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ANAMNESE E EXAME FÍSICO EM OTORRINOLARINGOLOGIA

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ANAMNESE EM OTORRINOLARINGOLOGIA 
- ID 
- HDA 
- Interrogatório especial: distúrbios da deglutição, da respiração e fonação; presença de mal hálito (halitose), 
sensação de bolo (“globus faríngeo”) ou secreção na garganta, tosse e outros. 
A semiologia da dor é fundamental como: intensidade, localização, irradiação, durabilidade, frequência e 
sintomas concomitantes como febre, aparecimento de nódulos cervicais, erupções, etc. 
A dificuldade respiratória (dispneia, roncos e apneia noturna), alterações da voz e fala como disfonia 
(rouquidão), trocas de letras na fala (dislalia), atraso no desenvolvimento da fala, a dificuldade à deglutição 
(disfagia), dor à deglutição (odinofagia), alterações na mastigação, e queixas bucais como dor, sangramento, 
secura, excesso de salivação (sialorreia) orientam sobre o local da patologia e sua gravidade. 
- AP 
- AF 
EXAME FÍSICO 
- Antes do exame objetivo é importante a inspeção geral do paciente quanto a fácies, atitude, nutrição e outros. 
Oroscopia – é fácil, com o auxílio dos abaixadores de língua (espátulas), estiletes ou pinças podemos 
inspecionar, apalpar ou biopsiar, avaliando todas as estruturas citadas anteriormente. 
Orofaringoscopia – também é fácil, podendo-se comprimir as tonsilas palatinas para colheita de material 
suspeito, aspirar, biopsiar e outros. Utiliza-se uma espátula que tem a função de abaixar a língua em direção 
ântero-inferior tomando o cuidado de deixá-la na sua posição anatômica e relaxada (não pedir para o paciente 
colocar a língua “para fora”) e não tocar no seu terço posterior. A palpação externa da região cervical é sempre 
necessária. 
Hipofaringoscopia – se faz de forma direta como descrito anteriormente ou indireta com um espelho para 
laringoscopia indireta, ou ainda com auxílio de endoscópios rígidos ou flexíveis. Deve-se reconhecer as 
seguintes estruturas: base de língua com as tonsilas linguais, forame cego e papilas gustativas, epiglote, prega 
glossoepiglótica mediana separando as valéculas, pregas glossoepiglóticas laterais, pregas ariepiglóticas, e 
seios piriformes. 
Nasofaringoscopia – é o exame da nasofaringe. Pode ser realizada em alguns pacientes com fossa nasal ampla 
pela narina (rinoscopia anterior). O exame clássico é feito indiretamente pela boca com um pequeno espelho 
aquecido (espelho para rinoscopia posterior) introduzido na orofaringe mantendo-se a língua fixa com uma 
espátula (rinoscopia posterior): visualiza-se o teto da rinofaringe com a adenóide, lateralmente o “torus 
tubário” e anteriormente a comunicação com o nariz (coanas direita e esquerda). O toque da rinofaringe pode 
ser realizado após uma anestesia tópica da orofaringe. A nasofaringoscopia é realizada atualmente com 
endoscópios rígidos (pelo nariz ou orofaringe) ou flexíveis (nasofaringoscópios) que facilitam enormemente 
o exame e procedimentos na rinofaringe. 
 
