Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO: PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO ESPECIAL EQUIPE: 1.-BRENDA EPIFANE DIAS 2.-IRANILDA FONSECA MENDES 3.-SILVANA PAULA ZACARIAS DE OLIVEIRA Orientadora: ÂNGELA VIEIRA- Mestra em Educação Políticas Publicas e Psicóloga. O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NO ENFRENTAMENTO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E SUAS CAUSAS SUMÁRIO Introdução...................................................................................................................03 Caderno 1 1. Participantes...........................................................................................................04 1.1 Tema....................................................................................................................05 1.2 Problema..............................................................................................................05 1.3 Hipótese...............................................................................................................05 1.4 Justificativa...........................................................................................................06 1.5 Resumo................................................................................................................06 1.6 Características da Escola.....................................................................................07 1.7 Históricos da Escola ou Instituição.......................................................................07 1.8 Crenças e Valores................................................................................................08 1.9 Visão do Futuro....................................................................................................08 1.10 Descrição do Projeto..........................................................................................09 1.10.1 Objetivo Geral.................................................................................................09 1.10.2 Objetivos Específicos......................................................................................10 Caderno 2 2. Descrição do Projeto.............................................................................................10 2.1 Metodologia de Ação...........................................................................................11 Caderno 3 3. Fundamentação Teórica........................................................................................12 3.1 A Relevância e o Papel do Psicopedagogo.........................................................14 3.2 A Necessidade de um Psicopedagogo no Ambiente Escolar..............................15 3.3 A Visão dos Diferentes Seguimentos Referente a escola....................................19 3.4 A Relação Família-escola.....................................................................................20 4. Metodologia de Ação..............................................................................................23 5. Analise dos Dados..................................................................................................24 6. Conclusão...............................................................................................................28 7. Considerações Finais.............................................................................................30 8. Cronograma...........................................................................................................34 9. Referências............................................................................................................35 3 INTRODUÇÃO As observações, vivências e inquietações, nos impulsionaram para a elaboração desta pesquisa, que abrange o papel do psicopedagogo no enfrentamento das dificuldades de aprendizagem e suas causas. Este estudo possui como objetivo sanar por meio de conceitos e ferramentas, os problemas de aprendizagem nas distintas áreas do desenvolvimento. Faremos menção de um breve histórico da psicopedagogia, relatando como, quando e onde deu-se inicio a este processo. Abordaremos a relevância e o papel do psicopedagogo no ambiente escolar. Apresentaremos a necessidade de se ter um psicopedagogo na escola e discorreremos sobre um elo entre o psicopedagogo, a família e a escola na importante missão de minimizar as dificuldades de aprendizagem. Com os conhecimentos obtidos por meio desta especialização, conseguimos aprimorar a prática para a criação de estratégias eficazes que aperfeiçoarão a aprendizagem dos educando. 4 COORDENAÇAO DE EDUCAÇÃO. PROJETO BÁSICO PARA TCC/PBL LIDER: IRANILDA FONSECA MENDES PARTICIPANTES DA EQUIPE: BRENDA EPIFANE DIAS SILVANA PAULA ZACARIAS DE OLIVEIRA 1. PARTICIPANTES: I- Brenda Epifane Dias, nascida em 01/08/1994; Naturalidade: Manaus, AM. Formada em pedagogia e Pós-graduando em Psicopedagogia e Educação Especial, trabalha como professora de Educação Infantil em uma escola de cunho privado. A grande relevância em participar da elaboração deste projeto é que o mesmo nos proporcionará diversificadas vivências, habilidades e competências que nos foram transmitidas através de conhecimentos teóricos e metodológicos. Este projeto nos abre um leque de oportunidades como futuros psicopedagogos em refletirmos como será nossa prática diante dos desafios deste processo. II- Iranilda Fonseca Mendes, formação em Licenciatura em Pedagogia, pelo CEUNI-FAMETRO no Ano de 2018, e especializando em Psicopedagogia e Educação Especial, ainda não exerce a função na área de educação, mas tem por objetivo buscar mais especialização para futuramente está preparada para o mercado de trabalho. Além de atuar como integrante e líder da equipe, o ponto relevante é contribuir para que o projeto seja trabalhado de forma dialogada entre os integrantes e assim descrever o tema escolhido pela equipe. Esse tema foi escolhido por se tratar de um empecilho que impõe uma restrição no avanço da educação. Desta forma estaremos desenvolvendo atividades voltadas para as necessidades dos alunos e garantir melhorias na qualidade do ensino e aprendizagem. III-Silvana Paula Zacarias nascida, 10 de outubro de 1971 no município de Itacoatiara. Graduada em pedagogia no ano de 2018, atualmente concluindo uma especialização em Psicopedagogia e Educação Especial. Atuo com meus conhecimentos em aula de reforço, foi motivada a fazer o curso de pedagogia por ter 5 habilidade em lidar com crianças, na área de educação infantil. Devo estar sempre me aperfeiçoando e atualizando em novos conhecimentos para que possa contribuir para realização da construção autônoma. A elaboração do trabalho de conclusão de curso de psicopedagogia tem grande valia já que conciliaremos a teoria á aplicabilidade da prática. 1.1 O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NO ENFRENTAMENTO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E SUAS CAUSAS 1.2 PROBLEMA Como a ausência de um profissional psicopedagogo pode prejudicar o desenvolvimento do aluno com dificuldade no processo escolar? 1.3 HIPOTESE Qual o tipo de dificuldade de aprendizagem mais evidente na ausência do suporte psicopedagógico? 