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O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NO ENFRENTAMENTO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E SUAS CAUSAS

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CURSO: PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO ESPECIAL 
EQUIPE: 
1.-BRENDA EPIFANE DIAS 
2.-IRANILDA FONSECA MENDES 
3.-SILVANA PAULA ZACARIAS DE OLIVEIRA 
 
Orientadora: ÂNGELA VIEIRA- 
Mestra em Educação Políticas Publicas e Psicóloga. 
 
O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NO ENFRENTAMENTO 
DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E SUAS 
CAUSAS 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Introdução...................................................................................................................03 
Caderno 1 
1. Participantes...........................................................................................................04 
1.1 Tema....................................................................................................................05 
1.2 Problema..............................................................................................................05 
1.3 Hipótese...............................................................................................................05 
1.4 Justificativa...........................................................................................................06 
1.5 Resumo................................................................................................................06 
1.6 Características da Escola.....................................................................................07 
1.7 Históricos da Escola ou Instituição.......................................................................07 
1.8 Crenças e Valores................................................................................................08 
1.9 Visão do Futuro....................................................................................................08 
1.10 Descrição do Projeto..........................................................................................09 
1.10.1 Objetivo Geral.................................................................................................09 
1.10.2 Objetivos Específicos......................................................................................10 
Caderno 2 
2. Descrição do Projeto.............................................................................................10 
2.1 Metodologia de Ação...........................................................................................11 
Caderno 3 
3. Fundamentação Teórica........................................................................................12 
3.1 A Relevância e o Papel do Psicopedagogo.........................................................14 
3.2 A Necessidade de um Psicopedagogo no Ambiente Escolar..............................15 
3.3 A Visão dos Diferentes Seguimentos Referente a escola....................................19 
3.4 A Relação Família-escola.....................................................................................20 
4. Metodologia de Ação..............................................................................................23 
5. Analise dos Dados..................................................................................................24 
6. Conclusão...............................................................................................................28 
7. Considerações Finais.............................................................................................30 
8. Cronograma...........................................................................................................34 
9. Referências............................................................................................................35 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 As observações, vivências e inquietações, nos impulsionaram para a 
elaboração desta pesquisa, que abrange o papel do psicopedagogo no 
enfrentamento das dificuldades de aprendizagem e suas causas. Este estudo possui 
como objetivo sanar por meio de conceitos e ferramentas, os problemas de 
aprendizagem nas distintas áreas do desenvolvimento. Faremos menção de um 
breve histórico da psicopedagogia, relatando como, quando e onde deu-se inicio a 
este processo. Abordaremos a relevância e o papel do psicopedagogo no ambiente 
escolar. Apresentaremos a necessidade de se ter um psicopedagogo na escola e 
discorreremos sobre um elo entre o psicopedagogo, a família e a escola na 
importante missão de minimizar as dificuldades de aprendizagem. Com os 
conhecimentos obtidos por meio desta especialização, conseguimos aprimorar a 
prática para a criação de estratégias eficazes que aperfeiçoarão a aprendizagem 
dos educando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 COORDENAÇAO DE EDUCAÇÃO. 
PROJETO BÁSICO PARA TCC/PBL 
LIDER: IRANILDA FONSECA MENDES 
PARTICIPANTES DA EQUIPE: BRENDA EPIFANE DIAS 
 SILVANA PAULA ZACARIAS DE OLIVEIRA 
 
 
 
1. PARTICIPANTES: 
I- Brenda Epifane Dias, nascida em 01/08/1994; Naturalidade: Manaus, AM. 
Formada em pedagogia e Pós-graduando em Psicopedagogia e Educação Especial, 
trabalha como professora de Educação Infantil em uma escola de cunho privado. A 
grande relevância em participar da elaboração deste projeto é que o mesmo nos 
proporcionará diversificadas vivências, habilidades e competências que nos foram 
transmitidas através de conhecimentos teóricos e metodológicos. Este projeto nos abre 
um leque de oportunidades como futuros psicopedagogos em refletirmos como será 
nossa prática diante dos desafios deste processo. 
II- Iranilda Fonseca Mendes, formação em Licenciatura em Pedagogia, pelo 
CEUNI-FAMETRO no Ano de 2018, e especializando em Psicopedagogia e Educação 
Especial, ainda não exerce a função na área de educação, mas tem por objetivo 
buscar mais especialização para futuramente está preparada para o mercado de 
trabalho. Além de atuar como integrante e líder da equipe, o ponto relevante é 
contribuir para que o projeto seja trabalhado de forma dialogada entre os integrantes e 
assim descrever o tema escolhido pela equipe. 
Esse tema foi escolhido por se tratar de um empecilho que impõe uma restrição no 
avanço da educação. Desta forma estaremos desenvolvendo atividades voltadas para 
as necessidades dos alunos e garantir melhorias na qualidade do ensino e 
aprendizagem. 
III-Silvana Paula Zacarias nascida, 10 de outubro de 1971 no município de 
Itacoatiara. Graduada em pedagogia no ano de 2018, atualmente concluindo uma 
especialização em Psicopedagogia e Educação Especial. Atuo com meus 
conhecimentos em aula de reforço, foi motivada a fazer o curso de pedagogia por ter 
5 
 
 
habilidade em lidar com crianças, na área de educação infantil. Devo estar sempre me 
aperfeiçoando e atualizando em novos conhecimentos para que possa contribuir para 
realização da construção autônoma. A elaboração do trabalho de conclusão de curso 
de psicopedagogia tem grande valia já que conciliaremos a teoria á aplicabilidade da 
prática. 
 
 
 
1.1 O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NO ENFRENTAMENTO DAS DIFICULDADES 
DE APRENDIZAGEM E SUAS CAUSAS 
 
 
 
 1.2 PROBLEMA 
 Como a ausência de um profissional psicopedagogo pode prejudicar o 
desenvolvimento do aluno com dificuldade no processo escolar? 
 
 
1.3 HIPOTESE 
 Qual o tipo de dificuldade de aprendizagem mais evidente na ausência do 
suporte psicopedagógico? 
 
 
6 
 
 
 
1.4 JUSTIFICATIVA 
 Identificar in loco o papel do psicopedagogo frente ás dificuldades de 
aprendizagem do educando; 
 Desenvolver um trabalho em equipe entre o professor e o profissional 
psicopedagogo beneficiando o educando para sanar a dificuldade de aprendizagem; 
 Contribuir com jogos pedagógicos para estimular o aluno nos desenvolvimentos 
cognitivos; 
 
1.5 RESUMO 
 O presente projeto tem por objetivo contribuir com o papel do psicopedagogo 
no enfrentamento das dificuldadesde aprendizagem e suas causas, indicando 
estratégias psicopedagógicas para êxito junto á família e a escola. O profissional 
psicopedagogo exerce sua função em prol da melhoria no processo de 
ensino/aprendizagem e possibilita ferramentas para que o trabalho dos educadores 
tenha resultados junto ao educando, que apresentam certas dificuldades na 
aprendizagem. Para executar a referida análise foram feitas algumas pesquisas de 
campo e estudos bibliográficos. A visita de campo ocorreu em uma escola de rede 
pública da cidade de Manaus, sendo utilizados como metodologia entrevistas e 
questionários, onde os mesmo foram respondidos por profissionais da área da 
educação. A escola analisada possui psicopedagogo, procuramos então observar 
quais ações são efetuadas pelos mesmos para sanar dificuldades de aprendizagem. 
As ações são planejadas pelo psicopedagogo junto ao corpo docente, após o plano de 
aula será desenvolvido para trabalhado de acordo com as dificuldades encontradas no 
aluno. No decorrer da observação estavam ocorrendo o intensivo plano feito para não 
deixar os alunos com dificuldades de leitura, escrita, matemática e interpretação de 
texto para trás dos alunos que estavam bem. Ao questionarmos sobre esses alunos 
com dificuldades de aprendizagem fomos informados que os mesmo têm problema 
familiar, alguns moram sós com a mãe, pai ou com avós e geralmente falta muito á 
escola e por está razão acabam sendo prejudicado no desenvolvimento escolar. 
 
