Comportamento do Consumidor

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01.02.22, 15:06 Roteiro de Estudos
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Caro(a) estudante, ao ler este roteiro, você vai:
compreender a importância do comportamento do consumidor;
compreender as principais teorias do comportamento do consumidor;
identi�car as variáveis demográ�cas que in�uenciam o comportamento do consumidor;
identi�car as variáveis sociais e comportamentais que in�uenciam o comportamento do
consumidor;
identi�car algumas tendências mercadológicas que in�uenciam o comportamento do
consumidor.
Introdução
O aumento da competitividade vem demandando, por parte das empresas, maior assertividade
em suas ações. O desa�o é ir ao encontro das expectativas dos consumidores e,
consequentemente, conquistá-los.
Para tal, as empresas precisam, cada vez mais, entender o que e como os consumidores
consomem. Nesse contexto, compreender o comportamento do consumidor vem sendo uma
das principais pautas nos setores de marketing. Assim, estaremos analisando as principais
abordagens no que se refere ao entendimento do comportamento do consumidor.
Comportamento do Consumidor
Roteiro deRoteiro de 
EstudosEstudos
Autora: Dra. Tatiana Souto Maior de Oliveira
Revisora: Ma. Vivian Cristina Konigame
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Comportamento do Consumidor
O estudo do comportamento do consumidor está cada vez mais na pauta dos pro�ssionais da
área de marketing e vem ganhando espaço na estratégia organizacional pelo fato de que, em
um contexto extremamente competitivo, conhecer os consumidores pode representar a chave
para a vantagem competitiva das empresas.
Nesse sentido, a análise do comportamento do consumidor visa identi�car como pessoas,
grupos e organizações selecionam, compram, usam e descartam artigos, serviços, ideias ou
experiências para satisfazer suas necessidades e desejos. Segundo Solomon (2016, p. 6), o
comportamento do consumidor é “o estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou
grupos selecionam, compram, usam ou descartam produtos, serviços, ideias ou experiências
para satisfazerem necessidades e desejos”.
Desse modo, quando as empresas conseguem mapear o per�l de seus consumidores, elas
conseguem alinhar suas estratégias indo ao encontro das expectativas dos consumidores.
Apesar de sua importância, a análise do comportamento do consumidor é uma área bastante
complexa e requer estudo interdisciplinar envolvendo economia, psicologia, antropologia,
sociologia, comunicação, entre outras.  
Por que devemos estudar o comportamento do consumidor? Dentre alguns motivos, porque
ele permite:
aumento nos negócios e diminuição do risco de crises;
desenvolvimento de produtos mais adequados ao público-alvo;
melhoria da imagem da empresa e de sua(s) marca(s);
clientes �éis e de longo prazo (marketing de relacionamento);
visão crítica sobre o próprio consumo e sobre o papel do consumo em nossa sociedade.
Na sequência, serão pontuados alguns itens importantes para a análise do comportamento do
consumidor. Primeiramente, serão estudadas as teorias relacionadas ao comportamento do
consumidor e, depois, serão analisados os fatores que in�uenciam seu comportamento.
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Teorias do Comportamento do
Consumidor
Existem diversos recortes teóricos que podem ser utilizados para se entender o
comportamento do consumidor, e a maioria deles busca equacionar as relações entre as
estruturas psicológicas e a forma como o consumidor efetivamente realiza suas escolhas. Neste
momento, serão analisadas as principais abordagens.
Teorias Racionais do Consumidor
Nessa teoria racional, o consumidor é visto como alguém que tem um comportamento racional
no momento da compra, com foco em custo-benefício. Ele normalmente realiza uma análise
detalhada no momento da compra e não faz compras por impulso.
Levando em conta esse conceito, é importante salientar:
LIVRO
Comportamento do consumidor: vencendo desa�os
Autora: Márcia Regina Banov
Editora: Cengage Learning
Ano: 2017
Comentário: faça a leitura das páginas 6 a 8 do livro indicado.
Nesse texto, podemos perceber a importância do estudo do
comportamento do consumidor para subsidiar o trabalho
estratégico do setor de marketing.
Disponível na Minha Biblioteca.
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Do momento em que aprendemos a andar e falar, somos envolvidos em
comportamentos e consumo diariamente. Quer vamos a uma loja de varejo,
compremos por catálogo ou pela internet, quer mesmo �quemos sentados em
casa tomando o café da manhã, funcionamos como consumidores (AYROSA,
2004, p. 6).
