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Síndromes Relacionadas ao Sono

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Carolina Marques
Síndromes Relacionadas ao Sono
Características
- Existe grande variedade de padrões de sono
- Alguns problemas relacionados ao sono podem ocorrer como depressão, ansiedade e alterações cognitivas, além de poder
agravar TT pré existentes
Classi�cação:
- Transtorno de insônia;
- Transtorno de hipersonolência;
- Síndrome das pernas inquietas;
- Transtornos do sono relacionados à respiração (apneias do sono);
- Transtornos do sono-vigília do ritmo circadiano (tipo fase do sono atrasada e fase do sono avançada);
- Narcolepsia;
- Parassonias (sonambulismo, terror noturno, bruxismo).
Diagnóstico:
Clínico (Anamnese referente ao sono e a sonolência)
Laboratório de sono, utilizando
→Exames como eletroencefalograma, ECG, eletrooculograma, avaliação do uxo aéreo oral e nasal, gases sanguíneos e
monitorização de movimentos corporais
TRANSTORNO DE INSÔNIA
De�nição
Condição na qual há uma di�culdade em iniciar e/ou manter o sono e/ou acordar muito cedo e não conseguir voltar a dormir,
comprometendo assim a qualidade de vida do indivíduo – social, comportamental, laboral, etc.
Epidemiologia
• É um dos sintomas mais comuns em saúde mental;
• Cerca de 1/3 da população adulta apresenta pelo menos alguns dias de insônia clinicamente signi�cativa durante 1 ano
• 6 – 10% da população adulta apresenta o transtorno de insônia
• Nos EUA, em torno de 10% dos adultos apresentam transtorno de insônia
• Prevalência maior em mulheres, idosos, pessoas de baixo nível socioeconômico, divorciados, viúvos e em indivíduos internados
em hospitais ou em prisões.
Sinais e Sintomas
Cerca de metade dos quadros de insônia se associa a transtornos psicopatológicos (depressão, ansiedade, fobias, dependência
química, transtorno bipolar, entre outros) ou doenças ou condições médicas (obesidade, síndromes dolorosas, re�uxo
gastresofágico, doenças pulmonares que implicam di�culdades respiratórias, insu�ciência cardíaca congestiva e hipertro�a
prostática).
Carolina Marques
Diagnóstico
De acordo com o DSM-5, as di�culdades com o sono devem ocorrer por pelo menos 3 noites por semana e permanecer por pelo
menos 3 meses. Além disso, o transtorno de insônia não deve ser causado pelo efeito �siológico de alguma substância ingerida ou
por condição médica (dor, ICC, DPOC)
• Exames Complementares − Polissonogra�a − Actigra�a
Tratamento
• Orientações gerais: higiene do sono
• TTO farmacológico
Insônia Aguda
a) Ansiolíticos não benzodiazepínicos (receita carbonada): zolpidem, zaleplona
b) Ansiolíticos benzodiazepínicos (receita azul): lorazepam, �urazepam
Insônia Crônica
a) Ansiolíticos não benzodiazepínicos (receita carbonada): zolpidem, zaleplona
b) Ansiolíticos benzodiazepínicos (receita azul): lorazepam, �urazepam
c) Agonistas da Melatonina (receita carbonada): ramelteona
d) Antidepressivos (receita carbonada): amitriptilina, Trazodona (donaren)
TRANSTORNO DE HIPERSONOLÊNCIA
De�nição
É um transtorno em que o sujeito relata sonolência excessiva apesar de dormir pelo menos 7h por dia.
Durante o dia, há períodos recorrentes de sono ou de ‘’cair no sono’’ ou de sentir que o sono não é reparador, mesmo depois de ter
dormido bem.
Há queixas de não se sentir totalmente acordado depois de um despertar abrupto
Ao despertar do sono da noite (ou depois de um cochilo), o indivíduo pode apresentar declínio da habilidade motora, lapsos de
memória, desorientação no tempo e no espaço e sensação de atordoamento.
