) dias. §2º Os planos registrados na Susep e em desacordo com esta Circular deverão ser substituídos por novos planos, já adaptados a esta Circular, até a data prevista no caput ou no §1º deste artigo, mediante a abertura de novo processo administrativo. §3º Os planos registrados na Susep com data de abertura anterior à data de entrada em vigor desta Circular, e que estejam em conformidade com suas disposições, poderão ser mantidos com o mesmo número de proces- so administrativo, mediante encaminhamento de comunicação expressa e termo de compromisso. §4º Caso não haja a comunicação mencionada no §3º deste artigo, até a data prevista no caput, os planos com data de abertura anterior à data de entrada em vigor desta Circular, serão automaticamente encerrados e arquivados. §5º A partir da entrada em vigor desta Circular, somente serão aprovados planos que estiverem adequados às suas disposições. Art. 8º As cláusulas de quaisquer contratos firmados com terceiros pela Sociedadede Capitalização, independentemente de sua data de celebra- ção e de sua validade, que forem contrárias às disposições desta Circular, serão consideradas sem efeito perante a Susep. Parágrafo único. A Sociedadede Capitalização responderá por qualquer violação à legislação em vigor, ainda que esta violação esteja supostamen- te justificada por cláusulas contratuais firmadas anteriormente à entrada em vigor da presente Circular. Art. 9º O descumprimento por parte da Sociedadede Capitalização ao dis- posto nesta Circular sujeitará o infrator às penalidades previstas na legis- lação em vigor. Art. 10. Esta Circular entrará em vigor em 31 de agosto de 2018, ficando revogado o art. 14 da Circular Susep n° 460, de 21 de dezembro de 2012. JOAQUIM MENDANHA DE ATAIDES Superintendente Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:06 141 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO ANEXO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS TÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º As sociedades de Capitalização deverão encaminhar à Susep as Condições Gerais e a Nota Técnica Atuarial dos planos de Capitalização a serem por elas comercializados, para análise e prévia aprovação, con- soante as normas em vigor, que contemplem, no mínimo, a modalidade à qual pertença o plano e as assinaturas do Diretor responsável técnico, do Diretor de relações com a Susep e do atuário responsável pela elaboração da respectiva nota técnica atuarial, com seu número de identificação pro- fissional perante o órgão competente. §1º O número do processo administrativo na Susep corresponderá a um único plano de Capitalização e será fornecido quando do protocolo do material mencionado no caput deste artigo. §2º Qualquer alteração pretendida nas Condições Gerais ou na Nota Técni- ca Atuarial, após a comercialização do título, deverá ser previamente enca- minhada à Susep, observado o disposto no caput deste artigo, mediante abertura de novo processo administrativo e, a critério da Sociedade de Capitalização, solicitação de arquivamento do processo original. §3º Excluem-se da exigência de abertura de novo processo administrativo prevista no parágrafo anterior as alterações decorrentes de mudanças nas normas da Susep ou do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP que expressamente autorizem a manutenção do número de processo já existente. §4º A aprovação de que trata o caput deste artigo perderá seu efeito se não houver comercialização do plano no prazo de 2 (dois) anos contados da data de sua aprovação. Art. 2º Nas Condições Gerais do Título de Capitalização, a serem submeti- das à aprovação da Susep, deverá constar, em destaque, no mínimo: I – glossário com as definições de subscritor, titular, capital, Provisão Mate- mática para Capitalização e bônus, quando previsto; II – percentuais relativos às quotas de Capitalização, de sorteio e de carregamento; III – tabela que discrimine o percentual de resgate em relação ao montante de contribuições pagas para cada mês de vigência do título, destacando todos os parâmetros envolvidos no cálculo, devendo ser especificados eventuais fatores de redução para resgates antecipados; IV – se o valor do prêmio de sorteio é líquido ou bruto e, nesse caso, que o desconto de imposto de renda será na forma da legislação em vigor, explicitando o percentual vigente aplicável; V – razão social e CNPJ da Sociedade de Capitalização; Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:06 142 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO VI – modalidade; VII – critério de atualização de valores, com a indicação do índice utilizado e índice substituto, utilizado na impossibilidade do primeiro; VIII – tamanho da série e a probabilidade de contemplação do subscritor em cada sorteio; IX – informação expressa sobre a realização de sorteios por processos próprios, quando aplicável, bem como informações, em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, sobre a possibilidade de o titular do título presenciar sua apuração; X – prazo de vigência e prazo de carência para resgate; XI – meio de comunicação do sorteio e dos sorteados; XII – índice de reajuste das contribuições e capital para vigências acima de 12 meses e índice substituto, utilizado na impossibilidade do primeiro; XIII – informação sobre o fato das sociedades concorrerem aos prêmios mediante os títulos não comercializados, suspensos ou cancelados, quan- do aplicável; XIV – informação sobre a incidência de juros moratórios, quando o sorteio e/ou resgate não forem pagos nos prazos estabelecidos pela legislação em vigor; XV – informações relativas às condições para obtenção de bônus, quan- do previsto. XVI – informação de que se aplicará, quando do pagamento do resgate, tratamento tributário, na forma da legislação fiscal em vigor; XVII – informação de que as questões judiciais entre o subscritor e/ou titu- lar e a Sociedadede Capitalização serão processadas no foro de domicílio do titular; XVIII – informação da documentação completa necessária para pagamen- to da premiação e/ou resgate; e XIX – informação de que os prazos prescricionais são aqueles determina- dos em lei. §1º Todas as cláusulas que implicarem limitações ou impuserem ônus aos titulares deverão ser redigidas em destaque, permitindo sua imediata e fácil identificação e compreensão. §2º As Condições Gerais deverão apresentar também as seguintes reda- ções: – “A aprovação deste plano pela Susep não implica, por parte da Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:06 143 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Autarquia, em incentivo ou recomendação a sua aquisição, representando, exclusivamente, sua adequação às normas em vigor.”; e – quando a venda for intermediada por corretor de Capitalização: “O consumidor poderá con- sultar a situação cadastral de seu corretor de Capitalização, no sítio www. susep.gov.br, por meio do número de seu registro na Susep, nome comple- to, CNPJ ou CPF, quando a venda tiver sido intermediada por corretor de Capitalização.”. §3º Nos títulos de Capitalização em que haja a possibilidade de cessão de direito de resgate, a Sociedadede Capitalização deverá informar no pró- prio título de Capitalização, bem como nas condições gerais, em destaque, o percentual do direito de resgate que poderá ser cedido pelo subscritor à cessionária. §4º A Sociedade de Capitalização deverá informar no próprio título de Capitalização, em destaque o tamanho da série e a probabilidade de con- templação do subscritor em cada sorteio. §5º Caso a probabilidade de contemplação a que se refere o inciso VIII do caput possa ser alterada em função da quantidade de títulos comerciali- zados, deverá ser especificada a probabilidade mínima de contemplação. Art.3º As Condições Gerais deverão estabelecer a obrigatoriedade de a Sociedade de Capitalização prestar ao titular as informações necessárias ao acompanhamento dos valores inerentes ao título, bem como emitir e remeter extratos individuais ao mesmo, no mínimo uma vez a cada ano, durante a vigência do título, ou disponibilizar as informações por meio de correspondência impressa e/ou eletrônica ou mediante outro canal de comunicação que se possa comprovar, devendo conter, no mínimo, o valor do resgate atualizado. §1º Caso as informações sejam fornecidas por extratos, a periodicidade de remessa desses extratos deverá constar nas Condições Gerais do título. §2º Independentemente da emissão de extratos, a Sociedade de Capitali- zação deverá prestar informações relativas ao título, sempre que solicita- das pelo subscritor ou titular. §3º No caso de Títulos de Capitalização de Pagamentos Periódicos (PP) ou Pagamentos Mensais (PM) com prazo de vigência de 12 (doze) meses, deverá ser observada a periodicidade máxima semestral para o envio