Prévia do material em texto
A MÚSICA COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO DE HISTÓRIA PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO Paulo Cesar Santo Ribeiro e Souza 1. INTRODUÇÃO A música trata-se de uma linguagem presente em todas as culturas e demonstrada em diversas manifestações. Sendo certo que a música proporciona inúmeras funções na sociedade, e pode ser utilizada para formar alunos do ensino médio com uma postura mais ativa em sociedade. Existe uma necessidade de estratégias para organizar repertório de ordem histórica e cultural em que possibilita considerar os acontecimentos em épocas distintas, e de maneira a trazer argumentações em torno de aspectos vivenciados no passado para facilitar a aprendizagem dos educandos. Dessa forma busca-se investigar na literatura da área da educação se é possível que professores da disciplina de história no ensino médio utilizar-se da música para ensinar e aprender história na atualidade? Essa pesquisa se justifica pois nas últimas décadas o trabalho do professor tem sido difícil em razão do pouco interesse por parte dos alunos, bem como pela necessidade de inovação das estratégias de ensino, assim acredita- se que por meio da utilização da música poderia ensinar e ao mesmo tempo tornar o ensino mais significativo para os alunos. Considerando que a construção do conhecimento histórico pode se dar a partir de um recorte de certo conteúdo, problematizar o conhecimento de forma a propor um diálogo entre o presente e o passado, e não apenas reproduzir conhecimentos acabados de fatos em tempos e/ou sociedades diversas. E a música representa um elemento rico na cultura brasileira a ser mais explorado pelos educadores em sala de aula, assim esse trabalho pretende e pode contribuir em benefício da coletividade. A metodologia da revisão bibliográfica, com a leitura e interpretação de diversos textos que tenham pertinência ao assunto em estudo. O método é o hipotético dedutivo pela abordagem qualitativa descritiva. Ressaltando pontos essenciais de forma a contextualizar o assunto. Sendo que para a realização desse trabalho conta-se com fontes autorais Hermeto (2017); Ribas (2014); David (2021); David (2021); Santos (2014); Silva (2020) entre outros, coletadas em base de dados como o sítio do Scielo, Google Acadêmico e Universidades Estaduais e/ou Federais serviram de suporte e respaldo para analisar e apresentar a aspectos representativo do tema escolhido. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Segundo Tavares e Simões (2018, p.273) a música trata-se de uma linguagem presente em todas as culturas e nas mais diversas manifestações. Conquanto a música tenha proporcionado inúmeras funções na sociedade, ela também tem sido utilizada para formar os cidadãos. Ressalta-se que os povos gregos foram os que primeiramente pensaram na utilização da música como um meio de educação. Para Santos (2014, p. 04) o uso de diferentes formas de comunicar no ensino de história permite e torna a escola um espaço mais social, em que o saber escolar reconstrói ou pelo menos faz uma releitura do conhecimento produzido pelo historiador e, com isso, agrega um conjunto de “representações sociais” do mundo e da história, realizados por professores e alunos, como consequência das experiências provenientes de diferentes fontes de informação vivenciadas por esses atores da vida real. White (2018, p. 17) apud Silva (2018) distinção entre passado histórico e prático verifica-se a partir da ideia de que o passado histórico deveria ser analisado e compreendido sob o aspecto científico e de forma objetiva, para seu próprio fim e com o olhar e esforços dos historiadores para registrar tal feito, enquanto o passado prático relaciona-se com o presente, do qual se podem retirar lições e projetar ações com o intuito de compreender e/ou justificar os acontecimentos vivenciados por indivíduos de uma sociedade. Os PCNs (1997, 28) apresentam os objetivos do ensino da disciplina de história para o ensino fundamental, dentre os diversos lá expressos, destaca-se o seguinte: Organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permitam localizar acontecimentos numa multiplicidade de tempo, de modo a formular explicações para algumas questões do presente e do passado; Reconhecer mudanças e permanências nas vivências humanas, presentes na sua realidade e em outras comunidades, próximas ou distantes no tempo e no espaço; Utilizar métodos de pesquisa e de produção de textos de conteúdo histórico, aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconográficos, sonoros; (BRASIL, 1997, p.28). De início pode-se observar em Brasil (1997) a necessidade de dispor de estratégias para organizar repertório de ordem histórica e cultural em que possibilita considerar os acontecimentos em épocas distintas, e de maneira a trazer argumentações em torno de aspectos vivenciados no passado para facilitar a aprendizagem dos educandos. De acordo com Moreira e Machado (2018, p.03) apesar de haver muitas produções bibliográficas acerca do uso da música no ensino história no ensino fundamental e médio, não existe ainda bastantes textos sobre seus usos próprio