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Blocos Econômicos FORMAÇÃO DOS BLOCOS ECONÔMICOS REGIONAIS Agentes da globalização: Transnacionais, que procuram desobstruir todo e qualquer entrave legal à livre circulação de mercadorias, capitais e mão de obra em todo o planeta. Estados nacionais: Tentam preservar sua soberania e sua autonomia política e econômica. Os blocos definem as relações econômicas não apenas entre seus membros, mas também com outros blocos existentes. UNIÃO EUROPEIA Foi uma das estratégias utilizadas pelas potências capitalistas europeias após a 2º Guerra Mundial. Para se recuperarem dos conflitos. 1957 – Comunidade Econômica Europeia. Alemanha Ocidental, França, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos. Livre circulação de bens, capitais e mão de obra. Mercado Comum. 1970 a 1990 – Comunidade Econômica Europeia se expande. 1973: Reino Unido, Irlanda e Dinamarca. 1981: Grécia. 1986: Portugal e Espanha. Europa dos Doze. 1992 – Foi assinado o Tratado de Maastricht. Política comum para os assuntos externos e para a segurança. Estreitamento das resoluções de caráter jurídico e de assuntos internos. União econômica e monetária, incluindo a criação de uma moeda comum. Surge a União Europeia. 2002 – Inicia-se a circulação do euro. Banco Central Europeu – órgão responsável pela política monetária do bloco. 1995 – Entram no bloco a Finlândia, Áustria e Suécia. 2004 – Entram no bloco o Chipre, Malta, Estônia, Lituânia, Letônia, Hungria, República Tcheca, Polônia, Eslováquia e Eslovênia. 2007- Entram no bloco a Bulgária e Romênia. 2013 – Entra no bloco a Croácia. Exigências para entrar no bloco: Manutenção da inflação sob controle. Moeda estável. Déficit público não superior a 3% do PIB. A União Europeia é, hoje, o melhor exemplo de união econômica e monetária mundial. Maiores potências industrias dentro da Europa que estão no bloco: Alemanha, França, Itália e Reino Unido. Países dentro do bloco que não adotaram o euro como moeda: Reino Unido, Dinamarca e Suécia (perda da soberania nacional). Em 2016, através de um plebiscito, o Reino Unido decidiu se retirar da EU. NAFTA Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio. Criado em 1992. Estabelece a livre circulação de mercadorias entre os países membros. Intuito de eliminar todas as barreiras alfandegárias por eles estabelecidas como proteção a seus parques produtivos em relação à concorrência externa. Aumentou a liberdade de ação das empresas (possibilidade de remeter os lucros ao exterior e de escolher o local de instalação dos setores produtivos). Estados-membros: EUA, Canadá e México (menor influência que os outros dois). EUA e Canadá – melhores indicadores da mortalidade infantil, taxa de natalidade, PIB, situação sanitária e IDH. México – país subdesenvolvido e industrializado. Viu sua divida externa aumentar. Porém, o NAFTA contribuiu para elevar consideravelmente seus índices de desenvolvimento econômico. Instalação de empresas estadunidenses no México pelo baixo custo de produção. MERCOSUL Criado em 1991. Tentativa de estreitar vínculos comerciais entre os países da América do Sul. Objetivo inicial era criar uma zona de livre-comércio entre os países membros: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Posteriormente, houve a criação de uma tarifa externa comum. Consolidação do bloco como uma união aduaneira com a assinatura do Protocolo de Ouro Preto (1994). Outros países que foram integrando o bloco: Chile, Peru, Colômbia e Equador. Venezuela entrou em 2012. Porém, em 2017, o país foi suspenso do bloco. Bolívia está em processo de adesão. Vale destacar que a tarifa externa comum deveria servir para cobrir um imposto de importação comum. Entretanto, como há produtos que não se enquadram na TEC, alguns especialistas afirmam que o Mercosul é uma união aduaneira imperfeita. OUTROS BLOCOS ECONÔMICOS NOME ANO ESTADOS-MEMBROS TIPO OBSERVAÇÕES Comunidade Andina 1960 1996 Bolívia, Colômbia e Equador. Em 2006 a VEM retirou-se no bloco pois disse que o projeto tinha fracassado. Zona de livre- comércio que almeja ser uma União Aduaneira Países da América do Sul situados nos Andes. Comunidade de Desenvolvimento da África Austral 1992 África do Sul, Angola, Madagascar (suspenso), Namíbia, Congo, Moçambique, etc. (15 países). Zona de livre- comércio Os conflitos e instabilidade política dificultam a integração Associação das Nações do Sudeste Asiático 1967 Brunei, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Malásia, Tailândia, Vietnã, Laos, Mianmar, Camboja. Livre-comércio. - Cooperação Econômica Ásia- Pacífico 1989 Países do Sudeste Asiático e da Ásia Oriental, Rússia, Canadá, EUA, México e Chile. Livre-comércio - Aliança do Pacífico 2012 Chile, Colômbia, Peru e México. Livre-comércio - AUMENTO DO FLUXO DO COMÉRCIO