de extratos, quando previstos. Art. 4º A ficha de cadastro deverá ser preenchida em momento anterior ao da aquisição do título, devendo conter, no mínimo, os seguintes dados do subscritor: I – nome ou razão social; II – CPF ou CNPJ; Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:06 144 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO III – endereço; e IV – telefone. §1º A ficha de cadastro deverá conter os seguintes elementos mínimos, observadas ainda as disposições de cada modalidade: I – Razão social e CNPJ da Sociedade de Capitalização; II – Modalidade, número do processo administrativo sob o qual o plano foi aprovado pela Susep e denominação comercial do produto, quando existente; III – Capital mínimo, em percentual do total de contribuições, previsto para o final do prazo de vigência, considerando-se todas as contribuições pagas em dia, independente da atualização monetária devida; IV – Nome e número de registro do corretor, quando couber; V – As redações previstas no §2º do artigo 2º deste Anexo; VI – Informação de que a contratação implica automática adesão às Condi- ções Gerais do Título de Capitalização; VII – Tamanho da série e a probabilidade de contemplação do subscritor em cada sorteio; e VIII – informação de que o subscritor tomou ciência das Condições Gerais do Título de Capitalização. §2º Ao subscritor deverá ser entregue, mediante contra recibo, cópia da ficha de cadastro, caso não sejam entregues as Condições Gerais do Título de Capitalização, fisicamente, no momento do preenchimento da referida ficha de cadastro. §3º Caso sejam entregues as Condições Gerais do Título de Capitalização, fisicamente, mediante contra recibo, no momento do preenchimento da ficha de cadastro, ficam dispensadas na ficha de cadastro as informações previstas nos incisos I, V, VII e VIII do §1º deste artigo. §4º Caso as informações referidas no §1º, incisos I ao VIII, constem no título de Capitalização entregue ao subscritor no ato de sua aquisição, estarão dispensadas de constar na ficha de cadastro, ficando, ainda, dispensada a obrigatoriedade de entrega de cópia. §5º Na modalidade incentivo, a ficha de cadastro fica substituída pelo con- trato comercial. §6º Excepcionalmente, para a modalidade popular custeada por pagamen- to único, o subscritor terá 15 (quinze) dias, após a aquisição, para preenchi- mento da ficha de cadastro. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:06 145 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Art. 5º As Condições Gerais do Título de Capitalização deverão estar à dis- posição do subscritor previamente ao preenchimento da ficha de cadastro. Parágrafo único. Excepcionalmente, para a modalidade popular custea- da por pagamento único, as Condições Gerais do Título de Capitalização deverão estar à disposição do subscritor na aquisição do título. Art. 6º O Título de Capitalização, juntamente com suas Condições Gerais, deverá ser entregue ao(s) titular(es) ou ao subscritor em, no máximo, 15 (quinze) dias após a respectiva data de aquisição, acompanhado das seguintes informações: ■ identificação dos titulares, quando diferentes do subscritor e decor- rentes de sua indicação no momento da aquisição do título, com menção ao(s) respectivo(s) direito(s) e respectivos percentuais; ■ número do título e os números ou códigos que o título utilizará na participação dos sorteios; e ■ número do processo administrativo sob o qual o plano foi aprova- do pela Susep. §1º A entrega do título de Capitalização a que se refere o caput deve com- preender apossibilidade de obtenção de sua versão impressa na cidade de domicílio do subscritor e do(s) titular(es) contendo todas as informações previstas neste artigo, sendo vedada a cobrança de quaisquer valores do subscritor e do(s) titular(es). §2º A entrega das Condições Gerais a que se refere o caput, pode se dar fisicamente ou por meio eletrônico, ou ainda, a Sociedade de Capitalização poderá informar o sítio na internet por meio do qual se tenha acesso às Condições Gerais. Art. 7º É obrigação do subscritor e do(s) titular(es) comunicar à Sociedade de Capitalização: ■ seus dados cadastrais atualizados, para efeito de registro e con- trole; e ■ a realização de cessão, informando os dados cadastrais do novo subscritor ou do(s) novo(s) titular(es), respectivamente. Parágrafo único. A Sociedade de Capitalização deverá manter registro atualizado contendo as informações sobre o título e os dados cadastrais do subscritor e do(s) titular(es), de modo a identificar a perfeita vincula- ção do Título de Capitalização entre estes e a Sociedade de Capitalização, observados também os requisitos da legislação específica. Art. 8º Os pagamentos relativos aos resgates e sorteios de títulos emitidos em nome de mais de um titular deverão ser efetuados a cada um deles, na proporção definida pelo subscritor. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:06 146 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO TÍTULO II – DOS SORTEIOS Art. 9º As sociedades de Capitalização somente poderão estruturar títulos em que o valor máximo do somatório detodos os sorteios previstos, por série e em cada mês, seja igual ou inferior a 10% (dez por cento) do último patrimônio líquido ajustado. Art. 10 O pagamento do prêmio de sorteio ao contemplado deverá ser dis- ponibilizado em até 15 (quinze) dias corridos contados a partir da entrega da documentação completa necessária para pagamento da premiação, por meio de rede bancária ou outras formas admitidas em lei, observadas as normas em vigor. §1º O valor do prêmio de sorteio deverá ser acrescido de juros moratórios, previstos nas Condições Gerais, caso a Sociedade de Capitalização não cumpra o prazo especificado no caput, ressalvados os casos em que não forem atendidas as disposições do artigo 7º deste Anexo. §2º Os juros moratórios supracitados não poderão ser inferiores a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazen- da Nacional. §3º É admitida a previsão de parcelamento do prêmio de sorteio, desde que atendidas às disposições a seguir: I – o parcelamento deverá ser de, no máximo, 12 (doze) meses consecutivos; II – haverá atualização monetária e incidência de taxa de juros mensais sobre as parcelas a serem pagas; e III – a previsão para o parcelamento do prêmio, quando for o caso, deverá constar das Condições Gerais e Nota Técnica Atuarial do título. §4º A Sociedade de Capitalização deve envidar esforços para que todos os prêmios de sorteio sejam pagos e demonstrar à Susep, quando requerida, seus procedimentos para tal. Art. 11 Para cada sorteio realizado através de processos próprios estabele- cidos pela Sociedadede Capitalização e para cada série emitida nos casos de sorteios realizados por meio de premiação instantânea, as sociedades de Capitalização manterão, à disposição da Susep, o relatório da auditoria independente, onde deverão constar os seguintes elementos mínimos: I – regras estabelecidas pela Sociedade de Capitalização para determina- ção dos resultados de sorteios a serem obtidos; II – parecer atestando a aleatoriedade, a equiprobabilidade de ocorrência dos possíveis resultados e a efetiva distribuição dos prêmios previstos nas Condições Gerais; e III – parecer atestando a garantia de sigilo quanto ao conhecimento dos títulos contemplados, no caso de premiação instantânea. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:06 147 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO TÍTULO III – DA TAXA DE JUROS Art. 12 A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título, com exceção das Modalidades Incentivo, Popular e Filantropia Pre- miável, deverá corresponder a, no mínimo, 0,35% (zero vírgula trinta e cin- co por cento), e deverá constar da Nota Técnica Atuarial e das Condições Gerais do Título de Capitalização Parágrafo único. Para as Modalidades Popular, Incentivo e Filantropia Pre- miável, a taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título, deverá corresponder a, no mínimo, 0,16% (zero vírgula dezesseis por cento), e deverá constar da Nota Técnica Atuarial e das Condições Gerais do Título de Capitalização. Art. 13 A aplicação da taxa de juros cessará a partir da data do cancelamen- to do título por falta de pagamento, ou por resgate antecipado, ou ainda, a partir da data do término da vigência. TÍTULO IV – DO RESGATE Art. 14 O resgate originado na liquidação antecipada do título por sorteio ou o resgate total ao final do prazo de vigência deverá corresponder a 100% (cem por cento) da Provisão Matemática para Capitalização e da Pro- visão para Distribuição de Bônus, quando houver. §1º Na hipótese de resgate antecipado, a Sociedadede Capitalização deve- rá restituir, no mínimo, os seguintes percentuais aplicados ao valor da Pro- visão Matemática para Capitalização: