Buscar

manifestacao-replica-contestacao-trf2-direito-consumidor-justica-federal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DO III JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO-RJ.
 
Processo nº: 
 XXXXXXXX, devidamente constituído nos autos do processo em epígrafe que move em face de CAIXA SEGURADORA S.A E CEF – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, vem, por seu advogado abaixo assinado, em atenção ao r. Despacho de fl. 95, oferecer a sua RÉPLICA, aduzindo para tanto as seguintes razões de fato e de direito:
DA CONTESTAÇÃO/DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA PELA PRIMEIRA RÉ - CAIXA SEGURADORA S/A.
DO AFASTAMENTO DA PRELIMINAR DA PRIMEIRA RÉ
INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL
Reconhecendo ser a empresa que realizou o contrato com o Autor, quando da efetivação do seguro da moto sendo o seguro objeto da lide decorrente da apólice sob nº 80573330126375 da motocicleta Yamaha XT 660R, placa LPG 4474, 2008, no qual pactualmente aceitou os termos do seguro em 08/04/2017, tendo que adimplir mensalmente com a quantia de R$ 126,42 (cento e vinte e seis reais e quarenta e dois centavos)., nas dependências da segunda Ré, incapacidade da parte Autora em celebrar contrato a primeira Ré.
Promove preliminar de incompetência da Justiça Federal, ora V. Ex que deve ser rechaçada, pois decorrente da inclusão da Empresa Pública Caixa Econômica Federal, estampando assim os efeitos do disposto no art. 109, inciso I, da Constituição Federal, e do art. 6º, inciso II, da Lei 10.259/01, devendo assim ser ultrapassado o fraco argumento pelo entendimento ora esposado pela jurisprudência do E. TRF2, in verbis:
TRF-2 - APELAÇÃO CIVEL AC 200951010151899 RJ (TRF-2) Data de publicação: 23/10/2014 Ementa: CIVIL. CONTRATO BANCÁRIO. SENTENÇA EXTRA PETITA AFASTADA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA CAIXA SEGUROS. APELAÇÃO DESPROVIDA. 1. Não prospera a irresignação da Apelante acerca da incidência da sentença extra petita, quanto ao pedido de indenização por danos morais, visto que consta na petição inicial, seja na causa de pedir, seja nos pedidos, expressamente, a matéria ventilada. Portanto, a referida indenização é objeto da presente lide, não havendo que se falar em sentença extra petita, vez que esta foi dirimida nos limites impostos pela inicial. 2. Sobre a responsabilidade pela cobertura securitária, tem-se que a Caixa Econômica Federal atua na qualidade de preposta da Caixa Seguros, funcionando como intermediária obrigatória no processamento da apólice de seguro e no recebimento de eventual indenização, conforme, encontra-se previsto na legislação aplicável à espécie - Decreto-Lei 73 /66, art. 21, caput. 3. Os contratos bancários refletem típica relação consumerista (súmula n.º 297 do STJ), havendo, portanto, responsabilidade solidária entre todos os fornecedores, cabendo ao consumidor-mutuário, de acordo com o que lhe for mais conveniente para a defesa de seus direitos, escolher quais dos fornecedores pretende acionar, seja a CEF, seja a Caixa Seguradora, ou, ainda, ambas (art. 7º c/c art. 25 do CDC). 4. Apelação desprovida.
Dos documentos apresentados pela primeira Ré de fls. 135/150, forçoso não concluir que houve erro por parte de um de seus prepostos ao preenchimento do QAR, conforme a própria empresa Ré informa :
.....18) Ou seja, o segurado contratou um seguro cujo preço fora calculado com base em falsa informação transmitida no ato de preenchimento da proposta, qual seja, de que seu ano de nascimento seria 1951, e não 1991 .....
Muito embora seja uma pessoa jovial e que já teria assinado outros contratos de seguro com a primeira empresa Ré, não detém qualquer diligência ao preenchimento pelo funcionários da empresa, a quem deverá remontar a ação de regresso decorrente da prática errônea ao realizar a venda.
