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O GUIA DE ALIMENTOS E SUPLEMENTOS PARA O CORONAVIRUS

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RESENHA CRÍTICA 
 
 
MASTERJOHN, Chris. O guia de alimentos e suplementos para o 
coronavírus. 2020. 
 
 
O Guia de Alimentos e Suplementos para o coronavírus, de Chris Masterjohn 
trata-se de um protocolo, com fins educacionais, escrito de uma maneira direta e 
informal, para ser utilizado como prevenção nutricional e fitóterapica do Coronavírus. 
Nesse interim, o autor traz estratégias que são significativas para a defesa 
nutricional e fitoterápica, e as divide em: essenciais, quais evitar o consumo em altas 
dosagens, quais limitar o consumo e quais não suplementar. Inicialmente ele salienta 
sobre as dosagens a serem utilizadas por um adulto ou criança, que tem valores 
diferenciados, em consideração ao peso de cada indivíduo, tendo em vista que o 
protocolo foi produzido para uma pessoa adulta. 
O protocolo avaliado acaba esclarecendo, também, algumas colocações 
quanto a inclusão de nutrientes, na dieta, para manter o organismo preparado para a 
invasão do coronavírus. Sabe-se que os sintomas do coronavírus são diferentes em 
cada pessoa, algumas sendo assintomáticas, ou tendo sintomas leves, e outras, 
progredindo para infecções nos pulmões. 
Em princípio, o manual expõe a importância e efeitos de alimentos 
considerados essenciais para o organismo, a sua dosagem diária necessária para a 
prevenção do coronavírus; dentre eles, Masterjohn enaltece a funcionalidade do 
extrato de sabugueiro (xarope, cápsulas ou pastilha), da ingestão de alimentos ricos 
em zinco (ostras, extrato de ostras), o uso de zinco iônico em pastilha ou spray, cobre 
(consumo de ostras, spray, cogumelo shitake, semente de gergelim, cacau em pó, 
70% cacau), da acilina de alho ou estabilizado, do extrato de Echinacea e da vitamina 
C. Em cada orientação consta a quantidade exata em miligramas necessárias a ser 
consumida, a fim de prevenir o vírus em questão. 
É sabido que alguns nutrientes têm a capacidade de interferir na resposta 
imune por terem efeito regulatório direto sobre os leucócitos, alterando os índices de 
proliferação, padrão de produção de citocinas e diferenciação de populações 
leucocitárias específicas, como a vitamina D, A e C. 
Entretanto, o protocolo de Masterjohn evidencia sobre a importância de limitar 
as doses de vitamina A de origem animal, ou D, além da vitamina C, Pelargonium 
Sidoides (Umcka) ou Própolis de Abelhas, pois, diante dos estudos realizados pelo 
autor, no estágio inicial da infecção por coronavírus, o vírus começa envenenando o 
sistema interferon, desta forma, não está claro se a vitamina A, a C ou Umcka seriam 
eficazes para prevenir o vírus. Até porque, no estágio seguinte da infecção, o vírus 
sequestra interferon para provocar danos pulmonares e morte no indivíduo, assim, a 
suplementação destas substâncias aumentam o interferon o que é um fator para piorar 
o quadro. 
O estudo do manual revelou que o coronavírus adentra as células roubando 
uma substância denominada como "ACE2", que possui a função de evitar que a 
pressão sanguínea fique elevada, além de manter os pulmões e coração saudáveis. 
Desta forma, o aumento do “ACE2” a partir da suplementação destas vitaminas 
supracitadas torna o organismo mais suscetível a adquirir ao vídeo. Em suma, adquirir 
estratégias de combate a gripes e resfriados comuns, para o fortalecimento do sistema 
imune, não é algo positivo. Afinal, sabe-se que os interferon participam do controle e 
da replicação celular, e são modificadoras da resposta imunológica, com efeitos 
antiviral, antiproliferativo e imunomodulador. 
