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Problema 1Problema 1 - 1. Aclarar sobre a morfofisiologia do Sistema Reprodutor Feminino e Masculino. 2. Abordar o processo da Gametogênese. 3. Discorrer sobre o Eixo Hipotálamo-Hipofisário-Gonadal, com ênfase no Ciclo Menstrual. 4. Descrever as transformações fisiológicas da puberdade e adolescência, identificando as alterações hormonais nesse período. 5. Relacionar as transformações puberais com a sexualidade e a capacidade reprodutiva. 6. Descrever as fases da resposta sexual humana e seus aspectos anatômicos e fisiológicos. 7. Elucidar as mudanças no comportamento afetivo-sexual dos adolescentes na sociedade contemporânea visando prevenir comportamentos de risco. Aclarar sobre a morfofisiologia do Sistema Reprodutor Feminino e Masculino FUNÇÕES REPRODUTIVAS E HORMONAIS MASCULINAS (E FUNÇÃO DA GLÂNDULA PINEAL) TRATADO DE FISIOLOGIA MÉDICA – GUYTON As funções reprodutoras masculinas podem ser divididas em três grandes subdivisões: (1) espermatogênese que significa a formação do espermatozoide; (2) desempenho do ato sexual masculino; e (3) regulação das funções reprodutoras masculinas por vários hormônios. Associados a essas funções reprodutoras estão os efeitos dos hormônios sexuais masculinos sobre os órgãos sexuais acessórios, metabolismo celular, crescimento e outras funções do organismo. ANATOMIA FISIOLÓGICA DOS ÓRGÃOS SEXUAIS MASCULINOS O testículo é formado por túbulos seminíferos (fabricam o espermatozoide) O esperma é despejado no epidídimo canal deferente. Este se alarga e forma a ampola do canal deferente, antes da glândula prostática. O conteúdo da ampola, somado ao das 2 vesículas seminais, passa para o ducto ejaculatório (onde desembocam os ductos prostáticos vindos da glândula prostática), que deságua na uretra interna. A uretra possui muco das glândulas uretrais e bulbouretrais (de Cowper). (A) Sistema reprodutor masculino. (B) Estrutura interna do testículo e relação entre o testículo e o epidídimo. ESPERMATOGÊNESE As células germinativas primordiais migram para os testículos (formação do embrião) e viram espermatogônias. Elas iniciam as divisões mitóticas na puberdade. Ela ocorre nos túbulos seminíferos como resultados do estímulo por hormônios gonadotrópicos que começam aos 13 anos. - (A) Secção transversal de um túbulo seminífero. (B) Estágios de desenvolvimento dos espermatozoides das espermatogônias. Estágios da Espermatogênese Espermatogônia migra entre as células de Sertoli e torna-se mais alargada espermatócitos primários. Divisão Meiótica 2 espermatócitos secundários se dividem espermátides espermatozoides. Divisões celulares durante a espermatogênese. Ao longo do desenvolvimento embriônico, as células germinativas primordiais migram para o testículo, onde elas se tornam espermatogônias. Na puberdade (geralmente entre 12 e 14 anos), as espermatogônias proliferam rapidamente por divisões mitóticas. Algumas iniciam a meiose para tornarem-se - espermatócitos primários e continuam através da divisão meiótica I, tornando-se espermatócitos secundários. Após o término da divisão meiótica II, os espermatócitos secundários produzem as espermátides, que se diferenciam formando os espermatozoides. Dos 46 cromossomos, 23 vão para uma espermátide e 23 para outra. Cada uma carrega um cromossomo que determina o sexo da prole: X – esperma feminino / Y – esperma masculino. A espermiogênese ocorre por alongamento da espermátide. Cada espermatozoide terá uma CABEÇA (núcleo, membrana plasmática e citoplasma) e uma CAUDA (flagelo composto por: esqueleto central de microtúbulos, ou axonema, membrana celular recobrindo-o, mitocôndrias na porção proximal do axonema – o corpo da cauda). Além disso, há o acrossomo, formado principalmente pelo Aparelho de Golgi e contém enzimas proteolíticas (podem digerir proteínas) e hialuronidase (permitem penetração no óvulo). Estrutura do espermatozoide humano. Fatores Hormonais que Estimulam a Espermatogênese − Testosterona: secretada pelas células de Leydig, no interstício do testículo – crescimento e divisão das células germinativas testiculares. − LH (Hormônio Luteinizante): estimula células de Leydig a secretar testosterona. − FSH (Hormônio Folículo Estimulante): estimula células de Sertoli, indispensáveis para a espermiogênese. − Estrógenos: formados a partir da testosterona nas células de Sertoli, essenciais para a espermiogênese. − GH: é necessário para controlar as funções metabólicas basais dos testículos. O GH promove a divisão precoce da espermatogônia (ausência = infertilidade). Maturação do Espermatozoide no Epidídimo • Secretada pelas células de Leydig. • Crescimento e divisão das células germinais.Testosterona • Secretada pela adeno-hipófise. • Estimula as células de Leydig a secretarem testosterona.LH • Secretada pela adeno-hipófise. • Estimula as células de Sertoli, atuando na espermiogênese.FSH • Formada a partir da testosterona nas células de Sertoli.Estrogênios • Controle das funções metabólicas dos testículos. • Divisão inicial das espermatogônias.GH - Quando entra, não é móvel e não pode fertilizar. Desenvolve capacidade de mobilidade após horas, mas permanece inibido por proteínas inibitórias até depois da ejaculação. A secreção seminal é composta por substâncias como: frutose, ácido cítrico, prostaglandinas e fibrinogênio. A secreção prostática é composta por: cálcio, íon citrato, íon fosfato, enzima de coagulação e fibrinolisina. Estocagem do Espermatozoide nos Testículos Pouco no epidídimo e maioria no ducto deferente. São mantidos no estado inativo por muito tempo (podem permanecer armazenados, mantendo a sua fertilidade, por pelo menos um mês – nesse período, são reprimidos por múltiplas substâncias inibitórias, presentes nas secreções dos ductos). Após ejaculação maturam, tornando-se móveis e “fertilizantes”. Essa maturação é auxiliada pelo líquido nutriente da célula de Sertoli e epitélio do epidídimo, contendo hormônios, nutrientes, enzimas etc. Fisiologia do Espermatozoide Maduro Aumenta a atividade em meio neutro ou ligeiramente alcalino (sêmen) e em altas temperaturas. Deprime-se no meio ácido e tem sua vida reduzida também pela alta temperatura. Ou seja, sobrevive pouco tempo no trato genital feminino. Função das Vesículas Seminais Secreta material mucoso com frutose, ácido cítrico, substâncias nutritivas, prostaglandinas e fibrinogênio. Aumenta o volume do sêmen. As prostaglandinas auxiliam na fertilidade (reage com o muco cervical feminino, tornando-o mais receptivo, e induzindo contrações peristálticas reversas no útero e trompas, movendo os espermatozoides). É o último líquido a ser ejaculado e serve para impulsionar os espermatozoides pelo ducto ejaculatório e uretra. Função da Próstata Secreta líquido fino, leitoso, com cálcio, íon citrato, íons fosfato, uma enzima de coagulação e uma pró- fibrolisina. A cápsula da próstata se contrai, eliminando o líquido no canal deferente. Ele é levemente alcalino para neutralizar a acidez do canal, dos outros líquidos seminais e das secreções vaginais. A enzima coaguladora faz com que o fibrinogênio forme um coágulo de fibrina que segura o sêmen nas regiões profundas da vagina. O coágulo é dissolvido pela fibrinosina e o espermatozoide desenvolve mobilidade. Sêmen Ejaculado no ato sexual, composto de espermatozoide (10%), líquido das vesículas seminais (60%), próstata (30%) e das glândulas mucosas. O pH é 7,5 e a aparência leitosa deve-se ao líquido prostático, assim como a consistência, aos líquidos seminais e das glândulas mucosas. − Composição do Sêmen: ✓ 10% espermatozoides e fluídos dos canais deferentes; ✓ 60% fluído seminal; ✓ 30% fluído prostático; ✓ Pequenas quantidades de fluído das glândulas bulbo-uretrais. “Capacitação” do Espermatozoide é Necessária para a Fertilização doÓvulo − Mudanças que Ativam o Espermatozoide, permitindo a Fertilização: ✓ Líquidos das Trompas de Falópio e Útero arrastam os fatores inibitórios que suprimem a atividade do espermatozoide. ✓ Ao mover-se para cima na cavidade uterina afastam-se das vesículas de colesterol. Elas são presentes nos túbulos seminíferos e adicionam colesterol à membrana do acrossomo, fortalecendo-a. Quando esse colesterol é perdido, a membrana da cabeça torna-se mais fraca. ✓ Membrana dos espermatozoides torna-se mais permeável ao cálcio, aumentando a atividade do flagelo e promovendo liberação das enzimas do acrossomo. O cálcio entra no espermatozoide em abundância, mudando a atividade do flagelo, dando a ele um potente movimento de chicote, ao contrário de seu movimento prévio ondulante e fraco. - Enzimas do Acrossomo, “Reação do Acrossomo” e Penetração do Óvulo A hialuronidase despolimeriza os polímeros de ácido hialurônico no cimento intercelular que junta as células granulosas ovarianas. Já as enzimas proteolíticas digerem proteínas estruturais. fertilização: o esperma dissolve a camada granulosa para alcançar a zona pelúcida. Nessa, o espermatozoide liga-se a proteínas receptoras e libera enzimas pela dissolução do acrossomo. A cabeça entra e as membranas se fundem. O material genético se combina. Por que Somente Um Espermatozoide Penetra o Oócito? Após ter penetrado, cálcio difunde-se para dentro e libera, por exocitose, grânulos corticais do oócito para o espaço perivitelínico, permeando a zona pelúcida e impedindo a ligação de espermatozoide adicional. Espermatozoides anormais inférteis, comparados com um espermatozoide normal à direita. ATO SEXUAL MASCULINO Estímulo Neuronal para o Desempenho do Ato Sexual Masculino A massagem da glande do pênis estimula o sistema de órgão terminal sensorial sinais sensoriais pelo nervo pudendo plexo sacral região sacral da medula espinhal cérebro. A função cerebral não é necessária, já que o ato sexual é resultado de mecanismos reflexos inerentes integrados na medula sacral e lombar. Também podem vir de áreas adjacentes (epitélio anal, saco escrotal, estruturas perineais) ou de estruturas internas (uretra, bexiga, próstata, vesícula seminal, testículo e canal deferente), já que uma das causas do impulso sexual é o preenchimento dos órgãos sexuais com secreções. Estímulos psíquicos podem ou a habilidade do ato sexual (pensamentos ou sonhos – emissões noturnas). Estágios do Ato Sexual Masculino 1. Ereção Peniana (Parassimpático) Proporcional à estimulação. Impulsos da região sacral da medula nervos pélvicos pênis. Fibras liberam, além de acetilcolina, óxido nítrico, que relaxa artérias penianas e as trabéculas no TECIDO ERÉTIL dos corpos cavernosos e esponjosos. Esses sinusóides sem sangue permitem que o fluxo arterial flua, e as veias são parcialmente ocluídas. A camada fibrosa espessa mantém uma pressão, e o pênis se torna duro e alongado. 