Palavras-chaves: Psicopedagogia, Família-escola e dificuldade aprendizagem. 
7 
 
 
1.6 CARACTERÍSTICA DA ESCOLA 
 ESCOLA MUNICIPAL HAHNEMANN BACELAR 
 A pesquisa foi realisada in loco na Escola Municipal Hahnemann Bacelar, 
esta localizado na área urbana de Manaus, na Avenida Argentina bairro flores nº 468, 
Parque das Nações CEP: 690-28230 telefone (92) 3654-7086. O horário de 
funcionamento é de segunda á sexta nos turnos matutino e vespertino estão 
matriculados 626 na modalidade (1° ao 5° ano), no ensino fundamental incluindo 21 
alunos da Educação Especial que são acompanhados em sala de recurso e 
mediadores especializados. 
 Acessibilidade ás dependências da escola não acessíveis para as pessoas 
com deficiência, os sanitários não acessíveis ás pessoas com deficiência. 
Infraestrutura (dependências) a escola possui 12 salas de aulas, 24 funcionários, 
sanitários dentro do prédio da escola, sala de secretaria, dispensa, pátio coberto, sala 
biblioteca, cozinha, laboratório de informática, sala de leitura, sala para a diretoria, sala 
de professores, sala de atendimento especial, sala de recursos multifuncionais e 
atendimento educacional especializado. 
 Equipamentos a escola possui aparelhos de DVD, Impressora, copiadora, 
retroprojetor e televisão, computadores para uso administrativo, computadores para 
uso dos alunos e internet banda larga. 
 Infraestrutura a escola possui alimentos para os alunos, água filtrada, água 
rede pública, energia da rede pública, fossa, lixo destinado á coleta periótica. 
 
 
1.7 HISTÓRICO DA ESCOLA OU INSTITUIÇÃO 
 
 Hahnemann Bacelar nasceu em Manaus-AM em 1948 e faleceu em Belém-
PA em 1971. 
 Artista autodidata começou a expor em Manaus no prédio da Secretaria de 
Educação do Amazonas- SEDUC. Álvaro Páscoa, Joaquim Marinho, Thiago de Mello, 
8 
 
 
Francisco Marinho, Cristina Ferreira, Kahané, Plínio Coelho Júnior e Sérgio Souto são 
alguns colecionadores de seus quadros. Na Pinacoteca do Estado do Amazonas, 
encontra-se também um expressivo acervo de suas obras, destacando-se os óleos 
sobre tela e os desenhos a nanquim. 
 Os temas como pobreza, solidão e sofrimento estão sempre representa nos 
rostos retorcidos dos seus personagens. Sua cor predominante era o amarelo que 
trazia ainda mais agonia, melancolia e dor as suas obras. 
 A Escola Municipal Hahnemann Bacelar iniciou suas atividades como anexo 
da Escola Municipal Francisco Pereira no dia 06/ 06/ 2005, sendo a Gestora da escola 
a professora Maria José de melo. Houve separação devida á superlotação na escola; 
que a partir daí foram separados aproximadamente 250 alunos para estudarem em 
outro lugar. Foi alugado o prédio onde funciona atualmente. No dia 05/ 07/ 2005, 
aconteceu á posse dos Gestores Municipais em que a professora Cláudia Regina 
Pessoa de Oliveira assumiu a Direção do anexo, o trabalho da mesma nessa escola se 
estabeleceu até o final de janeiro de 2007. 
 A partir do dia 02 de fevereiro do mesmo ano assumiu a gestão da escola a 
professora Roseane Poinho de Oliveira, dando continuidade no trabalho. De imediato 
abriu turmas do 4° e 5° anos que até então não tinham e iniciou os tramites para a 
regularização do ato de criação da escola que se efetivou no dia 02/ 04/ 2008, com a 
Lei de n° 1.229, recebendo o nome de Escola Municipal Hahnemann Bacelar, em 
homenagem a um amazonense artista plástico. 
 
1.8 Crenças e valores: 
 Discutir a qualidade de ensino para refletir na melhoria das práticas 
educativas; 
 Contribuir para a formação de indivíduos com demonstração de atitudes, 
sócio- afetivas e políticas; 
 
 Formar cidadãos para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e 
humana, respeitando as diferenças sociais, culturais, econômicas, políticas e as 
limitações intelectuais e psíquicas de cada indivíduo. 
9 
 
 
 
 1.9 Visão do futuro: 
 Ser reconhecida como excelência nas práticas educativas, respeitando a identidade de 
um, sendo uma escola democrática e participativa para desta forma alcançar o IDEB de 7,0 para 
7,4 até dezembro de 2019. 
 A pesquisa iniciou se 09/ 08/ 2019 com a escolha do tema posteriormente 21 
foram o deslocamento para o campo onde foi realizada a entrevista com a gestora, 
professores e alunos para a coleta de dados. 
 
 
1.10 DESCRIÇÃO DO PROJETO: 
 Está pesquisa desenvolve-se em cunho qualitativo, nomeia-se também de 
pesquisa exploratória, in loco, em uma escola municipal da cidade de Manaus, tendo 
como alunos das séries iniciais de 4º e 5° ano, estando com a faixa etária de 9 a 11 
anos de idade. 
 Diante das observações feitas no campo da pesquisa, notou-se durante as 
aulas aplicadas que alguns alunos apresentavam dificuldades na aprendizagem e 
segundo relatos da professora muitos deles apresentavam dificuldades devidas 
algumas mudanças ocorridas em sua rotina familiar. Porém a professora notou que os 
alunos obtiveram um grande avanço após a chegada de um profissional 
psicopedagogo na escola, após algumas estratégias de ensino montada juntamente 
com o psicopedagogo, os educadores passaram a ter um retorno significativo vindo 
desses alunos. 
 Vale ressaltar que a atuação do psicopedagogo no ambiente escolar torna-se 
indispensável, pois o mesmo auxilia de forma mais efetiva a escola e principalmente os 
educadores, promovendo práticas, estratégias e ferramentas de como trabalhar com 
alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem. 
 1.10.1 OBJETIVO GERAL: 
 Listar as intervenções psicopedagógicas indicadas para dificuldades 
apresentadas. 
10 
 
 
 1.10.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
 Identificar as causas dos problemas de aprendizagem. 
 Descrever a relação entre dificuldades e problemas de aprendizagem. 
 Apontar as intervenções frente á dificuldade encontrada. 
 
2. DESCRIÇÃO DO PROJETO 
 O presente projeto constitui se a partir do momento em que a orientadora 
comunicou em sala de aula o desafio de finalização do curso de Pós-graduação em 
Psicopedagogia e Educação Especial. Logo foi realizada a organização das equipes 
com três integrantes. 
 A equipe se constituiu de forma dialogada,houve votação para a escolha da 
líder da equipe, a mesma por sua vez criou um grupo virtual para comunicar-se e trocar 
ideias. Traçamos um planejamento de encontros para construção do brainstorming e 
Feedback, partindo do princípio definido, realizamos as tarefas que a mesma delegou 
para a equipe. 
 A equipe preocupou se em seguir todos os passos do projeto, PBL que 
foram: conceber, integrar, resolver, e por último, compartilhar. O campo de atuação 
para a realização da pesquisa in loco, é a escola Municipal: Hahnemann Bacelar que 
está localizada na área urbana de Manaus. A visita foi realizada no dia 21 de Agosto 
de 2019. A metodologia aplicada foi, entrevista com perguntas formuladas, pela 
equipe. A entrevistada foi á gestora e gentilmente nos respondeu todos os 
questionamentos, desta forma foram observados que os problemas para que o aluno 
apresentem dificuldades de aprendizagens é questão familiar. 
 Segundo a mesma as crianças que apresentam dificuldades são criados 
pelos avós, pais separados e mães solteiras, todas essas questões abalam o 
emocional das crianças e prejudicam no desenvolvimento escolar. A partir das causas 
apresentada surgiu á temática, o papel do psicopedagogo no enfretamento das 
dificuldades de aprendizagem e suas causas. 
 A importância do projeto para a formação do profissional psicopedagogo é 
imprescindível, pois a articulação entre o contexto educacional e a prática teórica 
permite aquisição do saber sistematizado e a produção de novos conhecimentos. 
Pode-se perfeitamente assumir um caráter transformador por intermédio da troca de 
experiências entre o professor e o psicopedagogo e considerar os interesses e as 
11 
 
 
experiências dos mesmos sem desvia-se da sistematização lógica dos conteúdos 
previstos nos programas de ensino. 
 
