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CASOS CLÍNICOS_ SAÚDE DA MULHER

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CASOS CLÍNICOS: SAÚDE DA MULHER 
ALUNOS: GABRIELLE NUNES, GUSTAVO LINS
Caso clínico 1 : 
M.C.R., sexo feminino, 24 anos, negra, estudante, natural e procedente de Maceió, Alagoas, 
procurou atendimento médico na unidade básica da saúde. Relata que há cerca de 30 dias cursa 
com ardor na vulva e corrimento acinzentado de odor fétido, sem prurido associado. Refere 
também dispareunia, e, que foi a primeira vez que sentiu esses sintomas. Nega outros sintomas 
associados ao quadro. Relata ainda que há cerca de 15 dias fez uso de antibióticos, sendo prescrito 
por um médico para tratar uma infecção de tonsilas palatinas, a paciente afirmou que durante o 
uso do medicamento o odor ficou mais forte. Relata que mantem relações sexuais com parceiro 
fixo há cerca de 2 meses, com uso de preservativo de maneira irregular. 
Relata uso de protetores diários. Em uso de contraceptivo oral combinado há 5 anos. G0P0A0, 
ciclos menstruais regulares, de 28 dias, sem relato de dismenorreia. DUM há cerca de 5 dias.
EXAME FÍSICO:
Estado geral: bom estado geral e nutricional, lúcida e orientada no tempo e espaço, afebril, 
acianótica, anictérica, hidratada.
Dados vitais: FR: 14 ipm, FC: 72 bpm, FC: 120/80 mmHg.
Outros sintomas: nenhum achado disfuncional nos sistemas cardiovascular, respiratório e 
abdominal.
Exame ginecológico: Mamas simétricas, sem achados significativos. Genitália externa, introito 
vaginal e meato uretral tópicos, sem alterações. Hímen roto.
Exame especular: Paredes vaginais hiperemiadas, rugosidades normais, presença de secreção 
acinzentada, aderido as paredes vaginais e do colo, com odor fétido..
Toque vaginal: colo posterior, útero em AVF, indolor a mobilização do colo e ao toque combinado. 
Não palpo anexos. Períneo suficiente.
https://www.sanarmed.com/dicas-de-ginecologia-resumo-de-corrimento-vaginal?term=vaginal
questionamento
1.Quais as hipóteses diagnósticas mais prováveis para o caso clínico?
2.Qual a relação entre o agente etiológico e o quadro clínico apresentado pela paciente?
3. Como é feito o diagnóstico?
4.Qual a conduta mais apropriada para esse caso?
VULVOVAGINITES 
Vulvovaginites e vaginoses são as causas mais comuns de corrimento vaginal patológico e 
acometem o epitélio estratificado da vulva e/ou vagina. Os agentes etiológicos mais frequentes 
são fungos, bactérias anaeróbicas em número aumentado, tricomonas (protozoário) e até 
mesmo um aumento exacerbado dos lactobacilos. As principais queixas são:
● Fluxo vaginal aumentado (leucorreia);
● Prurido;
● Cheiro desagradável;
● Desconforto intenso.
CAUSAS INFECCIOSAS CAUSAS NÃO INFECCIOSAS
- CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
- VAGINOSE BACTERIANA
- TRICOMONÍASE
- INFECÇÃO VIRAL
- VAGINITE INFLAMATÓRIA DESCAMATIVA 
(SECUNDÁRIA A CLINDAMICINA)
- INFECÇÃO BACTERIANA SECUNDÁRIA 
(CORPO ESTRANHO)
- PARASITÁRIA
- VAGINITE ATRÓFICA
- VAGINITE ALÉRGICA
- CORPO ESTRANHO
- VAGINITE INFLAMATÓRIA DESCAMATIVA 
(SECUNDÁRIA A ESTRÓIDE)
- DOENÇA DO COLÁGENOS, SÍNDROME DE 
BEHÇET, PÊNFIGO
> 95% DOS CASOS: CANDIDÍASE, TRICOMONÍASE E VAGINOSE BACTERIANA
VAGINOSE BACTERIANA (VB)
Corresponde a infecção vaginal mais frequente e a principal causa de corrimento vaginal anormal em mulheres 
em idade reprodutiva. 
➔ As bactérias mais comumente associadas à VB são Gardnerella vaginalis, Mobiluncus spp., Bacteroides spp. e 
Mycoplasma hominis. Essa modificação da composição da flora vaginal leva ao aumento do pH vaginal (>4,5) 
devido à diminuição acentuada dos lactobacilos produtores de peróxido de hidrogênio com o desequilíbrio do 
ecossistema vaginal. 
