Letramento - Fonoaudiologia Educacional

Alfabetização e Letramento

UFES

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@projetofonoo
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fonoaudiologia educacional
fonoaudiologia educacional
LETRAMENTO
LETRAMENTO
pessoa que lê e interpreta um texto, no qual é
pessoa que lê e interpreta um texto, no qual é
capaz de produzir, entender e expressar ou
capaz de produzir, entender e expressar ou
refletir sobre o conteúdo lido;
refletir sobre o conteúdo lido;
- fases de construção do letramento infantil;
- fases de construção do letramento infantil;
- para Maria Emília Ferreira, a criança não
- para Maria Emília Ferreira, a criança não
chega à escola vazia, sem saber nada sobre a
chega à escola vazia, sem saber nada sobre a
língua. Ela traz consigo seu contexto
língua. Ela traz consigo seu contexto
sociocultural e suas experiências do uso social
sociocultural e suas experiências do uso social
da escrita;
da escrita;
- a autora considera que a escrita é um objeto
- a autora considera que a escrita é um objeto
cultural resultante do esforço coletivo da
cultural resultante do esforço coletivo da
humanidade, e não é um produto escolar. Assim,
humanidade, e não é um produto escolar. Assim,
compreende-se que a leitura não é uma mera
compreende-se que a leitura não é uma mera
tarefa de decodificação de grafemas, da mesma
tarefa de decodificação de grafemas, da mesma
forma que escrever não é produzir;
forma que escrever não é produzir;
- quanto mais a criança aprende sobre a escrita
- quanto mais a criança aprende sobre a escrita
e leitura, mais ela se apropria do conhecimento
e leitura, mais ela se apropria do conhecimento
fonológico e maior é seu domínio sobre os
fonológico e maior é seu domínio sobre os
aspectos metalinguísticos;
aspectos metalinguísticos;
- escrita é um objeto cultura, portanto a criança
- escrita é um objeto cultura, portanto a criança
já traz essa bagagem mesmo não sabendo ler e
traz essa bagagem mesmo não sabendo ler e
escrever; quanto mais conhecimento e
escrever; quanto mais conhecimento e
consciência fonológica, maior os domínios
consciência fonológica, maior os domínios
metalinguísticos (pensar sobre linguagem);
metalinguísticos (pensar sobre linguagem);
- Ferreiro e Teberoski parte do pressuposto de
- Ferreiro e Teberoski parte do pressuposto de
que todo conhecimento tem uma gênese
que todo conhecimento tem uma gênese
(origem); toda criança passa por níveis
(origem); toda criança passa por níveis
estruturais da linguagem escrita até que se
estruturais da linguagem escrita até que se
aproprie da complexidade do sistema alfabético.
aproprie da complexidade do sistema alfabético.
São estes níveis estruturais, que embasam a
São estes níveis estruturais, que embasam a
teoria da psicogênese;
teoria da psicogênese;
- a psicogênese da escrita é uma teoria
- a psicogênese da escrita é uma teoria
formulada por essas autoras para designar uma
formulada por essas autoras para designar uma
sequência psicogenética de construção da
sequência psicogenética de construção da
escrita. É uma nova maneira de considerar a
escrita. É uma nova maneira de considerar a
alfabetização;
alfabetização;
- a aprendizagem da leitura, compreendia como
- a aprendizagem da leitura, compreendia como
o questionamento a respeito da natureza,
o questionamento a respeito da natureza,
função e valor desse objeto cultural que é a
função e valor desse objeto cultural que é a
escrita, começa antes do que a escola
escrita, começa antes do que a escola
concebida;
concebida;
- consideram o aprendiz como um sujeito-
- consideram o aprendiz como um sujeito-
criança que busca a aquisição de conhecimento
criança que busca a aquisição de conhecimento
(língua escrita), que se propõe problemas e trata
(língua escrita), que se propõe problemas e trata
de os solucionar conhecimento (língua escrita),
de os solucionar conhecimento (língua escrita),
