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Aula 01
TCU (Auditor - Controle Externo) Passo
Estratégico de Controle Externo - 2021
(Pós-Edital)
Autor:
Alexandre Violato Peyerl
04 de Novembro de 2021
08048859408 - Suenice Candido
1 
 
Sumário 
Análise Estatística ............................................................................................................................. 2 
O que é mais cobrado dentro do assunto? .................................................................................. 3 
Roteiro de revisão e pontos do assunto que merecem destaque.................................................... 3 
Aposta Estratégica ......................................................................................................................... 13 
Questões Estratégicas.................................................................................................................... 14 
Questionário de revisão e aperfeiçoamento .................................................................................. 27 
Perguntas .................................................................................................................................... 27 
Perguntas com respostas ............................................................................................................ 28 
Lista de Questões Estratégicas ...................................................................................................... 30 
Gabarito ......................................................................................................................................... 37 
Referências Bibliográficas .............................................................................................................. 37 
 
Alexandre Violato Peyerl
Aula 01
TCU (Auditor - Controle Externo) Passo Estratégico de Controle Externo - 2021 (Pós-Edital)
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185412908048859408 - Suenice Candido
2 
 
 TRIBUNAIS DE CONTAS: NATUREZA JURÍDICA, 
FUNÇÕES E EFICÁCIA DAS DECISÕES. 
ANÁLISE ESTATÍSTICA 
ASSUNTO 
GRAU DE INCIDÊNCIA EM 
CONCURSOS PARA 
TRIBUNAIS DE CONTAS 
AULA 
Lei Orgânica e Regimento Interno: Fiscalização, denúncias 
e representações. 
25,74% Aula 8 
Lei Orgânica e Regimento Interno: Organização. 20,79% Aula 5 
Lei Orgânica e Regimento Interno: julgamento e processo 
de contas. 
15,84% Aula 6 
Competências constitucionais dos Tribunais de Contas e 
aspectos constitucionais do controle da Administração 
9,90% Aula 2 
Lei Orgânica e Regimento Interno: Sanções, Medidas 
Cautelares e Recursos 
6,93% Aula 9 
Noções Gerais de Sistemas de Controle na Administração 
Pública Brasileira. 
5,94% Aula 0 
Lei Orgânica e Regimento Interno: Jurisdição e 
competências infraconstitucionais 
5,94% Aula 4 
Tribunais de Contas: Natureza Jurídica, funções e eficácia 
das decisões. 
4,95% Aula 1 
EFS. Declaração de Lima e Declaração do México 3,96% Aula 11 
 
 
Alexandre Violato Peyerl
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3 
 
O que é mais cobrado dentro do assunto? 
 
Tópico % 
Natureza Jurídica 60,00% 
Funções dos Tribunais de Contas 20,00% 
Eficácia das Decisões 20,00% 
 
ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE 
MERECEM DESTAQUE 
Os tópicos desta aula são muito importantes pois, ainda que não sejam cobrados com tanta 
frequência pela FGV, eles nos trazem pontos importantes sobre os Tribunais de Contas e que 
são base para entendermos assuntos que serão estudados em aulas futuras. 
 
Para revisar e ficar bem preparado(a) neles, você deve seguir os seguintes passos... 
De início, lembre-se dos seguintes artigos da Constituição Federal que vimos na aula anterior: 
"Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e 
das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso 
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
"Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:" 
 
Sobre a natureza da fiscalização: 
• Contábil - se os balanços e demonstrativos contábeis refletem corretamente as variações 
econômico-financeiras do patrimônio e os resultados financeiros do exercício. 
• Financeira - atos de arrecadação de receitas e realização de despesas. 
• Orçamentária - execução orçamentária. 
• Operacional - desempenho dos órgãos públicos. 
• Patrimonial - guarda e conservação dos bens móveis ou imóveis. 
Alexandre Violato Peyerl
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4 
 
Quanto aos aspectos: 
• Legalidade - conformidade com o que está previsto na legislação. 
• Legitimidade - atendimento não somente à lei, mas também aos princípios da 
administração pública e à finalidade pública. 
• Economicidade - minimização dos custos, sem comprometimento da qualidade. 
 
É essencial que você saiba que: 
• O titular do controle externo é o Poder Legislativo, e não o Tribunal de Contas. 
• O Tribunal de Contas exerce o controle externo em auxílio ao Poder Legislativo. 
• Não há qualquer relação de subordinação ou hierarquia entre o Tribunal de Contas e o 
Poder Legislativo. Ou seja, o Tribunal possui autonomia para realizar os seus trabalhos. 
 
Em relação aos sistemas de controle, há dois tipos mencionados na doutrina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Inglês 
Sistema Francês 
• Jurisdição única. 
• Não há julgamento administrativo. 
• Somente o Poder Judiciário possui 
jurisdição, em sentido próprio. 
• Modelo adotado no Brasil. 
• Dualidade de jurisdição. 
• Há o contencioso administrativo, que 
também decide com força de 
definitividade. 
• Há um Poder Judiciário e uma Justiça 
Administrativa, responsável pelo 
julgamento dos atos da administração 
pública. 
Alexandre Violato Peyerl
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5 
 
Cabe ressalvar que, mesmo que no Brasil adotemos o sistema de jurisdição única, há casos em 
que o julgamento em definitivo é feito pelo Poder Legislativo, como no caso do julgamento de 
impeachment. 
 
Sabendo disso, conseguimos entender a natureza jurídica dos tribunais de contas... 
Natureza jurídica dos tribunais de contas 
Principais características dos tribunais de contas: 
• São órgãos públicos, pertencentes à administração direta. 
o Ou seja, não possuem personalidade jurídica própria. 
o Ainda que não possua personalidade jurídica, há situações em que se assegura ao 
Tribunal de Contas capacidade processual específica para a defesa de suas 
prerrogativas constitucionais. 
• É órgão administrativo (apesar do nome "Tribunal", não faz parte do Judiciário). 
• Possui competências constitucionais próprias (art. 71 da Constituição Federal). 
• Possuem as prerrogativas de autonomia e de autogoverno, autonomia funcional, 
administrativa, financeira e orçamentária: 
o Quadro próprio de pessoal. 
o Elaboração de seu Regimento Interno. 
o Iniciativa reservada para instaurar o processo legislativo que pretenda alterar a sua 
organização e funcionamento. 
• Não há qualquer hierarquia ou vinculação entre os tribunais de contas. 
o Uma decisão do TCE/SP não pode ser revista pelo TCU, por exemplo, assim como 
uma jurisprudência do TCU não vincula as decisões no âmbito das demais Cortes 
de Contas. 
 
A respeito da relação com o Poder Legislativo, há alguma divergência doutrinária, mas a 
corrente dominante é que o Tribunal não faz parte desse Poder, de forma que, para a sua 
revisão, você deve entenderque: 
• É um órgão de extração constitucional, independente e autônomo. 
Alexandre Violato Peyerl
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• Exerce o controle externo em auxílio ao Poder Legislativo, todavia, não há qualquer 
relação de subordinação ou hierarquia entre eles. 
• Para fins orçamentários e de responsabilidade fiscal, há uma associação com o Poder 
Legislativo, tendo em vista que, por exemplo, os limites de despesas de pessoal do TC 
estão incluídos nos do Poder Legislativo. 
 