SINTOMAS: intensa secreção vaginal homogênea, de coloração branca ou acinzentada, com odor desagradável. 
Entretanto, metade das pacientes apresenta-se assintomática .
➔ SINTOMA TÍPICO: queixa de odor fétido, semelhante a “peixe podre”, o qual piora após o coito ou durante a 
menstruação, condições na qual o pH vaginal se eleva.
questionamento
1.Quais as hipóteses diagnósticas mais prováveis para o caso clínico?
2.Qual a relação entre o agente etiológico e o quadro clínico apresentado pela paciente?
3. Como é feito o diagnóstico?
4.Qual a conduta mais apropriada para esse caso?
GARDNARELLA
TRICOMONÍASE
CANDIDÍASE
- ACINZENTADO
- FÉTIDO
- AMARELADO
- ESPESSO
- ESPUMOSO
- FÉTIDO
- BRANCO
- GRUMOSO
- ASPECTO DE NATA
questionamento
1.Quais as hipóteses diagnósticas mais prováveis para o caso clínico?
2.Qual a relação entre o agente etiológico e o quadro clínico apresentado pela paciente?
3. Como é realizado o diagnóstico?
4.Qual a conduta mais apropriada para esse caso?
diagnóstico
BASEADO NA PRESENÇA DE 3 DOS 4 CRITÉRIOS DE AMSEL:
CRITÉRIOS DE AMSEL
1. Corrimento acinzentado ou branco-acinzentado, homogêneo, fino
 2. pH vaginal > 4,5 (presente em 80-90% das VB)
 3. Teste das aminas ou teste de odor da secreção vaginal (Whiff-test)
 4. Visualização de Clue Cells ou células guia na citologia oncótica
exames complementares
exames complementares
questionamento
1.Quais as hipóteses diagnósticas mais prováveis para o caso clínico?
2.Qual a relação entre o agente etiológico e o quadro clínico apresentado pela paciente?
3. Como é realizado o diagnóstico?
4.Qual a conduta mais apropriada para esse caso?
conduta:
O tratamento de escolha mais recomendado é o uso de Metronidazol como utilizado no caso. É 
importante evidenciar que o Metronidazol é ativo para praticamente todos os anaeróbios. A dose 
recomendada para a Vaginose Bacteriana é de 500mg de 12 em 12 horas por 7 dias ou Metronidazol gel, 
0,75%, um aplicador cheio, via vaginal, 1 vez ao dia por 5 dias. Regimes alternativos com Clindamicina 
300 mg, via oral, 2 vezes ao dia por 7 dias 1 .
ETIOLOGIAS 
PRINCIPAIS
ESQUEMA TERAPÊUTICO OPÇÕES OBSERVAÇÕES
VAGINOSE GARDNERELLA
MYCOPLASMA HOMINIS
PREVOTELLA
TRICHOMONAS
ATOPOBIUM
Metronidazol VO (7 dias) ou 
em gel vaginal tópico (5dias) 
ou Tinidazol VO (3-5dias)
Clindamicina VO por 
7 dias ou tópica por 7 
dias 
Para Chlamydia, etc. 
associar doxiciclina (7 
dias) ou azitromicina 
(dose única).
VULVOVAGINITE AGENTE SINTOMA PH MICROSCOPIA T. DAS 
AMINAS
TRATAMENTO
CANDIDÍASE Candida a sp. Prurido e 
corrimento 
grumoso
< 4,5 Pseudohifas Negativo Flucanazol
TRICOMONÍASE Trichomonas 
vaginalis
Inflamação, 
corrimento 
amarelado
> 4,5 Protozoário 
flagelado
Positivo Metronidazol
VAGINOSES 
BACTERIANA
Bactérias 
anaeróbicas
Odor fétido > 4,5 Clue cells Positivo Metronidazol
check-points ….
CASO CLÍNICO: 
Paciente do sexo feminino, 54 anos, parda, chegou no ambulatório de clínica médica para uma 
consulta de rotina após 5 anos sem avaliação médica. Relata que nos últimos 5 meses tem 
sentido certo cansaço e ainda mais dificuldade para realizar tarefas do seu dia-a-dia, como 
varrer o chão e subir a ladeira da rua para chegar em casa. Ademais, também mencionou insônia 
e fogacho. Hipertensa em uso de Losartana, negou diabetes e dislipidemia. Refere consumo de 
álcool nos finais de semana desde os 20 anos, fazendo uso de 2 latas de cerveja, nega tabagismo e 
relata sedentarismo.
