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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO CAMPUS AVANÇADO LUCAS DO RIO VERDE CURSO TÉCNICO EM BIOTECNOLOGIA AKILLA RIBEIRO Análise do documentário “Cooked- Air” Componente Curricular: Biotecnologia de Alimentos e Controle de Bioprodutos Docente: Profª. Msc. Fernanda Karine do Carmo Félix LUCAS DO RIO VERDE 2020 COOKED Cooked é um documentário de quatro horas da Netflix sobre culinária e cultura, lançado no ano de 2016, inspirado no livro “Cooked” (2013) de Michael Kevin Pollan, um jornalista, autor e professor de jornalismo da UC Berkeley e como doutor honorário da University of Gastronomic Sciences. Dividido em quatro capítulos, denominados de fogo, água, ar e terra, representando os quatro elementos da natureza retrata a relação do ser humano com os alimentos ao longo da evolução humana e como isso influencia nas tradições e cultura de cada povo. Destacando o capítulo intitulado como “Air”, Pollan busca pela trajetória da produção do pão. O ambiente destacado é o Marrocos, especificamente na cidade de Marrakech, cidades com aspectos antigos e com grande plantação de trigo. Costumes e tradições seguem rotineiramente todas as manhãs na preparação do pão visto como “vida” para os marroquinos, pão esse que é dividido entre a comunidade. Ao relatar isso, Pullan faz uma breve observação sobre a importância do ar na fermentação da massa. O mesmo propõe que o ar transforma a comida deixando de ser apenas “terra”. O cientista alimentar da Universidade de Davis, Bruce German faz uma pequena relação importante para o entendimento dos telespectadores sobre o pão conter vida para nós seres humanos, o mesmo afirma que “Ao receber um pacote de farinha e água, para sobreviver, logo morreria depois de um certo tempo. Porém, ao pegar o mesmo pacote de farinha e a água e o transformasse em pão, certamente viveria” esse diálogo traz à tona a relação da técnica e a tecnologia na produção do pão que representou um avanço revolucionário. Ao comentar sobre o pão, Michael faz apologia a uma civilização, desde quem trabalha na colheita de trigo ao padeiro, que confecciona os pães, sendo assim a agricultura é de extrema importância para os marroquinos. Semeie para comer (MAOMÉ). A cultura marroquina, apresenta moinhos tradicionais, ou seja, equipamentos para a preparação do trigo feitos a mão, muitas vezes formados de barro e troncos de árvores sendo utilizadas de geração em geração. Uma característica do processo de produção é a venda por apenas 10% do grão. Ao decorrer do documentário, Michael Pollan traz informação do surgimento do pão, ele afirma que o seu surgimento foi no Egito antigo, aproximadamente seis mil anos atrás, quando por acidente uma tigela com grão pulverizado e água foram deixados durante dias, onde ocorreu a fermentação, até alguém com ideia de assar e obteve sucesso, a partir disso se iniciou a espalhar essa boa nova em outras regiões. Dentre isso o Marrocos implantou grandes plantações de trigo, porém também realizava importação e exportação de trigo da Lituânia, França, Alemanha e Ucrânia. Foi tratado um tema um quanto polêmico, a respeito de movimentos revolucionários ao decorrer dos anos que teve como um dos motivos o preço alto do pão, sendo exemplo disso, a Revolução francesa que ocorreu de 1789-1799, tratado com um alimento simples, o aumento dos preços causa protesto principalmente por pessoas de classe baixa ou países subdesenvolvidos, Pullan afirma que acontecimentos na política agrária de um país automaticamente abala outro. Michael ao visitar o laboratório culinário Modernist Cuisine em Seattle, Washington, conta com a participação de Nathan Myhrvold, antigo diretor da Microsoft e fundador da Modernist Cuisine. Ao entrevistar Nathan, ele faz uma relação importante, onde o mesmo afirma que pão é combinação de culinária, biologia e física. A biologia então, está no pão antes