Eficácia das decisões dos tribunais de contas 
Natureza jurídica das decisões 
• Como não integram o Poder Judiciário, as decisões dos tribunais de contas têm natureza 
administrativa. 
o Mesmo assim, são de caráter impositivo e vinculante. 
• Os processos perante o Tribunal devem observar o devido processo legal, com concessão 
de contraditório e ampla defesa. 
o Os recursos das decisões tramitam no âmbito do próprio Tribunal. 
• Ao final da tramitação, constitui-se a coisa julgada administrativa, de forma que a matéria 
é decidida em definitivo na esfera administrativa. 
o Ainda que seja correto o uso do termo transitado em julgado no âmbito dos 
Tribunais de Contas, é válido reforçar que as decisões não formam coisa julgada 
material, tendo em vista que podem ser objeto de controle judicial. 
▪ Coisa julgada formal na esfera administrativa (não cabe mais recurso). 
▪ Coisa julgada material na esfera judicial (não pode mais ser alterada). 
• As decisões dos tribunais de contas podem ser objeto de controle judicial, todavia, o 
Poder Judiciário somente poderá anular as decisões por conta de irregularidades formais 
ou ilegalidade manifesta, ou seja, não poderá modificar o mérito da decisão. 
o Não se trata de um recurso, mas de uma nova ação, realizada mediante mandado 
de segurança ou ação ordinária. 
o O Judiciário pode anular, mas não pode reformar a decisão do Tribunal. 
 
As ações propostas contra atos dos tribunais de contas são apreciadas por: 
Alexandre Violato Peyerl
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7 
 
• STF -> mandado de segurança, habeas corpus e habeas data contra atos e omissões do 
TCU. 
• STJ -> habeas corpus contra decisões dos demais Tribunais de Contas. 
• TJs -> mandado de segurança e habeas data contra decisões dos demais tribunais de 
contas. 
• Ações ordinárias -> tramitação começará perante o juízo de primeiro grau (STF já 
manifestou que não tem competência para apreciar ação ordinária oposta contra decisão 
do TCU1). 
o Justiça Federal -> decisões do TCU. 
o Justiça Estadual -> decisões dos demais TCs. 
 
Decisões que imputem débito ou multa 
As decisões dos tribunais de contas de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia 
de título executivo, conforme previsto na CF, art. 71, §3º: 
"§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de 
título executivo." 
 
Título executivo: documento constituído no âmbito do Poder Judiciário que representa uma 
dívida líquida e certa, permitindo ao seu titular propor a correspondente ação executiva para fins 
de cobrança. 
No caso de decisões do Tribunal de Contas de que resulte imputação de débito e/ou multa, a 
discussão judicial não é necessária, pois a própria decisão do Tribunal já tem essa eficácia de 
título executivo, pois terá presunção de liquidez e certeza. 
 
 
 
 
 
1 STF, AC 2.834/CE 
Alexandre Violato Peyerl
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==1c4ab1==
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para se revestir do caráter de título executivo extrajudicial, a decisão do tribunal deve conter: 
• Identificação do responsável. 
• O valor do débito ou multa. 
• Impossibilidade de recursos (é uma decisão transitada em julgado no âmbito do TC). 
 
Caso o devedor não faça o pagamento tempestivamente, inicia-se um processo de cobrança 
executiva, que dependerá de a qual ente pertence o recurso. 
Cabe ressaltar que o Tribunal não possui competência para executar as suas decisões, o que não 
pode ser feito nem mesmo pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas. O STF inclusive 
já decidiu que as constituições e leis estaduais não podem outorgá-los esta competência2. 
O processo de cobrança deverá ser realizado pelo órgão jurídico do responsável por receber os 
recursos: 
ERÁRIO COBRANÇA POR MEIO DE 
União (tesouro) 
Advocacia geral da União (AGU) por meio da 
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional 
(PGFN) 
Estados e DF Procuradorias dos Estados ou DF 
Municípios Procuradoria municipal 
Entidades personalidade jurídica própria 
Procuradoria próprias/departamentos 
jurídicos 
 
2 STF, RRE 223.037 
Fase de conhecimento Fase de execução 
Como já houve a análise no âmbito do 
TC, a decisão não passa por esta fase 
no Judiciário. 
A decisão do TC constitui título 
executivo extrajudicial bastante para a 
fase de execução. 
Alexandre Violato Peyerl
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Cabe reforçar que nem o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas nem o Ministério 
Público comum têm competência para mover a ação de execução. 
 
FATO 
Recolhimento de 
débito 
Recolhe para os cofres de quem sofreu a lesão, não importando se 
for da administração direta ou indireta. 
Recolhimento de 
multa 
Antigamente, era recolhida para os cofres do ente da federação a 
que pertence o Tribunal de Contas. 
Todavia, o tema não é pacífico, pois decisões recentes do STF 
entenderam que, no caso de multa imposta por TCE a autoridade 
municipal, tanto a execução do débito quanto da multa caberiam ao 
município. 
Recentemente (09/2021), no julgamento do RE 1003433, o STF fixou 
a seguinte tese: "O Município prejudicado é o legitimado para a 
execução de crédito decorrente de multa aplicada por Tribunal de 
Contas estadual a agente público municipal, em razão de danos 
causados ao erário municipal". 
 
Cabe acrescentar ainda que é dispensável a inscrição em Dívida Ativa para a realização da 
cobrança do débito ou da multa proveniente da decisão do Tribunal de Contas. 
 
Prescrição da pretensão ao ressarcimento 
A Constituição Federal prevê que: 
"Art. 37 § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer 
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de 
ressarcimento." 
A respeito das ações de ressarcimento, ao fim de abril de 2020 o STF julgou o RE 636.886/AL, 
no qual firmou a tese de que é prescritível a pretensão de ressarcimento ao erário fundada em 
decisão do Tribunal de Contas. 
O entendimento baseia-se no fato de que somente são imprescritíveis as ações de ressarcimento 
ao erário fundadas em prática de ato de improbidade administrativa doloso tipificado na lei 
8.429/92. Às demais, é prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública. 
Alexandre Violato Peyerl
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Como o TC não julga pessoas, mas julga contas, não analisa a existência de dolo decorrente de 
improbidade, mas especificamente julgamento técnico, proferindo acórdão que imputado 
débito ao responsável. 
Portanto, a pretensão de ressarcimento ao erário em face de agentes públicos reconhecida pelo 
TC prescreve na forma da lei de execução fiscal (5 anos). 
Detalhe... O TC julga as contas em débito e essa decisão tem eficácia de título executivo, sendo 
encaminhadaao Judiciário para cobrança. A prescrição está relacionada a essa segunda fase, 
constituída pela etapa de cobrança. 
 
Funções dos tribunais de contas 
Há diferentes classificações das funções entre os autores. Para nosso estudo, utilizaremos a 
classificação do TCU, pois é a mais utilizada pelas bancas. 
 
Fiscalizadora (fiscalizatória, investigatória, de fiscalização) 
É a função que abrange a maioria das competências dos tribunais de contas. Consiste na 
utilização de instrumentos, como auditorias e inspeções, para verificar irregularidades ou 
ilegalidades, bem como a adequação de atos com determinados critérios. 
Exemplos: 
• Exame, para fins de registro, de atos de admissão de pessoal e de concessão inicial de 
aposentadoria. 
• Realização de inspeções e auditorias nos órgãos e entidades jurisdicionados. 
• Fiscalização de contratos. 
• Fiscalização do cumprimento das leis. 
 
