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Uma função é uma regra que associa a cada elemento de um conjunto D (Domínio) um único elemento de um conjunto E (Contradomínio). Imagem de f é o conjunto dos valores possíveis de f(x), obtidos quando x varia por todo o domínio. f : D −→ E x −→ f (x) Uma função definida por uma tabela de valores é chamada função tabular. Uma função racional é a razão de dois polinômios. Funções algébricas são aquelas que podem ser construídas a partir de operações algébricas a partir de polinômios. Toda função racional é, automaticamente, uma função algébrica. O gráfico de uma função é uma curva no plano xy. Mas surge a questão: quais curvas no plano xy são gráficos de funções? Essa pergunta será respondida por meio do teste a seguir: Teste da reta vertical: uma curva no plano XY é o gráfico de uma função se, e somente se, toda reta vertical interceptar a curva no máximo uma vez. Uma função não pode associar dois valores diferentes a x; no caso das parábolas, por exemplo, há gráficos de duas funções de x, por isso que intercepta duas vezes. 1. Função linear (de 1° grau): f(x) = ax + b ,onde a, b ∈ R com a a≠0. 2. Função quadrática (de 2° grau) f(x) = ax² + bx + c, onde a, b, c ∈ R com a≠0. 3. De um modo mais geral, uma função polinomial (de grau n) é dada por p(x) = anxn + a(n − 1)xn − 1 + · · · + a1x + a0 onde a0, . . ., an ∈ R (são os coeficientes do polinômio) com an≠ 0. 4. Uma função racional é definida como quociente de polinômios, ou seja, f (x) = p(x) / q(x), onde p(x) e q(x) são polinômios na variável x. Seu domínio é R \ {raízes de q(x)} 5. Função potência: 𝒇 (𝒙) = 𝒙𝒏 , onde n ∈ Z+ . 6. Função raiz n-ésima: 𝒇 (𝒙) = 𝒙𝟏/𝒏 , onde n ∈ Z+. Domínio: R se n é ímpar, {x ≥ 0} = [0, ∞), se n é par. Modelos matemáticos São descrições matemáticas feitas de um fenômeno do mundo real, com o objetivo de simplificar a realidade, mantendo, contudo, precisão suficiente para conclusões significativas. Eles são obtidos com base no processo de modelagem matemática (problema -> formular -> modelo matemático -> resolver - > conclusões matemáticas -> interpretar -> previsões sobre o mundo real) Se não houver lei física que auxilie na formulação, construímos um modelo empírico, captando a tendência dos pontos dados. Interpolação -> estimamos um valor entre os observados. Extrapolação -> prevemos um valor fora da região de observações. A partir da função f : R → R podemos produzir as seguintes funções (c > 0 é uma constante): g(x) = f (x) + c (gráfico deslocado c unidades para cima) g(x) = f (x) − c (gráfico deslocado c unidades para baixo) g(x) = f (x + c) (gráfico deslocado c unidades para a esquerda) g(x) = f (x − c) (gráfico deslocado c unidades para a direita. A partir da função f : R → R podemos produzir as seguintes funções (c > 0 é uma constante): g(x) = cf (x) (gráfico expandido verticalmente por