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Tributação sobre consumo no Brasil

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Tributação sobre consumo no Brasil: entenda!
Publicado em 4 de fevereiro de 2021
ok
Você já sabe que a tributação é muito importante dentro de um governo, certo? Ela serve para sustentar o Estado e torná-lo financeiramente capaz de cumprir determinadas obrigações previstas em lei. Contudo, vale lembrar que a tributação pode pesar no bolso dos cidadãos, pois através dela, transferimos indiretamente uma parte de nossa renda para o Estado.
Apesar de ser um dos assuntos mais relevantes que pode servir como instrumento para exercer a cidadania e garantir a justiça social, poucas pessoas conhecem a fundo sobre a tributação. Para ajudar no debate sobre esse tema, neste texto serão abordados os principais pontos da tributação sobre consumo: conceito de tributação, os tipos de impostos incidentes sobre o consumo, e, por fim, exemplos de organização tributária de consumo dos países da União Europeia em relação à carga tributária brasileira. Vamos lá?
O que é tributação?
De acordo com o Sistema Tributário Nacional no Art. 5°, “os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria”. Em resumo:
Os impostos são valores financeiros que incidem, indiretamente ou diretamente, sobre os bens de consumo, renda e patrimônio;
As taxas referem-se às cobranças vinculadas a uma prestação de serviço público, seja estadual, federal ou municipal. Alguns exemplos são: o fornecimento da iluminação pública, serviço de coleta de lixo e fiscalização;
As contribuições de melhorias se assemelham às taxas, diferindo apenas no destino da tributação, que está relacionado a uma ação do governo que resulta em um benefício ao cidadão e contribuinte. Um exemplo é o asfaltamento de uma rua, que tem como consequência uma maior valorização de um imóvel do morador. (BLB BRASIL)
Portanto, quando falamos de qualquer uma das três formas de financiamento do Estado, estamos nos referindo a tributos.
Para analisarmos os argumentos contra e a favor da tributação sobre consumo, é necessário, a princípio, conceituarmos as palavras “tributação” e “consumo”.
De acordo com Andrea Lemgruber, “tributo é uma contribuição compulsória que, em uma ampla definição econômica, pode ser paga em bens, serviços forçados ou dinheiro, os quais devem ser entregues pelos indivíduos a seus governos, sem direta contraprestação em termos de benefícios recebidos“. Ou seja, tributo é um pagamento obrigatório da pessoa para o governo, podendo ser pago em bens materiais, serviços comunitários obrigatórios ou em dinheiro (forma mais comum), sem desfrutar diretamente dos benefícios (obrigações do Estado frente ao contribuinte) decorrentes desses pagamentos.
E a palavra “consumo”, segundo o dicionário Português, significa “o que se utiliza; aquilo que é gasto; dispêndio” ou “uso que se faz de bens e serviços produzidos”.
Dessa forma, tributo sobre consumo significa tributações incidentes em qualquer mercadoria que tenha finalidade exclusiva de consumo.
Para saber mais…
Diferentes tipos de tributações
Existem ainda algumas características e peculiaridades das diferentes tributações: elas podem ser diretas, indiretas, cumulativas, não-cumulativas, seletivas, etc. Por agora, se faz necessário somente a diferenciação entre tributação direta e indireta, cumulativas e não-cumulativas. Para começar, vejamos a questão dos tributos diretos e indiretos.
· Tributação Direta: de forma resumida, tributação direta é quando a taxação é aplicada diretamente sobre algum bem, como renda, patrimônio ou consumo. Os exemplos são: Imposto de Renda, IPTU e IPVA.
· Tributação Indireta: acontece quando o imposto é embutido no valor final de um produto, que é repassado ao consumidor. De forma simples, é um tributo que não é explicitado na Nota Fiscal. Os exemplos são impostos na conta do telefone ou energia elétrica que se transformam em imposto indireto quando repercute no preço final do produto, bem como sobre a compra de bens de consumo (roupas, calçados, alimentos), ou seja, ICMS, IPI, PIS e COFINS, que veremos mais adiante.
Visto isso, podemos entender a diferença entre tributos cumulativos e não-cumulativos:
· Tributo cumulativo: é o tributo que incide em todas as etapas intermediárias dos processos produtivos e/ou de comercialização de determinado bem, inclusive sobre o próprio imposto/tributo anteriormente pago, da origem até o consumidor final.
· Tributo não-cumulativo: é o tributo que não incide sobre o mesmo tributo pago e recolhido na etapa anterior (PORTAL TRIBUTÁRIO).
Dessa forma, podemos afirmar que um tributo direto e não-cumulativo é considerado transparente, enquanto o tributo indireto e cumulativo é considerado não transparente. Afinal, no primeiro caso, é muito mais fácil para nós, cidadãos, identificarmos o quanto estamos pagando em tributos.
Mas afinal, para que serve a tributação?
Como dito anteriormente, a tributação tem como finalidade o financiamento do Estado. No Art. 3° da Constituição Federal, está previsto que é dever da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
Para que isso seja efetivado, o instrumento necessário é a tributação, pois é a partir dele que o Estado conseguirá financiamento para prestar esses deveres. Apesar da tributação ser considerada ilegítima para alguns autores, por se tratar de uma forma compulsória por parte dos contribuintes frente ao Estado, existem outros que defendem sua legitimidade, mas que criticam a situação atual no cenário brasileiro. 
Tipos de Impostos incidentes sobre o Consumo
Agora que sabemos o conceito de tributação, suas formas e sua finalidade, podemos conhecer os 5 tipos de tributos em vigor hoje (2020) no Brasil – no caso, de consumo: PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS.
O que é o PIS?
Criado pela Lei Complementar 07/1970, a Contribuição Para o Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), são, respectivamente, tributo que se destina a contribuições sociais para os trabalhadores dos setores privado e público. Parte dos fundos desses impostos compõem o financiamento do seguro-desemprego, programas sociais e abono salarial.
O que é a COFINS?
A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) é um tributo que se destina a seguridade social e  abrange um conjunto de políticas sociais, como a previdência social e a saúde. Conforme disposto no Art. 195 da Constituição Federal, a seguridade social é financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta, por meio dos recursos provenientes dos orçamentos da União, Estados, Distrito Federal e dos Municípios, além das contribuições sociais diversas.
O que é o IPI?
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), é um tributo indireto de competência da União incidente na industrialização de determinado bem. As alíquotas são estabelecidas na Tabela de Incidência de IPI (TIPI). Além disso, uma das características desse imposto é que ele é seletivo, no sentido de tributar mais os bens considerados supérfluos. Vale lembrar que alíquota é um valor percentual ou fixo que é utilizado para calcular o quanto de imposto uma empresa ou uma pessoa precisa pagar em determinado imposto.
O que é o ICMS?
