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TUBERCULOSE 1 TUBERCULOSE AULA E RESUMO CONFERÊNCIAS ENTROU PARA REVISÃO Causada por uma micobactéria que é de crescimento lento, tem transmissão respiratória e sua resposta imune é NÃO ESTERELIZADORA, ou seja, a micobactéria permanece no pulmão e mesmo num GRANULOMA, pode ser um problema no futuro. O bacilo é sensível à luz solar, e a circulação de ar possibilita a dispersão de partículas infectantes. Com isso, ambientes ventilados e com luz natural direta diminuem o risco de transmissão. Transmissão: tosse, fala ou espirro. Indivíduo é bacilífero: significa pessoas com TB pulmonar ou laríngea com baciloscopia positiva no escarro. Transmitem mais, mas pessoas com cultura ou TRM TB positivos tambem transmitem. O risco de transmissão da TB perdura enquanto o paciente eliminar bacilos no escarro. Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias, ela encontra-se muito reduzida. A importância de realizar baciloscopia de escarro de controle reside não somente na confirmação da eficácia do esquema terapêutico, mas também na avaliação de risco para os contatos. A TB pode ser causada por qualquer uma das sete espécies que integram o complexo Mycobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M. microti, M. pinnipedi e M. caprae. M. bovis pode ter especial relevância como agente etiológico da TB e apresenta-se de forma idêntica ao M. tuberculosis, com maior frequência da forma ganglionar e outras extrapulmonares. A ocorrência é mais comum em locais que consomem leite e derivados não pasteurizados ou não fervidos de rebanho bovino infectado; em pessoas que residem em áreas rurais e em profissionais do campo (veterinários, ordenhadores, funcionários de matadouros, entre outros). Paciente pode entrar em contato com a bactéria e só manifestar os sintomas depois de décadas. TUBERCULOSE 2 A idade, a genética e os fatores genéticos mudam esse cenário. AGENTE Mycobaterium tuberculosis (bacilo de Koch). Tem replicação lenta. As vezes demora muito tempo para aparecer em cultura e até mesmo para manifestar sintomas. É um bacilo ALCOOL ÁCIDO RESISTENTE. Outras micobactérias: leprae (hanseniase), avium (HIV+), MNT. DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA AO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. No Brasil é uma situação endêmica mas estabilizada.Comum em locais de urbanização, em grupos de vulneabilidade. ISOLAMENTO DE TB Acontece risco de transmitir enquanto o paciente eliminar os bacilos no escarro. Quando começa o tto vai reduzindo e em 15 dias já está bem reduzido, não obrigando isolamento. 3 baciloscopias negativas ou exclusão de TB permite retirada de isolamento. Paciente com TB extrapulmonar não precisa de isolamento. Cenário ideal de um paciente com TB: pressão negativa com filtro EPA no quarto que paciente está. FISIOPATOGENIA Quando inala acontece a primoinfecção. TUBERCULOSE 3 DIAGNÓSTICO PPD+: função principal é marcar o contato com bactéria. Ao inalar, forma complexo de Gohn (complexo pulmonar primário) no campo médio do HTD. Ocorre disseminação linfática regional (complexo de Ranke), causando uma distribuição hematogênica. Pode-se evidenciar pelo PPD em 4-6 semanas, causando um quadro de latência. Como a bactéria se mantem no pulmão, MESMO CONTIDA NUM GRANULOMA, pode causar danos futuros. A REATIVAÇÃO pode acontecer em pacientes imunocompetentes formando sítios de primo infecção disseminada em vários órgãos. Tem distribuição linfohematogênica. MÉTODOS PARA DIAGNÓSTICO PBAAR(BACILOSCOPIA) - PRINCIPAL MÉTODO DIAGNÓSTICO: bacilo álcool ácido resistente (3 amostras para forma pulmonar, uma por causa do primeiro contato e outra no dia seguinte ao despertar, mas pode pedir mais amostras se necessário). Faz diagnóstico. E também serve para controle de tratamento (feito