Consultiva (opinativa ou de consulta) 
Função na qual o Tribunal responde a consultas ou emite pareceres prévios. 
Exemplos: 
• Parecer prévio sobre as contas de governo. 
• Parecer conclusivo sobre despesas não autorizadas (solicitado pelo Legislativo). 
Alexandre Violato Peyerl
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• Parecer em consulta formulada pelos jurisdicionados. 
 
Temos ainda uma divergência na doutrina, pois de acordo com Luiz Henrique Lima, são duas 
funções distintas: 
• Opinativa - TC emite parecer prévio sobre as contas de governo. 
• Consultiva - o TC é consultado sobre matérias de sua competência. 
A classificação mais comum é a do TCU, mas em 2019 o Cespe já utilizou esta divergência entre 
a opinativa e a consultiva. 
Em 2016, teve uma prova do Cespe que considerou correta a classificação do parecer prévio 
como consultiva. Em 2019, tiveram questões de múltipla escolha que colocaram opinativa e 
consultiva em alternativas diferentes, sendo a opinativa a correta, o que nos leva a crer que o 
Cespe vem adotando essa classificação. Da FGV, ainda não vi essa cobrança. 
Professor, e na minha prova, o que eu marco? Muita atenção ao enunciado, se a questão de 
alguma forma abordar ambas as funções, provavelmente ela estará entendendo que são funções 
diferentes. Se ela falar somente sobre a consultiva, aí pode complicar um pouco e você deve ter 
muita cautela na interpretação. 
Portanto, saiba da existência dessa classificação e muita atenção ao enunciado. 
 
Judicante (julgadora, jurisdicional ou contenciosa) 
Quando o Tribunal julga as contas dos administradores, dos responsáveis por recursos públicos 
ou dos que causarem prejuízo ao erário. 
 
Sancionadora (sancionatória ou punitiva) 
Quando aplica as sanções ou penalidades previstas em lei, como, por exemplo: 
• Multa. 
• Inabilitação para cargo em comissão ou função de confiança. 
• Declaração de inidoneidade para participar de licitação. 
O ressarcimento ao erário não é uma sanção, mas uma responsabilização civil. 
Decretação de indisponibilidade de bens e afastamento temporário do responsável também não 
são sanções em si, mas sim medidas preventivas. 
Todavia, para alguns autores, como Luiz Henrique Lima, trata-se de uma função sancionadora. 
Alexandre Violato Peyerl
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Sempre deverá ser possibilitado o contraditório e a ampla defesa ao apenado. 
 
Corretiva 
Função pela qual o Tribunal age para a correção de irregularidades identificadas. 
Exemplos: 
• Fixação de prazo para adoção de medidas corretivas quando constatada ilegalidade. 
• Emissão de determinações de caráter obrigatório. 
• Sustação de atos irregulares. 
 
Informativa 
É exercida pelo Tribunal de diversas formas, quando ele presta informações ao Congresso 
Nacional, aos demais Poderes ou mesmo à sociedade. 
 
Exemplos: 
• Prestação de informações solicitadas pelo Poder Legislativo sobre fiscalizações e 
resultados de auditorias e inspeções. 
• Representação ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. 
• Encaminhamento trimestral e anual do relatório de suas atividades ao Poder Legislativo. 
• Alertas aos demais Poderes e órgãos públicos nas situações previstas na Lei de 
Responsabilidade Fiscal. 
• Encaminhamento à Justiça Eleitoral da relação de administradores que tiveram suas 
contas rejeitadas por irregularidade insanável. 
• Prestação de informações à sociedade sobre suas atividades. 
 
Pedagógica (educativa) 
Função pela qual o Tribunal contribui para a melhoria da gestão pública, emitindo orientações e 
informações aos órgãos públicos. 
Exemplos: 
• Realização de seminários. 
• Divulgação de manuais. 
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• Realização de cursos e ciclos de debates. 
• Emissão de recomendações aos jurisdicionados. 
 
Normativa 
Função pela qual o Tribunal expede atos e instruções normativas sobre matéria de suas 
atribuições, obrigando ao seu cumprimento. 
Na doutrina, há também quem inclua nessa função a fixação de coeficientes de distribuição de 
recursos do FPE, do FPM, do IPI-exportações e da Cide. 
 
Ouvidoria 
Função na qual o Tribunal recebe e examina denúncias e representações. 
 
 
APOSTA ESTRATÉGICA 
Desta aula, o tópico mais recorrente nas provas da FGV é a natureza jurídica dos tribunais de 
contas. Portanto, é relevante lembrar que: 
• O titular do controle externo e o Poder Legislativo, e o Tribunal de Contas exerce o 
controle externo em auxílio a ele. 
• Não há qualquer relação de subordinação ou hierarquia entre o Poder Legislativo e o 
Tribunal de Contas. 
• Os Tribunais de Contas são órgãos públicos, pertencentes à administração direta, 
portanto, não têm personalidade jurídica própria. 
• Os Tribunais possuem as prerrogativas de autonomia e de autogoverno. 
 
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS 
 
Natureza Jurídica 
1. (FGV/2015/TCE-RJ/Auditor Substituto) 
À luz do princípio da separação de Poderes insculpido na Constituição de 1988, 
considerada a concepção contemporânea de Estado policrático, o Tribunal de Contas: 
a) é órgão auxiliar do Poder Legislativo, a ele tecnicamente subordinado; 
b) é órgão auxiliar dos Poderes Executivo e Legislativo; 
c) é órgão funcionalmente vinculado ao Poder Legislativo, mas dotado de autonomia; 
d) é órgão jurisdicional com competência preparatória do controle judicial das contas 
públicas; 
e) não ostenta “poderes” no sentido constitucional do termo. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra C, pois o Tribunal de Contas é funcionalmente vinculado ao Poder 
Legislativo, mas dotado de autonomia. 
Vejamos as previsões da Constituição Federal sobre o tema: 
“Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:” 
“Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito 
Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que 
couber, as atribuições previstas no art. 96.” 
Portanto, é importante entender que não há qualquer relação de subordinação ou dependência 
entre o Poder Legislativo e o Tribunal de Contas, de forma que este tem tanto autonomia 
administrativa como independência para realizar as suas funções. 
Gabarito: C 
 