O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) é um tributo indireto de competência dos Estados-Membros e do Distrito Federal e incide nos consumos de bens e serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Uma das características do ICMS é que, diferente do IPI, poderá ser seletivo de acordo com a necessidade do produto tributado e suas alíquotas são fixadas dependendo se a operação for interna ou interestadual.
O que é o ISS?
O Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS) é um tributo indireto de competência dos municípios edo Distrito Federal, incidente sobre serviços remunerados prestados a terceiros, que estejam especificados na Lista Anexa de Lei Complementar (LC) 116/2003 e que não sejam objeto de tributação pelo ICMS.
Em resumo….
Perceba que a conceituação de cada um, se analisarmos de forma aprofundada, é complexa e de difícil entendimento. Por isso, para fins didáticos, podemos conceituá-los assim:
· PIS/PASEP é um tributo de competência da União que destina-se aos programas de contribuições sociais para os trabalhadores privados e servidores públicos;
· COFINS é um tributo de competência da União que destina-se aos programas de seguridade social;
· IPI é um tributo de competência da União que incide sobre a taxação de determinado produto industrializado, podendo ser seletivo – tributa-se mais os bens considerados supérfluos;
· ICMS é um tributo de competência dos Estados que incide sobre a taxação da circulação de mercadorias e serviços;
· ISS é um tributo de competência dos Municípios que destina-se aos serviços prestados às outras pessoas.
Quando falamos que tal tributo é de competência de tal órgão significa que são eles os responsáveis pelas instituições desses tributos, de que forma vão incidir e se destinar.
A organização tributária de outros países e as propostas do Ministério da Economia
Agora que sabemos quais são os impostos incidentes sobre consumo no Brasil, podemos analisar a organização de outros países. Antes de mais nada vamos falar sobre o IVA, um imposto muito comum, adotado na União Europeia.
De acordo com Talita de Carvalho (2018),
“O IVA (Imposto sobre Valor Agregado) é uma proposta para simplificar a tributação sobre o consumo em apenas um tributo, isto é concentrar em apenas um imposto todas as cobranças que haveria no ciclo do consumo”.
Ou seja, é um modelo de tributação que visa a simplificação e a desburocratização dos impostos, unificando as alíquotas. No Brasil, por exemplo, o IVA equivaleria aos 5 impostos sobre consumo, tornando-os somente um.
Atualmente, o Ministro da Economia possui um interesse muito grande em aprovar esse tipo de imposto. Em julho de 2020, ele apresentou um projeto de lei que propõe a unificação dos Impostos PIS e COFINS, resultando numa fusão que daria origem a um tributo chamado CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).
Além disso, o Ministério da Economia propôs outro tipo de imposto, conhecido como Imposto Seletivo (IS), que incidiria de forma seletiva de acordo com a essencialidade do produto. Por exemplo, todos sabem que alguns produtos, como cigarro e álcool, são prejudiciais à saúde. O IS seria incidente justamente nesses tipos de mercadoria, tributando mais agressivamente os bens considerados maliciosos. Deduz-se, portanto, que a tributação pode servir como um importante instrumento estratégico para o Governo.
Veremos um pouco mais sobre essa discussão mais adiante no texto. A seguir, você pode conferir alguns exemplos de países da União Europeia que adotaram essa Organização Tributária de IVA e suas respectivas taxas:
Taxas do IVA em vigor nos países da UE e no Reino Unido
Mas afinal a tributação sobre consumo é boa ou ruim? 
Argumentos a favor
Segundo Andrea Lemgruber, a tributação em geral tem como finalidade o financiamento do Estado, e, sem ela, não haveria como o Estado prestar suas atribuições mínimas com os seus contribuintes.
Além disso, ela defende o uso inteligente da tributação, pois “a tributação exerce influência direta e indireta sobre a alocação de recursos na economia, podendo ser importante instrumento incentivador do crescimento econômico, caso utilizado corretamente”.
Acrescenta também que a tributação, politicamente, é uma forma muito próxima na relação entre um indivíduo-estado, pois os dois são dependentes um do outro. Segundo ela, economicamente, a tributação deve ser enxergada como um meio para a construção do bem-comum.
Por fim, demonstra e reconhece o quão importante é uma política tributária, se bem solidificada, dentro de determinado país. Nesse sentido, a tributação sobre consumo também é uma das formas de imposto legítimo, e pode servir para que o governo se utilize dela como um instrumento que desestimule os produtos sobre consumo considerados supérfluos e não benéficos para a sociedade – como produtos químicos prejudiciais ao meio ambiente ou produtos que fazem mal à saúde humana, como o cigarro -, ou seja, seletivo de acordo com a essencialidade.
Além disso, pode-se dizer que esse tipo de tributação aproxima ainda mais a relação do cidadão com o Estado. Afinal, estamos falando da retirada de dinheiro do bolso do cidadão para o financiamento do Estado.
Argumentos contra
Segundo Nelson Leitão,
O Brasil, caminha em sentido contrário ao indicado pela teoria econômica e pela experiência internacional. A tributação brasileira do consumo é extremamente ineficiente, com múltiplos tributos sobre o consumo e uma miríade de alíquotas tributárias, com a consequente ineficiência econômica associada.
Nesse sentido, a tributação sobre consumo no Brasil, além de ser muito complexa para ser compreendia por parte dos cidadãos, é ineficiente, justamente por ter essas características tecnicistas e muitas exceções.
Vimos, por exemplo, que o imposto pode ser cumulativo e não-cumulativo, direto e indireto, e isso ocasiona uma confusão quando não conseguimos, de fato, saber o valor real dos tributos que cada contribuinte paga, causando assim uma desconfiança entre indivíduo e Estado.
Além disso, essa tributação também encarece bastante os produtos necessários e não necessários para o consumo, diminuindo a capacidade de compra do cidadão e afetando sua autonomia financeira. Por isso, para combater a burocratização e a complexidade da tributação sobre consumo, é necessário “combater as distorções causadas pela atual estrutura fiscal [e isso] deve ser prioridade na agenda de nossa nação, uma vez que a busca pela justiça social passa, necessariamente, pela realização da justiça tributária” (GASSEN, D’ARAÚJO, PAULINO)
Nesse sentido, também é fundamental uma tributação, de fato, transparente, a “simplificação do sistema de arrecadação, com uma possível unificação dos tributos sobre o consumo em torno de um único imposto sobre o valor agregado” (GASSEN, D’ARAÚJO, PAULINO), como o IVA e o combate ao imposto não-cumulativo.
Vale lembrar que as políticas tributárias não influenciam somente a área financeira do Estado, mas também englobam, de modo geral: a moralidade, a política, a economia, a sociologia e a cidadania. Por isso, faz-se tão importante analisar cada organização de maneira em geral, por exemplo levando em conta a cultura, os costumes e as regras morais daquele país.
E qual a sua opinião sobre a tributação sobre consumo?
Não é novidade para ninguém a grande quantidade de impostos federais, estaduais e municipais que são cobrados de todas as pessoas, sejam físicas ou jurídicas. 
