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Peso da Avaliação3,00 Prova41225336 Qtd. de Questões12 Acertos/Erros12/0 Nota10,00 1Especialistas e educadores defendem o trabalho de leitura apontando três diferentes motivos: ler para gostar de ler; ler para conhecer a língua e ler para conhecer o mundo. Para tanto, na escola, há que se traçar objetivos e metodologias diferentes, o que implica a escolha de textos diversos para serem lidos em momentos variados. No tocante ao papel da escola na formação de leitores, analise as sentenças a seguir: I- A escola, como espaço social, deveria promover o contato dos alunos com os mais variados gêneros textuais. II- Como instituição, que sistematiza o conhecimento historicamente construído, deveria estabelecer uma interação diferenciada entre os leitores e textos que circulam socialmente. III- À escola cabe, tão somente, possibilitar o acesso aos textos clássicos, porque são estes que desenvolvem pontos de vista diferentes entre os alunos. Agora, assinale a alternativa CORRETA: A Somente a sentença II está correta. B As sentenças I e II estão corretas. C As sentenças II e III estão corretas. D As sentenças I e III estão corretas. 2Texto 1 "É inútil julgar a oralidade de modo negativo, realçando os traços que contrastam com a escritura. Oralidade não significa analfabetismo, o qual, despojado dos valores próprios da voz e de qualquer função social positiva, é percebido como uma lacuna" (ZUMTHOR, 1997, p. 27). Texto 2 "O estudo dos gêneros literários é fonte de permanente reflexão porque implica o convívio com diferentes formas de escrever a literatura e de compreender as nuances dos diferentes gêneros ao longo da história, bem como com a mudança e transformação da escrita literária" (COSTA, 2008, p. 19). Considerando o exposto, no que se refere às manifestações literárias, escritas e orais, analise as sentenças a seguir: I- O registro oral possibilita à cultura popular se firmar também como texto escrito, fortalecendo sua identidade. II- As narrativas escritas, especialmente as da literatura popular ou dos textos ditos regionais, são carregadas pelas marcas da oralidade. III- Os elementos temáticos dos textos orais comumente tratam da condição humana, se integram à identidade cultural e disseminam a memória popular. IV- Os textos literários advindos da oralidade, por transgredirem "a norma culta", com expressões ou falas pautadas na cultura e tradição do seu falante, carecem da especificidade literária. Assinale a alternativa CORRETA: FONTE: ZUMTHOR, Paul. Introdução à poesia oral. São Paulo: Hucitec, 1997. COSTA. Marta Morais da. Teoria da Literatura II. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2008. A As sentenças I, II e IV estão corretas. B As sentenças I, II e III estão corretas. C As sentenças III e IV estão corretas. D As sentenças I e IV estão corretas. 3O texto não literário é caracterizado pela linguagem denotativa, pela necessidade da informação objetiva, de maneira a evitar mais de uma interpretação, ou seja, é isento de traços ligados à subjetividade. Nesse sentido, o que o texto não literário prioriza? A Uma linguagem carregada de significados. B Um contexto de comunicação não específico. C Indicadores muito maleáveis e livres no contexto da comunicação. D A informação, cuja função é convencer, explicar, responder e ordenar. 4Em uma narrativa existe o tempo vivido pelos personagens, que é considerado imaterial ou metafísico, pois não mantém nenhuma relação com o tempo propriamente dito, cuja passagem é alheia à vontade das personagens. Sobre o tempo psicológico, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: I- Tempo interior que se alarga ou se encurta conforme o estado de espírito da personagem. PORQUE II- É caracterizado pela fugacidade que permeia a memória e reflete as vivências da personagem. Assinale a alternativa CORRETA: A As duas asserções são proposições falsas. B As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. C A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. D As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 5O conceito de dialogismo foi proposto pelo estudioso Mikhail Bakhtin, cuja teoria é inerente à enunciação, em que se instaura um processo de recepção e percepção. O dialogismo é bastante enfocado nos estudos de literatura, tendo em vista a polifonia. Desse modo, sobre a linguagem dialógica, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: I- A linguagem dialógica pressupõe o outro para que o enunciado se efetive. PORQUE II- Ocorre somente em situações de fala. Assinale a alternativa CORRETA: A As duas asserções são proposições falsas. B A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. C As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. D As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 6O escritor, ao elaborar um texto, organiza as ideias e se utiliza de elementos linguísticos e estruturas de estilo, além de outros recursos, a exemplo da técnica literária conhecida como In media res ou flashback. Sobre essa técnica, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: I- Cria um efeito mais forte na