Buscar

-- A MÚSICA COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO DE HISTÓRIA PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO --

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A MÚSICA COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO DE HISTÓRIA PARA ALUNOS 
DO ENSINO MÉDIO 
 
Paulo Cesar Santo Ribeiro e Souza 
1. INTRODUÇÃO 
 
 A música trata-se de uma linguagem presente em todas as culturas e 
demonstrada em diversas manifestações. Sendo certo que a música proporciona 
inúmeras funções na sociedade, e pode ser utilizada para formar alunos do 
ensino médio com uma postura mais ativa em sociedade. 
Existe uma necessidade de estratégias para organizar repertório de 
ordem histórica e cultural em que possibilita considerar os acontecimentos em 
épocas distintas, e de maneira a trazer argumentações em torno de aspectos 
vivenciados no passado para facilitar a aprendizagem dos educandos. Dessa 
forma busca-se investigar na literatura da área da educação se é possível que 
professores da disciplina de história no ensino médio utilizar-se da música para 
ensinar e aprender história na atualidade? 
Essa pesquisa se justifica pois nas últimas décadas o trabalho do 
professor tem sido difícil em razão do pouco interesse por parte dos alunos, bem 
como pela necessidade de inovação das estratégias de ensino, assim acredita-
se que por meio da utilização da música poderia ensinar e ao mesmo tempo 
tornar o ensino mais significativo para os alunos. Considerando que a construção 
do conhecimento histórico pode se dar a partir de um recorte de certo conteúdo, 
problematizar o conhecimento de forma a propor um diálogo entre o presente e 
o passado, e não apenas reproduzir conhecimentos acabados de fatos em 
tempos e/ou sociedades diversas. E a música representa um elemento rico na 
cultura brasileira a ser mais explorado pelos educadores em sala de aula, assim 
esse trabalho pretende e pode contribuir em benefício da coletividade. 
A metodologia da revisão bibliográfica, com a leitura e interpretação de 
diversos textos que tenham pertinência ao assunto em estudo. O método é o 
hipotético dedutivo pela abordagem qualitativa descritiva. Ressaltando pontos 
essenciais de forma a contextualizar o assunto. Sendo que para a realização 
desse trabalho conta-se com fontes autorais Hermeto (2017); Ribas (2014); 
David (2021); David (2021); Santos (2014); Silva (2020) entre outros, coletadas 
em base de dados como o sítio do Scielo, Google Acadêmico e Universidades 
Estaduais e/ou Federais serviram de suporte e respaldo para analisar e 
apresentar a aspectos representativo do tema escolhido. 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
Segundo Tavares e Simões (2018, p.273) a música trata-se de uma 
linguagem presente em todas as culturas e nas mais diversas manifestações. 
Conquanto a música tenha proporcionado inúmeras funções na sociedade, ela 
também tem sido utilizada para formar os cidadãos. Ressalta-se que os povos 
gregos foram os que primeiramente pensaram na utilização da música como um 
meio de educação. 
Para Santos (2014, p. 04) o uso de diferentes formas de comunicar no 
ensino de história permite e torna a escola um espaço mais social, em que o 
saber escolar reconstrói ou pelo menos faz uma releitura do conhecimento 
produzido pelo historiador e, com isso, agrega um conjunto de “representações 
sociais” do mundo e da história, realizados por professores e alunos, como 
consequência das experiências provenientes de diferentes fontes de informação 
vivenciadas por esses atores da vida real. 
White (2018, p. 17) apud Silva (2018) distinção entre passado histórico e 
prático verifica-se a partir da ideia de que o passado histórico deveria ser 
analisado e compreendido sob o aspecto científico e de forma objetiva, para seu 
próprio fim e com o olhar e esforços dos historiadores para registrar tal feito, 
enquanto o passado prático relaciona-se com o presente, do qual se podem 
retirar lições e projetar ações com o intuito de compreender e/ou justificar os 
acontecimentos vivenciados por indivíduos de uma sociedade. 
 Os PCNs (1997, 28) apresentam os objetivos do ensino da disciplina de 
história para o ensino fundamental, dentre os diversos lá expressos, destaca-se 
o seguinte: 
Organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permitam 
localizar acontecimentos numa multiplicidade de tempo, de modo a 
formular explicações para algumas questões do presente e do 
passado; Reconhecer mudanças e permanências nas vivências 
humanas, presentes na sua realidade e em outras comunidades, 
próximas ou distantes no tempo e no espaço; Utilizar métodos de 
pesquisa e de produção de textos de conteúdo histórico, aprendendo 
a ler diferentes registros escritos, iconográficos, sonoros; (BRASIL, 
1997, p.28). 
 
 De início pode-se observar em Brasil (1997) a necessidade de dispor de 
estratégias para organizar repertório de ordem histórica e cultural em que 
possibilita considerar os acontecimentos em épocas distintas, e de maneira a 
trazer argumentações em torno de aspectos vivenciados no passado para 
facilitar a aprendizagem dos educandos. 
De acordo com Moreira e Machado (2018, p.03) apesar de haver muitas 
produções bibliográficas acerca do uso da música no ensino história no ensino 
fundamental e médio, não existe ainda bastantes textos sobre seus usos próprio 
para o ensino de história na Educação de Jovens e Adultos. Nota-se que os 
textos que envolvem o ensino de história de uma forma geral visam, 
essencialmente, promover uma discussão acerca de levar ao conhecimento 
histórico e de que maneira a música pode colaborar nesse aspecto. Os autores 
destacam o consenso entre os pesquisadores no sentido de que se deve 
diferenciar a formação da informação a fim de evitar a subutilização das fontes. 
Destaca-se as ideias dos autores supracitados que vem colaborar com os 
objetivos desse estudo: 
Pensamos que o ensino de História deva ter significado para a vida dos 
estudantes e atenda suas expectativas. Portanto, é preciso fazer com 
que os docentes compreendam que história não é somente estudar o 
passado, mas sim correlacioná-lo com assuntos vigentes no presente 
(MOREIRA e MACHADO, 2018, p.02). 
 
