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Pneumopatias

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Cuidado Nutricional em Pneumopatias
Profa. Márcia Soares da Mota
Graduação em Nutrição (1995), UFRJ
Mestre em Ciências Morfológicas (1998), UFRJ
Doutora em Ciências, 2003, UFRJ
Departamento de Nutrição e Dietética, UFRJ
Professora Associada 3 – Setor Nutrição Clínica
Coordenadora do Curso de Atualização em Suplementação 
Nutricional na Prática de Clínica, SupleNutri, UFRJ
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Centro de Ciências da Saúde 
Instituto de Nutrição Josué de Castro
2021
Terapia Nutricional em 
Pneumopatias
Objetivo da aula:
Capacitar o aluno na avaliação nutricional, no atendimento dietoterápico
e na suplementação nutricional de indivíduos com enfermidades
respiratórias.
Conteúdo:
• Caracterização das principais doenças respiratórias (doença pulmonar 
obstrutiva crônica, pneumonia, tuberculose pulmonar, síndrome do 
desconforto respiratório agudo);
• Dados epidemiológicos;
• Aspectos morfológicos e fisiologia do sistema respiratório;
• Manifestações clínicas das enfermidades respiratórias;
• Impacto das enfermidades respiratórias sobre o estado nutricional;
• Avaliação do estado nutricional em pneumopatas;
• Dietoterapia e suplementação nutricional nas enfermidades respiratórias.
Doenças Respiratórias
• Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC),+ prevalente
• Asma
• Infecção aguda do trato respiratório inferior
• Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA / SARA)
• Tuberculose
• Câncer de pulmão
• Rinite alérgica
• Fibrose cística
As doenças respiratórias representam um dos maiores problemas de 
saúde mundial.
Global Burden of Disease. World Health Organization; 2016
Impacto Epidemiológico
Mundial:
• DPOC, asma, infecção aguda do trato
respiratório inferior, SDRA, tuberculose e câncer
de pulmão estão entre as causas mais comuns
de doença grave e morte em todo o mundo.
Fórum Internacional de Sociedades Respiratórias, 2017.
Global Burden of Disease (GBD), Lancet 2016; 388: 1459–544.
DPOC, 3a causa de morte em nível mundial. 
Dados Epidemiológicos
Dados Epidemiológicos
• Brasil: As doenças respiratórias ocupam o 
4º lugar como causas de morte, sendo a 
DPOC (ou DPC) predominante no grupo.
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, 2011 (BRASPEN/SBNPE).
Grande impacto econômico, na 
morbidade e na mortalidade. 
•Trato respiratório superior : 
→cavidade nasal até laringe.
• Trato respiratório inferior: 
→a partir da traqueia até árvore 
brônquica.
Sistema Respiratório
Hall, 2011
•Árvore brônquica: 2 porções
-Primeira porção da árvore brônquica (condutor aéreo): 
→ traqueia até bronquíolos terminais;
→ função ventilatória;
-Segunda porção da árvore brônquica (estruturas distais):
→ bronquíolos respiratórios, ductos e sacos alveolares e 
alvéolos pulmonares;
→ função respiratória.
Sistema Respiratório
Hall, 2011
Pulmões
Aspectos Anatômicos:
• Lobos: E (2) e D (3);
• Características do parênquima
pulmonar: Textura leve e
esponjosa; Coloração rósea;
• Caixa torácica;
• Pleuras;
• Alvéolos → estrutura elástica, 
aparência de pequenas bolsas 
e recobertos por rede de 
capilares.
Hall, 2011
Pulmões
Aspectos Histológicos
• Células que revestem os alvéolos:
-Pneumócitos tipo I (pavimentosas);
-Pneumócitos tipo II (cuboidais).
• Septos alveolares – parede comum a dois alvéolos
– cels epiteliais, fibroblastos,leucócitos, macrófagos e capilares 
Hall, 2011
Parênquima Pulmonar
Fig. Brônquios, bronquíolos, sacos 
alveolares e alvéolos. Disponível em:
http://www.unifesp.br/dmorfo/histologia/ensino/
pulmao/histologia.htm
•Parênquima pulmonar: é constituído
pelos bronquíolos respiratórios, ductos
alveolares, sacos alveolares e alvéolos.
•Fibras musculares
•Fibras elásticas no tecido conjuntivo
•BALT: tecido linfóide associado aos
brônquios
http://www.unifesp.br/dmorfo/histologia/ensino/
Barreira Hemato Alveolar
Esquema de Sistema Respiratório. Bronquíolos terminais
e porção respiratória (bronquíolos respiratórios, ductos
alveolares e alvéolos). Gartner, 1999
Esquema de bronquíolo respiratório, saco
alveolar e alvéolo. Em destaque barreira
hemato alveolar. Gartner, 1999.
Sinonímia:
-Barreira alvéolo capilar
-Barreira hemato áerea
Barreira Hemato Alveolar
Músculos da Respiração e sua Importância
•Musculatura Principal:
Diafragma
Intercostais internos
Intercostais externos
•Musculatura Acessória:
Esternocleidomastoideo
Escalenos
Sobotta, 2013.
Pulmões: Fisiologia
• Hematose: substituição de dióxido de carbono por oxigênio
(principal função);
• Proteção do organismo (participa de funções
imunológicas); cels. de defesa no parênquima pulmonar.
• Produção de surfactante (pneumócitos II);
• Manutenção do equilíbrio ácido-base do organismo;
• Controle da pressão arterial: Enzima ECA (enzima
conversora de angiotensina), presente nas células
endoteliais principalmente nos pulmões e tb nos rins,
converte angiotensina I em II.
Angiotensina II promove aumento da pressão arterial por:
(1) agir como um importante vasoconstrictor; (2) estimular a
produção de aldosterona, favorecer a absorção de sódio e
água.
Hall, 2011; Guyton; Hall, 1997.
Renina produzida nos rins, o chegar no plasma, catalisa o angiotensinogênio à
angiotensina I. Nos pulmões e nos rins, pela ação da enzima conversora de
angiotensina (ECA), angiotensina I é convertida em angiotensina II. A
angiotensina II atua diretamente nos rins, estimulando a troca Na+/H+ no túbulo
proximal e aumenta a reabsorção de Na+ e HCO3-; Atua nas arteríolas causando
vasoconstrição e também atua aumentando a sede e fazendo com que seja liberado o
hormônio antidiurético (ADH). A angiotensina II também atua no córtex adrenal,
fazendo com que haja a síntese e liberação de aldosterona, cuja função é estimular a
reabsorção de sódio (Na+) e a secreção de potássio (k+) e hidrogênio (H+), agindo
principalmente no ducto coletor.
Manifestações Clínicas 
nas Enfermidades Respiratórias
• Dispneia: Dificuldade respiratória;
• Cianose: Coloração azulada pele/mucosa devido à hipóxia;
• Dor torácica
• Tosse: Mecanismo reflexo que promove a expulsão de ar
das vias aéreas de forma abrupta.
• Expectoração: Eliminação por meio de tosse de material
contido no interior da árvore respiratória;
• Hemoptise: Eliminação de sangue proveniente da árvore
respiratória;
• Cor pulmonale: hipertrofia ventricular direita
(manifestação cardíaca em consequência ao curso da
doença pulmonar).
Hall, 2011; Guyton; Hall, 1997.
Cor pulmonale
• Caracterizada por hipertrofia
ventricular direita, devido à
hipertensão pulmonar causada por
doenças que afetem a estrutura e/ou
função pulmonar.
