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Objetivos ● Além de evitar sequelas estéticas, evitar sequelas funcionais ● Revitalizar áreas desvitalizadas ● Retornar o contorno facial ● Reabilitar regiões protéticas ● Reinserir o paciente em sociedade Tipos de reconstrução Fechamento de fístulas, defeitos e comunicações Principal acidente que pode acontecer em uma cirurgia de dentes superiores: COMUNICAÇÕES BUCO-SINUSAIS CRÔNICAS. Toda comunicação buco-sinusal precisa ser fechada? Precisa ser operada? NÃO!! Por isso existe o tratamento conservador. Como medir se a comunicação é menor que 5mm? Faz-se a exodontia de um molar superior e desconfia que comunicou, faz-se um teste: coloca-se um espelho embaixo do alvéolo em que foi feita a exodontia, manda o paciente tampar o nariz e fazer força (Manobra de Valsalva). Logo, se o espelho embaçar, quer dizer que está passando ar pelo alvéolo, significando que está ocorrendo comunicação buco-sinusal. E, além disso, também tem-se o teste visual. OBSERVAÇÃO: os 5mm é equivalente ao tanto da raiz. Os outros no quadro são cuidados que devem ser seguidos para fechamento sozinho da comunicação buco-sinusal!!! Além do tratamento conservador, ainda há o TRATAMENTO CIRÚRGICO, conhecido como FISTULECTOMIA!! FISTULECTOMIA: O objetivo é que depois que comunicou, formou um trajeto fistuloso, ou seja, aquele epitélio da cavidade oral se juntou com o epitélio da cavidade nasal e criou um caminho, logo, se “criou esse caminho”, não há fechamento da comunicação!! Fundamentos biológicos: ● Remoção do trajeto epitelial - remover o “caminho” da fístula ● Favorecendo o fechamento - atrasa a migração e epitélio na tentativa de reepitelizar a área OBSERVAÇÃO: locais onde estão epitelizados, JAMAIS irão fechar!! Formas de fechamento da comunicação buco-sinusal: Retalho rodado palatino: Pedaço de tecido que você desloca do palato para fechar comunicações próximas, Retalho vestibular: Retira da mucosa livre e puxa ela para cobrir o alvéolo. Outro retalho que pode ser feito de reconstrução guiada: Rotação de Retalho Palatino No retalho palatino não é utilizado Bola de Bichart, sendo utilizado um pedaço do tecido do palato. Não é utilizado em todas as ocasiões!! É utilizado em comunicações pequenas. Insucesso: está relacionado com a escolha errada da técnica e cuidados pós-operatórios!! OBSERVAÇÕES: ● O retalho deve descansar distante alguns milímetros do bordo da comunicação; ● Não usar fios reabsorvíveis, pois esse fio reabsorve em 10 dias. Logo, não tem-se a certeza de cicatrização da cirurgia nesse período; ● Manipulação delicada do retalho e manutenção de adequado aporte sanguíneo. O cirurgião deve ser firme e delicado!! Fechamento de fissura palatina No fechamento de fístulas palatinas, fístulas grandes, oriundas de fissura labiopalatina, deve-se ter um cuidado redobrado, pois geralmente requer tanto de tecido ósseo, quanto de tecido mole!! Deve ser fechada ao longo do tratamento do paciente, pois esses pacientes com fissura labiopalatina passam por várias cirurgias ao longo da vida. E essas cirurgias, na maioria delas, são guiadas pelos dentes. No momento da erupção dentária, quando está precisando de osso para o dente descer, é que dá-se início aos procedimentos!!! Enxertia óssea: ➔ Enxerto primário durante o primeiro estágio de dentição; ➔ Enxerto secundário durante o estágio misto de dentição; ➔ Enxerto terciário após o completo segundo estágio de erupção; ➔ O uso de enxertos ósseos removidos da crista ilíaca tem apresentado altos índices de sucesso e uma baixa incidência de complicações; ➔ BMP (comercial); 1. Enxerto ósseo primário: ● Popular na década de 50 e 60; ● Usualmente realizado em conjunto com a ortopedia dos maxilares; ● Caiu em desuso, pois alguns estudos mostravam que comprometiam o crescimento ósseo; ● Ainda é realizada em alguns centros; Benefícios desses enxertos: - Permite o reposicionamento ortodôntico dos dentes - Permite o fechamento de fístulas oro antrais - Dá suporte à base alar - Permite a estabilização da pré-maxila 2. Enxerto ósseo secundário: ● Realizada antes da erupção do canino permanente ● Entre ⅓ e ⅔ da raiz formada ● Idade de 8 a 10 anos ● Mais comum ● Osso autógeno particulado ou osso bovino liofilizado ● Não é observado distúrbios no crescimento 3. Enxerto secundário precoce: ● Realizada antes da erupção do canino permanente ● Entre ⅓ e ⅔ da raiz formada ● Idade de 5 a 6 anos 4. Enxerto secundário tardio: ● Após a erupção do canino; ● Usualmente entre a adolescência e a fase