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Módulo Metabolismo - Caderno LPI

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Luana Borges Miranda – M!icina Un"erp - TXXVI
Módulo – Metabolismo
LPI Laboratório de Práticas Integradas
AULA 01
Exames Laboratoriais
→ → → →Paciente Relato/Queixas Avaliação Análise do Comprometimento Hipótese
→ →de diagnóstico Comprovação Auxílio = Exames laboratoriais e outros
Para que seja possível obter um resultado adequado, interpretação médica adequada
para que seja feito um diagnóstico os exames laboratoriais são compostos por várias
etapas (multiprofissionais).
É necessária a cooperação do paciente, bem como do profissional que feito análise
dos materiais/exames. 
Luana Borges Miranda – M!icina Un"erp - TXXVI
Luana Borges Miranda – M!icina Un"erp - TXXVI
Três fases dos Exames Laboratoriais:
• Pré-analítica:
1. Pedido do Exame: pedido realizado pelo médico devidamente especificado.
Objetivando confirmar ou rejeitar um possível diagnóstico; e/ou obtenção de
parâmetros para acompanhamento.
2. Preparação do Paciente: necessidade de cooperação, devendo ser orientado
adequadamente (verificação das condições do exame a ser realizado).
3. Coleta do material: deve ser seguido os protocolos específicos de coletas pelo
profissional; identificação correta do paciente e amostra; cuidado com o tempo
de encaminhamento do material.
4. Transporte do material
5. Preparação: inclui o manuseio dos frascos/tubos; verificação da qualidade da
amostra; preparação adequada para cada tipo de exame.
• Analítica:
Análise
Fluxo de Dados
• Pós-analítica:
Interpretação Médica
Diagnóstico e Tratamento
Pedido do Exame – Fase Pré-analítica
Ex.: Paciente chega no consultório com queixa de dor de cabeça, febre, espirrando,
secreção nasal. A partir dessas queixas, provável que o sistema respiratória esteja
comprometido. Diante desse fato: qual o material biológico que o sistema respiratório
disponibiliza para fazer algum tipo de exame, ou seja, checar o que está acontecendo
com este paciente? O que se deve procurar nesse material biológico para certificar um
possível diagnóstico (ex.: Covid)? O sistema respiratório produz uma secreção (muco;
orofaringe) , possibilitando busca de eventual vírus presente, através do exame PCR
(identificação do vírus).
Luana Borges Miranda – M!icina Un"erp - TXXVI
Luana Borges Miranda – M!icina Un"erp - TXXVI
Coloração dos tubos – padronização internacional.
Tubos para soro com ativador de coágulo com ou sem gel separador
Vermelho/Amarelo = tubos para obtenção do soro.
Vermelho = possui ativador de coágulo (sílica) jateado na parede do tubo, fazendo
com que o processo de coagulação da amostra seja acelerado. Utilizados para
determinação em soro nas áreas de Bioquímica e Sorologia (ativador de coágulo).
Amarelo = contém ativador de coágulo jateado na parede do tubo que faz com que o
processo de coagulação seja acelerado e gel separador, para obtenção de um soro
com melhor qualidade (coágulo fica embaixo do gel; separador). Portanto, facilita
retirada do soro. Utilizados em rotinas de bioquímica, sorologia, imunologia,
marcadores cardíacos e tumorais.
Obtenção do Plasma (anticoagulante)
Roxo = tubos com EDTA (anticoagulante); obtenção do plasma. Possui EDTA jateado
na parede do tubo. O EDTA é o anticoagulante recomendado para rotinas de
hematologia por ser o melhor anticoagulante para a preservação da morfologia celular.
Ligação do EDTA com o cálcio (fator importante para ativação do processo de
coagulação; quando ligado ao anticoagulante não ficará disponível para a coagulação);
preserva a morfologia celular. 
Verde = tubos com heparina (inibe a trombina). Possuem heparina de lítio jateada na
parede do tubo. São utilizados quando é necessário o uso de plasma para
determinações bioquímicas. Estes aditivos são anticoagulantes que ativam as enzimas
antiplaquetárias, bloqueando a cascata de coagulação.