2. Lubrificação (Parassimpático) Secreção mucosa pelas glândulas uretrais e bulbouretrais que flui pela uretra. Porém, a maior parte da lubrificação é pela mulher. O intercurso não lubrificado produz sensação de dor e irritação, a excitação sexual. Orgasmo Masculino (Simpático): estímulo sexual muito intenso centros reflexos da medula plexos nervos hipogástrico e pélvico órgãos genitais inicia a emissão. 3. Emissão Contração do canal deferente e ampola, da camada muscular da próstata, das vesículas seminais força espermatozoide para frente. Líquidos se misturam na uretra interna com o muco das glândulas = SÊMEN. 4. Ejaculação - Enchimento da uretra interna sinais sensoriais pelos nervos pudendos região sacral da medula sensação de plenitude e contrações rítmicas dos órgãos genitais internos e músculos contração da base do tecido erétil ejaculação. Ao mesmo tempo, contrações dos músculos pélvicos causam a propulsão do pênis e da pélvis, propelindo o sêmen para dentro dos recessos mais profundos da vagina. 5. Resolução Excitação sexual desaparece e a ereção cessa (1 a 2 minutos). Tecido erétil do pênis. TESTOSTERONA E OUTROS HORMÔNIOS MASCULINOS Secreção, Metabolismo e Química dos Hormônios Sexuais Masculinos Os testículos secretam androgênios (testosterona, di-hidrotestosterona e androstenediona). A testosterona é formada pelas células intersticiais de Leydig. São inexistentes na infância e elevados no recém-nascido e adultos. Podem ser secretados em menor quantidade por outros locais (adrenais e ovários) e formam-se a partir do colesterol ou da Acetil-CoA. A testosterona liga-se pouco a albumina e bastante à globulina ligada ao hormônio sexual. Nos tecidos pode ser convertida em di-hidrotestosterona, já que algumas ações dependem dessa conversão. O restante é convertido rapidamente em androsterona e desidroepiandrosterona, conjugada com glicuronídeos ou sulfatos. É eliminada no intestino ou na urina. Há diminuição da formação de estrogênio, mas tem aumento na concentração de líquido dos túbulos seminíferos e formação no fígado de androstanediol a partir da testosterona. Células intersticiais de Leydig, as células que secretam testosterona, localizadas nos interstícios entre os túbulos seminíferos. Funções da Testosterona − Funções da Testosterona Durante o Desenvolvimento Fetal Os testículos são estimulados pela gonadotrofina coriônica a produzir quantidades moderadas de testosterona. Na 7ª semana, o cromossomo Y estimula a secreção de testosterona pela saliência genital recém-desenvolvida e, posteriormente, pelos testículos fetais induz a formação do pênis, saco escrotal e dos órgãos genitais masculinos, suprimindo a dos femininos. Além disso, estimula a descida dos testículos para o saco escrotal. - Os diferentes estágios da função sexual masculina, refletidos pelas concentrações médias de testosterona plasmática (linha vermelha) e pela produção de espermatozoides (linha azul) em diferentes idades. − Efeito da Testosterona na Descida dos Testículos Os testículos geralmente descem para o saco escrotal durante os últimos 2 a 3 meses de gestação, quando começam a secretar quantidades razoáveis de testosterona. Se um menino nasce com os testículos normais, mas que não desceram para o saco escrotal, a administração de testosterona frequentemente faz com que eles desçam do modo habitual, caso os canais inguinais sejam suficientemente largos para permitir a passagem dos testículos. A administração de hormônios gonadotrópicos que estimulam as células de Leydig dos testículos do menino recém-nascido a produzir testosterona pode também induzir a descida dos testículos. Assim, o estímulo para a descida dos testículos é a testosterona, indicando, mais uma vez, que a testosterona é hormônio importante para o desenvolvimento sexual masculino, durante a vida fetal. − Efeito da Testosterona sobre o Desenvolvimento das Características Sexuais Adultas Primárias e Secundárias ✓ Formação de Pelos: sobre o púbis, ao longo da linha alba, face, tórax e menos frequente em outras partes, como costas. Os pelos de outras partes ficam mais abundantes. ✓ Calvície: reduz o crescimento de cabelos no topo da cabeça. Porém, é resultado da herança genética e, sobreposta a ela, da grande quantidade de hormônios androgênicos. ✓ Voz: produz hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe. ✓ Aumento da Espessura da Pele e Acne: também rigidez dos tecidos subcutâneos, além da taxa de secreção das glândulas sebáceas do corpo. Adolescência (adaptação aos níveis do hormônio). ✓ Aumento da Formação de Proteínas: desenvolvimento da musculatura após a puberdade. Esse anabolismo proteico interfere na pele e na voz. ✓ Aumento da Matriz Óssea/Retenção de Cálcio: ossos crescem mais espessos e depositam quantidades adicionais de sais de cálcio, aumentando amatriz óssea. Tem efeito específico na pelve: estreita a passagem, alonga-a, forma afunilada e aumenta a força para suportar pesos. A altura fica menor do que em homens castrados (epífise se une com a parte longe precocemente). ✓ Aumento do Metabolismo Basal: pelo anabolismo proteico ( enzimas), o que aumenta atividade celular. ✓ Aumento do Número de Hemácias: pelo aumento da taxa metabólica. ✓ Efeito sobre o Equilíbrio Hídrico e Eletrolítico: reabsorção de Na+ nos túbulos distais, volemia e LEC (Líquido Extracelular). - Mecanismo Intracelular Básico de Ação da Testosterona Um dos órgãos mais afetados é a próstata. A testosterona entra nas células prostáticas, onde é convertida pela 5α-redutase em di-hidrotestosterona, que se liga à proteína receptora. O complexo migra para núcleo, se liga a proteína nuclear e induz a transcrição do DNA. Consequentemente, há aumento da síntese de proteínas. Também há aumento de DNA e células prostáticas. Há efeito no anabolismo de proteínas em todo o corpo, mais das proteínas das características masculinas. Controle das Funções Sexuais pelos Hormônios Hipotalâmicos e da Hipófise Anterior O controle começa com o hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) pelos neurônios do núcleo arqueado do hipotálamo. Ele estimula a hipófise anterior a secretar 2 hormônios gonadotrópifos: hormônio luteinizante (LH), que estimula a secreção de testosterona, e hormônio folículo-estimulante (FSH), que estimula a espermatogênese. − GnRH: a intensidade do estímulo é determinada pela frequência do ciclo de secreção e pela quantidade de GnRH liberado em cada ciclo. Hormônio liberador de LH. − LH: secreção cíclica, acompanha o padrão de GnRH. Secretado pelas gonadotropos, assim como FSH. Ambos são glicoproteínas e agem sobre tecidos-alvo com o sistema de segundo mensageiro (AMPc). − FSH: regulado ligeiramente pelas flutuações em GnRH e muda seu padrão em resposta as alterações a longo prazo de GnRH. − Testosterona: as células intersticiais testiculares, na infância, evoluem para células de Leydig funcionais pelo LH. Ele também estimula essas células maduras a produzirem testosterona. Inibição da Secreção de LH e FSH da Hipófise Anterior pela Testosterona – Controle por Feedback Negativo da Secreção de Testosterona A testosterona inibe a secreção de LH, por efeito direto no hipotálamo, GnRH LH, FSH e testosterona. Regulação da Espermatogênese pelo FSH e pela Testosterona FSH liga-se a receptores nas células de Sertoli nos túbulos seminíferos. Elas crescem e secretam substâncias espermatogênicas. A testosterona, que se difunde para os túbulos, também estimula a espermatogênese. • Aumento do tamanho do pênis, escroto e testículos.Órgãos Seuxais • Crescimento de pilosidade no púbis, linha branca, face, peito e, ratamente, ainda em outras regiões.Distribuição Pilosa • Hipertrofia da muscosa laríngea e aumento do tamanho da laringe.Voz •Aumento da espessura da pele. •Aumento da atividade secretora das glândulas sebáceas. Pele •Aumento da musculatura e da síntese proteica.Músculos •Aumento da matriz óssea e da retenção de cálcio. •União das epífises com as diáfises nos ossos longos. Óssos •Aumento da taxa metabólica basal.Metabolismo Basal •Aumento da eritropoiese.Eritrócitos •Aumento da reabsorção de sódio nos túbulos renais.