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Sistema Digestório

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Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
É responsável por: 
▪ Fragmentar os alimentos em substâncias que podem ser absorvidas e utilizadas pelas células do corpo; 
▪ Absorção de água, vitaminas e minerais; 
▪ Eliminação de escórias metabólicas do corpo. 
 
 
 
▪ É um sistema tubular, que se estende da boca ao ânus; 
▪ Constituído por dois grupos de estruturas: 
▪ Canal alimentar (5-7m): 
▪ Tubo contínuo que se prolonga da boca ao ânus, 
atravessando as cavidades torácica e abomino-
pélvica; 
▪ Constituído por: boca, faringe, esôfago, 
estômago, intestinos delgado e grosso. 
 
▪ Órgãos digestórios acessórios. 
▪ São eles: dentes, glândulas salivares, fígado, 
vesícula biliar e pâncreas. 
 
 
 
1. Boca: 
▪ Localiza-se no terço inferior da face; 
 Maxila, mandíbula e região perioral. 
▪ A boca constitui-se por: 
▪ Lábio superior*; 
▪ Comissura dos lábios direita e esquerda - participa da continência oral, evitando que durante a 
fala e a alimentação a saliva e o alimento saiam da boca. 
▪ Lábio inferior*. 
*Cada lábio possui duas regiões: 
▪ Região seca: externa e visível; 
▪ Região úmida: interna e contínua com a mucosa 
oral. 
 
 
 
 
Sistema Digestório 
Dentes – fragmentação física; 
Língua – mastigação e deglutição; 
Glândulas acessórias – produção ou armazenamento de 
secreções que fluem para o canal alimentar e auxiliam na 
decomposição química dos alimentos. 
Anatomia 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
Na região perioral, também encontramos: 
▪ Suco nasolabial (“bigode chinês”) – aparece ao longo do envelhecimento, e localiza-se na região da lateral 
da asa do nariz até a região da comissura labial; 
▪ Sulco lábio mentoniano – localiza-se entre o lábio inferior e o mento; 
▪ Filtro – porção central do lábio superior até o septo nasal; 
▪ Tubérculo do lábio superior (arco do cúpido) – porção central do filtro que margeia a região seca do lábio 
superior. 
▪ Linha branca – delimita o contorno do lábio, é uma linha de transição entre a pele da face e o lábio. 
 
A cavidade bucal divide-se em duas partes: 
▪ Vestíbulo da boca – região limitada pelos lábios, bochechas, gengivas e dentes; 
▪ Cavidade bucal propriamente dita. 
 
▪ Limites anatômicos: 
▪ Parte anterior da boca: rima bucal; 
▪ Parte superior da boca: 
▪ Palato duro (anterior); 
▪ Rafe palatina; 
▪ Palato mole (mais posterior, em direção a orofaringe). 
▪ Úvula palatina; 
▪ Pilar ou arco palatoglosso* – anterior a tonsila; 
▪ Tonsilas palatinas (amígdalas), localizadas na fossa tonsilar; 
▪ Pilar ou arco palatofaríngeo* – posterior a tonsila. 
*Os pilares, que também podem ser chamados de arco, constituem a região da aloja amigdaliana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Anatomia interna da boca. 
Figura 2: Aloja amigdaliana. 
Figura 1: Vista anterior das tonsilas e arcos. 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
▪ Gengiva – localiza-se na parte superior e inferior da boca; 
▪ Reveste a parte óssea da maxila, mandíbula e ao redor dos dentes. 
 
▪ Parte inferior da boca: 
▪ Língua: 
▪ Papel importante na fala, paladar e mastigação; 
▪ Divide-se em duas partes, pelo sulco terminal: 
▪ Corpo; 
▪ Raiz. 
▪ Prega franjada; 
▪ Frênulo da língua – segura a exteriorização da língua; 
▪ Carúncula sublingual – região que abriga o óstio de drenagem das glândulas salivares submandibular, 
submentoniana e linguais. 
No dorso da língua temos as papilas degustativas, responsáveis pelos cinco sabores dos alimentos: doce, amargo, 
ácido, salgado e umami. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Estruturas da língua. 
Figura 2: Estruturas da língua. 
Figura 4: Língua e sabores. 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
▪ Dentes: 
▪ Estrutura dura, saliente e esbranquiçada constituída por esmalte, dentina e polpa. 
 