• Manifestações: dispneia, taquicardia, 
dor torácica e retenção de líquido com 
tendência a edema.
• Encontrada em doenças pulmonares
crônicas (DPOC).
Fig: Pequena e grande circulação.
Doenças Pulmonares 
Obstrutivas Crônicas (DPOC)
• Definição:
Obstrução crônica ao fluxo aéreo;
→ broncoespasmo, ↑ produção de muco e
destruição de tecido pulmonar;
→ aumento do estresse oxidativo e das
citocinas pró-inflamatórias;
→ progressão lenta e irreversível.
Duas enfermidades:
Bronquite crônica e enfisema.
Hall, 2011; Guyton; Hall, 1997.
Doenças Pulmonares 
Obstrutivas Crônicas (DPOC)
Epidemiologia
• Problema de saúde pública no mundo;
• Impacto negativo na força de trabalho da 
população (perda de produtividade e renda);
• Mortalidade por DPOC continua aumentando; 
• Brasil → Cerca de 6 milhões de pessoas têm 
DPOC. Porém, apenas 12% são diagnosticados e 
só 18% seguem o tratamento.
GOLD CPOD- Global Initiative For Chronic Obstructive Lung Disease, 2020. Fórum 
Internacional de Sociedades Respiratórias, 2017; Fernandes; Bezerra, 2006.
Fatores de risco da DPOC
• Tabagismo (principal) → resposta inflamatória
anormal dos pulmões;
• Genética;
• Deficiência de enzimas (alfa 1-antiprotease e
alfa 1-antitripsina) inibidoras de proteases
(destruição do tecido pulmonar);
• Deficiência de antioxidantes → ativaçãode
proteases;
• Álcool → efeito maléfico na produção de
surfactante;
• Poluição e fatores ocupacionais.
Sampaio; Sabry, 2008
Formas de DPOC
• BRONQUITE CRÔNICA: obstrução das pequenas vias aéreas
com inflamação e muco, normalmente decorre da exposição
prolongada ou recorrente a infecções ou agentes irritantes não
infecciosos.
Indivíduos com peso normal; a hipoxemia é proeminente nesses
pacientes; os valores de hematócrito são maiores; desenvolvendo-
se cor pulmonale.
• ENFISEMA PULMONAR: destruição do tecido pulmonar.
Indivíduos geralmente magros, caquéticos; geralmente mais
velhos, apresentam hipoxemia leve, desenvolve-se cor pulmonale.
Definições atuais (GOLD, 2021) não utilizam mais essas terminologias
clássicas que se baseavam no dano tecidual e na obstrução das
vias áreas e podem mascarar a real prevalência da DPOC.
GOLD, 2021. Fórum Intern de Sociedades Respiratórias, 2017; Gibney et al., 2005.
DPOC - Tipo Bronquiolítico
Paciente gordo-brevilíneo;
Pode apresentar presença
de dispneia;
Intensa cianose central,
coloração púrpura azulada
da pele e mucosas
(deficiência de oxigênio no
sangue).
Gibney et al., 2005
DPOC – Tipo Enfisematoso
Soprador rosado;
Paciente magro-longilíneo;
Presença de dispneia com
acentuada hiperinsuflação do
tórax.
Gibney et al., 2005
Efeitos Adversos da DPOC sobre o EN
• Gasto energia aumentado: trabalho de respiração
aumentado (↑ 15-17% TMB) e infecção;
• Redução do aproveitamento dos nutrientes →
hipóxia;
• Ingestão reduzida: brevidade de fôlego (dificuldade
de mastigação e deglutição), anorexia (TNF,
medicamentos), úlcera péptica;
Efeitos de medicamentos: náuseas, vômitos, boca
seca, irritação gástrica, taquicardia → ↓apetite;
Limitações adicionais: dificuldade no preparo dos
alimentos → fadiga.
Mahan; Raymond, 2018; Sabry; Sampaio, 2008; Gibney et al., 2005.
Desnutrição na DPOC
• Desnutrição é multifatorial;
• Incidência;
10-26% pacientes ambulatoriais;
47% pacientes hospitalizados.
• Indicador de mau prognóstico;
51% de mortalidade por DPOC após 5 anos.
• Fator de risco de mortalidade independente;
Potencialmente modificado através da dieta.
Mahan; Raymond, 2018; Sabry; Sampaio, 2008; Gibney et al., 2005.
Impacto da Desnutrição sobre o 
Sistema Respiratório
• ↓ AAs e ferro → ↓ concentração de hemoglobina →
↓ da capacidade de transporte de oxigênio;
• deficiência de vitamina C → ↓ da produção de
colágeno (tecido conjuntivo de suporte dos
pulmões);
• Cálcio, magnésio, fósforo e potássio →
comprometimento da fç dos músculos respiratórios;
• ↓ oferta de ptn e fosfolipídios → Prejuízo da função
do surfactante → colapso alveolar e aumento do
trabalho respiratório;
• Hiponatremia (↓[Na+] plasma) → Edema pulmonar;
• Atrofia do tecido linfoide → Infecções pulmonares.
Fernandes; Bezerra, 2006
Doenças Pulmonares 
Obstrutivas Crônicas
• Diagnóstico
História clínica → dispneia ao esforço e tosse;
Exame físico → tórax hiperinsuflado e tempo 
expiratório prolongado;
Espirometria (VEF/CVF* < 0,7 pós broncodilatador);
Exames complementares → raios X de tórax.
* VEF/CVF: Volume Expiratório Forçado/Capacidade Vital Forçada
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2001;
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Para Tratamento da 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, 2012. 
GOLD - Global Iniciative for Chronic Obstrutive Lung Disease, 2021.
Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas
• Tratamento 
Fármacos (aerossol / oral):
Corticosteroides;
Anti-inflamatórios;
Broncondilatadores;
Vacinação (antiinfluenza e antipneumocócica).
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2001;
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Para Tratamento da Doença Pulmonar 
Obstrutiva Crônica, 2012; 
GOLD - Global Iniciative for Chronic Obstrutive Lung Disease, 2021.
Avaliação do EN de Pacientes com 
Enfermidades Respiratórias
• Exame físico;
• Antropometria (Peso, IMC, PCT, CMB, Bia);
• Avaliação laboratorial (Ptns séricas, Hb, Linf.);
• Avaliação consumo alimentar (Rec. 24h e FC.);
• Avaliação subjetiva global;
• MUST, Malnutrition Universal Screening Tool.
Long, Stracy, Oliver, 2018; Collins, 2010; Sampaio; Sabry, 2008; Rosa et al., 2008; 
Fernandes; Bezerra, 2006.
Identificar e tratar o risco nutricional.
Cuidados na hospitalização.
Dietoterapia nas Enfermidades 
Respiratórias
Objetivos:
- Melhorar o estado nutricional;
- Preservar função respiratória;
- Otimizar a capacidade de exercício e qualidade
de vida;
- Corrigir desequilíbrio hídrico;
- Controlar a interação fármaco-nutriente
(interfere negativamente no consumo e na
absorção de nutrientes).
Long, Stracy, Oliver, 2018; Sampaio; Sabry, 2008; Fernandes; Bezerra, 2006.
Dietoterapia nas Enfermidades 
Respiratórias
Valor energético total (VET)
- DPOC → hipermetabolismo (↑ 15% a 20% do
gasto energético) → aumento das necessidades
energéticas.
