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DOENÇA VASCULAR RENAL

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1 Bruna Oliveira de Paula – Médica UFMT 2022 
DOENÇA VASCULAR RENAL 
1. Estenose da artéria renal 
2. Infarto renal 
3. Ateroembolismo 
ESTENOSE DA ARTERIA RENAL 
CAUSAS: 
• Aterosclerose grave → mais comum, 
principalmente em homem idoso. 
Normalmente no proximal a aorta (no 
início da artéria renal) 
• Displasia fibromuscular → ocorre mais 
em mulher jovem. Normalmente distal 
a aorta. 
A aterosclerose aparece mais nos locais onde 
tem um turbilhonamento elevado, no início da 
artéria renal é onde temos esse maior 
turbilhonamento. 
CONSEQUENCIAS 
Hipofluxo → o rim filtra mal, pois depois do 
ponto de estenose passa menos sangue. 
O Hipofluxo induz a liberação de RENINA, isso 
ativa o sistema renina – angiotensina – 
aldosterona. 
RENINA → ANGIOTENSINA I → ANGIOTENSINA 
II (enzima ECA) → ALDOSTERONA (córtex 
adrenal). 
De todo esse sistema, o responsável pela 
adaptação renal é a angiotensina II, a mesma 
faz vasoconstricção sistêmica, o que leva a 
hipertensão arterial. 
Como o sistema todo está ativado, temos que 
lembrar que a aldosterona também retem 
sódio, levando a HIPOKALEMIA E A ALCALOSE. 
Somado a vasoconstrição teremos uma 
HIPERTENSÃO RENOVASCULAR. 
RESUMINDO → ocorre uma hipertensão 
renovascular + vasoconstrição arteriolar 
eferente sendo o maior responsável a 
angiotensina II. 
Paciente com hipertensão arterial com potássio 
baixo → temos que pensar que esse paciente 
tem uma ativação excessiva do sistema renina 
angiotensina aldosterona. 
QUANDO SUSPEITAR? 
Normalmente suspeitamos quando temos uma 
hipertensão em uma faixa etária inesperada, 
nos extremos de faixa etária, por exemplo, 
quando identificamos sopro abdominal por 
exemplo, ou hipertensão com hipocalemia. 
COMO FECHAR O DIAGNÓSTICO? 
Exames de triagem (iniciais): 
• Cintilografia renal ou renograma 
(imagem) 
o Na primeira fase teremos uma 
adaptação renal e com isso o 
exame aparenta estar normal 
o Após a utilização do captopril vai 
conseguir identificar uma 
diminuição da função renal 
• Ultrassom renal com doppler 
o É bom para enxergar a 
assimetria renal, por exemplo, 
além da ↓ do fluxo. É o primeiro 
exame que vamos solicitar na 
pratica. 
Exames de confirmação 
• AngioTC 
• AngioRM 
Se após a realização desses exames ainda 
continuarmos com dúvida, teremos que indicar 
o padrão ouro, que também ajuda na 
intervenção cirúrgica. 
• ANGIOGRAFIA RENAL OU 
ARTERIOGRAFIA RENAL → faremos o 
cateterismo da artéria renal. É o padrão 
ouro, não só para diagnóstico, como 
também para intervenção. 
 
2 Bruna Oliveira de Paula – Médica UFMT 2022 
TRATAMENTO 
 Vai depender da causa. 
• Se displasia fibromuscular → 
angioplastia sem stent (só colocamos 
stent se tiver risco de recorrência 
vascular) 
• Se aterosclerose → IECA ou BRA-II. 
o NÃO USAR SE: 
▪ Estenose bilateral 
▪ Estenose em rim único 
Nessas duas situações temos as nefropatias 
isquêmicas, e com isso não podemos fazer 
medicamento. Apenas revascularização 
(angioplastia ou cirurgia), sendo que nesse caso 
é com stent pois o risco de nova estenose é 
maior. 
Lembrando que se for aterosclerose, a grande 
abordagem é medicamentosa e não cirúrgica. 
 
INFARTO RENAL 
A principal causa é uma arritmia cardíaca, a 
fibrilação atrial, sendo a mesma uma arritmia 
extremamente trombótica e emboligenica. 
Principal causa → embolia! 
MANIFESTAÇÕES 
• Dor súbita em flanco 
• HAS severa 
• Infarto renal → ↑ da LDH 
Como é uma doença do vaso renal, o ideal é 
fazer um exame que enxergue o vaso, como 
angio TC, angio RM e arteriografia. 
TRATAMENTO 
Farmacológico → ANTICOAGULAÇÃO → 
recanalização frequente. Lembrando que 
anticoagulante não impede a formação de 
trombos, eles apenas impedem que ele cresça. 
Quando o caso é grave, além do 
anticoagulante, vamos tentar recanalizar, seja 
com trombolítico (TROMBÓLISE) ou 
REVASCULARIZAÇÃO. 
 
ATEROEMBOLISMO 
Embolismo por plaquinhas de colesterol, 
plaquinhas de ateroma. 
A principal causa é quando fazemos uma 
cirurgia vascular que envolva a passagem do 
cateter pela aorta. 
Se houver placa de ateroma na aorta, o cateter 
pode soltar essa placa, pulveriza-la, e a mesma 
se espalhar em chuveirinho por vários locais do 
corpo, principalmente: 
• Rim → insuficiência renal 
o Podemos encontrar as fissuras 
ou fendas biconvexas 
• Pele → livedo reticular 
o Áreas pálidas, entremeadas por 
áreas avermelhadas 
• Extremidades → síndrome do dedo azul 
• Retina → placas de hollenhorst 
o Apenas o ateroembolismo faz 
placas de ateroma 
(patognomônico) 
Além disso, para finalizar: 
• Ocorre EOSINOFILIA / EOSINOFILÚRIA E 
↓ DO COMPLEMENTO. 
• BX: fissuras biconvexas (cristais de 
colesterol). 
Tratamento → SUPORTE! 
Anotações: