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EXAMES COMPLEMENTARES EM ESTOMATOLOGIA

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1 
ESTOMATOLOGIA 
MARIANNE MOURA 
EXAMES COMPLEMENTARES EM 
ESTOMATOLOGIA 
Os exames complementares nos ajudarão à 
chegar ao diagnóstico final da doença quando 
ela não apresenta sintomas patognomônicos. 
BIÓPSIA 
A biópsia é um procedimento no qual se colhe 
uma pequena quantidade, isto é, uma amostra 
de tecido ou células, para posterior estudo em 
laboratório. Praticamente todas as lesões em 
região de cabeça e pescoço necessitam de 
biópsia para confirmação da sua hipótese 
diagnóstica. 
 
Quando fazemos um exame clinico no paciente 
e ele não apresenta sinais patognomônicos, ou 
seja, sintomas característicos para fecharmos o 
diagnóstico da lesão, partimos para exames 
complementares. O primeiro exame 
complementar que fazemos é a biópsia. Então 
nós temos uma lesão oral não diagnosticada que 
após o controle clinico de 15 dias não 
desaparece, então deveremos biopsiar. 
Podemos fazer essa biópsia do modo 
EXCISIONAL, INCISIONAL ou por 
ASPIRAÇÃO POR AGULHA FINA. 
BIÓPSIA EXCISIONAL 
É indicada em casos de lesões de caráter 
benigno. Fazemos uma forma de elipse, 
englobando toda a lesão e também tecido 
normal adjacente. Normalmente quando 
realizamos uma biópsia excisional, já 
conseguimos tratar a lesão apenas com o 
procedimento cirúrgico. 
 
 
Granuloma Piogênico 
BIÓPSIA INCISIONAL 
É indicada para lesões extensas e com hipótese 
de caráter maligno. Nós retiramos apenas uma 
parte da lesão e tecido adjacente para análise 
histopatológica. Nesse tipo de biópsia não 
conseguimos tratar a lesão com esse 
procedimento cirúrgico, necessitando do 
resultado para fechamento diagnóstico e 
formação do plano de tratamento. 
 
 
Nessa imagem temos a presença de uma 
gengivite descamativa, a qual aparece de forma 
linear ao redor dos dentes e sem questões 
específicas para o seu aparecimento. 
Normalmente em pacientes com boa higiene 
bucal sem grande acumulo de placa bacteriana. 
Associamos ela com lesões autoimunes ou 
imunologicamente mediadas. Indicamos a 
 2 
ESTOMATOLOGIA 
MARIANNE MOURA 
biopsia incisional de um ou mais trechos dessa 
gengiva. 
 
Na segunda imagem vemos o caso de uma 
leucoplasia extensa, que vai do rebordo alveolar 
até assoalho de boca. A biópsia será indicada 
para saber se ela contem apenas hiperceratose 
reacional ou níveis variados de displasia. 
CONTRA-INDICAÇÕES 
Algumas lesões ósseas, que podem ser 
diagnosticadas por imagem, não irão necessitar 
de biópsia. À exemplo disso temos a DISPLASIA 
ÓSSEA FLORIDA, que é uma lesão óssea 
extensa que acomete tanto mandíbula como 
maxila, no entanto, quando esse trabeculado 
ósseo é manipulado cirurgicamente, pode levar 
o paciente a uma osteomielite. 
 
Outro caso de contra indicação das biópsias é o 
HEMANGIOMA, o qual é uma lesão nutrida por 
vasos. Podem ser de pequeno ou grande calibre, 
intra-ósseo ou tecido mole. Nessas lesões o ideal 
são exames de imagem, como ultrassonografia 
com doopler ou ressonância magnética. Nesses 
pacientes deve-se fazer um acompanhamento 
clínico, quando não há dano funcional ou 
estético e caso tenha esse dano presente, deve-
se pensar em terapias escleróticas ou 
enucleação em lobo. Esse planejamento 
cirúrgico deve ser bem detalhado e em 
ambiente hospitalar para evitar hemorragia 
nesse paciente. 
 
O MELANOMA também é considerado uma 
lesão com contra indicação para biópsia 
incisional. Apesar dela ter uma hipótese de 
malignidade, ele é uma lesão de capacidade de 
crescimento radial e infiltrativo, fazendo 
metástases locoregionais e à distancia 
rapidamente. Como ele tem um prognóstico 
muito sombrio torna a biópsia não indicada, 
onde realizamos apenas o diagnóstico clinico e 
encaminhamos o paciente para um CBMF para 
tratamento mais adequado. 
 
ASPIRAÇÃO POR AGULHA FINA (PAAF) 
É o procedimento de escolha para o diagnóstico 
de massas superficiais como linfonodos da 
cadeia ganglionar cabeça e pescoço e glândulas 
salivares maiores. 
Deve ser realizado por um citopatologista ou 
clínicos treinados para não comprometer os 
resultados. 
 