- 25 a 35 kcal/kg de peso/dia ou
- Fórmula de Harris-Benedict . FI: 1,5 a 1,7.
• Suplementação de 300 – 900 kcal/d, 2–3 meses
(Stratton; Elia, 2007)
Long, Stracy, Oliver, 2018; BAPEN, 2016; Sampaio; Sabry, 2008; Stratton; Elia, 
2007; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
Proteínas nas Enfermidades 
Respiratórias
Proteínas
- 1,2 a 1,5 g/kg de peso/dia;
- >1,5 a 2,0 g/kg de peso/dia (pacientes
desnutridos);
- Suplementação com aminoácidos de cadeia
ramificada (valina, leucina e isoleucina) (?)
Alegação: melhora do quadro respiratório (devido
hipertrofia muscular).
BAPEN, 2016; Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
Suplementação de 
Aminoácidos de 
Cadeia Ramificada
• Estudos têm mostrado que as concentrações
plasmáticas de aminoácidos de cadeia ramificada
são reduzidas em pacientes com DPOC (Hofford et al,
1990; Engelen et al., 2000; Yoneda et al., 2001);
• BCAA - Estimulam síntese proteica via mTOR
(leucina principalmente);
•Suplementação da DPOC – poucos estudos,
maioria suplementação enteral (Wandrag et al., 2015).
Suplementação 
de HMB
• HMB: β-hidroxi-β-metilbutirato
• Protocolo de suplementação: 3g/dia – 7 d.
• Grupo HMB: ↓ glóbulos brancos, PCR, Cr e ↑
colesterol e PTN total.
• Estudo sugere que HMB pode ter efeitos anti-
inflamatórios e efeito anticatabólico e melhorar a
função pulmonar.
• Necessários estudos por períodos + longos.
Carboidratos nas Enfermidades 
Respiratórias
Carboidratos
- 50% a 60% do VET;
- Excesso → ↑ produção de CO2 (↑ frequência
respiratória) e lipogênese (esteatose hepática);
- Quociente Respiratório (QR) = 1,0.
Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
Lipídios nas Enfermidades 
Respiratórias
Lipídios
- 25% a 35% do VET;
- Atenção para qualidade lipídica da dieta.
Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
AGPI da série n-3
• Efeito antiinflamatório;
• Ácidos graxos ômega 3 podem contribuir para
manter a função ventilatória;
• Ingestão de ácidos graxos ômega 3 nos maiores
quintis foi associada ao maior volume expiratório
forçado e maior capacidade vital (Garcia-Larsen
et al., 2015; Leng et al., 2017).
Suplementação de AGPI n-3
• Evidência científica quanto ao protocolo não
consolidada - Dose/Tempo?
• Estudos ≠protocolos e avaliação de ≠desfechos:
→Broekhuizen et al., 2005. 9 cápsulas 1g/d de
uma mistura de óleos (3,4g n-3 PUFA), 8 sem.
→Fulton et al., 2017. 6 cápsulas de 1g/d de óleo
de peixe (3,6g n-3 PUFA), 16 sem, inconclusivo.
→Ogasawara et al., 2018. 1g/d EPA,
suplementação oral, durante hospitalização.
→Calder et al., 2018. Fórmula comercial, 230 kcal,
2g/d n-3 e D3, 12 sem.
• ~230 kcal; 2 g de ácidos graxos ômega-3; 10 μg de 25-
hidroxi-vitamina D3), 2x/d, 12 sem;
• Grupo controle com suplemento isocalórico;
• Resultados mais positivos no grupo teste;
• Fórmula bem toleradas, com bom perfil de segurança.
• Efeitos positivos sobre: pressão arterial, lipídios séricos, 
fadiga induzida pelo exercício e dispneia;
• Poderia ser clinicamente benéfica no suporte nutricional empacientes com DPOC.
Estudo refere conflito 
de interesse.
Suplementação de AGPI da 
série n-3 na DPOC
Necessários mais estudos para 
definição de protocolos eficazes.
Micronutrientes nas Enfermidades 
Respiratórias
Micronutrientes
- Atender às recomendações dietéticas (DRI);
- Acredita-se que dieta enriquecida com antioxidantes
(vitamina C, retinois e oligo-elementos como cobre,
zinco e selênio) podem limitar a destruição do tecido
pulmonar por proteases e proteger o organismo contra o
desenvolvimento da DPOC (Hanson et al., 2014; Bentley
et al., 2012; Keranis et al., 2010)
- Nenhum efeito benéfico da suplementação com
suplementos antioxidantes (Tsiligianni et al., 2010);
Pelo menos 5 porções de fruitas e vegetais/dia (Long et
al., 2018).
Micronutrientes nas Enfermidades 
Respiratórias
Micronutrientes
- Fumantes → ↑ necessidade de vitamina C.
- Poucos e inconsistentes os dados sobre os efeitos das
suplementações antioxidantes na DPOC.
• McEvoy et al ., 2014 - Suplementação de 500 mg em
gestantes fumantes.
• Wu et al., 2007 – Estudo randomizado e controlado por
placebo, com 3 grupos: suplementação de vitamina E e
vitamina C.
Sampaio ; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
Suplementação de Vitamina C 
na DPOC
- McEvoy et al ., 2014 - Suplementação de 500 mg em
gestantes fumantes – diminuição dos efeitos do
tabagismo materno avaliado em testes de função
pulmonar do recém-nascido.
Suplementação de Vitamina C e 
Vitamina E na DPOC
- Estudo randomizado e controlado por placebo e com 3
grupos experimentais: suplementação vitamina E (400
mg/d), vitamina E (200 mg/d) e vitamina C (250 mg/d).
- Suplementação de vitamina E ou C por 12 semanas
pode melhorar a resistência de DNA de leucócitos contra
o estresse oxidativo da DPOC.
•4 grupos: NAC (600 mg); Vit C (500 mg); NAC+Vit C (600 e 500) e Placebo.
•Período: até 6 meses
•Desfechos: Peso, IMC, parâmetros antropométricos, dosagem sérica de 
vitaminas antioxidantes, avaliação da capacidade antioxidante, glutationa
plasmática (pp resultado).
•Resultados: Melhora da capacidade antioxidante.
•Conclusão: Suplementação de NAC ou Vit C podem ser benéficas na DPOC. 
Micronutrientes nas Enfermidades 
Respiratórias
Micronutrientes
- Atender às recomendações dietéticas (DRI);
• Cálcio (1200 mg/dia)
• Magnésio (350 mg/dia)
• Fósforo (700 mg/dia)
- Deficiência de fósforo, cálcio e magnésio → ↓ 
função do músculo diafragmático;
- Suplementação de fósforo, cálcio e magnésio
em caso de deficiências.
Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
Dietoterapia nas Enfermidades 
Respiratórias
- Osteoporose é comum na DPOC, resulta de vários
fatores, em destaque corticosteroides e tabagismo
(Ionescu; Schoon, 2003);
- Deficiência de vitamina D é prevalente na DPOC (Forli
et al., 2004);
- Avaliar deficiências (Long, Stracy, Oliver, 2018);
- Suplementação de vitamina D (10 mcg/dia = 400 UI/d)
inverno e outono (NHS, 2017) e cálcio.
Long, Stracy, Oliver, 2018; NHS, 2017; Forli et al., 2004; Ionescu; Schoon, 2003.
Eletrólitos nas Enfermidades 
Respiratórias
Pacientes com cor pulmonale e subsequente retenção
hídrica podem necessitar de restrição de sódio e
líquidos.Dependendo do diurético usado pode ser
necessário reposição de potássio. 