2.1 METODOLOGIA DE AÇÃO. 
 
 A metodologia utilizada para o desenvolvimento do presente projeto foi a 
pesquisa qualitativa e descritiva, partindo do pressuposto de que a mesma agregará 
melhoria para qualificação docente, pois de acordo com Garcia (1999)...“Ser professor-
investigador é, pois, primeiro que tudo ter uma atitude de estar na profissão como 
intelectual que criticamente questiona e se questiona. (...) Ser professor-investigador é 
ser capaz de se organizar para perante uma situação problemática, se questionar 
intencional e sistematicamente com vista à sua compreensão e posterior solução.” 
(GARCIA, 1999, p 25). 
 Portanto, investigar não se remete apenas aqueles professores que 
lecionam, porém é função daqueles que educam tanto crianças quanto adultos em 
qualquer nível de escolaridade. A partir da pesquisa utilizada pode-se afirmar que a 
pesquisa qualitativa possui como objetivo, compreender o acontecimento em 
observação, além da observação feita in loco utilizaram-se algumas ferramentas como 
coleta de dados, entrevistas e questionários; tendo em vista que esses mecanismos 
favorecem o entendimento do problema que é, como ausência de um profissional 
psicopedagogo pode prejudicar o desenvolvimento do aluno com dificuldade no 
processo escolar? 
 Com base na observação in loco e estudo feito mediante a problemática 
surge á intenção de promover uma reflexão tanto no profissional de educação como na 
família do educando, durante o percurso de escolarização e a formação social e 
individual dos mesmos. Esta pesquisa tem suporte teórico e metodológico da 
observação participante, em que direciona se para a promoção de um breve 
conhecimento relacionado entre a escola e a família no processo educativo, como 
explica Laplantine (2000), “a observação participante supõe um esforço em fazer ver 
para além de ver é necessário registrar a informação visual e, em seguida transformar 
o olhar em linguagem escrita”. Segundo afirma Lapassade (2001), “a observação 
participante tende a designar o trabalho de campo no seu conjunto, desde a chegada 
do pesquisador ao campo da investigação até iniciar as negociações que lhe darão 
12 
 
 
acesso ao campo, até o termino do estudo, depois de uma longa estrada no cenário de 
pesquisa”. Sendo assim o foco desta pesquisa está no qual tipo de dificuldade de 
aprendizagem mais evidente na ausência do suporte psicopedagógico. Como 
direcionar, a observação participante que permite ao pesquisador não somente 
participar como espectador, porem concede a interferência durante o processo como 
um participante ativo das atividades desenvolvidas in loco, para posterior sanar as 
dificuldades encontradas. 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 BREVE HISTÓRICO SOBRE A PSICOPEDAGOGIA 
 
 A Psicopedagogia remete-se a um campo de atuação, que analisa o 
processo de aprendizagem do indivíduo. O princípio da mesma ocorreu na Europa no 
século XIX e surgiu no Brasil no ano de 1970. Na Europa, a ação que gerou a 
psicopedagogia, propagou a convicção de que o fracasso escolar estava ligado a 
causas orgânicas e que era necessário um atendimento especializado. No Brasil, as 
dificuldades de aprendizagem preliminarmente foram relacionadas a uma disfunção 
neurológica chamada Disfunção Cerebral Mínima (DCM) que se tornou moda, 
auxiliando para dissimular problemas sociopedagógicos. 
 Conforme BARBOSA (2002), o psicopedagogo e educador argentino Jorge 
Visca estabeleceu Centros de Estudos Psicopedagógicos (CEPs) no Rio de Janeiro, 
São Paulo, Campinas, Salvador e Curitiba, sucedendo que o Centro do Rio de Janeiro 
e São Paulo operavam constantemente, com a intenção de propagar a Epistemologia 
convergente “utilizando-se da integração de três linhas da Psicologia: Psicogenética de 
Piaget; Escola Psicanalítica (Feud); a escola de Psicologia Social e Enrique Pichon 
Riviere”. (THOMSEN, 2007). 
 A psicopedagogia nasceu com o intuito de atender os problemas de 
aprendizagens e entender melhor este processo, objetivando compor novas propostas 
com práticas voltadas para a melhoria da qualidade das ações pedagógicas nas 
escolas. 
 Sendo assim, Neves apud Bossa, defende que a: 
13 
 
 
 
Psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em 
conta as realidades internas e externas da aprendizagem, tomadas em 
conjunto. E, mais procurando estudar a construção do conhecimento em 
toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os 
aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos (1991, 
p.12). 
 
 A práxis psicopedagógica constitui-se na mediação, na análise, na 
observação e no diagnóstico de possíveis dificuldades patológicas educacionais. A 
mesma possui um objeto de estudo que conforme define GOLBERT, deve: 
 
Ser entendido a partir de dois enfoques: preventivo e terapêutico. O 
enfoque o preventivo considera o objeto de estudo da Psicopedagogia o 
ser humano em desenvolvimento, enquanto educável. Seu objeto de 
estudo é a pessoa ser educada, seus processos de desenvolvimento e as 
alterações de tais processos. Focaliza as possibilidades do aprender, num 
sentido amplo. Não deve restringir a uma só agencia como a escola, mas 
ir também à família e à comunidade. Poderão esclarecer, de formas mais 
ou menos sistemáticas, a professores, pais, e administradores sobre as 
características das diferentes etapas do desenvolvimento, sobre o 
progresso nos processos de aprendizagem, sobre as condições 
psicodinâmicas da aprendizagem, sobre as condições determinantes de 
dificuldades de aprendizagens. O enfoque terapêutico considera o objeto 
de estudo da Psicopedagogia a identificação, análise, elaboração de uma 
metodologia de diagnóstico e tratamento das dificuldades de 
aprendizagens. (1985, p.13) 
 
 O psicopedagogo opera tanto dentro quanto fora do espaço escolar, atuando 
preventivamente ou terapeuticamente, conforme os estudos de LOMONICO 
salientaram:Preventivamente, ele atua junto aos professores, pais, e técnicos, de 
vários modos: 
 Proporcionando condições para análise e reflexão sobre o papel da 
escola; 
 Proporcionando condições para que as situações de ensinos sejam 
percebidas e organizadas, de acordo com o desenvolvimento dos alunos, 
mediante conhecimento e reflexão sobre habilidades e princípios que são 
pré-requisitos para as aprendizagens; 
  Auxiliando toda equipe escolar na determinação, escolha e elaboração 
dos objetivos educacionais, das estratégicas de ensino e dos instrumentos 
de avaliação; 
  Proporcionar condições para a ação e reflexão sobre os erros 
metodológicos dos professores e erros dos alunos, a fim de encontrar 
soluções mais accessíveis para os mesmos. Numa linha terapêutica, ele 
poderá: 
  Discutir e, se necessário, preparar e/ou ajudar o professor para a 
realização de atendimento psicopedagógico a grupos de alunos (5 a 8 
anos) ou individualmente; 
 Participar do diagnóstico dos distúrbios específicos de aprendizagem; 
14 
 
 
  Dar atendimento psicopedagógico a grupos de alunos, quando dispuser 
de tempo; 
 Auxiliar professor na compreensão de problema de aprendizagem e/ou 
bloqueio de aprendizagem, de modo que ele levante alternativas de ação 
para solução dos mesmos. (1992, p.19) 
 
 Desta maneira o psicopedagogo atua na prevenção dos problemas de 
aprendizagem, buscando alcançar uma solução, possuindo como enfoque o aluno. 
 
