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RESUMO ESTOMATO - Exames complementares

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Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Estomatologia – 2021.1 
Exames Complementares 
Alguns exames são 
solicitados para que o 
diagnóstico do paciente seja 
determinado de maneira 
assertiva. 
• Biópsia 
Está sempre presente na estomatologia, é 
um procedimento no qual se colhe uma pequena 
quantidade, isto é, uma amostra de tecido ou 
células, para posterior estudo em laboratório. 
Praticamente todas as lesões em região de 
cabeça e pescoço necessitam de biópsia para 
confirmação da HD. 
OBS.: todo material removido, deve ser encaminhado para o exame 
histopatológico. 
Quando é feito o exame clinico no paciente, 
e, nota-se uma lesão que não apresenta sinais e 
sintomas patognomônicos, e ela não regride em um 
intervalo de 15 dias, mesmo com controle clinico 
(acompanhamento), partiremos para a solicitação 
dos exames complementares, sendo um dos 
primeiros, a biópsia. 
 
OBS.: a depender do tipo da lesão, a biópsia excisional já é o 
tratamento da lesão (remoção completa), quando há indicação. 
Quando a indicação for incisional/por agulha, o plano de tratamento 
deve ser traçado após o resultado. 
Na biopsia 
incisional, deve-
se remover uma 
parte da lesão e 
do tecido 
saudável ao redor 
em formato de 
cunha. 
Na excisional, deve-se remover a lesão toda, 
e uma parte do tecido que está ao redor, em formato 
de elipse. 
A indicação do tipo da biópsia, depende da 
hipótese de diagnóstico clínica, se considerarmos 
que é um não-neoplásico, podemos fazer a excisão, 
se considerarmos que seja um processo maligno, 
fazemos uma biópsia incisional. 
Tipos de biopsia: 
➢ Incisional: retirada parcial da lesão com 
intuito de obter diagnóstico definitivo para 
definir estratégias de tratamento. 
Indicações: lesões extensas ou HD de malignidade. 
Contraindicações das biópsias incisionais: 
Existem lesões ósseas, que são 
diagnosticadas por imagem, que não há 
necessidade de fazer biopsia, como a displasia 
óssea florida (a manipulação incorreta do tecido 
ósseo, nessa condição, pode levar o paciente a 
desenvolver uma osteomielite. 
Em lesões como hemangioma, também não 
devemos fazer a remoção, pois é uma lesão nutrida 
por vaso; podendo estar intraóssea. 
OBS.: se o hemangioma não estiver causando danos ou 
incomodando o paciente, ele pode ser proservado; ou pode ser 
submetido a terapia esclerótica. A remoção deve ser feita em 
ambiente hospitalar. 
Em lesões de mancha negra/melanoma, pois 
por sua alta capacidade de replicação celular, ela 
pode desenvolver outras metástases. 
➢ Excisional: remoção completa da lesão, com 
a finalidade de diagnóstico. Realizada 
quando há diagnóstico clinico compatível, e 
é o tratamento definitivo da lesão. 
Não é indicada, quando a HD é malignidade. 
Lesão oral não 
diagnósticada
Controle clinico 
(15 dias)
Desaparecimento 
da lesão
Persistência da 
lesão
Biópsia Excisional
Biópsia incisional 
ou por agulha
Tratamento 
cirurgico
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Estomatologia – 2021.1 
➢ PAAF (punção aspiratória por agulha fina): 
procedimento de escolha para diagnóstico 
de passas superficiais. Deve ser realizado 
por Citopatologia ou clínicos treinados para 
não comprometer os resultados. Utiliza-se 
da ajuda de um citoaspirador acoplado a 
seringa com agulha fina (usado em 
linfonodos e glândulas). 
➢ Citologia; 
➢ Punção: indicada para lesões intraósseas. 
Sendo um guia para a realização de 
procedimentos, é feita apenas para saber o 
conteúdo da lesão (liquido, solido ou 
semissólido), assim não é feita a analise 
histopatológica, sendo importante para 
excluir lesões solidas ou císticas. 
OBS.: lesões com sangue não devem ser puncionadas, evitando o 
desenvolvimento de hemorragias. 
Pré-requisitos para biópsias: 
O planejamento para biopsia, inclui a 
solicitação dos exames complementares em 
sangue, a bioquímica, e conversar com o paciente 
sobre a necessidade dos exames e do tratamento 
que será planejado. 
➢ Respeitar as normas de biossegurança; 
➢ Organizar a mesa pela ordem dos 
instrumentais (anestesia, incisão, exérese e 
síntese). 
➢ Manipular o mínimo possível a peça 
cirúrgica; 
➢ Registrar todas as informações do paciente 
e aspectos da lesão. 
Arrumação da mesa: 
Protocolo para biópsia: 
 
