Atividade Individual - Economia Empresarial - FGV 2021

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ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios 
Aluno/a: Ana Carolina de Assis Santana 
Disciplina: Economia Empresarial 
Turma: 1121-1_19 
INTRODUÇÃO 
Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais. 
 
Ninguém poderia imaginar que um dia o mundo inteiro iria parar. Pessoas 
hospitalizadas por dias, falta de leitos e oxigênio, confinadas em suas casas, com 
medo de ir até ao supermercado e serem atacados por um inimigo invisível. Muitos 
rumores, medos, inseguranças, descaso de alguns líderes mundiais, poucas 
pesquisas e pessoas egoístas sem pensar no próximo e no meio ambiente, o caos 
estava generalizado. Isso até parece um filme de Hollywood de ficção científica, 
mas essa foi a realidade global a partir de dezembro de 2019. 
 
As pessoas começaram a fazer compras online inicialmente para adaptação e 
posteriormente para suprir o tédio, mas chegou em um ponto em que aquele 
consumo não fazia mais sentido, o olhar tornou-se essencial para os alimentos e o 
meio ambiente. 
 
A valorização do meio ambiente e sustentabilidade, já era um assunto que vinha 
sendo discutido de uma maneira bem tímida pelo setor privado, que tomou 
destaque quando todos nós sentimos na pele a privação de coisas básicas que 
nunca demos valor no cotidiano – sol, barulho da chuva, vento no rosto, caminhada 
no parque, almoço em família etc. 
 
Muito tem se falado e pouco praticado. A expressão sustentável aparece em 1972 
no relatório “The Limits to Growth 1”. Esse documento a declarou que nos próximos 
cem anos o planeta estaria esgotado se não acontecesse uma remodelação, em 
escala global, da industrialização, taxa de natalidade e exploração de recursos 
naturais. 
 
Este ano também foi marcado pela Conferência das Nações Unidas sobre o 
Ambiente Humano, em Estocolmo (Suécia), pós Segunda Guerra Mundial e 
industrialização. Neste evento foram estabelecidos 19 princípios que defendem e 
 
 
 
 
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preservam o meio ambiente para motivar gerações atuais e futuras a viverem em 
equilíbrio com o meio ambiente. 
 
O conceito de desenvolvimento sustentável veio em 1983, através a Comissão 
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, em que a ex-Primeira 
Ministrada da Noruegua, Gro Harlem Brundtland, presidiu e publicou o relatório 
“Our Common Future”, onde a pauta ambiental tornou-se global. 
 
Cúpula da Terra, ou mais conhecida como Eco 92 (Rio 92), no Rio de Janeiro foi um 
evento de extrema importância, com ele nasceram documentos, que se tornaram 
os primeiros planos para a preservação do meio ambiente e desenvolvimento 
sustentável como a Agenda 21 (concilia economia com desenvolvimento 
sustentável). A Agenda 21 incluiu o debate “a pobreza e a dívida externa dos países 
em desenvolvimento” e “os padrões insustentáveis de produção e consumo” 
 
A 3 ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças 
climáticas, aconteceu em Kyoto, Japão, em 1997. Onde foi estabelecido o famoso 
Tratado de Kyoto com 141 países assinantes. Este é responsável pelo controle da 
emissão de gases de efeito estufa (CO²) na atmosfera, além de trazer a 
possibilidade de comércio do carbono com participantes que estivessem abaixo das 
metas de emissão. 
 
Em 2021, ainda na pandemia do coronavírus, em um período mais controlado, 
ocorreu em novembro o COP26, em Glasglow. O encontro teve pontos positivos e 
negativos dentre eles: foi acordado a redução gradativa do uso de carvão e 
combustíveis fósseis, onde Irã e Índia não deram a aprovação; países 
desenvolvidos negando auxílio a países em desenvolvimento vulneráveis ao clima. 
 
A seguir iremos analisar o impacto da pandemia no setor de sustentabilidade, 
contextualizando o setor e trazendo índices para análise macro e microeconômica 
no Brasil. 
 
CONTEXTO DO SETOR 
Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais 
indicadores necessários à contextualização. 
 
Segundo a Comissão de Brundtland, sustentabilidade é: “O desenvolvimento que 
encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras 
gerações de atender suas próprias necessidades.” O desenvolvimento sustentável 
foi definido na ECO 92 baseado nos pilares ambientais, sociais e econômicos. 
 