3.1 A RELEVÂNCIA E O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO 
 
 Diversas crianças enfrentam problemas de aprendizagem referente à leitura 
e à escrita, quando essa situação ocorre, muita das vezes a responsabilidade desses 
“insucessos” reflete sobre o aluno. 
 Todo este contexto nos leva a refletir sobre duas questões: por que esse 
aluno não consegue aprender? E por que esse educador não consegue ensinar? 
 Há diversos fatores que contribuem de modo negativo ou positivo para que a 
aprendizagem ocorra de maneira significativa, como por exemplo, o meio social, a 
família, a escola e o professor. Vale ressaltar que diante deste cenário apresentamos o 
psicopedagogo e sua importância no campo escolar. 
 Muitas escolas perpassam por grandes desafios de lidar com as dificuldades 
de aprendizagem e ao mesmo tempo promover propostas de intervenção eficiente que 
contribua para a superação dos problemas de aprendizagem dos alunos. Deste modo, 
defende-se a relevância do psicopedagogo no ambiente escolar, como um profissional 
habilitado, que se respalda na observação e na análise, com o objetivo de não 
somente identificar possíveis problemas, mas de possibilitar orientações didáticas 
metodológicas conforme as características de cada indivíduo. 
 De acordo com Bossa (2000), a assistência de um psicopedagogo no 
ambiente escolar é fundamental ou, seja sua presença é de extrema relevância neste 
contexto. A sua intervenção engloba: 
 
• Orientar os pais; 
• Auxiliar os educadores e consequentemente a toda comunidade 
aprendente; 
15 
 
 
• Buscar instituições parceiras (envolvimento com toda a sociedade); 
• Colaborar no desenvolvimento de projetos (Oficinas psicopedagógicas); 
• Acompanhar a implementação e implantação de nova proposta 
metodológica de ensino; 
• Promover encontros socializadores entre corpo docente, discente, 
coordenadores, corpo administrativo e de apoio e dirigentes. 
 
 O papel do psicopedagogo consiste em auxiliar os educadores e prepará-los 
para lidar com os problemas e dificuldades de aprendizagem, possibilitando aos 
mesmos métodos e ferramentas que proporcione uma aprendizagem significativa. E a 
vontade do aluno aprender se torna muito maior, pois o mesmo se avalia como 
protagonista neste processo de ensino e aprendizagem. 
 O psicopedagogo é um profissional imprescindível para lidar com problemas 
de aprendizagem escolar. 
 
3.2 A NECESSIDADE DE UM PSICOPEDAGOGO NO AMBIENTE ESCOLAR 
 
 No processo de ensino e aprendizagem é muito relevante a intervenção de 
um profissional psicopedagogo, quando o educando não alcançam por si mesmo 
resultados favoráveis neste processo. Como ressalta Maria Augusta Mota de Miranda 
“O papel do psicopedagogo é de suma importância, porque ele vai agir como um 
“solucionador” para os problemas de conduta e aprendizagem.” (MIRANDA, 2011, p. 
01). 
 A ação do mesmo na escola deve ser preventiva. Bossa (2007) afirma que 
esta atividade possui níveis divergentes de atuação. 
 
No primeiro nível o psicopedagogo atua nos processos educativos com o 
objetivo de diminuir a “frequência dos problemas de aprendizagem”. Seu 
trabalho incide nas questões didático-metodológicas, bem como na 
formação e orientação de professores, além de fazer aconselhamento aos 
pais. No segundo nível o objetivo é diminuir e tratar dos problemas de 
aprendizagens já instalados. Para tanto cria-se plano diagnóstico da 
realidade institucional, e elaboram-se planos de intervenção baseados 
nesse diagnósticos a partir do qual se procura avaliar os currículos com os 
professores, para que não se repitam tais transtornos. No terceiro nível o 
objetivo é eliminar transtornos já instalados em um procedimento clínico 
com todas as suas implicações. O caráter preventivo permanece aí, uma 
vez que ao eliminarmos um transtorno, estamos prevenindo o 
16 
 
 
aparecimento de outros. (BOSSA, 2007, p. 25) 
 
 Essa atuação do psicopedagogo no contexto escolar faz-se necessária, pois 
o mesmo estuda as características da aprendizagem humana, as alterações na 
aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. 
 Além disso, o profissional atua no ambiente escolar com ferramentas 
específicas, avaliações e estratégias eficazes que são habilitadas para atender o aluno 
em suas singularidades. 
 Compete ainda ao psicopedagogo dar suporte a escola, reformulando sua 
atuação junto a educando e educadores, verificando o processo de aquisição e 
integração do conhecimento no espaço escolar. 
 O mesmo também age na investigação da vida escolar e familiar do discente, 
orientando o aluno da melhor maneira possível por meio de materiais pedagógicos, 
entrevistas, provas projetivas (desenhos) etc. Diante de todos os pressupostos, 
observa-se que a presença do profissional psicopedagogo torna-se indispensável, para 
que as dificuldades de aprendizagem sejam sanadas e para que o, educando adquira 
melhores resultados no futuro. 
As causas e entraves da relação família-escola e dificuldade de aprendizagem. 
 
 A família e a escola devem ser vista como um conjunto de 
responsabilidades, a família é o primeiro grupo social do qual a criança faz parte e o 
seu primeiro meio de socialização. No entanto as mudanças culturais produzidas na 
maternidade produzem e enfatizam diariamente as dificuldades que a família atual 
enfrenta, na sua função de transmissora da cultura. Para incorporar esses 
instrumentos culturais, a criança precisa da relação com outro, criando assim um 
vínculo para que haja um espaço ideal de aprendizagem. (BOK; ET AL, 2009). 
 Percebe-se que a maioria das famílias não interage com a escola de seus 
filhos; por outro, lado as escolas, em sua função institucionalizada, com a grande 
frequência, não procuram uma relação mais estreita com as famílias, preocupando-se 
somente com o que acontece do lado de dentro dos portões, esquecendo-se para um 
bom comportamento e aprendizado da criança depende muito de sua vida afetivo-
17 
 
 
familiar e o ambiente que a mesma se encontra. 
 Sendo assim a escola e a família tornam-se uma união indispensável para a 
formação do indivíduo. Pois nota-se que atualmente, o quanto está união tem estado 
em crise, nos deparamos com uma realidadeum tanto assustadora, devido á falta de 
algumas famílias na participação do processo educacional de seus filhos. 
 Costuma-se dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, a família 
cabe oferecer a criança e ao adolescente, a pauta ética para a vida em sociedade e a 
escola instruí-lo para que possam fazer frente ás exigências competitivas do mundo na 
luta pela sobrevivência (OSÓRIO, 1996, p. 82). 
 Como podemos observar a família e a escola torna-se a principal norteadora 
no processo de ensino-aprendizagem das crianças, pois para se chegar a um 
posicionamento ideal, e no caminho correto é necessário unir-se a um só objetivo e 
juntos realizar um trabalho direcionado no âmbito escolar. Essa união pode influenciar 
direta ou indiretamente no desenvolvimento da aprendizagem da criança, adolescente 
e jovem, uma vez que os pais ou responsáveis legais pelo processo educativo dos 
mesmos não correspondem aos preceitos da escola este sujeito irá apresentar uma 
queda significativa nos resultados almejados. 
 Pois é a família que propicia os aportes afetivos e, sobretudo materiais 
necessários para o bem-estar dos componentes familiar, e a escola deve oferecer o 
suporte para garantir o ensino-aprendizagem. Se não ocorrer, ato de ensinar fica 
sempre comprometido com a construção do ato de aprender, faz parte de suas 
condições externas. A má qualidade do ensino provoca um desestímulo na busca do 
conhecimento. Não há, assim, um investimento dos alunos, do ponto de vista 
emocional, na aprendizagem escolar, e esse movimento seria uma condição interna 
básica. Caso que o tal desinteresse é visto como problema apenas do aluno, sendo ele 
encaminhado para diagnóstico psicopedagógico por “não ter o menor interesse nas 
aulas” e “não estudar em casa”, baixando assim sua produção (WEISS, 2000, P. 18). 
 O fato é que atualmente as escolas assumiram o papel de ensinar e educar 
as crianças por diversas causas, entre elas problemas sociais, emocionais, 
econômicos e tantos outros como pais e mães separados a procura de condições de 
vidas melhores, muitos pais se veem obrigados a deixar seus filhos a mercê da escola, 
18 
 