Água e Eletrólitos - Papel da Inibina no Controle da Atividade dos Túbulos Seminíferos por Feedback Negativo Quando aumenta a produção de espermatozoide, o FSH diminui. Isso ocorre porque as células de Sertoli também produzem o hormônio inibina, que atua diretamente na hipófise anterior, inibindo-a, além do efeito discreto no hipotálamo. Opera simultaneamente e em paralelo com a testosterona. Fatores Psicológicos Sistema límbico do cérebro pode afetar a secreção de GnRH pelo hipotálamo. A Gonadotropina Coriônica Humana Secretada pela Placenta Durante aa Gravidez Estimula a Secreção de Testosterona pelos Testículos Fetais É secretada pela placenta e, se o bebê for homem, estimula a produção de testosterona pelos testículos, promovendo a formação dos órgãos sexuais masculinos. Puberdade e Regulação de seu Início Durante a infância o hipotálamo não secreta quantidades significativas de GnRH. Parece que qualquer hormônio esteroidal inibe essa secreção. Na puberdade a secreção de GnRH supera a inibição infantil. Climatério Masculino Os hormônios gonadotrópicos são produzidos para o resto da vida e, pelo menos, alguma espermatogênese continua até a morte. A diminuição das funções sexuais começa aos 40-50 anos e as relações devem terminar aos 68 anos, em média. Esse declínio é pela redução de testosterona e associa-se a ondas de calor, sufocação e distúrbios psíquicos, como a menopausa. Regulação por feedback negativo do eixo hipotálamo-hipófise-testículo nos homens. Efeitos estimulatórios são representados por (+) e efeitos inibitórios por feedback negativo são representados por (−). FSH, hormônio folículo- estimulante; GnRH, hormônio liberador de gonadotropina; LH, hormônio luteinizante. - FISIOLOGIA FEMININA ANTES DA GRAVIDEZ E HORMÔNIOS FEMININOS TRATADO DE FISIOLOGIA MÉDICA – GUYTON As funções reprodutivas femininas podem ser divididas em duas fases principais: (1) a preparação do corpo da mulher para a concepção e a gravidez e (2) o período da gravidez em si. ANATOMIA FISIOLÓGICA DOS ÓRGÃOS SEXUAIS FEMININOS Óvulos nos ovários (dentro do folículo) cavidade abdominal fímbrias e trompas de falópio útero. Na Vida Fetal: óvulos primordiais se diferenciam do epitélio germinativo (recobre o ovário) e migram para a substância do córtex. Cada óvulo reúne em torno células do estroma ovariano que se tornam granulosas. Com uma camada delas forma o folículo primordial (imaturo). Precisa de mais 2 divisões para poder ser fecundado. Nasce como oócito primário. Órgãos reprodutores femininos. SISTEMA HORMONAL FEMININO − Hormônio Hipotalâmico: Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) − Hormônios Sexuais Hipofisários: LH e FSH − Hormônio Ovarianos: estrogênio e progesterona Esses diversos hormônios são secretados com intensidades drasticamente diferentes, durante as diferentes partes do ciclo sexual feminino mensal. A quantidade de GnRH liberada pelo hipotálamo aumenta e diminui de modo bem menos drástico durante o ciclo sexual mensal. Esse hormônio e secretado em pulsos curtos, em média uma vez a cada 90 minutos, como ocorre nos homens. Estruturas internas do útero, ovário e de uma trompa uterina. CICLO OVARIANO MENSAL: FUNÇÃO DOS HORMÔNIOS GONADOTRÓPICOS - O padrão rítmico nas taxas de secreção dos hormônios é chamado de ciclo sexual mensal feminino (ciclo menstrual). Dura em média 28 dias, no qual um óvulo é liberado dos ovários e o endométrio uterino é preparado com antecedência para a implantação do óvulo. Hormônios Gonadotrópicos e seus Efeitos nos Ovários As mudanças dependem inteiramente de FSH e LH. Ambos se combinam com receptores nas membranas das células-alvo, ativando o sistema de 2º mensageiro (AMPc) forma proteína quinase fosforilações de enzimas-chave síntese de hormônios sexuais, crescimento e proliferação das células. Concentrações plasmáticas aproximadas de gonadotropinas e hormônios ovarianos durante o ciclo sexual feminino normal. FSH, hormônio folículo-estimulante; LH, hormônio luteinizante. Crescimento do Folículo Ovariano – Fase “Folicular” do Ciclo Ovariano Quando nasce uma menina, o óvulo é chamado de folículo primordial. Na infância, as células granulosas nutrem o óvulo e secretam o fator inibidor da maturação do oócito. Começa secreção de FSH e LH: − Crescimento moderado do óvulo e de outras camadas granulosas – folículos primários. − FSH (precede o LH) causa crescimento acelerado de 6 a 12 folículos primários/mês proliferação das célulasgranulosas (novas camadas) e formação da teca (células fusiformes do interstício se agrupam), que se divide em teca interna (características das células granulosas e secreção de hormônios) e teca externa (cápsula de tecido conjuntivo altamente vascularizada). − As células granulosas secretam líquido folicular, contendo estrogênio. O acúmulo forma o antro, dentro da massa de células. − Estrogênio: aumenta receptores de FSH (feedback positivo). FSH e Estrogênio formação de receptores de LH, estimulando sua secreção e, consequentemente, a secreção do folículo. Estrogênio e LH proliferação das células tecais foliculares e sua secreção folículos vesiculares (óvulo incrustado em um pólo do folículo) − Uma semana após o início do crescimento um dos folículos cresce mais. O resto involui (atresia) tornando-se atrésicos. Isso ocorre porque aumenta o estrogênio, do folículo mais rápido, deprime a secreção de FSH, impedindo o crescimento dos outros. Ele continua por mecanismos de feedback intrínsecos folículo maduro. − Dois dias antes da ovulação: LH e FSH rápida dilatação do folículo. O LH ainda converte as células granulosas e tecais em secretoras de progesterona. O estrogênio começa a cair e a progesterona aumenta. − A teca externa começa a liberar enzimas proteolíticas dos lisossomos, dissolvendo a parede capsular (enfraquece, dilata e degenera o estigma). Simultaneamente há crescimento rápido de novos vasos na parede e secreção de prostaglandinas (vasodilatador) transudação do plasma para o folículo dilatação. Ovulação Se dá no 14º dia (ciclo de 28 dias) após o início da menstruação. A parede externa do folículo incha e o estigma (no centro da cápsula) projeta-se e rompe-se, deixando o líquido central do folículo vazar. Ele carrega o óvulo cercado por células granulosas (coroa radiada). O LH é necessário para o crescimento folicular final e para a ovulação. Sem esse hormônio, até mesmo quando grandes quantidades de FSH estão disponíveis, o folículo não progredirá ao estágio de ovulação. Cerca de 2 dias antes da ovulação, a secreção de LH pela hipófise anterior aumenta bastante, por seis a 10 vezes e com pico em torno de 16 horas antes da ovulação. O FSH também aumenta por cerca de duas a três vezes ao mesmo - tempo, e FSH e LH agem sinergicamente causando a rápida dilatação do folículo, durante os últimos dias antes da ovulação. O LH tem ainda efeito específico nas células da granulosa e tecais, convertendo-as, principalmente, em células secretoras de progesterona. Portanto, a secreção de estrogênio começa a cair cerca de 1 dia antes da ovulação, enquanto quantidades cada vez maiores de progesterona começam a ser secretadas. É nesse ambiente de (1) crescimento rápido do folículo, (2) menor secreção de estrogênio após fase prolongada de sua secreção excessiva e (3) início da secreção de progesterona que ocorre a ovulação. Sem o pico pré-ovulatório inicial do LH, a ovulação não ocorreria. Estágios do crescimento folicular no ovário, mostrando também a formação do corpo lúteo. Mecanismo postulado da ovulação. Corpo Lúteo – Fase “Lútea” do Ciclo Ovariano As células granulosas e tecais internas remanescentes viram células luteínicas. Aumentam e aderem inclusões lipídicas (luteinização), tornando-se o corpo lúteo. As células granulosas desenvolvem REL, produzindo estrogênio e progesterona (+), e convertem androstenediona e testosterona (produzidos pelas células tecais) nesses hormônios. A luteinização depende do LH e da extrusão do óvulo do folículo. O fator inibidor da luteinização parece controlar o processo (no líquido folicular). As células luteínicas recém-formadas seguem: proliferação, aumento, secreção, degeneração (em 12 dias). O estrogênio e a progesterona têm efeitos de feedback potentes, deprimindo a secreção de FSH e LH. Além disso, essas células secretam inibina, que inibe a secreção da hipófise anterior, especialmente de FSH. Isso faz com que o corpo lúteo se degenere completamente (involução), por volta do 26º dia do ciclo. A parada súbita de produção de estrogênio, progesterona e inibina remove a inibição da hipófise, permitindo secreção de FSH e LH novo ciclo. Células da Granulosa produzem progesterona e estrogênio (pouco). Células da Teca produzem androstenediona e testosterona. - RESUMO FSH proliferação das células líquido folicular (estrogênio) FSH FSH + Estrogênio LH células granulosas e tecais Progesterona ovulação. Células Granulosas e Tecais células luteínicas Estrogênio e Progesterona FSH e LH degenera corpo lúteo Estrogênio, Progesterona e Inibina FSH e LH novo ciclo. FUNÇÃO DOS HORMÔNIOS OVARIANOS – ESTRADIOL E PROGESTERONA Os dois tipos de hormônios sexuais ovarianos são os estrogênios e as progestinas. Sem dúvida, o mais importante dos estrogênios é o hormônio estradiol e a mais importante das progestinas é a progesterona. Os estrogênios promovem essencialmente a proliferação e o crescimento de células específicas no corpo, responsáveis pelo desenvolvimento da maioria das características sexuais secundárias da mulher. As progestinas atuam, basicamente, preparando o útero para a gravidez e as mamas para a lactação. Química dos Hormônios Sexuais − Estrogênios: secretados pelos ovários (pouco pelas adrenais). 