O Brasil está entre os países com maior taxa tributária do mundo, sendo que 38% (trinta e oito por cento) da economia nacional está destinada ao pagamento de impostos. 
Neste artigo você vai ver:
· Qual a diferença entre impostos federais, estaduais e municipais?
· A quem são pagos os impostos federais, estaduais e municipais? Para onde vão?
· Quais os tributos federais?
· Quais são os tributos estaduais?
· Quais são os tributos municipais?
Ao todo, entre impostos federais, estaduais e municipais, taxas e contribuições, o Brasil possui uma lista de 92 tributos vigentes que pode ser acessada no site do Portal Tributário. Essa lista inclui impostos, taxas e contribuições diversas. Mas qual a diferença entre esses três termos? 
As contribuições e taxas estão diretamente ligadas a prestação de algum serviço público (federal, estadual ou municipal). Como por exemplo taxas de iluminação pública, esgoto, etc. 
Já o imposto, pode ser definido como um encargo financeiro presente em todo tipo de bem de consumo, renda e patrimônio. Todos os contribuintes estão sujeitos a diversos impostos federais, estaduais e municipais que podem ser cobrados direta ou indiretamente.Como exemplo de imposto direto podemos citar o Imposto de Renda. Já como exemplos de imposto indireto, são aqueles que podem ser encontrados embutidos nos preços de todo produto que você adquire.
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
Eles também são divididos de acordo o seu destino, sendo divididos em impostos federais, estaduais e municipais. 
Qual a diferença entre impostos federais, estaduais e municipais?
Impostos Federais –  São responsáveis por cerca de 60% das arrecadações do país. São eles: IOF, II, IPI, IRPF, IRPJ, Cofins, PIS / Pasep, CSLL, INSS.
Impostos Estaduais: São responsáveis por cerca de 28% das arrecadações do país, sendo eles: ICMS, IPVA, ITCMD.
Impostos Municipais:  São responsáveis por cerca de 5,5% das arrecadações do país. São eles: IPTU, ISS, ITBI.
Entenda melhor:
Os impostos federais, estaduais e municipais são destinados a manter as suas respectivas máquinas públicas funcionando. 
Impostos federais são responsáveis por cerca de 60% (sessenta por cento) do total das arrecadações de impostos no país, sendo os que existem em maior quantidade e também são os mais reconhecidos por suas siglas. Em geral seu destino é a manutenção do Governo Federal. 
São eles: 
· II: Imposto sobre importação, para mercadorias vindas de fora do país. 
· IOF: Imposto sobre operações financeiras, para empréstimos, ações e demais ações financeiras
· IPI: Imposto sobre produtos industrializados, para a indústria
· IRPF: Imposto de Renda Pessoa Física, sobre a renda do cidadão 
· IRPJ: Imposto de Renda Pessoa Jurídica, sobre a renda de CNPJs
· Cofins: Contribuição de financiamento da seguridade social
· PIS: Programa de Integração Social
· CSLL: Contribuição social sobre lucro líquido
· INSS: Instituto Nacional do Seguro Social
Já os impostos estaduais são destinados a manutenção da administração do Governo Estadual, bem como a financiamento de serviços públicos do estado e investimentos em infraestrutura a nível estadual (escolas e faculdades estaduais, rodovias estaduais, etc). São responsáveis por cerca de 28% (vinte e oito por cento) da arrecadação total.
São eles:
· ICMS:  Impostos sobre circulação de mercadorias e serviços
· IPVA: Imposto sobre a propriedade de motores automotores
· ITCMD: Imposto de transmissão causa mortis e doação
Os impostos municipais são de ordem do município e destinados a manutenção da administração pública local, serviços, investimentos e manutenções locais. São destinados para escolas municipais, unidades de pronto atendimento, etc. São responsáveis por cerca de 5,5% (cinco e meio por cento) da arrecadação total do país.
· IPTU: Imposto sobre propriedade territorial urbana
· ISS: Imposto sobre serviços
· ITBI: Imposto de transmissão de bens imóveis
Segundo o site do Impostômetro foram gastos 153 dias do ano de 2019 apenas para pagamento de impostos e até a data do dia 14/05/2020 já haviam sido arrecadados mais 773 bilhões de reais entre impostos federais, estaduais e municipais. O ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) é o imposto com maior arrecadação independente. 
A quem são pagos os impostos federais, estaduais e municipais? Para onde vão?
Os impostos federais, estaduais e municipais são recolhidos no Brasil pelo governo e têm incidência pelo fator gerador de cada um. Por exemplo, o fator gerador do II (Imposto sobre Importação) acontece quando o produto em questão dá entrada na alfândega. 
Em geral a verba dos impostos deve ser destinada ao bem público financiando a Previdência Social, programas de seguridade social, programas públicos de saúde, manutenção da infraestrutura física do país e da infraestrutura administrativa.
Atualmente no Brasil existem três tipos de regime de tributação que dizem como os impostos devem ser pagos
Lucro Real
Utilizado geralmente por grandes empresas e multinacionais, os impostos são calculados pelo lucro líquido da empresa. Para isso é necessário que a empresa saiba exatamente qual foi o seu lucro com base no cálculo do IRPJ.
Lucro Presumido
Adotado por pessoas jurídicas que não tenham obrigação da apuração do lucro real, este regime utiliza o cálculo do IRPJ e do CLSS como base de cálculo.
Simples Nacional
Este é o regime com as alíquotas de tributação mais baixas, pois cada uma é diferenciada pelo seu faturamento. É o preferido das pequenas e médias empresas que faturam até 4,8 milhões anuais. 
Quais os tributos federais?
A lista de impostos federais é a maior entre todas, sendo que eles são responsáveis pela maior parte da arrecadação do montante total. 
· II: Imposto sobre importação
Incide diretamente sobre mercadorias estrangeiras que entram no país, sejam eles comprados pela internet ou em viagem. Quem arca com este imposto sempre é o importador. 
É calculado de acordo o que está previsto no Acordo Sobre a Implementação, com taxas variáveis. Sua função é apenas regulatória.
· IOF: Imposto sobre Operações Financeiras 
Este imposto possui diversos tipos de taxas para cada tipo de operação financeira sobre a qual ele incide e também está em alteração constante, de acordo a decisão do governo brasileiro.  
No cartão de crédito, por exemplo, o IOF só incide em caso de atraso de pagamento da fatura. Os bancos cobram uma taxa de 0,38% com acréscimo de 0,0082% por dia de atraso até a dívida ser completamente abatida. Essa é a mesma taxa que incide sobre empréstimos e financiamentos.
Já para compras feitas fora do país essa taxa sobre para 6,38%.
· IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados 
O IPI pode incidir sobre todo tipo de produto industrializado assim que ele sai da fábrica. O percentual que incide sobre o valor do produto (alíquota) pode ser variável: produtos essenciais como alimentos possuem alíquota menor que produtos supérfluos, e produtos como cigarro possuem uma alíquota mais elevada como forma de conter os danos a saúde da população. 
Entretanto alguns produtos são isentos do imposto se são industrializados por instituições de educação ou para uso próprio. 
Para calcular o IPI é necessário primeiro encontrar a base de cálculo: valor do produto + seguro + frete + demais despesas. Esse valor é multiplicado pela alíquota presente na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados
· IRPF: Imposto de Renda Pessoa Física
O IRPF é tributado sobre as pessoas físicas que tenham tido uma renda acima do teto estabelecido pela Receita. Uma vez por ano as pessoas físicas devem enviar suas declarações de rendimento para Receita Federal, onde é verificado a coerência no pagamento dos impostos. 
Após a verificação desses dados pela receita, é possível receber a restituição do imposto de renda.
· IRPJ
Semelhante ao IRPF, porém esse incide sobre as pessoas jurídicas do país e pode ser feito de forma anual ou trimestral. 
A alíquota pode variar de acordo o modelo de tributação da empresa em questão, mas geralmente gira em torno de 15% do lucro. Em alguns casos, como em fusões de empresas, pode acontecer um adicional de 10%. Isso acontece quando o lucro da empresa é maior que o valor de cada parcela multiplicado pela quantidade de meses e também maior que vinte mil reais. 
· Cofins
A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social foi criada em 1991, incide sobre todas as pessoas jurídicas do país (exceto as optantes do Simples Nacional) e é calculado sobre a receita bruta das empresas. Sua arrecadação é destinada a projetos de segurança social como aposentadoria, saúde pública, previdência social e programas de assistência social. 
Embora seja pago junto ao imposto do PIS, esses são dois tributos diferentes e falaremos mais do segundo logo abaixo. 
Existem duas formas de se calcular a sua Cofins:
1. Pelo recolhimento cumulativo: Para as empresas que utilizam o regime de lucro presumido a alíquota é firmada em 3% e não são descontados os créditos tributários inclusos em despesas.
2. Pelo recolhimento não cumulativo: Este modelo é utilizado para as empresas que utilizam o regime de lucro real e aqui podem ser descontados os créditos tributários inclusos em despesas. Nestecaso o valor do recolhimento fica em torno de 7,6%
Entretanto, no caso de pessoas jurídicas que trabalhe com importação a alíquota aplicada é de 9,65% para a Cofins-Importação.
· PIS
O Programa de Integração Social é um imposto que é recolhido junto ao Cofins, por isso muitas vezes são confundidos ou considerados a mesma coisa. Porém, enquanto o Cofins se destina a seguridade social, o PIS é destinado ao pagamento do abono salarial de mesmo nome. 
O PIS segue as mesmas regras de recolhimento cumulativo ou não cumulativo da Cofins. Sendo que na primeira modalidade inclui-se junto a Cofins a alíquota de 0,65% e na segunda modalidade soma-se a alíquota de 1,65%. 
Para importações acrescenta-se a alíquota de 2,1%
· CSLL
A Contribuição Social sobre Lucro Líquido é instituída pela lei n° 7.689/1988 e incide sobre todas as pessoas jurídicas do país. As regras aplicadas para apuração são as mesmas do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) que falamos acima.
Entretanto a alíquota e a periodicidade podem variar de acordo o regime de tributação da empresa: 
Simples Nacional: Pelo Simples Nacional o recolhimento acontece mensalmente pela guia do DAS, sem seguir as alíquotas de 9% ou 15%.
Lucro Real: Neste caso a apuração acontece a cada três meses, após os rendimentos do período serem apurados e são ajustadas pelo LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real).
Lucro Presumido: Neste regime a tributação também acontece trimestralmente. Após ser apurado o faturamento do período utiliza-se a alíquota de presunção do lucro que pode ser de até 32% para serviços gerais e 12% para o ramo imobiliário, industrial, comercial ou hospitalar. Em seguida aplica-se sobre o valor encontrado na presunção a alíquota de 9% ou 15% para encontrar o valor a ser pago.
Para quem é MEI, esse imposto está incluso na guia DAS-MEI.
· INSS
O imposto referente ao INSS é destinado a Previdência Social e é uma obrigação das pessoas jurídicas. O não recolhimento desse imposto pode acarretar em medidas como multas e uma série de problemas com a Receita Federal. 
Para empresas optantes pelo Simples Nacional o INSS é recolhido junto com a DAS. Já as empresas que optam pelo regime de lucro real ou pelo regime de lucro presumido recolhem a alíquota de 31%, sendo 11% do colaborador e 20% do empregador.
Para quem desempenha atividades como MEI o recolhimento se dá por meio da DAS-MEI e seu valor pode oscilar entre R$50,90 até R$55,90, de acordo a categoria.
Quais são os tributos estaduais?
Os tributos estaduais são de responsabilidade das unidades da federação, isto é: os estados e o Distrito Federal. São eles
· ICMS
O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços é o imposto com maior volume de arrecadação do Brasil, justamente pelo seu amplo fator gerador. Ele incide em todo tipo de produto e serviço prestado e é cobrado de forma indireta, tendo seu valor embutido nos bens de consumo ou no serviço prestado. 
Para calcular esse imposto basta aplicar sua alíquota ao produto ou serviço em questão, entretanto é importante frisar que cada estado pratica uma alíquota diferente. Por isso é preciso verificar qual a alíquota correspondente em seu estado.
No caso de comércios interestaduais aplica-se o Diferencial de Alíquota (DIFAL) que visa reduzir a desigual arrecadação entre os dois estados envolvidos. 
· IPVA
O Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores incide sobre a posse de veículos e sua alíquota é definida pelos seus respectivos estados.
· ITCMD
Chamado de Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação é um imposto que deve ser pago nas situações de transmissão de heranças ou doações. Os contribuintes são descritos nas leis dos seus respectivos estados, assim como a alíquota. 
A alíquota entretanto, possui um valor máximo de 8%, firmado pelo Sena
Quais são os tributos municipais?
Os impostos destinados aos municípios são os seguintes: 
· IPTU
O Imposto Predial e Territorial Urbano é o imposto ligados as propriedades presentes no meio urbano e cobrado anualmente pelos municípios dos proprietários de casas, prédios e estabelecimentos comerciais. 
O imposto é cobrado por propriedade e não por contribuinte, o que significa que se um contribuinte possui dez imóveis, ele pagará dez IPTUs.
Podemos citar ainda relacionados a este imposto outros dois: o ITU (Imposto sobre Território Urbano) e o ITR (Imposto sobre Território Rural). Que incidem sobre terrenos vazios em território urbano e a propriedades rurais fora do perímetro urbano. 
O IPTU é reajustado anualmente considerando a valorização da propriedade e pelo valor de venda e pode ser pago a vista ou em parcelas. 
· ISS
O Imposto Sobre Serviços é recolhido pelos municípios e Distrito Federal e incide sobre os serviços elencados na Lei 11.438/1997 e a Lei Complementar 116/2003. Uma breve lista dos serviços inclui, mas não se restringem a: serviços veterinários, de informática, de reparo, de engenharia, planos de saúde, etc.
Para quem é MEI o valor do imposto já está incluso na DAS-MEI.
· ITBI
O Imposto de Transmissão de Bens Imóveis está previsto no Inciso II do Artigo 156. A alíquota deste imposto pode variar de acordo os municípios chegando até a 3% sobre o valor da base de cálculo, que neste caso seria o valor de venda definido pelo governo para o imóvel.
A reforma tributária tem como objetivo simplificar, facilitar e melhorar o sistema tributário brasileiro, gerando impactos positivos na produtividade e no crescimento do país.
O que é reforma tributária 2021? 
 