- Sódio → evitar o excesso devido possibilidade de
retenção hídrica e cor pulmonale.
Recomendação: inferior a 2 g/dia. Evitar enlatados,
embutidos e carnes processadas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o consumo de sódio para a
população adulta seja de até 2.000 mg/dia, o que equivale a até 5 gramas de sal.
Esta recomendação inclui todos os alimentos que farão parte da alimentação no dia
e não somente aquela quantidade utilizada no preparo ou quando a refeição já está
pronta.
O consumo diário de sal do brasileiro é mais do que o dobro da recomendação da
OMS, pois segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009),
do IBGE, o consumo diário médio de sal chega a 12 gramas.
Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
Eletrólitos nas Enfermidades 
Respiratórias
Pacientes com cor pulmonale e subsequente retenção
hídrica podem necessitar de restrição de sódio e
líquidos.Dependendo do diurético usado pode ser
necessário reposição de potássio. 
- Potássio → pode estar diminuído → uso de diuréticos e
alcalose respiratória → avaliar necessidade de
reposição;
DRI: 3500 mg/dia. Alimentos-fonte de potássio: frutas e
hortaliças.
Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
Suplementação de Selênio e Função Respiratória
• Suplementação de selênio ou selênio + vit E 
(Cassano et al., 2015) – suplementação visando 
prevenção de Ca de próstata.
200 mcg/dia de L-selenometionina isolada ou
em combinação com vitamina E (400 UI/dia
acetato de alfa-tocoferol) por em média 3 anos
→ Atenuação do declínio da função respiratória.
Dietoterapia nas Enfermidades 
Respiratórias
Líquidos
- 1 mL/kcal → Atuam na fluidez da secreção
brônquica e importante na xerostomia
(decorrente de broncodilatadores);
- Cor pulmonale e edema de pulmão → restrição
hídrica.
Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
Dietoterapia nas Enfermidades 
Respiratórias
Consistência
- Ajustada à necessidade do paciente;
- Dispneia → dieta branda ou pastosa.
Fracionamento e Volume : 5 a 6 refeições/dia de
volume reduzido;
OBS: refeições volumosas → fadiga e anorexia.
Temperatura → evitar os extremos → ↑ tosse.
Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
Dietoterapia nas Enfermidades 
Respiratórias
Fibras
- Constipação intestinal → aumentar gradativamente de
acordo com a aceitação do paciente;
- Cereais integrais, frutas e hortaliças;
- Alimentos laxativos = mamão, laranja, abacaxi, uva,
manga, ameixa preta e aveia.
Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
FiberNorm - Mix de 7 Fibras de 5g cada sachê.
Fibermais - Regulador Intestinal.
Goma Fiber - Cada duas gomas, fornece 4,7 g de fibras.
Dietoterapia nas Enfermidades 
Respiratórias
Evitar alimentos flatulentos
Leguminosas, grãos integrais, cebola, repolho, couve-flor,
pepino e pimentão) → distensão abdominal.
Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
Anorexia
Dieta fracionada.
Priorizar a oferta dos alimentos de preferência.
Iniciar ingestão com alimentos de maior densidade
energética (DE).
Saciedade precoce 
Iniciar ingestão com alimentos de maior DE.
Preferência aos alimentos mais frios.
Limitar a ingestão de líquidos às refeições (somente 
uma hora após as refeições).
Conduta nutricional ajustada à sintomatologia
Fernandes; Bezerra, 2006.
Conduta nutricional ajustada à sintomatologia
Dispneia
Uso de medicamentos broncodilatadores fora do horário
das refeições e, se indicado, empregar estratégias de
liberação de secreções antes das refeições.
Deve-se descansar antes das refeições.
Ingestão de alimentos lentamente.
Flatulência
Deve-se evitar a ingestão de alimentos flatulentos
(couve, repolho, brócolis, cebola, feijões etc), bem como
aqueles que contenham gases (refrigerantes e águas
gaseificadas).
Ingestão de alimentos lentamente.
Consumir menor quantidade de alimentos, com maior
frequência.
Fernandes; Bezerra, 2006.
Conduta nutricional ajustada à sintomatologia
Fadiga
Descansar antes das refeições.
Escolher alimentos de fácil preparo.
Ter sempre alimentos preparados para os períodos em
que ocorre um aumento da fadiga.
Constipação intestinal
Aumentar a ingestão de fibras facilmente mastigáveis.
Aumentar a ingestão de líquidos.
Alimentos laxativos.
Problemas dentários
Modificação na consistência da dieta.
Encaminhamento serviço odontológico. Fernandes; Bezerra, 2006.
Terapia Nutricional na DPOC
• Alimentação convencional não atende as necessidades
nutricionais do paciente → suporte nutricional;
• Suplementos nutricionais por via oral;
• Adição de leite em pó, creme de leite, óleos, margarinas,
suplementos protéicos e/ou calóricos.
Via Enteral• Via oral ineficaz, presença de disfagia e negação de
ingerir alimentos por via oral;
• Posicionamento da sonda – entérico → risco de
broncoaspirar;
• Uso de bombas infusoras e infusão contínua;
• Preferir formulações hipercalóricas.
Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
Terapia Nutricional Enteral na DPOC
Fórmulas padrão vs específicas (maioria descontinuadas
com CHO↓↓; descontinuadas);
Fórmulas enterais específicas para pneumopatias:
Respifor 125 mL ® (Support) – CHO 60%;
Descontinuadas (CHO 28-40%):
Pulmocare® (Abbott) = OXICARE 1000 mL®;
Pulmo-Diet® (Support);
NovaSource Pulmonary® (Nestle);
Total Nutrition Pulmo® (Nuteral).
Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
RESPIFOR 125 mL 
Detalhes do Produto
Suplemento oral e enteral hipercalórico, hiperproteíco e hipolipídico.
Indicações:
Específico para pacientes DPOC com perda de peso e de massa magra:
* IMC menor de 22kg/m2. 
* perda de peso significativa: maior que 5% em 03 meses ou maior que 10% 
em 06 meses.
* circunferência da panturrilha menor que 31cm.
* coadjuvante durante o programa de reabilitação pulmonar. 
* profilaxia na presença de anorexia, dispneia e exacerbações frequentes.
Contém uma combinação específica de macronutrientes (60% carboidratos, 
20% proteínas e 20% lipídios). Acrescido de mix de carotenoides e 
suplementado com micronutrientes antioxidante (vit. C, E, zinco e selênio).
Isento de glúten. Contém sacarose e lactose.
Informação nutricional:
Densidade Calórica: 1,5 kcal / mL
Proteínas: 20% (50% caseinato e 50% proteína do soro do leite)
Carboidratos: 60% ( 72,4% maltodextrina, 9% lactose e 13,3% 
sacarose)
Lipídios: 20% ( 55% óleo de canola e 45% óleo de girassol)
Rel kcal não proteíca / gN: 100:1
Osmolaridade (mOsm/L): 425 morango e 435 baunilha
Osmolalidade (mOsm/kg de água): 555 morango e 570 baunilha
Terapia Nutricional Parenteral na DPOC
Via Parenteral
- Impossibilidade de utilizar o TGI;
- Complicações da nutrição parenteral:
▪ Infecção;
▪ Deficiência de ácidos graxos essenciais;
▪ Pneumotórax.
- Avaliar hipercapnia e dislipidemias.
Sampaio; Sabry, 2008; Silva; Mura, 2007; Cuppari, 2005.