Qual seria a responsabilidade do Autor, adimpliu por um seguro com valores a maiores em sua parcela e agora a empresa Ré, tenta reduzir o valor do prêmio manifestando equivoco contratual !!!
Deveria apresentar a propostas equiparando as parcela de ambos valores, com nascimento em 1951 e 1991, assim, teria como aferir se o importaria em enriquecimento sem causa do Autor, porém fechou os olhos para tal possibilidade, portanto possivelmente é corriqueiro a fraude perpetradas pelos funcionários da primeira empresa Ré, somente para angariar maior comissionamento.
Forçoso não entender que a parte Autora não poderia ter assinalado com a contratação com data de nascimento em 1951, em comprovando a ocorrência está deve ser averiguada a quem realizou a venda pessoalmente, pois qual seria o interesse do Autor adimplir com parcela maior???
Em toda peça de resistência a primeira Ré se atém a “alegar” fatos, haja vista, em momento algum se verifica nos autos a presença de documentos que comprovem o procedimento a ser realizado pelos seus funcionários quando da contratação do seguro, ou seja, realizam a contratação de qualquer cidadão a ermo, sendo certo que a inércia em solucionar o percalço promovido pelos seus prepostos, acarretou sérios transtornos financeiros junto ao Autor.
 DA CONTESTAÇÃO/DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA PELA SEGUNDA RÉ – CEF – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL.
 DO AFASTAMENTO DA PRELIMINAR DA SEGUNDA RÉ
 DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DO RÉU
Sendo certo que a preliminar de ilegitimidade passiva arguida pela segunda empresa Ré, deve ser afastada, pois consubstanciado na teoria da asserção, basta a demonstração das condições da ação pela parte Autora, sem que seja necessário, de plano, sua cabal aferição de culpa, no entanto, evidente que a segunda Ré participa como preposta da primeira Ré, promoveu o acerto e liberação dos contratos apresentados, naquele momento era a pessoa designada pela primeira empresa Ré a representar perante aos seus clientes.
O que fora fechado os olhos pelo preposto da segunda Ré, assim esse entendimento decorre do art. 34 do Codecon, in verbis:
“O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos”
Assim descabida a presente preliminar arguida na peça de defesa, o que leva o MM. Juízo a analisar todos os argumentos apresentados aos autos pelo Autor.
Em que pese argumentar que não praticou a segunda Ré qualquer conduta delituoso em desfavor do Autor, os contratos assinalados pela primeira Ré foram contratados nas dependências da segunda Ré, a quem deve esclarecer os procedimentos que foram realizados quando da contratação do seguro.
O que causa maior conflito decorre que a parte Autora é cliente de longa data da primeira Ré, e é de asseverar o conhecimento dos seguros contratados pelo Autor.
Ora, V. Exa., a empresa segunda Ré em momento algum promoveu algum indicativo de procedimento adotado pelos seus funcionários, ou seja, não trouxe prova que a conduta e contratação foram consciente promovidas pela Autora.
É pouco tentar imputar a grosso modo, a responsabilidade junto a primeira Ré, que representa a empresa fornecedora da quantia dos seguros.
Na presente defesa é característica da Ré apresentar argumentos de proteção genéricas, como pode ser observado no trecho abaixo:
“Em verdade, Exa., não pode, nem é justo, a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, empresa pública, ser posta no pólo passivo da presente contenda para responder por ato perpetrado por outra pessoa jurídica – sociedade anônima, completamente diversa da sua, apenas por ter um dos nomes em comum, qual seja: CAIXA”
Ademais, como é cediço, o contrato faz lei entre as partes e tão somente entre elas, em virtude de que, em sendo o contrato discutido na exordial completamente alheio a esta empresa, como poderia ser a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL condenada a restituir parcelas relativas ao consórcio mencionado, sem nunca tê-las recebido? Vejase a impropriedade da presente ação contra esta Ré.”
Assim, não só desmotivante a leitura da peça de defesa como facilitador de argumentos contrários apresentar defesa genérica, mas uma vez não se importando com os clientes, problema que facilmente seria resolvido administrativamente, mas sucumbem essa instancia e abarrotam o poder judiciário com demandas desnecessárias.
