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31-01 FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 CURSO DE LETRAS/ PORTUGUÊS 
 
 
 PATRICIA CÉLIA COSTA 
 
 
 
 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RIO DE JANEIRO 
 2021.12 
 
 
 
 
 
 FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 CURSO DE LETRAS/ PORTUGUÊS 
 
 
 PATRICIA CÉLIA COSTA 
 
 
 
 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 
 
 
 
 
ARTIGO APRESENTADO COMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO À 
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ COMO REQUISIT0 PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE 
LICENCIATURA PLENA EM LETRAS/PORTUGUÊS, SOB A ORIENTAÇÃO DA 
PROFESSORA MARIA FRANCO DE MOURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RIO DE JANEIRO 
 2021.12 
 
 
 TERMO DE APROVAÇÃO 
 PATICIA CELIA COSTA 
 VARIAÇÃO LINGUISTICA 
Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso à Faculdade Estácio 
de Sá como requisito para obtenção do grau de Licenciatura Plena em 
letras, aprovado pela seguinte banca examinadora: 
____________________________________________ _ 
Orientadora 
Faculdade Estácio de Sá 
____________________________________________ 
Prof. Marilda Franco de Moura 
Faculdade Estácio de Sá 
____________________________________________ 
Faculdade Estácio de Sá 
Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2022. 
 
 
 
 
 RESUMO 
 
 O Presente artigo objetiva analisar os elementos das 
variações linguísticas Brasileiras. O trabalho de pesquisa 
pauta-se nos seguintes aspectos: A forma pela qual 
determinada comunidade de falantes vinculados por 
relações sociais ou geográficas usam as palavras e as 
formas linguísticas de uma língua natural. 
 A sociolinguística procura estabelecer as fronteiras 
entre os diferentes falares de uma língua e essa pesquisa 
visa verificar as diferenças que os falantes apresentam 
em seus modos de falar de acordo com o lugar em que 
estão (variação diatópica), com a situação de falaou 
registro (variação diafásica) ou de acordo com o nível 
socioeconômico (variação diastrática). E, de acordo com 
o contexto histórico, geográfico e sociocultural. 
 
 Palavras chave – Variação linguística, falantes, formas linguísticas, contexto histórico 
 
 
 
 
 
 ABSTRACT 
 
 This article aims to analyze the elements of Brazilian 
linguistic variations. The research work is based on the 
following aspects: The way in which a certain community 
of speakers linked by social or geographic relations use 
the words and linguistic forms of a natural language. 
 Sociolinguistics seeks to establish the boundaries 
between the different speeches of a language and this 
 
 
research aims to verify the differences that speakers 
present in their ways of speaking according to the place 
they are (diatopic variation), with the speaking or 
recording situation (variation diaphasic) or according to 
socioeconomic level (diastratic variation). And, according 
to the historical, geographical and sociocultural context. 
 
 
 
 
Keywords – Linguistic variation, speakers, linguistic forms, historical context. 
 
 INTRODUÇÃO 
 
 
A Proposta dessa pesquisa é baseada nas lembranças 
da convivência que tive com minha avó e sua forma 
característica de falar. Vivenciei ao longo da minha vida 
essa maneira “diferente” de se expressar mas que 
sempre se fez entender. 
Àquela senhora nunca aprendeu a escrever nem tão 
pouco a ler mas tinha a sabedoria das palavras que 
poucos detém. Confesso que algumas frases ditas por 
ela eram difíceis de decifrar e outras eu só soube o 
significado no alto dos meus quarenta e poucos anos. 
Meu interesse por esse tema aumentou ainda mais 
quando comecei a perceber, por meio de programas, 
séries, filmes e até mesmo no meu cotidiano que nem 
todos falamos da mesma maneira mas que de um jeito ou 
de outro conseguimos entender uns aos outros. 
Percebi também que conforme convivemos com a 
diversidade de pessoas e suas diferentes formas de fala, 
tinha vezes que não via diferença alguma na 
comunicação e concluí que independente do modo que 
falamos, conseguimos nos conectar com as pessoas pois 
o que importa é se fazer entender. 
 
 
 
Minha avó nasceu na cidade de cachoeira, perdeu os pais quando ainda era uma 
criança. Nunca frequentou uma escola pois teve que trabalhar cedo e faleceu aos 102 
anos no ano de 2018 me deixando com uma imensa saudade. 
 
 
 (...) Nenhuma língua permanece a mesma o 
tempo todo em seu domínio, ainda num só local, 
apresenta um sem número de diferenciações. [...] Mas 
essas variedades de ordem geográfica, social e até 
individual, pois cada um procura utilizar o sistema 
idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o 
pensamento, não prejudicam a unidade superior da 
língua, nem a consciência que têm os que falam 
diversamente de se servirem de um mesmo instrumento 
de comunicação, de manifestação e de emoção. 
 