para o ensino de história na Educação de Jovens e Adultos. Nota-se que os textos que envolvem o ensino de história de uma forma geral visam, essencialmente, promover uma discussão acerca de levar ao conhecimento histórico e de que maneira a música pode colaborar nesse aspecto. Os autores destacam o consenso entre os pesquisadores no sentido de que se deve diferenciar a formação da informação a fim de evitar a subutilização das fontes. Destaca-se as ideias dos autores supracitados que vem colaborar com os objetivos desse estudo: Pensamos que o ensino de História deva ter significado para a vida dos estudantes e atenda suas expectativas. Portanto, é preciso fazer com que os docentes compreendam que história não é somente estudar o passado, mas sim correlacioná-lo com assuntos vigentes no presente (MOREIRA e MACHADO, 2018, p.02). De acordo com Ribas (2014, p.02) afirma que aprender é um processo dinâmico, em que o sujeito aprendente passa por transformações. A construção do conhecimento histórico pode se dar a partir da problematização de um recorte de certo conteúdo, pois problematizar o conhecimento historiográfico, representa de início o pressuposto do ponto de que ensinar História é propor um diálogo entre o presente e o passado, e não reproduzir conhecimentos neutros e acabados sobre os fatos que ocorreram em outros tempos e sociedades. Rüsen (2009, p. 7-8) explica com excelência os processos de construção da pesquisa histórica com as suas fases, dentre elas destaca-se: A heurística é o primeiro procedimento a ser realizado durante a pesquisa histórica. A segunda operação processual é a crítica. A crítica das fontes trata-se do procedimento da pesquisa histórica no qual se garimpam as informações sobre o passado. Já na interpretação, busca-se o exame das informações levantadas sobre as experiências do passado através da crítica das fontes. À medida que essas informações vão sendo retiradas das fontes e rearranjadas, a interpretação possibilita a formação de produtos narrativos que servem de fios condutores do trabalho de representação histórica (RÜSEN, 2009, p.7-8). Pode-se definir a informação como um pensamento que há em algum lugar, no tempo e no espaço, além disso, a formação pode representar uma série de ações que direcionam a um resultado. Diante do exposto, verifica-se com Rüsen (2009) que a informação registrada pode vir carregada ou não de juízo de valor a depender da fonte e de seus rearranjos por diferentes veículos informativos, assim cabe ao professor enquanto pesquisador que também o é, carece ter o olhar crítico na seleção de materiais para a prática de sala aula adequado aos objetivos da proposta pedagógica de ensino. Deve haver uma compreensão histórica como possibilidade, e não comoum determinismo, parte-se das fontes históricas e as seleciona para trabalhar e da forma como se trabalha estas fontes afirma (CETOLLIN, 2015, p.71). Segundo David (2012, p.06) A incorporação da linguagem musical ao ensino de História reclama do professor e do aluno uma percepção mais consciente da canção popular. Trata-se de uma fonte de pesquisa, onde a forma e o conteúdo integram-se como força de expressão, como referencial de manifestação e comunicação. A proposta curricular para o Ensino Médio, no que se refere a História nos Parâmetros Curriculares Nacionais se apresenta como parte da área: “Ciências Humanas e suas Tecnologias”, e enquanto orientação curricular, e nas “Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais” propõe uma atuação no ensino de História por meio de eixos temáticos, sendo eixo inicial “Cidadania: diferenças e desigualdades”. Para Cettollin (2015, p. 15) a disciplina de História desempenha dentre suas funções, aquela que pode propiciar ao sujeito a sua constituição como agente histórico, questionador e transformador. Dessa forma, o estudo e a consequente prática de novos métodos têm se mostrado um meio de chamar a atenção para essa aprendizagem, apenas uma, entre as tantas disciplinas do currículo escolar. Isso, o trabalho com temas interdisciplinares e metodologias diversas que almejam abranger os problemas educacionais e amparar o multiculturalismo presente no meio escolar e comunitário trata-se de recomendações previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB). Trabalhar também correlacionando esses temas com a música representa uma opção a ser proposta em um formato de ensino que dialoga com a história e a música atende a estes pressupostos normativos de educação. Cita-se o exemplo apresentado por David (2012, p.08) ao mencionar a música de Zé Ramalho, admirável vida de gado (Admirável vida de Gado): Vocês que fazem parte dessa massa Que passa nos projetos do futuro É duro tanto ter que caminhar E dar muito mais do que receber E ter que demonstrar sua coragem À margem do que possa parecer E ver que toda essa engrenagem Já sente a ferrugem lhe comer Ê, ô, ô, vida de gado Povo marcado, ê! Povo feliz! (ZÉ RAMALHO, 1980, p.01) O compositor paraibano Zé Ramalho, supostamente inspirado em uma obra de Aldous Huxley (1954) “O admirável mundo novo”, em que um governo central pautado pelo autoritarismo se encarrega de manter a população “feliz” onde tenta evitar qualquer conflito, numa releitura observa-se a semelhança do homem do campo ao gado que apenas obedece, de modo inconsciente e sem contestação. Ramalho (1980) traz a expressão a ideia de massa desumanizada na linha que “Vocês que fazem parte dessa massa” No contexto dos anos finais da ditadura militar com os governos ditatoriais, a música faz uma crítica social com a realidade do povo sofrido e a luta do proletário, a manipulação da informação e a censura entre outros aspectos ditos “normais”. Outra música que pode ser utilizada não só nas aulas de história, podendo até fazer parte de projeto interdisciplinar trata-se da música “Tomara que chova” de Emilinha Borba (1950) observa-se o trecho a seguir: Tomara que chova, oi Três dias sem parar (2x) A minha grande mágoa É lá em casa não ter água E eu preciso me lavar De promessa eu ando cheia Quando conto a minha vida ninguém quer acreditar Trabalho não me cansa O que me cansa é pensar Que lá em casa não tem água nem pra cozinhar (BORBA, 1950). Uma marchinha de carnaval, que retrata a cultura da época, inclusiva a falta de água em determinados locais do Brasil. Ao trabalhar aspectos culturais também se trabalha a história. Além disso, o tema possibilitar levantar pontos da realidade brasileira que sofre com a falta de água e saneamento básico, assim como as questões ambientais sempre presente também no contexto histórico, representa ainda uma forma de desenvolver os temas transversais dentro da disciplina, em consonância com a Base Nacional Comum Curricular e os PCNs podendo ser trabalhado com os alunos dos anos finais do ensino fundamental, por exemplo. De acordo Loureiro (2007, p.11) com estas definições, a linguagem musical universal, que se atribui à música, contempla a pluralidade cultural no seio da sociedade, num antagonismo social, fazendo um elo com vários aspectos, dentre eles os sociais, compreendendo os valores da música dentro de seu poder transformador do conhecimento sócio-histórico. Os valores hierarquizam uma concepção de vida, de homem, de educação, de arte e de qualquer outro aspecto e apontam os caminhos do fazer educacional. Os valores existem em toda a prática escolar, independente até da própria consciência dos mesmos (LOUREIRO, 2007, p. 11). Loureiro (2007) destaca-se que por meio dos valores adquiridos culturalmente pode-se introduzir, inclusive nas novas gerações, significados positivos ou negativos, valores estéticos de beleza, valores éticos de normas e princípios morais, em âmbito ideológico dentro da sociedade. Quanto mais completa for a formação do indivíduo, mais disposição terá para resolver os múltiplos problemas que uma sociedade em contínuo processo de mudança possa apresenta Reforça-se com David (2015, p.06) que a incorporação da linguagem musical ao ensino de História exige do professor e do aluno uma percepção mais consciente da canção popular. Trata-se de uma fonte de pesquisa, onde a forma e o conteúdo integram-se como força de expressão, como referencial de manifestação e comunicação. Por meio da música pode surgir contextos, tempos e espaços, de um determinado povo, em uma dada condição. São diversos os contextos que advém das emoções, aspirações, sonhos, alegrias, frustrações que ganham sentido a partir de expectativas comuns. Pode-se verificar um exemplo de proposta apresentada por Silva (2020) a destacar: A música “Modificar”, lançada pela banda em 1999, trata do processo de redemocratização do Brasil e pode ser considerada como um instrumento de trabalho dos docentes em suas aulas de História. Por tratar desse tema, a proposta situa-se nos segmentos das séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. A intenção é apresentar aos alunos a ideia da música como uma interpretação de determinado período histórico e promover sua criatividade a partir da visão que eles têm sobre a realidade na qual estão inseridos. Para tanto, é importante que os alunos já tenham aprendido sobre a ditadura militar no Brasil, bem como sobre o processo de abertura política e o fim da ditadura, com destaque para o movimento das Diretas Já e o Plano Collor. Além disso, cabe uma contextualização a respeito do movimento do hardcore no Brasil, salientando o contexto histórico no qual ele surgiu e citando a atuação da banda Dead Fish nesse cenário (SILVA, 2020, p.07) O estudo apresentado por Silva (2020) destaca informações de uma pesquisa que busca relacionar a música com o ensino de História por meio das contribuições da banda Dead Fish, formada no Espírito Santo em 1991. A banda capixaba, assim como outros grupos nacionais e internacionais da vertente do punk rock, denomina hardcore, teve em seu histórico muitas músicas que fazer uma crítica a temas relacionados a regimes autoritários, a corrupção, à violência, assim como a outros aspectos de diferentes sociedades e em diversos períodos da história. Paranhos (2017, p.01) destaca em seu estudo “Rasuras da História” que tudo transparecia ao analisar o Estado Novo na história do Brasil como se fosse possível apagar os sinais que nos levariam a captar vozes destoantes do grande coro da suposta unanimidade nacional orquestrada