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Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) PARTE I Competências e atribuições Helen Cristina Steffen – Auditora de Controle Externo do TCMSP Objetivo da aula • Compreender quais são as competências e atribuições de Controle Externo no Município de São Paulo O que vamos estudar • Função de Controle Externo • Competências e atribuições do TCMSP • Jurisdicionados do TCMSP • Aspectos gerais de organização do TCMSP • Missão, visão e valores • Estrutura do TCMSP • Referências Função de Controle Externo O que é Controle Externo da administração pública? Função de controle externo Antes de explicar o que é Controle Externo, vamos refletir um pouco sobre algumas questões... Função de controle externo Vivemos em uma sociedade que possui diversas necessidades... ... Sociedade Necessidades diversas Função de controle externo Para que haja recursos para atender essas necessidades, a sociedade contribui por meio do pagamento de tributos, contribuições, etc. Administração pública Faz a gestão dos recursos públicos arrecadados com o objetivo de atender as necessidades da população. Sociedade Função de controle externo E como a sociedade pode assegurar que os recursos públicos estão sendo geridos de acordo com os princípios legais? Função de controle externo Por meio do controle externo! Principal objetivo do controle externo: assegurar que os recursos públicos sejam bem aplicados e retornem à sociedade por meio de serviços de qualidade. Auxílio no combate à corrupção. Função de controle externo Administração pública SociedadeControle externo O Tribunal de Contas é um órgão independente e de caráter técnico, que fiscaliza como os recursos públicos estão sendo administrados, e se os serviços prestados pela administração direta e indireta estão atendendo as necessidades da população. Função de controle externo SociedadeControle externo Aumenta o grau de confiança dos usuários das informações sobre a gestão dos recursos públicos. Necessita de informações sobre como está sendo feita a gestão dos recursos públicos. Função de controle externo Administração pública SociedadeControle externo Ao exercer o controle externo, o Tribunal de Contas presta um serviço essencial ao cidadão, agregando valor para a sociedade. Função de controle externo • Ou seja: • Controle externo: é o controle exercido pelo Congresso Nacional, Casas Legislativas Estaduais, Distrital e Municipais, com o auxílio do Tribunal de Contas, destinado à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União, Estados, DF e Municípios, e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas. • CF/88, arts.31, 70, 71 e 75. Função de controle externo Função de controle externo Controle externo Tem como objetivo impedir que a administração pública atue fora dos limites do sistema legal institucionalizado. Sistema instituído com o objetivo de evitar a ocorrência de dano ao patrimônio público (prevenção e repressão). Atividade pautada em limites preestabelecidos , incidindo sobre ela princípios e regras (parâmetros de regularidade). Função de controle externo Independência Ausência de interferência Qualificação adequada do controlador Fonte: Viana, 2019 Segregação das funções: quem controla não deve executar, e quem executa não deve controlar Não haver interferência no planejamento das fiscalizações, definição do que fiscalizar, na análise técnica dos auditores, entre outros. Qualificação do controlador não pode ser inferior à do controlado, sob pena da falta de credibilidade e confiabilidade no controle externo. Função de controle externo União Tribunal de Contas da União Estados Tribunais de Contas dos Estados Distrito Federal Tribunal de Contas do DF Dos Municípios Órgãos estaduais que fiscalizam todos os municípios daquele estado e não apenas um único município - Goiás, Bahia e Pará. Do Município Órgãos municipais que fiscalizam um único município - São Paulo e Rio de Janeiro Tribunais de Contas no Brasil: E por que é tão importante que o Município de São Paulo tenha um Tribunal de