 De acordo com Ribas (2014, p.02) afirma que aprender é um processo 
dinâmico, em que o sujeito aprendente passa por transformações. A construção 
do conhecimento histórico pode se dar a partir da problematização de um recorte 
de certo conteúdo, pois problematizar o conhecimento historiográfico, representa 
de início o pressuposto do ponto de que ensinar História é propor um diálogo 
entre o presente e o passado, e não reproduzir conhecimentos neutros e 
acabados sobre os fatos que ocorreram em outros tempos e sociedades. 
Rüsen (2009, p. 7-8) explica com excelência os processos de construção 
da pesquisa histórica com as suas fases, dentre elas destaca-se: 
A heurística é o primeiro procedimento a ser realizado durante a 
pesquisa histórica. A segunda operação processual é a crítica. A crítica 
das fontes trata-se do procedimento da pesquisa histórica no qual se 
garimpam as informações sobre o passado. Já na interpretação, 
busca-se o exame das informações levantadas sobre as experiências 
do passado através da crítica das fontes. À medida que essas 
informações vão sendo retiradas das fontes e rearranjadas, a 
interpretação possibilita a formação de produtos narrativos que servem 
de fios condutores do trabalho de representação histórica (RÜSEN, 
2009, p.7-8). 
 
Pode-se definir a informação como um pensamento que há em algum 
lugar, no tempo e no espaço, além disso, a formação pode representar uma série 
de ações que direcionam a um resultado. Diante do exposto, verifica-se com 
Rüsen (2009) que a informação registrada pode vir carregada ou não de juízo de 
valor a depender da fonte e de seus rearranjos por diferentes veículos 
informativos, assim cabe ao professor enquanto pesquisador que também o é, 
carece ter o olhar crítico na seleção de materiais para a prática de sala aula 
adequado aos objetivos da proposta pedagógica de ensino. 
Deve haver uma compreensão histórica como possibilidade, e não comoum determinismo, parte-se das fontes históricas e as seleciona para trabalhar e 
da forma como se trabalha estas fontes afirma (CETOLLIN, 2015, p.71). 
Segundo David (2012, p.06) A incorporação da linguagem musical ao 
ensino de História reclama do professor e do aluno uma percepção mais 
consciente da canção popular. Trata-se de uma fonte de pesquisa, onde a forma 
e o conteúdo integram-se como força de expressão, como referencial de 
manifestação e comunicação. 
A proposta curricular para o Ensino Médio, no que se refere a História nos 
Parâmetros Curriculares Nacionais se apresenta como parte da área: “Ciências 
Humanas e suas Tecnologias”, e enquanto orientação curricular, e nas 
“Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares 
Nacionais” propõe uma atuação no ensino de História por meio de eixos 
temáticos, sendo eixo inicial “Cidadania: diferenças e desigualdades”. 
 
 
 
Para Cettollin (2015, p. 15) a disciplina de História desempenha dentre 
suas funções, aquela que pode propiciar ao sujeito a sua constituição como 
agente histórico, questionador e transformador. Dessa forma, o estudo e a 
consequente prática de novos métodos têm se mostrado um meio de chamar a 
atenção para essa aprendizagem, apenas uma, entre as tantas disciplinas do 
currículo escolar. Isso, o trabalho com temas interdisciplinares e metodologias 
diversas que almejam abranger os problemas educacionais e amparar o 
multiculturalismo presente no meio escolar e comunitário trata-se de 
recomendações previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira 
(LDB). Trabalhar também correlacionando esses temas com a música 
representa uma opção a ser proposta em um formato de ensino que dialoga com 
a história e a música atende a estes pressupostos normativos de educação. 
 Cita-se o exemplo apresentado por David (2012, p.08) ao mencionar a 
música de Zé Ramalho, admirável vida de gado (Admirável vida de Gado): 
Vocês que fazem parte dessa massa 
Que passa nos projetos do futuro 
É duro tanto ter que caminhar 
E dar muito mais do que receber 
E ter que demonstrar sua coragem 
À margem do que possa parecer 
E ver que toda essa engrenagem 
Já sente a ferrugem lhe comer 
Ê, ô, ô, vida de gado 
Povo marcado, ê! 
Povo feliz! (ZÉ RAMALHO, 1980, p.01) 
 
 O compositor paraibano Zé Ramalho, supostamente inspirado em uma 
obra de Aldous Huxley (1954) “O admirável mundo novo”, em que um governo 
central pautado pelo autoritarismo se encarrega de manter a população “feliz” 
onde tenta evitar qualquer conflito, numa releitura observa-se a semelhança do 
homem do campo ao gado que apenas obedece, de modo inconsciente e sem 
contestação. 
Ramalho (1980) traz a expressão a ideia de massa desumanizada na linha 
que “Vocês que fazem parte dessa massa” No contexto dos anos finais da 
ditadura militar com os governos ditatoriais, a música faz uma crítica social com 
a realidade do povo sofrido e a luta do proletário, a manipulação da informação 
e a censura entre outros aspectos ditos “normais”. 
Outra música que pode ser utilizada não só nas aulas de história, podendo 
até fazer parte de projeto interdisciplinar trata-se da música “Tomara que chova” 
de Emilinha Borba (1950) observa-se o trecho a seguir: 
 Tomara que chova, oi 
Três dias sem parar (2x) 
A minha grande mágoa 
É lá em casa não ter água 
E eu preciso me lavar 
De promessa eu ando cheia 
Quando conto a minha vida ninguém quer acreditar 
Trabalho não me cansa 
O que me cansa é pensar 
Que lá em casa não tem água nem pra cozinhar (BORBA, 1950). 
 