mensalmente para avaliar resposta terapêutica). Quanto maior, maior transmissão. TUBERCULOSE 4 Quando fazer a baciloscopia? sintomático respiratório, suspeita clinica ou radiológica de TB, independente do tempo de tosse e acompanhamento e controle de curso em casos confirmados. CULTURA: demora semanas para positivar (sempre pedir). PADRÃO OURO, e demora até 8 semanas para positivar. Confirma micobacteriose, sendo necessário identificar espécie, para ver se é TB ou outra micobactéria. Pode fazer PCR, TESTE RAPIDO MOLECULAR (sai em até 30min). TESTE RAPIDO MOLECULAR (TRM-TB/GeneXpert): sensibilidade de carga viral, testa resistência a rifampicina também. Não tem boa sensibilidade para formas extra pulmonares. Resultado em 2h em ambiente ambulatorial, com uma amostra de escarro. não serve para controle de tto. Serve para diagnóstico. Fica + em até 2 anos Quando fazer? diagnostico de novos casos de TB pulmonar e laríngea em adultos e adolescentes; TB pulmonar e laringea em situações de vulnerabilidade; diagnostico de TB extrapulmonar em materiais ja analisados; triagem para ver resistência a rifampicina. A sensibilidade do TRM-TB em amostras de escarro de adultos é de cerca de 90% sendo superior à da baciloscopia. O teste também detecta a resistência à rifampicina, com uma sensibilidade de 95%. Baciloscopia: controle de TB DEVE SER FEITO NO 2°, 4° e 6° MÊS de tratamento. Se não funcionar o RHZE? prolongar tro por mais 30 dias Reação histológica: buscar reação granulomatosa para necrose caseosa. Biopsiar pleura, gânglios, ossos, pele. Serve para diagnóstico principalmente na extra pulmonar, e principalmente também para formas paucibacilares. ADA: em amostras de fluidos ajuda no diagnóstico. O aumento da AD, + idade <45 anos, predominio de linfócitos em >80% e exsdutato, confirma tuberculose pleural. PPD: não significa que tem a doença ativa - NÃO DÁ DIAGNÓSTICO. Depende de muitas variáveis, como do próprio profissional que coleta. Se <5mm não reator, se >5mm, reator. Método para testar imunidade celular. Serve para rastreio de ILTB. HIERARQUIA de diagnostico: deve buscar achados clínicos, microbiológicos, histológicos e radiológicos. TUBERCULOSE 5 Diagnostico microbiológico negativo: não exclui. A causa extrapulmonar é mais baixa a sensibilidade. PACIENTES COM HIV sempre solicitar anti-HIV em qualquer forma de TB clinica depende da contagem de CD4 Se diagnostico de HIV + TB: começa terapia antirretroviral 2-6 semanas após RIPE, quando CD4<50. CD4>350 pode esperar fim de primeira fase de tto APRESENTAÇÕES TB PULMONAR: forma pós primária mais comum, quando ocorre após reativação de uma infecção latente ocorrida há anos ou décadas atrás. Sintomas são os clássicos de TB. 1. Pulmonar primária: mais comum em crianças (ocorre em seguida ao contato com o individuo com o bacilo). Podem ter sintomas arrastados com irritabilidade, febre baixa, sudorese noturna e inapetência, onde tosse não é presente sempre. Exame físico pode não ter nada expressivo. 2. Pós primária: qualquer idade (mais comum em adolescente e jovem adulto). Tosse seca ou produtiva são comuns. Expectoração pode ser purulenta ou mucoide com sangue ou não. Anorexia e sudorese noturna são comuns. Pode ter emagrecimento. 3. Miliar: Pode ocorrer na forma primaria e secundaria de TB. Forma grave da doença, comum em HIV fase avançada. Doença crônica (idosos), febre de origem obscura também pode apresentar-se. Febre, tosse, astenia e perda de peso em + de 80%. O exame físico pode mostrar hepatomegalia (35% dos casos), alterações do sistema nervoso central (30% dos casos) e alterações cutâneas do tipo eritemato-máculo-pápulo-vesiculosas (incomum). Os bacilos podem permanecer como latentes (infecção latente pelo M. tuberculosis – ILTB ) por muitos anos até que ocorra a reativação, produzindo a chamada TB pós-primária (ou secundária). Em 80% dos casos acomete o pulmão, e é frequente a presença de cavidade.Outra forma comum é Á TUBERCULOSE 6 a miliar. AS 3 FORMA PODEM TER OS SINTOMAS CLÁSSICOS DE TOSSE SECA OU PRODUTIVA, FEBRE VESPERTINA, SUDORESE NOTURNAE EMAGRECIMENTO. Pesquisar 3 amostras de BAAR. PCR e TRM podem ser usados. Se não puder fazer coleta de escarro, avaliar broncoscopia com lavado broncoalveolar e biópsia transbrônquica. TC de tórax mostra os nódulos centrolobulares com PADRÃO ÁRVORE EM BROTAMENTO, o que sugere doença em atividade. TB EXTRAPULMONAR PLEURAL: MAIS COMUM DE TB EXTRAPULMONAR Dissemina por contiguidade (linfática ou extensão do comprometimento pulmonar) Pode não ter perda de peso, nem febre. Ocorre dor pleurítica com tosse seca e desconforto respiratório. Ocorre mais unilateral. Liquido pleural é exsudato com celularidade aumentada. BAAR é pouco positivo. IMPORTANTE DEMAIS AVALIAR O ADA, e valores >40 geralmente confirma doença. EMPIEMA PLEURAL TUBERCULOSO: É consequência da ruptura de uma cavidade tuberculosa para o espaço pleural e, por isso, além de líquido no espaço pleural, muitas vezes ocorre também pneumotórax secundário à fístula broncopleural. Clinicamente, é indistinguível de um empiema pleural por bactéria comum. Diferentemente do que ocorre na TB pleural, o rendimento da baciloscopia direta e da cultura para TB no líquido do empiema tuberculoso é alto. GANGLIONAR PERIFÉRICA: FORMA MAIS COMUM EM PESSOAS COM HIV E CRIANÇAS, MAIS COMUM <40 ANOS. pode não ter sintomas sistêmicos. Acomete cadeia cervical anterior e posterior (palpação móvel, indolor a palpação, ganglios podem se encontrar endurecidos ou amolecidos). Dissemina via linfática. QUALQUER CADEIA GANGLIONAR PODE SER AFETADA. Diagnostico se tiver FÍSTULA pode ser enviado para pesquisa e cultura, além de PCR. Quadro crônico é quando tem mais de 1 mês com linfadenomegalia febril, geralmente com fistula. SNC: alta letalidade. Pode ter comprometimento de par craniano, tuberculomas. Tem sensibilidade baixa com os testes microbiológicos e alta morbidade a abordagem cirurgica. Precisa de clinica, exames de imagem e liquor. LCR tem pleocitose, proteinorraquia muito alta, gligorraquia baixa. A meningite basal exsudativa é a apresentação clínica mais comum e é mais frequente em crianças abaixo dos seis anos de idade. Clinicamente, pode ser subaguda ou crônica (sinais e sintomas com duração superior a quatro semanas). Na forma subaguda, cursa com TUBERCULOSE 7 cefaleia holocraniana, irritabilidade, alterações de comportamento, sonolência, anorexia, vômitos e dor abdominal associados à febre, fotofobia e rigidez de nuca por tempo superior a duas semanas. Eventualmente, apresenta sinais focais relacionados a síndromes isquêmicas locais ou ao envolvimento de pares cranianos (pares II , III , IV, VI e VII ), podendo-se evidenciar sinais de hipertensão intracraniana. Na forma crônica, o paciente evolui várias semanas com cefaleia, até que o acometimento de pares cranianos faz o médico suspeitar de meningite crônica. Ocorre doença pulmonar concomitante em até 59% dos casos. Outra forma de TB do sistema nervoso central é a forma localizada (tuberculomas). Nessa apresentação, o quadro clínico é o de um processo expansivo intracraniano de crescimento lento, com sinais e sintomas de hipertensão intracraniana, sendo que a febre pode não estar presente. OSTEOARTICULAR: famoso "MAL DE POTT", geralmente na transição toracolombar (coluna torácica baixa e lombar + quadro de dor lombar, dor a palpação e sudorese noturna). Corpos vertebrais om lesos destrutivas, abscessos paravertebrais. Pode disseminar via hematogenica, linfática ou contiguidade com pleura e mediastino. Queixa é de dor lombar, evoluindo com parestesia, paraparesia, até podendo evoluir para paraplegia crural completa. GERITURINÁRIA: menos comum. dissemina via hematogenica, geralmente unilateral, podendo ter ulcerações. curda com sintomas urinários. CLINICA Forma pulmonar é principal. Apresenta tosse >3 semanas Sinais sistêmicos podem ser ausentes, especialmente na forma extra pulmonar. SINTOMAS CLÁSSICOS: tosse produtiva, hemoptise, febre, sudorese noturna. Nem sempre todos estão presentes. Ganglionar: adenomegalia crônica, pode fistulizar, sem sinais sistêmicos. faz punção com biópsia. TRATAMENTO 2 meses: fase intensiva de tratamento. Rifampicina, isoniazida, pirazinamida, etambutol. 