 Celso 
Cunha, professor gramático (site descomplica) 
 
 
O trecho citado acima nos faz refletir que mesmo com as 
diferenças de ordem geográfica e social, além disso cada 
indivíduo tem sua maneira característica de fala. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Variação linguística 
 
 
O temo variação liguística vem sendo empregado com 
frequência desde a década de 1960, década em que se 
deu o surgimento da sociolinguística variacionista nos 
Estados Unidos à partir de Labov. A corrente 
sociolinguística tem por objetivo o estudo das mudanças 
e variações existentes na língua, podendo mudar com 
relação ao tempo, variar quanto ao espaço e ainda 
existirem variações com base na situação social em que 
o individuo se encontra. (BAGNO, 2004, p.43). Conforme 
Mollina et al (2003, p.9, 10): 
 
 A socioliguistica é uma das subáreas da 
linguística e estuda a língua em uso no seio das 
comunidades de fala, voltando a atenção para um tipo de 
investigação que correlaciona aspectos linguísticos e 
sociais [...] A sócio- linguística considera em especial 
como objetivo de objetivo de estuda exatamente a 
variação [...] 
 
Podemos dizer que a sociolinguística é variante sistêmica 
das variações linguística e social. A convivência com 
minha avó me fez perceber que apenas ela falava 
diferente e meus tios e mãe, que também são baianos 
não falavam como ela e eu não entendia bem o porquê. 
Observei também que minha avó não perdeu o sotaque 
apesar do longo tempo de convivência com os cariocas. 
 
 
 
 
 
 [...] Há mais do que apenas 
vontade envolvida na perda do sotaque. Algumas 
pesquisas apontam que que a sonoridade da língua é 
aprendido pelos bebês com até cerca de seis meses de 
idade [...] 
 
 
[...] Ao que tudo indica, vamos perdendo a habilidade de 
notar e reproduzir sons diferentes daqueles que foram 
programados no nosso cérebro ainda bebê. Alguns 
cientistas apontam ainda um terceiro fator, fundamental 
no sucesso de“perder” o sotaque. Ele estaria ligado a 
musicalidade. Isso porque aprender as variações 
linguísticas tem muito a ver com entonação e ritmo [...] 
 
 
 Citação de linguística 
Márcio Renato Guimarães da Universidade 
 Federal do Paraná em colaboração para o site UOL. 
 
 
 
 Hoje tendo mais clareza sobre o assunto, entendo que 
não é apenas o sotaque que é diferente mas que além 
disso, cada indivíduo tem uma maneira peculiar de fala. 
Seja por causa da língua, jeito que aprendeu a falar com 
a convivência da própria família, localidade que cresceu 
etc... 
 Tem pessoas que se expressam de uma forma que 
nenhum outro indivíduo seja parecido, falam palavras que 
parecem que foram inventadas por eles e assim 
transformam seu dialeto em uma coisa única, só seu. 
 Uma palavra que me deixava intrigada e que só 
minha avó falava era “PIULA”, ela falava uma frase que 
continha essa expressão e um dia perguntei qual era seu 
significado e ela disse que significava pílula (remédio) e 
mesmo com essa explicação eu até hoje não entendo 
mas sei que apenas ela falava isso. Por exemplo, se 
alguém dissesse que iria andar de bicicleta, ela falava 
que “andar de bicicleta uma piula” 
 
 Como vimos, as mudanças na 
língua portuguesa são lentas; nascem de variações da 
fala consolidada após um tempo de uso. Podem ocorrer 
por adição, perda ou troca de fonemas (unidades de 
som); troca de lugar de fonema na palavra; alterações da 
síntaxe (combinação entre as palavras da frase); 
Alterações semânticas: Mudança de sentido, nascimento 
(neologismo) e morte de palavras. 
 
 ( CAMPUS; ASSUMPÇÃO. 2016, p.129) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 VARIAÇÃO DIASTRÁTICA 
 
 
 O que contribuiu bastante para que minha avó 
tivesse uma maneira tão peculiar de fala foi o ambiente 
que vivíamos, pois morávamos em uma comunidade e de 
uma certa forma a maioria dos moradores falavam 
conforme foram ouvindo seus antece- 
dentes falando, já que sabemos que os grupos sociais 
reinventam a cada dia as variantes da língua 
inconscientemente falando. 
 Essas variações surgem das reinvenções que 
envolvem aspectos, culturais, geográficos e sociais do 
qual estamos falando na citação de estudo de Illari e 
Basso 
(2009), feito por Castilho (1978) As principais 
características são organizadas da seguinte forma. 
 