 
Laringe - Exame externo – através da inspeção e palpação verifica-se a cor da pele, o volume da laringe, 
desvios, consistência, movimentos durante a deglutição, crepitação, edema, etc.: podemos percutir ou 
auscultar as estruturas. 
Laringoscopia indireta – permite-nos visualizar a laringe com espelho aquecido (espelho para 
laringoscopia indireta) colocado sobre a úvula, segurando-se a ponta da língua com uma gaze mantendo-a 
levemente tracionada para fora. A laringe é examinada durante a respiração e fonação (dizendo “iiiii” ou 
“ééééé”), observando-se suas estruturas e alterações morfológicas e funcionais: espaço supraglótico com as 
aritenóides, prega ari-aritenoidea, bandas ventriculares (falsas pregas vocais) e ventrículos de Morgagni, glote 
(espaço entre as pregas vocais) com as pregas vocais e seus movimentos, e região subglótica. 
Laringoscopia direta – feita com anestesia local ou geral, introduzindo o laringoscópio tendo-se uma 
visão direta da laringe. Em alguns casos é necessário o uso de um laringoscópio de suspensão e o microscópio 
(geralmente usados em cirurgias) que permitem um exame preciso, biópsias ou microcirurgias. 
Laringoscopia endoscópica – atualmente são exames obrigatórios para uma boa avaliação da laringe. 
Realizadas com fibras óticas flexíveis introduzidas pelo nariz (fibronasolaringoscopia) ou endoscópios rígidos 
pela boca (telelaringoscopia) com visão direta ou com auxílio de micro-câmeras (vídeo-laringoscopias) e visão 
através de um monitor. Pode ser acoplada a um gravador de imagem sendo então possível rever o exame e 
imprimir imagens. 
Estroboscopia da laringe – para facilitar a visualização das pregas vocais durante a sua vibração este 
aparelho emite uma luz estroboscópica com frequência de pulso variável mostrando as várias posições das 
pregas vocais como se estivessem paradas ou em câmera lenta. 
EXAMES ADICIONAIS 
Mastigação e ATM (articulação têmporo-mandibular) – estudo feito pela palpação, inspeção, ausculta 
da função ou através de exames complementares. 
Glândulas salivares – inspeção, palpação, estimulação da salivação, sialografias (exame radiológico 
contrastado das glândulas salivares) e estudo ultrasonográfico. 
Deglutição – exame simples ou por aparelhos ópticos (faringoscopia ou esofagoscopia); 
cinerradiografia com contraste. 
Gustação – testes com substâncias gustativas ou com o eletrogustômetro (estímulos elétricos). 
EXAME GERAL 
Se for necessário quando as causas estão relacionadas com outros aparelhos, principalmente digestivo, 
respiratório, nervoso ou endócrino. 
EXAMES COMPLEMENTARES – Todos os exames complementares podem eventualmente ser utilizados, 
como: exames de sangue, bacterioscópicos e culturas de secreção, testes alérgicos, Raio X, tomografias, 
biópsias e outros. 
ANAMNESE E PROPEDÊUTICA DO NARIZ E SEIOS PARANASAIS 
Tem o mesmo seguimento: 1- anamnese; 2- exame objetivo; 3- exames complementares. 
 
 
 
- ID 
- HDA 
- Interrogatório especial - Obstrução nasal - é a queixa primordial, causada por congestão, edema, 
hipertrofia dos tecidos nas inflamações, corpos estranhos ou tumores. As deformidades osteocartilaginosas 
(desvios do septo ou pirâmide nasais) são freqüentes. A hipertrofia de adenóide na infância e as alergias 
nasossinusais são causas frequentes. 
Rinorréia (secreção nasal) - catarral, purulento ou hemorrágico, acompanham as patologias inflamatórias, 
traumáticas e outras. Pode ser anterior (saída de secreção pelas narinas) ou posterior (descendo para a faringe) 
Dor (cefaléias) – pode eventualmente localizar o órgão afetado (seio maxilar, frontal, etc) e é necessário 
sabermos da sua intensidade, irradiação, periodicidade, etc. 
Olfato - as rinites, desvios de septo, neoplasias, etc. podem alterar o olfato tanto pela própria obstrução nasal 
(hiposmia de condução) ou lesão da mucosa olfativa e/ou nervo olfativo (neurossensorial) podendo causar 
cacosmias (mal cheiro), parosmias (sensação distorcida do olfato), hiposmias (diminuição do olfato) e 
anosmias (ausência da sensação olfativa). 
Perturbações reflexas - os espirros, cefaléias, e outras, são causadas por estímulo reflexógeno do nariz e 
devem ser pesquisadas. Desvios septais podem causar estes sintomas tão quanto a alergia. 
Sangramento – é chamado de epistaxe quando oriundo das fossas nasais e/ou seios paranasais, podendo ter 
causas locais ou sistêmicas 
- AP 
- AF 
EXAME FÍSICO 
Pirâmide nasal (projeção externa do nariz) - inspeção e palpação da pele e estruturas (ósseas e 
cartilaginosas). 
Vestíbulo nasal (porção inicial das fossas nasais) - verificação de atresias, furúnculos, desvio de septo 
ou outras que possam dificultar a rinoscopia anterior. 
Fossas nasais - usa-se a rinoscopia anterior e posterior. 
- Na rinoscopia anterior utiliza-se de um espéculo nasal (Hartman, Killian) e boa iluminação, 
procurando visualizar as paredes medial (septo nasal), lateral (cornetos e meatos), soalho e teto nasais. 
Com a retração (com vasoconstrictores tópicos) e anestesia tópica das fossas nasais visualiza-se aindamelhor a fossa podendo-se tocar, aspirar ou biopsiar se necessário. 
- Na rinoscopia posterior utiliza-se de um espelho que é introduzido na orofaringe ou pode ser 
endoscópica, como foi descrito anteriormente. 
- Na endoscopia nasal são utilizados nasofaringoscópios rígidos ou flexíveis com ou sem vídeo que 
fornecem imagens perfeitas e um exame bem acurado das estruturas. 
Seios paranasais - o exame de superfície se faz por inspeção e palpação e nos revela alterações do 
tegumento e pontos dolorosos. A rinoscopia anterior e posterior revelará a presença de secreções, 
desvios, polipos e degenerações da mucosa, evidenciando as patologias nasossinusais. A diafanoscopia 
 