▪ Divide-se em regiões ou partes: 
▪ Coroa – região visível fora da gengiva; 
▪ Colo – zona de junção entre a coroa e a raiz, situa-se ao 
nível da gengiva; 
▪ Raiz – parte implantada no alvéolo maxilar, fixa o dente ao 
alvéolo; 
▪ Cavidade pulpar (câmara pulpar – mais superior, conduto 
radicular – mais inferior): contêm feixe vasculonervoso e 
tecido conjuntivo mucóide. 
O dente fixa-se ao osso alveolar pelos ligamentos periodontais. 
A dentição decídua surge por volta dos 6 meses de idade, contendo apenas 20 dentes, que serão perdidos entre os 6 
e os 12 anos de idade. 
▪ Constituída por: 
▪ 8 incisivos; 
▪ 4 caninos; 
▪ 8 pré-molares. 
Após esse tempo, é substituída pela dentição permanente, que começa a 
erupcionar por volta dos 6 anos e se estende até a vida adulta (32 anos). 
▪ Constituída por: 
▪ 8 incisivos; 
▪ 4 caninos; 
▪ 8 pré-molares; 
▪ 12 molares. 
 
2. Faringe: 
Órgão tubular musculoso que estabelece a ligação entre a cavidade nasal, oral, laringe e esôfago. 
 
▪ Divide-se em: 
▪ Nasofaringe; 
▪ Orofaringe; 
▪ Hipofaringe. 
 
 
 
 
 
▪ Musculatura faríngea: 
 
▪ Músculos constritores da faringe: 
▪ Contraem-se involuntariamente (peristaltismo), com isso, são responsáveis por empurrar bolo 
alimentar inferiormente, desde a cavidade oral até o esôfago 
▪ São eles: 
▪ Superior – na altura da nasofaringe; 
Figura 5: Vista lateral da faringe 
e suas divisões. 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
▪ Médio – na altura da orofaringe; 
▪ Se relaciona com o osso hióide. 
▪ Inferior – na altura da hipofaringe. 
▪ Se relaciona com as cartilagens 
laríngeas (tireóidea e cricóidea). 
 
 
 
 
▪ Músculos internos da faringe: 
▪ Elevam (encurtam e alargam) a faringe e a laringe durante a deglutição e a fala. 
▪ São eles: 
▪ M. estilofaríngeo; 
▪ M. salpingofaríngeo; 
▪ M. palatofaríngeo. 
 
 
 
 
 
 
3. Esôfago: 
Conduz o bolo alimentar da faringe até o estômago. 
Possui cerca de 25 cm e uma constituição semelhante à da faringe. Localiza-se posterior a traqueia, coração, arco 
aórtico,; anterior a aorta torácica 
 
▪ Porções: 
▪ Cevical (3 a 4 cm): 
▪ Atravessa o pescoço, posterior a 
laringe e traqueia. 
▪ Torácica (18 cm): 
▪ Cruza o tórax posterior ao coração e 
anterior a coluna vertebral. 
▪ Abdominal (2 a 3 cm): 
▪ Atravessa o diafragma através do 
hiato esofágico, pelo qual entra no 
abdome. 
 
O palato mole em conjunto com os músculos constritores superior e médio, fecham a nasofaringe, evitando o 
refluxo do alimento da cavidade oral para a cavidade nasal! 
A laringe se fecha pelo movimento da epiglote, evitando a aspiração do alimento. 
Os músculos constritores médio e inferior empurram o bolo alimentar da faringe para o esôfago. 
NA DEGLUTIÇÃO! 
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Os esfíncteres esofagianos superior e inferior relacionam o esôfago 
com a faringe superiormente e o estômago inferiormente. O limite entre o 
esôfago e estômago é evidenciado na junção esofagogástrica, área em que 
as túnicas das mucosas desses órgãos se unem. 
 