Requisitos pré-operatório: 
➢ Pré-operatório: 
o Orientar o paciente; 
o Uso dos EPI’s; 
o Arrumação da mesa e preparo do 
recipiente com formol 10%; 
o Realizar assepsia local externa no 
paciente com clorexidina a 2%; 
o Realizar bochecho com clorexidina a 
0,12%; 
o Uso do campo de mesa e fenestrado 
estéreis 
➢ Transoperatório: 
o Exame clinico da lesão; 
o Anestesia infiltrativa; 
o Procedimento de exérese: em forma de 
elipse ou cunha; 
o Procedimento de diérese: retirada da 
peça; 
o Mínimo manuseio da peça a ser 
estudada; 
Preenchimento do 
prontuário (dados 
pessoais, anamnese 
e exame clinico);
Determinação do 
tipo de biopsia;
Escolha do 
instrumental 
cirúrgico adequado;
Seleção da área 
mais representativa 
com tecido sadio 
próximo;
Realização da 
técnica operatória;
Acondicionamento 
do material (recep 
com formol à 10%);
Recomendações 
pós-operatória;
Envio do material 
biológico para o 
laboratório;
Análise do resultado 
histopatologico;
Controle clínico e 
plano de tratamento.
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Estomatologia – 2021.1 
o Imediato armazenamento em recipiente 
de boca larga contendo formol a 10% em 
volume 10x maior do que a peça a ser 
imersa; 
o Procedimentos de síntese. 
➢ Pós-operatório 
o Recomendações ao paciente – repouso, 
compressas frias e medicação; 
o Identificação do recipiente com 
informações do paciente e peça 
cirúrgica; 
o Elaboração da ficha de encaminhamento 
ao laboratório de patologia oral com 
todas as informações sobre a história 
clinica e aspecto da lesão, bem como 
com a história do paciente. 
Outros exames complementares: 
• Ressonância magnética (RM) 
 
OBS.: o sinal T1, atende ao tempo de relaxamento longitudinal, e o 
T2, ao tempo de relaxamento transversal. 
➢ Indicações: lesões de tecido mole, ATM, 
invasão óssea, inadequado para imagens 
intraósseas (radiografias) e órgãos e tecidos 
internos. 
➢ Contraindicações: marca-passo, válvula 
protéticas, clips vasculares, estimuladores 
neurais 
 
• Ultrassonografia das glândulas 
salivares 
É um procedimento não invasivo, utilizado 
para avaliação, seguimento, diagnóstico e 
caracterização das alterações das glândulas 
salivares; também pode ser usada para linfonodos. 
Não utiliza radiação e não apresenta efeitos 
colaterais. 
• Cintolografia salivar 
Usado para diagnóstico da produção e da 
secreção de saliva pelas glândulas salivares. O 
indivíduo recebe pertecnato sódico intravenoso, 
que é absorvido pelas glândulas salivares e 
secretado pela saliva 
➢ Usado para o diagnóstico de: síndrome de 
Sjögren, obstrução ductal; neoplasias de 
glândulas salivares; aplasia de glândulas 
salivares. 
 
• Hemograma 
É solicitado de forma mandatória, sendo 
totalmente processado em laboratório, 
receberemos a quantidade da serie vermelha, serie 
branca e das plaquetas; e os valores de referência 
de cada uma. 
➢ Eritrograma (SV): 
 
➢ Dosagem de hemoglobina (SV): é a 
contagem da quantidade de hemoglobina, 
em gramas pro decilitro de sangue. 
 
 
 
➢ Hematimetria (SV): corresponde à contagem 
do numero de hemácias por ml de sangue 
(estimativa indireta da quantidade de 
hemoglobina – Hb). 
 
 
➢ Hematócrito (SV): corresponde ao valor da 
porcentagem que as células sanguíneas 
ocupam no sangue, devido a centrifugação 
de um tubo de ensaio com amostra 
Não envolveradiação ionizante;
Depende da distribuição de prótons em 
tecidos e seus efeitos sobre um campo 
magnético;
O sinal de RM tem dois componentes: T1 e 
T2.
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Estomatologia – 2021.1 
sanguínea. O volume de leucócitos e 
plaquetas é desprezado. 
 
 
 
OBS.: a interpretação desse fator, está relacionado com o 
diagnóstico de anemia, que se configura pela diminuição do número 
das hemácias (por problemas na produção ou por hemólise antes 
dos 120 dias). 
➢ Hematoscopia: observação da hemácia 
o Hipocromia: podemos observar a 
deficiência de ferro severa, e anemia 
do tipo talassemia; 
o Policromasia: observa-se 
reticulocitose, deficiência de folatos, 
eritrócitos imaturos no sangue 
periféricos (medula, sinusoides 
hepáticos e baço). 
As anemias são caracterizadas pela 
redução/hemólise das hemácias, algumas drogas 
responsáveis pela redução são: antineoplásicos, 
clorafenicol e fenilbutazona; as drogas que 
provocam hemólise são: penicilinas e metildopa. 
• Leucograma 
O estudo da série branca do sangue. 
➢ Leucometria (SB): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tem-se um fenômeno chamado desvio para 
a esquerda, que é caracterizado pelo aparecimento 
de neutrófilos jovens no sangue periférico, devido a 
uma maior produção pela medula-óssea. Significa 
que há presença de um processo infeccioso agudo 
ou leucemias, e aumenta de acordo com a 
gravidade da doença. O aumento da quantidade de 
células, que se apresentam em menor quantidade. 
➢ Leucocitose (SB): é o aumento da 
quantidade de leucócitos. 
 
