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carboidratos QUESTÕES PROBLEMATIZADORAS: Qual a importância da oferta de carboidratos para o praticante de exercício? Quais momentos da prática do exercício físico o consumo de carboidratos é importante? Por quê? CARBOIDRATOS: QUEM SÃO? Compostos constituídos por C, O e H, como monossacarídeos (CHO simples) ou múltiplos de monossacarídeos (CHO complexos). fornecimento de energia ao organismo O carboidrato NÃO é o vilão! CARBOIDRATOS: GLICOGÊNIO O glicogênio é um polissacarídeo que atua como substrato essencial durante o exercício, e estimula mecanismos de ressíntese de ATP. As reservas são armazenadas no fígado e músculo – é importante que, para praticantes de exercício, tenham essas reservas no máximo. A redução desse macronutriente resulta num menor desempenho físico, que provoca fraqueza, tontura, podendo levar a lesões por realizar o exercício de maneira errada, além de afetar a recuperação muscular. CARBOIDRATOS: FONTES ALIMENTARES A preferência é por carboidratos mais nutritivos, complexos, ricos em fibras e micronutrientes: frutas, raízes (macaxeira, IMPORTÂNCIA E NECESSIDADES DOS NUTRIENTES NO EXERCÍCIO: CARBOIDRATOS, PROTEÍNAS E LIPÍDIOS inhame), tubérculos (batatas), verduras, entre outros. CARBOIDRATOS: QUAIS E QUANTO DE CHO CONSUMIR? Recomendação de ingestão: indivíduos fisicamente ativos – 50 a 55%/VET; atletas – 60% CHO/VET (SBME, 2009). Recomendação de ingestão: 6- 12g/kg/dia de CHO dependendo do tipo e da duração do exercício e do objetivo do indivíduo. Do total de CHO consumidos, apenas 10% deve ser oriundo de açúcares simples (menor densidade nutricional). Exercícios/provas longas, os atletas devem consumir entre 30 a 60g de CHO, para cada hora de exercício. Ex: para saber a quantidade individualmente, primeiro se calcula a necessidade energética para saber o VET. Depois, qual o percentual de carboidratos pode prescrever? Através da recomendação (50 – 60%) Exemplificando: VET – 2000 kcal/50% = 1000 kcal de carboidratos. 1g de CHO – 4 kcal x – 1000 kcal x = 250g após ver a gramatura, é necessário dividir pelo peso do indivíduo: 250/50 (exemplo do peso corporal) = 5g Pela recomendação, o viável é que aumente a oferta de carboidratos, já que a ingestão seria de 6-12g. VET = 2000 kcal/55% 1100 kcal de CHO. 1g de CHO – 4 kcal x – 1100 kcal x = 275g 275g/50 = 5,5 de CHO por cada kg. RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS DE CARBOIDRATOS (de acordo com o Colégio Americano de Medicina Esportiva) Tipo de Exercício Recomendação Observações Exercício Leve (baixa intensidade ou atividades recreacionais) 3 a 5g/kg/dia O momento da ingestão do CHO durante o dia pode ser manipulado com o intuito de se ter maior disponibilidade Exercício moderado (intensidade moderada de até 1 hora) 5 a 7g/kg/dia de CHO em sessões específicas de treino (antes, durante ou para recuperação do treinamento). Exercício Intenso (programas de endurance – 1 a 3h/dia) 6 a 10g/kg/dia Quanto mais tempo as necessidades energéticas são fornecidas, o modelo de ingestão deve ser guiado pela conveniência e escolha individual. Exercício Muito Intenso (programas de endurance – 4 a 5h/dia) 8 a 12g/kg/dia Atletas devem escolher alimentos ricos em CHO para atender suas necessidades diárias. *endurance = exercícios de resistência esportes que possuem a característica de longa duração e predominância de intensidades leves e moderadas de forma contínua – mas podem ter momentos determinantes de alta intensidade (como no ciclismo quando é feita uma aceleração em uma curta distância). CARBOIDRATOS: QUAL O MOMENTO PARA CONSUMO? Deve ser consumido ANTES do treino – mantém