Nega alergias, internações e hematotransfusões, relata ter passado por duas cesárias (há 30 e 32 
anos), negou outras cirurgias.
Menopausa aos 50 anos, possui vida sexual ativa. G2 C2 A0, todos os partos cesárias. Menarca aos 
12 anos, com 3 parceiros sexuais durante a vida.
Exame Físico
Estado geral: lúcida e orientada em tempo e espaço, hidratada, hipocorada (++/IV), eupneica, acianótica, 
anictérica.
Dados vitais: FC de 80 bpm, tensão arterial de 150/100 mmHg e FR de 18 ipm.
Exame cardiovascular: precórdio calmo, íctus não palpável, bulhas rítmicas e normofonéticas em dois tempos, 
sem extrassístoles ou sopros. 
Exame do aparelho respiratório: murmúrios vesiculares bem distribuídos em ambos os hemitórax, som claro 
pulmonar. 
Abdome: globoso as custas de panículo adiposo, ruídos hidroaéreos audíveis nos quatro quadrantes sem 
visceromegalias, fígado e baço não palpáveis e indolor à palpação superficial e profunda. 
Exameginecológico: exame especular e toque vaginal sem alterações. Mamas simétricas, sem retrações e sem 
drenagem de secreções pelos mamilos, espontânea ou à pressão. Presença de nódulo de mais ou menos 2 cm de 
diâmetro, localizado no quadrante lateral superior da mama direita, indolor a palpação e de consistência firme. 
Não se detecta linfonodomegalia à palpação das axilas.
Exames complementares
Exames laboratoriais: apresentou uma queda no número de hematócritos (32%) e hemoglobina 
(9,8 g/dL) e um aumento de PTH (149 pg/mL) e FSH (110 mUI/mL)
Exames de imagem: na mamografia foi confirmada a presença de um nódulo irregular de alta 
densidade radiológica, com margens espiculadas, apresentando microcalcificações de permeio, 
localizado no quadrante súperolateral da mama direita, medindo cerca de 21,0 x 9,0 mm. Regiões 
axilares livres, sem evidências de linfonodomegalias. Mama esquerda sem alterações dignas de 
nota.
Questões para orientar a discussão 
1. Quais características esse nódulo possui que tornam a suspeita maligna?
2. Quais sinais e sintomas poderiam ser relatados pela paciente?
- Dor, astenia, 
3. Quais são os métodos de rastreamento de câncer de mama?
4. Em qual categoria do Bi-Rads a paciente em questão se encontra?
5. Quais são os possíveis tratamentos para câncer de mama? Explique dividindo-os em seus estágios.
Rastreamento
● Autoexame: observar tamanho das mamas, simetria, contorno, a pele, condição do mamilo, 
realizando também a palpação.
● Exame clínico: durante o exame clínico são observados o parênquima mamário, o complexo 
areolopapilar, envelope de pele e linfonodos axilares e supraclaviculares.
● Exame de imagem: o exame de imagem vai depender da idade da paciente, em mulheres 
mais jovens (abaixo de 40 anos), por possuir mama mais densa se utiliza a ultrassonografia, 
já em mulheres mais velhas, a mama apresenta maior quantidade de tecido adiposo, dessa 
forma o nódulo é melhor visualizado na mamografia.
Bi-rads
● A paciente encontra-se na categoria bi-rads V
Estágios e tratamentos
As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:
● Tratamento local: cirurgia e radioterapia (além de reconstrução mamária).
● Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
Estágios I e II: como tratamento é utilizada a cirurgia conservadora ou mastectomia, podendo-se fazer 
uso da radioterapia e uma possível reconstrução mamária. A avaliação dos linfonodos axilares tem 
função predominantemente prognóstica. O tratamento sistêmico será determinado de acordo com o 
risco de recorrência (idade da paciente, comprometimento linfonodal, tamanho tumoral, grau de 
diferenciação), assim como das características tumorais que ditarão a terapia mais apropriada. Esta 
última baseia-se principalmente na mensuração dos receptores hormonais (receptor de estrogênio e 
progesterona) - quando a hormonioterapia pode ser indicada; e também de HER-2 (fator de 
crescimento epidérmico 2) - com possível indicação de terapia biológica anti-HER-2.
No estágio III, é realizada a quimioterapia, a cirurgia conservadora, mastectomia e possível radioterapia. 
No estágio IV do câncer de mama, deve-se considerar os cuidados paliativos.