 
 
 
 
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Pré-pandemia, a sustentabilidade era considerada tendência para o ano de 2020, 
conforme a IBM os consumidores estavam predispostos a pagar 35% a mais em 
produtos e serviços sustentáveis. Porém o cenário mudou com a chegada do 
coronavírus. 
Conforme artigo do Fórum Econômico Mundial, em 33 anos (entre 1980 a 2013), 
foram registrados 12.012 surtos de doenças, atingindo 44 milhões de casos no mundo 
todo. O desmatamento desgovernado é responsável por 31% dos surtos como Ebola 
e vírus Zika. E mesmo com fatos e pesquisas o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, 
continua com uma política negacionista, de diplomacia pessoal, com sem plano de 
sustentabilidade e negligência com a população. 
 
Muitas pessoas mudaram-se para cidades menores onde gastavam menos, 
poderiam ter maior liberdade ao ar livre em seus quintais e continuar trabalhando 
remotamente, mas infelizmente não era a realidade para todos. A desigualdade 
social foi escancarada, com a falta de políticas sociais, pouco investimentos em 
hospitais e má distribuição de renda. Os jornais não tinham tantos fatos para 
mostrar e foi onde jogou na cara da sociedade a cruel realidade de muitos 
brasileiros que passaram da pobreza para a miséria durante a pandemia. 
A situação no Brasil chegou nas entranhas da sociedade, famílias inteiras que antes 
moravam favelas foram para as ruas, pessoas famintas, desesperadas procurando 
no lixo ossos para poder fazer comida e sem condições de comprar medicamentos. 
 
 
ANÁLISE MACROECONÔMICA 
Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise. 
 
Muitas incertezas, diversas mudanças devido ao coronavírus e suas variantes 
trouxeram resultados negativos em curto prazo para a economia global. Ao 
analisarmos a variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro dos últimos 
semestres, de 2018 a 2021, podemos verificar essa instabilidade. 
 
Antes da pandemia o cenário brasileiro estava estável, a partir do primeiro trimestre 
de 2020 podemos ver uma queda drástica do PIB, resultante das medidas de saúde 
pública para controle do coronavírus, altos gastos do governo para atender alta 
demanda de hospitalizações, concessão de auxílio emergencial e queda na balança 
comercial - como as fronteiras estavam bloqueadas, importação e exportação foram 
afetadas. 
 
 
 
 
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Fonte: IBGE 
 
A partir do segundo semestre de 2020, mais estudos e pesquisas trouxeram maior 
segurança e meios de se proteger contra o vírus, ainda com restrições e confinamento 
principalmente de pessoas consideradas grupo de risco, a economia começa a se 
reerguer timidamente. Com medidas aplicadas para preservação de emprego e renda 
houve intervenção maciça do governo na economia para ajudar a preservação das 
rendas das as famílias mais necessitadas e desempregadas, no Brasil. 
 
Em 2021, o PIB dispara em função da retomada de importações, já que 
países europeus e asiáticos estavam vacinando a população e abrindo fronteiras para 
importação e exportação; juntamente com o retorno ao trabalho no Brasil, mesmo 
que de forma híbrida. Mais uma oscilação surge no segundo semestre de 2021 
ocasionada pelo surgimento de mais duas variantes, acarretando retração econômica 
mundial e bloqueio de fronteiras para os países mais afetados, prejudicando 
internamente o Brasil. 
 
 
 
 
 
 
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Os principais setores do PIB no segundo semestre foram: 
● Agropecuária: -2,8% 
● Indústria: -0,2% 
● Serviços: 0,7% 
● Consumo das famílias: zero 
● Consumo do governo: 0,7% 
● Investimento (FBCF): -3,6% 
● Importação:-0,6% 
● Exportação: 9,4% 
● Construção: 2,7% 
● Comércio: 0,5% 
 
Segundo a CNN Brasil Business o país fechou o terceiro semestre de 2021 com uma 
queda de 0,1%, após dois trimestres seguidos de recessão. Ocasionado 
principalmente pela redução no agronegócio (- 8%) que sofreu com a crise hídrica e 
agora com o excesso de chuvas, elevação dos custos de produção que foram afetados 
pela energia elétrica e combustível que sofreram reajustes e retaliação de alguns 
países que focam em agropecuária sustentável - atual governo não tem interesse na 
preservação do meio ambiente. Apesar de uma participação menor comparado aos 
setores de serviço e indústria, em valores monetários a agropecuária representa 
27%. 
 