Azul = tubo com citrato de sódio. O citrato de sódio tamponado é utilizado para prova
de coagulação em amostrar. Diferentes concentrações de citrato de sódio podem ter
efeitos significativos nas análises terapias anti-trombóticas, Tempo de ProtRombina (TP)
e Tempo de Tromboplastina Ativada (TTPa).
Cinza = tubos com fluoreto de sódio (inibidor glicolítico = inibi a degradação da
glicose presente na célula). Utilizados na dosagem de glicose, lactato e hemoglobina
glicada no plasma. O Fluoreto de Sódio é utilizado como inibidor glicolítico.
Branca = tubo sem aditivo, sem anticoagulante. Utilizado como tubo de transporte
para amostrar, inclusive para provas de líquido cefalorraquidiano (LCR).
Luana Borges Miranda – M!icina Un"erp - TXXVI
Luana Borges Miranda – M!icina Un"erp - TXXVI
Graus de Hemólise:
➢ Amostra sem hemólise
➢ Grau I
➢ Grau II
➢ Grau III
➢ Lipemia: é a presença de lipoproteínas de densidade muito baixa e
quilomícrons de triglicerídeos no plasma. A natureza hidrofóbica das gorduras
causa sua suspensão no soro e a aparência leitosa característica da lipemia.
Soro lipêmico: é a aparência leitosa de uma amostra de laboratório devido à
gordura no plasma elevada. 
Uma amostra de sangue total não mostra a presença de acesso de moléculas
de gordura. A separação do soro – para análise clínica – requer centrifugação
da amostra. Ao separar os elementos celulares, o resultado é um
sobrenadante plasmático cuja aparência normal é âmbar, enquanto o soro
lipêmico é esbranquiçado. 
Fase Analítica
Análise: verificação de instrumentos, reagentes e condições; verificação do estado de
controle dos sistemas; monitorização dos processos de análise; manutenção de
soroteca.
Fluxo de Dados do resultado (laudo): cuidados no trato dos dados brutos; verificação
de dados na interface; critérios de verificação dos resultados; “delta check” e nível
crítico; impressão e envio eletrônico do laudo.
Geralmente, realizado pelo Farmacêutico-Bioquímico ou biólogo (responsável pela
fase analítica).
Fase Pós-Analítica
Interpretação médica: o laudo tem valor científico e legal; o laboratório deve dar
assessoria científica; deve oferecer-se para esclarecimento de dúvidas; avaliar
necessidade de repetir análise.
Diagnóstico e Tratamento: o resultado orienta até 70% das decisões médicas; o valor
do laboratório está no laudo de qualidade; o paciente recebe o benefício decorrente
do trabalho do laboratório (informação válida, em tempo e confiável).
Luana Borges Miranda – M!icina Un"erp - TXXVI
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Atividade – Próxima aula: avaliação antropométrica. Coletar dados de um
paciente: peso, altura, circunferência abdominal, calcular IMC. Histórico da dieta
(alimentação); analisar a dieta se está adequada e qual seria a ideal; quantidades
de calorias e de nutrientes; pratica de atividade física.
Dados Paciente
Sexo: feminino
Idade: 31 anos
Peso: 49kg
Altura: 1,60
Circunferência abdominal: 0,63 cm
IMC: 19,14 (peso ideal entre 47,36 a 64kg)
Utilizado: calculadora disponível no site do Departamento de Medicina Social –
UFPEL – UNASUS.
Cálculo: IMC = divisão do peso sobre altura ao quadrado.
Taxa metabólica basal: aproximadamente 1200-1250 kcal
Dieta: rica em carboidratos; doces; alimentos processados; refrigerantes. Rotina
alimentar com baixo consumo de frutas, verduras, legumes.
Não pratica nenhuma atividade física. Rotina predominantemente estática. Ingere cerca
de 1.600 kcal/dia. Proporção dos macronutrientes: 70% carboidrato + 20% proteína +
10% gordura.
Análise do Paciente
IMC está dentro da normalidade. Contudo, a alimentação não está adequada, levando-
se em conta que é rica em alimentos processados/industrializados, enquanto que ela
deve ser preferencialmente composta de alimentos in natura ou minimamente
processados. Além disso, deve ser variada, levando em conta a qualidade nutricional,
visando ter, pelo menos, um alimento de cada grupo nas refeições (cereal; leguminosa;
proteína animal; hortaliças; frutas), a fim de evitar deficiências nutricionais.