Reforma tributária é a proposta do Governo Federal para simplificar o sistema tributário brasileiro extinguir tributos como o PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por um Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS).  A reforma busca modernizar a arrecadação de tributos e impostos para favorecer a competitividade das empresas.
O sistema tributário ideal é aquele que preserva o equilíbrio na concorrência, garante a competitividade das empresas e favorece o desenvolvimento das competências e vocações do país.
Ter um sistema tributário eficiente é fundamental para aumentar a competitividade das empresas e, assim, acelerar o ritmo de crescimento econômico do Brasil, gerando emprego e renda para a população.
A demanda da sociedade brasileira por uma reforma tributária existe há, pelo menos, três décadas. Em 1995, quando o termo Custo Brasil foi debatido pela primeira vez, em um seminário da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o cipoal tributário já era considerado o grande vilão do setor produtivo. Desde então, além de a carga tributária ter subido de 27% para 33% Produto Interno Bruto (PIB), o sistema de cobrança de impostos tornou-se ainda mais complexo.
Recente estudo elaborado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), com apoio de associações setoriais da Indústria, demonstrou que o Custo Brasil consome, anualmente, das empresas cerca de R$ 1,5 trilhão -- o equivalente a 22% do PIB nacional. O levantamento demonstra que empresas brasileiras dedicam, em média, 38% mais de seus lucros para pagar tributos do que companhias da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
 