Paciente consegue dormir rapidamente e há boa e�ciência do sono mantém ele bem, porém pode ter di�culdade em acordar pela
manhã, podendo aparecer confuso ou atáxico (desequilíbrio motor ao acordar)
Carolina Marques
SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS
De�nição
Condição clínica, também conhecida como doença de Wi�is-Ekbom ou síndrome de Ekbom, caracterizada por desconforto
localizado predominantemente em MMII, mais comum a noite, e que se alivia com a movimentação. Os casos podem ser primários
(com contribuição genética) ou secundários (ex alterações neurológicas envolvendo os nervos periféricos).
Epidemiologia
• Estima-se que cerca de 5-15% da população seja acometida, mas só 2-3% teriam uma clínica signi�cativa.
Diagnóstico
• O DSM-5 descreve que, no mínimo 3x por semana por 3 meses, o paciente apresenta sensação desagradável ou desconfortável
nas pernas, levando a necessidade de mexê-las. Isso geralmente é maior ou mais intenso ao �nal do dia e piora quando a pessoa
está quieta/imóvel, melhorando com o movimento. Contudo, o paciente deve ter algum comprometimento na sua funcionalidade
ou ter algum grau de sofrimento
• O quadro não é mais bem explicado pelo uso de alguma substância, transtorno, doença clínica ou comportamento
Tratamento
• Medidas gerais: orientar sobre a higiene do sono, suspender medicações que não sejam realmente necessárias e evitar
substâncias estimulantes especialmente a noite (álcool, cafeína, nicotina)
TRANSTORNOS DO SONO RELACIONADOS À RESPIRAÇÃO
APNEIA E HIPOPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO
Trata-se de um tipo de apneia/hipopneia (pausa respiratória) causado pela obstrução das vias aéreas superiores (VAS),
ocorrendo periodicamente o colabamento das VAS. Tal distúrbio associa-se, com frequência, a sobrepeso ou obesidade, pescoço
curto e/ou alterações estruturais da cavidade orofaríngea (como palato rebaixado). Há, com frequência, o relato de roncos altos,
interrompidos periodicamente por pausas respiratórias.
Epidemiologia
• Nos Estados Unidos, a prevalência de apnéia/hipopnéia obstrutivas do sono é de 1 a 2% em crianças, de 2 a 15% em adultos de
meia-idade e de 20% ou mais em idosos. É, também, de 2 a 4 vezes mais frequente em homens do que em mulheres
Diagnóstico
Sintomas de roncos e/ou respiração difícil durante a noite + evidências polissonográ�cas de pelo menos cinco apneias/hipopneias
obstrutivas por hora de sono.
OU
Assintomáticos + 15 ou mais apneias/hipopneias por hora de sono na polissonogra�a
Carolina Marques
APNEIA CENTRAL DO SONO
A apneia central do sono caracteriza-se por episódios repetidos de apneia (pausas respiratórias breves) e hipopneia enquanto o
paciente dorme, causados pela variabilidade no esforço respiratório (involuntário). É, assim, um transtorno do controle
(involuntário) ventilatório, em eventos que ocorrem em padrão periódico ou intermitente.
O paciente apresenta despertares frequentes durante a noite, às vezes associados com sensação de sufocamento. As principais
queixas são de sono não reparador, sonolência, insônia e cansaço pela manhã.
O sobrepeso não é tão frequente, e o ronco, quando observado, não é de forte intensidade. Quando a apneia central do sono
acomete pessoas com insu�ciência cardíaca, acidente vascular cerebral ou insu�ciência renal, pode apresentar um padrão
respiratório denominado respiração de Cheyne-Stokes. Esta se caracteriza por um padrão periódico do tipo
crescendo-decrescendo no volume corrente de ar, relacionado a apneias e hipopneias centrais, que ocorre com frequência de pelo
menos cinco eventos por hora, acompanhados de despertares frequentes (DSM-5).