 3 
ESTOMATOLOGIA 
MARIANNE MOURA 
PUNÇÃO 
É indicada nas lesões intra-ósseas. É um guia 
para realização de procedimentos onde exclui-
se lesões com sangue. Ela serve para ser feita 
antes de lesões que serão biopsiadas de caráter 
sólido ou cístico. O material geralmente não é 
enviado para análise microscópica. 
PRÉ-REQUISITOS PARA O PLANEJAMENTO 
DA BIÓPSIA 
➢ Respeitar as normas de biossegurança; 
➢ Organizar a mesa pela ordem dos 
instrumentos (anestesia, incisão, 
exérese, síntese); 
➢ Manipular o mínimo possível a peça 
cirúrgica; 
➢ Registrar todas as informações do 
paciente e aspectos da lesão. 
Protocolo clínico para execução da biópsia 
1. Preenchimento do prontuário 
2. Desenho do tipo de biópsia 
3. Escolha do instrumental cirúrgico 
adequado 
4. Seleção da área mais representativa 
com tecido sadio próximo 
5. Realização da técnica operatória 
6. Acondicionamento do material 
coletado em recipiente com formol 
10% 
7. Recomendações pós operatórias 
(repouso, compressas frias, medicação) 
8. Envio do material biológico para o 
laboratório (recipiente identificado 
com nome, idade do paciente, 
localização da lesão e tipo de fixador) 
9. Análise do resultado histopatológico 
10. Controle clínico do plano de 
tratamento 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
Exame complementar que não envolve radiação 
ionizante e depende da distribuição de prótons 
em tecidos e seus efeitos sobre um campo 
magnético. 
O sinal de ressonância magnética tem dois 
componentes: T1 (tempo de relaxamento 
longitudinal) e T2 (tempo de relaxamento 
transversal). 
INDICAÇÕES 
➢ Lesões de tecido mole; 
➢ ATM; 
➢ Invasão óssea; 
➢ Órgãos e tecidos internos. 
CONTRA-INDICAÇÕES 
➢ Pacientes com marca-passo,válvulas 
protéticas, clips vasculares, 
estimuladores neurais etc. 
➢ Inadequado para imagens intraósseas 
(usa-se radiografias, panorâmicas, 
oclusais e tomografias). 
ULTRASSONOGRAFIA DE GLÂNDULAS 
SALIVARES 
É um procedimento não invasivo o qual 
utilizamos para avaliação, seguimento, 
diagnóstico e caracterização das alterações das 
glândulas salivares. Não utiliza nenhum tipo de 
radiação e não apresenta efeitos colaterais. 
Apresenta grande sensibilidade para patologias 
em glândulas salivares. 
CINTILOGRAFIA SALIVAR 
É utilizada para diagnóstico de doenças 
relacionadas a produção e secreção de saliva 
pelas glândulas salivares. 
Paciente recebe pertecnato sódico intravenoso, 
o qual é absorvido pelas glândulas salivares e 
secretados pela saliva. Sendo importante no 
diagnóstico de doenças como a Sindrome de 
Sjogren, Obstrução ductal, Neoplasias de 
glândulas salivares e aplasia das glândulas 
salivares. 
ERITROGRAMA 
Exame hematológico o qual receberemos um 
resumo da quantidade de células presentes nas 
células vermelhas (hemácias), branca 
(leucócitos) e plaquetas. 
 4 
ESTOMATOLOGIA 
MARIANNE MOURA 
➢ Hematimetria: Corresponde à 
contagem do número de hemácias por 
ml de sangue (estimativa indireta da 
quantidade de hemoglobina – Hb). 
➢ Hematócrito: Correspondente ao valor 
da porcentagem que as células 
sanguíneas ocupam no sangue, devido 
a centrifugação de um tubo de ensaio 
com amostra sanguínea. O volume de 
leucócitos e plaquetas é desprezado. 
➢ Hematoscopia: É um exame que 
identificamos pela coloração. 
HIPOCROMIA: Deficiências de ferro 
severa e anemia do tipo talassemia e 
POLICROMASIA: deficiência de 
folatos, eritrócitos imaturos no sangue 
periférico (medula, sinusóides 
hepáticos e baço). 
ANEMIAS 
É a redução de hemácias que pode ser dada 
também por drogas as quais podem reduzir a 
produção de hemácias ou causar hemólise. 
➢ Diminuição da produção de hemácias: 
Antineoplásicos, Clorafenicol e 
Fenilbutazona 
➢ Drogas que provocam hemólise: 
Penicilinas e Metildopa. 
LEUCOMETRIAServe para observação da série branca do 
sangue, mostrando sua quantidade. Os 
leucócitos são classificados pelo seu tipo celular 
como Granulócitos (basófilos, eosinófilos e 
neutrófilos) e Agranulócitos ( linfócitos T e B). 
 