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2. (FGV/2015/TCE-SE/Analista de TI) 
O Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, desejando organizar o 
julgamento dos processos sob jurisdição de sua Corte, faz publicar instruções normativas 
com diversas normas de procedimento interno. Insatisfeitos com as novas diretrizes, 
diversos servidores postulam perante o Poder Judiciário a declaração de ilegalidade dos 
atos normativos, ao argumento de que não se inclui dentre as competências e atribuições 
do Tribunal de Contas, a competência legislativa. 
Considerando os dados fornecidos pelo problema, é correto afirmar que ao Tribunal de 
Contas assiste, no âmbito de sua competência e jurisdição: 
a) autonomia administrativa e financeira, mas não legislativa; 
b) o direito de solicitar à Assembleia Legislativa a edição de normas para regulamentar seus 
procedimentos internos; 
c) o poder regulamentar, o qual deve ser exercido por seu Presidente, com a aprovação do 
Poder Legislativo e com sanção do Poder Executivo; 
d) o poder regulamentar, de modo que lhe é possível expedir instruções normativas sobre 
matéria de suas atribuições; 
e) o poder regulamentar, de modo que lhe é possível expedir instruções normativas sobre 
matéria de sua atribuição, cuja validade e eficácia dependerá da aprovação do Ministério 
Público Especial. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra D, pois faz parte da autonomia conferida ao Tribunal de Contas a 
expedição de instruções e resoluções sobre as matérias de suas atribuições. Ou seja, as 
resoluções e instruções não precisam passar pela aprovação do Poder Legislativo e pela sanção 
do Poder Executivo. 
Sobre as demais alternativas: 
Letra A – Já vimos que os Tribunais de Contas têm autonomia administrativa e financeira, mas e 
autonomia legislativa, eles também têm? O tema é um pouco polêmico, mas o STF já possui 
jurisprudência no sentido de que eles têm autonomia legislativa para instaurar o processo 
legislativo que pretenda alterar sua organização e funcionamento. 
Letra B – Os TCs têm autonomia para editar as normas regulamentares dos seus procedimentos 
internos, as quais não precisam passar pela aprovação da Assembleia Legislativa. 
Letra C – Não há necessidade de aprovação do Poder Legislativo ou sanção do Poder Executivo 
para o exercício do poder regulamentar. 
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Letra E – A validade e a eficácia não dependem da aprovação do Ministério Público Especial. 
Gabarito: D 
3. (FGV/2013/TCE-BA/Analista de Controle Externo) 
Quanto ao controle externo, analise as afirmativas a seguir. 
I. A natureza jurídica da decisão do Tribunal de Contas é administrativa e por essa razão 
poderá ser objeto de controle por parte do Poder Judiciário. 
II. A decisão do Tribunal de Contas, de que resulta imputação de débito ou multa, terá 
eficácia de título executivo. 
III. Se o parecer prévio definitivo do Tribunal de Contas aponta irregularidade das contas 
por grave infração à norma legal, de natureza contábil, cabe ao Poder Legislativo apenas a 
ratificação do parecer pela reprovação das contas analisadas. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa II estiver correta. 
b) se somente a afirmativa III estiver correta. 
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentários 
Vamos analisar os itens: 
I. A natureza jurídica da decisão do Tribunal de Contas é administrativa e por essa razão poderá 
ser objeto de controle por parte do Poder Judiciário. Correta. Como vimos no roteiro de revisão, 
a natureza jurídica da decisão é administrativa e, portanto, devemos lembrar que o Sistema de 
Controle Externo Brasileiro não faz coisa julgada, ou seja, existe o princípio da inafastabilidade 
de jurisdição, de forma que qualquer ato pode ser levado à apreciação do Poder Judiciário. 
Portanto, o item está correto. 
II. A decisão do Tribunal de Contas, de que resulta imputação de débito ou multa, terá eficácia 
de título executivo. Correto. Esse item é de cobrança recorrente em provas. Ter eficácia de título 
executivo significa que possui presunção de liquidez e certeza, de forma que não depende do 
Poder Judiciário para poder ser executada. 
III. Se o parecer prévio definitivo do Tribunal de Contas aponta irregularidade das contas por 
grave infração à norma legal, de natureza contábil, cabe ao Poder Legislativo apenas a 
Alexandre Violato Peyerl
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ratificação do parecer pela reprovação das contas analisadas. Errado. O parecer prévio emitido 
pelo Tribunal de Contas não possui caráter vinculativo, ou seja, o Poder Legislativo que faz o 
julgamento das contas do chefe do Poder Executivo pode acatá-lo ou rejeitá-lo. 
Portanto, os itens I e II estão corretos e a alternativa correta é a letra C. 
Gabarito: C 
4. (FGV/2008/TCM-RJ/Auditor Substituto) 
O aspecto objetivo do alcance da fiscalização operacional exercida pelo Congresso 
Nacional, mediante controle externo, refere-se: 
a) à aplicação dos recursos públicos, conforme a lei orçamentária, acompanhando a 
arrecadação dos recursos e sua aplicação. 
b) à aplicação dos recursos públicos conforme as técnicas contábeis. 
c) à aplicação dos recursos públicos conforme ordenamento jurídico próprio. 
d) ao fluxo de recursos geridos pelo administrador público. 
e) à verificação do cumprimento das metas, resultados, eficácia e eficiência da gestão dos 
recursos públicos. 
Comentários 
Vejamos o que diz o artigo 70 da Constituição Federal... 
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e 
das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso 
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
Observe que cada uma das alternativas coloca as características de um dos tipos de fiscalização 
previstos (lembre-se do mnemônico COFOP), vamos associá-las: 
a) à aplicação dos recursos públicos, conforme a lei orçamentária, acompanhando a arrecadação 
dos recursos e sua aplicação. Fiscalização orçamentária. 
b) à aplicação dos recursos públicos conforme as técnicas contábeis. Fiscalização contábil. 
c) à aplicação dos recursos públicos conforme ordenamento jurídico próprio. Não se trata de um 
enfoque propriamente, mas ao cumprimento da legalidade na aplicação dos recursos. 
d) ao fluxo de recursos geridos pelo administrador público. Fiscalização financeira. 
e) à verificação do cumprimento das metas, resultados, eficácia e eficiência da gestão dos 
recursos públicos. Fiscalização operacional. Gabarito da questão. 
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Gabarito: E 
5. (FGV/2008/TCM-RJ/Auditor Substituto) 
Quanto à natureza jurídica do Tribunal de Contas, é correto afirmar que: 
a) não tem autonomia administrativa nem financeira, pois depende do repasse do Poder 
Executivo. 
b) não tem personalidade jurídica, possuindo, entretanto, capacidade processual ou 
postulatória. 
c) é um órgão autônomo e auxiliar do Poder Judiciário. 
d) as decisões proferidas pelo plenário são de natureza política. 
e) apresenta autonomia administrativa e financeira, além de personalidade jurídica, dotada 
da natureza administrativa em relação às suas decisões e deliberações. 
Comentários 
Vejamos os itens: 
Letra A – Errada, pois o Tribunalde Contas tem autonomia administrativa e financeira. 
Letra B – Correta! O Tribunal de Contas é um órgão, portanto, não tem personalidade jurídica 
própria. Todavia, possuem capacidade processual ou postulatória, pois há situações em que ele 
possui capacidade processual para defender as suas prerrogativas constitucionais. 
Letra C – Errada, pois é um órgão autônomo e auxiliar do Poder Legislativo. 
Letra D – Errada, pois as decisões são de natureza administrativa. 
Letra E – Errada, pois não possui personalidade jurídica, tendo em vista ser um órgão 
pertencente ao ente federativo em que se situa. 
Gabarito: B 
6. (FGV/2008/TCM-RJ/Procurador) 
A natureza da atividade dos Tribunais de Contas é: 
a) consultiva. 
b) punitiva. 
c) jurisdicional. 
d) executiva. 
e) técnica. 
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Comentários 
A alternativa correta é a letra E, porque as atividades dos Tribunais de Contas são de natureza 
técnica, tendo em vista que realizam auditorias e outras atividades que verificam a correção das 
contas públicas e da execução dos serviços, obras e demais projetos e atividades do poder 
público. 
Em relação às demais alternativas: 
Letra A – uma das funções do Tribunal de Contas é a consultiva, todavia, não se pode associar 
essa função à natureza da sua atividade. 
Letra B – ainda que os Tribunais de Contas exerçam a função sancionatória, a natureza da sua 
atividade não é punitiva. 
Letra C – a natureza jurisdicional está relacionada ao Poder Judiciário. 
Letra D – a natureza executiva está relacionada ao Poder Executivo. 
Gabarito: E 
7. (Cespe/2015/TCU/Técnico Federal de Controle Externo) 
Quanto à natureza, à competência e à jurisdição do TCU, julgue o item a seguir. 
O TCU é órgão vinculado e subordinado ao Poder Legislativo. 
Comentários 
Ainda que o TCU exerça o controle externo em auxílio ao Congresso Nacional, não há qualquer 
relação de subordinação entre eles. Portanto, a questão está errada. 
Gabarito: Errado 
Eficácia das decisões 
8. (FGV/2021/TCE-PI/Auditor de Controle Externo - Engenharia) 
O Tribunal de Contas do Estado Gama, ao julgar as contas de João, agente público que 
atuara como ordenador de despesas, concluiu que certas despesas foram irregularmente 
realizadas, quer em razão de vício de forma, quer por não ter sido observado o princípio da 
economicidade. Por tal razão, realizou a imputação de débito no valor de vinte mil reais, 
aplicando ainda multa no montante de 50% desse valor. 
À luz da sistemática vigente, é correto afirmar que a decisão do Tribunal de Contas tem a 
eficácia de título executivo: 
a) extrajudicial, podendo ser executada apenas pelo Estado Gama; 
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b) extrajudicial, podendo ser executada pelo Estado Gama e pelo Ministério Público de 
Contas; 
c) judicial, podendo ser executada pelo Estado Gama e pelo Ministério Público de Contas; 
d) extrajudicial, podendo ser executada pelo Estado Gama, pelo Ministério Público ou pelo 
Ministério Público de Contas; 
e) judicial, podendo ser executada pelo Estado Gama, pelo Ministério Público ou pelo 
Ministério Público de Contas. 
Comentários 
Conforme vimos ao longo do roteiro de revisão, a decisão do Tribunal de Contas tem eficácia de 
título executivo extrajudicial, sendo que a sua execução cabe ao próprio Estado Gama, que deve 
realizá-la por meio de seu órgão jurídico (geralmente é a Procuradoria Geral do Estado), já 
havendo decisão do STF no sentido de que não compete ao Tribunal de Contas, ao Ministério 
Público de Contas ou ao Ministério Público Comum a sua execução. Portanto, a alternativa 
correta é a letra A. 
Gabarito: A 
9. (FGV/2018/CGM Niterói/Auditor de Controle Interno) 
Em relação às multas imputadas pelos Tribunais de Contas, assinale a afirmativa correta. 
a) Constituem título executivo extrajudicial. 
b) Podem ser substituídas por penas privativas de liberdade. 
c) Têm a imputação condicionada à autorização legislativa. 
d) Possuem prescrição anual. 
e) Serão usadas, exclusivamente, como verbas indenizatórias. 
Comentários 
Conforme o art. 71, §3º, da CF: 
"§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de 
título executivo." 
Portanto, a alternativa correta é a letra A. 
Gabarito: A 
 