a glicemia sanguínea, além de potencializar as reservas de glicogênio para o exercício físico antes = 24h. Pode ser consumido DURANTE o treino – exercícios/provas longas > 1h duração suplementos, bebidas esportivas. Deve ser consumido APÓS o treino – momento ideal de recuperação (e quanto mais próximo puder oferecer os substratos – energético e/ou proteico – ao tempo de término do exercício, facilita a recuperação. Carboidrato Principal combustível utilizado na contração muscular (reservas limitadas) Oferece energia rapidamente e acelera a recuperação muscular Antes e durante o treino: disponibilidade de glicogênio muscular e hepático e de glicose sanguínea. Pós-treino: recuperação do glicogênio muscular. proteínas QUESTÕES PROBLEMATIZADORAS: Qual a importância da oferta de proteínas para o praticante de exercício? O esportista/atleta precisa de uma maior quantidade de proteína na dieta? Por quê? Quais os fatores que afetam a necessidade proteica? intensidade, duração e tipo de exercício; conteúdo de glicogênio; balanço energético; sexo; idade; tempo de treinamento. PROTEÍNAS: QUEM SÃO? As proteínas da dieta, fornecem aminoácidos ao organismo, que terão três destinos principais: o anabolismo, o catabolismo e a síntese de compostos de pequeno peso molecular. Através dessas vias metabólicas, os aminoácidos auxiliarão na construção e manutenção dos tecidos. Não Essenciais Essenciais Glicina Histidina Fenilalanina Alanina Asparagina Valina Serina Glutamina Triptofano Cisteína Prolina Treonina Tirosina Lisina Aspartato Leucina Glutamato Isoleucina Arginina Metionina ACR/BCAA: leucina, isoleucina, valina. PROTEÍNAS: AMINOÁCIDOS (AA) Proteína animal – alto valor biológico Proteína vegetal – baixo valor biológico Tentar ofertar proteínas com uma maior quantidade de disponibilidade de aminoácidos – seguindo a dinâmica alimentar e da vida do indivíduo. PROTEÍNAS NA DIETA Pela digestão e subsequente absorção, fornecem aminoácidos ao organismo que terão três destinos principais: Anabolismo síntese de proteínas e polipeptídeos. Catabolismo ou degradação produção de energia. Síntese de outros componentes. PROTEÍNAS NO EXERCÍCIO Proteína Ressíntese de proteína intramuscular e atenuação de mecanismos proteolíticos Crescimento muscular As proteínas provenientes da dieta provocam alterações fenotípicas existe um estímulo, insulto, gatilho, exercício que estressa beneficamente o músculo – essas alterações agregam a processos de hipertrofia (aumento do tamanho da célula) e hiperplasia (aumento do número de células). o reparo de microlesões musculares, oriundas do exercício, ocorre através da utilização das proteínas como substrato energético. Ocorre de forma dependente da concentração de aminoácidos extracelulares. OBS: vale lembrar que não há como obter reparação ou crescimento muscular sem proteínas e aminoácidos, porém é importante a presença dos outros nutrientes, como carboidratos e lipídios – porque as funções principais das proteínas, que é a plasticidade, reparação e construção, pode vir a ser comprometida se não houver um aporte calórico suficiente e adequado. PROTEÍNAS: RECOMENDAÇÃO DE INGESTÃO Exercícios de endurance: SBME 2009 – 1,2 a 1,6g/kg/dia Exercícios de força: SBME 2009 – 1,6 a 1,7g/kg/dia 12-15%/valor energético da dieta Distribuição uniforme por refeição gera um equilíbrio entre a dose saturável e a aminoacidemia, e subsequentemente a resposta de síntese de proteína muscular. *aminoacidemia = constante oferta de aminoácidos no sangue. 