3 tipos: β-estradiol (principal, no ovário), estrona (tecidos periféricos, a partir de androgênios das adrenais) e estriol (conversão de estradiol e estrona) − Progestinas: progesterona e 17-α-hidroxiprogesterona. Secretada pelo corpo lúteo (1/2 final do ciclo). Síntese: esteroides, nos ovários, a partir do colesterol ou por acetil-CoA. Progesterona e testosterona são sintetizadas, mas na fase folicular são convertidos a estrogênios pelas células granulosas. Na fase lútea, há maior formação de progesterona do que conversão, aumenta sua concentração no sangue. Transporte: ligados a proteínas plasmáticas (albumina ou globulinas de ligação específicas a estrogênio e progesterona). Ligação fraca o bastante para que sejam rapidamente liberadas. Degradação: ocorre no fígado. Os estrogênios formam conjugados (glicuronídeos e sulfatos) que são excretados na bile ou na urina. Além disso, o estradiol e estrona são convertidos a estriol (“impotente”). Já a progesterona degrada-se em outros esteroides sem função. O principal é pregnanediol = 10% na urina. Interação de células da teca folicular e da granulosa para produção de estrogênio. As células da teca, sob controle de hormônio luteinizante (LH), produzem androgênio que difunde para as células da granulosa. Em folículos maduros, o hormônio folículo estimulante (FSH) age nas células da granulosa para estimular a atividade da aromatase, que converte androgênio em estrogênio. AC, adenilato ciclase; ATP, trifosfato de adenosina; AMPc, monofosfato cíclico de adenosina; LDL, lipoproteínas de baixa densidade. - Síntese dos principais hormônios femininos. FUNÇÕES DOS ESTROGÊNIOS – SEUS EFEITOS SOBRE AS CARACTERÍSTICAS SEXUAIS FEMININAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS Efeito os Estrogênios sobre o Útero e os Órgãos Sexuais Femininos Externos Órgãos sexuais mudam de criança para adulto – ovários, trompas, útero, vagina, pequenos lábios e genitália externa aumentam de tamanho. A genitália externa acumula gordura no monte pubiano e nos grandes lábios, e aumento dos pequenos lábios. Os estrogênios alteram o epitélio cuboide vaginal para estratificado (maior resistência). Provocam, ainda, a proliferação do estroma endotelial (promovem a nutrição do óvulo). Efeitos dos Estrogênios sobre as Trompas de Falópio Tecidos glandulares do revestimento mucoso se proliferam, além do número e atividade das células ciliadas. Efeito dos Estrogênios sobre as Mamas Promovem o crescimento do sistema de ductos, depósito de gordura e desenvolvimento do estroma e de lóbulos e alvéolos(progesterona e prolactina atuam na função final). Os lóbulos e alvéolos das mamas se desenvolvem até certo ponto sob a influência apenas dos estrogênios, mas é a progesterona e a prolactina que determinam o crescimento e a função final dessas estruturas. Em suma, os estrogênios dão início ao crescimento das mamas e do aparato produtor de leite. Eles são ainda responsáveis pelo crescimento e pela aparência externa característicos da mama feminina adulta. Entretanto, não finalizam a tarefa de converter a mama em órgãos produtores de leite. Efeito dos Estrogênios Sobre o Esqueleto Os estrogênios inibem a atividade osteoclástica nos ossos e, portanto, estimulam o crescimento ósseo. Pelo menos parte desse efeito é devido à estimulação de osteoprotegerina, também chamada de fator inibitório osteoclastogênese, citocina que inibe a reabsorção óssea. Na puberdade, quando a mulher entra em seus anos reprodutivos, seu crescimento em altura torna-se rápido durante muitos anos. Entretanto, os estrogênios têm outro efeito potente sobre o crescimento esquelético: causam a união das epífises com a haste dos ossos longos. Esse efeito do estrogênio na mulher é bem mais forte do que o efeito semelhante da testosterona no homem. Consequentemente, o crescimento da mulher geralmente cessa muitos anos antes do crescimento do homem. A mulher eunuca, desprovida da produção de estrogênio, geralmente cresce muitos centímetros a mais do que a mulher normal madura, porque suas epífises não se uniram no tempo normal. Osteoporose dos Ossos Causada por Deficiência de Estrogênio na Velhice - Depois da menopausa, quase nenhum estrogênio é secretado pelos ovários. Essa deficiência leva a (1) maior atividade osteoclástica nos ossos, (2) diminuição da matriz óssea e (3) menos depósito de cálcio e fosfato ósseos. Em algumas mulheres, esse efeito é extremamente grave e a condição resultante é a osteoporose. Na medida em que a osteoporose pode enfraquecer muito os ossos e levar a fraturas ósseas, especialmente fratura das vértebras, muitas mulheres na pós-menopausa são tratadas profilaticamente com reposição de estrogênio para prevenir os efeitos osteoporóticos. Os Estrogênios Aumentam Ligeiramente o Depósito de Proteínas Os estrogênios causam leve aumento da proteína corporal total, evidenciado por ligeiro balanço nitrogenado positivo, quando estrogênios são administrados. Tal fato resulta, essencialmente, do efeito promotor do crescimento do estrogênio sobre os órgãos sexuais, ossos e alguns poucos tecidos do corpo. O maior depósito de proteínas causado pela testosterona é bem mais geral e muitas vezes mais potente do que o causado pelos estrogênios. Os Estrogênios Aumentam o Metabolismo Corporal e o Depósito de Gordura Os estrogênios aumentam ligeiramente o metabolismo de todo o corpo, mas apenas cerca de um terço a mais que o aumento causado pelo hormônio sexual masculino testosterona. Causam também depósito de quantidades maiores de gordura nos tecidos subcutâneos. Consequentemente, a porcentagem de gordura corporal no corpo da mulher é consideravelmente maior do que no corpo do homem, que contém mais proteína. Além do depósito de gordura, nas mamas e nos tecidos subcutâneos, os estrogênios causam depósito de gordura nos glúteos e nas coxas, o que é característico da aparência feminina. Os Estrogênios Têm Pouco Efeito Sobre a Distribuição Pilosa Os estrogênios não afetam muito a distribuição de pelos. Entretanto, os pelos efetivamente se desenvolvem na região pubiana e nas axilas, após a puberdade. Os androgênios formados em quantidades crescentes pelas glândulas adrenais femininas, após a puberdade, são os principais responsáveis por isso. Efeito dos Estrogênios Sobre a Pele Os estrogênios fazem com que a pele desenvolva textura macia e normalmente lisa, mas mesmo assim a pele da mulher é mais espessa que a da criança ou da mulher castrada. Além disso, os estrogênios fazem com que a pele se torne mais vascularizada, o que muitas vezes está associado à pele mais quente, promovendo também maior sangramento nos cortes superficiais do que se observa nos homens. Efeito dos Estrogênios Sobre o Balanço Eletrolítico A semelhança química entre hormônios estrogênicos e hormônios adrenocorticais já foi apontada. Os estrogênios, assim como a aldosterona e alguns outros hormônios adrenocorticais, causam retenção de sódio e água nos túbulos renais. Esse efeito dos estrogênios é, nas condições normais, brando, e só raramente tem significância, mas durante a gravidez a enorme formação de estrogênios pela placenta pode contribuir para a retenção de líquidos no corpo FUNÇÕES DA PROGESTERONA A Progesterona Promove Alterações Secretórias no Útero Sem dúvida, a função mais importante da progesterona é a de promover alterações secretórias no endométrio uterino, durante a última metade do ciclo sexual feminino mensal, preparando o útero para a implantação do óvulo fertilizado. Além desse efeito no endométrio, a progesterona diminui a frequência e a intensidade das contrações uterinas, ajudando, assim, a evitar a expulsão do óvulo implantado. Efeito da Progesterona sobre as Trompas de Falópio A progesterona promove também maior secreção pelo revestimento mucoso das trompas de Falópio. Essas secreções são necessárias para nutrir o óvulo fertilizado e, em divisão, enquanto ele passa pela trompa de Falópio, antes de se implantar no útero. Progesterona Promove o Desenvolvimento das Mamas A progesterona promove o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das mamas, fazendo com que as células alveolares proliferem, aumentem e adquiram natureza secretora. Entretanto, a progesterona não faz com que os alvéolos - secretem leite; o leite só é secretado depois que a mama preparada é adicionalmente estimulada pela prolactina da hipófise anterior. A progesterona também faz com que as mamas inchem. Parte desse inchaço deve-se ao desenvolvimento secretório nos lóbulos e alvéolos, mas em parte resulta também do aumento de líquido no tecido. Funções do Estrogênio e da Progesterona REGULAÇÃO DO RITMO MENSAL FEMININO – INTERAÇÃO HORMÔNIOS OVARIANOS E HIPOTALÂMICOS-HIPOFISÁRIOS GnRH A secreção da maioria dos hormônios hipofisários anteriores é controlada por “hormônios de liberação” formados no hipotálamo e, em seguida, transportados para a hipófise anterior por meio do sistema porta hipotálamo- hipofisário. No caso das gonadotropinas, um hormônio de liberação, o GnRH, é importante. O hipotálamo não secreta GnRH continuamente, mas sim em pulsos de 5 a 25 minutos de duração que ocorrem a cada 1 a 2 horas. É intrigante o fato de que quando o GnRH é infundido continuamente, de modo a estar disponível o tempo todo, em vez de em pulsos, sua capacidade de causar liberação de LH e FSH pela hipófise anterior se perde. Portanto, por motivos desconhecidos, a natureza pulsátil da liberação de GnRH é essencial à sua função. A liberação pulsátil de GnRH também causa produção intermitente de LH a cada 90 minutos em média. A atividade neuronal que causa a liberação pulsátil de GnRH ocorre primariamente no hipotálamo mediobasal, especialmente nos núcleos arqueados dessa área. Portanto, acredita-se que esses núcleos arqueados controlam grande • Estrogênio: aumento do tamanho, alteração do epitélio da vagina para estratificado pavimentoso, proliferação do estroma e das glândulas endometriais. • Progesterona: alterações secretoras no endométrio, diminuição da frêquência e intensidade das contrações. Útero, Vagina e Genitais Externos • Estrogênio: proliferação glandular, aumento do tamanho de células ciliadas., aumento da atividade dos cílios. • Progesterona: aumento das secreções. Trompas de Falópio • Estrogênio: desenvolvimento do estroma, crescimento do sistema ductal, deposição de tecido adiposo. • Progesterona: desenvolvimentodos lóbulos e alvéolos (proliferaçãoe maturação secretora das células alveolares). Mamas • Estrogênio: inibição da atividade osteoclástica, união das epífises com as diáfises dos ossos longos.Esqueleto • Estrogênio: aumento da taxa metabólica, aumento da deposição de adipócitos nos tecidos subcutâneos. Metabolismo e Deposição Lipídica • Estrogênio: aumento da vascularização cutânea, aumento da temperatura cutânea.Pele • Estrogênio: retenção de sódio e água nos túbulos renais.Equilíbrio Eletrolítico - parte da atividade sexual feminina, embora neurônios localizados na área pré-óptica do hipotálamo anterior também secretem GnRH em quantidades moderadas. Múltiplos centros neuronais no sistema “límbico” (o sistema de controle psíquico) transmitem sinais para os núcleos arqueados para modificar tanto a intensidade de liberação de GnRH, quanto a frequência dos pulsos, oferecendo, assim, uma explicação parcial para o fato de fatores psíquicos muitas vezes modificarem a função sexual feminina. Curva Superior: Variação pulsátil do hormônio luteinizante (LH) na circulação periférica do macaco rhesus ovariectomizado, anestesiado com pentobarbital. Curva Inferior: Registro minuto a minuto da atividade elétrica multiunitária (MUA) no hipotálamo mediobasal. Efeitos de Feedback Negativo do Estrogênio e da Progesterona na Diminuição da Secreção de LH e FSH Em pequenas quantidades, o estrogênio tem forte efeito de inibir a produção de LH e de FSH. Além disso, quando existe progesterona disponível, o efeito inibidor do estrogênio é multiplicado, muito embora a progesterona, por si só, tenha pouco efeito. Esses efeitos de feedback parecem operar basicamente na hipófise anterior de modo direto, mas também operam em menor extensão no hipotálamo, diminuindo a secreção de GnRH em especial, alterando a frequência dos pulsos de GnRH. Inibina do Corpo Lúteo Inibe a Secreção de FSH e LH Além dos efeitos de feedback do estrogênio e da progesterona, outros hormônios parecem estar envolvidos, especialmente a inibina, que é secretada em conjunto com os hormônios esteroides sexuais pelas células da granulosa do corpo lúteo ovariano, da mesma maneira que as células de Sertoli secretam inibina nos testículos masculinos. Esse hormônio tem o mesmo efeito em mulheres e homens — inibe a secreção de FSH e, em menor extensão, de LH pela hipófise anterior. Portanto, acredita-se que a inibina seria especialmente importante ao diminuir a secreção de FSH e LH, no final do ciclo sexual mensal feminino. Efeito de Feedback Positivo do Estrogênio Antes da Ovulação – O Pico Pré-Ovulatório de LH Por motivos ainda não inteiramente compreendidos, a hipófise anterior secreta grande quantidade de LH por 1 ou 2 dias, começando 24 a 48 horas da ovulação. Experimentos mostraram que a infusão de estrogênio em mulher acima do valor crítico por 2 a 3 dias, durante a última parte da primeira metade do ciclo ovariano, causará rapidamente o crescimento acelerado dos folículos ovarianos, bem como com grande rapidez também secreção acelerada de estrogênios ovarianos. Durante esse período, as secreções de FSH e de LH pela hipófise são primeiro ligeiramente suprimidas. Em seguida, a secreção de LH aumenta abruptamente por seis a oito vezes, e a secreção de FSH aumenta por cerca de duas vezes. A maior secreção de LH faz com que ocorra a ovulação. Não se sabe qual a causa desse pico abrupto na secreção de LH. Entretanto, diversas possíveis explicações são: (1) já se sugeriu que o estrogênio, nesse ponto do ciclo, tem efeito de feedback positivo peculiar de estimular a secreção hipofisária de LH e, em menor extensão, de FSH; trata-se de algo em forte contraste com seu efeito de feedback negativo normal, que ocorre durante o restante do ciclo feminino mensal. (2) As células da granulosa dos folículos começam a secretar quantidade pequena, mas cada vez maiores, de progesterona mais ou menos 1 dia antes do pico pré-ovulatório de LH e sugeriu-se que tal fato poderia ser o fator que estimula a secreção excessiva de LH. Sem esse pico pré-ovulatório normal de LH, a ovulação não ocorrerá. - Regulação por feedback do eixo hipotálamo-hipofisário-ovariano em mulheres. Os efeitos estimulatórios são indicados por (+) e os efeitos de feedback negativo estão mostrados por (−). Os estrogênios e as progestinas exercem tanto os efeitos do feedback positivo quanto do negativo, na hipófise anterior e no hipotálamo, dependendo do estágio do ciclo ovariano. A inibina tem efeito de feedback negativo na pituitária anterior. FSH, hormônio folículo-estimulante; GnRH, hormônio liberador de gonadotropina; LH, hormônio luteinizante. OSCILAÇÃO DO FEEDBACK DOS SISTEMA HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO-OVARIANO Secreção Pós-Ovulatória dos Hormônios Ovarianos e Depressão das Gonadotropinas Hipofisárias A parte mais fácil de explicar do ciclo são os eventos que ocorrem durante a fase pós-ovulatória — entre a ovulação e o início da menstruação. Durante esse tempo, o corpo lúteo secreta grande quantidade de progesterona e de estrogênio, bem como do hormônio inibina. Todos esses hormônios, em conjunto, têm efeito de feedback negativo combinado na hipófise anterior e no hipotálamo, causando a supressão da secreção de FSH e de LH e reduzindo-os a seus níveis mais baixos, cerca de 3 a 4 dias antes do início da menstruação. Fase de Crescimento Folicular Dois a 3 dias antes da menstruação, o corpo lúteo regrediu quase à involução total, e a secreção de estrogênio, progesterona e inibina do corpo lúteo diminuiu e é baixa. Isso libera o hipotálamo e a hipófise anterior do efeito de feedback negativo desses hormônios. Portanto, mais ou menos 1 dia depois, em torno do momento em que surge a menstruação, a secreção hipofisária de FSH começa novamente a aumentar por até o dobro; em seguida, vários dias após o início da menstruação, a secreção de LH também aumenta ligeiramente. Esses hormônios iniciam o crescimento de novos folículos ovarianos, atingindo um pico de secreção de estrogênio em torno de 12,5 a 13 dias depois do início do novo ciclo sexual feminino mensal. Durante os primeiros 11 a 12 dias desse crescimento folicular, a secreção hipofisária das gonadotropinas FSH e LH caem ligeiramente devido ao efeito do feedback negativo, especialmente do estrogênio, sobre a hipófise anterior. Em seguida, ocorre aumento súbito e acentuado da secreção de LH e, em menor extensão, de FSH. Trata-se do pico pré- ovulatório de LH e FSH, que é seguido pela ovulação. Pico Pré-Ovulatório de LH e FSH Causa a Ovulação - Cerca de 11,5 a 12 dias depois do início do ciclo mensal, o declínio na secreção de FSH e LH chega a seu fim abrupto. Acredita-se que o alto nível de estrogênio nesse momento (ou o começo da secreção de progesterona pelos folículos) cause efeito estimulador do feedback positivo na hipófise anterior, como explicado antes, levando ao enorme pico na secreção de LH e, em menor extensão, de FSH. Qualquer que seja a causa desse pico pré-ovulatório de LH e FSH, o grande excesso de LH leva à ovulação e ao desenvolvimento subsequente tanto do corpo lúteo quanto da sua secreção. Assim, o sistema hormonal inicia seu novo ciclo de secreções, até a próxima ovulação. CICLOS ANOVULATÓRIOS – CICLOS SEXUAIS DA PUBERDADE Se o pico pré-ovulatório de LH não tiver grandeza suficiente, a ovulação não ocorrerá, e diz-se que o ciclo é “anovulatório”. As fases do ciclo sexual continuam, mas são alteradas das seguintes maneiras: primeiro, a ausência de ovulação leva ao não desenvolvimento do corpo lúteo, de maneira que não há quase nenhuma secreção de progesterona, durante a última porção do ciclo. Em segundo lugar, o ciclo é encurtado vários dias, mas o ritmo continua. Portanto, é provável que a progesterona não seja necessária à manutenção do ciclo em si, muito embora possa alterar seu ritmo. Os primeiros ciclos depois do início da puberdade geralmente são anovulatórios,assim como os ciclos que ocorrem alguns meses a anos antes da menopausa, talvez porque o pico de LH não seja potente o bastante nessas épocas, para causar ovulação. PUBERDADE E MENARCA Puberdade significa o início da fase adulta, e menarca significa o primeiro ciclo de menstruação. O período da puberdade é causado por aumento gradual na secreção dos hormônios gonadotrópicos pela hipófise, começando em torno dos 8 anos de idade, e normalmente culminando no início da puberdade e da menstruação entre 11 e 16 anos de idade nas meninas (em média, aos 13 anos). Na mulher, assim como nos homens, a hipófise infantil e os ovários são capazes de funcionar completamente se estimulados apropriadamente. Entretanto, assim como também é verdadeiro para os homens, e por motivos ainda não entendidos, o hipotálamo não secreta quantidades significativas de GnRH durante a infância. Experimentos mostraram que o hipotálamo é capaz de secretar esse hormônio, mas o sinal apropriado de alguma outra área do cérebro para desencadear a secreção está ausente. Portanto, acredita-se hoje que o início da puberdade se dê por algum processo de amadurecimento que ocorra em alguma outra parte do cérebro, talvez em algum ponto do sistema límbico. Intensidade da secreção total de hormônios gonadotrópicos durante toda a vida sexual da mulher e do homem , mostrando aumento especialmente abrupto nos hormônios gonadotrópicos na menopausa da mulher. MENOPAUSA Entre 40 e 50 anos de idade, o ciclo sexual geralmente torna-se irregular, e a ovulação muitas vezes não ocorre. Depois de alguns meses a alguns anos, o ciclo cessa totalmente. O período durante o qual o ciclo para, e os hormônios femininos caem a quase zero é denominado menopausa. A causa da menopausa é o “esgotamento” dos ovários. Durante toda a vida reprodutiva da mulher, cerca de 400 dos folículos primordiais crescem em folículos maduros e ovulam, e centenas de milhares de óvulos degeneram. Em torno dos 45 anos de idade, apenas uns poucos folículos primordiais continuam a ser estimulados pelo FSH e LH e, a produção