Entender que existem consumidores racionais permite às empresas criar um discurso
apropriado com base em uma lógica racional.
Teoria Social do Consumidor
Essa teoria estuda a relação entre o equilíbrio psicológico do consumidor e o processo de
compra. O pressuposto básico aqui é entender como o processo de consumo ocorre do ponto
de vista psicológico.
O principal teórico dessa abordagem foi Sigmund Freud, um grande estudioso do
comportamento humano. Em sua teoria da personalidade, ele identi�cou três estruturas que
trabalham em conjunto, afetando o processo de compra dos consumidores. De acordo com
ele, existem três níveis de consciência:
ID – consciente: “Ele opera de acordo com o princípio do prazer; isto é, nosso desejo
básico de maximizar o prazer e evitar a dor orienta nosso comportamento” (SOLOMON,
2016, p. 260).
Ego – pré-consciente: “O sistema que serve de mediador entre o ID e o superego. Ele é
basicamente um árbitro na luta entre a tentação e a virtude (SOLOMON, 2016, p. 260).
Superego – inconsciente: “Esse sistema é, em essência, a consciência da pessoa. Ele
internaliza as regras da sociedade (especialmente da forma como nossos pais nos
ensinam) e trabalha para impedir que o ID procure grati�cação egoísta” (SOLOMON, 2016,
p. 260).
Mercadologicamente falando, a estratégia básica é trabalhar em cima do ID, mas não se deve
esquecer do EGO. Ou seja, a partir do momento em que o ID é o componente emocional e
impulsivo de nossa personalidade, é possível, por exemplo, utilizar propaganda com base em
linguagem apelativa, verbal ou não verbal. Entretanto, devemos lembrar que o EGO estará
mediando o que efetivamente a pessoa falar, criando, assim, argumentos que justi�quem
possíveis premissas do EGO, facilitando o consenso interno e direcionando uma tomada de
decisão a favor daquela empresa.
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Teoria Motivacional do Consumidor
Os estudos de Abraham Harold Maslow se concentraram no entendimento das necessidades
das pessoas. A lógica básica é que, a partir do conhecimento das necessidades, é possível criar
estratégias motivacionais que consigam afetar o comportamento das pessoas.
A pirâmide das necessidades é o resultado desses estudos. Nela, Maslow identi�cou cinco
necessidades que permeiam a vida das pessoas; a partir do momento em que se supera um
dos níveis, as pessoas vão almejando outras coisas e subindo nos níveis. Conforme Solomon
(2016, p. 21), “a estrutura hierárquica de Maslow implica que a sequência de desenvolvimento é
�xa; isto é, precisamos atingir determinado nível para ativarmos uma necessidade no nível
superior subsequente”.
As necessidades da pirâmide de Maslow são:
Fisiológicas: são as necessidades relacionadas à sobrevivência e reprodução,
representadas por comida, água, sexo, sono e repouso.
Segurança: relacionadasà segurança e integridade física, estão incluídas neste item
questões como liberdade, segurança contra violência, ausência de poluição.
Sociais: estão relacionadas à necessidade de aceitação e participação, diretamente
relacionadas a questões familiares, amigos, grupos sociais e comunidade.
LIVRO
Comportamento do consumidor: um olhar cientí�co
sobre como e porque consumimos
Autores: Lucas Magalhães de Andrade e Ademir Moreira Bueno
Editora: Pearson
Ano: 2019
Comentário: o livro contribui, por meio da ciência
comportamental, com o entendimento de como o marketing
auxilia as escolhas do consumidor, em seu processo de compra
e na in�uência da marca. Leia atentamente os Capítulos 4 e 5.
Disponível na Biblioteca Virtual.
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Estima: está relacionada à necessidade de reconhecimento, que pode ser por meio da
família, amigos, comunidade ou meio pro�ssional.
Autorrealização: nesse nível, as pessoas buscam por algo mais, algo como um desa�o ou
um entendimento maior de seu eu. Logo, estão nesse item questões relacionadas à
educação, religião, passatempos e crescimento pessoal.
O entendimento da pirâmide das necessidades permite que a empresa adéque o seu portfólio
de produtos a cada segmento de mercado baseado no seu per�l. Segundo Solomon (2016, p.
21):
Os pro�ssionais de marketing adotaram essa perspectiva porque ela especi�ca
(indiretamente) determinados tipos de benefício que as pessoas podem
procurar nos produtos, dependendo de seus diferentes estágios de
desenvolvimento mental ou espiritual ou de sua situação econômica.