um fator c) Deslocamentos verticais e horizontais Definição Reflexões e expansões verticais e horizontais g(x) = (1/c)f (x) (gráfico contraído verticalmente por um fator c) g(x) = f (cx) (gráfico contraído horizontalmente por um fator c) g(x) = f (x/c) (gráfico expandido horizontalmente por um fator c) g(x) = −f (x) (refletido em torno do eixo x) g(x) = f (−x) (refletido em torno do eixo y ) 𝒚 = 𝒇 (|𝒙|) → Reflete a parte direita do gráfico em torno do eixo Y. Duas funções f e g podem ser combinadas para formar novas funções. As funções soma e diferença são definidas por: (𝒇 + 𝒈)(𝒙) = 𝒇(𝒙) + 𝒈(𝒙) (𝒇 − 𝒈)(𝒙) = 𝒇(𝒙) − 𝒈(𝒙) Se o domínio de f é A e o domínio de g é B, então é domínio de (f+g) é AᴖB. Analogamente, as funções produto e quociente são definidas por: (𝒇𝒈)(𝒙) = 𝒇(𝒙)𝒈(𝒙) ( 𝒇 𝒈 ) (𝒙) = 𝒇(𝒙) 𝒈(𝒙) O domínio de fg é AᴖB, mas não podemos dividir por zero, então o domínio de f/g é {𝒙 ∈ 𝐀ᴖ𝐁/𝒈(𝒙) ≠ 𝟎}. Sejam f : A → B e g : B → C duas funções. A composta (ou composição de f e g) de f e g é a função f ◦ g: A → C x → f(g (x)) O domínio de 𝑓 ◦ 𝑔 é o conjunto de todos os x no domínio de g tais que g(x) está no domínio de f. Basta calcular o domínio da função resultante. A função 𝑓 ◦ 𝑔, tal que 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 + 𝒃 𝑒 𝒈(𝒙) = 𝒐𝒙 + 𝒑, tem inclinação do gráfico igual a 𝒂.o. Paridade f ◦ g: 1. ambas são pares – F é par 2. ambas são ímpares – F é ímpar 3. f é par e g é ímpar – F é par 4. f e ímpar e g é par - F é ímpar Dica: leia somente a primeira Definição: Uma função f : A → B é dita injetiva (ou injetora, ou ainda função um a um) se ela nunca assume o mesmo valor duas vezes. Equivalentemente, F é injetiva se, sempre que f (x) = f (y), então x=y. Logo, f (x) ≠f (y) com x ≠ y. Teste da reta HORIZONTAL: uma função é injetiva se, e somente se, toda reta horizontal intercepta seu gráfico em no máximo um ponto. Definição: Uma função f : A → B é dita sobrejetiva (ou sobrejetora) se se seu conjunto imagem é igual ao contradomínio. Ou seja, Im(f ) = B. Isso significa que para todo y ∈ B, existe x ∈ A tal que f (x) = y. Exemplo: A função f(x)= x² é sobrejetora? Solução: Não, pois qualquer número negativo não está na imagem de f. Definição: Uma função f : A → B é dita bijetiva (ou bijetora) se ela é simultaneamente INJETIVA e SOBREJETIVA. Isso equivale à seguinte afirmação: para todo y ∈ B existe um único x ∈ A tal que f (x) = y (o “existe” corresponde à sobrejetividade, o “único” corresponde à injetividade). Função injetiva Função sobrejetiva Combinações de funções Função bijetiva Função inversa Definição: Seja f : A → B uma função bijetiva, com o domínio A e o contradomínio B, então sua inversa é a função 𝒇−𝟏 ∶ 𝑩 → 𝑨, como domínio B e o contradomínio A. Uma função possui inversa se, e somente se, f é uma bijeção. Para encontrar a lei de formação da função inversa, precisamos: 1. inverter as incógnitas, ou