Conduta
1. Exame físico: se notar presença de nódulos palpáveis deve-se solicitar 
exames complementares;
2. Exames complementares: avaliar exames laboratoriais e exames de 
imagem (preferencialmente em pacientes mais jovens realizar USG e em 
adultas mamografia);
3. Mamografia: avaliar densidade, formato, natureza, margens e localização 
do nódulo;
4. Classificação Bi-rads: 0, 1 e 2 ( exame de rotina anual), 4 e 5 ( prosseguir 
investigação e realizar biópsia) e 6 ( tratamento adequado);
5. Histopatológico confirmado: Classificar estágio ( I, II, III, IV) e iniciar 
tratamento adequado. 
CASO CLÍNICO 3:
M.R.O, sexo feminino, negra, 33 anos, casada, recepcionista, natural e procedente de Salvador. 
Comparece à consulta na UBS. Paciente refere que há cerca de 2 anos seu fluxo menstrual 
mudou. Relata menarca aos 13 anos, com ciclos regulares subsequentes de 28 dias, com 4 dias de 
fluxo menstrual ++/4, sem dismenorreia. Agora, refere que seu fluxo está mais intenso, ++++/4, 
durando cerca de 6 dias, com dismenorreia 7/10 que começa cerca de 2 dias antes da 
menstruação, finalizando no 3° dia de fluxo menstrual. A paciente também traz que cerca de 2 
vezes ao mês sente dor pélvica difusa, em aperto, sem fator desencadeante ou de piora. Tanto 
para as cólicas menstruais como para a dor fora do período menstrual faz uso de Dipirona, 
usando sem recomendação médica (não soube referir a dosagem). Nega disúria, polaciúria, 
poliúria, incontinência urinária. Nega náuseas, vômitos ou mudança no ritmo intestinal. Relata 
que não faz uso de contraceptivo hormonal. Refere uso de camisinha como método 
contraceptivo.
exame físico
Estado geral: paciente estava em bom estado geral e nutricional, lúcida e orientada no tempo e 
espaço, afebril, acianótica, anictérica, hidratada. 
Sinais vitais: Eupneica (13 ipm), normocárdica (70 bpm), normotensa (120/80 mmHg), IMC: 27,6 
(sobrepeso). 
Aparelho respiratório e cardiovascular sem alterações; abdome simétrico, plano, flácido. RHA +. 
Leve desconforto a palpação profunda da fossa ilíaca direita. Ausência de viceromegalias. 
Giordano negativo. Extremidade bem perfundidas, sem edemas. 
Ao exame ginecológico: Mamas simétricas, sem alterações genéticas. Genitália externa, sem 
lesões, verrugas e secreções uretrais e vaginais; exame especular sem achados clínicos. Ao exame 
bimanual se foi palpado um útero aumentado, móvel e com contornos irregulares, gerando uma 
suspeita diagnóstica de leiomioma uterino.
questionamento
1. O que é Leiomioma? E qual a natureza do tumor? Os Leiomiomas aparecem 
predominantemente em que fase da vida?
2. Quais são os fatores de risco para essa doença?
3. Qual a classificação dos Leiomiomas? E qual a relação do Leiomioma com a Leiomiomatose?
4. Como é feito o diagnóstico de Leiomioma? E quais são seus diagnósticos diferenciais?
5. Descreva o tratamento do Leiomioma.
leiomioma
Neoplasia benigna mais comum da mulher, respondendo por aproximadamente 95% dos tumores 
benignos do trato genital feminino. Sendo a maioria dos casos casos assintomáticos. 
É uma neoplasia benigna formada por células musculares lisas e fibroblastos e rica em matriz 
extracelular e que com frequência origina-se no miométrio. Esse tipo de tumor representa a 
causa estrutural mais comum de sangramento uterino anormal nas mulheres.
● Consistência fibrosa 
● Tumores redondos, brancos nacarados, firmes, elásticos e que, na superfície de corte, 
exibem um padrão espiralado
Os leiomiomas uterinos são tumores sensíveis ao estrogênio e à progesterona. 
Consequentemente, eles se desenvolvem durante os anos reprodutivos. Após a menopausa, os 
leiomiomas geralmente regridem e o desenvolvimento de novos tumores é raro
FATORES DE RISCO: 
● Menarca precoce (aumento dos anos de exposição persistente ao estrogênio);
● IMC elevado (maior conversão de androgênio em estrogênio); 
● SOP (exposição mantida aos estrogênios que acompanha a anovulação crônica); 
● Predisposição genética 
● Idade (entre 30-40 anos)
Representam cerca de 20 a 50% dos tumores benignos das mulheres na quarta e quinta décadas de vida. O 
Leiomioma é 3 vezes mais comum em mulheres da raça negra do que em mulheres da raça branca. Além 
disso, são mais comum em mulheres que tiveram menarca precoce (abaixo dos 10 anos), é mais comum em 
mulheres nulíparas e inférteis.