Também se descreve a hipoventilação relacionada ao sono (HRS), na qual a polissonogra�a revela respiração no sono reduzida
associada a níveis elevados de CO2 . Com frequência, as pessoas com HRS relatam sonolência excessiva durante o dia, excitações
e despertares frequentes durante o sono, cefaleias matinais e insônia.
TRANSTORNOS DO SONO-VIGÍLIA DO RITMO CIRCADIANO
Nesse caso, veri�ca-se um padrão persistente ou recorrente de perturbação do sono devido a alterações do sistema circadiano
(regulação �siológica do ritmo sono-vigília em um dia de 24 horas), em que há desequilíbrio entre o ritmo circadiano endógeno (o
ritmo biológico do indivíduo, ao longo do dia) e os horários de sono e de vigília impostos ou normatizados pelo ambiente físico
(luminosidade) e social, sejam as normas da família, sejam as exigências do trabalho e/ou escola.
TIPO FASE DO SONO ATRASADA
Histórias de atraso no horário principal do sono (em geral, mais que 2 horas) em relação aos horários desejados de dormir e
despertar,o que acaba resultando em sintomas de insônia e sonolência excessiva durante o dia.
TIPO FASE DO SONO AVANÇADA
Se caracteriza pelos horários de adormecer e despertar estarem várias horas avançadas em relação aos horários desejados ou
convencionais. São os indivíduos chamados “tipos matutinos”, com horários de dormir de 2 a 4 horas mais cedo que o habitual em
seu grupo.
NARCOLEPSIA
De�nição
Caracteriza-se por ataques ou períodos recorrentes de necessidade irresistível de dormir, cair no sono ou cochilar em um
mesmo dia. Os ataques de narcolepsia são ataques diurnos de sono REM, com sonolência intensa e abrupta, como se a atividade
neuro�siológica característica desse tipo de sono ‘’invadisse’’ a vigília
Carolina Marques
Etiologia
Ocorre devido à perda de cerca de 70 mil neurônios hipotalâmicos produtores de neuropeptídeos denominados hipocretinas,
particularmente da hipocretina-1. Isso está associado a um mecanismo autoimune, pois foram identi�cadas alterações e
marcadores genéticos e imunológicos (HLA subtipo DR2 e DQ602) nos indivíduos com narcolepsia. Sinais e Sintomas Além da
sonolência diurna, a narcolepsia manifesta-se clinicamente por ataques de cataplexia, que é uma crise breve (de segundos a
minutos) de perda bilateral de tônus muscular, com manutenção da consciência, geralmente desencadeados por risos ou
brincadeiras. O indivíduo cai repentinamente ao chão. Crianças podem ter uma forma parcial da cataplexia, com hipotonia sem
queda, abertura da mandíbula e projeção da língua. Podem ocorrer também alucinações hipnagógicas (ao adormecer) ou
hipnopômpicas (ao despertar)
Diagnóstico
• Os ataques do transtorno devem ocorrer por pelo menos 3x por semana, durante pelo menos 3 meses.
• De�ciência de hipocretina-1: devem ser iguais ou inferiores a um terço dos valores obtidos em indivíduos saudáveis. A
hipocretina-1 é um neuropeptídeo produzido na área hipotalâmica lateral, no liquido cerebrospinal.
• Polissonogra�a: latência do sono REM inferior ou igual a 15 minutos.
PARASSONIAS
SONAMBULISMO
É um transtorno de despertar do sono não REM caracterizado por levantar-se da cama durante o sono com olhar �xo e rosto
vazio. O indivíduo não responde aos esforços de comunicação feitos pelos outros e pode executar comportamentos complexos
durante o episódio, geralmente iniciados na fase 3 ou 4 do sono não REM (sono profundo, de ondas lentas). O comportamento
complexo pode incluir atos automáticos como andar, trocar de roupa e urinar no armário. O indivíduo pode ser acordado apenas
com muita di�culdade.
É relativamente comum na infância e na adolescência (principalmente em crianças entre 4 e 8 anos), tendendo a desaparecer na
fase adulta.
