Tecnologia do sêmen

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@gabimed.vet 
 
1 Fisiopatologia da Reprodução do Macho 
Tecnologia do sêmen
→ Pra ver se o touro é fértil 
→ Composto por algumas etapas 
o Libido 
o Habilidade de monta 
o Dominância social. 
PROCESSAMENTO E CONGELAMENTO DE 
SÊMEN BOVINO 
→ Atualmente muito bem desenvolvida 
→ Promoveu de maneira intensa o processo de 
melhoramento genético do gado de corte e leite 
em todo mundo. 
→ Objetivos: 
o Colher o sêmen para andrológico 
o Avaliar motilidade, vigor 
o Colher o sêmen para vender 
AVALIAÇÃO ANDROLÓGICA 
Constituída pela parte de sistema genital 
Exame semiológico da estrutura e função do trato genital 
masculino 
INFERTILIDADE 
→ Redução temporária ou permanente da 
capacidade de conceber e produzir descendentes 
viáveis 
→ Pode manifestar 
o À cópula (incapacidade couendi) 
o Ausência de fertilização (incapacidade 
generandi) 
→ Avaliação do potencial reprodutivo 
o Avaliação andrológica 
o Teste de comportamento sexual 
o Manejo 
→ Manejo inadequado: baixo desempenho 
reprodutivo 
→ A infertilidade em cães e gatos 
→ Falha reprodutiva em determinadas raças caninas: 
alto índice de cruzamento consanguíneo 
IDENTIFICAÇÃO 
→ Idade do animal 
→ Dado importante 
→ Anomalidades hereditárias e/ou congênitas 
o Ex: criptorquidismo 
→ Animais idosos: 
o Tumores testiculares (especialmente no 
cão) 
o Diminuição da qualidade do sêmen 
o Diminuição da libido 
o Capacidade física e funcional para 
reprodução comprometida. 
AVALIAÇÃO ANDROLÓGICA DE BOVINOS 
→ Exames físicos e clínicos: 
o Avaliação da libido 
o Membros (principalmente membros 
posteriores) 
o Pênis 
o Palpação retal (volume das glândulas 
anexas) 
o Exame dos testículos (biometria 
testicular) 
o Epidídimos 
o Prepúcio 
→ Exames com resultados negativos (laboratórios 
credenciados) 
o Brucelose 
o Tuberculose 
o Campilobacteriose 
o Tricomose 
o Leptospirose 
o IBR 
o BVD 
o Tipagem sanguínea para comprovação de 
paternidade 
o Reprodutores que chegam são 
submetidos à quarentena em local isolado 
→ Touros doadores de sêmen que sejam precoces 
sexualmente 
→ Apresentar sêmen congelável com pouca idade 
MEDIÇÃO DE PERÍMETRO ESCROTAL 
→ A produção dos espermatozoides está relacionada 
com o tamanho dos testículos 
SÊMEN 
 