6 1.4 JUSTIFICATIVA Identificar in loco o papel do psicopedagogo frente ás dificuldades de aprendizagem do educando; Desenvolver um trabalho em equipe entre o professor e o profissional psicopedagogo beneficiando o educando para sanar a dificuldade de aprendizagem; Contribuir com jogos pedagógicos para estimular o aluno nos desenvolvimentos cognitivos; 1.5 RESUMO O presente projeto tem por objetivo contribuir com o papel do psicopedagogo no enfrentamento das dificuldadesde aprendizagem e suas causas, indicando estratégias psicopedagógicas para êxito junto á família e a escola. O profissional psicopedagogo exerce sua função em prol da melhoria no processo de ensino/aprendizagem e possibilita ferramentas para que o trabalho dos educadores tenha resultados junto ao educando, que apresentam certas dificuldades na aprendizagem. Para executar a referida análise foram feitas algumas pesquisas de campo e estudos bibliográficos. A visita de campo ocorreu em uma escola de rede pública da cidade de Manaus, sendo utilizados como metodologia entrevistas e questionários, onde os mesmo foram respondidos por profissionais da área da educação. A escola analisada possui psicopedagogo, procuramos então observar quais ações são efetuadas pelos mesmos para sanar dificuldades de aprendizagem. As ações são planejadas pelo psicopedagogo junto ao corpo docente, após o plano de aula será desenvolvido para trabalhado de acordo com as dificuldades encontradas no aluno. No decorrer da observação estavam ocorrendo o intensivo plano feito para não deixar os alunos com dificuldades de leitura, escrita, matemática e interpretação de texto para trás dos alunos que estavam bem. Ao questionarmos sobre esses alunos com dificuldades de aprendizagem fomos informados que os mesmo têm problema familiar, alguns moram sós com a mãe, pai ou com avós e geralmente falta muito á escola e por está razão acabam sendo prejudicado no desenvolvimento escolar. Palavras-chaves: Psicopedagogia, Família-escola e dificuldade aprendizagem. 7 1.6 CARACTERÍSTICA DA ESCOLA ESCOLA MUNICIPAL HAHNEMANN BACELAR A pesquisa foi realisada in loco na Escola Municipal Hahnemann Bacelar, esta localizado na área urbana de Manaus, na Avenida Argentina bairro flores nº 468, Parque das Nações CEP: 690-28230 telefone (92) 3654-7086. O horário de funcionamento é de segunda á sexta nos turnos matutino e vespertino estão matriculados 626 na modalidade (1° ao 5° ano), no ensino fundamental incluindo 21 alunos da Educação Especial que são acompanhados em sala de recurso e mediadores especializados. Acessibilidade ás dependências da escola não acessíveis para as pessoas com deficiência, os sanitários não acessíveis ás pessoas com deficiência. Infraestrutura (dependências) a escola possui 12 salas de aulas, 24 funcionários, sanitários dentro do prédio da escola, sala de secretaria, dispensa, pátio coberto, sala biblioteca, cozinha, laboratório de informática, sala de leitura, sala para a diretoria, sala de professores, sala de atendimento especial, sala de recursos multifuncionais e atendimento educacional especializado. Equipamentos a escola possui aparelhos de DVD, Impressora, copiadora, retroprojetor e televisão, computadores para uso administrativo, computadores para uso dos alunos e internet banda larga. Infraestrutura a escola possui alimentos para os alunos, água filtrada, água rede pública, energia da rede pública, fossa, lixo destinado á coleta periótica. 1.7 HISTÓRICO DA ESCOLA OU INSTITUIÇÃO Hahnemann Bacelar nasceu em Manaus-AM em 1948 e faleceu em Belém- PA em 1971. Artista autodidata começou a expor em Manaus no prédio da Secretaria de Educação do Amazonas- SEDUC. Álvaro Páscoa, Joaquim Marinho, Thiago de Mello, 8 Francisco Marinho, Cristina Ferreira, Kahané, Plínio Coelho Júnior e Sérgio Souto são alguns colecionadores de seus quadros. Na Pinacoteca do Estado do Amazonas, encontra-se também um expressivo acervo de suas obras, destacando-se os óleos sobre tela e os desenhos a nanquim. Os temas como pobreza, solidão e sofrimento estão sempre representa nos rostos retorcidos dos seus personagens. Sua cor predominante era o amarelo que trazia ainda mais agonia, melancolia e dor as suas obras. A Escola Municipal Hahnemann Bacelar iniciou suas atividades como anexo da Escola Municipal Francisco Pereira no dia 06/ 06/ 2005, sendo a Gestora da escola a professora Maria José de melo. Houve separação devida á superlotação na escola; que a partir daí foram separados aproximadamente 250 alunos para estudarem em outro lugar. Foi alugado o prédio onde funciona atualmente. No dia 05/ 07/ 2005, aconteceu á posse dos Gestores Municipais em que a professora Cláudia Regina Pessoa de Oliveira assumiu a Direção do anexo, o trabalho da mesma nessa escola se estabeleceu até o final de janeiro de 2007. A partir do dia 02 de fevereiro do mesmo ano assumiu a gestão da escola a professora Roseane Poinho de Oliveira, dando continuidade no trabalho. De imediato abriu turmas do 4° e 5° anos que até então não tinham e iniciou os tramites para a regularização do ato de criação da escola que se efetivou no dia 02/ 04/ 2008, com a Lei de n° 1.229, recebendo o nome de Escola Municipal Hahnemann Bacelar, em homenagem a um amazonense artista plástico. 1.8 Crenças e valores: Discutir a qualidade de ensino para refletir na melhoria das práticas educativas; Contribuir para a formação de indivíduos com demonstração de atitudes, sócio- afetivas e políticas; Formar cidadãos para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e humana, respeitando as diferenças sociais, culturais, econômicas, políticas e as limitações intelectuais e psíquicas de cada indivíduo. 9 1.9 Visão do futuro: Ser reconhecida como excelência nas práticas educativas, respeitando a identidade de um, sendo uma escola democrática e participativa para desta forma alcançar o IDEB de 7,0 para 7,4 até dezembro de 2019. A pesquisa iniciou se 09/ 08/ 2019 com a escolha do tema posteriormente 21 foram o deslocamento para o campo onde foi realizada a entrevista com a gestora, professores e alunos para a coleta de dados. 1.10 DESCRIÇÃO DO PROJETO: Está pesquisa desenvolve-se em cunho qualitativo, nomeia-se também de pesquisa exploratória, in loco, em uma escola municipal da cidade de Manaus, tendo como alunos das séries iniciais de 4º e 5° ano, estando com a faixa etária de 9 a 11 anos de idade. Diante das observações feitas no campo da pesquisa, notou-se durante as aulas aplicadas que alguns alunos apresentavam dificuldades na aprendizagem e segundo relatos da professora muitos deles apresentavam dificuldades devidas algumas mudanças ocorridas em sua rotina familiar. Porém a professora notou que os alunos obtiveram um grande avanço após a chegada de um profissional psicopedagogo na escola, após algumas estratégias de ensino montada juntamente com o psicopedagogo, os educadores passaram a ter um retorno significativo vindo desses alunos. Vale ressaltar que a atuação do psicopedagogo no ambiente escolar torna-se indispensável, pois o mesmo auxilia de forma mais efetiva a escola e principalmente os educadores, promovendo práticas, estratégias e ferramentas de como trabalhar com alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem. 1.10.1 OBJETIVO GERAL: Listar as intervenções psicopedagógicas indicadas para dificuldades apresentadas. 10 1.10.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Descrever a relação entre dificuldades e problemas de aprendizagem. Apontar as intervenções frente á dificuldade encontrada. 2. DESCRIÇÃO DO PROJETO O presente projeto constitui se a partir do momento em que a orientadora comunicou em sala de aula o desafio de finalização do curso de Pós-graduação em Psicopedagogia e Educação Especial. Logo foi realizada a organização das equipes com três integrantes. A equipe se constituiu de forma dialogada,houve votação para a escolha da líder da equipe, a mesma por sua vez criou um grupo virtual para comunicar-se e trocar ideias. Traçamos um planejamento de encontros para construção do brainstorming e Feedback, partindo do princípio definido, realizamos as tarefas que a mesma delegou para a equipe. A equipe preocupou se em seguir todos os passos do projeto, PBL que foram: conceber, integrar, resolver, e por último, compartilhar. O campo de atuação para a realização da pesquisa in loco, é a escola Municipal: Hahnemann Bacelar que está localizada na área urbana de Manaus. A visita foi realizada no dia 21 de Agosto de 2019. A metodologia aplicada foi, entrevista com perguntas formuladas, pela equipe. A entrevistada foi á gestora e gentilmente nos respondeu todos os questionamentos, desta forma foram observados que os problemas para que o aluno apresentem dificuldades de aprendizagens é questão familiar. Segundo a mesma as crianças que apresentam dificuldades são criados pelos avós, pais separados e mães solteiras, todas essas questões abalam o emocional das crianças e prejudicam no desenvolvimento escolar. A partir das causas apresentada surgiu á temática, o papel do psicopedagogo no enfretamento das dificuldades de aprendizagem e suas causas. A importância do projeto para a formação do profissional psicopedagogo é imprescindível, pois a articulação entre o contexto educacional e a prática teórica permite aquisição do saber sistematizado e a produção de novos conhecimentos. Pode-se perfeitamente assumir um caráter transformador por intermédio da troca de experiências entre o professor e o psicopedagogo e considerar os interesses e as 11 experiências dos mesmos sem desvia-se da sistematização lógica dos conteúdos previstos nos programas de ensino. 