 
para que além de ensina-las as eduquem. Pais por trabalharem o dia todo para trazer o 
sustento da casa acabam condicionando seus filhos a valores sociais transitórios. 
Desta forma os filhos tornam-se crianças sem limites, desatentos, rebeldes, 
desestimulados e consumistas e os pais para suprir sua ausência acabam se tornando 
um facilitador financeiro dos mesmos. 
 Diante das observações: será que a família do século XXI está em 
condições de oferecer aos seus filhos todo o aparato necessário á sua construção 
subjetiva? 
 E o papel do psicopedagogo que atua nas escolas? Que atitudes ele pode e 
deve tomar para promover um elo entre família e escola? Deverá levar a família para 
dentro da escola, para juntas contribuírem no processo de desenvolvimento de 
aprendizagem da criança? 
 De acordo com (GOKHALE, 1980, P.93) ”a família não é apenas o berço da 
cultura, é a base para um futuro melhor, também é o centro da vida social. A educação 
bem sucedida da criança no ambiente familiar é que vai servir de apoio á sua 
criatividade e ao seu comportamento produtivo quando for adulto. A família tem sido, e 
será a influencia mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter 
das pessoas”. Por lado temos observado o crescente aumento de pais separando, e 
isso acaba acarretando muitas mães. 
 Como afirma Jardim (2006) ”atualmente, na maior parte das famílias as 
mulheres são responsável pelo sustento do seu lar, á vida econômica passou a ser 
instável e os valores morais passaram a ser transitórios” (p. 36). 
 Desta forma, sem a monitoração dos pais, a principal referencia educacional, 
as crianças acabam condicionando-se a várias situações, como falta de regras, de 
limites, de valores. A atualidade tecnológica a qual as crianças têm acessibilidade e 
muitas vezes sem supervisão sendo exposto a todos os tipos de informações que 
podem não estar sendo adequadas, e assim levá-los a serem influenciados 
negativamente atrapalhando o rendimento escolar. 
 Como esclarece o artigo 4º do Estatuto da Criança e Adolescente discorre 
que “e dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público 
19 
 
 
assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos referentes á saúde, a 
alimentação a educação, ao esporte, ao lazer, a profissionalização, a cultura, a 
liberdade, a convivência familiar e comunitária” (BRASIL, 1990). 
 Por isso que é imprescindível que os pais e a escola exerçam um papel de 
cumplicidade, pois tanto a família quanto a escola tem a finalidade de formar as 
crianças com uma visão de mundo acentuada, que mais lá na frente conseguirá 
arquitetar, formular e exercer o seu ofício de ser social, pois “[...] se toda pessoa tem 
direito á educação, é evidente que os pais também possuem o direito de serem 
educados ou ao menos informados no tocante á melhor educação a ser proporcionado 
a seus filhos”. (PIAGET, 2007, p. 50). 
 Desta forma, é indispensável dissociar a família da escola ou vice-versa, é 
nesse cenário que envolve o ensino aprendizagem. Se não houver acompanhamento, 
muitas crianças irão enfrentar dificuldades relacionadas á leitura e a escrita, quando 
esse problema acontece na maioria das vezes á responsabilidade desse fracasso recai 
somente sobre o aluno e esquecemos que o mesmo tem família e frequenta uma 
escola com profissionais que deveriam acompanha-los. 
 A família, além de ser o ambiente adequado para o desenvolvimento do 
sujeito, também é responsável pelo processo de socialização e desenvolvimento 
intelectual, ainda que não seja um conhecimento sistematizado como o da escola, mas 
aquele que passa de geração em geração, transmitindo hábitos, saberes, e 
comportamentos que o moldarão e o acompanharão durante toda vida. (SILVA, 2010). 
 A escola como função de disseminar um saber específico, sistematizado, 
possibilitando ao sujeito a aquisição de conhecimentos que os levem a um saber 
cientifica e organizado. 
 
 3.3 A VISÃO DOS DIFERENTES SEGUIMENTOS REFERENTE “A ESCOLA” 
 
 Como podemos observar, segundo Oliveira e Marinho Araújo (2010), uma 
pesquisa realizada com professores de uma escola do interior de São Paulo-SP, 
mostrou que há um desconhecimento por parte do mesmo sobre as características das 
20 
 
 
famílias de seus alunos, e por isso passam a idealizá-las como se fossem um 
ancoradouro, ou as descrevem de maneira estereotipada e expressões discriminativas. 
“[...] envolver a família na educação escolar pode representar uma ameaça para alguns 
professores, por se sentirem destituídos de sua competência e de seu papel de 
ensinar”. (OLIVEORA; MARINHO-ARAUJO, 2010 p.104). 
 A família apesar de ter seu campo de atuação limitado no ambiente escolar, 
á escola, por sua vez, julga-se apta no direito de entrar nos problemas domésticos para 
ajuda-los. Entende-se que a família está por trás do sucesso ou do fracasso do aluno. 
Por sua vez os professores reclamam, por conta da desestruturação que a família sofre 
nos dias atuais, a escola se vê obrigada a assumir um papel que não lhe pertence, pois 
o que o aluno vive em casa reflete no interior da sala de e no seu aprendizado. “As 
famílias que não se enquadram no suposto modelo desejado pela escola são 
consideradas grandes responsáveis pelas disparidades escolares”. (OLIVEIRA, 2010, 
p.102 apud SILVA, 2010, p. 23). 
 Nas práticas, a aproximação dessas duas instituições tem como objetivo a 
reafirmação de regras e que somente a escola julga-se capaz de efetuar.Esse quadro 
frequente acaba afastando as famílias da escola, pois os pais se sentem incapazes de 
caminhar em situação de igualdade para orientar o filho. (CASTRO; REGATTIERI, 
2009). 
 Nota-se que em muitos casos os pais não tem o devido preparo para lidar 
com essas questões. A comunidade escolar, conhecendo essa realidade, poderá 
orientá-los nessa busca, criando ambientes propícios para o desenvolvimento do 
aluno, trabalhando a sua individualidade e dando suporte ás famílias de acordo com as 
especificidades de cada uma. Somente através do diálogo e do empenho mútuo na 
busca das soluções, a tão esperada parceria escola-família será fortalecida e colocada 
em prática. 
 3.4 A RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA 
 Como podemos observar, segundo os estudos de Bhering e Siraj-Blatchford 
(1999), Bhering (2003), (apud OLIVEIRA e MARINHO-ARAUJO, 2010), comprovam 
que os pais comungam da opinião de que a iniciativa deve partir da escola, que deveria 
abrir espaço para um desenvolvimento dinâmico, não somente no auxílio da execução 
21 
 
 
das tarefas, leituras e jogos, mas também na participação nas atividades dentro da 
escola, auxiliando na aprendizagem direta do aluno, tanto na sala de aula, como na 
biblioteca e nas excursões. Também poderia colaborar prestando serviços em eventos 
como feiras, aquisição de materiais para a escola etc. Mas o que se vê na prática é 
uma interação superficial e ineficiente, que se processa esporadicamente, na saída da 
escola, nas reuniões de pais e em datas comemorativas. 
 Pais e professores mostram-se hesitantes quanto ás funções. Apesar de 
terem um objetivo em comum, que é um bom desempenho escolar dos alunos, 
acreditam ter obrigações diferentes quanto a educação escolar. Para os pais caberia a 
eles preparar o filho para receber tal educação; e os professores a função de se 
responsabilizar totalmente por essa educação. 
 