Alexandre Violato Peyerl
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c
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10. (Cespe/2015/TCU/Auditor federal de controle externo) 
Com relação aos aspectos institucionais do sistema de controle na administração pública, 
julgue o item que se segue. 
Se a decisão final do TCU resultar na aplicação de multa a determinado gestor público, o 
valor correspondente a essa multa poderá ser cobrado independentemente de inscrição na 
dívida ativa ou de abertura de novo processo administrativo para a cobrança. 
Comentários 
As decisões dos TCs de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título 
executivo, conforme previsto na CF, art. 71, §3º. Título executivo é um documento que 
representa uma dívida líquida e certa, permitindo ao seu titular propor a correspondente ação 
executiva para fins de cobrança. 
Como a decisão do Tribunal de Contas tem eficácia de título executivo, ela não precisa passar 
pela fase de conhecimento, ou seja, parte-se diretamente para a etapa de execução. 
Analisando a questão 
Se a decisão final do TCU resultar na aplicação de multa a determinado gestor público, o valor 
correspondente a essa multa poderá ser cobrado independentemente de inscrição na dívida 
ativa ou de abertura de novo processo administrativo para a cobrança. Perfeito! Não é 
necessário inscrever em dívida ativa ou abrir novo processo administrativo para a cobrança, de 
forma que a questão está correta. 
Gabarito: Certo 
11. (Cespe/2004/TCU/Auditor Federal de Controle Externo) 
De acordo com a doutrina, a condenação de gestor público por parte do TCU constitui 
título executivo de natureza judicial, por força da competência conferida pelo art. 71 da 
Constituição àquele órgão, para julgar contas de pessoas responsáveis por dinheiro 
público. 
Comentários 
A questão erra ao afirmar que o título tem natureza judicial pois, na verdade, a natureza é 
extrajudicial. 
Gabarito: Errado 
 
Alexandre Violato Peyerl
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Funções dos Tribunais de Contas 
12. (FGV/2018/CGM Niterói/Auditor Municipal de Controle Interno) 
Ao receber denúncias sobre irregularidades por parte de uma concessionária de transporte 
coletivo, o Tribunal de Contas fixa um prazo para a irregularidade ser retificada. 
Nessa situação, o Tribunal de Contas está atuando, respectivamente, de acordo com as 
funções 
a) ouvidoria e corretiva. 
b) consultiva e pedagógica. 
c) informativa e sancionadora. 
d) fiscalizadora e judicante. 
e) participativa e normativa. 
Comentários 
O enunciado nos traz duas atuações do Tribunal de Contas: 
1ª) recebimento de denúncias sobre irregularidades -> Nesse caso, ele está atuando de acordo 
com a função de ouvidoria, a qual exerce quando recebe e examina denúncias e representações. 
2ª) fixa prazo para retificação da irregularidade -> Nesse caso, ele está atuando de acordo com a 
função corretiva, na qual ele age para a correção de irregularidades identificadas, como na 
fixação de prazo, na emissão de determinações e na sustação de atos. 
Portanto, a alternativa correta é a letra A. 
Gabarito:A 
13. (FGV/2008/TCM-RJ/Auditor Substituto) 
A fiscalização realizada pelo Tribunal de Contas nos entes de sua jurisdição refere-se à 
função: 
a) legislativa. 
b) administrativa. 
c) política. 
d) judiciária. 
e) corretiva. 
 
Alexandre Violato Peyerl
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a
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Comentários 
Particularmente, acho que a FGV não foi muito precisa no enunciado desta questão... 
Dentre todas as alternativas, a única que diz respeito a uma função exercida pelo Tribunal de 
Contas é a letra E, que é a função corretiva, todavia, não se pode associar a fiscalização realizada 
pelo TC com a função corretiva em si, mas sim à função fiscalizadora, ainda que dela possa 
resultar a função corretiva. 
Portanto, o que a banca quis saber, na verdade, era qual a natureza da fiscalização realizada pelo 
Tribunal de Contas. 
A alternativa correta, portanto, é a letra B, pois a atividade do Tribunal é de cunho 
administrativo, pois ela é exercida sobre os atos de gestão dos recursos públicos. 
Gabarito: B 
14. (Cespe/2019/TCE-RO/Procurador) 
Determinado tribunal de contas estadual emitiu determinações a um órgão jurisdicionado e 
fixou prazo para adoção de providências; determinou o recolhimento de débito e aplicação 
de multa ao responsável por determinado convênio considerado irregular; e apresentou 
parecer prévio sobre as contas do chefe do Poder Executivo. 
Nessa situação hipotética, o referido tribunal exerceu, respectivamente, as funções 
a) sancionadora, sancionadora e julgadora. 
b) corretiva, sancionadora e julgadora. 
c) sancionadora, corretiva e opinativa. 
d) corretiva, sancionadora e opinativa. 
e) sancionadora, corretiva e consultiva. 
Comentários 
Vamos quebrar o enunciado e identificar cada função... 
Determinado tribunal de contas estadual emitiu determinações a um órgão jurisdicionado e 
fixou prazo para adoção de providências; Corretiva. 
determinou o recolhimento de débito e aplicação de multa ao responsável por determinado 
convênio considerado irregular; Sancionadora. A aplicação da multa é função sancionadora. 
Sobre o recolhimento do débito há controvérsias, pois ele em si não é uma sanção, e 
afirmação em si não permite saber qual o posicionamento do Cespe, pois o fato de haver 
aplicação de multa já caracteriza por si só a função sancionadora. 
Alexandre Violato Peyerl
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b
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e apresentou parecer prévio sobre as contas do chefe do Poder Executivo. Opinativa. 
Observe, pelas alternativas, que nesta questão o Cespe diferenciou a função opinativa da 
consultiva, adotando a classificação do Luiz Henrique Lima. Nessa classificação, a função 
opinativa é exercida na emissão do parecer prévio e a função corretiva é exercida quando o 
Tribunal é consultado sobre matérias de sua competência. 
Portanto, o gabarito é a letra D. 
Gabarito: D 
15. (Cespe/2019/MPC-PA/Analista Ministerial - Direito) 
Considere as seguintes situações hipotéticas. 
I O Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE/PA) emitiu parecer prévio sobre as contas 
do governador do estado. 
II O TCE/PA suspendeu a execução de ato irregular emitido pelo Poder Executivo. 
No que se refere às funções dos tribunais de contas, é correto afirmar que as ações 
descritas nas situações hipotéticas apresentadas se enquadram, respectivamente, nas 
funções 
a) julgadora e sancionadora. 
b) opinativa e corretiva. 
c) opinativa e sancionadora. 
d) consultiva e corretiva. 
e) consultiva e sancionadora. 
Comentários 
Identificando as funções: 
I O Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE/PA) emitiu parecer prévio sobre as contas do 
governador do estado. Opinativa. Veja que em duas questões para concursos diferentes do 
ano de 2019 o Cespe já passou a adotar essa classificação. 
II O TCE/PA suspendeu a execução de ato irregular emitido pelo Poder Executivo. Corretiva. 
Gabarito: B 
 
Alexandre Violato Peyerl
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16. (Cespe/2016/TCE-SC/Auditor fiscal de controle externo) 
Com relação aos conceitos e aplicações dos controles em geral no âmbito da administração 
pública, julgue o item a seguir. Nesse sentido, considere que as siglas CF, CE/SC, TCU e 
TCE/SC, sempre que empregadas, se referem, respectivamente, a Constituição Federal de 
1988, Constituição do Estado de Santa Catarina, Tribunal de Contas da União e Tribunal de 
Contas do Estado de Santa Catarina. 
O controle externo foi consideravelmente ampliado pela CF, compreendendo a função, 
entre outras, de consulta, como, por exemplo, na manifestação do TCU sobre as contas 
prestadas pelo presidente da República, realizada antes do julgamento dessas contas pelo 
Congresso Nacional. 
Comentários 
Em resumo, a questão diz que quando o Tribunal se manifesta sobre as contas do presidente da 
República ele exerce a sua função consultiva, o que está correto, confirmando o gabarito. 
Cabe relembrar aqui que existe uma divergência doutrinária. De acordo com Luiz Henrique Lima, 
a apreciação das contas do presidente da República diz respeito à função opinativa, sendo a 
consultiva expressa quando o TC é consultado sobre matérias de sua competência. 
Ao contrário das questões de 2019, veja que nesta de 2016 o Cespe entendeu como correta a 
classificação como consultiva. 
Gabarito: Certo 
17. (Cespe/2013/TCU/Auditor federal de controle externo) 
A propósito do Tribunal de Contas da União (TCU), no que se refere a sua natureza, 
competência, julgamento e fiscalização, julgue o seguinte. 
No uso de sua função sancionadora, pode o TCU, no caso de ilegalidade, fixar prazo para 
que o órgão ou entidade adote providências necessárias ao exato cumprimento da lei. 
Comentários 
Corrigindo: 
No uso de sua função sancionadora corretiva, pode o TCU, no caso de ilegalidade, fixar prazo 
para que o órgão ou entidade adote providências necessárias ao exato cumprimento da lei. 
A função sancionadora é aquela em que os tribunais de contas podem aplicar sanções aos seus 
jurisdicionados, sempre garantindo o contraditório e a ampla defesa. 
Gabarito: Errado 
Alexandre Violato Peyerl
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18. (Cespe/2009/TCU/Técnico federal de controle externo) 
Com relação à natureza, competência e jurisdição do TCU, julgue o seguinte item. 
A função corretiva exercida pelo controle externo manifesta-se por meio de atos tais como 
a sustação imediata de contratos considerados irregulares, que deve ser comunicada ao 
Congresso Nacional, para que este determine as medidas cabíveis. 
Comentários 
Vejamos o que diz a Constituição Federal: 
"Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara 
dos Deputados e ao Senado Federal; 
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, 
que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as 
medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito." 
Observe que aqui o erro da questão não está na classificação da função, mas sim em atribuir ao 
TCU uma competência que ele não tem: 
A função corretiva exercida pelo controle externo manifesta-se por meio de atos tais como a 
sustação imediata de contratos consideradosirregulares, que deve ser comunicada ao 
Congresso Nacional, para que este determine as medidas cabíveis. 
Não se preocupe se errou, pois iremos tratar deste assunto na próxima aula. 
Gabarito: Errado 
 
 
 
 
Alexandre Violato Peyerl
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QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO 
Perguntas 
1) Os tribunais de contas (TCs) possuem personalidade jurídica própria? 
 
2) Os TCs possuem relação de hierarquia com algum poder? 
 
3) Quais decisões dos TCs terão eficácia de título executivo? 
 
4) Quando o TC determina a devolução de recursos para a administração, quem é o 
responsável por realizar a cobrança dos valores? 
 
5) Qual a função exercida pelo TC quando ele realiza uma auditoria para verificar se algum 
ato administrativo está de acordo com a legalidade? 
 