2.1 METODOLOGIA DE AÇÃO. A metodologia utilizada para o desenvolvimento do presente projeto foi a pesquisa qualitativa e descritiva, partindo do pressuposto de que a mesma agregará melhoria para qualificação docente, pois de acordo com Garcia (1999)...“Ser professor- investigador é, pois, primeiro que tudo ter uma atitude de estar na profissão como intelectual que criticamente questiona e se questiona. (...) Ser professor-investigador é ser capaz de se organizar para perante uma situação problemática, se questionar intencional e sistematicamente com vista à sua compreensão e posterior solução.” (GARCIA, 1999, p 25). Portanto, investigar não se remete apenas aqueles professores que lecionam, porém é função daqueles que educam tanto crianças quanto adultos em qualquer nível de escolaridade. A partir da pesquisa utilizada pode-se afirmar que a pesquisa qualitativa possui como objetivo, compreender o acontecimento em observação, além da observação feita in loco utilizaram-se algumas ferramentas como coleta de dados, entrevistas e questionários; tendo em vista que esses mecanismos favorecem o entendimento do problema que é, como ausência de um profissional psicopedagogo pode prejudicar o desenvolvimento do aluno com dificuldade no processo escolar? Com base na observação in loco e estudo feito mediante a problemática surge á intenção de promover uma reflexão tanto no profissional de educação como na família do educando, durante o percurso de escolarização e a formação social e individual dos mesmos. Esta pesquisa tem suporte teórico e metodológico da observação participante, em que direciona se para a promoção de um breve conhecimento relacionado entre a escola e a família no processo educativo, como explica Laplantine (2000), “a observação participante supõe um esforço em fazer ver para além de ver é necessário registrar a informação visual e, em seguida transformar o olhar em linguagem escrita”. Segundo afirma Lapassade (2001), “a observação participante tende a designar o trabalho de campo no seu conjunto, desde a chegada do pesquisador ao campo da investigação até iniciar as negociações que lhe darão 12 acesso ao campo, até o termino do estudo, depois de uma longa estrada no cenário de pesquisa”. Sendo assim o foco desta pesquisa está no qual tipo de dificuldade de aprendizagem mais evidente na ausência do suporte psicopedagógico. Como direcionar, a observação participante que permite ao pesquisador não somente participar como espectador, porem concede a interferência durante o processo como um participante ativo das atividades desenvolvidas in loco, para posterior sanar as dificuldades encontradas. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA BREVE HISTÓRICO SOBRE A PSICOPEDAGOGIA A Psicopedagogia remete-se a um campo de atuação, que analisa o processo de aprendizagem do indivíduo. O princípio da mesma ocorreu na Europa no século XIX e surgiu no Brasil no ano de 1970. Na Europa, a ação que gerou a psicopedagogia, propagou a convicção de que o fracasso escolar estava ligado a causas orgânicas e que era necessário um atendimento especializado. No Brasil, as dificuldades de aprendizagem preliminarmente foram relacionadas a uma disfunção neurológica chamada Disfunção Cerebral Mínima (DCM) que se tornou moda, auxiliando para dissimular problemas sociopedagógicos. Conforme BARBOSA (2002), o psicopedagogo e educador argentino Jorge Visca estabeleceu Centros de Estudos Psicopedagógicos (CEPs) no Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Salvador e Curitiba, sucedendo que o Centro do Rio de Janeiro e São Paulo operavam constantemente, com a intenção de propagar a Epistemologia convergente “utilizando-se da integração de três linhas da Psicologia: Psicogenética de Piaget; Escola Psicanalítica (Feud); a escola de Psicologia Social e Enrique Pichon Riviere”. (THOMSEN, 2007). A psicopedagogia nasceu com o intuito de atender os problemas de aprendizagens e entender melhor este processo, objetivando compor novas propostas com práticas voltadas para a melhoria da qualidade das ações pedagógicas nas escolas. Sendo assim, Neves apud Bossa, defende que a: 13 Psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades internas e externas da aprendizagem, tomadas em conjunto. E, mais procurando estudar a construção do conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos (1991, p.12). A práxis psicopedagógica constitui-se na mediação, na análise, na observação e no diagnóstico de possíveis dificuldades patológicas educacionais. A mesma possui um objeto de estudo que conforme define GOLBERT, deve: Ser entendido a partir de dois enfoques: preventivo e terapêutico. O enfoque o preventivo considera o objeto de estudo da Psicopedagogia o ser humano em desenvolvimento, enquanto educável. Seu objeto de estudo é a pessoa ser educada, seus processos de desenvolvimento e as alterações de tais processos. Focaliza as possibilidades do aprender, num sentido amplo. Não deve restringir a uma só agencia como a escola, mas ir também à família e à comunidade. Poderão esclarecer, de formas mais ou menos sistemáticas, a professores, pais, e administradores sobre as características das diferentes etapas do desenvolvimento, sobre o progresso nos processos de aprendizagem, sobre as condições psicodinâmicas da aprendizagem, sobre as condições determinantes de dificuldades de aprendizagens. O enfoque terapêutico considera o objeto de estudo da Psicopedagogia a identificação, análise, elaboração de uma metodologia de diagnóstico e tratamento das dificuldades de aprendizagens. (1985, p.13) O psicopedagogo opera tanto dentro quanto fora do espaço escolar, atuando preventivamente ou terapeuticamente, conforme os estudos de LOMONICO salientaram:Preventivamente, ele atua junto aos professores, pais, e técnicos, de vários modos: Proporcionando condições para análise e reflexão sobre o papel da escola; Proporcionando condições para que as situações de ensinos sejam percebidas e organizadas, de acordo com o desenvolvimento dos alunos, mediante conhecimento e reflexão sobre habilidades e princípios que são pré-requisitos para as aprendizagens; Auxiliando toda equipe escolar na determinação, escolha e elaboração dos objetivos educacionais, das estratégicas de ensino e dos instrumentos de avaliação; Proporcionar condições para a ação e reflexão sobre os erros metodológicos dos professores e erros dos alunos, a fim de encontrar soluções mais accessíveis para os mesmos. Numa linha terapêutica, ele poderá: Discutir e, se necessário, preparar e/ou ajudar o professor para a realização de atendimento psicopedagógico a grupos de alunos (5 a 8 anos) ou individualmente; Participar do diagnóstico dos distúrbios específicos de aprendizagem; 14 Dar atendimento psicopedagógico a grupos de alunos, quando dispuser de tempo; Auxiliar professor na compreensão de problema de aprendizagem e/ou bloqueio de aprendizagem, de modo que ele levante alternativas de ação para solução dos mesmos. (1992, p.19) Desta maneira o psicopedagogo atua na prevenção dos problemas de aprendizagem, buscando alcançar uma solução, possuindo como enfoque o aluno. 