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O que é Reforma Tributária ?
Quais são as propostas atuais da reforma tributária? 
Por que a reforma é necessária?
Quais os benefícios da reforma tributária? 
O que é custo tributário?
Quais pontos da reforma são defendidos pela indústria? 
O que muda com a reforma tributária?
 
A principal mudança da primeira fase da reforma tributária é o rearranjo dos impostos pagos atualmente por meio da simplificação: a unificação do PIS (Programa de Integração Social) e do Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), em um tributo de valor agregado, o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).
A proposta do CBS é substituir PIS/Pasep sobre a folha, PIS/PASEP sobre importação, PIS/PASEP sobre receitas, Cofins sobre importação e Cofins sobrereceitas em um único imposto. Essa proposta é limitada aos tributos federais sobre consumo. Os impostos municipais e estaduais sobre consumo e serviços (o ISS e o ICMS) não estão incluídos.
Com isso, o governo espera acabar com as cobranças diferenciadas para vários setores, possibilitando um ambiente de negócios mais favorável e eficiente para a economia brasileira. Isso facilita a tributação de bens e serviços para as empresas e resulta em transparência.
Para a CNI, o modelo é essencial para gerar competitividade na indústria e incentivar o crescimento econômico.
 
 
O que muda no IR com a reforma tributária?
 
Sobre a Reforma do Imposto de Renda a PL 2.337/2021 enviada ao Congresso em junho de 2021, ela busca avanços na tributação da renda de famílias e empresas com mudanças para diminui a cobrança de imposto de renda dos trabalhadores, estimula o investimento nas empresas
 
Quais os principais pontos da reforma tributária?
 
Um dos principais fatores positivos da reforma tributária é relacionado à transparência. Com a reforma, a população vai saber o quanto paga de imposto em cada produto e serviço. Todas as etapas da reforma estão alinhadas à modelos mais transparentes e que gerem mais eficiência ao sistema de arrecadação.
Após a implementação da primeira fase, de unificação dos impostos PIS e Cofins, serão sugeridas as demais partes da proposta de reforma.
A segunda etapa envolverá outra simplificação, a do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que é gerado às indústrias e estabelecimentos equiparados aos industriais. 
Na terceira fase entrarão os Impostos de Renda para pessoas físicas e jurídicas. Nela, a ideia é reduzir a tributação sobre as empresas e instituir cobrança sobre dividendos, criando mecanismos para desestimular a “pejotização” (ato de manter empregados por meio da criação de empresa) no mercado.
Por último, um debate sobre a desoneração da folha de salários das empresas e a criação da nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Para isso, o governo discute a criação de um imposto sobre transações financeiras para viabilizar a perda de arrecadação com a folha.
 
EDUCAÇÃO
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Quais são as propostas atuais da reforma tributária? 
 
Atualmente, existem três propostas principais para a reforma tributária no Brasil. Uma é de autoria da Câmara dos Deputados (PEC 45/2019), outra é do Senado Federal (PEC 110/2019) e a última do Governo Federal (PL 3887/2020). 
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal instalaram, em fevereiro de 2020, a Comissão Mista da Reforma Tributária, formada por 25 deputados e 25 senadores, para unificar as duas propostas do Congresso Nacional (PEC 45/2019 e PEC 110/2019).
 