pelo regime. Perde-se de vista que, mesmo sob uma férrea ditadura, os domínios da vida político-social sempre se concretizaram como mecanismos de forças, e para oautor em estudo Bourdieu (2002) e Thompson (1998) a contribuir para renovar o olhar e adensar o conhecimento em torno do Estado Novo, toma-o como mote vozes dissonantes que se fizeram ouvir sobre o universo do trabalho na área da música popular, especialmente do samba. Na história do samba carioca, é possível, desde antes do regime estado novista, detectar a existência de canções divididas entre o elogio ao batente e à batucada (Sandroni, 2001, p.164-168). Com o advento do Estado Novo, um intelectual a seu serviço, que escrevia na revista Cultura Política – publicação que contava com as bênçãos do DIP –, era categórico ao argumentar que, nas novas circunstâncias que assinalavam o progresso do Brasil, “não há mais lugar para o elogio da malandragem” (Castelo, 1942, p.292). Nesses termos, era inadmissível que se continuasse a ouvir lamentos em forma de samba, como, entre muitos outros, em Tenha pena de mim (de 1937), de Babaú e Ciro de Souza, interpretado por Aracy de Almeida: “Ai, ai, meu Deus/ tenha pena de mim!/ Todos vivem muito bem/ só eu que vivo assim/ Trabalho, não tenho nada/ não saio do miserê/ Ai, ai, meu Deus/ isso é pra lá de sofrer...”. De quebra, há um complemento incômodo: “Tenho feito força/ pra viver honestamente (PARANHOS, 2017, p.06). No trecho acima Paranhos (2017) exemplifica por meio de pistas e argumentos de autoridades observados em publicações da revista cultura politica de forma a destacar a dimensão do problema que era abordado pelo samba da época. E que a população não admitia mais tanta procrastinação daquela situação de corrupção e desonestidade de um lado, exploração e pobreza de outro, tudo isso ligado ao contexto do regime do Estado novo. Reforça-se que na seara do ensino de História, como uma finalidade, em tudo o mais, é conferir importância e atentarmos para o que foge às linearidades confortadoras nas entrelinhas dos fatos históricos cabe ao professor ter esse olhar atento. O docente precisa conhecer a concepção de discurso de Fairclough (2001a) que destaca a presença de interesses em diversos aspectos presente na análise do discurso, tais como as propriedades dos textos; o contexto de produção, as formas de distribuição e o consumo dos textos; a relação com os processos sociocognitivos de produção e interpretação dos textos; na prática social em várias instituições; no relacionamento da prática social com as relações de poder; e nos projetos hegemônicos no nível social. Segundo Lima (2011, p.110) a inserção desses aspectos na análise gera uma crítica discursiva apurada e precisa de meios particulares de prática social e suas relações com a estrutura social. Em pesquisa realizada por abordagem multidisciplinar e consideramos esses diversos interesses no processo discursivo. Um processo muito semelhante com a proposta desse artigo que também serve para ilustrar ocorre no contexto do ensino de geografia demonstrado no trecho abaixo que pode servir como estratégia para o ensino de história para alunos do ensino médio: Escolha das músicas e demonstração das aulas de Geografia, as músicas escolhidas foram: Xote Ecológico, de Aguinaldo Batista e Luiz Gonzaga; Riacho do Navio, composição de Zé Dantas/Luiz Gonzaga; Seca Nordestina, composição de Flávio José; Cidadão, composição de Lúcio Barbosa; Súplica Cearense, composição de Gordurinha/Nelinho e interpretada pelo grupo O Rappa. Selecionamos a seguir algumas considerações acerca das atividades práticas realizadas com a utilização do recurso Música a partir da apresentação dos alunos organizados em grupos, tendo como objetivo geral: problematizar o conteúdo abordado através da utilização da música como fonte de ensino-aprendizagem. A primeira equipe utilizou a música Xote Ecológico (LUIZ GONZAGA, 1989) para abordar a temática “As consequências do desenvolvimento do capitalismo industrial”. Utilizando a música na abordagem do conteúdo voltado ao 1ª Ano do ensino médio, esta equipe analisou com a turma a letra da música, tendo como base além do conteúdo visto nas disciplinas, o capítulo do livro didático Geografia Geral e do Brasil: estudos para a compreensão do espaço (TAMDJIAN; MENDES, 2005). Com a visualização da letra da música, todos a cantaram e logo após a melodia foi proposto um debate sobre a letra, em que os alunos foram instigados a identificar quais conteúdo de Geografia estavam contidos nesta ferramenta, despertando a curiosidade e o interesse em participar (MUNIZ, 2012, p.03). Verifica-se a possibilidade da utilização do recurso da música num processo semelhante ao ilustrado no trecho acima. Por meio da instigação do aluno de forma a alcançar os conteúdos que necessitam ser apreendidos pelo aluno em sala de aula na disciplina de história. Prossegue-se com as ideias de Tavares (2018, p.272) a contribuir para o desenvolvimento do raciocínio que se apresenta ao destacar que a música se converte em recurso didático, no compasso em que se elenca como instrumento para atender a perguntas adequadas aos objetivos propostos, dentre