6) Qual a função exercida pelo TC quando ele emite parecer prévio sobre as contas de 
governo? 
 
7) Qual a função exercida pelo TC quando ele realiza a sustação de atos irregulares? 
 
8) Qual a função exercida pelo TC quando ele julga as contas dos administradores e demais 
responsáveis por bens e valores públicos? 
 
9) Qual a função exercida pelo TC quando ele emite um alerta a jurisdicionado sobre 
excesso de gastos com pessoal? 
 
10) Qual a função exercida pelo TC quando ele aplica uma multa? 
 
Alexandre Violato Peyerl
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11) Qual a função exercida pelo TC quando ele recebe denúncia de cidadão a respeito de 
irregularidades? 
 
12) Qual a função exercida pelo TC quando ele expede instruções acerca de matéria de sua 
competência? 
 
 
Perguntas com respostas 
1) Os tribunais de contas (TCs) possuem personalidade jurídica própria? 
Não. São órgãos públicos, pertencentes à administração direta. 
2) Os TCs possuem relação de hierarquia com algum poder? 
Não. Por mais que sejam órgãos associados ao Poder Legislativo para diversos fins, 
inclusive, sendo auxiliar deste no exercício do controle externo, os Tribunais de Contas 
são autônomos e independentes, não se subordinando a nenhum dos Poderes. 
3) Quais decisões dos TCs terão eficácia de título executivo? 
As que resultem em imputação de débito ou multa. 
4) Quando o TC determina a devolução de recursos para a administração, quem é o 
responsável por realizar a cobrança dos valores? 
O órgão jurídico da entidade beneficiária dos recursos. Na União, a cobrança é feita pela 
AGU por meio da PGFN. Nos Estados, é feita por suas procuradorias. 
5) Qual a função exercida pelo TC quando ele realiza uma auditoria para verificar se algum 
ato administrativo está de acordo com a legalidade? 
Fiscalizatória. 
6) Qual a função exercida pelo TC quando ele emite parecer prévio sobre as contas de 
governo? 
Consultiva ou opinativa. 
7) Qual a função exercida pelo TC quando ele realiza a sustação de atos irregulares? 
Corretiva. 
 
Alexandre Violato Peyerl
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8) Qual a função exercida pelo TC quando ele julga as contas dos administradores e demais 
responsáveis por bens e valores públicos? 
Judicante. 
9) Qual a função exercida pelo TC quando ele emite um alerta a jurisdicionado sobre 
excesso de gastos com pessoal? 
Informativa. 
10) Qual a função exercida pelo TC quando ele aplica uma multa? 
Sancionadora. 
11) Qual a função exercida pelo TC quando ele recebe denúncia de cidadão a respeito de 
irregularidades? 
Ouvidoria. 
12) Qual a função exercida pelo TC quando ele expede instruções acerca de matéria de sua 
competência? 
Normativa ou regulamentar. 
 
Espero que você tenha compreendido bem o assunto, restando dúvidas, conte conosco pelo 
fórum de dúvidas. Até a próxima! 
 
 
Alexandre Violato Peyerl
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TCU (Auditor - Controle Externo) Passo Estratégico de Controle Externo - 2021 (Pós-Edital)
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LISTA DE QUESTÕES ESTRATÉGICAS 
Natureza Jurídica 
1. (FGV/2015/TCE-RJ/Auditor Substituto) 
À luz do princípio da separação de Poderes insculpido na Constituição de 1988, 
considerada a concepção contemporânea de Estado policrático, o Tribunal de Contas: 
a) é órgão auxiliar do Poder Legislativo, a ele tecnicamente subordinado; 
b) é órgão auxiliar dos Poderes Executivo e Legislativo; 
c) é órgão funcionalmente vinculado ao Poder Legislativo, mas dotado de autonomia; 
d) é órgão jurisdicional com competência preparatória do controle judicial das contas 
públicas; 
e) não ostenta “poderes” no sentido constitucional do termo. 
 
2. (FGV/2015/TCE-SE/Analista de TI) 
O Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, desejando organizar o 
julgamento dos processos sob jurisdição de sua Corte, faz publicar instruções normativas 
com diversas normas de procedimento interno. Insatisfeitos com as novas diretrizes, 
diversos servidores postulam perante o Poder Judiciário a declaração de ilegalidade dos 
atos normativos, ao argumento de que não se inclui dentre as competências e atribuições 
do Tribunal de Contas, a competência legislativa. 
Considerando os dados fornecidos pelo problema, é correto afirmar que ao Tribunal de 
Contas assiste, no âmbito de sua competência e jurisdição: 
a) autonomia administrativa e financeira, mas não legislativa; 
b) o direito de solicitar à Assembleia Legislativa a edição de normas para regulamentar seus 
procedimentos internos; 
c) o poder regulamentar, o qual deve ser exercido por seu Presidente, com a aprovação do 
Poder Legislativo e com sanção do Poder Executivo; 
d) o poder regulamentar, de modo que lhe é possível expedir instruções normativas sobre 
matéria de suas atribuições; 
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e) o poder regulamentar, de modo que lhe é possível expedir instruções normativas sobre 
matéria de sua atribuição, cuja validade e eficácia dependerá da aprovação do Ministério 
Público Especial. 
 
3. (FGV/2013/TCE-BA/Analista de Controle Externo) 
Quanto ao controle externo, analise as afirmativas a seguir. 
I. A natureza jurídica da decisão do Tribunal de Contas é administrativa e por essa razão 
poderá ser objeto de controle por parte do Poder Judiciário. 
II. A decisão do Tribunal de Contas, de que resulta imputação de débito ou multa, terá 
eficácia de título executivo. 
III. Se o parecer prévio definitivo do Tribunal de Contas aponta irregularidade das contas 
por grave infração à norma legal, de natureza contábil, cabe ao Poder Legislativo apenas a 
ratificação do parecer pela reprovação das contas analisadas. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa II estiver correta. 
b) se somente a afirmativa III estiver correta. 
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
4. (FGV/2008/TCM-RJ/Auditor Substituto) 
O aspecto objetivo do alcance da fiscalização operacional exercida pelo Congresso 
Nacional, mediante controle externo, refere-se: 
a) à aplicação dos recursos públicos, conforme a lei orçamentária, acompanhando a 
arrecadação dos recursos e sua aplicação. 
b) à aplicação dos recursos públicos conforme as técnicas contábeis. 
c) à aplicação dos recursos públicos conforme ordenamento jurídico próprio. 
d) ao fluxo de recursos geridos pelo administrador público. 
e) à verificação do cumprimento das metas, resultados, eficácia e eficiência da gestão dosrecursos públicos. 
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5. (FGV/2008/TCM-RJ/Auditor Substituto) 
Quanto à natureza jurídica do Tribunal de Contas, é correto afirmar que: 
a) não tem autonomia administrativa nem financeira, pois depende do repasse do Poder 
Executivo. 
b) não tem personalidade jurídica, possuindo, entretanto, capacidade processual ou 
postulatória. 
c) é um órgão autônomo e auxiliar do Poder Judiciário. 
d) as decisões proferidas pelo plenário são de natureza política. 
e) apresenta autonomia administrativa e financeira, além de personalidade jurídica, dotada 
da natureza administrativa em relação às suas decisões e deliberações. 
 