LIVRO
Direito do consumidor: contratos, responsabilidade
civil e defesa do consumidor em juízo
Autor: Paulo Roberto Roque Antonio Khouri
Editora: Grupo GEN
Ano: 2013
Comentário: o livro destaca os principais institutos consagrados
no CDC, como a boa-fé objetiva, a lesão enorme, a resolução por
fato superveniente e a desconsideração da pessoa jurídica. O
texto apresenta linguagem didática e de fácil compreensão para
os leitores. A obra traz um conhecimento sistematizado sobre o
direito do consumidor e acentua a importância do Código de
Defesa do Consumidor no sistema legislado brasileiro a partir de
uma descrição histórica da constante evolução do conceito de
contrato.
Disponível na Minha Biblioteca.
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Teoria Comportamental do Consumidor
A teoria comportamental criada por Burrhus Frederic Skinner parte do princípio de que,
quando uma pessoa é submetida a comportamentos repetidos, o indivíduo cria hábitos e
passa, então, a não mais pensar para agir quando submetido a essas mesmas e determinadas
situações. Assim, no condicionamento operante, sempre que um sujeito for submetido à
determinada situação, tende a agir da mesma forma, buscando a recompensa.
Agora, imagine que você esteja criando uma estratégia promocional que periodicamente
associa a compra de um produto a outro: a famosa venda casada. Com base na teoria do
condicionamento operante, com o passar do tempo, você pode deixar de fazer a promoção que
os clientes vão continuar fazendo a associação.
Fatores demográ�cos que
in�uenciam o comportamento do
consumidor
A grande �nalidade da análise do comportamento do consumidor é conseguir identi�car as
características de um determinado grupo de consumidores e, a partir delas, criar estratégias
que sejam mais adequadas a cada uma dessas segmentações. E o começo de tudo é
justamente conseguir segmentar os públicos-alvo da empresa.
Banov (2017, p. 2) explicita:
Estudar o comportamento do consumidor é uma via de mão dupla. Por um
lado, auxilia o pro�ssional de marketing a elaborar estratégias para descobrir
necessidades e desejos dos consumidores para desenvolver produtos que os
atendam, além de auxiliá-los na comunicação de tais produtos. Por outro lado,
oferece condições para que o consumidor possa descobrir os meios usados por
tais pro�ssionais e ser mais consciente no consumo.
O mapeamento demográ�co da população permite que a empresa consiga segmentar a região,
identi�cando assim suas potencialidades mercadológicas.
A grande vantagem do uso de dados demográ�cos é que já existem muitos dados secundários
disponibilizados, o que propicia rapidez no acesso. Outro ponto é que a maioria desses dados
são geogra�camente distribuídos, de modo que se torna fácil analisar o potencial regional para
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cada segmento. Esses dados permitem um mapeamento de forma dinâmica e objetiva de cada
uma das regiões.
Em alguns casos, somente as análises demográ�cas já podem fornecer uma visão
mercadológica signi�cativa. Por exemplo, imagine uma empresa na área de cosméticos focados
em rejuvenescimento: a partir de uma análise demográ�ca, podemos descobrir as regiões que
têm maior concentração de mulheres acima de 40 anos. A partir dos dados secundários,
conseguimos determinar quais regiões são potenciais clientes e assim embasar uma estratégia
de distribuição do produto.
Uma das principais fontes de dados secundários é o IBGE, que possui dados geogra�camente
segmentados. Alguns estados ou cidades possuem segmentações próprias, como é o caso do
Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba – IPPUC.
LIVRO
Direito de Arrependimento nos Contratos de
Consumo
Autor: Alexandre Junqueira Gomide
Editora: Almedina
Ano: 2014
Comentário: o autor demonstra os sérios problemas advindos
do direito de arrependimento e desembaraça controvérsias. A
obra traz soluções para casos em que a jurisprudência brasileira
se mostra dissonante. O livro avalia o Projeto de Lei nº
281/2012, que pretende trazer signi�cantes alterações ao direito
de arrependimento no CDC.
Disponível na Minha Biblioteca.