@gabimed.vet 
 
2 Fisiopatologia da Reprodução do Macho 
→ É a suspensão liquida contendo sptz e secreções 
dos órgãos acessórios do TGM 
→ Plasma formado por substancia liquida 
→ Elementos figurados: sptz e células diversas 
→ Elementos não figurados: água, substancias 
orgânicas, sulfato 
→ Plasma seminal: porção liquida no ato da 
ejaculação 
→ A composição varia de acordo com cada espécie, 
permitindo ou não uma maior congelabilidade no 
sêmen. 
PLASMA SEMINAL 
→ Bulbo uretrais 
o Fração 3: fosfolipases nos PR 
o Carotenoides: riboflavina nos ruminantes 
→ Vesícula seminal: 
o Fralção 5 nos PR 
→ Próstata: 
o Única glândula no cão 
o Prostaglandina 
→ Função de manter o sptz viável 
→ Composição: há muita variação na composição e 
pouco se sabe sobre as funções específicas de cada 
substâncias 
→ Água: função hidrodinâmica 
→ Frutose: energia para metabolismo do sptz 
→ Proteinas e aminoácidos: ação protetora, 
neutralizando o efeito dos metais pesados e 
prevenindo a aglutinação das células 
→ Ergotioneína: função protetora e manutenção da 
motilidade 
→ Prostaglandina: facilitam o transporte dos sptz no 
TRF 
→ Potássio e magnésio: favorecem a viabilidade 
espermática 
→ Zinco: sua falta afeta a morfologia espermática 
→ Fosfato 
→ Citrato 
→ Enzimas 
Fragilidade da membrana 
Osmoralidade 
ESQUEMA DA IA 
Macho – coleta de sêmen – avaliação e etc. 
IDADE PARA INICIAR 
Comercializar: conforme passa o tempo, melhora a 
qualidade 
Treinar o animal desde jovem com a coleta. 
COLETA 
Vagina artificial para comercializar 
→ Comprimento: 26cm no caso de touros jovens e 
30-40cm no caso de touros adultos 
→ Temperatura da água: cerca de 40ºC 
Manequins: 
→ Vivo: fêmeas, machos, machos castrados 
→ Mecânicos: dispositivos apropriados e inertes 
o Vantagens: proporcionar estabilidade 
→ Desviar o pênis antes de encostar na femea para 
não contaminar 
→ 
Eletroejaculador 
Massagem das ampolas através da palpação retal 
Sêmen ralo com volume e concentração diminuídos 
SPTZ 
→ Produzidos nos túbulos seminíferos do testículo 
→ Cabeça 
o Forma de pêra: contem o núcleo e 
material genético 
→ Macho: responsável pela definição do sexo 
→ Acrossomo: extremidade anterior da cabeça 
→ Colo: conecta a cabeça com a cauda 
→ Cauda: 
10/10/22 
COMPONENTES BIOQUÍMICOS DO 
ESPERMATOZOIDE 
→ Ácidos nucleicos, proteínas e lipídeos; 
→ Cromatina nuclear: É composta de DNA e de 
proteína; 
→ Cauda: Proteínas estruturais, enzimas e lipídeos; 
→ Núcleo: Composto de cromatina condensada e o 
DNA é estabilizado por protaminas; 
→ Proteínas nucleares: Importante para a 
condensação e estabilização do DNA; São mantidas 
juntas pela ligação sulfídrica; 
 
 
@gabimed.vet 
 
3 Fisiopatologia da Reprodução do Macho 
→ Ligação sulfídrica: Aumenta à medida que as 
células passam através do epidídimo; 
→ Membrana mitocondrial: Rica em fosfolipídeos; 
→ Fatores que afetam a sobrevivência espermática 
→ Temperatura; Choque do frio; Metabolismo 
espermático e PH; Luz; Oxigênio e agitação; 
Pressão osmótica; Metais pesados; Bactérias; 
ANÁLISE DO SÊMEN 
ANÁLISE MACROSCÓPICA: 
→ Volume: 0,5 a 10 ml; 
→ Aspecto: Cremoso ou leitoso; 
→ PH: 6,5 – 6,9 
→ Odor: característico, sui generis (provém do 
fosfato de espermina) 
→ Odor cítrico: Presença de urina no sêmen 
→ Odor pútrido: Presença de bactérias 
→ Cor: branco-marmóreo; 
→ Amostras translúcidas possuem poucos 
espermatozoides 
→ Sêmen com aparência coagulada (contendo 
grumos) indica infecção do sistema reprodutivo; 
→ Sêmen amarelo: Pigmento riboflavina (não 
confundir com urina); 
→ Sêmen avermelhado: Sangue (pode haver algum 
ferimento na uretra, na parte externa da glande ou 
nas glândulas anexas); 
→ Marrom: Sangue “velho” com degradação celular, 
alguma lesão antiga; 
→ Amarelado anormal: Pus ou urina 
→ Esverdiado: Presença de pus (infecção) 
ANÁLISE MICROSCÓPICA 
→ Turbilhonamento: Movimento de massa; 
→ Motilidade: Células vivas e móveis; Sêmen diluído; 
→ Os espermatozoides devem possuir movimento 
retilíneo progressivo; 
→ Vigo: propulsão e velocidade do espermatozoide; 
O diluente pode interferir; 
→ Densidade: É obtida através da espectrofometria 
ou contagem pela câmara de Neubauer; 
→ Concentração espermática: Refere-se ao número 
de espermatozoides por ml de sêmen; 
→ Exigência do MAPA: 6 milhões de espermatozoides 
por dose; 
 