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Câmara dos Deputados - PEC 45/2019
 
Baseada no projeto idealizado pelo economista Bernard Appy, a proposta da Câmara dos Deputados substitui cinco tributos já existentes (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), nos moldes dos impostos sobre valor agregado (IVA) cobrados na maioria dos países desenvolvidos.
Essa alíquota uniforme do IBS será uma única alíquota para tributar todas as operações com bens e serviços que tenham como destino determinado estado ou município.
Além disso, a proposta também prevê o IBS com crédito financeiro e tributação no local de destino, crédito imediato nas aquisições de bens destinados a ativo imobilizado (investimentos), manutenção do tratamento favorecido hoje às micro e pequenas empresas, além de não haver previsão de incentivos fiscais.
 
Senado Federal  - PEC 110/2019
 
A proposta de reforma tributária do Senado Federal substitui nove tributos já existentes (IPI, IOF, PIS, Pasep, Cofins, CIDE-Combustíveis, Salário-Educação, ICMS e ISS) pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), nos moldes dos impostos sobre valor agregado (IVA) cobrados na maioria dos países desenvolvidos. A alíquota do IBS poderá variar de acordo com cada produto e cada serviço, mas deve ser a mesma em todo o território nacional.
 
Governo Federal  - PL 3887/2020
 
A proposta cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), em substituição ao PIS/Pasep e à Cofins, que deverão ser extintos.
A alíquota da CBS será de 12% para empresas em geral e de 5,9% para entidades financeiras como bancos, planos de saúde e seguradoras.
As empresas optantes pelo regime do Simples Nacional seguirão com o tratamento tributário favorecido. Contudo, o crédito transferido será baseado no valor efetivamente pago pelas empresas do Simples.
 
Quando começa a valer a reforma tributária?
 
A proposta do Governo Federal(PL 3887/2020) prevê o prazo de seis meses, a partir da publicação da lei, para que o novo tributo de  Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) entre em vigor.
A primeira parte da proposta foi apresentada pelo governo federal no dia 22 de julho de 2020. 
 
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Porque a reforma tributária é importante? 
 
A reforma tributária é necessária porque o sistema tributário atual dificulta o crescimento econômico e social do país, pois eleva os custos das empresas, prejudica a competitividade, penaliza os investimentos e traz insegurança jurídica. Além disso, impõe uma clara desvantagem aos produtos nacionais frete a competição no mercado externo.
Em um sistema mais simples, há a redução expressiva dos custos para investimentos e para as empresas produzirem mais e melhor, o aumento da qualidade e a redução dos preços dos produtos e serviços disponíveis ao cidadão, além da geração de renda e empregos no país. 
Os defeitos do nosso sistema tributário prejudicam, sobretudo, o setor industrial, que enfrenta a concorrência externa e está sujeito a carga tributária mais elevada que os demais setores.
Com uma participação de 20,9% na economia brasileira, a indústria é responsável por 33% da arrecadação de impostos federais e por 31,2% das contribuições à Previdência. 
Na disputa de mercado, as empresas estrangeiras muitas vezes têm dificuldade de entrar no mercado brasileiro, pois o que elas conhecem de tributação dos outros países não vale aqui. Isso exige grande esforço da parte delas para se adaptarem. 
No Brasil, incidem sobre consumo o ICMS, ISS, IPI, PIS/Pasep e Cofins, mas na maior parte dos outros países, somente o Imposto sobre o Valor Adicionado (IVA). Além disso, cada um dos 27 estados tem suas regras próprias de ICMS, e cada um dos 5.570 municípios tem regras particulares de ISS.
 
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Quais os benefícios da reforma tributária? 
 
Os principais impactos positivos de uma reforma tributária para o Brasil são: 
 
1. Intensificação do crescimento da economia;
2. Redução de custos;
3. Maior atração de investimentos ao país;
4. Mais segurança jurídica;
5. Geração de emprego e renda;
6. Maior competitividade no mercado interno e externo;
7. Favorece o empreendedorismo e o ambiente de negócios;
8. Menos burocracia e diminuição da carga tributária;
9. Mais transparência: a população vai saber o quanto paga de imposto em cada produto e serviço.
 
O que é custo tributário?
 
O relatório Competitividade Brasil 2019-2020 elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) coloca o Brasil na 17ª posição na comparação com outras 18 economias com características similares à brasileira.
O estudo avaliou fatores que impactam diretamente os negócios internos e externos dos 18 países, como Ambiente Macroeconômico, Ambiente de Negócios, Educação, Estrutura Produtiva, Escala e Concorrência, Financiamento, Infraestrutura e Logística, Tecnologia, Inovação, Trabalho e Tributação.O Brasil ​​​​​​emperrou no penúltimo lugar em Tributação. A pesquisa demonstrou que investir no Brasil custa mais caro do que investir em outros países.
Para se ter uma ideia, estudo da CNI, feito pela E&Y, revela que o custo de instalação de uma siderúrgica no Brasil tem um acréscimo de 10,6% devido aos impactos diretos e indiretos dos tributos sobre bens e serviços. Em outros países, esse custo é muito menor.
A cumulatividade também prejudica a alocação dos recursos na economia. Muitas vezes, a organização das cadeias produtivas segue critérios para minimizar o efeito da cumulatividade e não critérios para maximizar a eficiência.
O nível de cumulatividade no Brasil está entre 8% e 10% do preço dos produtos para a maioria das atividades econômicas. Segundo a CNI, em 2015, 6,45% da carga tributária total gerada pelo atual sistema foram recolhidos por meio de incidências cumulativas.
Com relação aos reflexos da complexidade do sistema tributário sobre a insegurança jurídica, estudo recente do Insper aponta que, em 2019, as disputas tributárias representaram cerca de R$ 5 trilhões, o que equivale a 73% do PIB nacional.
O grande número de tributos, os diferentes métodos de apuração, as incertezas associadas ao “crédito físico”, as constantes alterações de regras e a grande quantidade de exceções fazem com que o recolhimento e a fiscalização tributária sejam extremamente complexos e custosos. 
 