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Fatores Sociais e
Comportamentais que
In�uenciam o Comportamento
do Consumidor
Normalmente, quando pensamos em marketing, pensamos em como iremos in�uenciar o
consumidor a escolher a nossa oferta. Será que temos tal poder de in�uência? A resposta é
não. Você já parou para pensar que há uma série de fatores preexistentes relacionados a cada
pessoa? Esses fatores podem ser chamados de internos e intrínsecos e, sem dúvida,
in�uenciam o processo de escolha do consumidor. Então, vamos dar uma olhadinha neles.
Percepção, memória, aprendizagem
Quando duas pessoas são expostas a determinados estímulos, cada uma delas pode ter
percepções distintas. Entender esses possíveis posicionamentos é fundamental para que as
estratégias mercadológicas, principalmente as promocionais, sejam efetivas.
Nesse contexto, a percepção pode ser entendida como um processo dinâmico a partir do qual
os indivíduos  percebem as coisas e atribuem signi�cados. Na prática, o processo de percepção
funciona da seguinte maneira: somos expostos a determinados estímulos (propagandas, �lmes,
imagens), percebemos alguns pontos   e atribuímos alguns signi�cados a cada um desses
estímulos.
A grande questão aqui é que existe um processo de seletividade na percepção, quando cada
pessoa se apropria dos signi�cados conforme o seu arcabouço cultural, ou seja, conforme a
sua vivência. Dessa forma, os indivíduos só percebem alguns dos estímulos e o fazem conforme
o seu interesse.
Outro ponto importante é que os estímulos não são absorvidos todos de uma única vez, pois o
indivíduo percebe pedaços dos estímulos e o processo de percepção é cumulativo.
Assim, temos dois grandes pressupostos da percepção:
Exposição seletiva: somos incapazes de perceber todos osestímulos e selecionamos
aqueles que vamos assimilar.
Distorção seletiva: tendência de transformar informações em signi�cados; interpretamos
do jeito que queremos, conforme nossos pré-julgamentos.
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Os processos de memorização e aprendizagem seguem os mesmos parâmetros, uma vez que
memorizamos mais aquilo que tem uma aderência maior ao nosso referencial, e esses itens
são incorporados ao aprendizado do indivíduo.
Fatores Sociais
Por mais que sejamos autônomos, nossas decisões não são totalmente isentas de in�uências.
Vivemos em comunidade e somos in�uenciados por todos os valores e costumes relacionados
a questões sociais e culturais que a permeiam.
Para vivermos em sociedade, devemos nos adaptar a determinados padrões que são impostos;
muitas vezes, esses padrões acabam tendo um grande poder de in�uência em como
consumimos.
LIVRO
Comportamento do consumidor e pesquisa de
mercado
Autor: Cristiano Foggetti
Editora: Pearson
Ano: 2017
Comentário: não basta conhecer apenas o consumidor; é
preciso pesquisar e compreender o mercado no qual a empresa,
a marca, o produto e/ou serviço atuam. Assim, o livro
contribuirá para seus estudos, apresentando e direcionando
abordagens práticas de como as ações e os planejamentos
devem ser realizados para que se possa compreender o que o
consumidor necessita e deseja, com base no que o mercado
demanda. Leia atentamente o Capítulo 1.
Disponível na Biblioteca Virtual.
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É essencial realizar com o consumidor uma avaliação de in�uência durante seu processo de
compra, pois essa compreensão possibilita pensar estratégias de motivação que garantam não
só a compra mas também a �delização desse consumidor. Vale lembrar que tal
comportamento de compra pode apresentar alterações, considerando-se variáveis internas e
externas.
Nesse contexto, podemos perceber uma série de grupos aos quais pertencemos e que acabam
in�uenciando nosso comportamento. Esses grupos são chamados grupos de referência e
podem ser entendidos como um conjunto de indivíduos que interagem entre si durante algum
período de tempo e que compartilham uma necessidade ou um objetivo comum.
Assim, podemos perceber que existem vários grupos de referência, os quais podem interferir
em nosso comportamento; por exemplo, quando frequentamos um determinado grupo de
voluntariado, religioso, de esportes, de networking; todos eles, de certa forma, acabam nos
in�uenciando.
Existem grupos de referência que têm maior poder de in�uência, como a família, que se
constitui no principal grupo de referência primário, pois muito do nosso referencial e do nosso
dia a dia está diretamente relacionado a esse grupo.
Entender o comportamento dos grupos, seus �uxos e papéis internos é algo importante para a
criação de estratégias e abordagens que acabam resultando em uma compra ou no melhor
posicionamento da empresa.
A família é um dos principais grupos de in�uência ao consumidor. Devido a essa proximidade,
ela consegue exercer um forte direcionamento no consumo.