-//-
Asma Brônquica
• Se caracteriza pela resposta aumentada das vias
aéreas, devido a estreitamento ou obstrução
crônica na expiração. Esta obstrução
normalmente é por broncoespasmo e aumento
na produção de muco ou seja os brônquios
reagem a estímulos irritantes diversos como
alergias, frio, stress, poluição e atividades
ocupacionais. É mais frequente em crianças.
• O quadro clínico se caracteriza por dispneia c/
chiado, tosse com expectoração e cianose.
Gibney et al., 2005
Distúrbios 
das Vias
Aéreas
Diagnóstico
• Diagnóstico clínico da asma é sugerido por um ou mais
sintomas, como dispneia, tosse crônica, sibilância,
opressão ou desconforto torácico, sobretudo à noite ou
nas primeiras horas da manhã. As manifestações que
sugerem fortemente o diagnóstico de asma são a
variabilidade dos sintomas, o desencadeamento de
sintomas por irritantes inespecíficos (como fumaças,
odores fortes e exercício) ou por aeroalérgenos (como
ácaros e fungos), a piora dos sintomas à noite e a melhora
espontânea ou após o uso de medicações específicas
para asma.
• Teste diagnóstico: espirometria (uso de broncodilatador)
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o 
Manejo da Asma - 2012
ASMA
Tratamento Farmacológico
• Broncodilatodores de ação rápida e prolongada (spray e 
inalatórios)
• Corticoide inalatório;
• Corticoide oral;
• Broncodilatador oral / venoso: aminofilina (relaxamento 
da musculatura lisa); Teofilina (inibidor inespecífico de 
fosfodiesterase);
• Antagonista do receptor de leucotrienos (montelucaste).
• Inibidores de bomba de próton (?) (associação da asma 
com refluxo gastro esofágico).
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para 
o Manejo da Asma - 2012
Abordagem Nutricional na Asma
• Informações sobre nutrição e asma são limitadas;
• Consumo de frutas e vegetais pode reduzir o risco de
asma;
• Principais evidências: antioxidantes dietéticos (vitamina
A, C e E, zinco e selênio); PUFA e vitamina D,
entretanto necessidade de mais Ensaios Clínicos
Randomizados (ECR) de qualidade.
Varraso, 2012. Curr Allergy Asthma Rep (2012) 12:201–210
• Estimular o consumo de frutas e vegetais;
• Incentivo para “Plant-based diets” e dieta do mediterrâneo;
• Desestímulo para dieta ocidentalizadas, caracterizadas com
↑lipídios e ↓fibras → correlação positiva com a eosinofilia das
vias aéreas;
• Estudos sugerem correlação negativa entre a ingestão de
laticínios e controle da asma, porém necessário mais
estudos;
• Vitamina D – avaliar e adequar estado nutricional;
• Fibras – importância para microbiota intestinal e resposta
imune;
• Antioxidantes.
Alwaarith et al., 2020. Nutrition Reviews 78(11):928–938.
• Antioxidantes: podem reduzir o estresse oxidativo e potencialmente 
reduzir sintomas da asma
Vitamina E: alfa-tocoferol foi associado positivamente com função
pulmonar em pacientes com e sem asma;
Vitamina C: desempenha vários papéis na função imunológica
contribuindo para a fagocitose, função linfocítica e modulação das
concentrações de citocina e histamina;
Carotenoides: caroteno, b-criptoxantina, luteína / zeaxantina e
licopeno estão associados a melhora da função pulmonar;
Flavonoides: além da antioxidante também exibem efeitos
antiinflamatórios e antialérgicos;
Selênio: pacientes com asma têm uma concentração mais baixa de
selênio no plasma e sangue total quando comparados a não
asmáticos; sugere consumo de fontes dietéticas.
Alwaarith et al., 2020. Nutrition Reviews 78(11):928–938.
Asma e Vitaminas Antioxidantes
• Metanálise: Incluídos 40 estudos
• Objetivo: Determinar se o Estado Nutricional (ingestão
dietética e concentrações séricas de vitaminas A, C e E
são associados à ASMA.
• Resultados: A baixa ingestão de vitaminas A e C
estão significativamente associadas ao aumento da
probabilidade de asma. Ingestão de vitamina E não
parece estar relacionada à asma.
Allen et al., 2009. Thorax 64:610–619.
Asma e 
Vitamina D
• Foram incluídos 7 estudos (955 participantes); com diferentes protocolos; 
• Protocolos de suplementação oral de 500 a 2000 UI/d parecem eficazes 
para evitar a exacerbação da Asma;
• Valor Ref 25-OH-vitamina D: 30 ng/mL.
Jolliffe et al., 2017. Lancet 
Respir Med. 5(11):881-890.
Asma e Vitamina D
Jolliffe vs Khan
Khan et al., 2018. The Lancet Respiratory Medicine, 6(6), e25.
Dada a informação disponível, não podem ser feitas recomendações para
examinar concentrações vitamina D em asmáticos.
Pacientes com deficiência de vitamina D devem receber suplementação
independentemente de terem asma ou não.
-//-
Síndrome do Desconforto Respiratório 
Agudo (SDRA)
SDRA – Sinonímia:
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA);
Acute respiratory distress syndrome (ARDS).
SDRA – Tópicos:
Definição, Diagnóstico e Classificação
Aspecto Clínico Patológico
Epidemiologia
Fisiopatologia
Etiologia
Tratamento Clínico
Tratamento Nutricional
Síndrome do Desconforto Respiratório 
Agudo (SDRA)
Definição
Caracteriza-se por a um processo inflamatório
pulmonar agudo e difuso que provoca aumento da
permeabilidade vascular, que induz edema pulmonar
não cardiogênico, rico em proteínas. Como
consequência, observa-se hipoxemia profunda e redução
da complacência pulmonar.
Hipoxemia – PaO2 < 60 mmHg - Ocorre por aumento do gradiente alveolar-arterial.
Compromete a difusão de oxigênio do alvéolo para o sangue,
Complacência - Variação de volume pulmonar para cada unidade de variação na
pressão transpulmonar (C = ∆V/∆P). É a forma com que o parênquima pulmonar
consegue acomodar o volume de ar que entra e sai dos pulmões a cada ciclo
respiratório.
Ranieri VM et al. 2012. Acute respiratory distress syndrome: the Berlin Definition. JAMA. 307(23):2526–33.
SDRA – Diagnóstico e 
ExamesComplementares
• Oximetria de pulso;
• Gasometria arterial;
• Radiografia ou TC de tórax (opacidade bilateral).
SDRA - Aspecto Clínico Patológico
• Grave lesão inflamatória da barreira alvéolo-capilar;
• Depleção de surfactante;
• Diminuição do tecido pulmonar aerado.
Bellani G. et al. 2016. Epidemiology, Patterns of Care, and Mortality for Patients With Acute Respiratory 
Distress Syndrome in Intensive Care Units in 50 Countries. JAMA 315(8):788-800.
SDRA – Definição de Berlin (2012)
Ranieri VM et al. 2012. Acute respiratory distress syndrome: the Berlin Definition. JAMA. 307(23):2526–33.
Critérios Diagnósticos
TEMPO Doença aguda - presença dentro de 7 dias de um 
insulto clínico conhecido ou novo, ou piora de 
sintomas clínicos.