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: Como diagnósticos diferenciais para Leiomioma existem a endometriose, a 
adenomiose, carcinoma de endométrio e o Sangramento Uterino Disfuncional (SDU). Desses, com exceção do SUD, 
o qual é um diagnóstico de exclusão, todas as outras afecções podem coexistir com o leiomioma uterino dificultando 
seu diagnóstico e tratamento.
LEIOMIOMAS SUBSEROSOS
Originam-sedos miócitos adjacentes à serosa uterina, e seu crescimento está orientado para o exterior, causando 
distorção da anatomia de órgãos adjacentes.
- Leiomiomas pediculados: estão presos apenas por uma haste ao seu miométrio progenitor,
- Leiomiomas parasíticos: são variantes subserosas que se prendem às estruturas pélvicas próximas, a partir das 
quais recebem suporte vascular, podendo ou não se soltar do miométrio progenitor.. 
LEIOMIOMAS INTRAMURAIS
São aqueles com crescimento centrado dentro das paredes uterinas, causando intensos sangramentos e dismenorreia, 
sendo assim, o único que causa dismenorreia, enquanto os outros tipos são mais silenciosos em relação aos sintomas 
orgânicos
LEIOMIOMAS SUBMUCOSOS
Estão próximos ao endométrio, crescem e projetam-se em direção ao interior da cavidade endometrial, produz 
basicamente altos níveis de sangramento
A CLASSIFICAÇÃO É FEITA COM BASE NA LOCALIZAÇÃO E ORIENTAÇÃO DO 
CRESCIMENTO:
SUBMUCOSO
INTRAMURAL
SUBSEROSO
exames complementares
Com frequência, os leiomiomas são detectados pelo exame pélvico, 
com achados como aumento do útero, contorno irregular, ou 
ambos como foi encontrado no exame de M.R.O. Nas mulheres em 
idade reprodutiva, o aumento do útero determina a necessidade de 
dosagem urinária ou sérica da b-hCG. 
EXAMES DE IMAGEM: a ultrassonografia é realizada para definir a 
anatomia pélvica. O aspecto ultrassonográfico dos leiomiomas varia 
entre imagens hipo e hiperecoicas, dependendo da proporção de 
músculo liso para tecido conectivo e da existência de 
degeneração. A calcificação e a degeneração cística criam as 
alterações mais distintivas na ultrassonografia. As calcificações têm 
aspecto hiperecoico e a degeneração cística ou mixoide ocupa o 
leiomioma com múltiplas áreas hipoecoicas.
MIOMA INTRAMURAL
MIOMA SUBSEROSO
TRATAMENTO 
LEVAR EM CONSIDERAÇÃO O TAMANHO E A LOCALIZAÇÃO DOS MIOMAS, A IDADE DA PACIENTE E O DESEJO 
DE ENGRAVIDAR NA ESCOLHA DO TRATAMENTO. 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: O tratamento de eleição para leiomiomas é cirúrgico. A histerectomia é o tratamento 
definitivo, e a miomectomia por várias técnicas, ablação endometrial, miólise e embolização das artérias uterinas são 
procedimentos alternativos. histerectomia elimina os sintomas e a chance de problemas futuros. Para mulheres com 
prole completa, é o tratamento recomendado, pois nas pacientes submetidas a este procedimento foi demonstrada 
redução da intensidade dos sintomas, de depressão e de ansiedade e melhora da qualidade de vida. A miomectomia, 
ressecção do mioma, é uma opção para mulheres que não aceitam a perda do útero ou que desejam engravidar.
TERAPIA MEDICAMENTOSA: tem as vantagens de não submeter a paciente aos riscos cirúrgicos e permite a 
preservação do útero. Pacientes, entretanto, preferem submeter-se diretamente à cirurgia pelo fato de que a 
suspensão do tratamento medicamentoso associa-se a rápida recorrência dos sintomas, isso sem considerar os 
efeitos adversos dos medicamentos.
● Os análogos do GnRH são considerados o principal tratamento clínico dos miomas, mas podem ser utilizados 
contracepticos orais compinados, DIU

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