 Os entraves, alunos, pais e escola. 
 Nota-se que as pesquisas recentes, realizadas em escolas particulares no 
Paraná, comprovam que alunos do Ensino Médio veem de forma negativa essa 
relação. Os pais são chamados ao colégio somente para ser cobrado quanto ás notas 
baixas dos filhos ou quanto ao mau comportamento, o que causa uma indignação aos 
alunos, pois reclamam que o cenário nunca acontece, ou seja, os pais serem 
chamados porque os filhos fazem jus a um elogio por boas notas ou por bom 
comportamento. (OLIVEIRA E MARINHO-ARAUJO, 2010). 
 Para os alunos das séries iniciais, 1ª a 8ª séries, em pesquisa realizada no 
Distrito Federal (DF), os pais são mais participativos, principalmente nas reuniões de 
pais, havendo uma diminuição á medida que vão avançando de séries. 
 Com a intenção de melhorar essa interação, os alunos propuseram a 
intermediação entre escola e família executada por eles, com objetivo de incentivar os 
pais a participarem mais ativamente do ambiente escolar, através da entrega de avisos 
e informes, da solicitação de participação nas atividades etc. 
 
 
Este último dado sinaliza para o importante papel que os próprios alunos 
22 
 
 
podem assumir diante das relações entre suas famílias e a escola, pois, 
geralmente, ao investigar os processos de comunicação entre família e a 
escola, suas influencias, intersecções e interações, as pesquisas 
focalizam especialmente o papel dos adultos nesta interelação. 
(OLIVEIRA; MARINHO-ARAUJO, 2010, p. 106). 
 
 Segundo os relatos dos diferentes seguimentos, pode-se observar o quanto 
essa relação é distinta para cada uma das partes envolvidas. Família e escola 
compartilham do mesmo propósito, que é o bom desempenho escolar do filho-aluno, 
mas divergem quanto ás suas responsabilidades para que esse objetivo seja atingido. 
 Mediante as informações torna-se imprescindível o papel do psicopedagogo 
na relação família-escola, como afirma Nascimento o papel do psicopedagogo na 
instituição escolar. 
[...] é o profissional indicado para assessorar e esclarecer a escola a respeito de 
diversos aspectos do processo ensino-aprendizagem e tem uma atuação preventiva. 
Na escola, o psicopedagogo poderá contribuir no esclarecimento de dificuldades de 
aprendizagem que não têm como causa apenas deficiências do aluno, mas que são 
consequências de problemas escolares. Seu papel é analisar e assinalar os fatores 
que favorecem, intervêm ou prejudicam uma boa aprendizagem em uma instituição. 
Propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis ás mudanças 
educacionais, visando evitar processos que conduzam ás dificuldades da construção 
do conhecimento. (NASCIMENTO, 2013, p. 01). 
 Ainda de acordo com Nascimento (2013), o psicopedagogo em uma 
instituição escolar, poderá desenvolver vários trabalhos, como por exemplo: ajudar os 
professores na elaboração dos planos de aula, objetivando a melhoria no entendimento 
por parte dos alunos; ajudar a construir o projeto pedagógico da instituição; orientar os 
professores na ajuda mais afetiva de algum aluno que apresente alguma dificuldade de 
aprendizagem em sala de aula; realizar diagnóstico institucional, minimizando os 
problemas pedagógicos que estão ou que venham prejudicar o processo ensino-
aprendizagem dos alunos; fazer o encaminhamento do aluno, caso necessário, para 
um profissional (psicólogo, fonoaudiólogo, neuropediatra etc.), partindo de avaliações 
psicopedagógicos; conversar com os pais, colocando-os a par dos acontecimentos na 
escola, fornecendo orientações a respeito de alguma situação que se apresenta; 
23 
 
 
auxiliar direção e profissionais da escola para que tenham bom relacionamento entre 
si; dialogar com aluno (criança ou adolescente), auxiliando e orientando quando 
necessário; etc. 
 Por final detectando os problemas a serem enfrentados, o psicopedagogo 
deverá intervir junto á família dessas crianças. Essa intervenção poderá ser realizada, 
por exemplo, por meio de uma entrevista, realizando uma anamnese com membros 
dessa família, um estudo da história de vida da criança, para que ele possa se inteirar 
de informações de fundo orgânico, cognitivo, emocional e social dessas crianças. 
Posteriormente, poderá de acordo com o resultado, realizar atividades individuais e/ ou 
em grupo. (NASCIMENTO, 2013). 
 É de fundamental importância que o psicopedagogo analise o aluno em todo 
o seu contexto. Só assim conseguirá concluir o seu diagnóstico de maneira eficaz e 
não sobrecarregar o aluno, taxando-o de incapaz. 
4. METODOLOGIA DE AÇÃO 
 
 Todas as atividades propostas para o plano de intervenção acontecerá em 
sala de aula da referida turma. Em tempo de duas horas semanal ocorrerá nos 
primeiros tempos de aula no turno vespertino. 
 O plano consistirá em desenvolver primeiramente em um levantamento 
prévio de como. Identificar as causas dos problemas de aprendizagem, após descrever 
a relação entre dificuldades e problemas de aprendizagem, por fim apontar as 
intervenções frente ás dificuldades encontradas. 
 A atividade será realisado por intermédio de questionário, entrevista e 
observação, portanto seguirá um roteiro. 
 No dia anterior a equipe irá se reunir na escola para distribuir os 
questionários para os alunos responderem junto aos pais. No dia seguinte será feito 
uma roda no interior da sala para dialogar sobre os questionários entregues no dia 
anterior. Após a observação dos questionários que não foram respondidos pelos pais, 
a equipe irá realisar uma breve entrevista com os alunos como. 
24 
 
 
a) Quais as matérias que você tem mais dificuldades? 
b) Seus pais participam das reuniões da escola? 
c) Você mora com seus pais ou com seus avós? 
d) Qual seu entendimento sobre o papel da escola e da família? 
 
 Objetivo:Levantar dados que facilitem o processo de desenvolvimento de 
outras atividades, evidenciando a relação entre escola e família. 
 O que irá ser preciso: Blocos de anotações para anotar as respostas; 
 Resultados esperados: Oportunizar a todos que expressem suas opiniões 
sobre o assunto discorrido durante as atividades, assim coletar as informações 
necessárias para a execução das posteriores intervenções. 
5. ANÁLISE DOS DADOS / RESULTADOS 
 Os dados obtidos através da observação foram transcritos e analisados. Na 
análise textual da pesquisa qualitativa, foi necessário descrever e interpretar os dados 
do trabalho através da análise, a fim de compreender os discursos e fenômenos 
existentes na pesquisa. Segundo Severino (2007), a investigação qualitativa encontra-
se mais direcionada á compreensão e descrição de fenômenos globalmente 
considerados. 
 A seleção da escola surgiu a partir da necessidade de analisar as 
dificuldades de aprendizagem que os alunos apresentavam. Além de ressaltar a 
importância da atuação do psicopedagogo frente á estas dificuldades. A pesquisa foi 
realizada in loco na Escola Municipal Hahnemann Bacelar com alunos das séries 
iniciais do 4º ao 5º ano, estando na faixa etária de 9 a 11 anos. 
 A visita foi realizada no dia 21 de Agosto de 2019, na qual a equipe foi 
acolhida pela gestora da escola. O inicio da coleta de dados deu-se a partir de uma 
entrevista prévia com a gestora, na qual foi identificado como problema que a maioria 
dos alunos apresenta dificuldades escolares devido a fatores sócio emocionais, como 
por exemplo, questões econômicas, pais separados, crianças que vivem com avós 
analfabetos, famílias desestruturadas e entre outros fatores. 
 Constatou-se que as causas emocionais podem causar dificuldades de 
25 
 