TERROR NOTURNO
Caracteriza-se por despertar de uma fase de sono profundo (sono de ondas lentas, geralmente na fase 4) com um grito
lancinante, de pânico, acompanhado de manifestações de medo intenso e sintomas autonômicos (taquicardia, respiração rápida,
sudorese e midríase). A crise costuma durar de 5 a 20 minutos. Não se trata de um pesadelo (que é um tipo de sonho, ocorrendo
mais frequentemente na fase REM). Em geral, após o grito, o indivíduo se senta na cama, agitado e, aparentemente, com muito
medo, apresentando midríase e taquipneia, depois volta a dormir. Há poucas respostas aos esforços dos outros de confortar a
pessoa. Tanto para o sonambulismo como para o terror noturno, no dia seguinte, o indivíduo não se lembra de nada ou quase nada
do que ocorreu, havendo, portanto, amnésia em relação ao episódio.
SONILÓQUIO (falar dormindo)
É a produção de sons, palavras ou mesmo frases durante a noite, sem a tomada momentânea de consciência do indivíduo que as
produz e sem a lembrança, no dia seguinte, de ter falado ou do conteúdo daquilo que foi dito
Carolina Marques
PARALISIA DO SONO
Consiste em um despertar (ou adormecer) incompleto. O indivíduo, ao despertar (ou ao adormecer), apresenta fraqueza
muscular importante e é incapaz de realizar atividade motora voluntária. Por alguns segundos, sente- se muito angustiado por
não poder mover um só dedo, apesar de já estar consciente; logo, então, desperta.
Podem ocorrer alucinações hipnagógicas (alucinações geralmente visuais, ao adormecer) ou hipnopômpicas (o mesmo, ao
despertar).
BRUXISMO
Também pode ser considerado um transtorno do despertar parcial, a partir de um período de sono profundo (fase 3 ou 4).
Dormindo, o indivíduo range vigorosamente os dentes, devido à atividade rítmica do músculo masseter. As consequências são
desgaste dos dentes, dor local, cefaleias, disfunção da articulação temporomandibular e sono de má qualidade
ENURESE NOTURNA
Também ocorre durante o sono profundo, geralmente em crianças com mais de 4 anos de idade (até essa idade, a enurese não é
considerada anormal). Acomete mais crianças de até 6 anos (25% dos meninos e 15% das meninas) e ocorre em 2% dos adultos.
Há micção involuntária durante a noite, em geral no primeiro terço (com mais frequência no estágio 2 do sono não REM), devido
ao relaxamento do esfíncter urinário. Tanto tendência hereditária (há muita recorrência familiar do transtorno) como con�itos
emocionais (insegurança, hostilidade, medo, separação ou doença dos pais ou avós) estão associados à enurese na infância. A
condição tende a desaparecer com o passar dos anos; porém, um número considerável de crianças enuréticas sente muita
vergonha, culpa ou ansiedade por apresentar tal transtorno
PESADELOS
São sonhos ansiosos, com conteúdos ameaçadores e terrorí�cos, que ocorrem, na maior parte das vezes, durante o sono REM, no
terço �nal da noite. O indivíduo pode acordar durante o episódio e, muitas vezes, lembrar-se com clareza de seu conteúdo no dia
seguinte. Os pesadelos podem estar associados a con�itos emocionais inconscientes ou conscientes, períodos de ansiedade e
tensão, preocupações e temores antigos ou atuais. Deve-se buscar diferenciar claramente os pesadelos (sono REM, último terço
da noite) do terror noturno (sono profundo, primeiro terço da noite). Quando há recorrência dos pesadelos, extremamente
disfóricos, com sensação de ameaça à sobrevivência ou à integridade física, e a experiência causa sofrimento signi�cativo ou
prejuízo no funcionamento social, pro�ssional ou em outras áreas da vida do indivíduo, o DSM-5 propõe denominar transtorno do
pesadelo

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