 
 
4. Estômago: 
É um órgão oco, de paredes musculares, em forma de anzol ou de J. Corresponde a porção mais dilatada do tubo 
digestibo, podendo acumular 1,5 litros de alimentos e sucos digestivos. 
Localiza-se imediatamente abaixo do diafragma, na região do HD E. 
▪ Regiões: 
▪ Cardia – porção superior; 
▪ Óstio cárdico. 
▪ Fundo – porção superior; 
▪ Corpo – porção vertical (trituradora); 
▪ Antro pilórico; 
▪ Canal pilórico; 
▪ Piloro; 
▪ Esfíncter pilórico. 
▪ Curvatura menor – omento menor; 
▪ Curvaturamaior – omento maior. 
 
A forma e a posição do estômago dependerá do: 
▪ Biótipo; 
▪ Alimentação; 
▪ Posição do indivíduo; 
▪ Estado fisiológico do órgão. 
 
porção horizontal 
(evacuadora). 
 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
 
Atividade do estômago: 
 
▪ Fundo: recebe e armazena o conteúdo adaptando ao 
volume; 
▪ Corpo: funciona como um barril de mistura para a saliva o 
alimento e as secreções gástricas (quimo); 
▪ Antro: atua como uma bomba que regula a propulsão do 
alimento pelo esfíncter pilórico contraído. 
 
 
Realiza movimentos de mistura para juntar o quimo; e depois movimentos peristálticos, para lançar conteúdo para o 
duodeno. Além disso, inicia a digestão das proteínas através da enzima pepsina, que atua apenas em meio ácido, por 
isso, o órgão também secreta HCL, para tornar o meio propício a atuação dessa enzima. No entanto, para evitar que 
a acidez lesione as paredes estomacais, existem células secretoras de muco, que reveste e protege internamente o 
órgão. 
A mistura do bolo alimentar com o suco gástrico forma o QUIMO. 
Omentos: 
Das curvaturas menor e maior do estomago, partem pregas 
constituídas por duas camadas de peritônio, os omentos, que 
ligam o órgão a outros orgãos da cavidade abdominal. 
Da cavidade menor, parte o omento menor, que une o 
estômago ao fígado através do ligamento hepatogástrico; o outro 
ligamento que constitui esse omento é o hepatoduodenal, que une 
o fígado ao duodeno. 
Da curvatura maior, parte o omento maior, constituído por 
três ligamentos: o primeiro, une o estômago ao cólon transverso 
do intestino grosso – ligamento gastrocólico; o segundo, une o 
estômago ao baço, pelo ligamento gastroesplenico; o terceiro, 
une ao diafragma, pelo ligamento gastrofrênico. 
 
 
5. Intestino delgado: 
Localiza-se na parte central e inferior do abdome. 
Inicia-se no piloro do estômago e tem o seu término 
no ceco do intestino grosso. 
 
▪ Divisão: 
I. Duodeno; 
II. Jejuno; 
III. Íleo. 
 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
I. Duodeno: 
Corresponde a menor parte do intestino delgado, com cerca de 25 cm. 
Possui formato de “C”, inicia-se no esfíncter pilórico e termina no início 
do jejuno, na flexura duodeno-jejunal. É a única porção fixa do ID. 
Não é recoberto por peritoneo. 
▪ Divide-se em quatro porções: 
▪ Superior ou ampola (vermelho); 
▪ Descendente (amarelo); 
▪ Papila duodenal menor - recebe 
▪ Papila duodenal maior – recebe os fluídos da ampola hepatopancreática (colédoco + d. 
pancreático principal). 
▪ Horizontal (verde); 
▪ Ascendente (azul). 
▪ Flexura duodeno-jejunal. 
É nessa porção do ID que o quimo é misturado a bile e com os sucos pancreáticos (enzimas e bicarbonato). 
 