RESGATE ANTECIPADO PERCENTUAL MÍNIMO Até ½ do prazo de vigência 90% A partir ½ do prazo ate o ¾ do prazo de vigência 95% Até ¾ do prazo de vigência 100% §2º Para efeito de aplicação do percentual ao qual se refere o parágrafo anterior, deverá ser considerada a data em que o pagamento será efetiva- mente disponibilizado ao titular, qualquer que tenha sido a data da solicita- ção do resgate antecipado. §3º Na hipótese de resgate antecipado ou cancelamento dos títulos de Pagamentos Mensais (PM) ou de Pagamentos Periódicos (PP), a Sociedade de Capitalização deverá restituir ao titular o maior valor entre a Provisão Matemática para Capitalização e 50% (cinquenta por cento) do total das contribuições efetuadas. Art. 15 Para o caso de resgate antecipado, total ou parcial, do montante da Provisão Matemática para Capitalização, é facultada a fixação de um prazo Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:06 148 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO de carência para efetivação do pagamento, não superior a 24 (vinte e quatro) meses, contados da data de início de vigência do Título de Capitalização. Parágrafo único. O prazo de carência não poderá ser superior ao prazo de vigência do título, observado o disposto no caput. Art. 16 A Sociedade de Capitalização deverá possuir procedimentos ope- racionais que viabilizem, ao final do prazo de vigência do título de Capita- lização, no seu cancelamento ou no momento do seu resgate antecipa- do, a ciência ao(s) titular(es) sobre a disponibilidade do valor de resgate, mediante correspondência expedida com aviso de recebimento – AR ou por qualquer meio que se possa comprovar, caso o pagamento do resgate não seja efetuado em até 40 (quarenta) dias a partir da data em que se tornou exigível. Parágrafo único. Para os Títulos de Capitalização em que o pagamento da contribuição ocorra por meio de débito automático em conta, a Socie- dade de Capitalização deve realizar, ao final do prazo de sua vigência ou mediante solicitação de resgate antecipado, o depósito automático do cor- respondente valor de resgate, salvo se verificada a impossibilidade devi- damente justificada de efetivação de crédito em conta. Art. 17 O pagamento do resgate deverá ser disponibilizado em até 15 (quin- ze) dias corridos, contados a partir da entrega da documentação comple- ta, após o término da vigência ou após o cancelamento do título, ou ain- da, após a solicitação por parte do titular, no caso de resgate antecipado, observados as normas em vigor e eventual prazo de carência. §1º O valor do resgate deverá ser acrescido de juros moratórios previstos nas Condições Gerais do título, caso a Sociedade de Capitalização não cumpra o prazo especificado no caput, ressalvados os casos em que não forem atendidas as disposições do artigo 7º deste anexo. §2º Os juros moratórios supracitados não poderão ser inferiores a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazen- da Nacional. TÍTULO V – DAS QUOTAS DE CAPITALIZAÇÃO Art. 18 Os percentuais relativos às contribuições a serem utilizados para constituição da Provisão Matemática para Capitalização – quota de Capita- lização – deverão obedecer aos seguintes critérios: I – Nos títulos de Pagamento Único (PU), o percentual da quota de Capi- talização deverá ser, no mínimo, 50 % (cinquenta por cento) do valor da contribuição na modalidade popular e 70 % (setenta por cento) do valor da contribuição nas modalidades tradicional e instrumento de garantia, qual- quer que seja o prazo de vigência do título; Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:06 149 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO II – Nos títulos de Pagamentos Mensais (PM) ou de Pagamentos Periódicos (PP), o percentual da quota de Capitalização deveráser, no mínimo, 10% (dez por cento) do valor de cada contribuição, nos primeiros três meses de vigência, e 70% (setenta por cento), a partir do quarto mês de vigência, sendo que a média aritmética do percentual da quota de Capitalização de todas as contribuições, até o final da vigência do título, deverá correspon- der a, no mínimo, 70% (setenta por cento), qualquer que seja o prazo de vigência do título. TÍTULO VI – DA ATUALIZAÇÃO DE VALORES Art. 19 O critério de atualização de valores inerentes ao contrato com- preenderá: I – Provisão Matemática para Capitalização; II – pagamentos de resgates e sorteios realizados; III – prêmios de sorteios nos casos de título de Pagamento Único (PU) com sorteios após o 12º (décimo segundo) mês de vigência; e IV – devolução do custeio dos sorteios cuja realização se der após a liqui- dação antecipada do título sorteado. Parágrafo único. Os Pagamentos Periódicos (PP) ou Pagamentos Mensais (PM) poderão, facultativamente, ser atualizados conforme disposto nas Condições Gerais do Título de Capitalização e somente nos casos em que o prazo de pagamento for superior a 12 (doze) meses. Art. 20 As Condições Gerais deverão, nos casos em que a Taxa Referencial for utilizada como índice de atualização da Provisão Matemática para Capi- talização, conter a seguinte mensagem e em destaque: “O capital formado neste título será atualizado pela Taxa Referencial (TR), conforme definido na Lei nº 8.177, de 1 de março de 1991”. TÍTULO VII – DAS CONTRIBUIÇÕES Art. 21 Fica facultada às sociedades de Capitalização a comercialização de títulos distintos com valores de contribuições diferenciados, dentro da mesma série. TÍTULO VIII – DA TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS Art. 22 º Todas as operações de entradas e saídas de recursos em eventual terceirização de serviços contratados deverão estar contabilizadas e con- ciliadas financeiramente pela Sociedade de Capitalização, mantendo-se toda a documentação e procedimentos à disposição da Susep. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:06 150 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO ANEXO II – DA ESTRUTURA DA NOTA TÉCNICA DE CAPITALIZAÇÃO Art. 1 º A Nota Técnica Atuarial deverá manter perfeita relação com as Con- dições Gerais e conter os seguintes elementos mínimos: I – objetivo da Nota Técnica; II – definição de todos os parâmetros e variáveis utilizados; III – especificação dos períodos de carência, de vigência, de comercializa- ção e penalidades, quando couber; IV – os percentuais de quota de Capitalização, de carregamento, e de sorteio; V – taxa de juros da Provisão para Sorteio a Realizar; VI – especificação dos sorteios e sua compatibilidade com o tamanho da série; VII – critério matemático utilizado para o estabelecimento do percentual das contribuições referente ao custeio dos sorteios; VIII – limitação para premiação instantânea não superior a 30% (trinta por cento) do percentual que for adotado pela Sociedade de Capitalização para o custeio de todos os sorteios do título; IX – tamanho da série, taxa de juros de Capitalização, índice de atualização; X – deverá ser especificado que as provisões técnicas serão constituídas de acordo com a legislação em vigor; XI – valor mínimo e máximo previsto para a comercialização do título; XII – assinatura do atuário, com seu número de identificação profissional perante o órgão competente. Art. 2º Na Nota Técnica Atuarial deverá ser demonstrado o critério matemático para a constituição da Provisão para Distribuição de Bônus, quando previsto. Art. 3º Os sorteios deverão ainda ser definidos como múltiplo da contribui- ção do título de Capitalização em atenção ao art. 21 do anexo I. Parágrafo único. Em atenção ao art. 9º do anexo I, que trata do valor máxi- mo do somatório de todos os sorteios previstos, por série e em cada mês, será utilizado o valor máximo previsto para comercialização do título. ANEXO III – DA PROPAGANDA E DO MATERIAL DE COMERCIALIZAÇÃO Art. 1 º Considerar-se-ão, para efeito desta norma as seguintes definições: I – propaganda: toda forma de divulgação, promoção e/ou publicidade interna ou externa, inclusive material de comercialização, independente- Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:49 151 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO mente da mídia adotada na sua veiculação, com a finalidade de estimular a aquisição de um produto, promover a atividade ou promover a Sociedade de Capitalização. II – propaganda institucional: qualquer propaganda que não se refere a um ou mais produtos em si, mas sim à Sociedade de Capitalização ou à atividade a ela relacionada. III – propaganda não institucional: qualquer propaganda que se refere a comercialização de um ou mais títulos de Capitalização. IV – mídia impressa: abrange qualquer coisa que possa ser impressa, como, por exemplo, jornais, revistas, folhetos. V – mídia auditiva: abrange as mídias veiculadas por rádios, sons ambien- tes, alto-falantes, etc. VI – mídia audiovisual; abrange