IMAGEM (RX ou TC) Opacidade bilateral (causada por inflamação e 
congestão tecidual)
EDEMA Não ter origem cardiogênica ou por excesso de 
fluidos
OXIGENAÇÃO Hipoxemia aguda - PaO2 / FiO2 < 300 mmHg;
Classificação da SDRA (PaO2/ FiO2 com PEEP > 5 cm H2O)
Leve < 300 a 201
Moderada < 200 a 101
Grave < 100
PaO2: Pressão de oxigênio; Fi: Fração inspirada; PEEP: pressão positiva expiratória final.
PaO2/FiO2 valores normais se situam em torno de 450 a 500. 
SDRA - Epidemiologia
• Prevalência de 10% das internações na UTI;
• 23% dos pacientes em ventilação mecânica preenchem 
critérios de SARA;
• Elevada taxa de mortalidade hospitalar (40%);
• Ainda pouco diagnosticada e adequadamente tratada.
Bellani G. et al. 2016. Epidemiology, Patterns of Care, and Mortality for Patients With Acute Respiratory 
Distress Syndrome in Intensive Care Units in 50 Countries. JAMA 315(8):788-800.
SDRA – Fisiopatologia
Insulto inflamatório (ex: pneumonia)
↑ da permeabilidade alvéolo-capilar
-Preenchimento alveolar por infiltrado
inflamatório (plasma, hemácias,
leucócitos e plaquetas
-Infiltração de macrófagos e
neutrófilos para alvéolo
-Edema alveolar não-cardiogênico,
rico em proteínas
Comprometimento do Surfactante
Colapso alveolar
Basile Filho; Capone Neto (1988). Síndrome da Resposta Inflamatória do Adulto. Rev Bras Anet. 38:6:431-443. 
Thompson T. et al. (2017). Acute Respiratory Distress Syndrome. N Engl J Med 377:562-72. 
SDRA - Etiologia
• Pneumonia (40%) - bacteriana, viral, fúngica;
• Sepse (32%);
• Aspiração do conteúdo gástrico (9%);
• Trauma e outros (pancreatite, lesão por inalação,
afogamento, queimadura).
Thompson et al. 2017. Acute Respiratory Distress Syndrome. N Engl J Med; 377;6.
SDRA - Tratamento Clínico
• Oxigenoterapia c/ ou s/ ventilação mecânica (VM);
• VM pode ser realizada de forma não invasiva (uso
máscaras ou interfaces especiais) ou invasiva
(intubação traqueal);
• VM - Ventilação Protetora (Baby Lung): cuidados qto
ao volume e pressão.
Papazian et al., 2019. Formal guidelines: management of acute respiratory distress syndrome. Ann Intensive Care.
SDRA - Tratamento Clínico
Tratamento Clínico
• Identificação da causa (sepse, COVID-19, pneumonia);
• Terapia farmacológica:
Bloqueadores neuromusculares;
Balanço hídrico negativo (edema pulmonar);
Corticoide (maioria dos casos);
Tratamento da causa (doença de base);
• Avaliar indicação de Posição Prona (decúbito ventral);
• Avaliar ECMO.
Papazian et al., 2019. Formal guidelines. Ann Intensive Care; 9:69.
Thompson et al., 2017. Acute Respiratory Distress Syndrome. N Engl J Med; 377;6.
Posição Prona
• Indicação PaO2/ FiO2 < 150;
• Justificativa:
A SDRA acomete mais a área posterior do pulmão. Como na
ventilação mecânica o ar tende a subir, ao colocar o
indivíduo em posição prona a área posterior passa a ser
melhor ventilada.
• Sessões de pelo menos 16h consecutivas.
Paiva K.; Beppu OS., 2005. Posição prona. J Bras Pneumol. 31(4):332-40.
Papazian et al., 2019. Formal guidelines. Ann.Intensive Care; 9:69.
• Efeitos fisiológicos da posição prona:
Diminuição dos fatores que contribuem para o colabamento alveolar;
Redistribuição da ventilação alveolar;
Redistribuição da perfusão
• Redução da duração da ventilação artificial e da taxa de mortalidade.
• 4 P’s da posição prona e VM:
P: Precoce (benefício nas primeiras 36 horas)
P: PaO2/FiO2 ≤ 150 mmHg
P: Profunda (Sedação e Bloqueio Neuromuscular — paciente deve estar 
devidamente sedado e bloqueado)
P: Protetora (Ventilação)
• Melhora da oxigenação, em 70% a 80% dos 
pacientes com SDRA.
Paiva K.; Beppu OS., 2005. Papazian et al., 2019.
Guérin C, Reignier J, Richard JC, et al., 2013. Prone positioning in severe acute respiratory distress
syndrome. N Engl J Med.;368(23):2159-2168.
Estudo multicêntrico, 26 UTIs, Europa;
n=466; Follow-up 90 dias
Posição Supina X Prona
ECMO
Oxigenação por Membrana Extracorpórea
• Indicação – SDRA grave (PaO2/FiO2 < 80 - 60 mmHg).
Papazian et al., 2019. Ann.Intensive Care; 9:69.
ECMO
Campos LF et al., 2021. BRASPEN J; 36 (1): 122-6. 
Avaliação / Triagem Nutricional
• Risco nutricional do paciente com COVID-19 - triagem nutricional em até 48h
após a admissão hospitalar, em todos os pacientes;
• Pacientes com +48 h na UTI devem ser considerados em risco de desnutrição;
Via de alimentação
• Se VO considerar suplementos orais quando a ingestão energética <metas;
• Considerar suplementos orais hipercalóricos e hiperproteicos;
• Se VO + suplementos <60% das metas considerar TNE;
• Considerar nutrição enteral precoce, em até 48 horas da admissão;
• Se grave perda funcional ou intubação orotraqueal prolongada, avaliar quanto à
disfagia e à necessidade de TN;
• Se contraindicação da via oral e/ou enteral, considerar uso precoce da NP;
• Considerar o uso de NP suplementar após 5 a 7 dias, em pacientes que não
conseguirem atingir aporte calórico proteico > 60% por via digestiva.
Campos LF et al. 2021. BRASPEN J; 36 (1): 122-6 
VET
• Aporte calórico baixo, meta entre 15 a 20 kcal/kg/dia, nos primeiros quatro dias
ou enquanto durar a fase aguda inicial.
• Após este período, realizar calorimetria indireta, se disponível, ou progredir para
25 kcal/kg/ dia nos pacientes em recuperação.
• Na fase de reabilitação, considerar aumento progressivo da meta podendo
chegar a 35 kcal/kg;
• Se pacientes obesos, TN hipocalórica e progressão com cautela na 1ª semana.
• Se IMC 30 – 50 kg/m², meta 11-14 kcal/kg de peso atual/dia;
• Se IMC> 50 kg/m², meta 22-25 kcal/ kg de peso ideal/dia.
PTN
• 1,5 e 2,0 g/kg/dia, mesmo em caso de disfunção renal aguda.
• Se terapia de substituição renal contínua, considerar até 2,5 g/kg/dia.
• Se obeso, meta 2,0-2,5 g/kg de peso ideal/dia..
Campos LF et al. 2021. BRASPEN J; 36 (1): 122-6 
Cuidados em relação à oferta energética
• Cuidado com hiperalimentação relacionada à oferta calórica não nutricional
(especial/e em pacientes sedados com propofol e com alto aporte de glicose
endovenosa).
Síndrome da realimentação
• Avaliar [ ] séricas de potássio, magnésio e fósforo, nas primeiras 72 horas de
início da TN ou durante a primeira semana.