II. Jejuno: 
Corresponde a porção do intestino delgado entre o duodeno e o íleo, com cerca de 2,5 a 3 metros no adulto. Inicia-
se na flexura duodenojejunal e se continua até pelos 2/5 proximais. É móvel e 
recoberto por peritôneo. 
Absorve os aminoácidos e lipídeos parcialmente digeridos no estomago e 
duodeno. 
Não há uma linha morfológica precisa que distingue o jejuno e o íleo! 
 
III. Íleo: 
Parte final do intestino delgado, com cerca de 2 a 4 metros, formando os 3/5 
distais do ID. É mais comprido e achatado do que o jejuno e a sua maior parte está localizada no QID. É móvel e 
recoberto por peritôneo. 
Abre-se no intestino grosso pela válvula íleo-cecal, onde o íleo e o ceco encontram-se. 
 
6. Intestino grosso: 
É mais calibroso que o ID, mas afina-se a medida que se aproxima do canal anal. Estende-se da válvula íleo-cecal até 
o ânus. Possui cerca de 1,5 metros de comprimento e 6,5 cm de diametro. É responsável por absorver água 
(determinará a consistência do bolo fecal), eletrólitos, síntese de vitaminas. 
 
▪ Divide-se em quatro partes: 
▪ Ceco; 
▪ Apêndice vermiforme. 
▪ Cólon ascendente; 
▪ Cólon transverso; 
▪ Cólon descendente; 
▪ Cólon sigmóide; 
As dobras entre o cólon transverso e os 
cólons ascendente e descendente são as 
flexuras cólicas hepática e esplênica, 
respectivamente. 
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▪ Reto: 
▪ Canal anal e ânus. 
 
O IG possui saculações, os haustros do colo, separados entre si pelos sulcos transversais, internamente, os sulcos 
originam pregas na mucosa intestinal. 
Nos cólons existem as tênias, faixas de músculo liso que percorrem o IG em toda a sua extensão. São elas: tenia 
mesocólica, tênia omental e tênia livre. As contrações dessas estruturas musculares facilitama ação peristáltica do 
IG, empurrando o bolo fecal pelo seu percurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Órgãos digestórios acessórios: 
 
1. Glândulas salivares: 
▪ Responsáveis pela secreção de saliva na cavidade oral; 
▪ A saliva: 
▪ Lubrifica a mucosa; 
▪ Dilui os alimentos - facilitando a mastigação, a gustação e a deglutição; 
▪ Inicia a decomposição química dos carboidratos na boca; 
 
▪ Glândulas salivares maiores: 
▪ Secretam a maior parte da saliva – são elas: 
 
▪ Glândulas parótidas: 
▪ Localizam-se inferior e anteriormente as orelhas; 
▪ Entre a pele e o músculo masseter; 
▪ Secreta a saliva por meio do ducto parotídeo, que desemboca na altura do segundo dente molar maxilar 
superior. 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
 
▪ Glândulas submandibulares: 
▪ Localizam-se no assoalho da boca, mediais e inferiores ao corpo da mandíbula; 
▪ Secreta a saliva por meio do ducto submandibular, que desemboca lateralmente ao frênulo da língua. 
 
▪ Glândulas sublinguais: 
▪ Localizam-se abaixo da língua, superiormente às glândulas submandibulares; 
▪ Seus ductos, os ductos sublinguais menores, se abrem no assoalho da boca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Fígado e vesícula biliar: 
O fígado encontra-se inferiormente ao diafragma, ocupando a maior parte do hipocôndrio direito e parte da 
região epigástrica. A vesícula biliar é um saco em forma de pera que se localiza numa depressão da face 
posterior do fígado. 
 