adulta; ● Pode ser realizada em conjunto com a cirurgia ortognática; TIPO DE OSSO: 1. Xenógeno: ● Osso bovino liofilizado 2. Autógeno: Osso do próprio paciente ou da crista ilíaca. Quem retira osso é o ortopedista, para depois enxertar!! Não é um procedimento de consultório!!! ● Crista ilíaca: ● Calvária (crânio - menos utilizado), mandíbula: ● Cortico-medular-ilíaco, costela, tíbia, mandibular. TÉCNICA DO PALATO EM CRIANÇAS COM FISSURAS PALATINAS: Enxertos com finalidade implantar Tipos de osso que podem ser colocados no paciente: 1. Xenógeno: ● Osso bovino liofilizado ● Membranas para guiar o osso integração 2. Autógeno: Osso do próprio paciente ou da crista ilíaca. Quem retira osso é o ortopedista, para depois enxertar!! Não é um procedimento de consultório!!! ● Crista ilíaca: ● Calvária (crânio - menos utilizado), mandíbula: ● Cortico-medular-ilíaco, costela, tíbia, mandibular. TÉCNICAS DE COLOCAÇÃO DE OSSO NO PACIENTE: Onlay Aposição de blocos de osso compacto sobre o leito receptor com fixação a base de mini parafusos. Osso particulado Utilizado osso bovino liofilizado particulado junto ou na ausência de biomembranas (técnica de sinus lift) Ex: utilizado para se fazer levantamento de seio maxilar ou quando é realizada uma exodontia e serão colocados implantes, logo, se preenche o alvéolo. Sanduíche Blocos ósseos autógenos aposicionados entre as corticais. Enxertos com finalidade implantar ( Técnica de Sinus Lift) Levantamento de seio maxilar ➔ Utilizada quando deseja-se aumentar a altura óssea em reconstruções com implantes ➔ Maxilas atróficas com extensa pneumatização ➔ Essa técnica começa pela Técnica de Caldwell Luc (abertura pela parede lateral do seio maxilar para acessar dentro do seio maxilar). Faz uma incisão intrasulcular, descola o tecido, vai com a broca diamantada esférica com movimentos circulares para fazer uma janela óssea. Não é feita de forma direta, pois pode perfurar o seio e a membrana!! ➔ utiliza osso triturado bovino com ou sem blocos ósseos para preencher o seio ➔ Utilização de membrana para fechar ➔ Quatro meses após a cirurgia, pode-se observar osso formado ➔ Contra indicada em paciente com sinusite Reconstruções após ressecções São utilizadas em cirurgias que podem sequelar o pacientes, como remoções de tumores, de neoplasias, quando se remove não só um pedaço de osso para colocar implante, mas sim, quando tem que se reconstruções mandíbulas inteiras, às vezes. RECONSTRUÇÃO OROMANDIBULAR: Essas cirurgias geralmente são grandes, feitas em ambiente hospitalar e requer um preparo maior dos profissionais. SOMENTE O CIRURGIÃO BUCO-MAXILO podem fazer e são feitas em hospital!!! Defeitos mandibulares após cirurgia ablativa: ● Forma ● Função ● Exigem uma abordagem multidisciplinar Objetivos da reconstrução: ● Reconstruir estruturas grandes que foram perdidas, para devolver para o paciente a fonética, o contorno mandibular. ● Restabelecer a forma do terço inferior da face ● Restaurar a capacidade do paciente de comer em público ● Ser inteligível ● Critérios: Visto que mais à frente pode ser necessário implantar esse paciente, sendo necessário esses critérios. TEMPO PARA RECONSTRUÇÃO: ● Historicamente: ● Atualmente é amplamente aceita a reconstrução imediata. Ex: no momento em que eu tiro um tumor, eu removo osso. ● Sem risco para um diagnóstico tardio. DEFEITOS ÓSSEOS: ● Ressecções por patologia ou trauma ● Paciente “socialmente mutilado" ● Perda significativa: função e estética. TRATAMENTO: ●Tratamento por meio de reconstrução ● Manter os contornos faciais ● Estética ● Função Depois que é feito o planejamento cirúrgico e a remoção da lesão, é feita a reconstrução óssea imediata, para manter os contornos faciais do paciente, a estética e a função. Para reconstrução de mandíbula existem dois tipos de enxerto: ENXERTOS VASCULARIZADOS: ● Melhor técnica devido ao suprimento sanguíneo ● Não garantem os melhores resultados ● Custos elevados ● Maior tempo cirúrgico ● 2 equipes cirúrgicas ● Maior morbidade ● Maior tempo de internação ENXERTOS NÃO VASCULARIZADOS: ● Preferível em defeitos menores ● Continuidade mandibular preservada ● Tumores benignos ● Quando utilizados corretamente, facilitam a colocação de implantes e consequentemente a reabilitação protética ● Os pacientes optam por esse tipo de enxerto por ser mais barato ● Apresenta taxa de sucesso de: 46 a 100% e de complicações: 20 a 35% ● Longevidade desses enxertos: ● Enxertos: Osso mais utilizado é o de costela!!
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