Necessidadenutricional = quantidade de energia e nutrientes disponíveis nos
alimentos que um indivíduo sadio deve consumir para satisfazer suas necessidades
fisiológicas e prevenir sintomas de deficiências.
Proporção mais adequada entre os nutrientes, para melhor balanceamento da
alimentação é de:
✔ Carboidratos 50 a 60%
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✔ Lipídios 20 a 30%
✔ Proteínas 10 a 20%
Com relação a circunferência abdominal não apresenta risco de obesidade, pois está
abaixo de 80cm.
Recomenda-se pratica de exercício físico, além das atividades simples ao longo do dia
(andar, subir e descer escadas). A fim de diminuir o risco de doenças e cessar o
acúmulo de gordura. O organismo responde positivamente à somatória de processos,
como atividade física regular e alimentação adequada.
Deve equilibrar os nutrientes e/ou fatores que farão o nutriente em questão não ser
utilizado adequadamente. 
AULA 02 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
A antropometria é o ramo das ciências biológicas que tem como objetivo o estudo
dos caracteres mensuráveis da morfologia humana. O tamanho físico de uma
população pode ser determinado através da medição de comprimentos,
profundidades e circunferências corporais, e os resultados obtidos podem ser
utilizados na confecção de vestuário, equipamentos e maquinário, dentre outros
produtos para uso humano. Especificamente no setor da saúde, muitos
procedimentos e condutas terapêuticas necessitarão dessas informações para uma
prescrição correta. O cálculo da dosagem de medicações, muitas vezes dependem
do peso ou do índice de massa corpórea do paciente (IMC). Certos equipamentos
como tamanho de tubo orotraqueal, sondas, colar cervical, próteses ortopédicas, por
exemplo, também dependem das medidas corporais para a escolha correta. A
avaliação nutricional, fundamental no acompanhamento de portadores de hipertensão
arterial, nefropatias, diabetes, gestantes e crianças também baseiam-se nas medidas
corporais dos indivíduos.. As principais medidas antropométricas utilizadas nos
serviços de saúde são: peso, altura, circunferência abdominal e cefálica. Mais do que
realizar uma ação rotineira, essas medidas fazem parte da vigilância em saúde.
Técnicas para a tomada das medidas antropométricas
a) Peso em crianças maiores de 2 anos de idade e de adultos:
✔ Antes de iniciar a pesagem sempre verifique se a balança está “tarada”.
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✔ A balança deve estar posicionada em piso plano, firme e suficientemente
iluminado.
✔ A pessoa a ser pesada deve estar vestida com um mínimo de roupa (sem
sapatos, roupas leves, sem objetos nos bolsos e sem acessórios pesados).
✔ Peça para que o usuário suba calmamente sobre a plataforma da balança,
posicionando-se bem no centro.
✔ O usuário deverá manter o corpo ereto e a cabeça erguida, com o peso
igualmente distribuído nos dois pés e com os braços estendidos ao longo
do corpo. Se a balança em uso for eletrônica, o peso aparecerá
imediatamente no visor. Se for balança mecânica, destrave a mesma e
mova os cursores sobre a escala numérica (primeiro o maior para o quilo
e depois o menor para o 2g), até que a agulha do braço e o fiel estejam
nivelados. Travar novamente a balança, proceder a leitura, sempre de
frente para o equipamento e registre no prontuário ou cartão da criança.
Considere o peso com uma casa decimal. Por exemplo: 52,0Kg;48,9Kg
b) Altura em crianças maiores de dois anos de idade e adultos:
✔ Pedir ao usuário que retire sapatos e roupas volumosas. Retirar também
adereços da cabeça.
✔ Utilizar um antropômetro vertical que, tanto pode estar fixo na parede
quanto acoplado à balança mecânica.
✔ Solicite que o usuário posicione-se de costas para o equipamento, com os
pés paralelos e os tornozelos unidos.
✔ Certifique-se que as nádegas e as costas estejam tocando o aparelho (ou
a parede) e que os braços estejam caídos ao longo do corpo.