todas as mídias formadas por sons e ima- gens, sejam veiculadas por meios tradicionais (televisão, cinema, etc.) ou não tradicionais (internet, painéis interativos e similares); VII – mídia eletrônica ou digital: abrange todas as formas de veiculação de conteúdo pela Internet, através de e-mails, celulares, etc. Parágrafo único. Quando uma mesma mídia se enquadrar em mais de uma defi- nição, todos os requisitos abrangidos deverão ser atendidos cumulativamente. Art. 2 º As seguintes informações deverão ser prestadas de forma clara: I – razão social da Sociedade de Capitalização; II – número(s) do(s) processo(s) administrativo(s) sob o(s) qual(is) o(s) pla- no(s) foi(ram) aprovado(s) pela Susep; III – informação de que: “É proibida a venda de Título de Capitalização a menores de dezesseis anos”; IV – informação de que: “Antes de contratar, consulte previamente as Condições Gerais”; V – Canal de Ouvidoria para reclamações. §1º Para a propaganda institucional devem ser prestadas, no mínimo, as informações dos incisos I e III deste artigo. §2º Para a propaganda não institucional em mídia impressa devem ser prestadas as informações de todos os incisos deste artigo. §3º Para a propaganda não institucional em mídia diversa da mídia impressa devem ser prestadas, no mínimo, as informações dos incisos I, II, III deste artigo. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:49 152 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO §4º A Sociedade de Capitalização deverá divulgar, no prazo máximo de 90 (noventa) dias após o sorteio, em seu sítio na internet, o quantitativo de titulares contemplados, excluindo daquele número os títulos apropriados pelas sociedades de Capitalização. Art. 3 º É vedado em qualquer propaganda, seja institucional ou não insti- tucional, utilizar: I – nome ou imagem da Susep, salvo quando expressamente previsto nes- te anexo; II – menção a outra empresa que não a Sociedade de Capitalização, exce- to a instituição que conste previamente indicada no documento específico que trata de cessão de resgate, as empresas que representem os locais de comercialização dos títulos ou os locais de realização dos sorteios, ou no caso de títulos da modalidade incentivo, a empresa promotora de evento; III – nome-fantasia ou qualquer outra informação que induza a erro quanto a direitos e/ou obrigações relacionadas ao título; IV – informações que contrariem o previsto nas Condições Gerais do título de Capitalização ou na legislação vigente. Art. 3 º As empresas de Capitalização zelarãopara que dentre as infor- mações prestadas por meio de promoção e de comercialização dos seus títulos sejam claramente identificados, a respectiva modalidade, as suas características essenciais, a periodicidade de pagamento, bem como a sua aprovação no âmbito da Susep. §1º Consideram-se características essenciais, para efeito do disposto neste artigo, no mínimo, as regras de carência e resgate antecipado, além de informações sobre cessão de direitos, periodicidade dos sorteios e per- centuais destinados à Capitalização e ao sorteio. §2º Toda e qualquer publicidade deverá apresentar em destaque o nome da Sociedade de Capitalização. §3º Para os títulos de Capitalização de pagamentos periódicos ou mensais, deverão ser destacadas as informações das contribuições que devem ser realizadas pelo subscritor para manutenção do título. Art. 5 º Para títulos da modalidade filantropia premiável, na ficha de cadastro e na divulgação da promoção e/ou publicidade interna ou externa, inclusive no material de comercialização, deverá constar, em destaque, que o consu- midor está adquirindo um título cujo direito de resgate pode ser cedido à entidade beneficente de assistência social, certificada nos termos da legis- lação vigente, cujo nome também deverá constar em destaque. Parágrafo único. Caso os sorteios sejam apresentados em mídia audiovisual, a informação de eventual indicação de instituição para cessão de direito de Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:49 153 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO resgate, bem como o fato de esta cessão não ser obrigatória, deverá constar em texto apresentado durante a transmissão e comunicado pelos apresen- tadores, durante a realização dos sorteios e nas campanhas publicitárias. ANEXO IV – DA MODALIDADE TRADICIONAL Art. 1º A ficha de cadastro deverá conter, em destaque, a seguinte men- sagem: “Este título poderá restituir valor inferior ao total dos pagamentos efetuados, caso o resgate seja realizado antes do término do prazo de vigência. A contratação deste título é apropriada, principalmente, na hipó- tese de o subscritor planejar realizar todos os pagamentos e permanecer até o final da vigência.” Art. 2º Ao final do prazo de vigência, a Provisão Matemática para Resgate deverá corresponder, no mínimo, ao valor total dos pagamentos efetuados pelo subscritor, desde que todos os pagamentos tenham sido realizados nas datas programadas. Parágrafo único. Para efeito de cálculo do valor total a que se refere o caput deste artigo, não deverão ser computadas a atualização monetária da Provisão Matemática para Resgate, tampouco a Provisão para Distribui- ção de Bônus. Art. 3º Na Modalidade Tradicional, o Título de Capitalização poderá ser estruturado na forma de Pagamentos Periódicos (PP), Pagamentos Men- sais (PM) ou de Pagamento Único (PU). Art. 4º facultada a previsão de bônus ao titular, devendo este ser consti- tuído de forma independente da Provisão Matemática para Capitalização. ANEXO V – DA MODALIDADE INSTRUMENTO DE GARANTIA Art. 1º A ficha de cadastro deverá conter, em destaque, a seguinte men- sagem: “Este título deverá ser utilizado exclusivamente para assegurar o cumprimento de obrigação assumida em contrato principal pelo titular perante terceiro”. Art. 2º Na Modalidade Instrumento de Garantia, a ficha de cadastro deve conter o nome, CPF ou CNPJ do terceiro, a que se destina a garantia. Art. 3º Ao final do prazo de vigência, a Provisão Matemática para Resgate deverá corresponder, no mínimo, a 95% (noventa e cinco por cento) do valor total dos pagamentos efetuados pelo subscritor, desde que todos os pagamentos tenham sido realizados nas datas programadas. Parágrafo único. Para efeito de cálculo do valor total a que se refere o caput deste artigo, não deverão ser computadas a atualização monetária da Provisão Matemática para Resgate, tampouco a Provisão para Distribuição de Bônus. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:49 154 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Art. 4º Na Modalidade Instrumento de Garantia, o Título de Capitalização poderá ser estruturado na forma de Pagamentos Periódicos (PP), Paga- mentos Mensais (PM) ou de Pagamento Único (PU). Art. 5º É facultada a previsão de bônus ao titular, devendo este ser consti- tuído de forma independente da Provisão Matemática para Capitalização. ANEXO VI – DA MODALIDADE COMPRA PROGRAMADA Art. 1º A ficha de cadastro deverá conter, em destaque, a seguinte mensa- gem: “Este título de Capitalização poderá restituir valor inferior ao total dos pagamentos efetuados, caso o resgate seja realizado antes do término do prazo de vigência. ” Art. 2º Ao final do prazo de vigência, a Provisão Matemática para Resgate deverá corresponder, no mínimo, ao valor total dos pagamentos efetuados pelo subscritor, desde que todos os pagamentos tenham sido realizados nas datas programadas. Parágrafo único. Para efeito de cálculo do valor total a que se refere o caput deste artigo, não deverão ser computadas a atualização monetária da Provisão Matemática para Resgate, tampouco a Provisão para Distribui- ção de Bônus. Art. 3º É facultada a previsão de bônus ao titular, devendo este ser consti- tuído de forma independente da Provisão Matemática para Capitalização. Art. 4º Poderá ser utilizado outro índice de atualização, diferente do citado em regulamentação vigente, para a atualização da Provisão Matemática para Resgate, mediante aprovação prévia da SUSEP, desde que a Socie- dade de Capitalização comprove a existência de contrato firmado com for- necedores que garantam a atualização dos preços dos bens ou serviços pelo referido índice. ANEXO VII – DA MODALIDADE POPULAR Art. 1º Na Modalidade Popular, as Condições Gerias deverão conter, em destaque, a seguinte mensagem: “Este título restituirá ao final de sua vigência valor inferior ao total dos pagamentos efetuados. A contratação deste título é apropriada principalmente na hipótese de o consumidor estar interessado em capitalizar parte da contribuição e participar dos sorteios. Consulte a tabela para observar a evolução do percentual de resgate, de acordo com os meses de vigência do título.” Art. 2º A quota de sorteio deverá corresponder a, no mínimo, 5% (cinco por cento) da contribuição. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:49 155 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Art. 3º O resgate antecipado da Provisão Matemática para Capitalização deverá corresponder a, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) do valor do pagamento único, independentemente de aplicação de penalidade. Art. 4º As Condições Gerais do Título de Capitalização da modalidade popular, a serem submetidas à aprovação da Susep, deverão trazer em destaque a denominação do produto, devendo tal informação ser única, constando explicitamente do material encaminhado quando do pedido de aprovação à Susep. §1º É vedada, em qualquer forma de divulgação, promoção e/ou publicida- de interna ou externa, inclusive material de comercialização, independen- temente da mídia adotada na sua veiculação, a utilização de nomenclatura, que de alguma forma se vincule ao título de Capitalização, diferente da denominação do produto. §2º A aprovação de plano de Capitalização contendo mesma denomi- nação de produto utilizada em plano anteriormente aprovado impede a comercialização deste plano anterior, a partir da data da nova aprovação. Art. 5º Na Modalidade Popular, o Título de Capitalização poderá ser estru- turado na forma de PagamentosPeriódicos (PP), Pagamentos Mensais (PM) ou de Pagamento Único (PU). ANEXO VIII – DA MODALIDADE INCENTIVO Art. 1º Na Modalidade Incentivo, as Condições Gerais deverão conter, em destaque, a seguinte mensagem: “Esse título de Capitalização está vincu- lado a um evento promocional de caráter comercial e o subscritor cederá gratuitamente o direito de participar de sorteios”. Art. 2º As Condições Gerais deverão conter, em destaque, a seguinte men- sagem: “A aprovação da SUSEP para a comercialização dos títulos de Capi- talização desta modalidade não desobriga ao cumprimento de outras exi- gências legais para a realização de promoções comerciais por empresas que não sejam por ela fiscalizadas”. Art. 3º O regulamento referente ao evento promocional de caráter comer- cial deve ser mencionado apartado das Condições Gerais do Título de Capitalização, não sendo necessário o encaminhamento à Susep. Art. 4º O contrato entre a Sociedade de Capitalização e a Empresa Promo- tora do Evento (EPE), subscritora do título de Capitalização, deverá dispor claramente sobre a cessão facultativa e voluntária dos direitos de sorteio do título. Art. 5º É vedada a atuação de sociedades de Capitalização e de empresas ou instituições do mesmo grupo econômico, incluídas as fundações das quais sejam mantenedoras, bem como de qualquer entidade de que esta Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:49 156 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO sociedade ou qualquer de seus sócios, diretores, ou parentes destes até o terceiro grau, dela participem de alguma forma em sua gestão ou em seus conselhos, na condição de promotora da atividade incentivada. Art. 6º Na Modalidade Incentivo, o Título de Capitalização poderá ser estru- turado na forma de Pagamentos Periódicos (PP), Pagamentos Mensais (PM) ou de Pagamento Único (PU). ANEXO IX – DA MODALIDADE FILANTROPIA PREMIÁVEL Art. 1º Na Modalidade Filantropia Premiável, a ficha de cadastro deverá conter, em destaque, a seguinte mensagem: “O valor de resgate deste títu- lo poderá ser, caso haja expressa solicitação do subscritor em documento específico que trata da cessão, revertido para a entidade beneficente de assistência social indicada na ficha de cadastro”. Parágrafo único. A faculdade de que trata o caput, deverá ser exercida por meio de anuência expressa e inequívoca do subscritor em documento específico, que contenha, no mínimo, as seguintes informações: I – identificação do subscritor; II – identificação da entidade beneficente de assistência social a quem será cedido o direito da Provisão Matemática de Resgate do título; III – número do Processo SUSEP ao qual o plano se refere e número do título; IV – redação que disponha claramente sobre a cessão facultativa e volun- tária dos direitos do título, se concretizando por meio da anuência expres- sa e inequívoca do subscritor; V – percentual e valor monetário relativo à parcela da contribuição a que se destina a cessão, com o mesmo destaque do valor pago pelo título; VI – assinatura do subscritor e/ou manifestação de concordância. Art. 2º Na modalidade filantropia premiável, a Sociedade de Capitalização é a única e exclusiva responsável pelo repasse dos valores referentes ao direito de resgate para a entidade beneficente de assistência social espe- cificada no título de Capitalização e devidamente certificada nos termos da legislação em vigor. Art. 3º Cada campanha filantrópica deve estar associada a uma entidade beneficente que será favorecida com os recursos oriundos da cessão de resgate dos títulos de Capitalização. Parágrafo único. A entidade deve, obrigatoriamente, estar constituída há, pelo menos, 5 (cinco) anos, além de possuir a Certificação de Entidades Benefi- centes de Assistência Social (CEBAS), concedida pelo Governo Federal. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:49 157 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Art. 4º As Condições Gerais do Título de Capitalização da modalidade filantropia premiável, a serem submetidas à aprovação da Susep, deverão trazer em destaque a denominação do produto, devendo tal informação ser única, constando explicitamente do material encaminhado quando do pedido de aprovação à Susep. §1º É vedada, em qualquer forma de divulgação, promoção e/ou publicida- de interna ou externa, inclusive material de comercialização, independen- temente da mídia adotada na sua veiculação, a utilização de nomenclatura, que de alguma forma se vincule ao título de Capitalização, diferente da denominação do produto. §2º A aprovação de plano de Capitalização contendo mesma denomi- nação de produto utilizada em plano anteriormente aprovado impede a comercialização deste plano anterior, a partir da data da nova aprovação. Art. 5º As Sociedades de Capitalização devem incluir, obrigatoriamente, em seus contratos com as entidades filantrópicas, o compromisso da enti- dade utilizar o valor arrecadado apenas em seus fins estatutários. Art. 6º A Sociedade de Capitalização deverá informar, em seu sítio na inter- net, o valor total repassado, mensalmente, para cada entidade beneficente de assistência social, mantendo seu histórico por um prazo de 5 (cinco) anos. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:49 158 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO — ANEXO 6 – CIRCULAR SUSEP 376, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2008 Regula a operacionalização, a emissão de autorizações e a fiscalização das operações de distribuição gratuita de prêmios mediante sorteio, vinculadas à doação de títulos de Capitalização ou à cessão de direitos sobre os sorteios inerentes aos títulos de Capitalização. O SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP, na forma prevista nas alíneas “b”, “c” e “h”, do art. 36 do Decre- to-Lei No 73, de 21 de novembro de 1966 c/c do §2º, do art. 3º, do Decre- to-Lei No 261, de 28 de fevereiro de 1967, no artigo 1º, parágrafo único do Decreto No 6.388, de 5 de março de 2008, e considerando o que consta do Processo SUSEP no 15414.002379/2008-63, de 17 de junho de 2008, RESOLVE: Art. 1º A operacionalização, a emissão das autorizações e a fiscalização das operações de distribuição gratuita de prêmios mediante sorteio, vinculadas à doação de títulos de Capitalização ou à cessão de direitos sobre os sorteios inerentes aos títulos de Capitalização, utilizadas em promoções comerciais a título de propaganda, obedecerão ao disposto nos anexos I e II desta Circular. Art. 2º O não atendimento ao disposto nesta Circular sujeitará as sociedades de Capitalização às penas previstas na legislação e regulamentação em vigor. Parágrafo único. Não obstante o disposto no caput deste artigo, a SUSEP poderá, a qualquer tempo, cassar ou suspender a autorização, no todo ou em parte, para utilização do título de Capitalização em promoções comerciais. Art. 3º Os acordos comerciais regularmente celebrados em data anterior à publicação do Decreto no 6.388, de 5 de março de 2008, estabelecidos entre a Sociedade de Capitalização e a empresa promotora do evento, deverão ser adaptados à presente Circular, na hipótese de renovação. ( )Artigo alterado pela Circular SUSEP n. 420/2011 §1º Novas promoções comerciais, ainda que baseadas em acordos comer- ciais celebrados em data anterior à publicação do Decreto no 6.388/2008, deverão estar adaptadas a esta Circular. §2º Considera-se, para efeitos deste artigo, nova promoção comercial como sendo qualquer evento que objetive a distribuição gratuita de prê- mios mediante sorteio vinculada a títulos deCapitalização que não tenha sido expressamente inserida até 5 de março de 2008 no acordo comer- cial referido no parágrafo anterior, inclusive quanto à data e à abrangência geográfica de sua realização. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:49 159 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Art. 4 Esta Circular entrará em vigor na data de sua publicação.º ARMANDO VERGILIO DOS SANTOS JÚNIOR Superintendente ANEXO I TÍTULO I – DAS DEFINIÇÕES Art. 1 Para fins desta Circular, define-se como:o I – empresa promotora do evento: a pessoa jurídica que adquire títulos de Capitalização para utilização em promoções comerciais individuais ou coletivas a título de propaganda para alavancar as vendas de seus produ- tos ou aquisição de seus serviços. (Inciso alterado pela Circular SUSEP n. 420/2011 e posteriormente retificado no DOU do dia 21/03/11, S.I, p.33.) II – promoção comercial: distribuição gratuita de prêmios mediante sor- teio, vinculada à doação de títulos de Capitalização ou à cessão de direitos sobre os sorteios destes títulos; III – acordo comercial: contrato celebrado entre a Sociedade de Capitaliza- ção e a empresa promotora do evento e que define os direitos e obriga- ções de cada parte contratante; IV – promoção coletiva: promoção comercial que envolve pessoas jurídi- cas aderentes à promoção representadas por uma mandatária, como por exemplo, associação comercial ou de classe, clube de diretores lojistas ou incorporadora/administradora de shopping center, ou similares; V – data de início da promoção comercial: a data de início de elegibilidade dos participantes da promoção que receberão a cessão de direitos relati- vos ao título de Capitalização; VI – data do término da promoção: a data final de elegibilidade dos parti- cipantes da promoção que terão a cessão de direitos relativa ao título de Capitalização; e VII – cliente: toda pessoa física ou jurídica cessionária dos direitos à partici- pação de sorteios e/ou resgate. TÍTULO II – DA AUTORIZAÇÃO Art. 2 A autorização prévia por parte da SUSEP para utilização do título º de Capitalização em promoções comerciais, dar-se-á, exclusivamente, por meio da aprovação do título de Capitalização na Modalidade Incentivo, nos termos da legislação em vigor. §1o O despacho de aprovação do título de Capitalização é o único docu- mento emitido pela SUSEP para comprovar a autorização prévia das ope- rações de que trata o do art. 1º desta Circular.caput Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:26:49 160 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO §2o Para uma mesma promoção comercial poderá ser prevista a utilização de mais de um título de Capitalização, ainda que referentes a processos administrativos distintos. §3º O título de Capitalização aprovado, nos termos definidos no caput des- te artigo poderá ser utilizado em promoções comerciais distintas, observa- do o disposto no artigo 10 desta Circular. Art. 3º A autorização para utilização de título de Capitalização em promo- ções comerciais fica restrita à Sociedade de Capitalização detentora do título e a cada empresa promotora do evento com a qual a referida socie- dade firmar acordo comercial. §1o É vedada a participação de qualquer outra pessoa, natural ou jurídica, no resultado financeiro da promoção comercial, ainda que a título de rece- bimento de royalties, aluguéis de marcas, de nomes ou assemelhados. §2o A Sociedade de Capitalização responderá perante a SUSEP pelas obrigações e infrações cometidas pelas empresas promotoras do evento, exclusivamente com relação à promoção comercial. Art. 4º Não se aplica o disposto nesta Circular a distribuição gratuita de prê- mios mediante sorteio realizado diretamente por pessoa jurídica de direito público, nos limites de sua jurisdição, como meio auxiliar de fiscalização ou arrecadação de tributos de sua competência. TÍTULO III – DO ACORDO COMERCIAL Art. 5 As sociedades de Capitalização somente poderão realizar acordos º comerciais que envolvam a distribuição gratuita de prêmios a título de pro- paganda com pessoas jurídicas que exerçam atividade comercial, indus- trial, de prestação de serviços, instituições financeiras ou assemelhadas quites com as contribuições à Previdência Social, quanto à Dívida Ativa da União e Tributos Federais, Estaduais e Municipais. Art. 6º Deverá estar estabelecido no acordo comercial realizado, tanto para a Sociedade de Capitalização, quanto para a empresa promotora, a expressa vedação da comercialização ou da cessão, ainda que a título gra- tuito, de cadastro e/ou banco de dados com as informações coletadas nas promoções comerciais envolvendo títulos de Capitalização. Art. 7º Para efetivação do acordo comercial utilizando o título de Capitali- zação, a Sociedade de Capitalização deverá obter da empresa promotora do evento, ou empresas, no caso de promoção coletiva, os documentos relacionados no artigo 8 desta Circular.º §1o A fim de esclarecer situações específicas, a SUSEP poderá solicitar documentos e/ou informações complementares. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:27:11 161 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO §2o A Sociedade de Capitalização poderá estabelecer no acordo comer- cial a necessidade de apresentação de outros documentos por parte da empresa promotora, ou empresas no caso de promoção coletiva. §3º Deverão constar do acordo comercial ou em aditivo deste, firmado em data anterior ao de início da promoção: I – o número do processo SUSEP utilizado na promoção comercial; II – o dia, mês e ano de início e de término da promoção comercial; III – razão social e nome fantasia da empresa, endereço completo, CEP, telefone, fax, endereço eletrônico para contato, nome e cargo da pessoa para contato ou técnico responsável, número da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ/MF; e IV – termo de doação integral do título de Capitalização ou de cessão de direitos sobre o(s) sorteio(s). §4º É admitido que o acordo comercial especifique ser indeterminado o prazo de término da promoção comercial, ou ainda, que possibilite que a promoção comercial seja prorrogada por prazo indeterminado se assim as partes acordarem. (Parágrafo incluído pela Circular SUSEP n. 420/2011) §5º Se o acordo comercial for por prazo indeterminado, esta informação deverá constar do anexo II desta Circular, no campo adequado. (Parágrafo incluído pela Circular SUSEP n. 420/2011) §6º Caso o acordo comercial ou uma determinada promoção comercial que apresentasse prazo determinado para término seja prorrogado por prazo indeterminado, esta prorrogação será considerada como um novo início de promoção comercial para efeito do art. 10 deste anexo, sendo, portanto, necessário o envio de novo expediente à SUSEP nos termos e prazo estabelecidos no artigo, considerando-se a data da prorrogação como sendo a data de início da nova promoção. (Parágrafo incluído pela Circular SUSEP n. 420/2011) §7º Observado o disposto no art. 12 deste anexo, o eventual término de acordo comercial que apresentava prazo indeterminado de término, seja por prorrogação ou não, deverá ser comunicado à SUSEP até 10 (dez) dias da data do seu encerramento, mediante expediente específico para cada processo de título de Capitalização utilizado na promoção, devendo ser esta a data considerada para efeito do que trata o art. 8º, parágrafo único deste anexo, em relação a todas as promoções comerciais relacionadas com o acordo comercial encerrado. (NR) (Parágrafo incluído pela CircularSUSEP n. 420/2011) Art. 8º Os documentos a que se refere o artigo 7 desta Circular e que º deverão constar do acordo comercial entre a Sociedade de Capitalização e a empresa promotora do evento, são os seguintes, observando-se que Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:27:11 162 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO no caso de promoção comercial coletiva as exigências referem-se a cada pessoa jurídica participante da promoção: I – certidões negativas ou positivas, com efeito, de negativas de débitos expedidas pelos órgãos oficiais, relativas à Dívida Ativa da União, e aos tributos federais, estaduais e municipais de caráter mobiliário e certificados de regularidade com as contribuições da Previdência Social; II – termos de adesão de todas as pessoas jurídicas aderentes à promoção comercial coletiva, assinados por seus respectivos representantes legais; e III – regulamento da operação de promoção comercial contendo obrigatoriamente: d) a definição do critério de elegibilidade dos participantes; e) o período da promoção comercial e a abrangência geográfica; e f) a forma de divulgação do resultado do(s) sorteio(s) e do(s) contemplado(s). g) se o valor do prêmio de sorteio é líquido ou bruto e, nesse últi- mo caso, que o