Contas? Vamos conferir alguns dados importantes... Função de controle externo Função de controle externo *Área: 1.521,202 km² *População estimada: 12.396.372 5º maior orçamento do país (R$ 95,8 bi orçados para 2023), atrás apenas da União, e dos Estados de SP, MG e RJ Organizada em 32 Subprefeituras Seu PIB equivale a 10% do PIB do Brasil É o principal centro econômico e financeiro do país, concentrando sedes de grandes empresas e entidades bancárias nacionais e internacionais Pode ser considerada também um importante centro cultural em função da grande concentração de pessoas de origens diversas *Fonte: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/sp/sao-paulo.html - dados de 2021 https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/sp/sao-paulo.html Função de controle externo • Por isso é fundamental que a cidade possua um Tribunal de Contas para fiscalizar como os recursos públicos estão sendo arrecadados e aplicados na cidade. E quais são as competências do Tribunal de Contas no município de São Paulo? Competências e atribuições do TCMSP As competências do TCMSP estão estabelecidas tanto na Constituição Federal de 1988 como na legislação municipal. Competências e atribuições do TCMSP • De acordo com o princípio da simetria, que determina que deve existir uma relação de paralelismo entre as disposições constitucionais destinadas à União e os demais entes federativos, as competências de controle externo foram replicadas ao contexto da Lei Orgânica do Município de São Paulo. Constituição Federal Arts. 70 e 71 Constituição Estadual Lei Orgânica do Município de São Paulo Arts. 47 e 48 Competências e atribuições do TCMSP • Competências do TCMSP – Lei Orgânica Municipal de São Paulo: Art. 47 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno dos Poderes Executivo e Legislativo. § 1º - Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou de direito privado, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelas quais o Município responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária. [...] Competências e atribuições do TCMSP • Competências do TCMSP – Lei Orgânica Municipal: Art. 48 - O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Prefeito, pela Mesa da Câmara e pelo próprio Tribunal, que serão apresentadas obrigatoriamente até 31 de março de cada exercício, mediante parecer prévio informativo, que deverá ser elaborado e enviado à Câmara Municipal no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, contados da data de seu recebimento, já incluídos nesse prazo eventuais diligências e apreciação definitiva de recursos administrativos. Competências e atribuições do TCMSP • Competências do TCMSP – Lei Orgânica Municipal: Art. 48 – (continuação): III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; Competências e atribuiçõesdo TCMSP • Competências do TCMSP – Lei Orgânica Municipal: Art. 48 - (continuação): IV - realizar, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo e Executivo e nas demais entidades referidas no inciso II, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, por iniciativa própria e, ainda, quando forem solicitadas: a) pela Câmara Municipal, por qualquer de suas Comissões; b) por cidadãos que subscreverem requerimento de pelo menos 1% (um por cento) do eleitorado do Município; Competências e atribuições do TCMSP • Competências do TCMSP – Lei Orgânica Municipal: Art. 48 - (continuação): V - fiscalizar a aplicação de recursos de qualquer natureza, repassados ao Município, pela União, pelo Estado, ou qualquer outra entidade, mediante convênio, acordo, ajuste e outros instrumentos congêneres; VI - manifestar-se, no prazo de 30 (trinta) dias, sobre os empréstimos a serem contraídos pelo Município quando for solicitado pela Câmara Municipal; Competências e atribuições do TCMSP • Competências do TCMSP – Lei Orgânica Municipal: Art. 48 - (continuação): VII - prestar informações solicitadas pela Câmara Municipal por suas Comissões ou lideranças partidárias, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre os resultados de