seja, trocar x por y 2. Isolar a incógnita y. Se f : D ⊂ R → R é uma função real, o gráfico de 𝒇−𝟏 é obtido refletindo-se o gráfico de f em torno da reta y = x. Seja a>0, com a ≠ 1. A função f : R → R+ definida por 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 é chamada de função exponencial. Só está definida na base positiva. As funções exponenciais são muito úteis na modelagem de fenômenos naturais, como decaimento radioativo e crescimento populacional. Quanto maior a base, maior a taxa de crescimento. Exemplo: - Sob condições ideais, sabe-se que uma certa população de bactérias dobra a cada 3 horas. Supondo que inicialmente existam 100 bactérias, o tamanho da população após t horas é: 𝒚 = 𝟏𝟎𝟎. 𝟐 𝒕 𝟑 Propriedades da função 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙: 1. f(0) = 1; 2. f é crescente se, e somente se, a > 1; 3. f é decrescente se, e somente se, a < 1; 4. f é injetiva. Propriedades da exponencial: A função exponencial é bijetiva, portanto, existe a sua inversa. Tal inversa é denominada função logarítmica. Propriedades do Logaritmo: Propriedades da função 𝒇(𝒙) = 𝒍𝒐𝒈𝒂𝑿: 1. f(1) = 0 2. f é crescente se, e somente se, a > 1; 3. f é decrescente se, e somente se, 0 <a < 1 4. f é injetiva. 5. Domínio (0, ∞) e imagem R Função exponencial Função logarítmica A função logaritmo natural é a função 𝒍𝒐𝒈𝒆 𝒙 = 𝒍𝒏 𝒙, onde e = 2, 71828... (número de Neper). Base na qual a reta tangente ao gráfixo de 𝑦 = 𝑎𝑥 no ponto (0,1) possui inclinação 1. O logaritmo natural é a inversa da função exponencial na base e: 𝐼𝑛 𝑥 = 𝑦 → 𝑒𝑦 = 𝑥 Propriedades: 1. 𝒇 (𝒙) = 𝒍𝒏 𝒙 é crescente; 2. 𝒆𝐥𝐧 𝒙 = 𝒙 ∀ 𝒙 > 𝟎; . 3. 𝒍𝒏 𝒆𝒙 = 𝒙 ∀ 𝒙 ∈ 𝑹; 4. 𝒍𝒐𝒈𝒂𝒙 = 𝒍𝒏 𝒙 𝒍𝒏 𝒂 ∀ 𝒂 > 𝟎 com a≠1. 5. 𝒍𝒏𝟏= 𝟎 . Uma função f : R → R dita par se f (−x) = f (x) ∀ x ∈ R. O gráfico de uma função par é simétrico em relação ao eixo y. Exemplos de funções pares: 𝒇 (𝒙) = 𝒙𝒏 com n ∈ N par; 𝒇 (𝒙) = 𝒄𝒐𝒔 𝒙. A soma de duas funções pares é uma função par. Além disso, o produto de duas funções pares também é uma função par. Podemos somar ou subtrair um número a uma função par e ela se manterá par. Podemos multiplicá-las (ou dividi-las) por um número e a paridade se manterá. Uma função f : R → R dita ímpar se f (−x) = -f (x) ∀ x ∈ R. O gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação à origem. Se já tivermos o gráfico de f para 𝑥 ≥ 0, poderemos obter o restante do gráfico girando esta parte 180º em torno da origem. Exemplos de funções ímpares: 𝒇 (𝒙) = 𝒙𝒏 com n ∈ N ímpar, 𝒇 (𝒙) = 𝒔𝒆𝒏 𝒙, 𝒇 (𝒙) = 𝒕𝒂𝒏 𝒙 A soma de duas funções ímpares é uma função ímpar. No entanto, o produto de duas funções ímpares é uma função par. Somando ou subtraindo um número a uma função ímpar, a propriedade pode ser perdida. Podemos multiplicá-las (ou dividi-las) por um número e a paridade se manterá. O produto de uma função par com uma função ímpar resulta em uma função ímpar. A única função que é par