eles o de promover o desenvolvimento dos conteúdos programáticos, por meio do processo de transformação de conceitos espontâneos em conceitos científicos. Dessa forma reforça-se a necessidade de que os professores se reconheçam como mediadores de cultura no processo educativo e que levem em conta a importância das artes no desenvolvimento e formação das crianças como indivíduos (re) produtores de cultura. E assim podem encontrar e reconhecer todos os meios que têm em mãos para criar, à sua maneira, situações de aprendizagem capaz de oferecer condições aos alunos para a construção de conhecimentos. Além disso, a música torna-se um mecanismo facilitador do processo de ensino e aprendizagem, logo precisa ser possibilitar e incentivar o seu uso em sala de aula conforme ensina (TAVARES, 2018, p.272). Pode se observar a inteligência musical representa uma capacidade que o indivíduo possui de aprender sons e ritmos e de compreensão de contornos distintos de melodias por meio de arranjos musicais, que segundo Gardner (1995, p.23) tal desenvolvimento ocorre do lado direito do cérebro na atuação e produção de atividades musicais, do mesmo a compreensão dela decorrente. Inteligência Musical capacidade de perceber (por exemplo, como aficionado por música), discriminar (como um crítico de música), transformar (como compositor) e expressar (como musicista) formas musicais. Esta inteligência inclui sensibilidade ao ritmo, tom ou melodia, e timbre de uma peça musical. Podemos ter um entendimento figural ou “geral” da música (global, intuitivo), um entendimento formal ou detalhado (analítico, técnico), ou ambos (ARMSTRONG, 1995, p.02). Para Chiarelli e Barreto (2005, p.06) as práticas musicais realizadas na escola não tem o objetivo de formar músicos, mas sim, por meio da experiência e compreensão dessa linguagem musical, sendo favorável à criação de canais sensoriais, de maneira a facilitar a manifestação de suas emoções, elevando a cultura geral e promovendo formação integral do indivíduo em diversos contextos, inclusive ao histórico. Para Loureiro (2008, p.17) a música tem se tornado uma forma de reintegrar socialmente os educandos, ressalta que por vezes, a criança não tem acesso à música em sua residência, e, em meio à diversidade de ritmos e gêneros, ela se mostra motivada. Além disso, a música tem o condão trazer essa motivação para a realização de outras atividades. No desenvolvimento do conhecimento musical, parte-se do princípio de que se torna mais significativo construir novos conhecimentos se para isso houver algum prazer, que pode surgir da estimulação e da vivência. De acordo com Camargo (2020, p.02) a Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2017, p. 194), as diferentes linguagens deverão ser manuseadas conforme as seis dimensões do conhecimento, quesão criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão, tendo em vista que não existe uma hierarquia para se trabalhar com essas dimensões. A criação trata-se o fazer artístico, no ato em que os indivíduos criam, produzem e constroem. A dimensão crítica liga-se ação e pensamentos propositivos, o que abrange aspectos estéticos, políticos, históricos, sociais, econômicos e culturais através de pesquisa e estudo. Enquanto a estesia articula a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Por sua vez na dimensão expressão trata-se de indivíduo poder exteriorizar e manifestar as criações subjetivas por meio de procedimentos artísticos, na seara individual e coletiva. A dimensão fruição refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à possibilidade de sensibilizar com a participação em práticas artísticas e culturais. E quanto aspecto da reflexão representa-se pela percepção, analisar, interpretar as manifestações artísticas e culturais, seja como criador, seja como leitor, conforme preceitua (CAMARGO, 2020, p.02). Salienta-se que o trabalho com música na disciplina de história, com isso não que significar que o aluno vá criar ou treinar seus dotes musicais, todavia, o que se pretende é a promoção de momentos de escuta, fruição, apreciação de músicas que tem o condão de levar o aluno a conhecer de contextos históricos que se relacionam ou podem ser interpretados por meio da letra da música, da melodia do contexto social em que retrata o momento em que a música foi criada. Segundo o estudo apresentado por Dal Ben (2012, p.) os alunos também expressão seus pontos de vista sobre o que entendem por ensino e aprendizagem e argumentam claro que ensinar não trata de mera transmissão de conteúdo, embora seja ação que não se realize sem conteúdo nem sem algum tipo de transmissão. “O ensino envolve, pois, um encontro humano. porque ensinar é participar no processo de formação de outra pessoa, tarefa que só pode ser feita em um sentido pleno com esse outro” (Basabe; Colls, 2010, p. 146). No Brasil, o Ensino Médio tem a duração mínima de 3 anos. A finalidade do Ensino Médio, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a lei nº. 9394/96, em seu artigo 35, da seguinte maneira: Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III- o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV- a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. Diante