 
pode ser útil, revelando uma opacificação do sinus afetado; é a transiluminação dos sinus que pode ser 
realizada com o endoscópio. A punção com trocater seguido de aspiração e/ou irrigação pode ser 
realizada tanto por via nasal quanto bucal, podendo-se também ter uma visualização óptica da cavidade 
(com endoscópios). 
Exame Funcional - Respiração - se faz por métodos empíricos, observando ou tampando as narinas, ou de 
forma indireta, com um espelho metálico (espelho de Glatzel) observando-se a área de embaçamento durante 
a expiração nasal. No consultório pode-se realizar a pesquisa do pico de fluxo inspiratório. Com o 
rinodebtomanômetro conseguem-se curvas de fluxo e pressão. O rinomanómetro acústico nos fornece a 
medida da amplitude das fossas nasais 
- Olfação - a avaliação pode ser qualitativa, através de substâncias odoríferas (café, vinagre, alho, etc.) 
ou quantitativa com aparelhos especiais (olfatômetros). 
EXAMES COMPLEMENTARES - Todos os exames complementares podem eventualmente ser utilizados, 
como: exames de sangue, bacterioscópicos e culturas de secreção, testes alérgicos, Raio X de Seios paranasais, 
Tomografia de Seios paranasais, Ressonância Magnética, biópsias e outros. 
ANAMNESE E PROPEDÊUTICA DA ORELHA 
O ouvido (anatomicamente chamado de orelha) é dividido em três partes: orelha externa (pavilhão auricular e 
meato acústico externo), orelha média (tuba auditiva, caixa timpânica e mastóide), e orelha interna (vestíbulo, 
cóclea e labirinto posterior). Das complexidades anatômicas surgem duas funções: audição e equilíbrio, que 
estarão alteradas nas patologias. 
Por ser vulnerável aos traumas, insalubridade ambiental e proximidades com outros órgãos (nariz, garganta) 
as patologias são frequentes e multifatoriais. 
- ID 
- HDA 
- Interrogatório especial: - Deficiência auditiva - pode ser do tipo condutiva (doença dos ouvidos externo e 
médio), ou neurossensorial (doença do ouvido interno). Uma anamnese bem conduzida poderá indicar o tipo 
de surdez devendo-se indagar o lado afetado, tempo de duração, se súbita ou não, intensidade, fatores de 
agravamento e melhora, sua relação com outros sintomas e patologias, se tem relação com o ruído ou drogas 
ototóxicas, se a compreensão da fala está alterada, se há antecedentes de cirurgias, sarampo, caxumba, gripe, 
meningite ou sífilis, antecedentes familiares, etc. 
- Tinitus (zumbido) – qual lado afetado, intensidade, tipo (grave, agudo, como uma campainha, apito, 
ronco, etc), tempo de duração, relação com hipoacusia, constante ou apenas em ambiente silencioso. 
- Tontura – pode ser de origem central ou periférica. A anamnese bem dirigida nos orientará assim 
como os exames complementares especializados ou gerais. Tipo (rotatória ou não rotatória), 
intensidade, tempo de duração, aguda ou crônica, se acompanhada de náuseas ou vômitos, se 
acompanhada de zumbido e sensação de ouvido tapado (síndrome de Menière), se há desequilíbrio, 
flutuação da audição, antecedentes de otites, diabetes, distúrbios neurológicos, hipertensão arterial, 
aterosclerose, disfunção tireoidiana, sífilis, anemias, neoplasias, cervicalgias, cefaléias, etc. 
 