Nesses pressupostos, é válido evidenciar, também, a utilização de outras 
estratégias, como o extrato de sabugueiro, que possui na sua composição química 
polifenóis, flavonoides e terpenos. Masterjohn salienta, sobremaneira, que esse 
extrato é altamente eficaz contra o coronavírus humano NL63, portanto, válido na 
prevenção do novo COVID, diante da condição de impossibilitar a promoção de uma 
ligação entre o vírus e do “ACE2”, ou seja, é uma estratégia positiva para impedir uma 
infecção em primeira instância. 
É de suma importância frisar que é preciso utilizar o xarope ou suas folhas 
secas de maneira comedida, pois, por conter nas folhas verdes alta concentração de 
toxinas, e no uso desmedido desta substância, tendo em vista que não existem 
estudos que refutem essa condição. 
No que se refere ao consumo de zinco, o autor considera a premissa dele ter 
sido utilizado como estratégia nutricional do SARS, pode ser utilizado na prevenção 
do vírus COVID19, tendo em vista que o zinco apresenta funções catalíticas, 
estruturais e reguladoras, sendo componente de várias enzimas, e sua deficiência 
contribui na alteração da função imune. Nesse sentido, o autor traz a necessidade de 
consumir alimentos ricos em zinco, além de utilizar-se pastilhas, tendo em vista que o 
vírus começa pela garganta, boca e nariz. Vale esclarecer que o consumo de ostras 
é sugerido pelo autor do manual, pois a deficiência deste mineral promove disfunções 
imunológicas. Compreende-se que a sugestão do consumo de ostras é devido a 
biodisponibilidade do mineral; além disso, ele participa de muitas reações do 
metabolismo celular, incluindo processos fisiológicos, tais como função imune, defesa 
antioxidante, crescimento e desenvolvimento. 
Assim, o comprometimento da função imunológica com a deficiência de zinco 
pode provocar um acentuado efeito supressor na função do timo, no desenvolvimento 
de linfócitos T, na linfoproliferação, na função das células B dependente de células T 
e na resistência a infecções. Portanto, é positiva a posição de Masterjohn quanto a 
suplementação de zinco, pois, tem-se mostrado, em diversos estudos uma acentuada 
resposta imunológica em animais e humanos. Portanto, por qualquer motivo, o 
indivíduo não possa consumir ostras, pode suplementá-lo, a fim de utilizar como 
estratégia nutricional na prevenção do vírus. 
Entretanto, é preciso estra ciente da importância de não associar o consumo 
ou suplementação do zinco com certos alimentos para não bloquear a ação do 
mineral. O importante, de acordo com o autor, é manter a suplementação de uma 
dosagem alta de zinco, cerca de 15 mmg diárias que é a sugerida para a população 
saudável, essa medida deve ser mantida até começar a diminuir os índices de casos 
do coronavírus. 
Destarte, sugere-se uma necessidade de pesquisas complementares sobre a 
essa dosagem de suplementação de zinco, a fim de se procederem às 
recomendações específicas deste mineral para portadores de doenças crônicas - os 
quais, provavelmente, necessitem de uma ingestão de zinco diferenciada em relação 
à população saudável. 
Quanto ao cobre, fica evidente nas explanações do autor de que o coronavírus 
tem um tempo curto de vida sobre superfícies de cobre, contudo não há comprovação 
para a prevenção do vírus, no entanto, é evidente a necessidade de se equilibrar a 
suplementação de cobre com a de zinco, pois o cobre é um mineral que diminui a 
biodisponibilidade e zinco, que é de suma importância, tendo em vista que a 
suplementação com altas doses de zinco utilizados por longos períodos, induzem à 
anemia microcítica hipocrômica não responsiva ao ferro, por diminuição da produção 
de ceruloplasmina. 
No caso evidenciado de que o cobre é provavelmente tóxico para o novo 
coronavírus, pode-se borrifar cobre iônico em na boca e garganta, como, também, o 
zinco. 