 
 
o Decorrência das leucocitoses: por 
neutrofilia (fisiológica – infecções 
bacterianas; reacionais – 
corticosteroides e lítio); por linfocitose 
(reacionais – infecção viral; leucemias); 
por eosinofilia (reacionais – infecção 
parasitária; familiar; leucemias) e por 
monocitose (reacionais e leucemias). 
➢ Leucopenia (SB): diminuição do número de 
leucócitos. Algumas drogas podem ter esse 
efeito, como: dipirona, fenilbutazona, AINES, 
clorafenicol, sulfanamidas, cefalosporina e 
anticonvulsivantes. 
 
• Plaquetometria 
As plaquetas não são células, são 
componentes do sangue, considerados como 
diminutos discos ovais ou redondos com 2 a 4 mc 
de diâmetro. São produzidos na medula óssea a 
partir dos megacariócitos, e participam da 
hemostasia. 
A quantidade media está entre 150.000 a 
300.000/mm³ de sangue. 
➢ Plaquetopenia: diminuição do numero de 
plaquetas. Algumas drogas causadoras são: 
heparina, diagitálicos, quindina, tiazólicos, 
Imipramina, fenotiaziada, sulfamidas, 
cefalosporinas e penicilinas. 
 
 
 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Estomatologia – 2021.1 
• Coagulograma 
Avaliam o fator de coagulação do indivíduo. 
➢ TTPa (Tempo de tromboplastina parcial): 
avalia as vias intrínsecas e comum da 
cascata de coagulação. Os fatores XII, XI, 
VIII, X, V, protrombina e fibrinogênio. 
O tempo de normalidade é de 35 a 50’’. 
➢ TP: tempo de conversão de protrombina em 
trombina, que varia de 11 a 12’’. 
Quando há deficiência da coagulação do tipo 
I (fibrinogênio), II (proconvertina) e fator X 
(fator Stuart), excesso de heparina. O tempo 
é de 29’’. 
INDICE deve estar entre 1 e 2 (INR = 
TP/Controle). 
O tempo de atividade da protrombina avalia 
a via extrínseca e comum da cascata de 
coagulação, aumentado a deficiência de fatores VII, 
V, X, protrombina ou fibrinogênio. 
O tempo de trombina é feito por um teste 
semiquantitativo, fácil e de rápida execução, onde 
observa-se a transformação do fibrinogênio em 
fibrina; o tempo normal é de 12 a 18’’, e o exame 
indica a quantidade e qualidade do fibrinogênio. 
• Exames para diabetes de mellitus 
➢ Glicemia em jejum 
o Sistematicamente diabéticos > 
110mg/dl; 
o 90 a 110mg/dl (intolerância a glicose). 
➢ Teste de tolerância à glicose: administra ao 
paciente 100g de glicose e faz-se a punção 
do sangue 2h depois para observar os 
índices glicêmicos; 
➢ Presença de glicose na urina: 
o Glicosúria > 180mg/dl 
➢ Nível de hemoglobina glicada (A1c): 
o Hematológico > 7-9%. 
 
• Exames para Hepatite 
➢ Sorologia pra detecção de antígenos: 
o Anti-HAV IgM; 
o ANTI-HCV; 
 
 
• Exames para sífilis 
➢ VDRL: prova de floculação; 
➢ RPR (teste rápido de reagina plasmática): 
possui uma reção imunológica com 
antígenos lipóides não específicos (não 
devendo ser feitos em pacientes com: HIV, 
malária, imunização com DPT e tétano, 
mononucleose, hanseníase e doença do 
colágeno, gravidez. 
➢ Anticorpos treponêmicos (FTA-Abs e TPHA) 
o São específicos e podem ser 
detectados a partir da segunda 
semana de infecção, tendendo a 
permanecer positivo por vários anos e 
por vezes a vida toda; 
o São da classe IgM na fase inicial (2 
semanas) e IgG (a partir de 4 
semanas). 
 
• Exames sorológicos para HIV 
➢ Elisa: teste sorológico para anticorpos 
proteicos do vírus. 
➢ Western blot: detecção de proteínas virais 
individuais. 
➢ Reação da polimerese em cadeia (PCR); 
➢ Teste de amplificação do genoma do vírus 
(carga viral); 
➢ Contagem de TCD4+ em sangue periférico: 
mede a imunocompetência celular. 
Referências: 
NEVILLE, B. W.; ALLEN, C. M.; DAMM, D. D.; et al. 
Patologia: Oral & Maxilofacial. 4ª Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2016. 
Imagens do Google Imagens.

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