FONÉTICA 
 
 Queda ou nasalização da vogal àtona inicial: incelênça 
por excelência; 
 Queda de material fonético posterior à vogal tônica: figo 
por fígado, Ciço por 
Cícero, centímo por centímetro;9 
 
 
 Perda da distinção entre vogal e ditongo antes de palatal: 
pexe ou peixe; 
 Monotongação de ditongos crescentes em posição final: 
Sustança por Substância; [...] 
 
 
MORFOLOGIA: 
 Perda do – S da desinência da primeira pessoa do plural: 
nóis cantamo, nóis cantemo por nós cantamos 
 Anteposição do adverbio de comparação e adjetivos que 
já são comparativos: 
mais mió em vez de melhor; 
 
 
 
SINTAXE: 
 Uso de uma marca de plural nos sintagmas nominais 
complexos e ausência de marca de concordância na 3° 
pessoa do plural do verbo, particularmente com sujeito 
proposto (os doce mais bonito são/ é para as vista. 
Quando chegou os bombeiro já não tinha mais nada 
pra fazer); 
 
 Negação redundante com indefinidos negativos 
(ninguém não sabia); 
 
 Aparecimento de um segundo advérbio de negação 
anteposto: não vem não ou vem não 
 
 A oração relativa adota as construções conhecidas como 
cortadora ou copiadora: a casa que eu morei ou a casa 
que eu morei nela (em vez da construção padrão a 
casa em que eu morei); 
 
 Uso dos pronomes do caso reto da posição de objeto: eu 
vi ele, a mulher xingou eu (pp.175,176). 
 
 
 
 
 
 
VARIAÇÃO ESTILÍSTICA, 
DIAFÁSICA OU SITUACIONAL 
 
 A variação diafásica não difere das outras variações 
e ela se dá pelo grau de formalidade dos interlocutores. 
Ela é uma variação estilística e ocorre quando vc está 
mais relaxado com amigos por exemplo, pois é uma 
linguagem mais formal porém quando o indivíduo estiver 
falando para o grande público como palestras, 
apresentações de trabalhos... tentam se aproximar da 
língua padrão o máximo possível. 
 A variação diafásica ou estilística é a variação com 
mais preconceito pos causa de suas nuances, pois como 
tem diversas maneiras de se expressar, os indivíduos 
com menor prestigio social não falam de forma mais culta 
em relação aos que tem maior poder aquisitivo, sendo 
assim as regiões mais “desenvolvidas” ganham maior 
destaque em relação as que tem o poder aquisitivo 
inferior e por esse motivo são “marginalizados” e muitas 
das vezes sofrem preconceito. 
 
 
 
 PRECONCEITO LINGUÍSTICO 
 
 O preconceito linguístico é baseado em um sistema de 
valores em que uma determinada classe inferioriza a 
outra por causa da maneira que as pessoas dessa classe 
falam. Por terem mais acesso a informações e educação 
de melhor qualidade os indivíduos com maior poder 
aquisitivo automaticamente, até mesmo pelo meio em 
que convivem, tendem a naturalmente conseguirem se 
expressar de forma mais “correta” e muitos deles julgam 
aqueles que tem menos instrução. 
 Parece haver cada vez mais nos dias de hoje, uma 
forte tendência a lutar contra as mais variadas formas de 
preconceito, a mostrar que eles não tem nenhum 
fundamento racional, nenhuma justificativa e que são 
apenas o resultado da ignorância ou da manipulação 
ideológica. Infelizmente, porém, essa tendência não tem 
atingido um tipo de preconceito muito comum na 
sociedade brasileira: O preconceito linguístico. Muito pelo 
 
 
contrário, o que vemos é esse preconceito ser alimentado 
diariamente em programas de televisão e de rádio, em 
colunas de jornal e revistas, em livros e manuais que 
pretender ensinar o que é “certo” e o que é “errado”, sem 
falar é claro, nos instrumentos tradicionais de ensino da 
língua: A gramática normativa e os livros didáticos. 
 
(BAGNO, 1999, P13) 
 
 
 
 
 