 
- Otorréia – indica sempre um processo inflamatório (otite externa ou média); tipo (catarral, purulenta, 
sanguinolenta), intensidade, tempo de duração, lado afetado, sua relação com infecções respiratórias 
ou entrada de água, sua relação com hipoacusia e/ou zumbido, se existe prurido, etc. 
- Otalgia - geralmente provém do próprio ouvido (otites externas e médias) ou reflexa (secundária a 
infecções dentárias, dentes inclusos, disfunção de ATM, anginas ou até de patologias cérvico-
toráxicas). A propedêutica da dor deve ser completa. 
EXAME FÍSICO - inspeção e palpação do pavilhão e conduto auditivo - verificar a presença e aspecto de 
lesões, presença de gânglios, dor à palpação, aspecto da pele, sinais inflamatórios e sua localização, etc. 
Otoscopia – Pode ser realizada sob visão direta usando-se espéculos auriculares e iluminação com 
espelho de Ziegler ou fotóforo, ou utilizando otoscópios. 
Limpeza do Meato acústico externo – é imprescindível quando necessária para melhor visualização 
das estruturas: com o uso de espéculos auriculares ou otoscópio e com o auxílio de estiletes porta 
algodão, pinças e aspiradores, remove-se o cerume, descamação da pele ou secreções. 
- O uso do otoscópio melhora a imagem, principalmente da membrana timpânica, revelando 
perfurações, cicatrizes, abaulamentos ou retrações. Traciona-se o pavilhão de maneira a retificar o 
meato acústico externo e introduz-se o espéculo cuidadosamente. Deve-se observar a aparência da pele 
do meato acústico externo, se existe edema ou secreções. Procurar visualizar a translucidez da MT e 
seu pontos de referência (umbigo, triângulo luminoso, cabo e apófise curta do martelo e ligamentos 
timpano-maleolares anterior e posterior) identificando suas porções tensa e flácida. A otoscopia com 
microscópio (podendo acoplar um vídeo) fornece imagens mais precisas. O espéculo pneumático de 
Siegle e a manobra de Valsalva, verificam a mobilidade da membrana. 
Exame Funcional da Audição - Avaliação fônica - feita com voz cochichada ou normal - pode-se tapar um 
dos ouvidos para o teste procurando evitar que o paciente faça leitura labial. 
Avaliação instrumental - pode-se usar relógios, apitos, sinos, etc., mas na rotina diária são usados 
diapasões de várias frequências (acumetria). Com estes instrumentos testa-se a audição por vias aérea 
e óssea através de testes padrões como Weber (diapasão na linha média do crânio) e Rinne (comparação 
da audição por via aérea e óssea: com o diapasão junto ao meato e em seguida tocando a mastóide). 
- Inicialmente compara-se a audição entre os dois ouvidos do paciente e entre cada ouvido do paciente 
e o do examinador. Os diapasões mais usados são os de 512 Hz e 1024 Hz mas existem diapasões de 
várias frequências. Com a prática pode-se avaliar o grau de perda auditiva (leve, moderada, severa ou 
profunda) nas várias frequências. 
- O teste de Weber pode ser: 1) lateralizado para o lado de pior audição (disacusia condutiva); 2) 
lateralizado para o lado de melhor audição (disacusia neurossensorial); 3) Indiferente (o paciente não 
nota diferença entre os lados direito ou esquerdo - normal ou disacusia indeterminada). 
- O teste de Rinne pode ser: 1) positivo (audição melhor pela via aérea - normal ou disacusia 
neurossensorial); 2) negativo (audição melhor pela via óssea - disacusia condutiva). 
 