auditorias e inspeções que tenham sido realizadas; VIII - aplicar aos responsáveis as sanções previstas em lei, em caso de ilegalidade de procedimento no que tange às receitas, despesas ou irregularidades das contas; Competências e atribuições do TCMSP • Competências do TCMSP – Lei Orgânica Municipal: Art. 48 - (continuação): IX - assinalar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sob pena de incidir nas sanções legais cabíveis pela desobediência; X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara Municipal, em prazo não superior a 15 (quinze) dias, ressalvado o disposto no § 1º, deste artigo; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados; [...] Competências e atribuições do TCMSP E quem está sujeito à fiscalização do TCMSP? Jurisdicionados do TCMSP Segundo a LOMSP, art. 47 § 1º: Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou de direito privado, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelas quais o Município responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária. Jurisdicionados do TCMSP E a Lei Orgânica do TCMSP (Lei nº 9167/80) e seu Regimento Interno (Resolução nº 03/2002) trazem as descrições das entidades da administração direta e indireta que estão sob a jurisdição do TCMSP, bem como a forma de apreciação das respectivas contas. Jurisdicionados do TCMSP Sujeitos à fiscalização do TCMSP: (LOTCMSP nº 9167/80 e Regimento Interno Resolução nº 03/02) Administração direta (Prefeitura do Município de São Paulo e seus órgãos) Parecer prévio sobre as contas TCMSP Parecer prévio sobre as contas Câmara Municipal de São Paulo Julgamento das contas Administração indireta (Fundações, autarquias, empresas públicas) Julgamento das contas Jurisdicionados do TCMSP Prefeitura do Município de São Paulo (PMSP) • Compreende todos os órgãos do Poder Executivo do município (Secretarias, Controladoria Geral do Município, Procuradoria Geral do Município, Casa Civil, Subprefeituras...) • Administração direta: Jurisdicionados do TCMSP Autarquias • Exemplos: Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), Instituto de Previdência Municipal de São Paulo (IPREM), Serviço Funerário do Município de São Paulo (SFMSP) etc. Fundações • Exemplos: Fundação Paulistana de Educação, Tecnologia e Cultura (FPETC), Fundação Theatro Municipal de São Paulo (TMSP) etc. Empresas públicas • Exemplos: CET, COHAB-SP, PRODAM, SP Negócios, SP Parcerias, SP Cine, SP Obras, SP Trans, SP Turis, SP Urbanismo, etc. • Administração indireta: Jurisdicionados do TCMSP Aspectos gerais de organização do TCMSP Exercer o controle externo, especialmente preventiva e concomitantemente, fiscalizando, julgando e orientando a gestão dos recursos públicos do Município de São Paulo de modo a assegurar que sejam arrecadados e aplicados em conformidade com os princípios da legalidade, legitimidade e economicidade visando a melhoria dos serviços municipais em prol da sociedade. Missão Valores Visão Missão Visão Consolidar-se como uma instituição de referência no controle ágil, eficaz e efetivo da aplicação dos recursos públicos, na produção de informações estruturadas, na avaliação de políticas públicas e no combate à corrupção e promoção da integridade, contribuindo para a qualidade e o aprimoramento da Administração Pública municipal. Valores Visão Missão Valores Institucionalidade: Garantir o Pleno como o mais elevado órgão de deliberação da Instituição, na busca do fortalecimento das ações de controle externo, em prol do interesse público. Ética: Ter como padrão de conduta a justiça, a honestidade, o respeito e o compromisso com o interesse público, promovendo a probidade nas ações administrativas, com ênfase no combate à corrupção. Transparência: Garantir o direito de acesso às informações na forma da lei, possibilitando a participação da sociedade na gestão pública. Agilidade: Atuar de forma a conjugar rendimento e otimização de recursos com foco em resultados. Valores Visão Missão Valores Efetividade: Alcançar os resultados planejados de forma a potencializar os impactos positivos, promovendo