 
CONCENTRAÇÃO ESPERMÁTICA 
→ Diluição da amostra para determinação da 
concentração espermática: 
o Touro – 1200 (1:100) 
o Carneiro e bode – 1300,1400,1500 
o Suínos, equinos e caninos - 1:20 
→ Concentração espermática juntamente com o 
volume é indicador da quantidade de fêmeas a 
serem inseminadas; 
TERMOS TÉCNICOS DA ANÁLISE MICROSCÓPICA : 
→ Azoospermia: apenas líquido de glândulas anexas 
→ Oligospermia: volume do ejaculado abaixo do 
normal; 
→ Teratozoospermia: porcentagem elevada de 
espermatozoides anormais 
→ Aquinozoospermia: espermatozoides imóveis 
CLASSIFICAÇÃO DA MORFOLOGIA 
ESPERMÁTICA 
→ O sêmen da maioria dos machos apresenta alguns 
espermatozoides anormalmente formados 
→ Essa proporção não pode exceder mais que 20 % 
ANORMALIDADES MORFOLÓGICAS: 
→ Primárias: Falhas na espermatogênese; 
→ Secundárias: Falhas que ocorrem no momento da 
passagem dos espermatozoides pelo epidídimo; 
→ Terciárias: Danos que ocorrem durante ou após a 
ejaculação; Manipulação inadequada do sêmen; 
→ Defeitos maiores: Qualquer anormalidade 
relacionada com infertilidade ou condição 
patológica do testículo ou epidídimo. 
→ Defeitos menores: Podem causarinfertilidade, 
porém é menos provável. 
→ Acrossomo (defeitos maiores) 
→ Enrugado; 
→ Contorno anormal; 
→ Destacado; 
NAR: NORMAL APICAL RIDGE – Acrossomo normal 
DAR: DEFECTIVE APICAL RIDGE – Irregularidades 
observadas na margem anterior do cromossomo. 
MAR: MISSING APICAL RIDGE - Não se detecta estrutura 
Knobbed sperm (grânulo persistente do acrossomo): 
Formado na espermiogênese, pode causar infertilidade 
 