O fígado é dividido em quatro lobos: 
▪ Lobo hepático direito maior; 
▪ Lobo hepático esquerdo menor; 
▪ Llobo caudado; 
▪ Lobo quadrado. 
O lobo hepático direito e o lobo hepático esquerdo 
são separados pelo ligamento falciforme. 
Na margem livre desse ligamento está o ligamento 
redondo, estrutura remanescente da veia umbilical 
fetal. 
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Os ligamentos coronários direito e esquerdo suspendem o fígado do diafragma; as extremidades desses ligamentos 
originam os ligamentos triangulares. 
Além disso, é dividido em oito segmentos: 
Para contar os segmentos, iniciamos pelo número II, localizado na extremidade superior esquerda, e a contagem se 
dá em sentido horário, sendo: 
▪ O lobo esquerdo contêm dois lobos segmentares: 
▪ II (lobo lateral esquerdo superior); 
▪ III (lobo lateral esquerdo inferior). 
 
▪ O lobo direito contêm: 
▪ IV (lobo medial superior e inferior); 
▪ V (lobo medial inferior) 
▪ VI (lobo lateral direito inferior); 
▪ VII (lobo lateral direito superior); 
▪ VIII (lobo medial superior). 
 
Faces do fígado: 
▪ Face diafragmática: 
▪ Face anterior: 
▪ Lobo direito; 
▪ Lobo esquerdo; 
▪ Face posterior: 
▪ LD + LE; 
▪ Lobo caudado; 
▪ Lobo quadrado. 
▪ Veia cava inferior; 
▪ Vesícula biliar; 
▪ Hilo ou pedículo hepático: 
▪ Artéria hepática própria, veia porta e ducto hepático comum. 
 
Ductos do fígado: 
No fígado, encontramos o ducto hepático comum, que se ramifica em ductos 
hepáticos D e E. 
O ducto que sai da vesícula biliaré o ducto cístico. 
O a união dos ductos hepático e cístico forma o ducto colédoco. 
O ducto colédoco adentra ao pãncreas, onde se associa ao ducto pancreático 
principal e despeja os seus fluídos no duodeno através da ampola 
hepatopancreática (ou ampola de Vater). 
 
3. Pâncreas: 
É uma glândula mista que encontra-se posterior ao estômago, com a sua cabeça alojada na curva do duodeno. 
É responsável por produzir cerca de 1,2 – 1,5 litros de suco pancreático diariamente. 
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Divide-se em cinco partes: 
▪ Cabeça; 
▪ Colo; 
▪ Corpo; 
▪ Cauda. 
 
Entre a cabeça e o corpo do observamos a formação de 
uma curvatura, a incisura do pâncreas. Além disso, a 
parte final da cabeça é chamada de processo uncinado. 
 
 
 
 
Contêm o ducto pancreático principal, que 
desemboca na papila duodenal maior – juntamente 
com o colédoco. 
Pode conter o ducto pancreático acessório, presente 
em 40% dos casos, que desemboca na papila 
duodenal menor. 
 
 
 
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▪ Estrutura geral: 
Trata-se de um tubo oco composto por um lúmen, cujo diametro é variável, circundado por uma parede constituída 
por quatro camadas distintas, sendo elas: mucosa, submucosa, muscular e serosa. 
I. Mucosa: 
▪ Revestimento epitelial: 
▪ Barreira seletiva; 
▪ Facilita o transporte e a digestão do alimento; 
▪ Promove absorção dos produtos da digestão; 
▪ Síntese de hormonios – regulação da atividade o SD; 
▪ Produção de muco – lubrificação e proteção. 
▪ Lâmina própria: 
▪ Tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos; 
▪ Células m. lisas; 
▪ Podendo conter glândulas e tecido linfóide. 
▪ Muscular da mucosa: 
▪ Separa a camada mucosa da submucosa; 
▪ Consiste em duas camadas delgadas de células musculares lisas: 
▪ Circular interna; 
▪ Longitudinal externa; 
▪ Promovem o movimento da camada mucosa, independente dos outros movimentos do 
sistema digestório, aumentando o contato da mucosa com o alimento. 
 
II. Submucosa: 
▪ Tecido conjuntivo rico em vasos sanguíneos e linfáticos; 
▪ Contêm o plexo nervoso submucoso (plexo de Meissner); 
▪ Pode conter glandulas e tecido linfóide. 
 