Quais pontos da reforma são defendidos pela indústria? 
 
Unificação de tributos
O setor industrial apoia uma reforma ampla, englobando tributos dos três níveis de governo. É preciso unificar os tributos sobre consumo, com a substituição de PIS/Cofins, IPI, ICMS, ISS e IOF por um único imposto do tipo IVA, de abrangência nacional. O novo imposto deve ter base ampla de incidência, tanto sobre bens como sobre serviços.
 
Alíquota uniforme do IVA
O IVA deve ter alíquota uniforme para todos os bens e serviços com legislação e regulamento unificados nacionalmente. A adoção da alíquota uniforme do IVA é fundamental para distribuir melhor a carga tributária entre os setores econômicos e para evitar disputas judiciais sobre o enquadramento dos bens e serviços em diferentes alíquotas.
 
Não aumento da carga tributária
É necessário evitar que a reforma aumente a carga tributária total. A carga tributária brasileira, de 33,3% do PIB, é das mais elevadas do mundo e a mais alta entre os países em desenvolvimento, que, em média, têm carga de 26% do PIB.
 
Direito a crédito amplo no IVA
É preciso garantir a aplicação do “crédito financeiro”. Assim, todo o IVA que incidir em uma etapa da circulação de mercadorias e serviços possa ser abatido na etapa posterior. Essa mudança é fundamental para combater o problema da cumulatividade, que é o principal entrave tributário à competitividade das empresas brasileiras, tanto nas exportações, como na disputa com o produto importado.
 
Restituição ágil dos saldos credores
Quando as empresas tiverem saldo credor do IVA, o Governo deve fazer a restituição de forma rápida, dentro de um prazo máximo estabelecido no novo sistema, preferencialmente inferior a 60 dias, como ocorre em diversos países que adotam o IVA. Essa medida é importante para se evitar o acúmulo de créditos tributários, que representam custos financeiros para as empresas.
 
Desoneração completa de exportações e investimentos
O IVA não pode incidir sobre as exportações. Atualmente, devido às nossas regras tributárias, empresas brasileiras possuem custos bem maiores do que os dos competidores internacionais, o que torna o produto brasileiro enviado ao exterior menos competitivo. Além disso, o investimento precisa ser desonerado. O crédito do IVA para aquisições de bens do ativo imobilizado deve ser imediato, inclusive na fase pré-operacional.
 
Tributação no destino
A receita do tributo sobre consumo deve ser totalmente destinada ao estado e ao município de destino. Essa medida facilita que as exportações sejam completamente desoneradas, elevando a competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo. Outro resultado positivo é o entrave aos embates entre os estados, conhecido como guerra fiscal.
 
Período de transição
 
Transparência
Para dar transparência ao sistema tributário e permitir que consumidor saiba o quanto está pagando de impostos em cada compra, o setor defende que o IVA não incida sobre ele mesmo (adoção do cálculo “por fora”) e sobre nenhum outro tributo.
 
Simples Nacional
Deve-se garantir a manutenção do tratamento tributário favorecido às micro e pequenas empresas, com possibilidade de as empresas optarem pela apuração do IVA, com apropriação e transferência dos créditos.
 
Desenvolvimento regional
É essencial a instituição de um Fundo de Desenvolvimento Regional, integralmente destinado ao fomento a atividades produtivas e investimentos em infraestrutura econômica. É necessário também manter o tratamento tributário favorecido à Zona Franca de Manaus. O modelo permitiu a constituição de um sofisticado parque industrial na região e sua suspensão teria consequências socioeconômicas e ambientais.
 
Imposto Seletivo
É preciso que seja aplicado somente a produtos que se deseja desestimular o consumo. Não deve incidir sobre insumos da cadeia produtiva, para que não gere cumulatividade.
 
Princípios do sistema tributário: 
 
Simplicidade
Permite que o contribuinte pague os tributos e cumpra as obrigações acessórias com facilidade e segurança jurídica. 
 
Neutralidade
Impede que a tributação crie distorções no ambiente de negócios e altere preços relativos de produtos ou serviços.
 
Transparência
Permite que os contribuintes saibam o quanto estão pagando de tributos ao comprar um produto ou serviço. 
 
Isonomia
Estabelece tratamento equivalente para empresas semelhantes e divide o ônus de forma justa entre os agentes econômicos.
Afinal, o que é taxa?
Existem várias espécies de taxa que os cidadãos conhecem (taxa de coleta de lixo, taxa bancária, taxa de matrícula, etc.), mas nem tudo o que chamamos de taxa é um tributo. Essa espécie tributária apenas se caracteriza como tal quando é cobrada e instituída pelo Poder Público (União, Estados, DF e Municípios). Assim, excluímos de pronto as taxas bancárias, as taxas de matrícula e quaisquer outras que decorram da prestação de um serviço privado. A taxa, como um tributo, sempre pressupõe a existência de uma atividade pública, ou seja, que tenha iniciativa do Poder Público.
Do que se trata a contribuição de melhoria?
A contribuição de melhoria é um tributo que pode ser exigido pelo Poder Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) quando houver (1) a realização de uma obra pública e (2) uma valorização imobiliária decorrente desta obra. Sem estas duas características, ou então ocorrendo somente uma delas (apenas a obra pública ou a valorização), não é possível criar uma contribuição de melhoria. A finalidade desse tributo é custear a obra pública.

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