1,2 – 2,0g/kg/dia - para um plano alimentar hipocalórico = 3,0g/dkg/dia Exemplificando: VET = 2000 kcal/12% = 240 kcal de PTN 1g de PTN – 4 kcal x – 240 kcal x = 60g 60g/55kg(ex. de peso corporal) = 1,1g de PTN. O percentual, de 12 a 15%, só interessa quando se faz a checagem de g/kg. Essa gramatura (60g) deve ser dividida ao longo do dia, e não apenas em uma refeição! Porque se colocar todas numa só, ocorre saturação e o organismo não consegue aproveitar tudo. Quando o VET é maior, valores percentuais menores já alcançam a necessidade proteica. PROTEÍNAS E EXERCÍCIO FÍSICO Adultos jovens Têm uma capacidade de aproveitamento máximo de 20-25g de proteínas por momento. É bom garantir 20g no pós-treino e antes do sono e o restante distribui – o importante é manter a aminoacidemia. Que em cada refeição, não se exceda de 20g, porque a parte do esqueleto da leucina é oxidada para ser utilizado como fonte de energia (oxidação irreversível) Nessas 20g de proteínas, têm de 10-12g de aminoácidos essenciais e, em torno, de 1-3g de leucina é o que o músculo precisa para fazer estimulação naquele momento. Em idosos, estudos mostram que no pós- treino pode-se ter uma necessidade maior, de 40g – o aproveitamento máximo no idoso é fragilizado sendo que é necessário individualizar vendo a necessidade diária do mesmo para que se possa proporcionar entre as refeições. Considera-se que, mais importante que o consumo de proteínas após o exercício, é a distribuição dessas ao longo do dia. lipídios QUESTÕES PROBLEMATIZADORAS: Qual a importância da oferta de lipídios para o praticante de exercício? LIPÍDIOS: IMPORTÂNCIA Reserva energética e fonte de energia. Isolamento térmico e proteção de órgãos. Transporte de vitaminas lipossolúveis e composição das membranas celulares. Digestão (sais biliares). Regulação hormonal (esteroides). LIPÍDIOS: FONTES Insaturadas ou saturadas. LIPÍDIOS: METABOLISMO NO EXERCÍCIO FÍSICO Após 30 minutos de exercício se tem uma cascata de catecolaminas, cortisol, TSH e lipase-hormônio-sensível todo o organismo sinaliza a necessidade de energia, pois nesse momento a depleção de glicogênio já está no auge. Os hormônios agem a favor de que ocorra a lipólise (quebra do triglicerídeo) para ter a quebra em ácido graxo e glicerol – o ácido graxo vai para o músculo para fazer a beta-oxidação e fornecer ATP, e o glicerol para o fígado, que, através da gliconeogênese, pode formar ATP. Estudos mostram que o exercício físico favorece a gênese de novas mitocôndrias, assim como melhor eficiência de seu funcionamento. LIPÍDIOS: RECOMENDAÇÃO DE INGESTÃO Exercícios de endurance Exercícios de força = 25-30% valor energético da dieta. O que se deve fazer para proporcionar o percentual é, depois que determinar as de carboidratos e proteínas, complementar com o que falta. Tem prevalecido a mesma recomendação nutricional destinada à população em geral, bem como a distribuição na oferta do tipo de gordura: redução da saturada e preferir mono e poliinsaturada. Um adulto necessita diariamente cerca de 1g de gordura por kg/peso corporal. Colesterol (se não houver dislipidemias) – 300mg/dia ou 100mg ou 1000 kcal consumidas. LIPÍDIOS: RECOMENDAÇÃO DE INGESTÃO Gema de ovo Amêndoas Amendoins Nozes Abacate Azeite de oliva Óleo de linhaça Ômega 3 Azeitonas Castanhas Óleo de girassol Saturada: <10% Poliinsaturada: até 10% Monoinsaturada: completar total (10-15% VET). em síntese – quanto de carboidratos, proteínas e gorduras consumir? NUTRIENTES DRI 2002/2005 OMS 2003 OMS 2008 SBC 2007 SBME 2009 Carboidratos 45 a 65% 55 a 75% - 50 a 60% 60 a 70% Gorduras Totais 20 a 35% 10 a 30% 10 a 35% 25 a 35% 15 a 30% Proteínas 10 a 35% 10 a 15% - Aprox. 15% Aumento de massa muscular = 1,6- 1,7g/kg/dia. Esportes de resistência = 1,2- 1,6g/kg/dia.
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