de todos os objetivos para o ensino médio, pode-se ainda acrescentar que além de outros pressupostos, a otimização do ensino de história por meio da música vem concretizar e complementar metodologias que buscam o desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento crítico do aluno em fase de ensino médio. Silva (2012, p. 03) levanta discussões sobre o cenários acerca dos possíveis caminhos para a implementação da Lei nº 11.769/08, que trata do ensino de música nas escola. Todavia deve-se atentar conforme afirma Laterza (2001) que “raramente a Música entra como foco central da discussão, exceto quando se esbarra inevitavelmente em conteúdo programáticos ou aspectos didáticos”. Ademais, não reside aí o ponto de discussão do presente estudo seria o cerne das discussões atuais acerca do ensino de música no Brasil, há um movimento que vai da Educação para a Música, em que se torna apenas um dos muitos aspectos de algo maior que compreende o sistema global da Educação Formal, não se trata aqui de educação em música, mas o uso da música como meio para a aprendizagem de conteúdo curriculares na disciplina de história, bem como da formação de uma consciência crítica do aluno e que a música pode representar uma “chave” para isso. Katsch e Merle-Fishman apud Bréscia (2003, p.60) afirmam que “[...] a música pode melhorar o desempenho e a concentração, além de ter um impacto positivo na aprendizagem de matemática, leitura e outras habilidades linguísticas nas crianças”. Segundo Santos (1997, p.12) a ludicidade trata-se de uma necessidade do ser humano em qualquer que seja a idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora uma boa saúde mental, facilita os processos de socialização do conhecimento. Nesse processo lúdico que embasando nas discussões desse estudo se representa pelo uso da música, algo diferenciado para promoção da aprendizagem dos alunos, estimulando a construção de novos significados, na proposta pedagógica no que se refere ao ensino de história. Pahlen (1965) citado por Paula (2011, p.18) vem contribuir com a pesquisa no sentido de dizer que a música age sobre o indivíduo, grupo de pessoas ou a sociedade, a música encontra-se presente na história das revoluções, das guerras e em grandes acontecimentos sociais. Para esse autor a música possui um efeito que pode despertar os mais nobres sentidos até o desencadear instintos, desde a concentração à perda da consciência, a veneração religiosa entre outros. Segundo Moreira e Santos (2014, p.06) as atividades musicais realizadas na escola não buscam à formação de músicos, mas sim, contato, vivência e compreensão da linguagem musical. Por essas razões pode propiciar a abertura de canais sensoriais, facilitando a expressão de emoções conforme outros autores nesse texto mencionam, atua a música como recurso de ampliação da cultura geral e contribuindo para a formação integral do ser. Fonseca (2010, p.06) vem acrescentar com suas ideias acerca de como e porque dever se ensinar história e destaca recursos: Portanto, se ao ensino de história cabe um papel educativo, formativo, cultural e político e sua relação com a construção da cidadania perpassa diferentes espaços de produção de saberes históricos, é essencial localizarmos no campo da história questões/temas/problemas considerados relevantes para a formação da consciência histórica dos alunos. Isso requer um diálogo crítico com diferentes sujeitos, lugares, saberes e práticas; entre a multiplicidade de culturas, etnias, sociedades. Ressalto aqui, concordando com Sacristán (1998) o professor, no caso o de História, como um agente ativo, decisivo na seleção e concretização dos conteúdos e dos significados dos currículos. No entanto, o professor não está sozinho frente aos alunos e saberes. Nas interações, no entrecruzamento das relações dos sujeitos, saberes e práticas em que se configuram determinadas culturas, os professores leem, interpretam, traduzem, re/constroem propostas curriculares que lhes são apresentadas, seja pelas instituições e prescrições administrativas, seja pelos livros didáticos, materiais e fontes, seja pelas demandas da mídia, do mercado, da comunidade, das famílias e dos próprios alunos. Trata-se, pois, de um exercício complexo, um ato político, cultural e pedagógico (FONSECA, 2010, p06). Nesse trecho acima conforme explana Fonseca (2010) consegue-se compreensão de que o ensino de história não pode ser algo engessado, devendo o docente comprometer a atender as demandas como também um ato político, cultural e pedagógico ainda que tenha que se valer da música para alcançar os objetivos de formação do educando. Silva (2019, p. 24) complementa que de fato, o som representa um elementoque compõe a música, porém nem para todos os indivíduos sua materialidade ocorre por meio deste, considerar a música como uma organização de sons que formam um ritmo possibilita a compreensão de que os sujeitos que são capazes de ouvir não podem apreciar ou vivenciar a música. De acordo com Snyders (1992, p.14) ressalta o papel da escola de preparar jovens para o futuro, para a vida adulta e suas responsabilidades. Porém pode transparecer aos alunos como um processo difícil em tempo futuro incerto. E para a autora a música pode contribuir para tornar esse ambiente mais alegre e favorável à aprendizagem e assim estimular os alunos pelo prazer que a música oferece. Dessa forma, torna-se relevante fazer uma reflexão acerca de visões reducionistas a respeito dos componentes curriculares e ampliar os horizontes dos sujeitos da aprendizagem que possuem singularidades e particularidades, não vivenciando a aprendizagem de forma isonômica, sendo essencial que o conhecimento possa ser alcançado, de modo a promover circunstâncias exitosas para os indivíduos que estão presentes nesse contexto em sala de aula ou em ambientes externos, mas com o propósito de aprender. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se que o presente estudo atendeu ao objetivo proposto na pesquisa pretendida compreender e expor de forma descritiva por meio da metodologia da revisão bibliográfica, destacou-se que pode-se promover o ensino na disciplina de história utilizando-se como estratégia ou recurso a música para favorecer a aprendizagem de conteúdo previsto no currículo de modo que leve o aluno a despertar o interesse por aprender e reconhecer alternâncias e permanências na vida humana em uma determinada sociedade em locais e tempos distintos. Sendo relevante para o docente dispor de recursos complementares para conduzir o aluno na instigação da pesquisa, como é caso da música no sentido de abrir caminho para o pensamento crítico e favorecer a compreensão de modo mais fácil acerca de fatos que marcaram o passado e bem como interpretar registros iconográficos sonoros. Assim, o docente da disciplina de história pode relacionar conteúdo da disciplina de história com a situação do cotidiano, em que o passado reflete sobre aspectos do presente na vida de uma povo marcado. Abordagem da temática a ser trabalhada com os alunos por meio da música tem o condão de facilitar a interação agradável e participativa dos alunos no contexto que favorece a reflexão, análise e exposição de opiniões por parte destes. Por fim, constata-se que a música representa sim um instrumento com potencial transformador da aprendizagem do aluno do ensino médio. Ressalta- se ainda que por meio desse estudo não houve a intenção de esgotar o assunto apresentado, e que o mesmo permanece em aberto para ser aprofundado em outras oportunidade. REFERÊNCIAS ARMSTRONG, T. Inteligências Múltiplas na sala de aula. 2ª ed., Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. BASABE, Laura; COLLS, Estela. La enseñanza. In: CAMILLONI, Alicia. (Org.). El saber didáctico. Buenos Aires: Paidós, 2010. p. 125-161. In: Dal-ben, Luciana. Educação musical no ensino médio: alguns apontamentos. Música em Perspectiva. V.5 n1. Mar. 2012. P. 37-50. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. BORBA, Emilinha. Tomara que chova. Música. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/emilinha-borba/721778/>. Acesso em: 12/08/2021. BRASIL, Parâmetros curriculares nacionais. Secretaria de educação nacional. história, geografia. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília. MEC/SEF, 166p.1997. BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 5.ed. Trad. Fernando Tomaz. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 2002. In: PARANHOS, A. Rasuras da história: samba, trabalho e Estado novo no ensino de história. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. PUC/SP. Uberlândia. MG. Revista História Hoje. Vol. 6. n.11p. 7-30. 2017. Disponível em: <http://rhhjempush.org/RHHJ/article/view/338/221> Acesso em: 11/11/2021. BRASIL, Lei n.9.394 de 20 de dezembro de 1994. Lei de Diretrizes e Bases da educação. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/.htm>. Acesso em: 12/11/2021. BRASIL. Lei n. 11.769, de 18 de agosto de 2008. Brasília: Diário Oficial da União, ano CXLV, n. 159, de 19/08/2008, Seção 1, p. 1, 2008. CAMARGO, J.S.S.M. Arte e música na base nacional comum curricular. Professora da rede nacional comum curricular. Letras. Campus Campo Mourão. UNESPAR. Maringá. Disponível em:<https://educacaopublica.cecierj.edu.br/ >. Acesso em: 13/11/2021. CETOLLIN, Franciele. Musicando a história e historiando a música em escolas de caixas do sul. Dissertação. Universidade Caxias do Sul. Caxias do Sul. 113p. 2015. Disponível em: <https://www.repositorio.ucs.br>. Acesso em: 10/08/2021. DAVID, Célia Maria. Música e ensino de História uma proposta. Departamento de educação. Ciências sociais e política internacional. Universidade estadual paulista Júlio de Mesquita Filho. Unesp. Franca. SP. 2012. Disponível em: <https://www.acervodigital.unesp.br>. Acesso em: 10/08/2021. FONSECA, S. G. A história na educação brasileira: conteúdos, abordagens e metodologias. Universidade Federal de Uberlândia. Anais do I Seminário nacional: currículo em movimento. Perspectiva atuais. Belo Horizonte. Novembro. 2010. GARDNER, H. Estrutura da mente: A teoria das inteligências Múltiplas. Trad. Sandra Costa. Porto Alegre. Artes Med. 1994. GOES, Priscila Silva. A utilização da Música nas aulas de história com os alunos do 8º ano. V Colóquio Internacional. Educação e Contemporaneidade. 