 
aprendizagem. Segundo Fonseca (2005) as causas emocionais são distúrbios 
psicológicos, ligados ao sentimento e emoções do indivíduo que podem causar 
alterações na área motora, sensorial, entre outros. 
 Logo, ressalta-se a importância do psicopedagogo no ambiente escolar, pois 
o mesmo pode auxiliar a escola e aos educadores, através de estratégias e 
ferramentas para trabalhar com os alunos. A hipótese foi levantada pela equipe através 
da entrevista com a gestora e um questionário respondido pelos alunos juntamente 
com os pais. 
 O planejamento da intervenção foi todo pautado dentro do contexto familiar e 
escolar: Ocorreu em sala de aula na referida turma em tempo de 2 horas semanais em 
horário vespertino, onde as séries do 4º e 5º ano funcionavam. O plano de intervenção 
tem como objetivo desenvolver um levantamento prévio sobre convivência afetiva e a 
relação entre alunos e pais, na respectiva participação no processo de 
desenvolvimento da aprendizagem dos filhos, e se eles interagiam ativamente nesse 
processo. 
 A identificação dos alunos com dificuldades de aprendizagem foi feita através 
de observação dos mesmos juntamente com a gestora. Para coleta de dados, foi 
realizado um questionário com os alunos do 4º e 5º ano, sendo 127 alunos do 4º ano e 
119 alunos do 5º ano, no total de 246 alunos do turno matutino e vespertino. Foram 
distribuídos questionários para os alunos levar para casa relacionada a raciocínio 
lógico, interpretação textual, leitura e escrita. 
 Apenas 196 alunos responderam o questionário com os pais, verificou-se 
que estes possuem apenas uma pequena dificuldade no raciocínio lógico. Dos 246 
alunos que levaram o questionário para casa, 50 alunos não responderam. Após o 
recolhimento dos questionários no dia seguinte foi realizado uma roda de conversa 
com os alunos que não o responderam. Na roda de conversa continha as seguintes 
perguntas: 
a) Quais as matérias que você tem mais dificuldades? 
b) Seus pais participam das reuniões da escola? 
c) Você mora com seus pais ou com seus avós? 
26 
 
 
d) Qual seu entendimento sobre o papel da escola e da família? 
 O objetivo da coleta de dados foi levantar dados que facilitem o processo de 
desenvolvimento de outras atividades, evidenciando a relação entre escola e família. 
Diante disso, foi possível averiguar a importância do psicopedagogo no processo de 
ensino e aprendizagem, principalmente em questões sócio emocionais. 
 Segundo Fernandez, para a criança se reconhecer como autora de 
pensamento é necessário que o outro lhe acompanhe, reconhecendo como autora. 
Observa-se que algumas famílias facilitam a promoção de espaços para que autoria de 
pensamentos emerja e outra não. 
Na tabela abaixo será apresentado as turmas do 4º e 5º ano: 
Tabela 1- Quantidade de alunos matriculados na escola 
 
A tabela demonstra a quantidade total de aluno pertencente as séries do 4º 
e 5º ano. Sendo que as séries do 5º ano funcionam em horário vespertino. 
 
MATUTINO ANO TURMA NÚMERO DE 
ALUNOS 
MATUTINO 4º A 25 
MATUTINO 4º B 25 
MATUTINO 4º C 25 
VESPERTINO 4° D 26 
VESPERTINO 4° E 26 
VESPERTINO 5° A 30 
VESPERTINO 5° B 30 
VESPERTINO 5° C 29 
VESPERTINO 5° D 30 
27 
 
 
 
Figura 1- Refere-se aos resultados do questionário realizado, na qual obtiveram-se os fatores que 
podem interferir na aprendizagem. 
 
 Constatou-se através das perguntas realizadas que dos 50 alunos, todos 
possuem dificuldade em alguma disciplina, além disso, 24% possuem dificuldades 
sócias emocionais e econômicas, 16% possuem famílias desestruturadas, 16% com 
falta de interesse nos estudos. Outros 14% são indisciplinados e 12% desestimulados. 
Além disso, 10% possuem dificuldade em leitura e escrita e 8% dos alunos não 
possuem apoio familiar. Referente à pergunta sobre o papel da escola e da família eles 
foram omissos. 
 O apoio que a família oferece ao aluno é de grande importância, pois muitos 
possuem dificuldades individuas que a escola não consegue suprir. O sucesso 
depende da família. Sendo assim, a família possui grande participação na construção 
do conhecimento e na direção do aluno ao sucesso ou fracasso escolar, cabe aos pais 
um papel específico no desenvolvimento da aprendizagem. 
 A família desempenha um papel importante na condução e evolução do 
problema acima mencionado, muitas vezes não quer enxergar essa criança com 
dificuldades que ás vezes está pedindo socorro por um abraço, um carinho, para 
chamar atenção para seu pedido, a sua carência. Esse vínculo afetivo é muito 
importante para o desenvolvimento da criança. Sabemos que uma criança só aprende 
28 
 
 
se tem o desejo de aprender, e para isso é importante que os pais contribuam nesse 
processo. 
6. CONCLUSÃO 
 Concluímos que desde os primórdios não se podem negar ao indivíduo que 
sempre teve necessidade de buscar conhecimentos, ao longo do tempo, várias 
maneiras de fazê-lo, procurando assim uma permanente revitalização e reinvenção do 
seu desenvolvimento como ser humano. 
 Em 1920, com o surgimento da Escola Nova, movimento que tinha como 
proposta a reinvenção da escola, aliando conhecimento de psicologia e biologia, entre 
outras ciências, o aluno é instituído como sendo o sujeito de maior importância dentro 
da escola, e o conhecimento devendo ser mais próximo possível de suas experiências 
pessoais. Como então separar a família da escola, ou vice-versa, sendo aquela 
responsável pelo desenvolvimento da personalidade da criança, pois é a primeira 
instituição que a criança tem acesso? Através do olhar familiar, a criança descobre o 
mundo, incorporando as técnicas e os comportamentos peculiares deste ambiente, 
pois é o seu primeiro contato desde o nascimento. “A família reproduz em seu interior a 
cultura que a criança internalizará”. (BOCK; ET AL, 2009, p. 252). Ao chegar á escola, 
criança leva consigo uma bagagemde conceitos, repertórios e experiências que vão 
influenciar em sua vida escolar. 
 Família e escola dividem uma importante tarefa, de preparar as crianças e os 
adolescentes para vida em sociedade. A escola, com sua infinidade de conhecimentos 
organizados, surgi para dar a direção ao indivíduo, lapidando-o para exercer com 
firmeza a sua cidadania e desenvolver senso crítico, tornando-se “um ser capaz de 
transformar sua realidade”. (BENITEZ, 2008, p. 08). 
 Podemos observar enormes complexidades que, sem dúvida alguma, exerce 
influência sobre cada indivíduo, e para cumprir o seu papel de proporcionar um ensino 
de qualidade, á atual estrutura do sistema educacional deve tomar a iniciativa de 
aproximar-se das famílias. Castro; Regattieri (2009, p. 60), “para isso, a escola e os 
sistemas poderiam responder perguntas simples, tais como”. 
_ Por que chamar as famílias á escola? 
29 
 
 
_ Quando e por que, ir ás famílias? 
_ Nos encontros programados pelos educadores, os familiares têm oportunidades para 
falar o que pensam? 
_ As situações de interação contribuem realmente para aproximar e família, ou acabam 
aumentando a distâncias sociais e culturais entre elas? 
_ A escola está aberta para conhecer e respeitar a cultura, a organização e os saberes 
dos grupos familiares mais distanciados do padrão tradicional? 
_ Os familiares têm mesmo poder de interferência nos conselhos, assembleias, 
colegiados? 
_ A escola utiliza o conhecimento mais acurado que tem ao se aproximar das famílias 
para se planejar rever, suas práticas e formas de tratar os alunos? 
_ Quando a escola se aproxima da família e percebe situação de vulnerabilidade 
social, ela consegue convocar atores para encaminhar os apoios necessários? 
 Desta forma, revelam-se a dificuldades de ambas, família e escola, em 
administra as suas diferenças. A família reclama que a escola foca somente o lado 
negativo do aluno, rotulando-o imediatamente após um mau comportamento ou uma 
dificuldade na realização de alguma tarefa, não buscando informações relevantes que 
muitas vezes resolveria o problema de maneira mais rápida e tranquila. A escola 
reclama que a família não atende aos seus apelos, ficando á margem das situações-
problema, não assumindo sua parte nessa parceria. 
 Nota-se que na maioria das vezes, os pais veem a escola e os professores 
de seus filhos como seres superiores, e isso os assustam e os deixa receoso, gerando 
um sentimento de inferioridade e proporcionado um distanciamento da vida escolar dos 
filhos. Essa total falta de sintonia entre família e escola causa uma falência no sistema 
educacional, pois onde era para existir uma parceria, existe uma adversidade, fazendo 
com que o aluno, muitas vezes, se sinta disputado, e ao mesmo tempo, desprotegido. 
 As expectativas que a sociedade deposita na educação dessas duas 
instituições agregam uma complexa e exigência tarefa, revelando as duas fases de 
30 
 