6. (FGV/2008/TCM-RJ/Procurador) 
A natureza da atividade dos Tribunais de Contas é: 
a) consultiva. 
b) punitiva. 
c) jurisdicional. 
d) executiva. 
e) técnica. 
 
7. (Cespe/2015/TCU/Técnico Federal de Controle Externo) 
Quanto à natureza, à competência e à jurisdição do TCU, julgue o item a seguir. 
O TCU é órgão vinculado e subordinado ao Poder Legislativo. 
 
 
 
 
 
 
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Eficácia das decisões 
8. (FGV/2021/TCE-PI/Auditor de Controle Externo - Engenharia) 
O Tribunal de Contas do Estado Gama, ao julgar as contas de João, agente público que 
atuara como ordenador de despesas, concluiu que certas despesas foram irregularmente 
realizadas, quer em razão de vício de forma, quer por não ter sido observado o princípio da 
economicidade. Por tal razão, realizou a imputação de débito no valor de vinte mil reais, 
aplicando ainda multa no montante de 50% desse valor. 
À luz da sistemática vigente, é correto afirmar que a decisão do Tribunal de Contas tem a 
eficácia de título executivo: 
a) extrajudicial, podendo ser executada apenas pelo Estado Gama; 
b) extrajudicial, podendo ser executada pelo Estado Gama e pelo Ministério Público de 
Contas; 
c) judicial, podendo ser executada pelo Estado Gama e pelo Ministério Público de Contas; 
d) extrajudicial, podendo ser executada pelo Estado Gama, pelo Ministério Público ou pelo 
Ministério Público de Contas; 
e) judicial, podendo ser executada pelo Estado Gama, pelo Ministério Público ou pelo 
Ministério Público de Contas. 
 
9. (FGV/2018/CGM Niterói/Auditor de Controle Interno) 
Em relação às multas imputadas pelos Tribunais de Contas, assinale a afirmativa correta. 
a) Constituem título executivo extrajudicial. 
b) Podem ser substituídas por penas privativas de liberdade. 
c) Têm a imputação condicionada à autorização legislativa. 
d) Possuem prescrição anual. 
e) Serão usadas, exclusivamente, como verbas indenizatórias. 
 
 
 
 
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10. (Cespe/2015/TCU/Auditor federal de controle externo) 
Com relação aos aspectos institucionais do sistema de controle na administração pública, 
julgue o item que se segue. 
Se a decisão final do TCU resultar na aplicação de multa a determinado gestor público, o 
valor correspondente a essa multa poderá ser cobrado independentemente de inscrição na 
dívida ativa ou de abertura de novo processo administrativo para a cobrança. 
 
11. (Cespe/2004/TCU/Auditor Federal de Controle Externo) 
De acordo com a doutrina, a condenação de gestor público por parte do TCU constitui 
título executivo de natureza judicial, por força da competência conferida pelo art. 71 da 
Constituição àquele órgão, para julgar contas de pessoas responsáveis por dinheiro 
público. 
 
Funções dos Tribunais de Contas 
12. (FGV/2018/CGM Niterói/Auditor Municipal de Controle Interno) 
Ao receber denúncias sobre irregularidades por parte de uma concessionária de transporte 
coletivo, o Tribunal de Contas fixa um prazo para a irregularidade ser retificada. 
Nessa situação, o Tribunal de Contas está atuando, respectivamente, de acordo com as 
funções 
a) ouvidoria e corretiva. 
b) consultiva e pedagógica. 
c) informativa e sancionadora. 
d) fiscalizadora e judicante. 
e) participativa e normativa. 
 
13. (FGV/2008/TCM-RJ/Auditor Substituto) 
A fiscalização realizada pelo Tribunal de Contas nos entes de sua jurisdição refere-se à 
função: 
a) legislativa. 
b) administrativa. 
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c) política. 
d) judiciária. 
e) corretiva. 
 
14. (Cespe/2019/TCE-RO/Procurador) 
Determinado tribunal de contas estadual emitiu determinações a um órgão jurisdicionado e 
fixou prazo para adoção de providências; determinou o recolhimento de débito e aplicação 
de multa ao responsável por determinado convênio considerado irregular; e apresentou 
parecer prévio sobre as contas do chefe do Poder Executivo. 
Nessa situação hipotética, o referido tribunal exerceu, respectivamente, as funções 
a) sancionadora, sancionadora e julgadora. 
b) corretiva, sancionadora e julgadora. 
c) sancionadora, corretiva e opinativa. 
d) corretiva, sancionadora e opinativa. 
e) sancionadora, corretiva e consultiva. 
 
15. (Cespe/2019/MPC-PA/Analista Ministerial - Direito) 
Considere as seguintes situações hipotéticas. 
I O Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE/PA) emitiu parecer prévio sobre as contas 
do governador do estado. 
II O TCE/PA suspendeu a execução de ato irregular emitido pelo Poder Executivo. 
No que se refere às funções dos tribunais de contas, é correto afirmar que as ações 
descritas nas situações hipotéticas apresentadas se enquadram, respectivamente, nas 
funções 
a) julgadora e sancionadora. 
b) opinativa e corretiva. 
c) opinativa e sancionadora. 
d) consultiva e corretiva. 
e) consultiva e sancionadora. 
 
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16. (Cespe/2016/TCE-SC/Auditor fiscal de controle externo) 
Com relação aos conceitos e aplicações dos controles em geral no âmbito da administração 
pública, julgue o item a seguir. Nesse sentido, considere que as siglas CF, CE/SC, TCU e 
TCE/SC, sempre que empregadas, se referem, respectivamente, a Constituição Federal de 
1988, Constituição do Estado de Santa Catarina, Tribunal de Contas da União e Tribunal de 
Contas do Estado de Santa Catarina. 
O controle externo foi consideravelmente ampliado pela CF, compreendendo a função, 
entre outras, de consulta, como, por exemplo, na manifestação do TCU sobre as contas 
prestadas pelo presidente da República, realizada antes do julgamento dessas contas pelo 
Congresso Nacional. 
 
17. (Cespe/2013/TCU/Auditor federal de controle externo) 
A propósito do Tribunal de Contas da União (TCU), no que se refere a sua natureza, 
competência, julgamento e fiscalização, julgue o seguinte. 
No uso de sua função sancionadora, pode o TCU, no caso de ilegalidade, fixar prazo para 
que o órgão ou entidade adote providências necessárias ao exato cumprimento da lei. 
 
18. (Cespe/2009/TCU/Técnico federal de controle externo) 
Com relação à natureza, competência e jurisdição do TCU, julgue o seguinte item. 
A função corretiva exercida pelo controle externo manifesta-se por meio de atos tais como 
a sustação imediata de contratos considerados irregulares, que deve ser comunicada ao 
Congresso Nacional, para que este determine as medidas cabíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
1. C 
2. D 
3. C 
4. E 
5. B 
6. E 
7. Errado 
8. A 
9. A 
10. Certo 
11. Errado 
12. A 
13. B 
14. D 
15. B 
16. Certo 
17. Errado 
18. Errado 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Almeida, H. (2020). Controle Externo. Estratégia Concursos. 
Constituição Federal de 1988. 
Lima, L. H. (2017). Controle Externo. 
 
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