• Hipofosfatemia pode contribuir para retardo no desmame ventilatório de
pacientes críticos.
• Avaliar a suplementação de tiamina (vitamina B1) em pacientes que evoluírem
com baixa destes eletrólitos e risco de síndrome de realimentação.
Campos LF et al. 2021. BRASPEN J; 36 (1): 122-6 
Escolha da fórmula para pacientes
• Pacientes com disfunção respiratória aguda e/ ou renal utilizar fórmulas enterais 
com alta densidade calórica, objetivando restrição da administração de 
fluidos.
• Pacientes obesos, fórmulas hipocalóricas e hiperproteicas podem ser 
utilizadas. 
• Pacientes críticos com disfunção pulmonar NÃO utilizar fórmulas com alto teor 
lipídico/ baixo teor de carboidrato para manipular coeficiente respiratório e 
reduzir produção de CO2.
• Fórmulas enterais com ômega 3, óleo de borragem e antioxidantes não parece 
trazer benefícios clínicos. 
Campos LF et al. 2021. BRASPEN J; 36 (1): 122-6 
TN e Alteração de Oxigenação
• Manter NE em caso de hipercapnia compensada ou permissiva.
• Suspender TN em caso de hipoxemiaou hipercapnia
descompensadas ou acidose grave.
Campos LF et al. 2021. BRASPEN J; 36 (1): 122-6 
TN e Posição Prona
• Manter cabeceira elevada em 25-30º (Trendelemburg Reverso);
• Avaliar o posicionamento da sonda nasoenteral de forma sistemática;
• Possível usar acesso gástrico;
• Pacientes em prona podem receber nutrição plena, desde que haja 
condições clínicas e tolerância gastrintestinal; 
• Não suspender a TN durante a posição prona; 
• Tempos de pausa da dieta, antes e logo após a movimentação do 
paciente, devem ser realizados conforme protocolo institucional; 
• Uso de procinético (metoclopramida); 
• Ofertar NE de maneira contínua, em bomba de infusão; 
• Não suspender nutrição parenteral para execução da manobra.
Campos LF et al. 2021. BRASPEN J; 36 (1): 122-6 
TN e ECMO 
• TN precoce, atenção à tolerância, maior risco de gastroparesia e 
isquemia intestinal.
• Metas nutricionais iguais as de pacientes críticos sem ECMO.
• Pacientes em TNP podem receber emulsão lipídica de rotina, uma vez 
que não existe risco comprovado de infiltração lipídica nas membranas 
mais modernas.
Tuberculose (TB)
• Doença infecto-contagiosa grave
• Agente etiológico:
Bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch
(BK) em sua homenagem ao cientista alemão Robert Koch
que isolou a bactéria (1882).
• Sintomas: sudorese noturna, fadiga, hemoptise, tosse, 
febre, expectoração.
• Tuberculose pulmonar - Fase de contágio = fase bacilífera. 
Sampaio & Sabry, 2013; Nogueira et al., 2012; Brasil, 2011; Silva & Mura, 2007; Cuppari, 2005; Iseman, 2005.Sampaio & Sabry, 2013; Nogueira et al., 2012; Brasil, 2011; Silva & Mura, 2007; Cuppari, 2005; Iseman, 2005.
Rastreio de Tuberculose: PPD
Sampaio & Sabry, 2013; Nogueira et al., 2012; Brasil, 2011; Silva & Mura, 2007; Cuppari, 2005; Iseman, 2005.
Raios X
Raios X indicativo de tuberculose - Imagem cavitada
Confirmação Diagnóstica 
Laboratorial
• Baciloscopia de escarro
• Teste rápido molecular para tuberculose
• Cultura
Diagnóstico de Tuberculose:
Baciloscopia
• Pesquisa de Bacilos Álcool-Ácido 
Resistentes (BAAR) – Teste do Escarro 
Diagnóstico de Tuberculose:
Cultura 
• Padrão ouro, elevada especificidade e sensibilidade;
• É realizado a partir da semeadura da amostra clínica, em
meios de cultura específicos para micobactérias;
• Resultado em semanas.
Diagnóstico de Tuberculose:
TRM-TB
• Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB);
• Detecta a presença do bacilo causador da doença em 2 
horas;
• Identifica se há resistência ao antibiótico rifampicina;
• Reação em cadeia da polimerase (PCR), detecção do 
DNA do M. tuberculosis em escarro;
• Altas especificidades para a detecção do bacilo (99%);
• Preço elevado;
• Incorporado ao SUS.
Teste IGRA: Infecção Latente 
• IGRA: Ensaio de liberação do interferon-gama (Interferon-
Gamma Release Assays).
• Testes utilizando amostras de sangue para comparar a
produção de IFN-gama liberado pelas células em resposta
a antígenos.
• São ferramentas de diagnóstico para infecção latente
por tuberculose (ILTB).
• São marcadores substitutos da infecção por
Mycobacterium tuberculosis e indicam uma resposta
imune celular ao M. tuberculosis.
• Exame dispendioso (R$ 250 – 300,00).
• Não é realizado pela rede pública. 
Tuberculose
• Características marcantes da doença: 
-longo período de latência entre a infecção inicial e a
apresentação clínica da doença (grande parte dos casos
12 meses após contaminação);
-preferência pelos pulmões, mas também pode
ocorrer em outros órgãos do corpo como ossos, rins e
meninges; forma extra pulmonar não é contagiosa;
-resposta granulomatosa associada à intensa
inflamação e lesão tissular.
Coleção Guia de Referência Rápida
Tuberculose, SMS/RJ, 2016.
Santos; Lima, 2017. Tuberculose
pulmonar e a formação do
granuloma: uma revisão de literatura.
Tuberculose
• Problema global de saúde pública voltando a
ocupar papel de destaque entre as principais doenças
infectocontagiosas;
Kant et al., 2015; Andrade et al., 2008.
Tuberculose
• Principais causas para problema:
-falta de adesão dos pacientes aos esquemas
terapêuticos, com duração de 6 - 9 meses;
-aparecimento de cepas de TB multiresistentes
(resistência aos fármacos isoniazida e rifampicina;
-co-infecção com o vírus HIV.
• Mortalidade: + 2 milhões de morte/ano; TB é a
principal causa de morte entre os pacientes HIV+;
• Doença associada à pobreza e desnutrição.
Kant et al., 2015; Andrade et al., 2008.
Tuberculose e Desnutrição
• Doença  desnutrição;
• Doença catabólica ( de citocinas pró-inflamatórias);
•  ingestão alimentar
• Impacto dos fármacos sobre o EN
-TB →DEP
-EN comprometido favorece TB (sistema imune )
-TB→ Depleção de micronutrientes
-Deficiências comuns na tuberculose:
Vitaminas: A, C, D, E e B6.
Minerais: zinco e selênio .
Kant et al., 2015.
Tuberculose
• Vacinação – vacina disponível para a doença, a
BCG (Bacilo de Calmette-Guérin), previne o
desenvolvimento de TB fatal em crianças e
jovens, sua eficácia de proteção contra a
doença pulmonar em adultos é questionável.
• Tratamento medicamentoso – Antibióticos
(esquema RIPE). Doença curável em
praticamente 100% dos casos se tratamento for
administrado corretamente.
• Dispensação pública (posto de saúde).