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Fatores Culturais
Toda sociedade é construída com base em uma história e esta traz em suas amarrações uma
série de valores culturais que chegam a determinar o comportamento das pessoas de uma
geração para outra. Um exemplo claro são algumas culturas mais arraigadas, a partir das quais
conseguimos perceber essa in�uência de modo claro, como os japoneses, ucranianos, alemães,
italianos, entre outros. Tal in�uência permeia todo o consumo dessas pessoas. Por exemplo, a
alimentação da cultura japonesa tem um percentual de vegetais muito alto, o que gera um
consumo desses produtos. Já na cultura ucraniana, o pão tem um signi�cado diferenciado,
então vemos que estes fazem grande consumo desse produto e do trigo.
Roberto Senise Lisboa (2001, p. 92) analisa:
A educação do consumidor constitui-se em necessidade básica da
aprendizagem do sujeito de direito, pois todos podem se encontrar, em dada
relação jurídica, como destinatários �nais de produtos e serviços. Para que o
consumidor tenha uma melhor noção do alcance da medida a ser adotada em
determinado caso concreto e obtenha o acesso adequado à justiça, faz-se
imprescindível estimulá-lo a conhecer a natureza e os diversos mecanismos de
consumo, bem como os direitos que ele possui, diante da legislação vigente. E
LIVRO
O comportamento do consumidor: comprando,
possuindo e sendo
Autor: Michael Solomon
Editora: Bookman
Ano: 2016 (páginas 386-391)
Comentário: nesse trecho do livro do Solomon, você entenderá
como funciona o processo de decisão na família, quando,
dependendo da estrutura familiar, cada um exerce um papel e
uma in�uência.
Disponível na Minha Biblioteca.
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não é só. Deve ser melhor educado sobre os elementos que lhe poderão
proporcionar a satisfação de seus interesses.
Do ponto de vista de marketing, entender os processos culturais aos quais as pessoas estão,
consciente ou inconscientemente, amarradas permite a adequação mercadológica. Esse fato é
de extrema importância quando uma empresa pretende expandir suas atividades para outras
áreas. Nem sempre a estratégia utilizada em uma região tem o mesmo resultado em outra. O
conhecimento das questões culturais permite a otimização dessas estratégias.
Tendências Mercadológicas e
Comportamento do Consumidor
O comportamento do consumidor está diretamente relacionado a uma série de variáveis
externas, relacionadas ao entorno onde ele vive. Nesse sentido, percebemos que qualquer
alteração sociocultural pode gerar impacto na forma de pensar e consumir.
Banov (2017, p. 37) veri�ca:
Os fatores extrínsecos são fatores externos que atuam no comportamento do
consumidor e ajudam a identi�car segmentos para que o pro�ssional de
marketing possa estudar, elaborar e desenvolver produtos e estratégias para
cada segmento. Por exemplo, os produtos e as estratégias para casais recém-
casados são diferentes dos oferecidos aos casais que têm �lhos adolescentes.
Nesse sentido, as variáveis demográ�cas se constituem em importantes fontes para avaliar o
comportamento do consumidor, e o setor de gestão de marketing deve estar atento a isso. Os
dados demográ�cos, além de acessíveis, são um modo rápido e com menores custos,
contribuindo no delineamento do per�l do consumidor.
Nesse sentido, as últimas décadas vêm apresentando uma série de mudanças na forma como
as pessoas veem o mundo e, consequentemente, gerando alterações e tendências de
consumo.
Assim, destacamos aqui algumas questões que vêm sendo trabalhadas mundialmente desde
1992 e que começam a gerar efeitos agora.
Em 1992, ocorreu no Rio de Janeiro a primeira conferência das Nações Unidas para tratar da
temática do meio ambiente. De lá para cá, as re�exões evoluíram e, hoje, temos uma visão e
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re�exões centradas não somente nas questões ecológicas, mas no contexto ambiental como
um todo. Podemos perceber esse cenário nos Objetivos do Milênio pontuados na  agenda da
ONU para 2030.
A partir do contexto implantado pela consciência socioambiental, podemos perceber duas
grandes tendências: o comportamento consciente e o surgimento e a exploração de mercados
diferenciados da diversidade da população.
Consumo Consciente
Nossa sociedade está passando por uma sériede mudanças geradas pela percepção da
limitação ambiental. Essa limitação vem sendo diretamente relacionada à forma como
exploramos os recursos naturais e, consequentemente, como os consumimos.