MUNDIAL Aumento do fluxo de comércio internacional em decorrência de: Diminuição das restrições à entrada de produtos importados. Crescimento econômico dos países que aumentaram o consumo de bens e serviços. Avanço do setor de transportes = menor custo e tempo de deslocamento das mercadorias. Com o objetivo de manter a estabilidade monetária e financeira do mundo e oferecer instituições de ação internacional, encontram-se: Fundo Monetário Internacional (FMI) – garantir empréstimos a países em dificuldade econômica e assegurar a estabilidade nas taxas de câmbio. Organização Mundial do Comércio (OMC) – reúne 150 países com o objetivo de regulamentar o comércio mundial e resolver disputas comerciais entre as nações. INTERNACIONALIZAÇÃO DOS FLUXOS DE CAPITAIS E DE PRODUÇÃO Uma das características do atual processo de intensificação da globalização econômica é o aumento do fluxo de capitais de um país para o outro. Capitais de risco – quando são transferidos a um país para ser aplicado na forma de investimento no setor produtivo. Capitais especulativo/capitais voláteis – quando sua finalidade é a aplicação no setor financeiro. A dependência de um país em relação a esses capitais, para equilibrar suas contas externas, é muito perigosa. Qualquer mudança no cenário internacional pode afetar a segurança e a rentabilidade das aplicações financeiras. CRISES FINANCEIRAS: “Bolha ponto com”: Na Tailândia. Desencadeada pela fuga de capitais que se iniciou nos EUA e envolveu a valorização exacerbada de ações de empresas ligadas à alta tecnologia. Crise dos EUA em 2008: Sistema econômico estadunidense começou a ampliar suas atuações no mercado imobiliário, por meio das hipotecas, para obtenção de mais lucro. Cobravam incialmente juros baixos e, ao longo do ano, iriam aumentando. As hipotecas eram utilizadas pelos bancos para venda de aplicações p/ empresas, bancos e pessoas. Essas aplicações tinham como garantia a previsão de juros obtidos por meio das hipotecas. Diante disso, as pessoas não tinham rentabilidade suficiente para pagar as hipotecas. Como consequência, em escala mundial, teve o corte de investimentos, redução de empréstimos, falência de bancos e indústrias, demissões em massa e recessão principalmente nos EUA, países que adotaram o euro e o Japão. OS PARAÍSOS FISCAIS São localidades onde os investidores podem aplicar seus recursos financeiros em instituições bancárias pagando menos tributos sobre os lucros. Como em muitas vezes não precisam declarar a origem dos recursos, esses lugares são conhecidos pelo ganho de dinheiro ilegal. A BOLSA DE VALORES É uma associação civil sem fins lucrativos com o objetivo de manter uma instituição financeira para a realização de transações de compra e venda de títulos representativos de valor imobiliário na forma de mercado livre e aberto. Dos títulos, destacam-se as ações – menor fração docapital social de uma empresa de capital abeto. A Bolsa de Valores de Nova York é a que apresenta o mais elevado nível de capitalização no mundo. A NASDAQ é uma Bolsa de Valores eletrônica que negocia ações de empresas em alta tecnologia. Existe também a expansão do processo de internacionalização da produção industrial onde empresas fabricam os componentes dos bens industriais que produz em diferentes países. Isso é resultado d possibilidade de produzir seus bens em países mais vantajosos do ponto de vista econômico, com a finalidade de minimizar seus custos e maximizar seus lucros. Isso é possível graças: Políticas neoliberais que resultaram em uma abertura das economias nacionais aos grandes investidores. Transformação nos transportes e nas telecomunicações que resultaram no encurtamento das distâncias no mundo. GLOBALIZAÇÃO E DESIGUALDADE Globalização tem provocado a concentração e a centralização do capital na mão de um pequeno número de corporações empresariais. A formação dessas corporações ocorre por meio dos investimentos feitos com o intuito de alargar os horizontes produtivos e de mercado ou, também, pela fusão/incorporação de empresas que não apresentam condições de sobreviver no mercado sozinha por conta da limitação de seus investimentos. Essas corporações localizam-se, na maioria das vezes, em potências mundiais e potências emergentes. Assim, intensifica a disparidade econômica dos demais países, excluídos do processo de globalização por não apresentarem condições estruturais de produção que viabilizasse sua inserção nos fluxos globais. Intensifica o agravamento das disparidades econômicas dentro do próprio país, onde as regiões mais ricas – por apresentarem melhores condições de inserção nos fluxos globais – funcionam como polos de concentração de capital, o que resulta em desigualdades economias e sociais, aumentando a exclusão social.
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