3.1 A RELEVÂNCIA E O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO Diversas crianças enfrentam problemas de aprendizagem referente à leitura e à escrita, quando essa situação ocorre, muita das vezes a responsabilidade desses “insucessos” reflete sobre o aluno. Todo este contexto nos leva a refletir sobre duas questões: por que esse aluno não consegue aprender? E por que esse educador não consegue ensinar? Há diversos fatores que contribuem de modo negativo ou positivo para que a aprendizagem ocorra de maneira significativa, como por exemplo, o meio social, a família, a escola e o professor. Vale ressaltar que diante deste cenário apresentamos o psicopedagogo e sua importância no campo escolar. Muitas escolas perpassam por grandes desafios de lidar com as dificuldades de aprendizagem e ao mesmo tempo promover propostas de intervenção eficiente que contribua para a superação dos problemas de aprendizagem dos alunos. Deste modo, defende-se a relevância do psicopedagogo no ambiente escolar, como um profissional habilitado, que se respalda na observação e na análise, com o objetivo de não somente identificar possíveis problemas, mas de possibilitar orientações didáticas metodológicas conforme as características de cada indivíduo. De acordo com Bossa (2000), a assistência de um psicopedagogo no ambiente escolar é fundamental ou, seja sua presença é de extrema relevância neste contexto. A sua intervenção engloba: • Orientar os pais; • Auxiliar os educadores e consequentemente a toda comunidade aprendente; 15 • Buscar instituições parceiras (envolvimento com toda a sociedade); • Colaborar no desenvolvimento de projetos (Oficinas psicopedagógicas); • Acompanhar a implementação e implantação de nova proposta metodológica de ensino; • Promover encontros socializadores entre corpo docente, discente, coordenadores, corpo administrativo e de apoio e dirigentes. O papel do psicopedagogo consiste em auxiliar os educadores e prepará-los para lidar com os problemas e dificuldades de aprendizagem, possibilitando aos mesmos métodos e ferramentas que proporcione uma aprendizagem significativa. E a vontade do aluno aprender se torna muito maior, pois o mesmo se avalia como protagonista neste processo de ensino e aprendizagem. O psicopedagogo é um profissional imprescindível para lidar com problemas de aprendizagem escolar. 3.2 A NECESSIDADE DE UM PSICOPEDAGOGO NO AMBIENTE ESCOLAR No processo de ensino e aprendizagem é muito relevante a intervenção de um profissional psicopedagogo, quando o educando não alcançam por si mesmo resultados favoráveis neste processo. Como ressalta Maria Augusta Mota de Miranda “O papel do psicopedagogo é de suma importância, porque ele vai agir como um “solucionador” para os problemas de conduta e aprendizagem.” (MIRANDA, 2011, p. 01). A ação do mesmo na escola deve ser preventiva. Bossa (2007) afirma que esta atividade possui níveis divergentes de atuação. No primeiro nível o psicopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de diminuir a “frequência dos problemas de aprendizagem”. Seu trabalho incide nas questões didático-metodológicas, bem como na formação e orientação de professores, além de fazer aconselhamento aos pais. No segundo nível o objetivo é diminuir e tratar dos problemas de aprendizagens já instalados. Para tanto cria-se plano diagnóstico da realidade institucional, e elaboram-se planos de intervenção baseados nesse diagnósticos a partir do qual se procura avaliar os currículos com os professores, para que não se repitam tais transtornos. No terceiro nível o objetivo é eliminar transtornos já instalados em um procedimento clínico com todas as suas implicações. O caráter preventivo permanece aí, uma vez que ao eliminarmos um transtorno, estamos prevenindo o 16 aparecimento de outros. (BOSSA, 2007, p. 25) Essa atuação do psicopedagogo no contexto escolar faz-se necessária, pois o mesmo estuda as características da aprendizagem humana, as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. Além disso, o profissional atua no ambiente escolar com ferramentas específicas, avaliações e estratégias eficazes que são habilitadas para atender o aluno em suas singularidades. Compete ainda ao psicopedagogo dar suporte a escola, reformulando sua atuação junto a educando e educadores, verificando o processo de aquisição e integração do conhecimento no espaço escolar. O mesmo também age na investigação da vida escolar e familiar do discente, orientando o aluno da melhor maneira possível por meio de materiais pedagógicos, entrevistas, provas projetivas (desenhos) etc. Diante de todos os pressupostos, observa-se que a presença do profissional psicopedagogo torna-se indispensável, para que as dificuldades de aprendizagem sejam sanadas e para que o, educando adquira melhores resultados no futuro. As causas e entraves da relação família-escola e dificuldade de aprendizagem. A família e a escola devem ser vista como um conjunto de responsabilidades, a família é o primeiro grupo social do qual a criança faz parte e o seu primeiro meio de socialização. No entanto as mudanças culturais produzidas na maternidade produzem e enfatizam diariamente as dificuldades que a família atual enfrenta, na sua função de transmissora da cultura. Para incorporar esses instrumentos culturais, a criança precisa da relação com outro, criando assim um vínculo para que haja um espaço ideal de aprendizagem. (BOK; ET AL, 2009). Percebe-se que a maioria das famílias não interage com a escola de seus filhos; por outro, lado as escolas, em sua função institucionalizada, com a grande frequência, não procuram uma relação mais estreita com as famílias, preocupando-se somente com o que acontece do lado de dentro dos portões, esquecendo-se para um bom comportamento e aprendizado da criança depende muito de sua vida afetivo- 17 familiar e o ambiente que a mesma se encontra. Sendo assim a escola e a família tornam-se uma união indispensável para a formação do indivíduo. Pois nota-se que atualmente, o quanto está união tem estado em crise, nos deparamos com uma realidadeum tanto assustadora, devido á falta de algumas famílias na participação do processo educacional de seus filhos. Costuma-se dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, a família cabe oferecer a criança e ao adolescente, a pauta ética para a vida em sociedade e a escola instruí-lo para que possam fazer frente ás exigências competitivas do mundo na luta pela sobrevivência (OSÓRIO, 1996, p. 82). Como podemos observar a família e a escola torna-se a principal norteadora no processo de ensino-aprendizagem das crianças, pois para se chegar a um posicionamento ideal, e no caminho correto é necessário unir-se a um só objetivo e juntos realizar um trabalho direcionado no âmbito escolar. Essa união pode influenciar direta ou indiretamente no desenvolvimento da aprendizagem da criança, adolescente e jovem, uma vez que os pais ou responsáveis legais pelo processo educativo dos mesmos não correspondem aos preceitos da escola este sujeito irá apresentar uma queda significativa nos resultados almejados. Pois é a família que propicia os aportes afetivos e, sobretudo materiais necessários para o bem-estar dos componentes familiar, e a escola deve oferecer o suporte para garantir o ensino-aprendizagem. Se não ocorrer, ato de ensinar fica sempre comprometido com a construção do ato de aprender, faz parte de suas condições externas. A má qualidade do ensino provoca um desestímulo na busca do conhecimento. Não há, assim, um investimento dos alunos, do ponto de vista emocional, na aprendizagem escolar, e esse movimento seria uma condição interna básica. Caso que o tal desinteresse é visto como problema apenas do aluno, sendo ele encaminhado para diagnóstico psicopedagógico por “não ter o menor interesse nas aulas” e “não estudar em casa”, baixando assim sua produção (WEISS, 2000, P. 18). O fato é que atualmente as escolas assumiram o papel de ensinar e educar as crianças por diversas causas, entre elas problemas sociais, emocionais, econômicos e tantos outros como pais e mães separados a procura de condições de vidas melhores, muitos pais se veem obrigados a deixar seus filhos a mercê da escola, 18 para que além de ensina-las as eduquem. Pais por trabalharem o dia todo para trazer o sustento da casa acabam condicionando seus filhos a valores sociais transitórios. Desta forma os filhos tornam-se crianças sem limites, desatentos, rebeldes, desestimulados e consumistas e os pais para suprir sua