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resumo das competências constitucionais do TCU

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controle externo – aula 02
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Princípio da indisponibilidade do interesse público os agentes públicos são gestores dos bens públicos, devendo comprovar à sociedade que estão gerindo os recursos adequadamente.
O Presidente da República deve prestar, anualmente, ao CN, dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao ano anterior. Essas contas serão submetidas ao TCU para parecer prévio, apreciadas pela Comissão Mista de Orçamento e então julgadas pelo CN. 
Os conselhos de fiscalização de atividade profissional são autarquias federais e devem prestar contas ao TCU, exceto a OAB (não faz parte da administração indireta). 
A partir de 2020, a OAB passa a submeter-se ao TCU, segundo o entendimento do TCU. 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.
As contas do Presidente da República devem constar as contas do Presidente da República, dos presidentes dos órgãos do Legislativo, Judiciário e do Chefe do MP, mas o parecer prévio dado pelo TCU é apenas do chefe do Executivo. 
Presidente da República envia as contas para o CN em 60 dias APÓS A ABERTURA DO LEGISLATIVO. 
TCU emite o parecer prévio em até 60 dias APÓS O RECEBIMENTO DO PROCESSO. 
Caso o Presidente não envie as contas dentro do prazo estabelecido pela constituição, caberá a Câmara dos Deputados tomar as contas. 
Nos municípios, o controle externo é realizado pela Câmara Municipal e o parecer prévio (realizado por TCE, TC dos municípios ou TCM) só deixará de prevalecer mediante decisão de 2/3 dos membros da Câmara Municipal (já no âmbito federal, o julgamento pelo CN pode diferir do parecer prévio, mas o parecer prévio é obrigatório). O parecer prévio sobre as contas dos prefeitos é “quase vinculante” ou “vinculante até certo ponto”. 
LRF: as contas dos municípios devem ficar disponíveis para qualquer contribuinte acessar e poder questionar no âmbito da lei, sendo necessária ampla divulgação, inclusive em meio eletrônico. 
Contas de governo visão macro, julgadas pelo Poder Legislativo, parecer prévio dos TC. 
Conta de gestão ato específico/isolado da gestão administrativa. 
Os TC emitem parecer prévio tanto em contas de governo, quanto em conta de gestão de prefeitos, a exceção é conta de governo administradora, onde os TCs as julgam.
O TC deverá conceder o contraditório e a ampla defesa sempre que parecer houver a possibilidade do Chefe do Executivo sofrer algum tipo de sanção. 
O TCU julga o próprio TCU. Em alguns estados, segundo a Constituição Estadual, o Legislativo julga os TCs (TCDF e TCE PA). 
É necessário enviar relatórios de suas atividades trimestralmente e anualmente ao CN – controle político. 
Compete ao TCU: 
A) Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
B) Apreciar, para fins de registro, a legalidade das concessões de aposentadorias, reformas ou pensões. 
NÃO APRECIAM:
A) Nomeações para provimento em cargo em comissão
B) Melhorias posteriores, nas aposentadorias, reformas, pensões, que não alterem o fundamento legal do ato concessório. 
Admissão de pessoal ato administrativo complexo. 
Os TC aprecia os provimentos dos empregados públicos, mas não os CLT, pois nesse caso serão aplicadas as regras privadas do regime geral de providência social. 
As decisões dos TCs não estão sujeitas à revisão pelo Legislativo, dado a autonomia das Cortes de Contas. 
Os TCs não podem contrariar decisão judicial transitada em julgado. 
 O TCU pode sustar atos administrativos e, quando isso ocorre, comunica a Câmara dos Deputados e ao Senado Federal (NÃO comunica o CN).
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS: 
O ato de sustação será pelo CN, que solicitará ao Poder Executivo as medidas cabíveis e, no prazo de 90 dias, se esses não efetivarem as medidas previstas, o TCU decidirá a respeito. 
Sustar é diferente de anular ou rescindir. Sustar é deixar de ter efeitos JURIDICOS. 
Nos estados, o ato de sustação caberá ao Legislativo. 
O TCU não tem poder de quebra de sigilo bancário, apenas o poder Judiciário, Poder Legislativo Federal e CPIs.

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