Por sua vez, o alho, alimento sugerido pelo autor por se tratar de um alimento 
microbiano, possui várias propriedades antioxidantes, e várias vitaminas e minerais 
que contribuem para o aumento da saúde humana, diminuindo riscos e melhorando a 
qualidade de vida é um completo para a prevenção do vírus. Afinal, as propriedades 
deste alimento são capazes de estimular tanto a imunidade humoral quanto a celular, 
assim, o extrato de alho pode ser ministrado a pacientes que possuem deficiência 
significativa do sistema imunológico.Já a enchinacea (EP) é uma erva indicada para tratar as infecções do trato 
respiratório, gripes, dentre outros, por apresentar atividades como: antifúngica, 
antibacteriana, antiviral, antioxidante, anti-inflamatória, antigripal. Além disso, estudos 
in vivo demonstrou que os extratos aquosos e etanólicos de EP, apresentam atividade 
antiviral potente contra o vírus Influeza A, Herpes simplex e coronavírus, também, a 
erva, de acordo alguns estudos, inativou as bactérias: Streptococcus pyogenes, 
Haemophilus influenzae e Legionella pneumophila e inverteu completamente a suas 
respostas pró-inflamatórias celulares. Tais bactérias são responsáveis por infecções 
pulmonares graves, dor de garganta, otites, bronquites e pneumonias. Mesmo sem 
estudos aprofundados para o coronavírus, Masterjohn estimula utilizar a erva como 
fitoterápico terapêutico opcional para a prevenção da doença. 
No entanto, essa erva é contraindicada para pacientes portadores de doenças 
crônicas como tuberculose, leucose, colagenose, esclerose múltipla, pacientes com 
vírus HIV positivo, e pacientes em tratamento com imunossupressores. 
Quanto a vitamina C, o autor esclarece que há estudos sobre a ação conflituosa 
da mesma sobre o interferon, comprometendo a conclusão da sua eficácia quanto ao 
SARS e o novo coronavírus. Nesse sentido, ele determina um valor que deve ser 
consumido, a partir de alimentos, e não de suplementação da vitamina C, de 150 mg 
de alimentos como: pimentão verde, amarelo ou vermelho, groselha ou goiaba. 
É sabido, portanto, que a vitamina C, encontrada em grande concentração nos 
leucócitos, está associada a diversos aspetos do Sistema Imunitário, melhorando a 
eficácia de vários processos essenciais ao seu funcionamento como sejam por 
exemplo: fagocitose, produção de espécies reativas de oxigénio, morte de 
microrganismos e regulação da apoptose. Além disso, está associada à diminuição 
da sintomatologia em quadros de constipação, diminuição da disfunção orgânica em 
situações de grande stress oxidativo e à regulação dos processos presentes nos 
quadros alérgicos, através da redução dos níveis circulantes de histamina. 
Nessses pressupostos, para colocar cisteinas nas células é sugerido um 
consumo maior de proteína, para absorção de N-Acetyl-Cysteine (NAC), que é uma 
forma acetilada do aminoácido cisteína, e tem um grande poder antioxidante, já que 
contém um grupo tiol (-SH). 
Além de todas essas estratégias, ainda, é evidenciado o cálcio e fosforo na 
orientação nutricional de prevenção ao COVID, ele, no entanto, salienta que uma alta 
proporção de cálcio para fósforo aumenta a quantidade de ACE2 nas superfícies de 
nossas células, o que aumentaria o risco de ser infectado com o novo vírus, como já 
mencionado neste trabalho. 
Por fim, o autor abordar quanto a não usar monolaurina, pois tem risco de 
enfraquecer a membrana das células, diminuindo a sua ação do sistema imunológico, 
consequentemente diminuindo a ação da imunidade, desta forma, tornando incerta a 
sua eficácia como proteção ao vírus. 
Todas as estratégias propostas pelo autor do manual é importante se associada 
a higienização adequada, boas horas de sono, atividade física, distanciamento social 
para ser eficaz na prevenção do COVID 19, pois, não há nenhum alimento ou 
fitoterápico milagroso para combater o vírus.

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