ausência acabam se tornando um facilitador financeiro dos mesmos. Diante das observações: será que a família do século XXI está em condições de oferecer aos seus filhos todo o aparato necessário á sua construção subjetiva? E o papel do psicopedagogo que atua nas escolas? Que atitudes ele pode e deve tomar para promover um elo entre família e escola? Deverá levar a família para dentro da escola, para juntas contribuírem no processo de desenvolvimento de aprendizagem da criança? De acordo com (GOKHALE, 1980, P.93) ”a família não é apenas o berço da cultura, é a base para um futuro melhor, também é o centro da vida social. A educação bem sucedida da criança no ambiente familiar é que vai servir de apoio á sua criatividade e ao seu comportamento produtivo quando for adulto. A família tem sido, e será a influencia mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas”. Por lado temos observado o crescente aumento de pais separando, e isso acaba acarretando muitas mães. Como afirma Jardim (2006) ”atualmente, na maior parte das famílias as mulheres são responsável pelo sustento do seu lar, á vida econômica passou a ser instável e os valores morais passaram a ser transitórios” (p. 36). Desta forma, sem a monitoração dos pais, a principal referencia educacional, as crianças acabam condicionando-se a várias situações, como falta de regras, de limites, de valores. A atualidade tecnológica a qual as crianças têm acessibilidade e muitas vezes sem supervisão sendo exposto a todos os tipos de informações que podem não estar sendo adequadas, e assim levá-los a serem influenciados negativamente atrapalhando o rendimento escolar. Como esclarece o artigo 4º do Estatuto da Criança e Adolescente discorre que “e dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público 19 assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos referentes á saúde, a alimentação a educação, ao esporte, ao lazer, a profissionalização, a cultura, a liberdade, a convivência familiar e comunitária” (BRASIL, 1990). Por isso que é imprescindível que os pais e a escola exerçam um papel de cumplicidade, pois tanto a família quanto a escola tem a finalidade de formar as crianças com uma visão de mundo acentuada, que mais lá na frente conseguirá arquitetar, formular e exercer o seu ofício de ser social, pois “[...] se toda pessoa tem direito á educação, é evidente que os pais também possuem o direito de serem educados ou ao menos informados no tocante á melhor educação a ser proporcionado a seus filhos”. (PIAGET, 2007, p. 50). Desta forma, é indispensável dissociar a família da escola ou vice-versa, é nesse cenário que envolve o ensino aprendizagem. Se não houver acompanhamento, muitas crianças irão enfrentar dificuldades relacionadas á leitura e a escrita, quando esse problema acontece na maioria das vezes á responsabilidade desse fracasso recai somente sobre o aluno e esquecemos que o mesmo tem família e frequenta uma escola com profissionais que deveriam acompanha-los. A família, além de ser o ambiente adequado para o desenvolvimento do sujeito, também é responsável pelo processo de socialização e desenvolvimento intelectual, ainda que não seja um conhecimento sistematizado como o da escola, mas aquele que passa de geração em geração, transmitindo hábitos, saberes, e comportamentos que o moldarão e o acompanharão durante toda vida. (SILVA, 2010). A escola como função de disseminar um saber específico, sistematizado, possibilitando ao sujeito a aquisição de conhecimentos que os levem a um saber cientifica e organizado. 3.3 A VISÃO DOS DIFERENTES SEGUIMENTOS REFERENTE “A ESCOLA” Como podemos observar, segundo Oliveira e Marinho Araújo (2010), uma pesquisa realizada com professores de uma escola do interior de São Paulo-SP, mostrou que há um desconhecimento por parte do mesmo sobre as características das 20 famílias de seus alunos, e por isso passam a idealizá-las como se fossem um ancoradouro, ou as descrevem de maneira estereotipada e expressões discriminativas. “[...] envolver a família na educação escolar pode representar uma ameaça para alguns professores, por se sentirem destituídos de sua competência e de seu papel de ensinar”. (OLIVEORA; MARINHO-ARAUJO, 2010 p.104). A família apesar de ter seu campo de atuação limitado no ambiente escolar, á escola, por sua vez, julga-se apta no direito de entrar nos problemas domésticos para ajuda-los. Entende-se que a família está por trás do sucesso ou do fracasso do aluno. Por sua vez os professores reclamam, por conta da desestruturação que a família sofre nos dias atuais, a escola se vê obrigada a assumir um papel que não lhe pertence, pois o que o aluno vive em casa reflete no interior da sala de e no seu aprendizado. “As famílias que não se enquadram no suposto modelo desejado pela escola são consideradas grandes responsáveis pelas disparidades escolares”. (OLIVEIRA, 2010, p.102 apud SILVA, 2010, p. 23). Nas práticas, a aproximação dessas duas instituições tem como objetivo a reafirmação de regras e que somente a escola julga-se capaz de efetuar.Esse quadro frequente acaba afastando as famílias da escola, pois os pais se sentem incapazes de caminhar em situação de igualdade para orientar o filho. (CASTRO; REGATTIERI, 2009). Nota-se que em muitos casos os pais não tem o devido preparo para lidar com essas questões. A comunidade escolar, conhecendo essa realidade, poderá orientá-los nessa busca, criando ambientes propícios para o desenvolvimento do aluno, trabalhando a sua individualidade e dando suporte ás famílias de acordo com as especificidades de cada uma. Somente através do diálogo e do empenho mútuo na busca das soluções, a tão esperada parceria escola-família será fortalecida e colocada em prática. 3.4 A RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA Como podemos observar, segundo os estudos de Bhering e Siraj-Blatchford (1999), Bhering (2003), (apud OLIVEIRA e MARINHO-ARAUJO, 2010), comprovam que os pais comungam da opinião de que a iniciativa deve partir da escola, que deveria abrir espaço para um desenvolvimento dinâmico, não somente no auxílio da execução 21 das tarefas, leituras e jogos, mas também na participação nas atividades dentro da escola, auxiliando na aprendizagem direta do aluno, tanto na sala de aula, como na biblioteca e nas excursões. Também poderia colaborar prestando serviços em eventos como feiras, aquisição de materiais para a escola etc. Mas o que se vê na prática é uma interação superficial e ineficiente, que se processa esporadicamente, na saída da escola, nas reuniões de pais e em datas comemorativas. Pais e professores mostram-se hesitantes quanto ás funções. Apesar de terem um objetivo em comum, que é um bom desempenho escolar dos alunos, acreditam ter obrigações diferentes quanto a educação escolar. Para os pais caberia a eles preparar o filho para receber tal educação; e os professores a função de se responsabilizar totalmente por essa educação. Os entraves, alunos, pais e escola. Nota-se que as pesquisas recentes, realizadas em escolas particulares no Paraná, comprovam que alunos do Ensino Médio veem de forma negativa essa relação. Os pais são chamados ao colégio somente para ser cobrado quanto ás notas baixas dos filhos ou quanto ao mau comportamento, o que causa uma indignação aos alunos, pois reclamam que o cenário nunca acontece, ou seja, os pais serem chamados porque os filhos fazem jus a um elogio por boas notas ou por bom comportamento. (OLIVEIRA E MARINHO-ARAUJO, 2010). Para os alunos das séries iniciais, 1ª a 8ª séries, em pesquisa realizada no Distrito Federal (DF), os pais são mais participativos, principalmente nas reuniões de pais, havendo uma diminuição á medida que vão avançando de séries. Com a intenção de melhorar essa interação, os alunos propuseram a intermediação entre escola e família executada por eles, com objetivo de incentivar os pais a participarem mais ativamente do ambiente escolar, através da entrega de avisos e informes, da solicitação de participação nas atividades etc. Este último dado sinaliza para o importante papel que os próprios alunos 22 podem assumir diante