a tempestividade dos julgados, de modo a assegurar o atendimento da missão institucional. Profissionalismo: Atuar de forma técnica, competente, responsável, imparcial, coerente e objetiva, e estar comprometido com a missão institucional. Inovação Tecnológica: promover mudanças com sentido de atualidade, usando a tecnologia da informação e da comunicação a fim de melhorar as ações institucionais do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, assim como as ações dos órgãos jurisdicionados. Qualidade: Exercer as atividades com base nas melhores práticas e padrões de excelência reconhecidos. Responsabilidade: Promover os valores democráticos e atuar com autonomia, imparcialidade, impessoalidade e coerência, com vistas ao atendimento do interesse público. Valores Visão Missão Estrutura do TCMSP Organograma aprovado pela Ordem Interna n° 04/22, atualizado de acordo com a Lei Municipal nº 17.845/2022: Fonte: https://portal.tcm.sp.gov.br/Pagina/91/72 https://portal.tcm.sp.gov.br/Pagina/91/72 Estrutura do TCMSP Órgãos julgadores (informações de 2022): PRESIDENTE Conselheiro João Antonio VICE-PRESIDENTE Conselheiro Eduardo Tuma (Conselheiro-Dirigente da Escola de Contas) CORREGEDOR Conselheiro Roberto Braguim CONSELHEIRO Maurício Faria CONSELHEIRO Domingos Dissei Estrutura do TCMSP Áreas ligadas ao Pleno e à Presidência: Estrutura do TCMSP Áreas ligadas à Secretaria Geral: Estrutura do TCMSP Áreas ligadas à Secretaria Geral (continuação): Estrutura do TCMSP Áreas ligadas à Secretaria Geral (continuação): Subsecretaria de Controle Externo SCE C-I Contas da PMSP / Câmara / TCMSP / Adm. indireta C-II Educação / Cultura / Esportes / Turismo C-III Previdência / Atos de pessoal C-IV Saúde / Assistência Social C-V Desestatizações C-VI Subprefeituras / Gestão Ambiental / Transportes C-VII Habitação / Infraestrutura urbana / Obras C-VIII Tecnologia / Gestão de Sistemas SCE / Auditorias de TI (GATI) Assessoria Obs: estrutura a partir de 2023 Estrutura do TCMSP Áreas ligadas à Secretaria Geral (continuação): Referências • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em <https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/sp/sao-paulo.html>. Acessoem novembro/2022. • Lei Orgânica do Município de São Paulo. Disponível em <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/LOM.pdf>. Acesso em novembro/2022. • Lei Orgânica do TCMSP. Disponível em <https://portal.tcm.sp.gov.br/Pagina/8768>. Acesso em novembro/2022. • Organograma do TCMSP. Disponível em <https://portal.tcm.sp.gov.br/Pagina/91/72>. Acesso em novembro/2022. • Portal da Prefeitura do Município de São Paulo. Disponível em <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/fazenda/servicos/>. Acesso em novembro/2022. • Regimento Interno do TCMSP – Resolução 03/2002. Disponível em <https://portal.tcm.sp.gov.br/Pagina/8768>. Acesso em novembro/2022. • Viana, Ismar. Fundamentos do processo de controle externo: uma interpretação sistematizada do texto constitucional aplicada à processualização das competências dos tribunais de contas. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2019. https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/sp/sao-paulo.html https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/LOM.pdf https://portal.tcm.sp.gov.br/Pagina/8768 https://portal.tcm.sp.gov.br/Pagina/91/72 https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/fazenda/servicos/ https://portal.tcm.sp.gov.br/Pagina/8768 Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) PARTE II Atuação do TCMSP Helen Cristina Steffen – Auditora de Controle Externo do TCMSP Objetivo da aula •Compreender como o TCMSP atua na cidade de São Paulo no exercício das suas atribuições O que vamos estudar • Ciclo de Controle Externo • Procedimentos de fiscalização • Métodos para fiscalização • Exemplos de atuação do TCMSP • Referências Ciclo de Controle Externo Ciclo de controle externo Seleção do que fiscalizar Planejamento da fiscalização Execução da fiscalização Relatório Apreciação pelos Conselheiros Divulgação dos resultados