Esquema RIPE
• Rifampicina
• Isoniazida (INH):
• Pirazinamida
• Etambutol
Farmanguinhos
Quatro fármacos combinados em um único 
comprimido
Esquema 
RIPE
Tuberculose - Tratamento
Esquema básico de tratamento para idade maior ou igual a 10 anos 
Tuberculose – Controle da 
Transmissibilidade
Controle da transmissibilidade: após 15 dias de tratamento a 
transmissibilidade chega a níveis insignificantes. No entanto, 
o ideal é que as medidas de controle sejam implantadas até 
que haja a negativação da baciloscopia.
Medidas de controle: manter os ambientes bem ventilados e 
com entrada de luz solar (bacilo é sensível à luz), proteger 
a boca com o antebraço ou um lenço ao tossir e espirrar e 
evitar aglomerações.
Efeitos Adversos do 
Tratamento Medicamentoso
• Rifampicina - anorexia e distúrbios GI.
• Isoniazida (INH):
-Pode causar neuritis por depletar a piridoxina (B6);
-Interfere no metabolismo da vitamina D;
-Diminui absorção de cálcio e fósforo.
-Depleção de Niacina e B12.
- Distúrbios GI: Náuseas, boca seca e vômitos.
• Pirazinamida – Anemia, icterícia, disturbios GI, ↑ ac.
úrico;
• Etambutol - ↑ ac. úrico; ↓ plaquetas, coceira, alergias.
Terapia Nutricional em Tuberculose
• VET = Hipercalórico – alto percentual de 
desnutrição em pacientes com tuberculose
>30 a 50 kcal/kg/dia – recomendação PVHIV
Uso de suplementos
• Distribuição de macronutrientes: 
PTN = Hiperproteica (15%–30%)
LIP = Normolipídica (25%–35%)
CHO = Normoglicídica (45%–65%)
WHO. Guideline: Nutritional care and support for patients with tuberculosis, 2013; 
Sampaio; Sabry, 2013; Silva & Mura, 2007; Cuppari, 2005.
Terapia Nutricional em Tuberculose
• Micronutrientes - Deficiências comuns na tuberculose:
Vitamina A, C, D, E, B6, zinco, selênio.
• Vitaminas e Minerais:
– Vit A: função imune (proliferação de linfócitos T, função 
de linf. B e T, geração de anticorpos, atividade de 
macrófagos);
– Vit C: > demanda pela infecção; regeneração tecidual;
– Vit D e Cálcio: efeito colateral da medicação (INH);
– Complexo B, especialmente B6 – depletada pela INH; 
metabolismo energético. 
Kant et al., 2015; van Lettow et al., 2004; Sasidharan et al., 2002. 
WHO, 2013. Nutritional care and support for pacientes with tuberculosis.
Suplementação energética:
• 6 ensaios avaliaram o fornecimento de alimentos ou suplementos
energéticos (até +1000 kcal).
• Os estudos disponíveis eram pequenos demais para provar os benefícios
clínicos sobre mortalidade, cura ou término do tratamento – qualidade da
evidência baixa ou muito baixa.
• A suplementação provavelmente produz um aumento modesto no ganho de
peso durante otratamento da tuberculose ativa, embora isso não tenha
sido visto de forma consistente em todos os ensaios.
Conclusão: Atualmente, não existem pesquisas suficientes para saber se o
fornecimento rotineiro de alimentos ou suplementos energéticos
melhora a tuberculose, mas provavelmente melhora o ganho de peso
em algumas situações.
Objetivos: Avaliar os efeitos dos
suplementos nutricionais orais
(suplementação energética e de
micronutrientes) em pessoas em terapia
para tuberculose ativa.
Grobler L. et al., 2016. Nutritional care and support for pacientes with tuberculosis. Cochrane 
Database of Systematic Reviews 2016, Issue 6.
Suplementação de micronutrientes:
• A suplementação rotineira de micronutrientes pode ter pouco ou nenhum
efeito sobre a mortalidade.
• Não há evidências suficientes para saber se a suplementação contribui
para a cura (sem estudos) ou término do tratamento - evidência de
qualidade muito baixa.
• As concentrações plasmáticas de vitamina A parecem aumentar após
o início do tratamento da tuberculose, independentemente da
suplementação.
• A suplementação provavelmente melhora as concentrações plasmáticas
de zinco, vitamina D, vitamina E e selênio, mas isso não demonstrou
ter benefícios clinicamente importantes.
• Apesar de vários estudos sobre suplementação de vitamina D em
diferentes doses, não foram demonstrados benefícios estatisticamente
significantivos na conversão do escarro.
Grobler L. et al., 2016. Nutritional care and support for pacientes with tuberculosis. Cochrane 
Database of Systematic Reviews 2016, Issue 6.
Suplementação de micronutrientes - Conclusão:
Embora as concentrações plasmáticas de algumas
vitaminas possam ser baixas em pessoas que
iniciam o tratamento para tuberculose ativa,
atualmente não há informações confiáveis de que
a suplementação rotineira acima das quantidades
diárias recomendadas traz benefícios clínicos.
Suplementações utilizadas nos 
estudos incluídos na Revisão 
(Grobler et al., 2016)
Doses
Suplementos multi vitamínicos DRIs
Vitamina A Maioria utilizou 5000 IU /d
Zinco 15 mg de sulfato de zinco/d
20 - 45 mg zinco elementar/d
Vitamina A + Zinco 2500-5000 UI Vit A/d
+ 15 – 50 mg sulfato de zinco/d
Vitamina D Diferentes protocolos; 1000 a 5000 UI/d; 
50.000 UI/semana ou 50.000 UI 3x/sem.
Vitamina E + Selênio Vit E (133 - 140 mg/dia) 
+ selênio (65 - 200 μg/dia)
Conclusão
Obrigada!
msoares@nutricao.ufrj.br
Nutrição exerce um papel significativo no tratamento das 
doenças respiratórias, entretanto a dietoterapia para as 
doenças respiratórias ainda carece de mais evidências 
e diretrizes. Os profissionais nutricionistas devem estar 
atentos ao estado nutricional de macro e 
micronutrientes, intervir com dietas e 
suplementações, se necessárias, visando a melhor a 
qualidade de vida e o prognóstico dessas doenças.
Ankera S.D. et al. ESPEN Guidelines on Enteral Nutrition: Cardiology and Pulmonology. Clinical Nutrition, 2006; 25: 311–318.
BAPEN. British Association of Parenteral and Enteral Nutrition. Managing malnutrition in COPD. 2016. https://tinyurl.com/ycx58t3q
(accessed 26 June 2018).
Cuppari L. Nutrição Clínica no Adulto. 2a ed. 2005.
Fernandes A.C.; Bezerra O.M.P.A. Terapia nutricional na doença pulmonar obstrutiva crônica e suas complicações nutricionais. J
Bras Pneumol., 2006; 32(5):461-71.
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Global Burden of Disease. World Health Organization; 2016. Disponível em: http://www.who.int/topics/global_burden_of_disease
Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. 2019. Disponível em: https://goldcopd.org/wp-
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1;23(Sup7):S18-S26. doi: 10.12968/bjcn.2018.23.Sup7.S18. Review.
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Sampaio H.A.C.; Sabry M.O.D. Nutrição em Doenças Crônicas: Prevenção e Controle - 2ª Edição - 2013, Editora Atheneu.
Shils M.E.; Olson J.Á.; Shike M.; Ross A.C. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. São Paulo: Manole, 2a ed.
Brasileira. 2009.
Silva, S.M.C.S; Mura, J.D.P. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo-SP: Roca, 2007.
Referências Bibliográficas
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