 Uma marchinha de carnaval, que retrata a cultura da época, inclusiva a 
falta de água em determinados locais do Brasil. Ao trabalhar aspectos culturais 
também se trabalha a história. Além disso, o tema possibilitar levantar pontos da 
realidade brasileira que sofre com a falta de água e saneamento básico, assim 
como as questões ambientais sempre presente também no contexto histórico, 
representa ainda uma forma de desenvolver os temas transversais dentro da 
disciplina, em consonância com a Base Nacional Comum Curricular e os PCNs 
podendo ser trabalhado com os alunos dos anos finais do ensino fundamental, 
por exemplo. 
 De acordo Loureiro (2007, p.11) com estas definições, a linguagem 
musical universal, que se atribui à música, contempla a pluralidade cultural no 
seio da sociedade, num antagonismo social, fazendo um elo com vários 
aspectos, dentre eles os sociais, compreendendo os valores da música dentro 
de seu poder transformador do conhecimento sócio-histórico. 
Os valores hierarquizam uma concepção de vida, de homem, de 
educação, de arte e de qualquer outro aspecto e apontam os caminhos 
do fazer educacional. Os valores existem em toda a prática escolar, 
independente até da própria consciência dos mesmos (LOUREIRO, 
2007, p. 11). 
 
Loureiro (2007) destaca-se que por meio dos valores adquiridos 
culturalmente pode-se introduzir, inclusive nas novas gerações, significados 
positivos ou negativos, valores estéticos de beleza, valores éticos de normas e 
princípios morais, em âmbito ideológico dentro da sociedade. Quanto mais 
completa for a formação do indivíduo, mais disposição terá para resolver os 
múltiplos problemas que uma sociedade em contínuo processo de mudança 
possa apresenta 
 