ou seja, que se propõe problemas e trata de os
ou seja, que se propõe problemas e trata de os
solucionar, seguindo sua própria metodologia;
solucionar, seguindo sua própria metodologia;
- ex. criança: "descadeia para mim". Crianças são
- ex. criança: "descadeia para mim". Crianças são
sujeitos inteligentes que tem a capacidade de
sujeitos inteligentes que tem a capacidade de
resolver arrumando seus próprios métodos;
resolver arrumando seus próprios métodos;
@projetofonoo
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A PSICOGÊNESE DA LEITURA E
A PSICOGÊNESE DA LEITURA E
DA ESCRITA
DA ESCRITA
FASES DA CONSTRUÇÃO DA
FASES DA CONSTRUÇÃO DA
ESCRITA, DE ACORDO COM A
ESCRITA, DE ACORDO COM A
PSICOGÊNESE DA ESCRITA
PSICOGÊNESE DA ESCRITA
* no início as crianças já vem com uma bagagem
* no início as crianças vem com uma bagagem
a ser desenvolvida, mesmo antes dos 6 anos:
a ser desenvolvida, mesmo antes dos 6 anos:
- Pré-silábico 1:
- Pré-silábico 1:
- Pré-silábico 2 - construção das letras;
- Pré-silábico 2 - construção das letras;
reconhece que cada letra tem um NOME;
reconhece que cada letra tem um NOME;
- Fase Silábica - apoio na oralidade; noção de
- Fase Silábica - apoio na oralidade; noção de
sílabas; pode acontecer confusão entre a letra e
sílabas; pode acontecer confusão entre a letra e
o som que faz; presença de trocas, omissões
o som que faz; presença de trocas, omissões
normais de seu desenvolvimento;
normais de seu desenvolvimento;
@projetofonoo
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COMO CRIANÇAS CHEGAM NA
COMO CRIANÇAS CHEGAM NA
ÚLTIMA FASE DE DOMÍNIO
ÚLTIMA FASE DE DOMÍNIO
ALFABÉTICO DA LÍNGUA
ALFABÉTICO DA LÍNGUA
ESCRITA?
ESCRITA?
- Fase silábico-alfabética - não são letras
- Fase silábico-alfabética - não são letras
aleatórias; há tentativas de escrita;
aleatórias; há tentativas de escrita;
- Fase alfabética: criança pode t er ou não a letra
- Fase alfabética: criança pode t er ou não a letra
cursiva; consciência fonológica madura
cursiva; consciência fonológica madura
(palavras, letras sílabas, análise e síntese
(palavras, letras sílabas, análise e síntese
auditiva dos fonemas);
auditiva dos fonemas);
- ela imersa em um mundo onde há presença de
- ela imersa em um mundo onde presença de
sistemas simbolicamente elaborados, como a
sistemas simbolicamente elaborados, como a
escrita, procura compreender a natureza desse
escrita, procura compreender a natureza desse
sistema;
sistema;
- assim, o aprendiz elabora representações por
- assim, o aprendiz elabora representações por
meio de um processo de construção; se as
meio de um processo de construção; se as
crianças mostram substituição de letras na
crianças mostram substituição de letras na
escrita, não necessariamente está errado, pois é
escrita, não necessariamente está errado, pois é
uma constante construção;
uma constante construção;
- crianças com dificuldade conseguem, porém
- crianças com dificuldade conseguem, porém
demoram mais tempo precisando de esforço,
demoram mais tempo precisando de esforço,
empenho e paciência dos que estão a sua volta;
empenho e paciência dos que estão a sua volta;
FATORES QUE INFLUENCIAM A
FATORES QUE INFLUENCIAM A
FACILIDADE OU DIFICULDADE
FACILIDADE OU DIFICULDADE
DO RECONHECIMENTO DE
DO RECONHECIMENTO DE
PALAVRAS
PALAVRAS
1. Familiaridade;
1. Familiaridade;
2. Frequência (alimenta a memória);
2. Frequência (alimenta a memória);
3. Idade de aquisição (quando começou a ser
3. Idade de aquisição (quando começou a ser
exposta);
exposta);
4. Repetição (quanto mais repetir, melhor e
4. Repetição (quanto mais repetir, melhor e
menos terá que pensar);
menos terá que pensar);
5. Significado e contexto;
5. Significado e contexto;
6. Regularidade de correspondência em
6. Regularidade de correspondência em
ortografia (facilidade de reconhecimento);
ortografia (facilidade de reconhecimento);
7. Interações (interação com o texto);
7. Interações (interação com o texto);
(Ellis, 1995, p. 19-28).