desconto do imposto de renda será na forma da legislação em vigor, explicitando o percentual vigente aplicável; ( )Alínea incluída pela Circular SUSEP n. 420/2011 h) denominação e CNPJ da Sociedade de Capitalização; (Alínea incluída pela Circular SUSEP n. 420/2011) i) número do Processo SUSEP e a modalidade do produto, facil- mente identificáveis; (Alínea incluída pela Circular SUSEP n. 420/2011) j) esclarecimento se a promoção comercial engloba a cessão total dos direitos do título ou apenas a cessão de participação nos sor- teios. (Alínea incluída pela Circular SUSEP n. 420/2011) k) “cláusula estabelecendo a obrigatoriedade de a Empresa Promo- tora do Evento identificar todos os consumidores cessionários dos direitos dos eventuais títulos integralmente cedidos e identifi- car todos os consumidores ganhadores dos prêmios de sorteios. (NR) (Alínea incluída pela Circular SUSEP n. 420/2011) Parágrafo único. A Sociedade de Capitalização deverá manter à disposi- ção da SUSEP para fiscalização, arquivo dos documentos previstos nos incisos I a III deste artigo, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a contar da data do término de cada promoção específica. Art. 9º A ausência do acordo comercial ou dos documentos previstos no artigo anterior ou a constatação de estado de irregularidade da empre- sa, ou empresas promotoras do evento, na data da celebração do acordo comercial, sujeita a Sociedade de Capitalização à aplicação das penalida- des administrativas previstas, sem prejuízos de outras cabíveis. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:27:11 163 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Art. 10. A Sociedade de Capitalização deverá encaminhar à Coordena- ção Geral de Registros e Autorizações – CGRAT no prazo de 15 (quinze) dias antes de iniciado o lançamento e/ou divulgação de cada promoção a seguinte documentação da empresa promotora subscritora de títulos de Capitalização da modalidade incentivo; (Artigo alterado pela Circular SUSEP no 506/2014) I – nome, endereço completo, número da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do Ministério da Fazenda; II – certidões negativas ou positivas com efeito de negativas de débitos expedidas pelos órgãos oficiais, relativas à Dívida Ativa da União, e aos tributos federais, estaduais e municipais; e III – certificados de regularidade com as contribuições da Previdência Social. §1o Os títulos de Capitalização da modalidade de incentivo somente pode- rão ser adquiridos por pessoa jurídica comprovadamente quites com os impostos federais, estaduais, municipais ou distritais, e as contribuições da Previdência Social; §2o Nos casos em que os municípios não emitirem as certidões, a empresa promotora subscritora deverá apresentar uma declaração informando que o município não emite as certidões exigidas. §3º A promoção comercial poderá ser realizada coletivamente por pessoas jurídicas representadas por associação comercial ou de classe, clube de diretores lojistas ou incorporadora/administradora de shopping center, que, na qualidade de mandatária, responda solidariamente com todas as pessoas jurídicas aderentes, pelas obrigações e infrações cometidas em decorrência da promoção, devendo a mandatária e as pessoas jurídicas participantes da promoção apresentar as certidões exigidas nesta Circular. §4º A documentação a que se refere o deverá ser informada em caput meio magnético (formato DBF), conforme tabelas e constante do lay-out anexo a esta Circular, e deverá contemplar as seguintes informações da empresa promotora: a) razão social; b) nome fantasia; c) CNPJ; d) endereço da sede; e) nome do produto a ser comercializado; f) âmbito territorial de atuação da promoção; e g) número do Processo SUSEP referente ao produto a ser comercializado. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:27:11 164 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO §5º O ofício de encaminhamento da documentação empresa promotora subscritora de títulos de Capitalização da modalidade incentivo deverá ser assinado pelo Diretor de Produtos e pelo Diretor de Relações com a SUSEP. §6º O ofício a que se refere o parágrafo anterior deverá vir acompanhado de declaração expressa de que a (s) empresa (s) promotora (s) subscritora (s) de títulos de Capitalização da modalidade incentivo atendem às dispo- sições contidas neste artigo. §7º As certidões, os certificados, o ofício e a declaração referenciados no inciso II e III e nos §5º e §6 deverão ser compactados em um único arquivo º no formato ZIP e enviados pelo sistema “Envio de Arquivos” no nosso site da Internet. §8º Após o recebimento do ofício e dos documentos constantes dos §4º, §5º e §6º, na forma contida no §7º, não havendo manifestação expressa da SUSEP no prazo de 15 dias (quinze) dias, contados a partir da data do recebimento do ofício, implicará no reconhecimento da autorização prévia para as operações de distribuição gratuita de prêmios vinculados a cessão de direitos inerentes a título de Capitalização. §9º O disposto no deste artigo substitui o previsto no artigo 32 da caput Circular SUSEP No 365, de 27 de maio de 2008, para os títulos da Moda- lidade Incentivo. Art. 11. Nos acordos comerciais de que trata esta Circular não poderão ser objeto de distribuição gratuita de prêmios, a título de propaganda, os títu- los de Capitalização que não estejam vinculados a uma promoção comer- cial e: I – que necessitem de qualquer forma de descarregamento de dados, pelo cliente, via telefonia ou Internet, incluindo, porém não se limitando, servi- ços de mensageria, serviços de mensagens curtas – SMS e serviços mul- timídia – MMS; II – adquiridos mediante o uso de serviços de valor adicionado; e III – que dependam de qualquer forma de sorteio para sua distribuição. §1o Para fins desta Circular, considera-se serviço de valor adicionado o dis- posto no art. 61 da Lei No 9.472, de 16 de julho de 1997. (Parágrafo renume- rado pela Circular SUSEP n. 384/2009) §2o Na hipótese de utilização de serviço de mensagens curtas – SMS como meio de participação da promoção comercial de que trata o caput, deve- rá ser preservada a proporção de envio de uma mensagem do tipo SMS, para cada inscrição, equivalente a um produto por participação. (Parágrafo incluído pelaCircular SUSEP n. 384/2009) Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:27:11 165 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO TÍTULO IV – DA PROMOÇÃO COMERCIAL Art. 12. Fica vedada a interrupção e/ou cancelamento de promoção comer- cial já iniciada antes da data prevista para seu término. §1o Observado o disposto no caput deste artigo os termos e demais dis- posições envolvendo a rescisão do acordo comercial serão estabelecidos entre as partes contratantes. (Parágrafo renumerado pela Circular SUSEP n. 420/2011) §2o O eventual término de acordo comercial que apresentava prazo inde- terminado de término somente será possível: (Parágrafo incluído pela Cir- cular SUSEP n. 420/2011) I – se não houver promoção comercial, vinculada a este Acordo, em curso na data deste encerramento; ou II – se for comunicado aos consumidores com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, observados os requisitos do art. 14 deste anexo. (NR) Art. 13. O número do processo administrativo do título aprovado pela SUSEP deverá constar obrigatoriamente, de forma clara e precisa, em todo material utilizado na divulgação da promoção comercial. Art. 14. Os cancelamentos e alterações na promoção comercial que afeta- rem as informações já veiculadas, observado o disposto no artigo 12 desta Circular, deverão ser objeto de nova e ampla divulgação, utilizando-se dos mesmos meios anteriormente empregados, ou na sua impossibilidade, por outros meios de ampla divulgação. Parágrafo único. Para a promoção comercial autorizada que preveja a rea- lização de várias etapas independentes entre si, admitir-se-á o cancela- mento de quaisquer delas, desde que a etapa não tenha sido iniciada. Art. 15. Os acordos comerciais e qualquer material relativo às promoções comerciais não poderão conter informações distintas das condições gerais e parâmetros aprovados para o título, ou ainda estarem vinculados a pro- dutos que infrinjam a legislação em vigor. §1o Perante a SUSEP, qualquer evento ou material de divulgação relacio- nados à promoção comercial de que trata esta Circular são de inteira res- ponsabilidade da Sociedade de Capitalização, independentemente de sua participação na elaboração ou confecção dos mesmos. §2º O pagamento do prêmio de sorteio e do valor de resgate do título, quan- do aplicável, é de responsabilidade exclusiva da Sociedade de Capitalização. Art. 16. O desvirtuamento da promoção por parte da empresa promotora do evento, ou empresas no caso de promoções coletivas, constitui-se