 VARIAÇÕS DIATÓPICAS 
 
 
 Variações diatópicas são caracterizadas através das 
diferenças geográficas, ou seja países, espaço físico, 
cidades, estados, zona urbana e rural... podemos chama-
las de variações geográficas pois as variedades das falas 
se dão por causa das diferenças das regiões em que os 
falantes nasceram e viveram, cada indivíduo adquiriu a 
forma de falar da sua região por causa da convivência 
com os demais. Um exemplo dessas diferenças estão 
nos falantes das regiões sudeste e nordeste, pois 
enquanto os falantes do sudeste tem uma forma de falar 
mais fechada, os do nordeste falam de forma mais 
aberta. 
 Essa diferença na maneira de falar, difere um 
indivíduo do outro, sendo possível distinguirmos uns 
falantes dos outros e perceber que não pertencem a tal 
região ou cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “todas as variações linguísticas que podem ser 
identificadas nos grupos sociais são instrumento 
identidário de cada comunidade de fala, sendo umas 
mais privilegiadas que outras, o que não as tornam 
“erradas” (SILVA, 2010, P11). Embora haja uma 
linguagem padrão, existem variações na fala perceptíveis 
pelo sotaque, gírias, pronuncia e jargões resultantes de 
vários fatores. O regionalismo é um dialeto utilizado na 
fala diária por pessoas da mesma região”, conforme 
atesta 
 BAGNO (2007 HIPÓLITO: GOMES, 2012).REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALBRES, Neiva de Aquino. A educação de alunos surdos no Brasil do final 
da década de 1970 a 2005: análise dos documentos referenciadores. (Dissertação 
de Mestrado) Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campo Grande, MS, 
2005. 
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática metódica da língua portuguesa. 43. 
Ed São Paulo: Saraiva, 1999. p.17. 
BAGNO, Marcos (2008). Preconceito Linguístico: o que é, como se faz? São 
Paulo: Loyola. 
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 . Disponível em : 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm >. Acesso em: 8 
out. 2020. 
___________ Decreto nº 5626, de 22 de dezembro de 2005. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2005/Decreto/D5626.htm > Acesso em: 8 out. 2020. 
DESLOGES, P. 1779. Observations d’un sourd et muet sur “un cours 
elementaire d’education des sourds et muets.” Paris: Morin. 
Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. 1 ed. Barueri, SP: Ciranda Cultural, 2015. 
DUARTE, Antonio da Costa(1829). Compêndio de Gramática Histórica 
Portuguesa, 1ª edição, Maranhão: Editora Typographia Nacional 
 
 
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "Linguística"; Brasil Escola. Disponível 
em: https://brasilescola.uol.com.br/portugues/linguistica.htm. Acesso em 1 de 
out de 2020. 
FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Lições de texto: leitura e 
redação. 2006. 
GERALDI, João Wanderley (1997). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática 
GESSER, Audrei. LIBRAS: que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno 
da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. 
GROCE, nº 1985. Everyone here spoke sign language. Cambridge: 
Harvard University Press. 
GUARINELLO, A. C. O papel do outro na escrita dos sujeitos surdos. São 
Paulo: Plexus, 2007. 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). 
Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. 
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 2006. 
Secretaria de Educação Fundamental do Ministério da Educação do Brasil. 
(1997). Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. 
TERRA, Ernani(2008). Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione. 
 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
No momento em que achei o recorte da pesquisa pensei em algo 
que pudesse transitar em diferentes campos do conhecimento e aprendizado, ou 
seja, que eu não ficasse presa em só uma teoria, agregando os novos teóricos 
que partem dos antigos para repensarem não apenas o papel da escola na vida 
desse aluno, mas principalmente as metodologias utilizadas pelos docentes para 
tornarem o saber acadêmico transmitido significativo para esses alunos que 
voltam tardiamente aos bancos escolares. 
Realizando um levantamento bibliográfico através de leituras de 
inúmeros autores que trabalham com a temática, apontei algumas ideias que 
consegui desenvolver na prática e no cotidiano de sala de aula. 
Ao concluir o artigo acabei com algumas das principais questões 
que norteiam minha pesquisa e que giram em torno das análises das 
metodologias utilizadas pelos docentes que trabalham com jovens, adultos e crianças 
na maneira de cada um falar mas que muitas das vezes passam despercebidos pelos 
docentes. 
 
 
 Infelizmente percebo, ainda, um caminhar muito lento com relação 
a capacitação dos docentes, que saem das licenciaturas sem um preparo 
específico para aceitar as diferenças linguisticas. Mas por outro lado, de forma 
positiva, percebo que os que já se encontram atuando e os que estão chegando 
buscam capacitações e aperfeiçoamento com um objetivo bem centrado: a melhoria 
nas metodologias a serem trabalhadas com as crianças . 
Temos muito que melhorar mas vejo que estamos caminhando para essa 
melhora. A metodologia está sendo mudada trabalhando mais com o cotidiano de seus 
alunos, e os “forçando” a serem mais participativos nas aulas. 
Cabe a nós professores de português ou especialistas das licenciaturas, 
olharmos para esse universo multifacetado de alunos que chegam à sala de aula, 
trazendo olhares distintos para as questões do dia a dia presentes na sociedade, e 
integrarmos esses “saberes” ao conteúdo a ser trabalhado. 
Logo a necessidade de adequarmos não apenas o conteúdo, mas também 
a metodologia de trabalho é algo fundamental para auxiliarmos esses alunos na 
construção de um saber acadêmico que precisa estar presente nas questões diárias da 
vida de tantos homens e mulheres jovens e adultos que vêm na escola um lugar de 
inserção social.

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