e ímpar ao mesmo tempo é a função nula: 𝒇(𝒙) = 𝟎. ......................................................................................... Esse é o círculo trigonométrico, medido em radianos. Medimos o ângulo ϴ tendo como referência o semieixo x positivo, no sentido anti- horário. A natureza periódica dessas funções torna-as adequadas à modelagem de fenômenos repetitivos, como marés e ondas sonoras. Dado θ ∈ R e o ponto P = (x, y) do círculo, definimos: sen θ = y (projeção de P no eixo y) cos θ = x (projeção de P no eixo x); 1. Observe que, ∀ θ ∈ R, 2. −1 ≤ cos θ ≤ 1 e −1 ≤ sen θ ≤ 1; 3. 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 + 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 = 𝟏; 4. 𝒄𝒐𝒔(𝜽 + 𝟐𝝅) = 𝒄𝒐𝒔 𝜽 e 𝒔𝒆𝒏 (𝜽 + 𝟐𝝅) = 𝒔𝒆𝒏 𝜽 (dizemos que essas funções são periódicas de período 2π); 5. 𝒄𝒐𝒔(𝜽 + 𝝅) = − 𝒄𝒐𝒔 𝜽 𝑒 𝒔𝒆𝒏 (𝜽 + 𝝅) = −𝒔𝒆𝒏 𝜽; 6. 𝒄𝒐𝒔(−𝜽) = 𝒄𝒐𝒔 𝜽 (ela é uma função par, ou seja, seu gráfico é simétrico em relação ao eixo y). 7. 𝒔𝒆𝒏 (−𝜽) = −𝒔𝒆𝒏 𝜽 (ela é uma função ímpar, ou seja, seu gráfico é simétrico em relação à origem). Funções cosseno e seno Funções trigonométricas Funções par e ímpar Função tangente 𝒕𝒂𝒏 ∶ 𝑹 \ { 𝝅 𝟐 + 𝒌𝝅; 𝒌 ∈ 𝒁} → 𝑹 𝐭𝐚𝐧 𝜽 = 𝒔𝒆𝒏𝜽 𝒄𝒐𝒔𝜽 Observe que a função tangente não está definida nos pontos { π 2 + kπ; k ∈ Z} onde cos θ se anula 𝒕𝒂𝒏(𝜽 + 𝝅) = 𝒕𝒂𝒏 𝜽 (ela é periódica, de período π) 𝒕𝒂𝒏(−𝜽) = − 𝒕𝒂𝒏 𝜽 (ela é uma função ímpar — seu gráfico é simétrico em relação à origem) A partir das funções trigonométricas elementares, definimos ainda as seguintes funções: 1. Domínio 𝑠𝑒𝑐(𝑥) = 𝑹/ { 𝝅 𝟐 + 𝑲𝝅; 𝑲 𝝐 𝒁} 2. Domínio 𝑐𝑜𝑠𝑒𝑐(𝑥) = 𝑹/{𝑲𝝅; 𝑲 𝝐 𝒁} 3. Domínio 𝑐𝑜𝑡𝑎𝑛𝑔(𝑥) = 𝑹/{𝑲𝝅; 𝑲 𝝐 𝒁} Funções trigonométricas inversas As funções trigonométricas não são realmente inversíveis, pois elas têm diversas entradas que têm a mesma saída. (Lembre-se que, para uma função ser inversa, é necessária uma bijeção, ou seja, a função deve ser injetora – nunca assume o mesmo valor duas vezes - e sobrejetora – conjunto imagem = contradominio - ao mesmo tempo). Por exemplo, 𝑠𝑒𝑛(0) = 𝑠𝑒𝑛(𝜋) = 0. Então, o que deveria ser 𝑠𝑒𝑛−1(0)? Para definir as funções inversas, temos que restringir o domínio das funções originais a um intervalo em que elas sejam inversíveis. Esses domínios determinam o contradomínio das funções inversas. O valor do contradomínio apropriado que uma função inversa produz é chamado de valor principal da função. Domínio [-1,1] – relação de igualdades para encontrar domínio de função trigonométrica inversa específica. ARCOSSENO ou 𝒔𝒆𝒏−𝟏(𝒙) é a inversa de 𝒔𝒆𝒏(𝒙) Contradomínio de arcsen(x) = [− 𝝅 𝟐 , 𝝅 𝟐 ] ARCOCOSSENO ou 𝐜𝐨𝐬−𝟏(𝒙) é a inversa de 𝒄𝒐𝒔(𝒙) Contradomínio de arcocosen(x) = [𝟎, 𝝅] ARCOTANGENTE ou 𝒕𝒈−𝟏(𝒙) é a inversa de 𝒕𝒈(𝒙) Contradomínio de arctan(x) = [− 𝝅 𝟐 , 𝝅 𝟐 ] Dessas, temos as seguintes relações: 1. 𝒕𝒂𝒏²𝒙 + 𝟏 = 𝒔𝒆𝒄²𝒙 2. 𝒄𝒐𝒕𝒂𝒏²𝒙 + 𝟏 = 𝒄𝒐𝒔𝒆𝒄²𝒙
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