Reforça-se com David (2015, p.06) que a incorporação da linguagem 
musical ao ensino de História exige do professor e do aluno uma percepção mais 
consciente da canção popular. Trata-se de uma fonte de pesquisa, onde a forma 
e o conteúdo integram-se como força de expressão, como referencial de 
manifestação e comunicação. Por meio da música pode surgir contextos, tempos 
e espaços, de um determinado povo, em uma dada condição. São diversos os 
contextos que advém das emoções, aspirações, sonhos, alegrias, frustrações 
que ganham sentido a partir de expectativas comuns. 
 Pode-se verificar um exemplo de proposta apresentada por Silva (2020) 
a destacar: 
A música “Modificar”, lançada pela banda em 1999, trata do processo 
de redemocratização do Brasil e pode ser considerada como um 
instrumento de trabalho dos docentes em suas aulas de História. Por 
tratar desse tema, a proposta situa-se nos segmentos das séries finais 
do Ensino Fundamental e Ensino Médio. A intenção é apresentar aos 
alunos a ideia da música como uma interpretação de determinado 
período histórico e promover sua criatividade a partir da visão que eles 
têm sobre a realidade na qual estão inseridos. Para tanto, é importante 
que os alunos já tenham aprendido sobre a ditadura militar no Brasil, 
bem como sobre o processo de abertura política e o fim da ditadura, 
com destaque para o movimento das Diretas Já e o Plano Collor. Além 
disso, cabe uma contextualização a respeito do movimento do 
hardcore no Brasil, salientando o contexto histórico no qual ele surgiu 
e citando a atuação da banda Dead Fish nesse cenário (SILVA, 2020, 
p.07) 
O estudo apresentado por Silva (2020) destaca informações de uma 
pesquisa que busca relacionar a música com o ensino de História por meio das 
contribuições da banda Dead Fish, formada no Espírito Santo em 1991. A banda 
capixaba, assim como outros grupos nacionais e internacionais da vertente do 
punk rock, denomina hardcore, teve em seu histórico muitas músicas que fazer 
uma crítica a temas relacionados a regimes autoritários, a corrupção, à violência, 
assim como a outros aspectos de diferentes sociedades e em diversos períodos 
da história. 
Paranhos (2017, p.01) destaca em seu estudo “Rasuras da História” que 
tudo transparecia ao analisar o Estado Novo na história do Brasil como se fosse 
possível apagar os sinais que nos levariam a captar vozes destoantes do grande 
coro da suposta unanimidade nacional orquestrada pelo regime. Perde-se de 
vista que, mesmo sob uma férrea ditadura, os domínios da vida político-social 
sempre se concretizaram como mecanismos de forças, e para oautor em estudo 
Bourdieu (2002) e Thompson (1998) a contribuir para renovar o olhar e adensar 
o conhecimento em torno do Estado Novo, toma-o como mote vozes dissonantes 
que se fizeram ouvir sobre o universo do trabalho na área da música popular, 
especialmente do samba. 
Na história do samba carioca, é possível, desde antes do regime 
estado novista, detectar a existência de canções divididas entre o 
elogio ao batente e à batucada (Sandroni, 2001, p.164-168). Com o 
advento do Estado Novo, um intelectual a seu serviço, que escrevia na 
revista Cultura Política – publicação que contava com as bênçãos do 
DIP –, era categórico ao argumentar que, nas novas circunstâncias que 
assinalavam o progresso do Brasil, “não há mais lugar para o elogio da 
malandragem” (Castelo, 1942, p.292). Nesses termos, era inadmissível 
que se continuasse a ouvir lamentos em forma de samba, como, entre 
muitos outros, em Tenha pena de mim (de 1937), de Babaú e Ciro de 
Souza, interpretado por Aracy de Almeida: “Ai, ai, meu Deus/ tenha 
pena de mim!/ Todos vivem muito bem/ só eu que vivo assim/ Trabalho, 
não tenho nada/ não saio do miserê/ Ai, ai, meu Deus/ isso é pra lá de 
sofrer...”. De quebra, há um complemento incômodo: “Tenho feito 
força/ pra viver honestamente (PARANHOS, 2017, p.06). 
 No trecho acima Paranhos (2017) exemplifica por meio de pistas e 
argumentos de autoridades observados em publicações da revista cultura 
politica de forma a destacar a dimensão do problema que era abordado pelo 
samba da época. E que a população não admitia mais tanta procrastinação 
daquela situação de corrupção e desonestidade de um lado, exploração e 
pobreza de outro, tudo isso ligado ao contexto do regime do Estado novo. 
Reforça-se que na seara do ensino de História, como uma finalidade, em tudo o 
mais, é conferir importância e atentarmos para o que foge às linearidades 
confortadoras nas entrelinhas dos fatos históricos cabe ao professor ter esse 
olhar atento. 
 O docente precisa conhecer a concepção de discurso de Fairclough 
(2001a) que destaca a presença de interesses em diversos aspectos presente 
na análise do discurso, tais como as propriedades dos textos; o contexto de 
produção, as formas de distribuição e o consumo dos textos; a relação com os 
processos sociocognitivos de produção e interpretação dos textos; na prática 
social em várias instituições; no relacionamento da prática social com as 
relações de poder; e nos projetos hegemônicos no nível social. Segundo Lima 
(2011, p.110) a inserção desses aspectos na análise gera uma crítica discursiva 
apurada e precisa de meios particulares de prática social e suas relações com a 
estrutura social. Em pesquisa realizada por abordagem multidisciplinar e 
consideramos esses diversos interesses no processo discursivo. 
 Um processo muito semelhante com a proposta desse artigo que também 
serve para ilustrar ocorre no contexto do ensino de geografia demonstrado no 
trecho abaixo que pode servir como estratégia para o ensino de história para 
alunos do ensino médio: 
Escolha das músicas e demonstração das aulas de Geografia, as 
músicas escolhidas foram: Xote Ecológico, de Aguinaldo Batista e Luiz 
Gonzaga; Riacho do Navio, composição de Zé Dantas/Luiz Gonzaga; 
Seca Nordestina, composição de Flávio José; Cidadão, composição de 
Lúcio Barbosa; Súplica Cearense, composição de Gordurinha/Nelinho 
e interpretada pelo grupo O Rappa. Selecionamos a seguir algumas 
considerações acerca das atividades práticas realizadas com a 
utilização do recurso Música a partir da apresentação dos alunos 
organizados em grupos, tendo como objetivo geral: problematizar o 
conteúdo abordado através da utilização da música como fonte de 
ensino-aprendizagem. A primeira equipe utilizou a música Xote 
Ecológico (LUIZ GONZAGA, 1989) para abordar a temática “As 
consequências do desenvolvimento do capitalismo industrial”. 
Utilizando a música na abordagem do conteúdo voltado ao 1ª Ano do 
ensino médio, esta equipe analisou com a turma a letra da música, 
tendo como base além do conteúdo visto nas disciplinas, o capítulo do 
livro didático Geografia Geral e do Brasil: estudos para a compreensão 
do espaço (TAMDJIAN; MENDES, 2005). Com a visualização da letra 
da música, todos a cantaram e logo após a melodia foi proposto um 
debate sobre a letra, em que os alunos foram instigados a identificar 
quais conteúdo de Geografia estavam contidos nesta ferramenta, 
despertando a curiosidade e o interesse em participar (MUNIZ, 2012, 
p.03). 
 Verifica-se a possibilidade da utilização do recurso da música num 
processo semelhante ao ilustrado no trecho acima. Por meio da instigação do 
aluno de forma a alcançar os conteúdos que necessitam ser apreendidos pelo 
aluno em sala de aula na disciplina de história. 
 Prossegue-se com as ideias de Tavares (2018, p.272) a contribuir para o 
desenvolvimento do raciocínio que se apresenta ao destacar que a música se 
converte em recurso didático, no compasso em que se elenca como instrumento 
para atender a perguntas adequadas aos objetivos propostos, dentre eles o de 
promover o desenvolvimento dos conteúdos programáticos, por meio do 
processo de transformação de conceitos espontâneos em conceitos científicos. 
Dessa forma reforça-se a necessidade de que os professores se reconheçam 
como mediadores de cultura no processo educativo e que levem em conta a 
importância das artes no desenvolvimento e formação das crianças como 
indivíduos (re) produtores de cultura. E assim podem encontrar e reconhecer 
todos os meios que têm em mãos para criar, à sua maneira, situações de 
aprendizagem capaz de oferecer condições aos alunos para a construção de 
conhecimentos. Além disso, a música torna-se um mecanismo facilitador do 
processo de ensino e aprendizagem, logo precisa ser possibilitar e incentivar o 
seu uso em sala de aula conforme ensina (TAVARES, 2018, p.272). 
 Pode se observar a inteligência musical representa uma capacidade que 
o indivíduo possui de aprender sons e ritmos e de compreensão de contornos 
distintos de melodias por meio de arranjos musicais, que segundo Gardner 
(1995, p.23) tal desenvolvimento ocorre do lado direito do cérebro na atuação e 
produção de atividades musicais, do mesmo a compreensão dela decorrente. 
Inteligência Musical capacidade de perceber (por exemplo, como 
aficionado por música), discriminar (como um crítico de música), 
transformar (como compositor) e expressar (como musicista) formas 
musicais. Esta inteligência inclui sensibilidade ao ritmo, tom ou 
melodia, e timbre de uma peça musical. Podemos ter um entendimento 
figural ou “geral” da música (global, intuitivo), um entendimento formal 
ou detalhado (analítico, técnico), ou ambos (ARMSTRONG, 1995, 
p.02). 
 