de estrogênios pelos ovários diminui à medida que o número de folículos primordiais se aproxima de zero. Quando a produção de estrogênio cai abaixo de nível crítico, os estrogênios não conseguem mais inibir a produção das - gonodotropinas FSH e LH. Em vez disso, as gonadotropinas FSH e LH (principalmente, FSH) são produzidas depois da menopausa em quantidades elevadas e contínuas, mas à medida que os folículos primordiais remanescentes ficam atrésicos, a produção de estrogênios pelos ovários cai quase a zero. Na época da menopausa, a mulher precisa reajustar sua vida de uma em que era fisiologicamente estimulada pela produção de estrogênio e progesterona para uma desprovida desses hormônios. A perda dos estrogênios geralmente causa mudanças fisiológicas acentuadas, incluindo (1) “fogachos” caracterizados por rubor extremo da pele, (2) sensações psíquicas de dispneia, (3) irritabilidade, (4) fadiga, (5) ansiedade e (6) diminuição da resistência e da calcificação dos ossos no corpo inteiro. Esses sintomas são de magnitude considerável em apenas 15% das mulheres e necessitam de tratamento. Se a terapia não obtiver sucesso, a administração diária de estrogênio, em pequenas quantidades, normalmente reverte os sintomas, e ao diminuir a dose gradativamente, é provável que as mulheres na pós-menopausa possam evitar sintomas graves. Secreção de estrogênio durante toda a vida sexual da mulher. ATO SEXUAL FEMININO Estimulação do Ato Sexual Feminino Assim como ocorre no ato sexual masculino, o desempenho bem-sucedido do ato sexual feminino depende tanto de estimulação psíquica, quanto de estimulação sexual local. Ter pensamentos sexuais pode levar ao desejo sexual feminino, o que ajuda bastante no desempenho do ato sexual. Esse desejo se baseia nos impulsos psicológico e fisiológico, muito embora o desejo sexual de fato aumente, em proporção ao nível de hormônios sexuais secretados. O desejo também muda durante o ciclo sexual mensal, atingindo seu pico em torno da época da ovulação, provavelmente devido aos níveis elevados de estrogênio durante o período pré-ovulatório. A estimulação sexual local na mulher, ocorre mais ou menos da mesma maneira que no homem porque a massagem e outros tipos de estimulação da vulva, da vagina e de outras regiões perineais podem criar sensações sexuais. A glande do clitóris é especialmente sensível ao início das sensações sexuais. Assim como no homem, os sinais sensoriais sexuais são transmitidos aos segmentos sacros da medula espinal pela do nervo pudendo e do plexo sacro. Quando esses sinais tiverem entrado na medula espinal, são transmitidos ao cérebro. Além disso, reflexos locais integrados na medula espinal sacra e lombar são, pelo menos, parcialmente responsáveis por algumas das reações nos órgãos sexuais femininos. Ereção e Lubrificação Femininas Localizado em torno do introito e estendendo-se até o clitóris, existe tecido erétil quase idêntico ao tecido erétil do pênis. Esse tecido erétil, assim como o do pênis, é controlado pelos nervos parassimpáticos que passam pelos nervos erigentes, desde o plexo sacro até a genitália externa. Nas fases iniciais da estimulação sexual, sinais parassimpáticos dilatam as artérias do tecido erétil, provavelmente decorrente da liberação de acetilcolina, óxido nítrico e polipeptídeo intestinal vasoativo (VIP) nas terminações nervosas. Isso permite rápido acúmulo de sangue no tecido erétil, de maneira que o introito se contrai ao redor do pênis, o que ajuda muito o homem a obter estimulação sexual suficiente para ocorrer a ejaculação. Sinais parassimpáticos também passam para as glândulas bilaterais de Bartholin, localizadas sob os grandes lábios, fazendo com que prontamente secretem muco no introito. Esse muco é responsável por grande parte da lubrificação durante o ato sexual, muito embora ela também seja provida pelo muco secretado pelo epitélio vaginal e pequena quantidade pelas glândulas uretrais masculinas. Essa lubrificação é necessária durante o intercurso, para - estabelecer sensação massageadora satisfatória, em vez de a sensação irritativa, que pode ser provocada pela vagina ressecada. Sensação massageadora constitui o estímulo ideal para evocar os reflexos apropriados que culminam no clímax masculino e feminino. O Orgasmo Feminino Quando a estimulação sexual local atinge sua intensidade máxima e, especialmente, quando as sensações locais são favorecidas por sinais de condicionamento psíquico apropriados do cérebro são desencadeados reflexos que levam ao orgasmo feminino, também denominado clímax feminino. O orgasmo feminino é análogo à emissão e à ejaculação no homem, o que pode ajudar a promover a fertilização do óvulo. De fato, sabe-se que a mulher é de certa forma mais fértil quando inseminada pelo intercurso sexual normal do que por métodos artificiais, indicando assim função importante do orgasmo feminino. Algumas possíveis razões são discutidas a seguir. Primeiro, durante o orgasmo, os músculos perineais da mulher se contraem ritmicamente em decorrência de reflexos da medula espinal semelhantes aos que causam a ejaculação no homem. É possível que esses reflexos aumentem a motilidade uterina e falopiana durante o orgasmo, ajudando assim a propelir os espermatozoides para o útero, onde se encontra o óvulo; entretanto, as informações a respeito do assunto são escassas. Além disso, o orgasmo parece causar dilatação do canal cervical por até 30 minutos, facilitando assim o transporte do espermatozoide. Em segundo lugar, em muitos animais inferiores, a cópula faz com que a hipófise posterior secrete ocitocina; é provável que tal efeito seja mediado pelos núcleos amigdaloides do cérebro e, em seguida, do hipotálamo para a hipófise. A ocitocina causa mais contrações rítmicas do útero, quejá se postulou facilitarem o transporte do espermatozoide. Já foi demonstrado que alguns espermatozoides atravessam toda a extensão da trompa de Falópio na vaca, em cerca de 5 minutos, velocidade pelo menos 10 vezes maior do que os movimentos natatórios que os próprios espermatozoides conseguiriam atingir. Não se sabe se isso ocorre na mulher. Além dos possíveis efeitos do orgasmo na fertilização, as sensações sexuais intensas que se desenvolvem durante o orgasmo também chegam ao cérebro e causam tensão muscular intensa no corpo inteiro. Mas depois do clímax do ato sexual, essas sensações dão lugar, durante alguns minutos, à sensação de satisfação caracterizada por relaxamento tranquilo, efeito denominado resolução. - Abordar o processo da Gametogênese GAMETOGÊNESE EMBRIOLOGIA CLÍNICA – MOORE O desenvolvimento humano inicia-se na fecundação, quando um espermatozoide se une ao oócito, para formar uma única célula, o zigoto. Essa célula altamente especializada, totipotente (capaz de diferenciar-se em qualquer tipo celular), marca o início de cada um de nós como indivíduo único. O zigoto, visível a olho nu, contém os cromossomos e os genes derivados da mãe e do pai. Ele se divide muitas vezes e transforma-se, progressivamente, em um ser humano multicelular, por meio da divisão, migração, crescimento e diferenciação celulares. GAMETOGÊNESE A gametogênese (formação dos gametas) é o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas, os gametas (oócitos/espermatozoides) a partir de células precursoras bipotentes. Esse processo, que envolve os cromossomos e o citoplasma dos gametas, prepara essas células para a fecundação. Durante a gametogênese, o número de cromossomos é reduzido pela metade e a forma das células é alterada. Um cromossomo é definido pela presença de um centrômero, uma constrição de uma porção do cromossomo. Antes da replicação do DNA na fase S do ciclo celular, os cromossomos existem como cromossomos de cromátide única. Uma cromátide (um dos dois filamentos do cromossomo) consiste em filamentos paralelos de DNA. Após a replicação do DNA, os cromossomos tornam-se cromossomos de cromátides duplas. Gametogênese normal: conversão de células germinativas em gametas (células sexuais). Os esquemas comparam a espermatogênese e a oogênese. As oogônias não são mostradas nesta figura, pois se diferenciam em oócitos primários antes do nascimento. O complemento cromossômico das células germinativas é mostrado em cada estágio. O número indica o número total de cromossomos, incluindo o(s) cromossomo(s) sexual(is) depois da vírgula. Note que: (1) Após - duas divisões meióticas, o número diploide de cromossomos, 46, é reduzido a número haploide, 23. (2) Quatro espermatozoides se formam a partir de um espermatócito primário, enquanto apenas um oócito maduro resulta da maturação de um oócito primário. (3) O citoplasma é conservado durante a oogênese para formar uma célula grande, o oócito maduro. Os corpos polares são células pequenas não funcionais que se degeneram. Representação esquemática da meiose. São mostrados dois pares de cromossomos. A-D, Estágios da prófase da primeira divisão meiótica. Os cromossomos homólogos aproximam-se um do outro e se emparelham; cada membro do par possui duas cromátides. Observe o cruzamento único em um par de cromossomos resultando no intercâmbio dos segmentos das cromátides. E, Metáfase. Os dois membros de cada par orientam-se no fuso meiótico. F, Anáfase. G, Telófase. Os cromossomos migram para os polos opostos. H, Distribuição dos pares de cromossomos dos pais no fim da primeira divisão meiótica. I-K, segunda divisão meiótica. Ela é semelhante à mitose, exceto pelo fato de que as células são haploides. O espermatozoide e o oócito (gametas masculino e feminino) são células sexuais altamente especializadas. Cada uma dessas células contém a metade do número de cromossomos (número haploide) presentes nas células somáticas (as células do corpo). O número de cromossomos é reduzido durante a meiose, um