Monitoramento Contraditório e ampla defesa Como o TCMSP seleciona o que vai fiscalizar? Ciclo de controle externo Depende da origem da demanda. As fiscalizações podem ser previstas no Plano Anual de Fiscalização (PAF), e ainda podem surgir no decorrer do ano oriundas de eventos novos, conforme comentado a seguir. Ciclo de controle externo • Plano Anual de Fiscalização (PAF): PAF Lista de prioridades (temas) Recursos para cada tipo de fiscalização Recursos para capacitações, projetos etc Recursos para gerenciamento das fiscalizações etc Ciclo de controle externo • Plano anual de fiscalização (PAF) – macro etapas: Definição do cronograma do PAF Definição do calendário do ano seguinte Elaboração do diagnóstico dos órgãos fiscalizados Elaboração das diretrizes do PAF Matriz de seleção de temas prioritários Elaboração do PAF Lançamento do PAF no Átomo/Panorama Consolidação do PAF Aprovação do PAF pelo Pleno por meio de Resolução Ciclo de controle externo • Plano Anual de Fiscalização (PAF): Ou seja, no PAF consta todo o plano das fiscalizações que serão priorizadas no próximo ano, indicando para quais temas a força de trabalho da auditoria será direcionada. E a lista dos temas para fiscalização é formada com as considerações tanto da Subsecretaria de Controle Externo (SCE) como dos Conselheiros do TCMSP, ponderada por vários critérios, tais como risco, materialidade, relevância e oportunidade. Lista de prioridades do PAF Temas propostos pelos Conselheiros Temas propostos pela SFC Ciclo de controle externo • Plano anual de fiscalização (PAF) – Resolução 06/2000: Art. 13 – A Subsecretaria de Fiscalização e Controle encaminhará à Secretaria Geral do Tribunal, até o dia 15 do mês de outubro, proposta de Plano Anual de Fiscalização para o exercício seguinte, contendo a indicação dos órgãos e entidades fiscalizados no período, os procedimentos de fiscalização previstos, os objetos e os correspondentes objetivos, bem como os recursos estimados para a sua execução. Ciclo de controle externo • Plano anual de fiscalização (PAF) – Resolução 06/2000: Art. 13 – (continuação) § 1º A proposta do Plano Anual de Fiscalização será acompanhada de uma lista de fiscalizações prioritárias elaborada pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle em conjunto com os Conselheiros Relatores. § 2º A proposta do Plano Anual de Fiscalização e a lista de fiscalizações prioritárias para o exercício correspondente serão aprovadas conjuntamente pelo Pleno do Tribunal de Contas, até a última sessão de novembro, na forma regimental. Ciclo de controle externo • Outras demandas internas e externas durante o exercício: Além das fiscalizações oriundas do PAF por iniciativa própria do TCMSP (planejadas em conjunto pelos Conselheiros e a SCE), durante o exercício são recepcionadas outras demandas, tais como representações/denúncias, demandas que chegam pela Ouvidoria do TCMSP, e solicitações de informações por outras entidades (tais como Ministério Público, Tribunal de Justiça, outros Tribunais de Contas etc.), além de fiscalizações que podem ser propostas pelos Conselheiros e pela SCE. Além disso, demandas para fiscalização podem ser solicitadas pelas Comissões da CMSP ou por cidadãos que subscreverem requerimento de pelo menos 1% (um por cento) do eleitorado do Município de São Paulo (LOMSP). Ciclo de controle externo Fiscalização exercida por iniciativa própria Plano Anual de Fiscalização (PAF): • Seleção dos objetos de fiscalização • Realização das fiscalizações • Auditorias de conformidade • Auditorias financeiras • Auditorias operacionais • Acompanhamentos • Análises • Análise das funções de governo • Inspeções Solicitações oriundas dos Conselheiros no exercício Solicitações oriundas da SCE no exercício Fiscalização exercida por iniciativa da Câmara Municipal, por qualquer de suas Comissões, e por cidadãos Inspeções Auditorias Informações e/ou esclarecimentos sobre matéria de sua competência Denúncias e representações O procedimento de fiscalização dependerá da complexidade do caso. Solicitações externas Inspeção (se for