Para Chiarelli e Barreto (2005, p.06) as práticas musicais realizadas na 
escola não tem o objetivo de formar músicos, mas sim, por meio da experiência 
e compreensão dessa linguagem musical, sendo favorável à criação de canais 
sensoriais, de maneira a facilitar a manifestação de suas emoções, elevando a 
cultura geral e promovendo formação integral do indivíduo em diversos 
contextos, inclusive ao histórico. 
Para Loureiro (2008, p.17) a música tem se tornado uma forma de 
reintegrar socialmente os educandos, ressalta que por vezes, a criança não tem 
acesso à música em sua residência, e, em meio à diversidade de ritmos e 
gêneros, ela se mostra motivada. Além disso, a música tem o condão trazer essa 
motivação para a realização de outras atividades. No desenvolvimento do 
conhecimento musical, parte-se do princípio de que se torna mais significativo 
construir novos conhecimentos se para isso houver algum prazer, que pode 
surgir da estimulação e da vivência. 
De acordo com Camargo (2020, p.02) a Base Nacional Comum Curricular 
(Brasil, 2017, p. 194), as diferentes linguagens deverão ser manuseadas 
conforme as seis dimensões do conhecimento, quesão criação, crítica, estesia, 
expressão, fruição e reflexão, tendo em vista que não existe uma hierarquia para 
se trabalhar com essas dimensões. A criação trata-se o fazer artístico, no ato em 
que os indivíduos criam, produzem e constroem. A dimensão crítica liga-se ação 
e pensamentos propositivos, o que abrange aspectos estéticos, políticos, 
históricos, sociais, econômicos e culturais através de pesquisa e estudo. 
Enquanto a estesia articula a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma 
de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Por sua vez na dimensão expressão 
trata-se de indivíduo poder exteriorizar e manifestar as criações subjetivas por 
meio de procedimentos artísticos, na seara individual e coletiva. A dimensão 
fruição refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à possibilidade de 
sensibilizar com a participação em práticas artísticas e culturais. E quanto 
aspecto da reflexão representa-se pela percepção, analisar, interpretar as 
manifestações artísticas e culturais, seja como criador, seja como leitor, 
conforme preceitua (CAMARGO, 2020, p.02). 
Salienta-se que o trabalho com música na disciplina de história, com isso 
não que significar que o aluno vá criar ou treinar seus dotes musicais, todavia, o 
que se pretende é a promoção de momentos de escuta, fruição, apreciação de 
músicas que tem o condão de levar o aluno a conhecer de contextos históricos 
que se relacionam ou podem ser interpretados por meio da letra da música, da 
melodia do contexto social em que retrata o momento em que a música foi criada. 
Segundo o estudo apresentado por Dal Ben (2012, p.) os alunos também 
expressão seus pontos de vista sobre o que entendem por ensino e 
aprendizagem e argumentam claro que ensinar não trata de mera transmissão 
de conteúdo, embora seja ação que não se realize sem conteúdo nem sem 
algum tipo de transmissão. “O ensino envolve, pois, um encontro humano. 
porque ensinar é participar no processo de formação de outra pessoa, tarefa que 
só pode ser feita em um sentido pleno com esse outro” (Basabe; Colls, 2010, p. 
146). 
No Brasil, o Ensino Médio tem a duração mínima de 3 anos. A finalidade 
do Ensino Médio, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a lei nº. 
9394/96, em seu artigo 35, da seguinte maneira: 
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração 
mínima de três anos, terá como finalidades: 
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos 
no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; 
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, 
para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com 
flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento 
posteriores; 
III- o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a 
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do 
pensamento crítico; 
IV- a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos 
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino 
de cada disciplina. 
 