Podemos observar um fenômeno chamado 
DESVIO PARA A ESQUERDA que é o 
aparecimento de neutrófilos jovens no sangue 
periférico devido a uma maior produção pela 
medula-óssea. Isso irá nos indicar processo 
infeccioso agudo ou leucemias, o qual 
aumentará de acordo com a gravidade da 
doença. 
LEUCOCITOSE 
Aumento da quantidade de leucócitos no 
sangue. Pode ser classificada como discreta, 
moderada, acentuada e reação leucemóide 
(acima de 30.000). 
➢ Decorrências das leucocitoses 
- Por neutrofilia: Podem ser fisiológicas 
(infecções bacterianas), reacionais 
(corticosteróides e lítio) e Leucemia. 
- Linfocitose: Reacionais (infecções 
virais) e Leucemia. 
- Eosinofilia: Reacionais (infecção 
parasitária), familiar (alergias) e 
leucemia. 
- Monocitose: Reacionais e Leucemia. 
LEUCOPENIA 
Diminuição dos leucócitos. Pode ser dado por 
arboviroses e algumas drogas como dipirona, 
fenilbutazona, AINES, clorafenicol, sulfamidas, 
cefalosporina, anticonvulsivantes. 
PLAQUETOMETRIA 
As plaquetas são componentes do sangue, 
produzidas pela medula óssea a partir dos 
megacariócitos. Elas são de extrema 
importância pois participam do processo de 
hemostasia. 
PLAQUETOPENIA 
Podem ter sua diminuição por drogas como: 
Heparina, digitálicos, quindina, tiazólicos, 
imipramina, fenotiazida, sulfamidas, 
cefalosporinas e penicilinas. 
TEMPO DE TROMBOLASTINA PARCIAL 
(TTPA) 
 5 
ESTOMATOLOGIA 
MARIANNE MOURA 
Mostra como está a coagulação do paciente 
antes de submetê-lo a uma biópsia. Avalia as 
vias intrínsecas e comum da cascata da 
coagulação. Fatores como XII, XI,IX, VIII,X,V, 
protrombina e fibrinogênio. O tempo ideal é de 
35 à 50 segundos. 
TEMPO DE PROTROMBINA (TP) 
É o tempo que se leva da conversão de 
protrombina em trombina. Esse tempo varia de 
11 a 12 segundos e encontra-se prolongado por 
deficiência da coagulação I (fibrinogênio), II 
(proconvertina) e fator X (fator Stuart), exceto 
heparina) em torno de 29 segundos. O INR está 
entre 1 a 2. 
➢ Tempo de atividade da protrombina 
Avalia as anormalidades da via extrínseca e 
comum da cascada de coagulação. É aumentado 
na deficiência dos fatores VII,V,X, protrombina e 
fibrinogênio. 
TEMPO DE TROMBINA 
Vai ser normal de 12 a 18 segundos e indicam 
alterações na qualidade e quantidade do 
fibrinogênio. 
EXAMES PARA DIABETES MELLITUS 
Exames bioquímicos para a sua detecção. 
➢ Glicemia em jejum >100 mg/dl 
diabético 
➢ Teste oral de tolerância à glicose 
➢ Presença de glicose na urina >180 dl 
diabético 
➢ Nivel de hemoglobina glicada >7/9% 
diabético 
EXAMES PARA HEPATITE 
Exames sorológicos para sua detecção. 
➢ Anti HAV IgM para hepatites do Tipo A 
➢ ANTI HCV para hepatites do tipo C 
Antígenos avaliados: 
➢ HBsAg: antígenos de superfície do 
vírus. 
➢ Anti-Hbs: anticorpo produzido pelo 
corpo presente em pessoas que se 
recuperam da hepatite ou por 
imunização vacinal. 
➢ Anti Hbc: anticorpo contra o corio, 
ajuda a combater o vírus. Pessoas com 
esse anticorpo tem a doença ou 
entraram em contato com alguém que 
tem. Indica quem já teve o vírus 
também. 
➢ Anti HBeAg: Mostra a replicação do 
vírus mostrando a carga viral da 
hepatite no individuo. 
➢ Anti HBe: Anticorpo que ajuda no 
ataque aquele vírus, seu aparecimento 
mostra que a replicação do vírus 
diminuiu. 
➢ HBV DNA: indica o material genético 
encontrado no vírus e vai 
desaparecendo na medida que a 
doença é curada. Se o HBV DNA 
diminui, o tratamento está sendo 
eficiente. 
EXAMES SOROLÓGICOS PARA SÍFILIS 
➢ VDRL: prova de floculação. 
➢ RPR: Teste rápido de reagina 
plasmática, mas sofre 
interferência de outras condições 
como HIV, Malária, Imunização 
com DPT e tétano, mononucleose, 
lepra e doença do colágeno e 
gravidez. 
➢ Anticorpos treponêmicos 
(PADRÃO OURO): FTA-Abs e TPHA, 
são específicos e aparecem até 2 
semanas após a infecção, podem 
mostrar positivo para o resto da 
vida do indivíduo. 
EXAMES SOROLÓGICOS PARA O HIV 
➢ ELISA: utilizado para componentes 
proteicos do vírus. 
➢ WESTERN BLOT: Detecção de proteínas 
virais individuais. 
➢ Reação da polimerase em cadeia. 
Testes de detecção do HIV e suas partículas: 
 6 
ESTOMATOLOGIA 
MARIANNE MOURA 
➢ Teste de amplificação do genoma do 
vírus 
➢ Contagem de TCD4 em sangue 
periférico

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