4-10 meses: manutenção. Com rifampicina e isoniazida. TUBERCULOSE 8 QUANDO INTERNAR? neuroTB grave. Intolerância as medicações, toxicidade não controlável com hemoptise, via oral não viável. ACOMPANHAMENTO: avaliar adesão, monitoria ganho de peso, avaliar sintomas. efeitos adversos. Fazer baciloscopia mensal (se for em forma pulmonar) se ainda tiver tosse ou escarro. Espera negativar em 2 semanas após, mas pode demorar ATÉ meses para negativar. RX: pede início de tratamento e 2º mês de tratamento ou final de tratamento. A presença do bacilo no parênquima pulmonar promove a formação de um processo inflamatório granulomatoso, que pode se manifestar radiologicamente como opacidade parenquimatosa (nódulo ou consolidação), denominada foco primário ou nódulo de Ghon. LEMBRAR QUE O TRATAMENTO CAUSA EFEITOS ADVERSOS: TUBERCULOSE 9 ISONIAZIDA: depleta absorção de vitamina B6 no túbulo renal. Importante repor quando parestesia em extremidades, formigamento Mas independente de sintomas, se for gestante, desnutridos, neuropatia periférica, etilismo/DM. SE PACIENTE TIVER: alergia ou hepatotoxicidade (aumento de 3-5x as enzimas e icterícia) → suspender e depois reintroduz droga a droga. Caso quando foi reintroduzindo o paciente apresentar intolerância, pode usar esquema de 2ª linha, mas não garante mesma eficácia. Exs: levofloxacino, amiacina e estreptomicina em tempo menor. LATÊNCIA DA MICOBACTÉRIA Pode reativar a doença no decorrer da vida. Não tem sintomas e não transmite mas pode adoecer no futuro. NÃO precisa investigar todo mundo, apenas em casos de alto risco de contaminação. RISCO ALTO: contato com pessoas baciliferas, DM, drogas, HIV (risco 15x maior de reativar), drogas imunossupressoras - TRATAR! Pessoas que moram na mesma casa existem subgrupos para avalaor tratamento ou não. MORA NA MESMA CASA E TEM SINTOMAS: investigação de TB ativa TUBERCULOSE 10 ASSINTOMÁTICOS: RX e PPD ASSINTOMÁTICOS HIV+: sempre tratar ILTB. RN que mora na mesma casa ou teve contato: Pode amamentar com máscara, não contraindica o aleitamento. Crianças <10 anos: se PPD ≥5, descartando TB ativa começa profilaxia com isoniazida. Pessoas vivendo com HIV: descarta TB ativa e profilaxia. Faz isoniazida por 9 meses. Se HIV+, independente de contato se CD4<350, faz isnz. Adultos >10 anos, com PPD>5mm: pede RX, se tiver normal tratar ILTB. Se alterado, continuar investigação e se tiver +, tratamento convencional Adulto PPD ≤5mm: repete em 8 semanas. TUBERCULOSE 11 Independente de contato, se PPD >5 em pacientes HIV + OU uso de anti- TNF OU corticosteroides >15mg/dia OU préTX OU >50 anos (pode usar rifampicina) → fazer ISZ. Outras indicações com PPD >10mm → trata ILT. Situações para tratar: DM, silicose, IRC dialítico, neoplasia de CCP, outras neoplasias. Em profissionais de saúde, faz PPD anual, e se tiver incremento de 10mm faz ISZ por 9 meses. COMO TRATAR ILTB??? ISONIAZIDA, de 5mg/kg/d, fazer máximo de 300mg/dia, e tratar por 9 meses. Em pacientes com >50anos, em caso de falta de ISZ, usa rifampicina, e monitorizar hepatotoxicidade. Se paciente for fazer uso de ANTI-TNF, faz PPD antes. Se >5mm e descartar TB ativa. Se descartar, mas tem PPD >5mm, faz ISZ e monitoriza hepatotoxicidade. Após 30 DIAS usando ISZ, pode começar o biológico.