✔ Com a mão sob o queixo do usuário, posicione sua cabeça de forma que
a parte exterior da órbita ocular esteja no mesmo plano do orifício do
ouvido.(Plano de Frankfurt)
✔ Baixe lentamente a haste móvel do antropômetro
✔ Faça a leitura em metros, com duas casas decimais e registre no
prontuário. Por exemplo: 1,45m; 1,63m
c) Medida da circunferência abdominal:
✔ A MEDIDA NÃO DEVE SER FEITA SOBRE A ROUPA.
✔ O usuário deverá estar de pé, com os braços relaxados ao lado do
corpo e com os pés levemente afastados.
✔ A fita é colocada no plano horizontal ao nível da cintura natural, parte
mais estreita do tronco.
✔ Havendo dificuldade de identificar a cintura, considerar a medida
horizontal no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca.
✔ A medida deve ser tomada ao final de uma expiração normal, sem
comprimir a pele.
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✔ O ponto inicial da fita (ponto zero) deve estar acima do valor medido.
✔ O valor observado deve ser registrado com precisão de 0,1cm. Por
exemplo: 97,3cm; 102,0cm.
Obesidade
Obesidade (doença crônica) é resultante do balanço energético positivo de acúmulo
de tecido gorduroso localizado ou generalizado produzido por desequilíbrio
nutricional associado ou não a distúrbios genéticos ou endocrinometabólicos.
Acúmulo da gordura (gordura visceral). 
Compressão dos vasos = inflamação local.
Tecido adiposo = leptina (saciedade). 
Leptina não faz o efeito, pois as adiposinas substâncias inflamatórias da região forma
resistência à leptina.
→Tecido adiposo = resistina = resistência a insulina Diabético tipo II.
Lesão da mucosa (produtos industrializados/processados) = intestino vazado =
responsável por uma inflamação subclínica (sem percepção clínica).
Substâncias inflamatórias são produzidas no tecido adiposo. Estimulam lipase na
região. 
Resulta em prostaglandina.
O tecido adiposo secreta angiotensinogênio (aumenta PA). Produz ácido nítrico
(radicais livres).
Atividade física = melhora na microbiota, sistema nervoso central, processo
inflamatório.
→ →Alimentação não equilibrada Estimulação do processo inflamatório produção de
radicais livres (moléculas instáveis e que apresentam um elétron que tende a se
associar de maneira rápida a outras moléculas de carga positiva com as quais pode
reagir ou oxidar; lesiona tudo e todos que estão ao redor pela sua instabilidade).
Antioxidante = doa o radical para estabilização do radical livre e mantém sua
estabilidade. 
Luana Borges Miranda – M!icina Un"erp - TXXVI
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Eritrograma: é a parte do hemograma que serve para contar e avaliar os eritrócitos
(hemácias). Além de fazer a contagem total dessas células, o eritrograma permite
verificar a forma e o tamanho dos eritrócitos. Os eritrócitos são responsáveis pelo
transporte de oxigênio. Dentro dessas células existe uma proteína, a hemoglobina,
que se liga ao oxigênio, permitindo às hemácias transportar e distribuir O2 dos
pulmões para dentro das células. Portanto, realiza a medição da concentração de
hemoglobina.
O aumento do número de eritrócitos, poliglobulina, normalmente não é clinicamente
relevante. Já a redução do nível de hemácias, hipoglobulina, é sinal de anemia.
Além de avaliar os eritrócitos e a hemoglobina, o eritrograma também verifica o
hematócrito, que é o volume de eritrócitos encontrados no sangue centrifugado.
Através do hematócrito, é possível determinar a proporção entre hemácias e o plasma
(parte líquida do sangue). Esse exame também fornece os Índices hematimétricos
(VCM, HCM, CHCM e RDW).
IMPORTANTE: A contagem dos eritrócitos não é suficiente para o diagnóstico de
desordens hematológicas,sendo necessária a utilização dos valores fornecidos pelos
índices.
Exame importante para diagnóstico e tratamento das anemias. 
Em pacientes com anemia ferropriva, por exemplo, há detecção de um valor reduzido
na contagem de hemácias, associada com valores alterados dos índices
hematimétricos. Através do VCM, será detectada a presença demicrocitose (presença
de eritrócitos de tamanho pequeno). O HCM e CHCM, por sua vez, demonstrarão
presença de hipocromia (eritrócitos pouco corados). A anemia megaloblástica é outro
exemplo. Esse tipo de anemia ocorre devido a uma deficiência de folato ou vitamina
B12. Como resultado dessa deficiência, há presença de eritrócitos grandes com
formato oval, os quais possuem conteúdo normal de hemoglobina. Nesse caso, o VCM
e o HCM estarão aumentados, mas o valor do CHCM estará normal. Além disso, ocorre
anisocitose e, consequentemente, o valor do RDW estará aumentado. Já em
macrocitoses de doenças hepáticas, as células são grandes devido a um excesso de
membrana nos eritrócitos. Nesses casos, o RDW apresenta-se normal.
Série Vermelha: útil na avaliação das anemias. Além de evidenciar indicadores que
podem ser correlacionados com infecções agudas graves ou crônicas.
Índices Hematimétricos:
Luana Borges Miranda – M!icina Un"erp - TXXVI
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2) A1C = 7,1%
A dosagem da hemoglobina glicada, também chamada de hemoglobina glicosilada,
hemoglobina A1c ou simplesmente HbA1c, é um exame de sangue muito utilizado
para o acompanhamento dos pacientes diabéticos, por ser ele uma forma eficaz de
avaliar os níveis médios da glicose sanguínea nos últimos 2 ou 3 meses.
A dosagem regular da hemoglobina glicada nos ajuda a saber se tratamento do
diabetes mellitus está sendo eficaz para controlar a glicemia (nível de glicose no
sangue).
Estimação da glicemia média pela hemoglobina glicada: A hemoglobina é uma
proteína presente em todas as nossas hemácias, que são as células responsáveis pelo
transporte de oxigênio na circulação sanguínea. 
Nos pacientes com diabetes, principalmente naqueles mal controlados que
apresentam glicemia persistentemente elevada, o excesso de glicose acaba por
facilitar a ocorrência de um processo chamado glicação da hemoglobina, que nada
mais é do que a ligação das moléculas de glicose à hemoglobina circulante, formando
um complexo que é chamado de hemoglobina glicada. 
A hemoglobina tem uma vida média de 3 meses. Após esse tempo, ela é destruída
junto com as hemácias no baço, um órgão localizado na região superior do abdômen
esquerdo. 
Como o processo de glicação da hemoglobina é irreversível, isso significa que uma vez
glicada, a hemoglobina assim permanecerá até ser destruída.
Quanto mais elevada for a glicemia, maior será a formação de hemoglobina glicada.
Portanto, pacientes com diabetes descontrolado têm hemoglobina A1c elevada,
enquanto pacientes com diabetes bem controlado têm valores de hemoglobina A1c
dentro da faixa considerada adequada. 
Sendo assim, os níveis de hemoglobina glicada nos ajudam, de forma indireta, a
identificar o quão eficaz está sendo o tratamento e como tem andado a glicemia do
paciente nos últimos 2 ou 3 meses.
O teste da HbA1c conta o número de células vermelhas do sangue que estão glicadas,
ou seja, ligadas a uma molécula de glicose. Se um paciente tem uma hemoglobina
glicada de 7%, por exemplo, isso significa que 7 de cada 100 células vermelhas do seu
sangue estão glicadas.
Luana Borges Miranda – M!icina Un"erp - TXXVI
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Nos indivíduos não diabéticos, o valor da hemoglobina A1c costuma ser menor que
5,6%. Nos pacientes com diabetes descontrolado, a HbA1c pode chegar a valores
acima de 12%.
Observação: Diabético apresenta glicemia elevada, mas caso a A1C esteja abaixo de
7% reflete um bom controle da diabetes do paciente.
3) Metformina (biguanida): reduz a produção hepática de glicose (principalmente por
meio da inibição da gliconeogênese e da glicogenólise) e aumentam a captação de
glicose estimulada pela insulina no músculo esquelético e nos adipócitos. Nos tecidos
sensíveis à insulina (como o músculo esquelético), a metformina facilita o transporte de
glicose, pois aumenta a atividade da tirosina-quinase dos receptores de insulina e
intensifica a transferência do transportador de glicose para a membrana celular. 
Não causa hipoglicemia, promove discreta redução de peso, dose inicial de
500 mg, dose máxima de 2.250 mg/dia, dividida em até 3 vezes/dia.
Contraindicada em pacientes com predisposição a hipoxemia ou acidose,
como insuficiência renal, hepática, pulmonar, cardíaca, bem como no pré e
pós-operatório, e em pacientes submetidos a exames de imagem com
contraste. 
Artigo (Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes –
2014/2015: Medicamentos Orais no Tratamento do Diabetes
Mellitus): a metformina tem sua maior ação anti-hiperglicemiante
diminuindo a produção hepática de glicose, acompanhada de ação
sensibilizadora periférica mais discreta. Em média, a metformina
reduz a hemoglobina glicada em 1,5 a 2% mas pode promover
intolerância gastrintestinal e é contraindicada na insuficiência renal. 
Escolha do Agente Antidiabético Oral: deve levar em conta: o
estado geral do paciente e as comorbidades presentes
(complicações do diabetes ou outras complicações); os valores das
glicemias de jejum e pós-prandial e da hemoglobina glicada; peso
e idade do paciente; as possíveis interações com outros
medicamentos, reações adversas e contraindicações.
Recomendações Gerais Baseadas nos Objetivos de Controle
Glicêmico: para pacientes com diagnóstico recente, as diretrizes
das sociedades americana, europeia e brasileira de diabetes são
coincidentes nas recomendações iniciais de modificações do estilo
de vida (alimentação e atividade física, caso não haja
contraindicações) associadas ao uso de metformina.
Na prática, um paciente pode comparecer à primeira consulta no
início da evolução do DM2, quando predomina a resistência à
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insulina, ou, então, com muitos anos de evolução da enfermidade.
A melhor terapia dependerá muito da capacidade secretória do
seu pâncreas. Para a fase 1, período inicial do DM2 caracterizado
por hiperglicemia discreta, obesidade e insulinorresistência, a
melhor indicação são os medicamentos que não aumentam a
secreção de insulina nem o ganho de peso, e a metformina é a
droga de escolha (grau de recomendação A).
4) pH urina normal: entre 5,5 e 7,0 
Apresenta um pH borderline no limite inferior = 5,5 
Sem diagnóstico de acidose urinária. Porém, apresenta cetonúria (presença de
acetona).
A presença de corpos cetônicos na urina, situação chamada de cetonúria,
normalmente é sinal de que está havendo um aumento da degradação dos lipídios
para gerar energia, uma vez que os estoques de carboidratos estão comprometidos, o
que pode acontecer nos casos de diabetes descompensada, jejum prolongado ou
dieta restrita, por exemplo.
A dosagem de corpos cetônicos na urina é utilizada principalmente em pessoas com
diabetes do tipo 1 com o objetivo de verificar a resposta da pessoa ao tratamento.
Assim, quando o tratamento com insulina não é realizado conforme orientação do
médico, é possível identificar uma elevada quantidade de corpos cetônicos,
caracterizando a cetonúria.
Dessa forma, nem sempre corpos cetônicos positivos na urina é sinal de problemas,
podendo apenas indicar que a pessoa encontra-se em jejum ou está fazendo uma
dieta muito restritiva, por exemplo.
No entanto, quando a presença de corpos cetônicos é acompanhada de sintomas ou
de grande quantidade de açúcar no sangue, pode significar que a pessoa está com
diabetes descompensado, sendo importante consultarum endocrinologista para que o
tratamento seja iniciado o mais rápido possível, evitando complicações.
Acidemia quando pH < 7,35 no SANGUE.
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Observação: Acidose metabólica é mais comum em DM1, em razão da ausência de
insulina e, consequentemente aumento da produção de corpos cetônicos.
A acidose metabólica é o excesso de acidez (altos níveis de ácido) no sangue
caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de carbonatos. Quando um
aumento do ácido supera o sistema tampão do pH do corpo (sistema que reequilibra
rapidamente qualquer mudança na acidez do corpo), o sangue pode tornar-se
realmente ácido.
Os rins não conseguem eliminar toda a acidez em excesso do corpo ou quando eles
acabam eliminando muita base pela urina, deixando o pH mais ácido do que o normal.