mesmo de ir ao forno, quando é misturada com a água e ocorre o borbulhamento e assim os microrganismos presentes no ar produz dióxido de carbono. Ele ainda faz uma comparação de bactérias soprando e criando bolhas o que faz com a massa duplique ou até triplique de tamanho, na participação das bactérias, também há a presença do glúten, formado por duas proteínas, onde eles se mesclam formando uma substância elástica. De acordo com Fasano, cerca de 29% da população americana evita o consumo de glúten. Segundo o NPD (Partido Nacional Democrático da Alemanha) em uma pesquisa realizada no ano de 2013, foram apontadas cerca de 200 milhões de pratos sem glúten foram vendidos em restaurantes americanos. Nathan explica que esse fenômeno social ocorre pela a demonização do glúten. De acordo com a FDA (Alimentos e Medicamentos) que atua nos Estados Unidos padronizando a identificação de todos os produtos, o pão é produzido por apenas três ingredientes: Farinha, água e sal, entretanto a Indústria Alimentícia optou pela flexibilidade dos ingredientes, como algo comercial, como consequência disso a Indústria Alimentícia propôs que o pão fosse preparado de 31 a 37 ingredientes diferentes. Dentre essas circunstâncias, a farinha branca começa a ser escolhida pelas indústrias comerciais ao invés da farinha integral, entretanto na época as pessoas começaram a adoecer pois a farinha branca não continha os mesmos nutrientes que a integral. A indústria começou a injetar os nutrientes superficialmente na farinha branca. Nathan afirma que isso é um problema, pois a sociedade não está mais interessada em consumir algo nutriente e sim, algo de fácil acesso nas prateleiras de supermercados. Richard Burdon, mestre na técnica Sourdough (produção de pão usando o método tradicional) morador de Houston, Massachuset. Afirma que os grãos necessitam de ser fermentados por uma cultura de bactérias. De acordo com ele, a cultura Sourdough é definida por ser um ecossistema misto de bactérias e fonte de fermentação durante milênios. As bactérias desintegram os carboidratos e glúten forte, fazendo com que libere minerais saudáveis provenientes do grão. Em relação a plantações de trigo, o fator que mais contribui para o bom andamento da produção é o clima, incluindo o fluxo de chuva, porém é de conhecimento geral, que esse fator está sujeito a grandes variações. O trigo como sendo a matéria prima da farinha, aproximadamente cerca de 60% da dieta em todo mundo, de acordo com Centro de Pesquisa Icarda, Marrocos. Atualmente vemos a presença de bancos de sementes, para a prevenção de tragédias e guerras mundiais, guardando sementes globais de muitas plantações e colheitas, não em sua forma física mas informacional (genoma). Um aspecto importante desses bancos de sementes é a participação da biotecnologia e cultura de tecido vegetal é a utilização do cruzamento ou seleção de algumas dessas plantas para o melhoramento genéticocaso alguns tipos de plantas sejam extintos, além de contar com a participação do método in situ dessas informações genéticas em câmaras de ar em baixas temperaturas, que prologam a identidade vegetal, mantém estável as condições germinativas e promove o retardo do envelhecimento física da planta ou semente. De acordo com a Agro Saber, o maior banco de genética de plantas alimentícias está localizado em Svalbard- Noruega, contendo mais de quatro mil informações de sementes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Banco Norueguês com mais de 4 mil sementes pode te salvar. AgroSaber. 17, Fevereiro e 2020. Disponível em:https://agrosaber.com.br/banco-noruegues-com-4-mil-sementes-pode-te-salvar/#:~:text=Ju ntas%20elas%20comp%C3%B5em%20o%20maior,Mundial%20de%20Sementes%20de%20 Svalbard.. Acesso em: 17, Dezembro e 2020. Michael Pollan. Seção: Sobre. Disponível https://michaelpollan.com/. Acesso em: 17, Dezembro e 2020.
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