tipo especial de divisão celular que ocorre somente durante a gametogênese. A maturação dos gametas é chamada de espermatogênese no sexo masculino e de oogênese no sexo feminino. O ritmo dos eventos durante a meiose difere nos dois sexos. MEIOSE A meiose é um tipo especial de divisão celular que envolve duas divisões meióticas; as células germinativas diploides dão origem aos gametas haploides (espermatozoides e oócitos). A primeira divisão meiótica é uma divisão reducional, pois o número de cromossomos é reduzido de diploide para haploide devido ao pareamento dos cromossomos homólogos na prófase (primeiro estágio da meiose) e pela segregação deles na anáfase (estágio no qual os cromossomos se movem da placa equatorial). Os cromossomos homólogos (um do pai e um da mãe), formam um par durante a prófase e se separam durante a anáfase, com um - representante de cada par indo, aleatoriamente, para cada polo do fuso meiótico. O fuso se conecta ao cromossomo no centrômero (a porção mais condensada do cromossomo). Nesse estágio, eles são cromossomos de cromátides duplas. Os cromossomos X e Y não são homólogos, mas possuem segmentos homólogos na extremidade dos braços curtos. Eles se emparelham somente nessas regiões. Ao final da primeira divisão meiótica, cada nova célula formada (espermatócito secundário ou oócito secundário) possui o número cromossômico haploide, ou seja, metade do número cromossômico da célula precedente. Essa separação ou disjunção dos cromossomos homólogos pareados constitui a base física da segregação, a separação dos genes alélicos (podem ocupar o mesmo locus em um cromossomo específico) durante a meiose. A segunda divisão meiótica vem após a primeira divisão sem uma interfase normal (isto é, sem a etapa de replicação do DNA). Cada cromossomo de cromátide dupla se divide e cada metade, ou cromátide, é direcionada para um polo diferente da célula. Assim, o número haploide de cromossomos (23) é mantido e cada célula filha formada por meiose tem um representante de cada par cromossômico (agora um cromossomo de cromátide única). A segunda divisão meiótica é semelhante a uma mitose normal, exceto que o número cromossômico da célula que entra na segunda divisão meiótica é haploide. A meiose: − Possibilita a constância do número cromossômico de geração a geração pela redução do número cromossômico de diploide para haploide, produzindo, assim, gametas haploides. − Permite o arranjo aleatório dos cromossomos materno e paterno entre os gametas. − Reposiciona os segmentos dos cromossomos materno e paterno, por meio de cruzamento de segmentos cromossômicos, que “embaralham” os genes, produzindo a recombinação do material genético. ESPERMATOGÊNESE A espermatogênese é a sequência de eventos pelos quais as espermatogônias (células germinativas primordiais) são transformadas em espermatozoides maduros; esse processo começa na puberdade. As espermatogônias permanecem quiescentes nos túbulos seminíferos dos testículos durante os períodos fetal e pós-natal. Elas aumentam em número durante a puberdade. Após várias divisões mitóticas, as espermatogônias crescem e sofrem modificações. As espermatogônias são transformadas em espermatócitos primários, as maiores células germinativas nos túbulos seminíferos dos testículos. Cada espermatócito primário sofre, em seguida, uma divisão reducional – a primeira divisão meiótica – para formar dois espermatócitos secundários haploides, que possuem aproximadamente metade do tamanho do espermatócito primário. Em seguida, os espermatócitos secundários sofrem a segunda divisão meiótica para formar quatro espermátides haploides, que são aproximadamente a metade do tamanho dos espermatócitos secundários. As espermátides (célulasem estágio avançado de desenvolvimento) são transformadas gradualmente em quatro espermatozoides maduros pelo processo conhecido como espermiogênese. O processo completo, incluindo a espermiogênese, demora cerca de dois meses para acontecer. Quando a espermiogênese é completada, os espermatozoides entram na luz dos túbulos seminíferos. Ilustração da espermiogênese, a última fase da espermatogênese. Durante esse processo, a espermátide arredondada é transformada em espermatozoide alongado. Note a perda de citoplasma, o desenvolvimento da cauda e a formação do acrossoma. A vesícula acrossômica, derivada da região de Golgi da espermátide (primeiro desenho), contém enzimas que são liberadas no início da fecundação para auxiliar a penetração do espermatozoide na corona radiata e na zona pelúcida ao redor do oócito secundário. - As células de Sertoli revestem os túbulos seminíferos, sustentam e participam da nutrição das células germinativas (espermatozoides/oócito) e estão envolvidas na regulação da espermatogênese. Os espermatozoides são transportados passivamente dos túbulos seminíferos para o epidídimo, onde são armazenados e tornam-se funcionalmente maduros durante a puberdade. O epidídimo é um ducto longo e espiralado. No seguimento do epidídimo vem o ducto deferente, que transporta os espermatozoides para a uretra. Os espermatozoides maduros são células ativamente móveis, que nadam livremente, constituídos por uma cabeça e uma cauda. O colo do espermatozoide é a junção entre a cabeça e a cauda. A cabeça do espermatozoide forma a maior parte dele e, é onde se localiza o núcleo. Os dois terços anteriores da cabeça são cobertos pelo acrossoma, uma organela sacular em forma de capuz que contém várias enzimas. Quando liberadas, as enzimas facilitam a dispersão das células foliculares da corona radiata e a penetração do espermatozoide na zona pelúcida durante a fecundação. Gametas masculino e feminino (células sexuais). (A), as principais partes de um espermatozoide humano (1.250x). A cabeça, composta na maior parte pelo núcleo, está parcialmente coberta pelo acrossoma, uma organela em forma de capuz, que contém enzimas. A cauda do espermatozoide possui três regiões: a peça intermediária, a peça principal e a peça terminal. (B), um esquema de um espermatozoide na mesma escala do oócito. (C), um esquema de um ovócito secundário humano (200x) circundado pela zona pelúcida e pela corona radiata. A cauda do espermatozoide consiste em três segmentos: a peça intermediária, a peça principal e a peça terminal. A cauda fornece ao espermatozoide a motilidade que auxilia o seu deslocamento até o local da fecundação. A peça intermediária da cauda contém mitocôndrias que fornecem o trifosfato de adenosina (ATP), necessário para fornecer energia requerida para a motilidade do espermatozoide. Muitos genes e fatores moleculares estão envolvidos na espermatogênese. Por exemplo, estudos recentes indicam que proteínas da família Bcl-2 estão envolvidas na maturação das células germinativas, assim como na sua sobrevivência em diferentes estágios. No nível molecular, os genes HOX influenciam a dinâmica dos microtúbulos, o formato da cabeça e a formação da cauda dos espermatozoides. Para a espermatogênese normal, o cromossomo Y é essencial, uma vez que microdeleções resultam em espermatogênese deficiente ou infertilidade. OOGÊNESE A oogênese é a sequência de eventos pelos quais as oogônias (células germinativas primordiais) são transformadas em oócitos maduros. Todas as oogônias se desenvolvem em oócitos primários antes do nascimento; nenhuma oogônia de desenvolve após o nascimento. A oogênese continua até a menopausa, que é a interrupção permanente do ciclo menstrual. Maturação Pré-Natal dos Oócitos Durante a vida fetal inicial, as oogônias proliferam por mitose (duplicação das células), um tipo especial de divisão celular. As oogônias (células sexuais primordiais) crescem e se tornam os oócitos primários antes do nascimento. Assim que o oócito primário se forma, células do tecido conjuntivo o circundam e formam uma única camada de células achatadas, as células foliculares. O oócito primário circundado por essa camada de células foliculares, constitui o folículo primário. Conforme o oócito primário cresce durante a puberdade, as células foliculares se tornam cúbicas e depois cilíndricas, formando, assim, o folículo primário. O oócito primário é logo envolvido por um material glicoproteico acelular e amorfo, a zona pelúcida. A microscopia eletrônica de varredura da superfície da zona pelúcida revela um aspecto regular de trama com fenestrações intrincadas. Os oócitos primários iniciam a primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas o término da prófase não ocorre até a adolescência (começando com a puberdade). As células foliculares que envolvem o oócito primário - secretam uma substância, conhecida como inibidor da maturação do oócito, que mantém estacionado o processo meiótico do oócito. Maturação Pós-Natal dos Oócitos Esta etapa se inicia na puberdade, quando geralmente um folículo ovariano amadurece a cada mês e ocorre a ovulação (liberação do oócito do folículo ovariano), exceto quando contraceptivos orais são utilizados. A longa duração da primeira divisão meiótica (até 45 anos) pode ser responsável, em parte, pela alta frequência de erros meióticos, tais como a não disjunção (falha na separação das cromátides irmãs de um cromossomo), que ocorre com o aumento da idade materna. Os oócitos primários na prófase suspensa (dictióteno) são vulneráveis aos agentes ambientais como a radiação. Nenhum oócito primário se forma após o nascimento, o que contrasta com a produção contínua de espermatócitos primários. Os oócitos primários permanecem em repouso nos folículos ovarianos até a puberdade. Quando um folículo matura, o oócito primário aumenta de tamanho e, imediatamente, antes da ovulação, completa a primeira divisão meiótica para dar origem ao oócito secundário e ao primeiro corpo polar. Diferentemente do estágio correspondente na