 
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4 Fisiopatologia da Reprodução do Macho 
CABEÇA (DEFEITOS MENORES) : 
→ Diadem defect (vacúolos no meio da cabeça): 
→ Invaginação da membrana plasmática; 
→ Formado na espermiogênese e causado por 
agentes virais, estresse e degeneração testicular 
CABEÇA DEFEITOS MAIORES 
→ Piriforme 
→ Pequena 
→ Gigante 
→ Solta 
→ Espermatozoide decapitado: Não há cabeça, 
apenas cauda. É hereditário e está relacionado 
com a degeneração e hipoplasia testicular. 
COLO DEFEITOS MAIORES 
→ Implantação retroaxial: Degeneração testicular ou 
imaturidade sexual; 
→ Gota citoplasmática proximal: Degeneração ou 
hipoplasia testicular, disfunção epididimária ou 
imaturidade sexual; A gota fica retida no colo; 
DEFEITOS MENORES 
→ Implantação abaxial: Degeneração testicular ou 
imaturidade sexual. 
PEÇA INTERMEDIÁRIA (DEFEITOS MA IORES) 
→ Forma de saca-rolha: degeneração testicular e 
touros idosos; 
→ Flexão distal da peça intermediária: disfunção 
epididimária, estresse e insolação 
→ Pseudogota: grânulos densos encobertos por 
mitocôndrias; Genético. 
CAUDA (DEFEITOS MAIORES) 
Cauda fortemente enrolada ou dobrada: Lesão na bainha 
mitocondrial durante a espermiogênese; 
Pode ser hereditário e manifesta-se no epidídimo; 
Comum na raça Jersey. 
CAUDA (DEFEITOS MENORES) 
→ Cauda levemente enrolada ou dobrada: ocorrem 
no final da cauda 
→ Gota citoplasmática distal: A gota não escorrega 
até o final e não se desprende; 
→ Cauda dupla 
CLASSIFICAÇÃO DE FERTILIDADE 
→ Acima de 500 milhões de espermatozoides por ml; 
→ Mais de 50% de espermatozoides móveis com 
motilidade retilínea 
→ Mais de 80 % de espermatozoides com morfologia 
normal 
→ Falhando algum destes critérios, em amostras de 
três ou mais ejaculados, o touro é suspeito de 
infertilidade 
REPRODUTORES 
→ Após realização dos exames: Os dados são 
analisados, interpretados e os reprodutores são 
classificados em: 
→ Aptos ou satisfatórios para a reprodução; 
→ Questionáveis: Devem guardar novos exames; 
→ Inaptos ou insatisfatórios para a reprodução: 
Devem ser descartados 
DILUIÇÃO DO SÊMEN 
→ Aumentar o volume e fracionar 
→ Proteger os diferentes compartimentos celulares 
durante o resfriamento, congelação e 
descongelação 
→ Garantir a nutrição adequada 
→ Manter o balanço eletrolítico (PH e osmolaridade) 
→ Inibição do crescimento bacteriano. 
DILUIDORES DE SÊMEN 
Gema de ovo: Atua na superfície da membrana plasmática 
e protege o espermatozoide durante o choque térmico e o 
resfriamento 
SOLUÇÕES COMERCIAIS 
→ Leite esterelizado (desnatado e em pó) 
→ Desvantagem: Dificuldade de visualização no 
microscópio; 
→ Requisitos do diluidor 
→ Não serem tóxicos 
→ Mesma osmolaridade do plasma seminal 
→ PH igual do sêmen 
CONSERVANTES 
Tipos de conservantes 
→ Citrato de sódio: Em congelamento, atua no 
equilíbrio osmótico e evita o rompimento de 
células; 
 
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5 Fisiopatologia da Reprodução do Macho 
 
→ Glicerol: Protetor de membranas; Muito utilizado e 
barato; 
→ Glicose e frutose: como fonte de energia; 
→ Tris: Tampão eletrolítico; 
→ EDTA: Evita a aglutinação espermática; 
→ Antibióticos: estreptomicina e penicilina; 
ENVASE 17/10/22 
→ Controle do período de resfriamento e equilíbrio 
o Modificações graduais na membrana 
plasmática e de fluxos iônicos: conferem 
às células maior resistência durante o 
congelamento. 
o O congelamento horizontal é mais 
homogêneo. 
→ Envasamento mecânico em palhetas de 0,25ml ou 
0,5ml 
→ Sêmen diluído: é resfriado à 5ºC e depois 
congelado. 
CONGELAÇÃO 
CONGELAMENTO HORIZONTAL 
→ Máquina: diminui a temperatura gradativamente 
→ Caixa de isopor: suporte com palhetas deitadas em 
3-4cm de nitrogênio líquido 
→ Após 10-15 min.: imersão total no nitrogênio 
líquido 
→ Vantagem: congelação homogênia 
CONGELAMENTO VERTICAL 
→ Palhetas são colocadas num suporte, imersas no 
nitrogênio líquido (1cm) 
→ Depois de 10 a 15 min.: imersão total no 
nitrogênio líquido 
→ Desvantagem: congelação desigual 
DESCONGELAR 
→ Descongelar as palhetas em banho-maria, 37ºC, 
por 10-15 segundos 
FALHAS NA DESCONGELAÇÃO 
→ Descongelação lenta: recristalização (injúrias ao 
espermatozoide) 
→ Descongelação à temperatura ambiente (na mão 
ou bolso do inseminador) ou na vagina: os 
espermatozoides poderão morrer.