 
uma mesma moeda: “de um lado a crença na importância do envolvimento parental, de 
outro a crítica á sua insuficiência”. (DIOGO, 2010, p. 93). 
 O papel do psicopedagogo é de grande importância na escola, atingindo 
“seus objetivos quando, ampliando a compreensão sobre as características e 
necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abre espaço para que a escola 
viabilize recursos para atender ás necessidade de aprendizagem”. (NASCIMENTO, 
2013, p. 05). Torna-se capaz de promover uma interação entre ambas, muitas vezes 
ele encontra dificuldades para colocar o trabalho em prática, pois é visto com 
desconfiança pela equipe educacional que não aceita mudanças no que já está 
instituído. Muitas vezes o psicopedagogo não tem a colaboração dos pais, que o 
rotulam de arrogante ou simplesmente de chato, quando procura ajuda da família para 
desvendar alguma dificuldade de aprendizagem ou adaptação. 
 Como podemos observar nesse contexto, acredita-se que ainda há muito 
que fazer, e que antes de educar os alunos, há necessidade de educar os pais e os 
educadores, para que assim consigam, em parceria, educar os filhos/ alunos. 
 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Procedeu-se uma importante observação in loco sobre a relação família e a 
escola, e sua importância para o desenvolvimento da criança/ aluno e o grau de 
envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos. E qual o verdadeiro papel do 
psicopedagogo e que atitude ele pode e deve tomar para promover essa interação. 
Pois sabemos que o estudo da psicopedagogia não está associado somente á 
aprendizagem da criança, de uma forma geral abrange todos os indivíduos, sejam elas 
crianças, adolescentes ou adultos. É também um campo de estudo que integra saúde 
e educação, ao trabalho psicopedagógico uma atuação preventiva e terapêutica. A 
atuação preventiva corresponde ás alterações ligadas ao desenvolvimento do sujeito e, 
a atuação terapêutica, corresponde ao diagnóstico e tratamento das dificuldades de 
aprendizagem. 
 Desta forma se torna fundamental, que a comunidade escolar amplie as 
oportunidades de participação de todos na vida escolar da criança, fazendo da 
presença da família um ato político e atuando de forma democrática. 
31 
 
 
 Atualmente trabalha-se com diferentes grupos familiares, portanto, não se 
deve deixar de valorizarão o ambiente ao qual o aluno pertence, pois é dele que se 
originam os primeiros ensinamentos que as crenças levarão para o ambiente escolar e 
que este procurará aperfeiçoar. Fazer desse ambiente um caminho para a cidadania é 
tarefa da escola, que procurará sanar as dificuldades e carência da comunidade em 
que o aluno esta inserido. No século passado, uma das principais funções da família 
era a proteção da identidade da criança até esta atingir a idade escolar, passando 
depois esta atribuição ao convívio social. Na travessia para o século XXI, assistimos a 
uma “fragmentação produzida no sujeito contemporâneo pela prevalência da imagem, 
pela inflação do real e pela falência simbólica”. (BERNARDINO; KUPFER, 2008, p. 
671). Ou seja, na contemporaneidade há um questionamento das tradições, uma 
inversão de posições, alterando a papel social da função paterna. O sujeito não mais 
questiona “quem sou eu”, mas “o que tenho” e “o que desejo ter”. Os pais, muitas 
vezes, preocupam-se em sanar o desejo dos filhos, não medindo esforço para tal, e os 
valores culturais, tão necessários na constituição subjetiva da criança, vão ficando 
esquecidos. Essa carência, aliada a frágil autoridade dos pais, poderá gerar no futuro 
graves problemas na criança, desde dificuldade de desenvolvimento até 
psicopatologias da infância, como psicoses infantis etc. 
 Para estes acontecimentos o profissional da psicopedagogia utiliza recursos 
como diagnósticos, corretores e preventivos, apresentam duas linhas de ação: 
preventiva e clínica. a primeira tem como objetivo refletir e discutir os projetos 
pedagógicos, os processos didáticos e a dinâmica da instituição, focando na qualidade 
do que é desenvolvido em sala de aula, nas avaliações, no planejamento e na 
assessoria a professores, pedagogos e orientadores. Já a segunda, mais 
individualizada, pois sua prática é mais desenvolvida em consultório, tem por objetivo 
reinserir o sujeito com problemas de aprendizagem ao contesto escolar. 
 O psicopedagogo ao analisar o projeto político pedagógico da escola, abrirá 
um caminho para que a escola invista no aluno, viabilizando recursos que atendam as 
demandas relacionadas ás dificuldades de aprendizagem. “Desta forma, o fazer 
psicopedagógico se transforma podendo se tornar uma ferramenta poderosa no auxilio 
da aprendizagem”. (NASCIMEMTO, 2913, P. 05). 
 Afinal a escola não pode aceitar como normal a falta de motivação e 
32 
 
 
interessedas famílias pela vida escolar dos seus filhos, mesmo compreendendo que 
ações contrárias, com o intuito de promover a aproximação com as famílias são lentas 
e demoradas para que o objetivo seja alçando. 
 
 
 
 
33 
 
 
8- CRONOGRAMA BÁSICO DO PROJETO 
 
 
ATIVIDADES Agosto Setembro Outubro Novembro 
Encontro com a Tutora para a escolha dos 
Temas e Divisão das Equipes e Seus 
Componentes. 
15/08 
 
 
Encontro 2 com a tutora para Obtermos 
Orientações para a elaboração do PBL 
28/08 
Visita para Reconhecimento da escola ou 
Instituição e a permissão para elaboração do 
projeto. 
21/08 
Encontro com a Equipe para elaboração do 
Projeto a partir da Problemática encontrada. 
Construção do Projeto. 
24/08 16/09 
28/09 
 
Encontro 3 com a tutora para Obtermos 
Orientações para a elaboração do PBL. 
 04/09 
Encontro com a equipe para ser aplicado á 
prática na Escola Hahnemann Bacelar. 
 
Encontro 4 com a tutora para últimas 
orientações para a conclusão do PBL. 
 19/09 
 
10/10 
Apresentação Banner 09/11 
Entrega do PBL 09/11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
9. REFERÊNCIAS: 
 
BARBOSA, Laura Mont Serrat. A história da psicopedagogia contou também 
com Visca. In: Psicopedagogia e Aprendizagem. Coletânea de reflexões. Curitiba, 
2002. 
 
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prática. Porto Alegre: editora Arte Médicas, 1994. 
 
BOSSA, Nádia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 
Porto Alegre: Artmed, 2007. 
 
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. de L. T. Psicologias: uma introdução 
ao estudo de Psicologia. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 
 
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de julho de 1990. 
 
CASTRO, J. M.; REGATTIERI, M. (Orgs.). Interação escola-familiar: subsídios para 
práticas escolares. Brasília: UNESCO, MEC, 2009. 
 
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editora Porto, 1999. 
 
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críticas e evidências. Revista Luso-Brasileira de Sociologia da educação, 2010. 
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neuropsicológica e psicopedagógica. Petrópolis: Ed. Vozes, 2008. 
 
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Janeiro. Editora Walk, 2013. 
 
FLICK. Uwe. Desenhe da qualitativa com texto, imagem e som. Um manual prático. 
Tradução Pedrinho A. Guaresche 7. ed. Petropólis-RJ Vozes. 2008. 
 
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http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/o-papel-do-psicopedagogo-na-instituicao-escolar.%20Acesso%20em%2009/06/2013
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