(Ellis, 1995, p. 19-28).
MODELOS DE RECONHECIMENTO
MODELOS DE RECONHECIMENTO
DE PALAVRAS
DE PALAVRAS
Estratégias possíveis:
Estratégias possíveis:
Características importantes: letra inicial,
Características importantes: letra inicial,
tamanho da palavra, cor, formato global,
tamanho da palavra, cor, formato global,
contexto.
contexto.
- Segundo Frith (1985;1997):
- Segundo Frith (1985;1997):
1) Logográfica: os leitores tratam as palavras
1) Logográfica: os leitores tratam as palavras
como se fossem desenhos e usam pistas
como se fossem desenhos e usam pistas
contextuais para sua identificação (letra de uma
contextuais para sua identificação (letra de uma
cor, tamanho de palavra diferente, entre outras
cor, tamanho de palavra diferente, entre outras
maneiras de ênfase).
maneiras de ênfase).
@projetofonoo
@projetofonoo
Decodificação = leitura pela rota fonológica
Decodificação = leitura pela rota fonológica
no modelo duplo de processamento de Ellis e
no modelo duplo de processamento de Ellis e
Young (1988). A decodificação é baseada na
Young (1988). A decodificação é baseada na
conversão G > F de forma que a leitura ocorre
conversão G > F de forma que a leitura ocorre
por meio da transposição de símbolos
por meio da transposição de símbolos
gráficos em símbolos falados;
gráficos em símbolos falados;
2) Alfabética: é usada a decodificação para fazer
2) Alfabética: é usada a decodificação para fazer
o reconhecimento de palavras;
o reconhecimento de palavras;
Essa estratégia é bem sucedida com o
Essa estratégia é bem sucedida com o
conhecimento das correspondências
conhecimento das correspondências
grafofonêmicas e consciência fonológica.
grafofonêmicas e consciência fonológica.
*Rota fonológica = caminho fonológico que
*Rota fonológica = caminho fonológico que
transforma a letra em um som auditivo que
transforma a letra em um som auditivo que
também é falado. A leitura e escrita vem através
também é falado. A leitura e escrita vem através
dessa rota.
dessa rota.
*Rota lexical = leituras rápidas do dia a dia de
*Rota lexical = leituras rápidas do dia a dia de
quem é fluente. Requer conhecimento prévio do
quem é fluente. Requer conhecimento prévio do
alfabeto e requer duas habilidades:
alfabeto e requer duas habilidades:
conhecimento das correspondências gráficas e
conhecimento das correspondências gráficas e
fonêmicas e consciência fonológica.
fonêmicas e consciência fonológica.
3) Ortográfica:
3) Ortográfica:
- habilidade de reconhecimento visual direto ou
- habilidade de reconhecimento visual direto ou
leitura pela rota lexical (Ellis e Young, 1988);
leitura pela rota lexical (Ellis e Young, 1988);
- as palavras escritas são reconhecidas, ou seja,
- as palavras escritas são reconhecidas, ou seja,
ao se deparar com um item escrito, o leitor
ao se deparar com um item escrito, o leitor
reconhece por acesso ao léxico ortográfico, o
reconhece por acesso ao léxico ortográfico, o
conjunto das formas escritas de palavras que se
conjunto das formas escritas de palavras que se
encontra armazenado na memória de longo
encontra armazenado na memória de longo
prazo;
prazo;
- permite a leitura correta de palavras
- permite a leitura correta de palavras
conhecidas e de alta frequência, mas não a
conhecidas e de alta frequência, mas não a
leitura de pseudopalavras, visto que suas formas
leitura de pseudopalavras, visto que suas formas
ortográficas não estão armazenados no léxico
ortográficas não estão armazenados no léxico
ortográfico do leitor;
ortográfico do leitor;

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