Diante de todos os objetivos para o ensino médio, pode-se ainda 
acrescentar que além de outros pressupostos, a otimização do ensino de história 
por meio da música vem concretizar e complementar metodologias que buscam 
o desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento crítico do aluno em 
fase de ensino médio. 
Silva (2012, p. 03) levanta discussões sobre o cenários acerca dos 
possíveis caminhos para a implementação da Lei nº 11.769/08, que trata do 
ensino de música nas escola. Todavia deve-se atentar conforme afirma Laterza 
(2001) que “raramente a Música entra como foco central da discussão, exceto 
quando se esbarra inevitavelmente em conteúdo programáticos ou aspectos 
didáticos”. Ademais, não reside aí o ponto de discussão do presente estudo seria 
o cerne das discussões atuais acerca do ensino de música no Brasil, há um 
movimento que vai da Educação para a Música, em que se torna apenas um dos 
muitos aspectos de algo maior que compreende o sistema global da Educação 
Formal, não se trata aqui de educação em música, mas o uso da música como 
meio para a aprendizagem de conteúdo curriculares na disciplina de história, 
bem como da formação de uma consciência crítica do aluno e que a música pode 
representar uma “chave” para isso. Katsch e Merle-Fishman apud Bréscia (2003, 
p.60) afirmam que “[...] a música pode melhorar o desempenho e a concentração, 
além de ter um impacto positivo na aprendizagem de matemática, leitura e outras 
habilidades linguísticas nas crianças”. 
Segundo Santos (1997, p.12) a ludicidade trata-se de uma necessidade 
do ser humano em qualquer que seja a idade e não pode ser vista apenas como 
diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o 
desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora uma boa saúde mental, 
facilita os processos de socialização do conhecimento. Nesse processo lúdico 
que embasando nas discussões desse estudo se representa pelo uso da música, 
algo diferenciado para promoção da aprendizagem dos alunos, estimulando a 
construção de novos significados, na proposta pedagógica no que se refere ao 
ensino de história. 
Pahlen (1965) citado por Paula (2011, p.18) vem contribuir com a 
pesquisa no sentido de dizer que a música age sobre o indivíduo, grupo de 
pessoas ou a sociedade, a música encontra-se presente na história das 
revoluções, das guerras e em grandes acontecimentos sociais. Para esse autor 
a música possui um efeito que pode despertar os mais nobres sentidos até o 
desencadear instintos, desde a concentração à perda da consciência, a 
veneração religiosa entre outros. 
Segundo Moreira e Santos (2014, p.06) as atividades musicais realizadas 
na escola não buscam à formação de músicos, mas sim, contato, vivência e 
compreensão da linguagem musical. Por essas razões pode propiciar a abertura 
de canais sensoriais, facilitando a expressão de emoções conforme outros 
autores nesse texto mencionam, atua a música como recurso de ampliação da 
cultura geral e contribuindo para a formação integral do ser. 
 Fonseca (2010, p.06) vem acrescentar com suas ideias acerca de como 
e porque dever se ensinar história e destaca recursos: 
Portanto, se ao ensino de história cabe um papel educativo, formativo, 
cultural e político e sua relação com a construção da cidadania 
perpassa diferentes espaços de produção de saberes históricos, é 
essencial localizarmos no campo da história 
questões/temas/problemas considerados relevantes para a formação 
da consciência histórica dos alunos. Isso requer um diálogo crítico com 
diferentes sujeitos, lugares, saberes e práticas; entre a multiplicidade 
de culturas, etnias, sociedades. Ressalto aqui, concordando com 
Sacristán (1998) o professor, no caso o de História, como um agente 
ativo, decisivo na seleção e concretização dos conteúdos e dos 
significados dos currículos. No entanto, o professor não está sozinho 
frente aos alunos e saberes. Nas interações, no entrecruzamento das 
relações dos sujeitos, saberes e práticas em que se configuram 
determinadas culturas, os professores leem, interpretam, traduzem, 
re/constroem propostas curriculares que lhes são apresentadas, seja 
pelas instituições e prescrições administrativas, seja pelos livros 
didáticos, materiais e fontes, seja pelas demandas da mídia, do 
mercado, da comunidade, das famílias e dos próprios alunos. Trata-se, 
pois, de um exercício complexo, um ato político, cultural e pedagógico 
(FONSECA, 2010, p06). 
 
 Nesse trecho acima conforme explana Fonseca (2010) consegue-se 
compreensão de que o ensino de história não pode ser algo engessado, devendo 
o docente comprometer a atender as demandas como também um ato político, 
cultural e pedagógico ainda que tenha que se valer da música para alcançar os 
objetivos de formação do educando. 
Silva (2019, p. 24) complementa que de fato, o som representa um 
elementoque compõe a música, porém nem para todos os indivíduos sua 
materialidade ocorre por meio deste, considerar a música como uma 
organização de sons que formam um ritmo possibilita a compreensão de que os 
sujeitos que são capazes de ouvir não podem apreciar ou vivenciar a música. 
De acordo com Snyders (1992, p.14) ressalta o papel da escola de 
preparar jovens para o futuro, para a vida adulta e suas responsabilidades. 
Porém pode transparecer aos alunos como um processo difícil em tempo futuro 
incerto. E para a autora a música pode contribuir para tornar esse ambiente mais 
alegre e favorável à aprendizagem e assim estimular os alunos pelo prazer que 
a música oferece. 
Dessa forma, torna-se relevante fazer uma reflexão acerca de visões 
reducionistas a respeito dos componentes curriculares e ampliar os horizontes 
dos sujeitos da aprendizagem que possuem singularidades e particularidades, 
não vivenciando a aprendizagem de forma isonômica, sendo essencial que o 
conhecimento possa ser alcançado, de modo a promover circunstâncias exitosas 
para os indivíduos que estão presentes nesse contexto em sala de aula ou em 
ambientes externos, mas com o propósito de aprender. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Conclui-se que o presente estudo atendeu ao objetivo proposto na 
pesquisa pretendida compreender e expor de forma descritiva por meio da 
metodologia da revisão bibliográfica, destacou-se que pode-se promover o 
ensino na disciplina de história utilizando-se como estratégia ou recurso a música 
para favorecer a aprendizagem de conteúdo previsto no currículo de modo que 
leve o aluno a despertar o interesse por aprender e reconhecer alternâncias e 
permanências na vida humana em uma determinada sociedade em locais e 
tempos distintos. 
Sendo relevante para o docente dispor de recursos complementares para 
conduzir o aluno na instigação da pesquisa, como é caso da música no sentido 
de abrir caminho para o pensamento crítico e favorecer a compreensão de modo 
mais fácil acerca de fatos que marcaram o passado e bem como interpretar 
registros iconográficos sonoros. 
Assim, o docente da disciplina de história pode relacionar conteúdo da 
disciplina de história com a situação do cotidiano, em que o passado reflete sobre 
aspectos do presente na vida de uma povo marcado. Abordagem da temática a 
ser trabalhada com os alunos por meio da música tem o condão de facilitar a 
interação agradável e participativa dos alunos no contexto que favorece a 
reflexão, análise e exposição de opiniões por parte destes. 
Por fim, constata-se que a música representa sim um instrumento com 
potencial transformador da aprendizagem do aluno do ensino médio. Ressalta-
se ainda que por meio desse estudo não houve a intenção de esgotar o assunto 
apresentado, e que o mesmo permanece em aberto para ser aprofundado em 
outras oportunidade. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARMSTRONG, T. Inteligências Múltiplas na sala de aula. 2ª ed., Trad. Maria 
Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 
 