necessário realizar procedimento de fiscalização) Ciclo de controle externo E como se dá o processo de fiscalização no controle externo? Ciclo de controle externo • Processo da fiscalização: Planejamento ExecuçãoRelatório Monitoramento Fonte: NBASP 100 Ciclo de controle externo • Planejamento: em geral, na etapa de planejamento os auditores devem: • Obter um entendimento da natureza da entidade ou do programa a ser fiscalizado. • Assegurar que os termos da fiscalização sejam claramente estabelecidos. • Realizar uma avaliação de risco ou análise de problema, e revisá-la, se necessário, em resposta aos achados de fiscalização. • Identificar e avaliar os riscos de fraude relevantes para os objetivos da fiscalização. • Planejar seu trabalho para assegurar que a fiscalização seja conduzida de uma maneira eficiente e eficaz (Plano de auditoria com os aspectos estratégicos e operacionais). Ciclo de controle externo Fonte: NBASP 100/44-48 Ciclo de controle externo Fonte: NBASP 100/49-50 • Execução: em geral, esta etapa consiste na aplicação dos procedimentos em respostas aos riscos identificados na etapa de planejamento. Em termos gerais, podem ser destacadas as seguintes atividades: • Aplicação de técnicas de coleta de dados. • Aplicação de técnicas de análise de dados. • Avaliação das evidências obtidas. • Elaboração da matriz de achados de auditoria. • Elaboração da matriz de responsabilização (se for o caso). Ciclo de controle externo • Relatório: o relatório é o documento que comunica os resultados da auditoria para as partes interessadas, aos responsáveis pela governança e ao público em geral. Ou seja, deve ser elaborado com base nas conclusões alcançadas. • Devem ser elaborados com linguagem de fácil compreensão, livres de imprecisões ou ambiguidades, e devem ser imparciais, completos, objetivos e justos, incluindo somente informações respaldadas por evidênciade auditoria suficiente e apropriada. Fonte: NBASP 100/51 Ciclo de controle externo Fonte: NBASP 100/51 • Monitoramento: é a verificação das ações tomadas pela parte responsável em resposta aos achados e recomendações levantados em um relatório de fiscalização, analisando se a entidade auditada deu o tratamento adequado para resolver os problemas e/ou deficiências subjacentes após um período razoável de tempo. • Monitoramento de processos julgados: por meio de fiscalizações próprias e pelo Sistema Diálogo. • Monitoramento de processos não julgados: considerados os pontos de riscos para as auditorias do exercício seguinte. Ciclo de controle externo E o processo se encerra com a elaboração do relatório de fiscalização? Ciclo de controle externo Como vimos anteriormente, o ciclo de controle externo segue o processo legal, passando pela etapa de apreciação/julgamento, contraditório e ampla defesa, e divulgação dos resultados para a sociedade. https://portal.tcm.sp.gov.br/ Ciclo de controle externo • Apreciação/julgamento: é a etapa em que os Conselheiros do TCMSP apreciam os resultados dos processos de fiscalizações realizadas pelas equipes técnicas. • De acordo com o Regimento Interno do TCMSP (RITCMSP), a apreciação dos processos no TCMSP geram dois tipos de manifestação de forma terminativa: acórdãos e decisões. Vamos revisar o que prevê o RITCMSP: Ciclo de controle externo Art. 135 - Na apreciação dos processos sujeitos à sua competência, o Tribunal manifestar-se-á, de forma terminativa do processo, por meio de: I - decisões, quando proferidas por Juiz Singular ou Câmara; II - acórdãos, quando prolatados pelo Tribunal Pleno, em matéria de sua competência originária ou em grau de recurso. Parágrafo único – Serão interlocutórias as decisões não terminativas do processo, em especial as proferidas nos casos previstos nos artigos 108, § 3º, 114, parágrafo único, 126, parágrafo único e 140, deste Regimento. • Regimento Interno – artigo 135: No caso das contas da PMSP e do próprio TCMSP, o Tribunal emite um parecer prévio concluindo pela aprovação ou rejeição das contas, mas o julgamento é feito pelo Poder Legislativo. Ciclo de controle externo • Regimento Interno – artigos 31 e 135: Apreciação dos processos Decisões Proferidas por Juiz Singular ou Câmara Acórdãos Prolatados pelo Tribunal Pleno Parecer prévio Contas da PMSP Contas do TCMSP Ciclo de controle externo Art. 71 - Em sessão extraordinária especialmente convocada em tempo hábil a possibilitar a análise da matéria pelo Plenário, no prazo total de 120 (cento e vinte)* dias a contar do recebimento das contas, o Relator apresentará seu relatório e voto. § 1º - O relatório compreenderá: I - a apreciação da execução orçamentária, financeira, patrimonial e operacional, levando em conta os elementos de instrução obtidos pelos órgãos técnicos; II - a análise do balanço apresentado. § 2º - O voto concluirá pela aprovação ou rejeição das contas, especificando, neste último caso, os itens impugnados. *: o prazo foi alterado para 120 (cento e vinte) dias, conforme disposição expressa da Lei Orgânica do Município de São Paulo em seu artigo 48, inciso I, na redação introduzida pela Emenda nº 29, de 29/11/07. • Regimento Interno – artigos 71 e 72 – parecer prévio: Ciclo de controle externo Art. 72 - As contas anuais do Prefeito e do próprio Tribunal serão submetidas ao Plenário, que decidirá, emitindo parecer pela sua aprovação ou rejeição, nos termos do artigo anterior. § 1º - O parecer será assinado pelo Presidente, pelo Relator e demais Conselheiros presentes à sessão, anexado ao processo e publicado no Diário Oficial da Cidade, seguindo- se, de imediato, o encaminhamento dos autos originais, em que encartado, à Câmara Municipal de São Paulo. 2º - Qualquer ato ou incidente processual estranho ao procedimento previsto no parágrafo anterior não suspenderá o seu curso e será objeto de autos apartados, formados com os traslados necessários. § 3º - Do parecer caberá apenas o “pedido de reexame”, previsto no art. 152-A, uma única vez e sem efeito suspensivo. • Regimento Interno – artigos 71 e 72 – parecer prévio: Ciclo de controle externo • Regimento Interno – artigos 71 e 72 – composição do parecer prévio: Relatório • a apreciação da execução orçamentária, financeira, patrimonial e operacional, levando em conta os elementos de instrução obtidos pelos órgãos técnicos; • a análise do balanço apresentado. Voto • concluirá pela aprovação ou rejeição das contas, especificando, neste último caso, os itens impugnados. Ciclo de controle externo Já no caso das decisões terminativas e dos acórdãos, devem ser compostas pelos seguintes elementos conforme o artigo 136 do RITCMSP: Ciclo de controle externo • Regimento Interno – artigo 136 – composição da decisão terminativa e do acórdão: Relatório Fundamentação O decisório A especificação de votação verificada por unanimidade ou por maioria, mencionando, conforme o caso, o nome dos vencidos A menção a recurso “ex officio”, quando se tratar de decisão de Juiz Singular ou de Câmara que julgar irregular ou ilegal ato ou despesa executada, sem prejuízo do disposto no artigo 137, parágrafo único, do Regimento Interno Ciclo de controle externo Em todos os processos apreciados pelo TCMSP é assegurada a etapa do contraditório e da ampla defesa, permitindo assim que as partes se manifestem e apresentem esclarecimentos. Vamos revisar o que está estabelecido no RITCMSP sobre a ampla defesa: Ciclo de controle externo • Regimento Interno: Art. 121 – A ampla defesa, assegurada às partes em todas as etapas do processo, será exercida de acordo com os procedimentos estabelecidos neste Regimento. Art. 122 – Apontada pelos órgãos técnicos, Procuradoria da Fazenda Municipal ou Secretaria Geral qualquer irregularidade ou ilegalidade sem indicação dos envolvidos na sua prática, será intimado o ordenador da despesa ou o dirigente máximo da entidade municipal para apresentar defesa, na qualidade de responsável pelo ato praticado, ou identificar o responsável, informando, se possível, a sua localização. Parágrafo único - Identificados no material instrutório, ou pelo ordenador da despesa ou dirigente de entidade municipal, serão os responsáveis intimados para apresentar as