Essas re�exões embasam uma tendência de um novo modelo de consumo baseado em
escolhas conscientes. Seguindo essa linha de raciocínio, o segmento de produtos naturais vem
crescendo vertiginosamente.
Como podemos ver, esse nicho de mercado vai ao encontro de um “novo” consumidor, que
começa a escolher seus produtos e serviços com base não no produto em si, mas considerando
o contexto de produção e seus impactos. O consumo consciente já é um fato e vem permeando
não só os produtos alimentícios, mas também produtos relacionados à saúde, beleza, entre
outros. Essa nova postura gera demandas na área de saúde, produzindo novos modelos na
área médica e de bem-estar.
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Diversidade
Outro re�exo dos objetivos da ONU é a percepção de uma sociedade multicultural. Essa
percepção vem criando uma nova postura mercadológica no sentido de produzir produtos e
serviços que atendam às expectativas de segmentos da população até então relativamente
desconsiderados, como terceira idade, de�cientes, plus size, dentre outros.
LIVRO
Pedagogia do consumo: família, mídia e educação
Autora: Inez Lemos
Editora: Autêntica
Ano: 2016
Comentário: o livro apresenta e discute como a pedagogia do
consumo, dentro da atual sociedade em que vivemos, vem
sendo trabalhada pela mídia e o quanto é capaz de in�uenciar o
comportamento dos indivíduos, levando-os ao consumo, muitas
vezes, de algo não necessário, mas desejado. Leia o Capítulo
Mídias, Consumo, Drogas e Violência.
Disponível na Biblioteca Virtual.
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Conclusão
Quando falamos em comportamento, falamos de pessoas, e os resultados do marketing são
re�etidos justamente nesse comportamento. Por esse motivo, o estudo do comportamento
humano vem sendo o foco de muitas pesquisas.
No passado, o marketing criava ações baseadas no que a empresa achava que era bom, no
máximo em uma visão competitiva frente à concorrência.
Agora, o cenário mudou; o foco é o consumidor. Mais do que isso, a experiência do consumidor
a partir dessa mudança de paradigma, o entendimento de como ele pensa e age, e,
principalmente, os motivos pelos quais ele realiza tudo isso devem ser itens prioritários na
agenda do marketing.
LIVRO
Direito do consumidor: contratos, responsabilidade
civil e defesa do consumidor em juízo
Autor: Paulo Roberto Roque Antonio Khouri
Editora: Grupo GEN
Ano: 2013
Comentário: o livro destaca os principais institutos consagrados
no CDC, como a boa-fé objetiva, a lesão enorme, a resolução por
fato superveniente e a desconsideração da pessoa jurídica. O
texto apresenta linguagem didática e de fácil compreensão para
os leitores. A obra traz um conhecimento sistematizado sobre o
direito do consumidor e acentua a importância do Código de
Defesa do Consumidor no sistema legislativo brasileiro, a partir
de uma descrição histórica da constante evolução do conceito
de contrato.
Disponível na Minha Biblioteca.
01.02.22, 15:06 Roteiro de Estudos
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Para tal, precisamos entender o consumidor enquanto indivíduo, enquanto ser pensante e
como ele decide a partir de seu posicionamento individual. Ou seja, as in�uências internas no
processo de decisão, bem como entender as in�uências externas, principalmente as questões
sociais e culturais.
Referências
ANDRADE, L. M. de; BUENO, A. M. Comportamento do consumidor: um olhar cientí�co sobre
como e porque consumimos. São Paulo: Pearson, 2019.
AYROSA, E. T. Comportamento do consumidor. São Paulo: Thomson, 2004.
BANOV, M. R. Comportamento do consumidor: vencendo desa�os. São Paulo: Cengage
Learning, 2017.
FOGGETTI, C. Comportamento do consumidor e pesquisa de mercado. [S. l.]: Pearson, 2017.
GOMIDE, A. J. Direito de Arrependimento nos Contratos de Consumo. Portugal: Almedina,
2014.
KHOURI, P. R. R. A. Direito do consumidor: contratos, responsabilidade civil e defesa do
consumidor em juízo. São Paulo: GEN, 2013.
LEMOS, I. Pedagogia do consumo: família, mídia e educação. São Paulo: Autêntica, 2016.
LISBOA, R. S. Responsabilidade civil nas relações de consumo. São Paulo: RT, 2001.
ONU BRASIL. Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento
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