BASABE, Laura; COLLS, Estela. La enseñanza. In: CAMILLONI, Alicia. (Org.). 
El saber didáctico. Buenos Aires: Paidós, 2010. p. 125-161. In: Dal-ben, Luciana. 
Educação musical no ensino médio: alguns apontamentos. Música em 
Perspectiva. V.5 n1. Mar. 2012. P. 37-50. Universidade Federal do Rio Grande 
do Sul. 
 
BORBA, Emilinha. Tomara que chova. Música. Disponível em: 
<https://www.letras.mus.br/emilinha-borba/721778/>. Acesso em: 12/08/2021. 
 
BRASIL, Parâmetros curriculares nacionais. Secretaria de educação nacional. 
história, geografia. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília. MEC/SEF, 
166p.1997. 
 
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 5.ed. Trad. Fernando Tomaz. Rio de 
Janeiro. Bertrand Brasil, 2002. In: PARANHOS, A. Rasuras da história: samba, 
trabalho e Estado novo no ensino de história. Pontifícia Universidade Católica de 
São Paulo. PUC/SP. Uberlândia. MG. Revista História Hoje. Vol. 6. n.11p. 7-30. 
2017. Disponível em: <http://rhhjempush.org/RHHJ/article/view/338/221> 
Acesso em: 11/11/2021. 
 
BRASIL, Lei n.9.394 de 20 de dezembro de 1994. Lei de Diretrizes e Bases da 
educação. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/.htm>. Acesso 
em: 12/11/2021. 
 
BRASIL. Lei n. 11.769, de 18 de agosto de 2008. Brasília: Diário Oficial da 
União, ano CXLV, n. 159, de 19/08/2008, Seção 1, p. 1, 2008. 
 
CAMARGO, J.S.S.M. Arte e música na base nacional comum curricular. 
Professora da rede nacional comum curricular. Letras. Campus Campo Mourão. 
UNESPAR. Maringá. Disponível em:<https://educacaopublica.cecierj.edu.br/ >. 
Acesso em: 13/11/2021. 
 
CETOLLIN, Franciele. Musicando a história e historiando a música em 
escolas de caixas do sul. Dissertação. Universidade Caxias do Sul. Caxias do 
Sul. 113p. 2015. Disponível em: <https://www.repositorio.ucs.br>. Acesso em: 
10/08/2021. 
 
DAVID, Célia Maria. Música e ensino de História uma proposta. 
Departamento de educação. Ciências sociais e política internacional. 
Universidade estadual paulista Júlio de Mesquita Filho. Unesp. Franca. SP. 
2012. Disponível em: <https://www.acervodigital.unesp.br>. Acesso em: 
10/08/2021. 
 
FONSECA, S. G. A história na educação brasileira: conteúdos, abordagens e 
metodologias. Universidade Federal de Uberlândia. Anais do I Seminário 
nacional: currículo em movimento. Perspectiva atuais. Belo Horizonte. 
Novembro. 2010. 
 
GARDNER, H. Estrutura da mente: A teoria das inteligências Múltiplas. Trad. 
Sandra Costa. Porto Alegre. Artes Med. 1994. 
 
GOES, Priscila Silva. A utilização da Música nas aulas de história com os 
alunos do 8º ano. V Colóquio Internacional. Educação e Contemporaneidade. 
21 a 23 de setembro de 2011. São Cristóvão. SE. Brasil. ISSN 1982-3657. 
Disponível em:<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br> Acesso em: 
10/08/2021. 
 
HERMETO, Miriam. SOARES, Olávio Pereira. Música e ensino de história. 
Dossiê. Junho 2017. Disponível em: <https://rhhj:rhhj.anpurh.org>. Acesso em: 
10/08/2021. 
 
HUXLEY, Aldous. Admirável Mundo Novo. 21. São Paulo: Editora Globo, 2001 
LOUREIRO, Alicia Maria Almeida. O ensino da música na escola 
fundamental. Campinas, SP. Papirus, 2007. 
 
IAZZETTA, Fernando. O que é música (hoje). Fórum Catarinense de 
Musicoterapia, 1., 2001, Florianópolis. Anais. Florianópolis: Unisul, p. 5-14, 
2001. 
 