espermatogênese, a divisão do citoplasma é desigual. O oócito secundário recebe quase todo o citoplasma e o primeiro corpo polar recebe muito pouco. O corpo polar é uma célula minúscula destinada à degeneração. Na ovulação, o núcleo do oócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas ela progride somente até a metáfase, quando a divisão é interrompida. Se um espermatozoide penetra o oócito secundário, a segunda divisão meiótica é completada, e a maior parte do citoplasma é novamente mantida em uma célula: o oócito fecundado. A outra célula, o segundo corpo polar, também é formada e irá se degenerar. Assim que os corpos polares são expelidos, a maturação do oócito está completa. Existem cerca de 2 milhões de oócitos primários nos ovários de uma menina recém-nascida, mas a maioria deles se degeneram durante a infância, de modo que na adolescência restam não mais que 40.000 oócitos primários. Destes, somente cerca de 400 se tornam oócitos secundários e são liberados na ovulação durante o período reprodutivo. Somente alguns desses oócitos, se algum, tornam-se maduros e são fecundados. O número de oócitos liberados é bastante reduzido em mulheres que tomam contraceptivos orais porque os hormônios contidos neles impedem a ovulação. COMPARAÇÃO DOS GAMETAS Os gametas (oócitos/espermatozoides) são células haploides (possuem metade do número cromossômico) que podem sofrer cariogamia (fusão dos núcleos de duas células sexuais). O oócito é uma célula grande quando comparada ao espermatozoide e é imóvel, enquanto o espermatozoide é microscópico e altamente móvel. O oócito é envolvido pela zona pelúcida e por uma camada de células foliculares, a corona radiata. Com relação à constituição dos cromossomos sexuais, existem dois tipos de espermatozoides normais: 23,X e 23,Y; enquanto existe somente um tipo de oócitosecundário: 23,X. Por convenção, o número 23 é seguido por uma vírgula e X ou Y para indicar a constituição do cromossomo sexual; por exemplo, 23,X significa que há 23 cromossomos no complemento, consistindo em 22 autossomos e um cromossomo sexual (X, nesse caso). A diferença no complemento do cromossomo sexual dos espermatozoides forma a base da determinação sexual primária. Gametas Anormais A idade biológica materna considerada ideal para a reprodução é geralmente entre 18 e 35 anos. A probabilidade de anomalias cromossômicas no embrião aumenta gradualmente com o avanço da idade materna. Em mães mais velhas, há um risco maior de ocorrência de síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21) ou de outra forma de trissomia na criança. A probabilidade de uma mutação genética recente (alteração do DNA) também aumenta com a idade. Quanto mais velhos forem os pais no momento da concepção, maior a probabilidade de eles terem acumulado mutações que podem ser herdadas pelo embrião. Durante a gametogênese, algumas vezes, os cromossomos homólogos nãos se separam. Esse é um processo patológico chamado de não disjunção. Como resultado desse processo alguns gametas possuem 24 cromossomos e outros apenas 22. Se um gameta com 24 cromossomos se une a um gameta normal com 23 cromossomos durante a fecundação, será formado um zigoto com 47 cromossomos. Essa condição é chamada trissomia devido à presença de três representantes de um cromossomo em particular, em vez de dois como é o comum. Se um gameta com apenas 22 cromossomos se une com um gameta normal, é formado um zigoto com 45 cromossomos. Essa condição é denominada monossomia, pois apenas um representante de um determinado par de cromossomos está presente. Mais de 10% dos espermatozoides ejaculados são grosseiramente anormais (p. ex., com duas cabeças), mas acredita-se que esses espermatozoides anormais não fecundem oócitos devido à falta de motilidade normal. A maioria dos espermatozoides morfologicamente anormais é incapaz de passar através do muco do colo uterino. A medida de progressão é uma informação subjetiva da qualidade do movimento do espermatozoide. Acredita-se que tais - espermatozoides não afetem a fertilidade a menos que seu número exceda 20%. Embora alguns oócitos apresentem dois ou três núcleos, essas células morrem antes de alcançarem a maturidade. Do mesmo modo, alguns folículos ovarianos podem conter dois ou mais oócitos, mas esse fenômeno é raro. TRANSPORTE DE GAMETAS Transporte do Oócito Na ovulação, o oócito secundário é expelido do folículo ovariano junto com fluido folicular. Durante a ovulação, as extremidades fimbriadas da tuba uterina aproximam-se intimamente do ovário. Os processos digitiformes da tuba, as fímbrias, movem-se para frente e para trás do ovário. A ação de varredura das fímbrias e a corrente de fluido produzida pelos cílios (extensões móveis) das células da mucosa das fímbrias “varrem” o oócito secundário para o infundíbulo afunilado da tuba uterina. O oócito passa então para a ampola da tuba uterina, principalmente como resultado da peristalse (movimentos da parede da tuba caracterizados pela contração e relaxamento alternados) que conduz o oócito na direção do útero. Transporte dos Espermatozoides A ejaculação reflexa do sêmen pode ser dividida em duas fases: − Emissão: o sêmen é enviado para a porção prostática da uretra pelos ductos ejaculatórios após a peristalse (movimentos peristálticos) dos ductos deferentes; a emissão é uma resposta autônoma simpática. − Ejaculação: o sêmen é expelido da uretra através do óstio uretral externo; isso é resultado do fechamento do esfíncter vesical no colo da bexiga, da contração do músculo uretral e da contração dos músculos bulboesponjosos. Secção sagital da pelve masculina mostrando as estruturas do sistema genital masculino Os espermatozoides são rapidamente transportados do epidídimo para a uretra por contrações peristálticas da espessa camada muscular dos ductos deferentes. As glândulas sexuais acessórias, que são as glândulas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais, produzem secreções que são adicionadas ao fluido espermático nos ductos deferentes e na uretra. De 200 a 600 milhões de espermatozoides são depositados ao redor do óstio uterino externo e no fórnice da vagina durante a relação sexual. Os espermatozoides passam através do colo uterino graças à movimentação de suas caudas. A enzima vesiculase, produzida pelas glândulas seminais, coagula pequena parte do sêmen ejaculado e forma um tampão vaginal que impede o retorno do sêmen para a vagina. Quando ocorre a ovulação, o muco do colo uterino aumenta e se torna menos viscoso, facilitando ainda mais a passagem dos espermatozoides. A passagem dos espermatozoides do útero para a tuba uterina resulta principalmente das contrações da parede muscular desses órgãos. As prostaglandinas (substâncias fisiologicamente ativas) no sêmen parecem estimular a motilidade uterina no momento da relação sexual e auxiliam na movimentação dos espermatozoides até o local da fecundação na ampola da tuba uterina. A frutose, secretada pelas glândulas seminais, é uma fonte de energia para os espermatozoides no sêmen. - O volume da ejaculação (espermatozoides misturados com as secreções das glândulas sexuais acessórias) é em média de 3,5 mL, com uma variação de 2 a 6 mL. Os espermatozoides se deslocam de 2 a 3 mm por minuto, mas a velocidade varia de acordo com o pH do meio. Os espermatozoides não possuem motilidade enquanto estão armazenados nos epidídimos, mas se tornam móveis na ejaculação. Eles se movem lentamente no ambiente ácido da vagina, mas se movem mais rapidamente no ambiente alcalino do útero. Não se sabe ao certo o tempo que os espermatozoides levam para chegar ao local no qual ocorre a fecundação, na ampola da tuba uterina, mas esse tempo provavelmente é curto. Espermatozoides móveis foram colhidos na ampola da tuba uterina 5 minutos após serem depositados no óstio uterino externo. Entretanto, alguns espermatozoides levam mais de 45 minutos para completar a jornada. Cerca de 200 espermatozoides alcançam o local da fecundação; a maioria dos espermatozoides se degenera e é reabsorvida pelo trato genital feminino. Maturação dos Espermatozoides Os espermatozoides recém-ejaculados são incapazes de fecundar um oócito. Os espermatozoides devem passar por um período de condicionamento, ou capacitação, que dura aproximadamente 7 horas. Durante esse período, uma cobertura glicoproteica e de proteínas seminais é removida da superfície do acrossoma do espermatozoide. Os componentes da membrana dos espermatozoides são consideravelmente alterados. Os espermatozoides capacitados não mostram alterações morfológicas, mas eles são mais ativos. A capacitação dos espermatozoides ocorre enquanto eles estão no útero ou na tuba uterina pela ação de substâncias secretadas por essas regiões. Na fertilização in vitro, a capacitação é induzida pela incubação dos espermatozoides em um meio específico por várias horas. O término da capacitação permite que ocorra a reação acrossômica. O acrossoma do espermatozoide capacitado se liga a uma glicoproteína (ZP3) da zona pelúcida. Alguns estudos mostraram que a membrana plasmática do espermatozoide, íons de cálcio, prostaglandinas e progesterona possuem um importante papel na reação acrossômica. Essa reação do espermatozoide deve terminar antes da fusão do espermatozoide com o oócito. Quando os espermatozoides capacitados entram em contato com a corona radiata que envolve o oócito secundário, eles passam por alterações moleculares complexas que resultam no desenvolvimento de perfurações no acrossoma. Ocorrem, então, vários pontos de fusão da membrana plasmática do espermatozoide com a membrana acrossômica externa. O rompimento das membranas nesses pontos produz aberturas. As mudanças induzidas pela reação acrossômica
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