das relações entre suas famílias e a escola, pois, geralmente, ao investigar os processos de comunicação entre família e a escola, suas influencias, intersecções e interações, as pesquisas focalizam especialmente o papel dos adultos nesta interelação. (OLIVEIRA; MARINHO-ARAUJO, 2010, p. 106). Segundo os relatos dos diferentes seguimentos, pode-se observar o quanto essa relação é distinta para cada uma das partes envolvidas. Família e escola compartilham do mesmo propósito, que é o bom desempenho escolar do filho-aluno, mas divergem quanto ás suas responsabilidades para que esse objetivo seja atingido. Mediante as informações torna-se imprescindível o papel do psicopedagogo na relação família-escola, como afirma Nascimento o papel do psicopedagogo na instituição escolar. [...] é o profissional indicado para assessorar e esclarecer a escola a respeito de diversos aspectos do processo ensino-aprendizagem e tem uma atuação preventiva. Na escola, o psicopedagogo poderá contribuir no esclarecimento de dificuldades de aprendizagem que não têm como causa apenas deficiências do aluno, mas que são consequências de problemas escolares. Seu papel é analisar e assinalar os fatores que favorecem, intervêm ou prejudicam uma boa aprendizagem em uma instituição. Propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis ás mudanças educacionais, visando evitar processos que conduzam ás dificuldades da construção do conhecimento. (NASCIMENTO, 2013, p. 01). Ainda de acordo com Nascimento (2013), o psicopedagogo em uma instituição escolar, poderá desenvolver vários trabalhos, como por exemplo: ajudar os professores na elaboração dos planos de aula, objetivando a melhoria no entendimento por parte dos alunos; ajudar a construir o projeto pedagógico da instituição; orientar os professores na ajuda mais afetiva de algum aluno que apresente alguma dificuldade de aprendizagem em sala de aula; realizar diagnóstico institucional, minimizando os problemas pedagógicos que estão ou que venham prejudicar o processo ensino- aprendizagem dos alunos; fazer o encaminhamento do aluno, caso necessário, para um profissional (psicólogo, fonoaudiólogo, neuropediatra etc.), partindo de avaliações psicopedagógicos; conversar com os pais, colocando-os a par dos acontecimentos na escola, fornecendo orientações a respeito de alguma situação que se apresenta; 23 auxiliar direção e profissionais da escola para que tenham bom relacionamento entre si; dialogar com aluno (criança ou adolescente), auxiliando e orientando quando necessário; etc. Por final detectando os problemas a serem enfrentados, o psicopedagogo deverá intervir junto á família dessas crianças. Essa intervenção poderá ser realizada, por exemplo, por meio de uma entrevista, realizando uma anamnese com membros dessa família, um estudo da história de vida da criança, para que ele possa se inteirar de informações de fundo orgânico, cognitivo, emocional e social dessas crianças. Posteriormente, poderá de acordo com o resultado, realizar atividades individuais e/ ou em grupo. (NASCIMENTO, 2013). É de fundamental importância que o psicopedagogo analise o aluno em todo o seu contexto. Só assim conseguirá concluir o seu diagnóstico de maneira eficaz e não sobrecarregar o aluno, taxando-o de incapaz. 4. METODOLOGIA DE AÇÃO Todas as atividades propostas para o plano de intervenção acontecerá em sala de aula da referida turma. Em tempo de duas horas semanal ocorrerá nos primeiros tempos de aula no turno vespertino. O plano consistirá em desenvolver primeiramente em um levantamento prévio de como. Identificar as causas dos problemas de aprendizagem, após descrever a relação entre dificuldades e problemas de aprendizagem, por fim apontar as intervenções frente ás dificuldades encontradas. A atividade será realisado por intermédio de questionário, entrevista e observação, portanto seguirá um roteiro. No dia anterior a equipe irá se reunir na escola para distribuir os questionários para os alunos responderem junto aos pais. No dia seguinte será feito uma roda no interior da sala para dialogar sobre os questionários entregues no dia anterior. Após a observação dos questionários que não foram respondidos pelos pais, a equipe irá realisar uma breve entrevista com os alunos como. 24 a) Quais as matérias que você tem mais dificuldades? b) Seus pais participam das reuniões da escola? c) Você mora com seus pais ou com seus avós? d) Qual seu entendimento sobre o papel da escola e da família? Objetivo:Levantar dados que facilitem o processo de desenvolvimento de outras atividades, evidenciando a relação entre escola e família. O que irá ser preciso: Blocos de anotações para anotar as respostas; Resultados esperados: Oportunizar a todos que expressem suas opiniões sobre o assunto discorrido durante as atividades, assim coletar as informações necessárias para a execução das posteriores intervenções. 5. ANÁLISE DOS DADOS / RESULTADOS Os dados obtidos através da observação foram transcritos e analisados. Na análise textual da pesquisa qualitativa, foi necessário descrever e interpretar os dados do trabalho através da análise, a fim de compreender os discursos e fenômenos existentes na pesquisa. Segundo Severino (2007), a investigação qualitativa encontra- se mais direcionada á compreensão e descrição de fenômenos globalmente considerados. A seleção da escola surgiu a partir da necessidade de analisar as dificuldades de aprendizagem que os alunos apresentavam. Além de ressaltar a importância da atuação do psicopedagogo frente á estas dificuldades. A pesquisa foi realizada in loco na Escola Municipal Hahnemann Bacelar com alunos das séries iniciais do 4º ao 5º ano, estando na faixa etária de 9 a 11 anos. A visita foi realizada no dia 21 de Agosto de 2019, na qual a equipe foi acolhida pela gestora da escola. O inicio da coleta de dados deu-se a partir de uma entrevista prévia com a gestora, na qual foi identificado como problema que a maioria dos alunos apresenta dificuldades escolares devido a fatores sócio emocionais, como por exemplo, questões econômicas, pais separados, crianças que vivem com avós analfabetos, famílias desestruturadas e entre outros fatores. Constatou-se que as causas emocionais podem causar dificuldades de 25 aprendizagem. Segundo Fonseca (2005) as causas emocionais são distúrbios psicológicos, ligados ao sentimento e emoções do indivíduo que podem causar alterações na área motora, sensorial, entre outros. Logo, ressalta-se a importância do psicopedagogo no ambiente escolar, pois o mesmo pode auxiliar a escola e aos educadores, através de estratégias e ferramentas para trabalhar com os alunos. A hipótese foi levantada pela equipe através da entrevista com a gestora e um questionário respondido pelos alunos juntamente com os pais. O planejamento da intervenção foi todo pautado dentro do contexto familiar e escolar: Ocorreu em sala de aula na referida turma em tempo de 2 horas semanais em horário vespertino, onde as séries do 4º e 5º ano funcionavam. O plano de intervenção tem como objetivo desenvolver um levantamento prévio sobre convivência afetiva e a relação entre alunos e pais, na respectiva participação no processo de desenvolvimento da aprendizagem dos filhos, e se eles interagiam ativamente nesse processo. A identificação dos alunos com dificuldades de aprendizagem foi feita através de observação dos mesmos juntamente com a gestora. Para coleta de dados, foi realizado um questionário com os alunos do 4º e 5º ano, sendo 127 alunos do 4º ano e 119 alunos do 5º ano, no total de 246 alunos do turno matutino e vespertino. Foram distribuídos questionários para os alunos levar para casa relacionada a raciocínio lógico, interpretação textual, leitura e escrita. Apenas 196 alunos responderam o questionário com os pais, verificou-se que estes possuem apenas uma pequena dificuldade no raciocínio lógico. Dos 246 alunos que levaram o questionário para casa, 50 alunos não responderam. Após o recolhimento dos questionários no dia seguinte foi realizado uma roda de conversa com os alunos que não o responderam. Na roda de conversa continha as seguintes