razões de defesa ou justificativas do ato praticado. Ciclo de controle externo • Regimento Interno: Art. 123 - A apresentação de alegações de defesa, ou de justificativas da prática do ato impugnado, deverá ser feita dentro do prazo determinado no artigo 118, I, deste Regimento, podendo esse ser prorrogado, a juízo do Conselheiro que presidir o feito, por uma única vez e por igual período. Art. 118 - Será pessoal a intimação do responsável, sempre que possível, nas seguintes hipóteses: I - para tomar conhecimento do processo em que esteja envolvido, a fim de apresentar defesa, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, e acompanhar a sua tramitação; Ciclo de controle externo E quais recursos podem ser apresentados ao TCMSP nesta etapa de ampla defesa? Ciclo de controle externo O RITCMSP prevê alguns tipos de recursos que as partes podem apresentar, a saber: embargos de declaração, recurso ordinário, revisão, agravo regimental, e pedido de reexame (arts. 137-142). Lembrando que apenas quem tem legitimidade para entrar com recursos poderá fazê-lo: as partes do processo, o terceiro interessado e a Procuradoria da Fazenda Municipal. Ciclo de controle externo E quais são as possíveis penalidades as quais estarão sujeitas as partes do processo? Ciclo de controle externo A depender da gravidade do caso, as penalidades aplicadas pelo TCMSP podem ser advertência ou multa (arts. 85-87). Conforme previsto no RITCMSP, as decisões e os acórdãos do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo (art. 191).Ciclo de controle externo E como são divulgados os resultados das fiscalizações realizadas pelo TCMSP? Ciclo de controle externo • Helen Cristina Steffen • Auditora de Controle Externo do TCMSP • Supervisora de Controle Externo – Subsecretaria de Controle Externo (SCE) • E-mail: helen.steffen@tcm.sp.gov.br • Telefone: (11) 5080-1104 • Endereço: Av. Prof. Ascendino Reis, 1130 - Vila Clementino - CEP 04027-000 - São Paulo - SP Obrigada! mailto:helen.steffen@tcm.sp.gov.br Slide 1: Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) PARTE I Competências e atribuições Slide 2: Objetivo da aula Slide 3: O que vamos estudar Slide 4: Função de Controle Externo Slide 5: Função de controle externo Slide 6: Função de controle externo Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10: Função de controle externo Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14: Função de controle externo Slide 15: Função de controle externo Slide 16: Função de controle externo Slide 17: Função de controle externo Slide 18: Função de controle externo Slide 19: Função de controle externo Slide 20: Função de controle externo Slide 21: Competências e atribuições do TCMSP Slide 22: Competências e atribuições do TCMSP Slide 23: Competências e atribuições do TCMSP Slide 24: Competências e atribuições do TCMSP Slide 25: Competências e atribuições do TCMSP Slide 26: Competências e atribuições do TCMSP Slide 27: Competências e atribuições do TCMSP Slide 28: Competências e atribuições do TCMSP Slide 29: Competências e atribuições do TCMSP Slide 30: Competências e atribuições do TCMSP Slide 31: Jurisdicionados do TCMSP Slide 32: Jurisdicionados do TCMSP Slide 33: Jurisdicionados do TCMSP Slide 34: Jurisdicionados do TCMSP Slide 35: Jurisdicionados do TCMSP Slide 36: Jurisdicionados do TCMSP Slide 37: Aspectos gerais de organização do TCMSP Slide 38: Missão Slide 39: Visão Slide 40: Valores Slide 41: Valores Slide 42: Estrutura do TCMSP Slide 43: Estrutura do TCMSP Slide 44: Estrutura do TCMSP Slide 45: Estrutura do TCMSP Slide 46: Estrutura do TCMSP Slide 47: Estrutura do TCMSP Slide 48: Subsecretaria de Controle Externo Slide 49: Estrutura do TCMSP Slide 50: Referências Slide 51 Slide 52: Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) PARTE II Atuação do TCMSP Slide 53: Objetivo da aula Slide 54: O que vamos estudar Slide 55: Ciclo de Controle Externo Slide 56: Ciclo de controle externo Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91: Obrigada!
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