 
Fonte: Participação de setores no PIB / CNN 
 
 
 
 
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A coordenadora do Boletim Macro e pesquisadora da Economia aplicada da FGV, 
Silvia Matos, diz que os resultados no setor de serviço, que representa 70% do PIB, 
atingiu 1,1%, já indústria estagnou a 0%. A economia está normalizando com a 
reabertura, porém esperavam que fosse mais forte. 
 
O confinamento também afetou a inflação, alta demanda da população e pouca oferta 
do mercado que estava paralisado com as medidas sanitárias de distanciamento 
social aplicadas. 
 
 
Fonte: IBGE 
 
“Inflação e taxa de juros com certeza impactam, a demanda por serviços cresceu e 
ajudou a manter o consumo, mas tivemos uma queda expressiva na demanda por 
bens duráveis e não duráveis, alimentação, como explica esses dados? Inflação. Foi 
muito alta no período” Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro e pesquisadora 
da Economia Aplicada do FGV IBRE 
 
Mesmo neste momento de retomada em que estamos faltam insumos básicos para 
linha produção; e a regularização do fornecimento levará algum tempo até conseguir 
atingir os níveis pré-pandemia. A cada nova variante que surge do Covid-19 os índices 
sobem, o resultado deste cenário é o aumento dos preços e um menor poder de 
compra para as famílias brasileiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fonte: IBGE 
 
Como é de se esperar após os dados apresentados o desemprego também está alto 
e segundo a professora Juliana Inhasz, do Insper, há um dinamismo econômico 
tímido nos últimos meses, mesmo com o crescimento de vagas temporárias de 
emprego no fim do ano. 
 
As projeções para 2022 indicam crescimento próximo a 0%, e provavelmente inflação 
em alta e economia estacionada, chamado de estagflação. 
 
ANÁLISE MICROECONÔMICA 
Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual 
pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional. 
 
Em 2021, presenciamos dois encontros com líderes das principais economias para 
discutirem sobre meio ambiente - Cúpula de Líderes sobre o Clima, realizada pelo 
presidente norte americano Biden e UN COP26 (United Nations Change Conference) 
onde todos perceberam oficialmente as dimensões da crise climática que estamos 
em um momento crítico de saúde pública mundial, provavelmente gerada por mau 
uso do meio ambiente. 
 
Alguns países não se comprometeram com metas, já outros como os EUA e 
Inglaterra terão grandes investimentos em energia renovável, carros elétricos, 
redução da emissão de carbono, entre outros. 
 
A relação diplomática do Brasil com a maioria dos países participantes destes 
encontros é preocupante, já que não estamos cumprindo com os compromissos 
 
 
 
 
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ambientais, tais como, queimadas e desmatamento; podemos sofrer retaliações 
econômicas ainda maiores do que as que tivemos no ano passado. 
 
Nos pós pandemia um dos principais setores econômicos do PIB, agronegócio 
precisará tomar ações concretas de desenvolvimento sustentável. Marcelo Morandi, 
chefe da Embrapa Meio Ambiente afirmou que sustentabilidade não é mais uma 
opção; e economia circular, bioeconomia, e economia verde irão interferir na 
produção e consumo. 
 
No país alguns estados como São Paulo, Santana Catarina, Distrito Federal e Paraná 
estão analisando meios de incentivar e implementar negócios ESG (Environment, 
Social and Governance), que são fatores analisados por investidores para verificar 
possíveis riscos e potencial de crescimento 
 
A vice-presidente da TCFD, Denise Pavarina afirma "Nós descobrimos que as 
empresas que comunicam sua resiliência climática aos investidores têm uma 
vantagem competitiva sobre aquelas que não o fazem" além de que “Essas 
informações contribuem para que os usuários avaliem melhor seus riscos de 
investimento ou concessão de empréstimos e também ajudam a medir os progressos 
em suas metas." 
 
