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Nefrologia – aula 2 – Márcia Farenzena2 INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E CRÔNICA *creatinina vem do metabolismo muscular. Tudo proporcional a função renal. Pessoa “musculosa” com massa magra pode ter uma creatinina mais alta e ser normal, etc. Valor de Referência: Clearence de creatinina:75,0 a 115,0 ml/min, 1,73 m². Creatinina no soro: 0,80 a 1,40 mg/dL. Creatinina na urina: 0,90 a 1,50 g/24 hs. Creatinina de base: A menor Cr dos últimos 6 meses, sem diálise. Na ausência de Cr nos últimos 6 meses, se não houver fatores de risco para DRC e US não tiver sinais de cronicidade, é a Cr estimada para MDRD 75mL/min/1,732. Creatinina de referência A menor Cr da internação atual IRA – perda abrupta (em 1-7 dias) e sustentada (>24h) da função renal. *paciente com problema de próstata que fecha o canal uretral, pode ocasionar uma insuficiência renal, aumentando a creatinina, mas passando uma sonda resolve. Em 2002, havia ao menos 35 definições diferentes de IRA na literatura... Havia grande variação nos desfechos estudados: Incidência de IRA em UTI: 1 a 25% Mortalidade da IRA: 15 a 60% INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) Perda da função renal súbita, rápida e irreversível (se não houver tratamento). Pré-renal: doenças que provocam hipoperfusão renal, sem comprometer a integridade do parênquima, cerca de 55%. **Choques. Renal: doenças que afetam diretamente o parênquima renal, cerca de 40%. Pós-renal: doenças associadas à obstrução do trato urinário, cerca de 5%. *causada por qualquer obstrução que aconteça no trato urinário. HPB, tumores... CLASSIFICAÇÃO QUANTO A DIURESE Anúrica total: 0-20 mL/dia Anúrica: 20-100mL/dia Oligúrica: 101-400mL/dia Não-oligúrica: 401-1200mL/dia Poliúrica: 1201-4000mL/dia Hiperpoliúrica: > 400mL/dia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · Digestivas: inapetência, náuseas, vômitos incoercíveis, sangramento digestivo · Cardio-respiratório: dispneia, edema, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, EAP, arritmias, pericardite, pleurite · Neurológico: sonolência, tremores, agitação, torpor, convulsão, coma · Hematológico: sangramentos, anemia, distúrbios plaquetários · Imunológico: depressão imunológica, tendência a infecções · Nutricional: catabolismo aumentado, perda de massa muscular · Cutâneo: prurido. **é pior a creatinina de 1 para 2 (perde 50% do clearence) do que passar de 4 para 6 (perde 15% de clearence), por exemplo. TRATAMENTO Visa a recuperação da função renal e prevençõ de novas lesões Correção a volemia e equilíbrio eletrolítico Controle das manifestações de uremia Evitar iatrogenia: verificar medicações em uso, ajustar a dosagem e a frequência. Evitar nefrotoxinas (AINEs, contraste e aminoglicosídeos – Polimixina B MUITO nefrotóxica, os pacientes geralmente acabam em diálise). *Usa vancomicina.... HIPERCALEMIA Confirmar a hipercalemia (coleta sem torniquete) Interromper a administração de potássio Realizar ECG Se tivwr alteração no ECG, fazer gluconato de cálcio 10mL, IV em 2 a 3 min Glico-insulina: insulina regular 10UI em GH 50%, 100mL de 5ª 10 min IV. Salbutalmol Bicarbontado de sódio 8,4%mL/KG IV em 15 a 20 min Furosemida 40 a 80 IV em volus Poliestireno de cálcio (sorcal, 15 a 30g VO66h, podendo ser feito via retal) Diálise. INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA *Ureia e creatinina são os lixos do organismo, devem ser bastante excretadas e estar em uma baixa concentração no sangue. *Taxa de filtração glomerular – quanto o rim elimina de creatinina por hora. Perda da função renal progressiva, insidiosa e inexorável. PRINCIPAIS CAUSAS · HAS · DM · Glomerulonefrite crônica · Rins policísticos CRITÉRIOS PARA IRC · Albuminúria > 30mg/24h ou relação albumina/creatinina > 30mg/g · Anormalidades no sedimento urinário · Distúrbios eletrolíticos e outros devido a lesões tubulares · Anormalidades detectadas por exame histológico · Anormalidades estruturais detectadas por exame de imagem · História de transplante renal · TFG diminuída (<60ml/min/1,73m2 – categorias de TGF G3a-G5). ESTADIAMENTO *Só coloca em hemodiálise pacientes em estágio 5. *Se o paciente não estiver no grau 5, o paciente vai pra hemodiálise de tiver edema agudo, com cardiopatias (hipervolêmico). Quando iniciar TRS (terapia de substituição renal) - Sintomas ou sinais atribuíveis à insuficiência renal (pericardite urêmica, distúrbios ácido-básico ou eletrolíticos, prurido, tremores) - Inabilidade para controlar pressão arterial ou volume - Deterioração progressiva do estado nutricional refratário à intervenção dietética - Déficit cognitivo. A diálise peritoneal dura cerca de 12 horas (processo mais lento e “fisiológico” e é feito em casa), enquanto a hemodiálise dura 4. No transplante renal primeiro é feito a ligadura da artéria e da veia e depois do ureter. Tratamento paliativo: - cada vez mais, considera-se que é preciso prover atendimento organizado para aqueles pacientes que estão morrendo ou que optaram por não fazer tratamento dialítico ou transplante; - dar suporte a tais pacientes e suas famílias, tendo em mente que existe uma ampla gama de necessidade de tratamento paliativo antes da morte no caso de pacientes com DRC avançada. Encaminhamento: - estágio 3B - lesão renal aguda ou queda abrupta e mantida na TFG, TFG <30 ml/min/1,73 m2 (estágios G4-G5); - albuminúria significante (RAC > 300mg/g; albuminúria > 300 mg/24h, que é equivalente a aproximadamento RPC > 500 mg/g ou proteinúria > 500 mg/24h); - progressão da DRC; - cilindrúria hemática e hematúria (> 20/pc) mantidas e não prontamente explicadas; - DRC e hipertensão refratária a tratamento com quatro ou mais agente anti-hipertensivos; - alterações persistentes no potássio sérico; - doença renal hereditária.
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