história ou para desenvolver um personagem. PORQUE II- Há uma interrupção na sequência temporal da narrativa. Assinale a alternativa CORRETA: A As duas asserções são proposições falsas. B A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. C As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. D As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 7Ainda que as imagens contidas favoreçam a interpretação, as inferências, a antecipação de hipóteses e contribuem ainda para o contato entre a criança e o livro, há estudiosos como Bruno Bettelheim (2007) que contestam a imagem sob a alegação de que esta impede a imaginação e a fantasia. Com base no argumento de Bettelheim (2007), analise as sentenças a seguir: I- A ilustração em textos infantis preenche o imaginário do leitor, não deixando espaço para outras possibilidades. II- Os livros não deveriam conter ilustrações, pois a criança, ao ler ou ouvir histórias, elaboraria, de acordo com sua experiência, as figuras e as imagens do que estaria lendo ou ouvindo. III- Um texto perde muito de sua significação quando representado por figuras e situações elaboradas por um ilustrador. IV- O texto escrito, desprovido de imagem, limita o desenvolvimento cognitivo e atrapalha a abstração do jovem leitor. Agora, assinale a alternativa CORRETA: FONTE: BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise de contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007. A As sentenças I, II e III estão corretas. B Somente a sentença II está correta. C As sentenças I e IV estão corretas. D As sentenças I, III e IV estão corretas. 8Texto 1 A obra que surge não se apresenta como novidade absoluta num espaço vazio, mas, por intermédio de avisos, sinais visíveis e invisíveis, traços familiares ou indicações implícitas, predispõe seu público para recebê-la de uma maneira bastante definida. Ela desperta a lembrança do já lido, enseja logo de início expectativas quanto a "meio e fim", conduz o leitor a determinada postura emocional e, com tudo isso, antecipa um horizonte geral da compreensão vinculado, ao qual se pode, então - e não antes disso -, colocar a questão acerca da subjetividade da interpretação e do gosto dos diversos leitores ou camadas de leitores (JAUSS, 1994, p. 28). Texto 2 "[...] Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não dissenada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa também pouco importa. [...] Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. [...] Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. [...] Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante" (LISPECTOR, 2002). Considerando o primeiro texto, de Jauss, que diz respeito à obra de arte como produto de leituras e de efeitos comunicativos, estimulado pela sensibilidade e experiência do leitor, e o segundo texto, de Clarice Lispector, que aborda a paixão pelos livros descrita por uma personagem do Conto Felicidade Clandestina, avalie asserções a seguir e a relação proposta entre elas: I- As grandes obras são as que provocam nos leitores, de diferentes momentos históricos, a formulação de novas indagações que os levem a se emanciparem com relação ao sistema de normas estéticas e sociais vigentes. PORQUE II- O leitor não é considerado um destinatário passivo, mas passa a atuar como agente ativo, que participa na elaboração do sentido, na construção final da obra artística. O ato de leitura tem uma perspectiva dupla na dinâmica da relação com a obra. Assinale a alternativa CORRETA: FONTE: JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação à teoria literária. São Paulo: Ática, 1994. LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 2002. A A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. B As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. C As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. D A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. 9Quando há uso de imagens nas obras de literatura infantojuvenil, existem cinco passos que, instintivamente, são seguidos pelo jovem leitor na observação e análise desta. São eles: descrever, analisar, interpretar, fundamentar e revelar. Sobre esses passos, associe os itens, utilizando o código a seguir: I- Descrever. II- Analisar. III- Interpretar. IV- Fundamentar. V- Revelar. ( ) O professor deve solicitar aos alunos um relato da imagem, escrevendo com detalhes o que estão vendo. ( ) O professor deve estimular os alunos a fazer comparações de cores, formas, linhas, organização espacial etc. ( ) O professor deve discutir com os alunos como eles gostariam de expor suas ideias. Aqui, pode-se desenhar, criar e escrever. ( ) O professor deve elaborar com os alunos uma lista de itens que despertaram interesse neles. ( ) O professor deve orientar os alunos a perceber os detalhes, estimulando o aluno a prestar atenção na linguagem visual. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: A III - II - I - V - IV. B II - IV - III - V - I. C I - III - V - IV - II. D IV - V - II - I - III. 10Existe diferenças entre maturidade e infância, que podem ser identificadas especialmente pela sua consciência peculiar, que as distingue essencialmente do adulto. Com base no exposto, analise as sentenças a seguir: I- A relação assimétrica entre a criança e o adulto pressupõe diferenças. II- É preciso entender o conceito de infância para compreender o mundo da criança. III- O conceito de assimetria tem por base a igualdade entre o mundo do adulto e o infantil. IV- O conhecimento mítico da realidade representada é uma característica da infância. Assinale a alternativa CORRETA: A As sentenças III e IV estão corretas. B As sentenças I, II e IV estão corretas. C As sentenças I, II e III estão corretas. D As sentenças I, III e IV estão corretas. 11(ENADE, 2008) A literariedade, conceito relacionado à linguagem literária, é discutida por teóricos e críticos, conforme se verifica nos textos a seguir. Texto 1 A literariedade, como toda definição de literatura, compromete-se, na realidade, com uma preferência extraliterária. Uma avaliação (um valor, uma norma) está inevitavelmente incluída em toda definição de literatura e, consequentemente, em todo estudo literário. Os formalistas russos preferiam, evidentemente, os textos aos quais melhor se adequava sua noção de literariedade, pois essa noção resultava de um raciocínio indutivo: eles estavam ligados à vanguarda da poesia futurista. Uma definição de literatura é sempre uma preferência (um preconceito) erigida em universal (COMPAGNON, 2003, p. 44). Texto 2 Literariedade: termo do formalismo russo (1915-1930), que significa observar em uma obra literária o que ela tem de especificamente literário: estruturas narrativas, rítmicas, estilísticas, sonoras etc. Foi a tentativa de especificar o ser da literatura, propondo um procedimento próprio diante do material literário. Os formalistas trabalharam, portanto, um novo conceito de história literária, e foram, digamos assim, a base para o comportamento estruturalista surgido na França (CHALUB, 1998, p. 84). A partir da interpretação dos textos, assinale a alternativa CORRETA: FONTE: COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: UFMG, 2003. CHALUB, Samira. A metalinguagem. 4. ed. São Paulo: Ática, 1998. A Segundo os dois autores, na literariedade aparece a essência da literatura, que a diferencia da linguagem cotidiana. B Segundo Compagnon, para os formalistas russos, há uma especificidade universal na linguagem literária, que permite um raciocínio dedutivo. C Para os dois autores, o conceito de literariedade é marcado pelo momento em que foi formulado, ou seja, é histórico. D Ao discutir o conceito de literariedade, Chalub enfatiza seu alcance e seus possíveis limites. 12(ENADE, 2011) "Brasileiro não gosta de ler? Sempre fui de muito ler, não por virtude, mas porque, em nossa casa, livro era um objeto cotidiano, como o pão e o leite. Lembro de minhas avós de livro na mão quando não estavam lidando na casa. Minha cama de menina e mocinha era embutida em prateleiras. Criança insone, meu conforto nas noites intermináveis era acender o abajur, estender a mão, e ali estavam os meus amigos. Algumas vezes acordei minha mãe esquecendo a hora e dando risadas com a boneca Emília, de Monteiro Lobato, meu ídolo em criança: fazia mil artes e todo mundo achava graça. Como ler é um hábito raro entre nós, e a meninada chega ao colégio achando livro uma coisa quase esquisita, e leitura uma chatice, talvez ela precise ser seduzida: percebendo que ler pode ser divertido, interessante, pode entusiasmar, distrair, dar prazer. Eu sugiro crônicas, pois temos grandes cronistas no Brasil, a começar por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, além dos vivos como Veríssimo e outros tantos. Além disso, cada um deve descobrir o que gosta de ler, e vai gostar, talvez, pela vida afora. Não é preciso que todos amem os clássicos nem apreciem romance ou poesia. Há quem goste de ler sobre esportes, explorações, viagens, astronáutica ou astronomia, história, artes, computação, seja o que for" (LUFT, 2009). Nesse texto, Lya Luft questiona a ideia preconcebida de que brasileiro não gosta de ler e suscita práticas de leitura capazes de seduzir a "meninada". Entre as propostas que seguem, qual atende o que é sugerido pela autora? FONTE: LUFT, L. Brasileiro não gosta de ler? Veja. São Paulo: Abril, 2009. A Desenvolver o contato com outras linguagens, em paralelo à leitura de escritos literários, a fim de construir histórias de leitura literária para os alunos que não tiveram oportunidade de estabelecer relações com livros. BEnsinar estudantes a gostarem de literatura, com ênfase nos clássicos, especificando elementos determinantes para formar leitores proficientes, tais como: quem, como, o que, por que, para que, quando e onde se lê. C Ampliar o repertório cultural de professores, com vistas a disseminar no universo escolar comportamentos leitores. Nesse caso, o gênero ideal são os clássicos literários, com ênfase na crônica, cuja estrutura é apropriada para leitores mirins. D Ter acesso a formas e técnicas que promovam a leitura como um ato aprazível, capaz de contribuir para o desenvolvimento de comportamentos leitores e para a formação de leitores iniciantes.
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