No artigo da mestre em comunicação semiótica pela PUC, Sabina Deweik, “Covid-19: 
Um Reset Rumo à Abundância”, baseado na manchete do New York Time “Capitalism: 
Time for a Reset” fica muito claro que agora é o momento de consciência e mudança 
para novos valores do poder. Onde a sociedade sentiu a necessidade e passou a 
cobrar do mercado soluções para um consumo responsável, tirando as empresas da 
zona de conforto que deverão ir além da maximização de lucros. 
 
A Mastercard realizou um estudo global de desenvolvimento sustentável e constatou 
que a pandemia tornou as pessoas mais cientes sobre o meio ambiente. A pesquisa 
revelou que em torno de 85% dos brasileiros estão mais conscientes do seu impacto 
no meio ambiente e passaram a considerar importantes campanhas que atuam de 
forma sustentável. Além de descobrirem que há um grande engajamento com 
retornos interessantes através das redes sociais. A Mastercard atendendo as 
demandas de mercado realizou uma coalizão e compromete-se a plantar cem milhões 
 
 
 
 
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de árvores em cinco anos como uma resposta de sustentabilidade, conforme 
infográfico: 
 
Fonte: MasterCard 
 
 
 
 
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No Congresso Brasil-Alemanha de Inovação, 8ª edição, o acadêmico Christoph 
Schmidt disse “A covid-19 potencializou a transformação digital e a transição da 
economia atual para a economia verde”. Ele afirma que a pandemia ajudou a 
sociedade a se adaptar e realizar negócios, e acelerou as mudanças necessárias 
para combater negócios não sustentáveis. 
 
CONCLUSÃO 
Apresente uma conclusão justificando a sua análise. 
 
Após anos de abuso, crescimento desgovernado e negligentes com nosso meio 
ambiente estamos sendo exterminados pelo nosso próprio planeta. 
 
O jogo diplomático vem postergando por décadas a aplicação dos protocolos, 
juntamente com o descaso dos líderes mundiais. Em 2021, pudemos ver claramente 
com o COP26 duas semanas de calorosas de discussões sobre políticas 
sustentáveis. 
 
A economia mundial está se recuperando dos efeitos do Covid-19, porém as 
respostas estão abaixo das expectativas dos especialistas. No Brasil a injeção na 
economia com o auxílio emergencial trabalhadores informais deu poder de consumo 
aos favorecidos, evitando uma queda maior na economia. 
 
Governos mundiais estão em uma corrida contra o tempo para tentar arranjar 
soluções milagrosas. No atual cenário, esses países estão se cercando de outros 
países que já iniciaram alguma política sustentável, e os que não estiverem dentro 
dos parâmetros estarão fora dos negócios, esse é o caso do Brasil com um governo 
que descredibiliza a importância do meio ambiente e sustentabilidade. Se não nos 
adaptarmos as exigências globais o cenário econômico brasileiro tende a uma 
catástrofe, pois não teremos o mercado internacional. 
 
O setor privado tem dado maior atenção à causa, inclusive com a criação do 
agronegócio consciente e sustentável, já que é uma demanda dos consumidores 
internos e externos. Essas iniciativas que fazem com que o PIB possa ter um 
crescimento razoável, ao invés de negativo. 
 
O momento é oportuno para empresas que ofereçam serviços voltados à 
preservação do meio ambiente e sustentabilidade no mundo inteiro, já que há 
demanda e muitas empresas precisarão se adaptar.12 
 
 
O cenário econômico mundial está incerto, ainda não temos uma cura para o 
coronavírus e a cada nova variante temos que nos adaptar. Porém as projeções para 
o ano de 2022 em nosso país não são muito animadoras, especialistas preveem 
estagflação para os próximos meses. 
 
A pandemia do coronavírus deu um choque de realidade em todos nós, trouxe caos 
em diversos setores, ao mesmo tempo que destacou a importância da 
sustentabilidade, conscientização do consumo e preservação do meio ambiente 
 
Não temos opção para um plano B, temos apenas um planeta. O plano A deve ser 
executado agora. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Cite as fontes de consulta utilizadas de acordo com a ABNT. 
 
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https://valor.globo.com/patrocinado/projeto-especial-esg/noticia/2022/01/07/risco-climatico-se-torna-parte-da-estrategia-de-negocio-das-grandes-corporacoes.ghtml
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