perguntas: a) Quais as matérias que você tem mais dificuldades? b) Seus pais participam das reuniões da escola? c) Você mora com seus pais ou com seus avós? 26 d) Qual seu entendimento sobre o papel da escola e da família? O objetivo da coleta de dados foi levantar dados que facilitem o processo de desenvolvimento de outras atividades, evidenciando a relação entre escola e família. Diante disso, foi possível averiguar a importância do psicopedagogo no processo de ensino e aprendizagem, principalmente em questões sócio emocionais. Segundo Fernandez, para a criança se reconhecer como autora de pensamento é necessário que o outro lhe acompanhe, reconhecendo como autora. Observa-se que algumas famílias facilitam a promoção de espaços para que autoria de pensamentos emerja e outra não. Na tabela abaixo será apresentado as turmas do 4º e 5º ano: Tabela 1- Quantidade de alunos matriculados na escola A tabela demonstra a quantidade total de aluno pertencente as séries do 4º e 5º ano. Sendo que as séries do 5º ano funcionam em horário vespertino. MATUTINO ANO TURMA NÚMERO DE ALUNOS MATUTINO 4º A 25 MATUTINO 4º B 25 MATUTINO 4º C 25 VESPERTINO 4° D 26 VESPERTINO 4° E 26 VESPERTINO 5° A 30 VESPERTINO 5° B 30 VESPERTINO 5° C 29 VESPERTINO 5° D 30 27 Figura 1- Refere-se aos resultados do questionário realizado, na qual obtiveram-se os fatores que podem interferir na aprendizagem. Constatou-se através das perguntas realizadas que dos 50 alunos, todos possuem dificuldade em alguma disciplina, além disso, 24% possuem dificuldades sócias emocionais e econômicas, 16% possuem famílias desestruturadas, 16% com falta de interesse nos estudos. Outros 14% são indisciplinados e 12% desestimulados. Além disso, 10% possuem dificuldade em leitura e escrita e 8% dos alunos não possuem apoio familiar. Referente à pergunta sobre o papel da escola e da família eles foram omissos. O apoio que a família oferece ao aluno é de grande importância, pois muitos possuem dificuldades individuas que a escola não consegue suprir. O sucesso depende da família. Sendo assim, a família possui grande participação na construção do conhecimento e na direção do aluno ao sucesso ou fracasso escolar, cabe aos pais um papel específico no desenvolvimento da aprendizagem. A família desempenha um papel importante na condução e evolução do problema acima mencionado, muitas vezes não quer enxergar essa criança com dificuldades que ás vezes está pedindo socorro por um abraço, um carinho, para chamar atenção para seu pedido, a sua carência. Esse vínculo afetivo é muito importante para o desenvolvimento da criança. Sabemos que uma criança só aprende 28 se tem o desejo de aprender, e para isso é importante que os pais contribuam nesse processo. 6. CONCLUSÃO Concluímos que desde os primórdios não se podem negar ao indivíduo que sempre teve necessidade de buscar conhecimentos, ao longo do tempo, várias maneiras de fazê-lo, procurando assim uma permanente revitalização e reinvenção do seu desenvolvimento como ser humano. Em 1920, com o surgimento da Escola Nova, movimento que tinha como proposta a reinvenção da escola, aliando conhecimento de psicologia e biologia, entre outras ciências, o aluno é instituído como sendo o sujeito de maior importância dentro da escola, e o conhecimento devendo ser mais próximo possível de suas experiências pessoais. Como então separar a família da escola, ou vice-versa, sendo aquela responsável pelo desenvolvimento da personalidade da criança, pois é a primeira instituição que a criança tem acesso? Através do olhar familiar, a criança descobre o mundo, incorporando as técnicas e os comportamentos peculiares deste ambiente, pois é o seu primeiro contato desde o nascimento. “A família reproduz em seu interior a cultura que a criança internalizará”. (BOCK; ET AL, 2009, p. 252). Ao chegar á escola, criança leva consigo uma bagagemde conceitos, repertórios e experiências que vão influenciar em sua vida escolar. Família e escola dividem uma importante tarefa, de preparar as crianças e os adolescentes para vida em sociedade. A escola, com sua infinidade de conhecimentos organizados, surgi para dar a direção ao indivíduo, lapidando-o para exercer com firmeza a sua cidadania e desenvolver senso crítico, tornando-se “um ser capaz de transformar sua realidade”. (BENITEZ, 2008, p. 08). Podemos observar enormes complexidades que, sem dúvida alguma, exerce influência sobre cada indivíduo, e para cumprir o seu papel de proporcionar um ensino de qualidade, á atual estrutura do sistema educacional deve tomar a iniciativa de aproximar-se das famílias. Castro; Regattieri (2009, p. 60), “para isso, a escola e os sistemas poderiam responder perguntas simples, tais como”. _ Por que chamar as famílias á escola? 29 _ Quando e por que, ir ás famílias? _ Nos encontros programados pelos educadores, os familiares têm oportunidades para falar o que pensam? _ As situações de interação contribuem realmente para aproximar e família, ou acabam aumentando a distâncias sociais e culturais entre elas? _ A escola está aberta para conhecer e respeitar a cultura, a organização e os saberes dos grupos familiares mais distanciados do padrão tradicional? _ Os familiares têm mesmo poder de interferência nos conselhos, assembleias, colegiados? _ A escola utiliza o conhecimento mais acurado que tem ao se aproximar das famílias para se planejar rever, suas práticas e formas de tratar os alunos? _ Quando a escola se aproxima da família e percebe situação de vulnerabilidade social, ela consegue convocar atores para encaminhar os apoios necessários? Desta forma, revelam-se a dificuldades de ambas, família e escola, em administra as suas diferenças. A família reclama que a escola foca somente o lado negativo do aluno, rotulando-o imediatamente após um mau comportamento ou uma dificuldade na realização de alguma tarefa, não buscando informações relevantes que muitas vezes resolveria o problema de maneira mais rápida e tranquila. A escola reclama que a família não atende aos seus apelos, ficando á margem das situações- problema, não assumindo sua parte nessa parceria. Nota-se que na maioria das vezes, os pais veem a escola e os professores de seus filhos como seres superiores, e isso os assustam e os deixa receoso, gerando um sentimento de inferioridade e proporcionado um distanciamento da vida escolar dos filhos. Essa total falta de sintonia entre família e escola causa uma falência no sistema educacional, pois onde era para existir uma parceria, existe uma adversidade, fazendo com que o aluno, muitas vezes, se sinta disputado, e ao mesmo tempo, desprotegido. As expectativas que a sociedade deposita na educação dessas duas instituições agregam uma complexa e exigência tarefa, revelando as duas fases de 30 uma mesma moeda: “de um lado a crença na importância do envolvimento parental, de outro a crítica á sua insuficiência”. (DIOGO, 2010, p. 93). O papel do psicopedagogo é de grande importância na escola, atingindo “seus objetivos quando, ampliando a compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abre espaço para que a escola viabilize recursos para atender ás necessidade de aprendizagem”. (NASCIMENTO, 2013, p. 05). Torna-se capaz de promover uma interação entre ambas, muitas vezes ele encontra dificuldades para colocar o trabalho em prática, pois é visto com desconfiança pela equipe educacional que não aceita mudanças no que já está instituído. Muitas vezes o psicopedagogo não tem a colaboração dos pais, que o rotulam de arrogante ou simplesmente de chato, quando procura ajuda da família para desvendar alguma dificuldade de aprendizagem ou adaptação. Como podemos observar nesse contexto, acredita-se que ainda há muito que fazer, e que antes de educar os alunos, há necessidade de educar os pais e os educadores, para que assim consigam, em parceria, educar os filhos/ alunos. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Procedeu-se uma importante observação in loco sobre a relação família e a escola, e sua importância para o desenvolvimento da criança/ aluno e o grau de envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos. E qual o verdadeiro papel do psicopedagogo e que atitude ele pode e deve tomar para promover essa interação. Pois sabemos que o estudo da psicopedagogia não está associado somente á aprendizagem da criança, de uma forma geral abrange todos os indivíduos, sejam elas crianças, adolescentes ou adultos. É também um campo de estudo que integra saúde e educação, ao trabalho psicopedagógico uma atuação preventiva e terapêutica. A atuação preventiva corresponde ás alterações ligadas ao desenvolvimento do sujeito e, a atuação terapêutica, corresponde ao diagnóstico e tratamento das dificuldades de aprendizagem. Desta forma se torna fundamental, que a comunidade escolar amplie as oportunidades de participação de todos na vida escolar da criança, fazendo da presença da família um ato político e atuando de forma democrática. 31 Atualmente trabalha-se com diferentes grupos familiares, portanto, não se deve deixar de valorizarão o ambiente ao qual o aluno pertence, pois é dele que se originam os primeiros ensinamentos que as crenças levarão para o ambiente escolar e que este procurará aperfeiçoar. Fazer desse ambiente um caminho para a cidadania é tarefa da escola, que procurará sanar as dificuldades e carência da comunidade em que o aluno esta inserido. No século passado, uma das principais funções da família era a proteção da identidade da criança até esta atingir a idade escolar, passando depois esta atribuição ao convívio social. Na travessia para o século XXI, assistimos a uma “fragmentação produzida no sujeito contemporâneo pela prevalência da imagem, pela inflação do real e pela falência simbólica”. (BERNARDINO; KUPFER, 2008, p. 671). Ou seja, na contemporaneidade há um questionamento das tradições, uma inversão de posições, alterando a papel social da função paterna. O sujeito não mais questiona “quem sou eu”, mas “o que tenho” e “o que desejo ter”. Os pais, muitas vezes, preocupam-se em sanar o desejo dos filhos, não medindo esforço para tal, e os valores culturais, tão necessários na constituição subjetiva da criança, vão ficando esquecidos. Essa carência, aliada a frágil autoridade dos pais, poderá gerar no futuro graves problemas na criança, desde dificuldade de desenvolvimento até psicopatologias da infância, como psicoses infantis etc. Para estes acontecimentos o profissional da psicopedagogia utiliza recursos como diagnósticos, corretores e preventivos, apresentam duas linhas de ação: preventiva e clínica. a primeira tem como objetivo refletir e discutir os projetos pedagógicos, os processos didáticos e a dinâmica da instituição, focando na qualidade do que é desenvolvido em sala de aula, nas avaliações, no planejamento e na assessoria a professores, pedagogos e orientadores. Já a segunda, mais individualizada, pois sua prática é mais desenvolvida em consultório, tem por objetivo reinserir o sujeito com problemas de aprendizagem ao contesto escolar. O psicopedagogo ao analisar o projeto político pedagógico da escola, abrirá um caminho para que a escola invista no aluno, viabilizando recursos que atendam as demandas relacionadas ás dificuldades de aprendizagem. “Desta forma, o fazer psicopedagógico se transforma podendo se tornar uma ferramenta poderosa no auxilio da aprendizagem”. (NASCIMEMTO, 2913, P. 05). Afinal a escola não pode aceitar como normal a falta de motivação e 32 interessedas famílias pela vida escolar dos seus filhos, mesmo compreendendo que ações contrárias, com o intuito de promover a aproximação com as famílias são lentas e demoradas para que o objetivo seja alçando. 33 8- CRONOGRAMA BÁSICO DO PROJETO ATIVIDADES Agosto Setembro Outubro Novembro Encontro com a Tutora para a escolha dos Temas e Divisão das Equipes e Seus Componentes. 15/08 Encontro 2 com a tutora para Obtermos Orientações para a elaboração do PBL 28/08 Visita para Reconhecimento da escola ou Instituição e a permissão para elaboração do projeto. 21/08 Encontro com a Equipe para elaboração do Projeto a partir da Problemática encontrada. Construção do Projeto. 24/08 16/09 28/09 Encontro 3 com a tutora para Obtermos Orientações para a elaboração do PBL. 04/09 Encontro com a equipe para ser aplicado á prática na Escola Hahnemann Bacelar. Encontro 4 com a tutora para últimas orientações para a conclusão do PBL. 19/09 10/10 Apresentação Banner 09/11 Entrega do PBL 09/11 34 9. REFERÊNCIAS: BARBOSA, Laura Mont Serrat. A história da psicopedagogia contou também com Visca. In: Psicopedagogia e Aprendizagem. Coletânea de reflexões. Curitiba, 2002. BOSSA, Nádia Aparecida. A Psicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da prática. Porto Alegre: editora Arte Médicas, 1994. BOSSA, Nádia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artmed, 2007. BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. de L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. BRASIL. Dispõe sobre Estatuto da criança e do Adolescente – ECA – Lei 8069 de 13 de julho de 1990. CASTRO, J. M.; REGATTIERI, M. (Orgs.). Interação escola-familiar: subsídios para práticas escolares. Brasília: UNESCO, MEC, 2009. CARLOS, M, G. Formação de Professores para uma Mudança Educativa, Porto: editora Porto, 1999. DIOGO, A. M. Do envolvimento dos pais ao sucesso escolar dos filhos: mitos, críticas e evidências. Revista Luso-Brasileira de Sociologia da educação, 2010. fae.ufmg.br P. 71-96. Disponível em http:fae.ufmg.br/osfe/Diogo,%20Ana%20Matias. pdf. Acesso em 29/05/2013. FONSECA, V. Cognição, Neuropsicologia e aprendizagem: Abordagem neuropsicológica e psicopedagógica. Petrópolis: Ed. Vozes, 2008. FERNANDES, A. Avaliação Psicopedagógica: história de um percurso. Rio de Janeiro. Editora Walk, 2013. FLICK. Uwe. Desenhe da qualitativa com texto, imagem e som. Um manual prático. Tradução Pedrinho A. Guaresche 7. ed. Petropólis-RJ Vozes. 2008. GOLBERT, Clarissa S. Considerações sobre as atividades dos profissionais em Psicopedagogia na Região de Porto Alegre. In Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Ano quatro nº oito de agosto de 1985. https://www.portaleducacao.com.br GOULART, Denise Fernandes; MARCHESE, Maria Letizia. Uma foco psicopedagógico na ação pedagógica [Livro eletrônico]: relato de uma experiência. LAPLATINE, François. A Descrição Etnográfica. Paris: Nathan Université, 2000. https://www.portaleducacao.com.br/ 35 LAPASSADE, G. L’ observation participante. Revista Europeia de Etnografia de educação 2001. LOMONICO, Circe Ferreira. Psicopedagogia: Teoria e Prática. 1ª edição. São Paulo: EDICON, 1992. MIRANDA, Maria Augusto Mota. A importância do psicopedagogia na instituição escolar. Disponível em: http://www.psicopedagiabrasil.com.br/artigos.htm>.Acesso em: 30/08/2011. NASCIMENTO, F. D. do. O Papel do Psicopedagogo na Instituição Escolar. Mar/2013, 5p. Disponível em: http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia- escolar/o-papel-do-psicopedagogo-na-instituicao-escolar. Acesso em 09/06/2013. OLIVEIRA, C. B. E. de; MARINHO-ARAÚJO, C. M. A relação familiar-escolar: intersecções e desafios. Estud. psicol. (Campinas) vol.27, nº. 1. Campinas, mar. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103166X201000010 0012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em 30/05/2013. SILVA, A. M. F. da Á importância da atuação psicopedagógica no contexto escolar. Psicopedagogia On Line. 2012. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigos.asp?entrID=1422.Acesso em 08/06/2013. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007. WAAL, Paula de: TELLES, Marcos. A taxionomia de Bloom. (AGOSTO, 2004). http://www.psicopedagiabrasil.com.br/artigos.htm%3e.Acesso http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/o-papel-do-psicopedagogo-na-instituicao-escolar.%20Acesso%20em%2009/06/2013 http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/o-papel-do-psicopedagogo-na-instituicao-escolar.%20Acesso%20em%2009/06/2013 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103166X2010000100012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103166X2010000100012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigos.asp?entrID=1422.Acesso
Compartilhar