MOREIRA, Huert; MACHADO, Matheus Ferreira. A Música como forte de 
pesquisa no ensino de história na educação de jovens e adultos em 
Florianópolis: desafios e possibilidades. Disponível em: 
https://www.revistas.ufrg.br>. Acesso em: 10/08/2021. 
 
MOREIRA, Ans Cláudia; SANTOS, H. A música na sala de aula. A música 
como recurso didático. Unissanta. Humanistas. Vol. 3 n1, p.41-61. 2014. 
Disponível em: https://www.google.com>. Acesso em: 12/11/2021. 
 
MUNIZ, Alexsandra. A música nas aulas de geografia. Revista de Ensino de 
Geografia, Uberlândia, v. 3, n. 4, p. 80-94, jan./jun. 2012. ISSN 2179-4510. 
Disponível em: < http://www.revistaensinogeografia.ig.ufu.br/>. Acesso em: 
11/11/2021. 
 
PARANHOS, A. Rasuras da história: samba, trabalho e Estado novo no ensino 
de história. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. PUC/SP. Uberlândia. 
MG. Revista História Hoje. Vol. 6. n.11p. 7-30. 2017. Disponível em: 
<http://rhhjempush.org/RHHJ/article/view/338/221> Acesso em: 11/11/2021. 
 
PAHLEN, Kurt. História Universal da Música. Tradução A. Della Nina. 5ª ed. 
São Paulo: Edições Melhoramentos, 1965. In: Paula, C.A. A música no ensino 
médio da escola pública do município de Curitiba: aproximações e proposições 
a realidade concreta. Curitiba. PR. 2007. Disponível em: 
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/dezembro2011>. Acesso 
em: 13/11/2021. 
 
RIBAS, Cristina Elena Taborda. O uso da música como fonte histórica no 
ensino de história. Formação de professores, complexidade e trabalho 
docente. V seminário Internacional sobre profissionalização docente. SPO. 
UNESCO. Educere XI Congresso Nacional de Educação. ISSN21761396. 2014. 
Disponível em: <https://educere.bruc.com.br>. Acesso em: 10/08/2021. 
 
RÜSEN, Jörn. Reconstrução do Passado Teoria da História II: os princípios 
da pesquisa histórica. Trad. Asta-Rose Alcaide e Estevão de Rezende Martins. 
Brasília. Ed. da UNB, 188p. 2007. Disponível em: <https://ojs.ufgd.edu.br>. 
Acesso em: 12/08/2021. 
 
SANTOS, Rosana de Menezes. O uso da música na prática de ensino de 
história. Cadernos de graduação. Ciência Humano e sociais. 2014. Disponível 
em: <https://periodicos.set.edu.br>. Acesso em: 10/08/2021. 
 
SANTOS, V. C. O papel do lúdico na inclusão de alunos surdos na 
educação. Adaptações. 2012 Disponível em < http://www.dfe.uem.br/ .pdf >. 
Acesso em: 12/11/2021. 
 
SILVA, N. B. A escola em “ritmo e poesia”: uma análise do rap estudo errado 
do rapper Gabriel “o Pensador”. Curso de Licenciatura em Pedagogia. UFAL. 
Campus Sertão. Delmiro Gouveia. Al. 2019. Disponível em: < 
http://www.repositorio.ufal.br/.pdf>. Acesso em: 12/11/2021. 
 
SILVA, Thays da. Música e ensino de história: uma proposta a partir da 
música “Modificar” da banda de Ad Fish. Grupo de reflexão docente nº 11. 
Ensino de História e linguagens artísticas entre perspectivas e práticas, 2020. 
Disponível em: <https://www.perspectivas2020.abeh.org.br>. Acesso em: 
10/08/2021. 
 
SNYDERS, G. A escola pode ensinar as alegrias da música? 2. Ed. São 
Paulo: Cortez, 1994. 
 
SILVA, Marcos Antônio da; FONSECA, Selva Guimarães. Ensino de História 
Hoje: errâncias, conquistas e perdas. History teaching today: wandering gains 
and loses. Revista Brasileira de História. São Paulo. V. 31 nº 60, p. 13 -33. 2010. 
Disponível em: <https://www.scielo.br>. Acesso em: 10/08/2021. 
 
SILVA, Fábio Alexandre da. O ensino de história em perspectiva: A 
aprendizagem histórica no século XXI. Universidade Estadual do Oeste do 
Paraná. Revista outras fronteiras. Vol. 2, nº 02. Jul/dez. 2018. ISSN2318-5503. 
p.20. Disponível em: <http://ppghis.com/outrasfronteiras/index.php/ /view/320>. 
Acesso em: 10/08/2021. 
 
RAMALHO, Zé; RAMALHO, Elba. Admirável vida de gado. Música. Disponível 
em: <http://www.letras.mus.br>. Acesso em: 12/08/2021. 
 
TAVARES, M. A. S.; SIMÕES, V. G. P. A formação dos professores do Ensino 
Fundamental I e o papel da música como recurso pedagógico no processo 
ensino e aprendizagem. EDUCERE - Revista da Educação, Umuarama, v. 18, 
n. 2, p. 267-278, jul./dez. 2018. 
 
THOMPSON, E. P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular 
tradicional. Trad. Rosaura Eichemberg. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. 
In: PARANHOS, A. Rasuras da história: samba, trabalho e Estado novo no 
ensino de história. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. PUC/SP. 
Uberlândia. MG. Revista História Hoje. Vol. 6. n.11p. 7-30. 2017. Disponível em: 
<http://rhhjempush.org/RHHJ/article/view/338/221> Acesso em: 11/11/2021.

Mais conteúdos dessa disciplina