A alteração para um pH ácido pode sobrecarregar alguns órgãos na tentativa de se
livrar do ácido extra para restaurar o pH ideal. Pulmões e rins são capazes de eliminar o
ácido em excesso e regular o pH sozinhos, mas caso a acidose seja muito acentuada,
tais órgãos ficam sob grande pressão e o risco de complicações sérias de saúde
aumenta.
Nem sempre os sintomas de acidose metabólica são observados, mas quando
ocorrem, os sinais da doença costumam ser os seguintes: 
✔ Dor de cabeça; Fadiga ou fraqueza; 
✔ Perda de apetite; 
✔ Confusão mental; 
✔ Sonolência; 
✔ Icterícia; 
✔ Frequência cardíaca elevada; 
✔ Náusea e vômito; 
✔ Hálito com cheiro de fruta; 
✔ Dificuldade para respirar.
Acidose diabética: atinge pessoas com diabetes não controlada. Nesse caso, o corpo
acumula cetonas no corpo que acabam acidificando o sangue.
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LDL = (CT – HDL) – (TG/5)
LDL = 217 – 26,4 = 190,6 mg/dL
4) LDL encontra-se alto. Risco cardiovascular.
ATEROSCLEROSE: HDL abaixo de 40 é um fator de risco, pois o HDL remove o excesso
de colesterol no organismo (tecido e sangue), aumentando a possibilidade do LDL que
possui um receptor no endotélio, ou seja, na luz do vaso endotelial contém receptores
para essa partícula, assim elas conseguem penetrar na camada íntima e vai se
depositando. Esse acumulo de LDL na parede do vaso é um corpo estranho, o
organismo reage contra esse corpo estranho promovendo um processo inflamatório
com a migração de macrófagos (M2), contudo os macrófagos não conseguem fagocitar
essas partículas, pois estão aderidas umas às outras, formando um glóbulo de gordura.
Assim, esses macrófagos vão exocitar suas enzimas que possuem um poder de sabão
(macrófagos espumosos) na tentativa de dissolver a gordura. Ativando um processo de
cicatrização e reparo, formando uma capa (fibrose), portanto a gordura fica fibrosada. 
Havendo um pico da PA pode gerar um deslocamento dessa gordura fibrosada
ocasionando uma ruptura do vaso, formando um trombo. O trombo se desloca
atingindo a luz do vaso, podendo se alojar em determinados locais do corpo como, por
exemplo, no coração, provocando um infarto do miocárdio. 
AULA 04
CASOS CLÍNICOS III
Exame bioquímico = exame dos metabólitos sanguíneos (albumina, creatinina, uréia,
bilirrubina, cálcio, colesterol, corpos cetônicos, fósforo, glicose, lactato, magnésio,
lipídios totais, proteínas totais, perfil enzimático). Utiliza-se SORO ou PLASMA (parte
líquida do sangue).
Hemograma = análise de células do sangue.
Urina de 24 horas = definição da taxa de filtração de sangue pelos rins (taxa de
filtração glomerular). Quantificar a excreção urinária diária de substâncias, o modo mais
confiável é coleta de 24 horas.
Possíveis objetivos: cálculo da taxa de filtração glomerular (clearance de
creatinina); quantificação da proteinúria/albuminúria; dosagem do sódio
urinário; dosagem da calciúria; dosagem do ácido úrico urinário – uricosúria;
Luana Borges Miranda – M!icina Un"erp - TXXVI
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dosagem do citrato urinário; dosagem do oxalato urinário; dosagem do potássio
urinário
Clearance de Creatinina = é basicamente a taxa de filtração dos rins, ou seja, a
medição de quantos mililitros de sangue os rins filtram a cada minuto.
Observação: Existem fórmulas que estimam o funcionamento dos rins (ex.: fórmula de
Cockroft-Gault).
Clearance de Creatinina Corrigido = correção do valor da depuração de creatinina
encontrado para a superfície corporal “padrão” de 1,73 m2.
Observação: A depuração de creatinina pode estar aumentada na fase inicial do
diabetes, no hipertireoidismo e na acromegalia. Clearance de creatinina abaixo dos
níveis normais há um comprometimento da função renal. 