 
- Eles avaliam se a patologia é do tipo condutiva (Weber lateralizado para o lado pior e Rinne negativo 
ou neurossensorial (Weber lateralizado para o lado melhor e Rinne positivo). 
- Audiometria – os audiômetros permitem a avaliação do limiar auditivo para tons puros de várias 
frequências. São aparelhos calibrados na sua grande maioria para intensidades de -10 a 120 dB e 
frequências de 250 a 8000 Hz. Testa-se as vias aérea e óssea e o resultado registra-se num gráfico 
denominado audiograma. O exame é feito em sala acústica, sono-amortizada (cabine audiométrica), 
com o paciente indicando se ouviu o som apresentado: para cada frequência vai-se diminuindo a 
intensidade até o ponto em que o paciente responde 50% das apresentações (pordefinição este é o 
limiar auditivo para essa frequência). Determina-se então o grau e tipo de disacusia. 
- Para crianças ou adultos que tenham dificuldade em entender o teste usam-se técnicas de 
condicionamento (audiometria condicionada), com auxílio de brinquedos ou filmes. 
- A discriminação vocal com palavras balanceadas é fundamental na pesquisa das disacusias 
(audiometria vocal). 
- Imitanciometria - é outro recurso técnico de valor inestimável, onde são avaliados o volume e 
conteúdo do ouvido médio, a elasticidade da membrana timpânica e o reflexo estapediano que nos 
fornece dados sobre as doenças do ouvido médio, interno e do nervo facial. 
- Audiometia de respostas elétricas - são exames objetivos das vias auditivas; através de eletrodos 
colocados no crânio (como um eletroencefalograma) após uma estimulação auditiva pode-se captar as 
respostas elétricas da cóclea (eletrococleografia), do tronco cerebral (BERA – audiometria de tronco 
cerebral) ou cortical. 
Exame Funcional do Aparelho Vestibular - Pesquisa do Nistagmo: são movimentos rítmicos dos olhos 
com um componente lento e rápido – pode ser patológico (surge nas vestibulopatias) ou fisiológico (após 
estimulação do sistema vestibular como girar por exemplo). 
- A direção do nistagmo é dada pela componente rápida devendo-se verificar a sua direção no olhar 
para a frente (nistagmo espontâneo) e com o olhar a 30 graus para a direita, esquerda, cima, baixo e 
direções oblíquas (nistagmos direcionais ou semi-espontâneos). O nistagmo pode ser de origem 
central ou periférica. A pesquisa do nistagmo é rotina na presença de distúrbios do equilíbrio e tonturas 
e pode dar o diagnóstico diferencial entre uma vestibulopatia periférica ou central. 
- Pesquisa do Equilíbrio: são estáticos ou dinâmicos. O primeiro é avaliado pelas provas de Romberg 
e/ou Romberg-Barré, onde o paciente é testado em postura ereta, com os olhos fechados; é considerado 
alterado quando há queda (látero, ântero ou retropulsão). O dinâmico pode ser testado pela prova de 
Babinski-Weil, (marcha para a frente e para trás com os olhos fechados) podendo haver desvios da 
marcha como marcha em estrela (vestibular), ebriosa (cerebelar), etc. Outro teste é prova de Untemberg 
(marchar no mesmo lugar); considera-se alterado quando existir uma rotação direita ou esquerda maior 
que 45º. 
- Testes de coordenação (função cerebelar) – index-index, index-nariz, index-joelho, diadococinesia. 
 
 
- Eletronistagmografia – é o exame armado do sistema vestibular onde o nistagmo é registrado através 
de eletrodos colocados na região orbitária, podendo-se medir sua amplitude e frequência. 
- São pesquisados os eventuais nistagmos espontâneos e semi-espontâneos e também nistagmos 
provocados por uma estimulação que pode ser rotatória (cadeiras que giram ou pendulam), calórica 
(joga-se ar ou água no meato acústico externo de temperaturas variadas), mudanças na posição do 
corpo (posturais) e outras. Estes nistagmos provocados tem um padrão normal e padrões típicos ou 
sugestivos das chamadas Síndromes Vestibulares (centrais ou periféricas) dando o diagnóstico 
topográfico e grau de comprometimento da lesão vestibular. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
- A avaliação do indivíduo como um todo é fundamental no estudo das doenças otológicas, principalmente 
labirínticas, e a avaliação por imagem é necessária na maioria das patologias. Frequentemente o labirinto sofre 
indiretamente por causas sistêmicas como alterações metabólicas, vasculares, infecciosas, tumorais, etc. 
Portanto a avaliação clínica e os exames complementares laboratoriais e radiológicos (Tomografia 
Computadorizada e a Ressonância Magnética) são utilizados rotineiramente.

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