em infração e sujeita a Sociedade de Capitalização à aplicação das sanções Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:27:11 166 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO administrativas, sem prejuízo de outras penalidades legais a serem aplica- das à Sociedade de Capitalização e/ou empresa, ou empresas promotoras do evento. Parágrafo único. Considera-se como desvirtuamento, a que se refere o caput deste artigo, sem prejuízo de outras situações, a utilização da pro- moção como processo de exploração dos sorteios, como fonte de receita, caracterizada, por exemplo, pela: I – comercialização do produto objeto da promoção, pela empresa promo- tora do evento com valores desproporcionalmente superiores à média do mercado varejista da praça da operação, quando comparados a produtos de qualidade similar; II – comercialização de produtos de seguro e/ou de previdência comple- mentar para os quais o uso do título de Capitalização não tenha como obje- tivo a fidelização dos clientes aos seus produtos, ou produtos cujo prazo de vigência seja inferior a 12 meses. Art. 16-A. A realização de promoção comercial vinculada à aquisição de planos de seguro ou de planos de previdência complementar aberta deve- rá satisfazer simultaneamente aos seguintes requisitos, além dos previstos no art. 16: (Artigo incluído pela Circular SUSEP n. 420/2011) I – Para cada mês em que houver pagamento pelo consumidor, a promo- ção deverá apresentar, no mínimo, um sorteio relativo a este pagamento, cuja participação deve ser independente de outros pagamentos. II – O total de prêmios distribuídos no sorteio deve ser equivalente ou superior à premiação que lhe antecedeu. III – Para cada promoção em que a empresa promotora adquira uma quan- tidade inferior a 10.000 (dez mil) títulos é obrigatória a utilização dos resul- tados de sistemas oficiais de premiação, salvo para substituir sorteio oficial não realizado. Art. 17. Não poderão ser objeto de promoção comercial, mediante distribui- ção gratuita de prêmios, na forma desta Circular: I – medicamentos; e II – armas e munições, explosivos, fogos de artifício ou de estampido, bebi- das alcoólicas, fumos e seus derivados; §1o Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeito desta Circular, as bebi- das potáveis com teor alcoólico superior a treze graus Gay Lussac. §2º A SUSEP poderá, por meio de publicação de Carta-Circular, relacionar outros produtos na proibição de que trata o deste artigo.caput Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:27:11 167 ANEXOS CAPITALIZAÇÃO Art. 18. A realização de qualquer promoção comercial obriga a Socieda- de de Capitalização a disponibilizar à empresa promotora do evento, por qualquer meio, as informações de cada um dos títulos de Capitalização adquiridos, observados também os requisitos da legislação em vigor. (Arti- go incluído pela Circular SUSEP n. 420/2011) Parágrafo único. Se a promoção comercial previr a cessão do direito de resgate ao consumidor, a obrigatoriedade prevista no deverá ser caput estendida a todos os clientes participantes da promoção. Art. 19. A realização de qualquer promoção comercial obriga a Sociedade de Capitalização a fazer constar do acordo comercial a obrigação de a empresa promotora do evento disponibilizar, por qualquer meio, a todos os clientes participantes da promoção, a combinação para participação nos sorteios, o número do processo específico objeto da cessão de direi- tos, bem como o Regulamento da Promoção. (Artigo incluído pela Circular SUSEP n. 420/2011) Parágrafo único. Perante a SUSEP, a Sociedade de Capitalização será res- ponsabilizada, havendo a aplicação das penalidades cabíveis, caso a empre- sa promotora do evento não cumpra com a obrigação prevista no caput. Art. 20. A Sociedade de Capitalização é responsável por notificar o clien- te contemplado em sorteio, após a identificação do mesmo pela empresa promotora do evento, bem como por disponibilizar a este o pagamento do prêmio de sorteio, nos termos da legislação em vigor. (Artigo incluído pela Circular SUSEP n. 420/2011) Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:27:11 168 GABARITO CAPITALIZAÇÃO GABARITO Fixando Conceitos UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 UNIDADE 4 1 – D 1 – C 1 – C 12 – E 23 – E 34 – D 1 – C 2 – A 2 – A 2 – C 13 – E 24 – B 35 – C 2 – B 3 – E 3 – E 3 – E 14 – A 25 – E 3 – B 4 – A 4 – D 15 – B 26 – A 4 – A 5 – B 5 – D 16 – E 27 – A 5 – D 6 – A 6 – A 17 – C 28 – E 7 – D 7 – E 18 – B 29 – C 8 – B 8 – E 19 – D 30 – D 9 – C 9 – C 20 – A 31 – D 10 – A 10 – A 21 – A 32 – C 11 – D 22 – C 33 – C Estudos de Caso Caso 1 a) Não é possível obter o valor de resgate no segundo mês de vigência, uma vez que o título prevê três meses de carência. b) Independentemente do número de pagamentos, o resgate somente poderá ocorrer após completados os três meses de vigência. Oconsu- midor não necessita efetuar o pagamento da terceira mensalidade para resgatar o título, bastando, apenas, aguardar o encerramento da carên- cia (ao final dos três meses) para resgatá-lo. Se o consumidor efetuar o pagamento da terceira “mensalidade”, concorrerá aos sorteios durante o terceiro mês de vigência e resgatará um valor próximo a 57,20% do que pagou; se, ao contrário, não efetuar o pagamento no terceiro mês, o título estará suspenso, não participando dos sorteios desse mês, mas o título poderá ser resgatado normalmente no final desse período. No entanto, o consumidor não receberá o percentual de 57,20%, uma vez que o terceiro pagamento não foi efetivado (nesse caso, o consumidor receberá um valor bem próximo do percentual de resgate do segundo mês, já que só efetuou dois pagamentos). Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:27:11 169 GABARITO CAPITALIZAÇÃO c) Receberá, no mínimo, 75,55% do valor total pago. Total dos pagamentos efetuados = 12 * R$ 100,00 = R$ 1.200,00; assim, o valor mínimo de resgate será de 76% de R$ 1.200,00, ou seja, 0,76555 * R$ 1.200,00 = R$ 906,60. O valor real de resgate ainda será um pouco maior do que o apresenta- do (daí a expressão “mínimo”), uma vez que a provisão matemática para Capitalização sofre ainda atualização monetária (geralmente TR, que atual- mente oscila entre 0,1% e 0,45% ao mês). Essa atualização não pode ser calculada antecipadamente, pois depende dos índices que são divulgados no decorrer do período de Capitalização. d) Certamente, pertence à modalidade Popular. Não pode ser Tradicional ou Compra Programada, pois não restitui, no fim da vigência, 100% do valor pago, nem pode ser instrumento de garantia, pois não restitui, no fim da vigência, 95% do valor pago (vide tabela de resgate). Não pode ser Incen- tivo, pois foi um consumidor – pessoa física (e não uma empresa) – quem adquiriu o título. Não pode ser Filantropia Premiável, pois é um título de pagamento mensal. Estudo de Caso 2 a) Não. Uma vez que o sorteio previa liquidação antecipada, ainda que o consumidor não desejasse, o título foi automaticamente cancelado em função de ter sido sorteado. b) O Sr. Sortudo irá receber tanto o prêmio de sorteio quanto o valor de resgate, ou seja: Prêmio de sorteio: 500 × R$ 20,00 = R$ 10.000,00 Imposto de Renda: 25% de R$ 10.000,00 = R$ 2.500,00 Valor líquido a receber de sorteio = R$ 7.500,00 Valor de resgate = R$ 87,00 (ainda que haja penalidade para resgate ante- cipado, ela não incidirá neste caso, pois não foi o consumidor quem solici- tou o resgate. Esse resgate ocorre independentemente da vontade dele). Aqui não há incidência de IR, pois o valor resgatado é inferior ao valor pago (R$ 120,00). Valor líquido total a receber = R$ 7.587,00 Os valores ainda deverão ser atualizados até a data do efetivo pagamento ao titular. c) Não. Para o recebimento do valor de resgate em função de liquidação antecipada por sorteio, o prazo de carência não é observado, devendo o consumidor receber o resgate, ainda que seja dentro do prazo de carência. Impresso por Guih Ortega, CPF 375.598.628-02 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/01/2022 17:27:11 170 GABARITO CAPITALIZAÇÃO Estudo de Caso 3 a) Quota de sorteio = 10% ou 0,1 Valor da contribuição = x Contribuição de cada título para o sorteio = R$ 1.200.000,00 / R$ 500.000,00 = R$ 2,40 Logo: R$ 2,40 / x = 0,1 Assim, x = R$ 24,00. b) O valor de prêmio máximo na premiação instantânea é de 30% do total de prêmios. Assim, será de: 30% * R$ 1200.000,00 = R$ 360.000,00. c) Para os demais sorteios mensais, restará a diferença entre o total de sorteios e o prêmio instantâneo, isto é: R$ 1.200.000,00 – R$ 360.000,00 = R$ 840.000,00. Como são 12 sorteios (um por mês), o valor de cada prêmio mensal de sorteio será de: R$ 840.000,00 / 12 = R$ 70.000,00. Assim, o prêmio mensal, como um múltiplo do pagamento, será de: R$ 70.000 / 24 = R$ 2.916,66.