Observação: Clearance de creatinina acima dos valores normais pode ser caso de
rabdomiólise (lesão muscular com liberação do conteúdo intracelular, incluindo
mioglobina, creatinoquinase, aspartato aminotransferase, lactato desidrogenase e
eletrólitos para a corrente sanguínea), ou mesmo em razão do efeito colateral do uso
do medicamento Estatina, indicado para dislipidemias, quando o indivíduo apresenta
uma predisposição de comprometimento renal (solicita também a CPK). 
Urina isolada/EAS (1ª urina do dia) = corresponde a urina produzida durante toda a
madrugada, desde a última vez que se urinou. Serve para analisar alguns aspectos
físicos (cor, densidade, aspecto), químicos (pH, glicose, proteínas, cetonas, bilirrubinas,
nitritos, urobilinogênio), elementos anormais (sangue, bactérias, fungos, protozoários,
cristais). Coleta da primeira urina do dia, devendo ser desprezado o primeiro jato.
Antes de realizar a coleta é importante higienizar a região íntima para evitar
contaminações da amostra. Entrega do recipiente em até 2 horas.
Instruções de Coleta – Urina de 24 horas:
➢ A coleta será feita durante 24 horas, portanto, deve escolher o intervalo que será
feita a coleta. O ideal é escolher a hora em que acorda.
➢ Ao acordar deve esvaziar a bexiga, urinando normalmente. Portanto, a primeira
urina do dia deve ser desprezada. O exame começa na hora em que se esvazia a
bexiga pela 1ª vez no dia. Após urinar, deve ser anotado a hora exata, pois a
coleta deve terminar nesta mesma hora do dia seguinte (completando as 24
horas). Esvaziando a bexiga, será feita a coleta apenas da urina que os rins
produziram a partir daquele horário escolhido para início do exame.
➢ Depois de esvaziar a bexiga, toda e qualquer urina deve ser guardada no
mesmo recipiente (de urinar muito, pode usar mais de um recipiente). O
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recipiente com a urina deve ser armazenado, preferencialmente, refrigerado do
início até entrega da coleta. 
➢ Deve incluir a última urina na coleta. 
Creatinina como melhor marcador = produto residual da creatina. A transformação
de creatina em creatinina acontece no tecido muscular, no qual 1 a 2% da creatina livre
se converte espontânea e irreversivelmente em creatinina todos os dias. Logo, a
quantidade de creatinina é dependente da massa muscular e não apresenta grandes
variações diárias (portanto, mais estável). É um metabólito produzido constantemente
pelo organismo, filtrada livremente no glomérulo, não ser reabsorvida e sofrer mínima
secreção no túbulo distal.
Ureia = apesar de ser filtrada livremente pelo glomérulo, não ser reabsorvida e nem
secretada ativamente, a uréia é um fraco preditor da taxa de filtração glomerular, pois
4- a 70% retornam para o plasma por um processo de difusão passiva, que é
dependente do fluxo urinário. Logo, a estagnação urinária leva a um maior retorno de
uréia ainda nos túbulos renais e uma subestimação da taxa de filtração glomerular
calculada pelo clearance de uréia. Outros fatores podem mudar significamenteos
valores plasmáticos da uréia sem terem relação com a função renal, destacando-se a
dieta e a taxa de produção hepática.
Bilirrubina total acima de 2,5 mg/dL = icterícia.
Excesso de Bilirrubina infantil = bilirrubina livre ultrapassa a barreira
hematoencefálica, sendo extremamente tóxica para o tecido nervoso (podendo causar
encefalopatia/kernicterus).
Bilirrubina apresenta tropismo à elastina, fibras elásticas (freno da língua/cavidade
bucal; esclera dos olhos; pele).
Banho de luz (fototerapia) = radiação ultravioleta proporciona a isomeria, tornando
mais solúvel e, portanto, não ficando mais depositada nos tecidos elásticos, conforme
vai diluindo ela será eliminada.
Observação: O diabético a longo prazo pode ir desenvolvendo comprometimento da
função renal (exemplos de consequências da diabetes descontrolada = neuropatia
diabética; impotência; retinopatia diabética; insuficiência renal).
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