21 a 23 de setembro de 2011. São Cristóvão. SE. Brasil. ISSN 1982-3657. Disponível em:<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br> Acesso em: 10/08/2021. HERMETO, Miriam. SOARES, Olávio Pereira. Música e ensino de história. Dossiê. Junho 2017. Disponível em: <https://rhhj:rhhj.anpurh.org>. Acesso em: 10/08/2021. HUXLEY, Aldous. Admirável Mundo Novo. 21. São Paulo: Editora Globo, 2001 LOUREIRO, Alicia Maria Almeida. O ensino da música na escola fundamental. Campinas, SP. Papirus, 2007. IAZZETTA, Fernando. O que é música (hoje). Fórum Catarinense de Musicoterapia, 1., 2001, Florianópolis. Anais. Florianópolis: Unisul, p. 5-14, 2001. MOREIRA, Huert; MACHADO, Matheus Ferreira. A Música como forte de pesquisa no ensino de história na educação de jovens e adultos em Florianópolis: desafios e possibilidades. Disponível em: https://www.revistas.ufrg.br>. Acesso em: 10/08/2021. MOREIRA, Ans Cláudia; SANTOS, H. A música na sala de aula. A música como recurso didático. Unissanta. Humanistas. Vol. 3 n1, p.41-61. 2014. Disponível em: https://www.google.com>. Acesso em: 12/11/2021. MUNIZ, Alexsandra. A música nas aulas de geografia. Revista de Ensino de Geografia, Uberlândia, v. 3, n. 4, p. 80-94, jan./jun. 2012. ISSN 2179-4510. Disponível em: < http://www.revistaensinogeografia.ig.ufu.br/>. Acesso em: 11/11/2021. PARANHOS, A. Rasuras da história: samba, trabalho e Estado novo no ensino de história. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. PUC/SP. Uberlândia. MG. Revista História Hoje. Vol. 6. n.11p. 7-30. 2017. Disponível em: <http://rhhjempush.org/RHHJ/article/view/338/221> Acesso em: 11/11/2021. PAHLEN, Kurt. História Universal da Música. Tradução A. Della Nina. 5ª ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1965. In: Paula, C.A. A música no ensino médio da escola pública do município de Curitiba: aproximações e proposições a realidade concreta. Curitiba. PR. 2007. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/dezembro2011>. Acesso em: 13/11/2021. RIBAS, Cristina Elena Taborda. O uso da música como fonte histórica no ensino de história. Formação de professores, complexidade e trabalho docente. V seminário Internacional sobre profissionalização docente. SPO. UNESCO. Educere XI Congresso Nacional de Educação. ISSN21761396. 2014. Disponível em: <https://educere.bruc.com.br>. Acesso em: 10/08/2021. RÜSEN, Jörn. Reconstrução do Passado Teoria da História II: os princípios da pesquisa histórica. Trad. Asta-Rose Alcaide e Estevão de Rezende Martins. Brasília. Ed. da UNB, 188p. 2007. Disponível em: <https://ojs.ufgd.edu.br>. Acesso em: 12/08/2021. SANTOS, Rosana de Menezes. O uso da música na prática de ensino de história. Cadernos de graduação. Ciência Humano e sociais. 2014. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br>. Acesso em: 10/08/2021. SANTOS, V. C. O papel do lúdico na inclusão de alunos surdos na educação. Adaptações. 2012 Disponível em < http://www.dfe.uem.br/ .pdf >. Acesso em: 12/11/2021. SILVA, N. B. A escola em “ritmo e poesia”: uma análise do rap estudo errado do rapper Gabriel “o Pensador”. Curso de Licenciatura em Pedagogia. UFAL. Campus Sertão. Delmiro Gouveia. Al. 2019. Disponível em: < http://www.repositorio.ufal.br/.pdf>. Acesso em: 12/11/2021. SILVA, Thays da. Música e ensino de história: uma proposta a partir da música “Modificar” da banda de Ad Fish. Grupo de reflexão docente nº 11. Ensino de História e linguagens artísticas entre perspectivas e práticas, 2020. Disponível em: <https://www.perspectivas2020.abeh.org.br>. Acesso em: 10/08/2021. SNYDERS, G. A escola pode ensinar as alegrias da música? 2. Ed. São Paulo: Cortez, 1994. SILVA, Marcos Antônio da; FONSECA, Selva Guimarães. Ensino de História Hoje: errâncias, conquistas e perdas. History teaching today: wandering gains and loses. Revista Brasileira de História. São Paulo. V. 31 nº 60, p. 13 -33. 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br>. Acesso em: 10/08/2021. SILVA, Fábio Alexandre da. O ensino de história em perspectiva: A aprendizagem histórica no século XXI. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Revista outras fronteiras. Vol. 2, nº 02. Jul/dez. 2018. ISSN2318-5503. p.20. Disponível em: <http://ppghis.com/outrasfronteiras/index.php/ /view/320>. Acesso em: 10/08/2021. RAMALHO, Zé; RAMALHO, Elba. Admirável vida de gado. Música. Disponível em: <http://www.letras.mus.br>. Acesso em: 12/08/2021. TAVARES, M. A. S.; SIMÕES, V. G. P. A formação dos professores do Ensino Fundamental I e o papel da música como recurso pedagógico no processo ensino e aprendizagem. EDUCERE - Revista da Educação, Umuarama, v. 18, n. 2, p. 267-278, jul./dez. 2018. THOMPSON, E. P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. Trad. Rosaura Eichemberg. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. In: PARANHOS, A. Rasuras da história: samba, trabalho e Estado novo no ensino de história. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. PUC/SP. Uberlândia. MG. Revista História Hoje. Vol. 6. n.11p. 7-30. 2017. Disponível em: <http://rhhjempush.org/RHHJ/article/view/338/221> Acesso em: 11/11/2021.