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MEDICINA DO SONO: Introdução Importância do sono: disposição, humor, concentração, coordenação motora, velocidade de raciocínio – todos esses aspectos podem ser prejudicados pela falta de sono ou por uma qualidade ruim de sono; Além disso, durante o sono profundo ocorre todo o processo de memorização, de organização de pensamentos e de remoção de proteínas responsáveis pelo envelhecimento e pelos quadros demenciais! ** fadiga = desgaste -> é DIFERENTE de sonolência! (você pode ficar fisicamente desgastado sem sentir sono; ou pode sentir muito sono mesmo não estando fadigado). Principais transtornos do sono: Insônia: transtorno de sono mais comum. Se não tratada, pode ser associada ao aumento de novos casos de ansiedade, depressão e sonolência diurna; além de causar alterações no sistema imunológico; Síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS): importante causadora de doenças; quando não é tratada, está associada a: HAS, doenças cardiovasculares, surgimento de alterações neuroendócrinas (DM) e alterações neuro cognitivas; Dor e sono: dores crônicas (fibromialgia, artrite reumatoide, lombalgia etc) podem levar a distúrbios do sono; Clínica e Sono: paciente com refluxo apresenta piora no seu quadro durante o sono – gerando mais danos na mucosa do esôfago (esofagite) e outras complicações; além de acabar tendo piora no padrão do sono; Neurologia e sono: doenças neurológicas, degenerativas (Parkinson, demência), neuro vasculares ou de movimentos anormais podem ter sintomas que resultam do distúrbio do sono; Psiquiatria e sono: transtornos psiquiátricos apresentam grande inter-relação com distúrbios do sono; Pediatria e sono: transtornos de sono na infância geram grande variedade de deficiências no desenvolvimento – na estatura, cognição, memória etc; Distúrbios próprios do sono: pernas inquietas, movimentos periódicos de membros, sonambulismo, terror noturno e bruxismo. Histórico da Medicina do Sono: • No século V ac, Hipócrates já tinha noção de que sono demais ou sono de menos eram relacionados a doenças; • Em meados do século X foi descrito sobre higiene no sono, com recomendações muito parecidas com as da atualidade; • Em 1836 foi descrito exatamente a figura de pacientes com SAOS; • Em 1880 foi descrita, pela primeira vez, a narcolepsia (sono súbito e incontrolável) e também foi realizada uma separação entre hipersonia primária e secundária; • Em 1916 foi criado o termo “cataplexia” (sonolência diurna em excesso); • Meados de 1930 Hans Berger descreveu o ritmo alfa e seu desaparecimento durante o sono por meio de um aparelho que analisava os padrões das ondas cerebrais ao dormir. • Em 1937 foram descritos os padrões das ondas cerebrais que mais se repetiam – descrevendo, com isso, o princípio das fases do sono, porém sem distinguir o sono REM; • Em 1949 foi descoberto que a formação reticular do tronco cerebral estava associada a ativação do EEG (eletroencefalograma) na transição do sono para a vigília; • Já em 1950 foi descrito, pela primeira vez, o sono REM ao ser registrado o movimento ocular que ocorria durante o sono – considerando esse movimento repetido relacionado aos sonhos; • 1957 foi criada e denominação “arquitetura do sono” por perceberem que havia um padrão bem regular das ondas cerebrais durante o sono; • Só em 1962 foi definido que os centros pontinos tinham relação direta com o sono REM e, também, foi considerado esse padrão como uma forma distinta de sono; • De 1968 até 2007 o padrão de sono era definido em 1,2,3,4 e REM/sono paradoxal; • A partir de 2007 o sono foi definido em 1,2,3 e REM.
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