Assim vemos que os documentos apresentados em fls.15/21 comprova que a parte Autora promoveo seguro da sua motocicleta e adimplia conforme fl. 22/27 o pagamento da parcela, remontando ainda a demonstração de pagamento a menor pelas empresas Rés, o que deveria ter atentado o preposto do segundo Réu, ainda mais, por se tratar de pessoa idosa
Vemos que a questão é totalmente favorável ao Autor, tanto pela doutrina quanto pela jurisprudência na caracterização de responsabilidade das empresas Rés, pelos fatos praticados pelos seus funcionários ora objeto da presente lide, sendo oportuno transcrever o v. Acórdão, in verbis:
TRF-2 - Agravo de Instrumento AG 00044148720164020000 RJ 0004414-87.2016.4.02.0000 (TRF-2) Jurisprudência•Data de publicação: 20/06/2017 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE SEGURO DE VIDA. RECEBIMENTO DO VALOR DO PRÊMIO CONTRATADO. LEGITIMIDADE PASSIVA DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. CAIXA SEGURADORA S/A. DECISÃO CONFIRMADA. 1. Agravo de instrumento contra a decisão que indeferiu o pedido de exclusão da CEF do polo passivo da relação processual, declarando válidos todos os atos decisórios praticados, sob o fundamento de que a matéria estaria preclusa. 2. A CEF é parte legítima para figurar no polo passivo, posto que presente a responsabilidade solidária entre a seguradora e a instituição financeira, que se apresenta como líder do grupo econômico a que pertence a seguradora, induzindo o consumidor a acreditar que com ela contrata (TRF2, 7ª Turma Especializada, AG 00081739320154020000, Rel. Des. Fed. JOSÉ ANTONIO NEIVA, DJE 15.1.2016; TRF2, 8ª Turma Especializada, AC 00013051420094025108, Rel. Des. Fed. VERA LÚCIA LIMA, DJE 5.10.2015). Conclui-se, portanto, que independentemente de ter havido ou não a preclusão da matéria, não merece reparo a decisão agravada, haja vista os precedentes desta Corte Regional sobre o tema. 3. Agravo de instrumento não provido. Encontrado em: Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento PERLINGEIRO Desembargador Federal 1 5ª TURMA ESPECIALIZADA Agravo de Instrumento AG 00044148720164020000 RJ
Portanto, o v. Acórdão demonstra cair por terra qualquer discussão realizada por ambas empresas Rés na presente demanda, sendo responsáveis solidariamente pelo ato de seus prepostos, o que remonta ao litisconsórcio passivo necessário a demanda.
A parte Ré, não apresentou qualquer documentação que caracterize uma normativa de conduta a ser praticada pelos seus funcionários, assim, poderia retirar essa responsabilidade das Rés ou simplesmente pactuar contra o contraditório das informações até aqui prestadas.
Como não abalar seu estado íntimo, sua honra, o pensamento subjetivo próprio em ter a plena concepção que o Autor foi desmoralizado e lesado, tudo por não promoverem a adequada averiguação das condições pessoais do parte Autor.
DA CONCLUSÃO
No mais, cumpre esclarecer que a Autora reporta-se as razões inclusas na peça vestibular, por derradeiro IMPUGNA TODAS AS PRELIMINARES DA PRIMEIRA E SEGUNDA RÉ, reitera os pedidos formulados na exordial, com a produção de provas suplementares e periciais e depoimento pessoal dos réus, e caso não seja o entendimento de V.Exa., requerendo, ao final a PROCEDÊNCIA IN TOTUM dos pedidos autorais condenando solidariamente ambas rés, haja vista, somente desta forma é que permitirá ao D. Julgador Sentenciar de forma que a Justiça se faça presente em seu decisum.
Nestes termos,
P. Deferimento.
Rio de Janeiro, 01 de julho de 2018.
FABRICIO DE ALMEIDA
OAB/RJ 157.381

Continue navegando