III. Muscular: 
▪ Contêm células musculares lisas dispostas em espiral, divididas em duas subcamadas: 
▪ Subcamada circular interna – mais próxima ao lúmen; 
▪ Plexo nervoso mioentérico (plexo de Auerbach) + tecido conjuntivo rico em vasos 
sanguíneos e linfáticos – situados entre as duas camadas; 
▪ Subcamada longitudinal externa. 
 
As contrações da camada muscular, geradas e coordenadas pelos plexos nervosos, promovem o impulsionamento e 
mistura dos alimentos ingeridos no sistema digestório. 
Os plexos são constituídos por conglomerados de células nervosas em forma de pequenos ganglios parassimpáticos -
são mais numerosos em regiões de maior motilidade. 
 
IV. Serosa: 
▪ Fina camada de tecido conjuntivo frouxo; 
▪ Revestida por epitélio pavimentoso simples – mesotélio. 
Histologia 
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Na cavidade abdominal, a serosa que reveste os órgãos é chamada peritônio visceral e é contínua com o mesentério 
– membrana delgada revestida por mesotélio dos dois lados, que sustenta os intestinos; e com o peritônio parietal, 
membrana serosa que reveste a parede interna do abdome. 
Nos locais em que os órgãos do sistema digestório está unido a outros órgãos ou estruturas, a serosa é substituída 
por uma adventícia espessa – constituída por t. conjuntivo e t. adiposo com vasos e nervos, sem mesotélio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Cavidade oral: 
Epitélio pavimentoso estratificado, queratinizado ou não, a depender da região, logo: 
 
▪ Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado: 
▪ Confere proteção a mucosa oral; 
▪ Encontrado na gengiva e palato duro; 
▪ Lâmina própria contem papilas e repousa sobre o periósteo. 
 
▪ Epitélio pavimentoso estratificado ñ queratinizado: 
▪ Reveste o palato mole, lábios, bochechas e assoalho da boca; 
▪ Lamina própria: 
▪ Papilas similares as da derme; 
▪ É contínua com a submucosa – contem glândulas salivares menores. 
 
▪ Lábios: observa-se uma transição do epitélio oral ñ queratinizado para o epitélio queratinizado da pele. 
 
▪ Língua: 
▪ Massa de músculo estriado esquelético; 
▪ Fibras musculares agrupadas em feixes separados por tecido conjuntivo. 
▪ Revestida por uma camada mucosa. 
▪ Fortemente aderida a musculatura; 
▪ T. conjuntivo da lâmina própria penetra os espaços entre os feixes musculares. 
 
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A superfície ventral (inferior) é lisa; enquanto a dorsal (superior) é irregular – nessa superfície, a região anterior é 
recoberta por uma grande quantidade de papilas e o terço posterior é separado dos dois terços anteriores por uma 
região em “v”, posterior a essa região, a superfície da língua passa a ser composta de agregados linfóides que 
constituem as tonsilas linguais. 
Papilas linguais: elevações do epitélio oral e da lâmina própria com diversas formas e funções. 
▪ Filiformes: possui formato cônico alongado, são numerosas e estão sobre toda a superfície dorsal da língua. A 
sua função é de fricção. O epitélio é de revestimento e queratinizado, sem botões gustativos; 
▪ Fungiformes: assemelham-se a cogumelos, possuem a base estreita e a parte superior dilatada e lisa. 
Distribuem-se entre as papilas filiformes. Possuem poucos botões gustativos; 
▪ Papilas foliadas: pouco desenvolvidas em humanos. Consistem em duas ou mais rugas na superfície 
dorsolateral da língua, contendo muitos botões gustativos. 
▪ Papilas circunvaladas: são 7 a 12 estruturas circulares grandes. Distribuem-se na região do V lingual, na parte 
posterior da língua. 
Existem pelo menos cinco sabores captados pelos botões gustativos: salgado, azedo, doce, amargo e saboroso 
(umami). 
 
2. Faringe: 
É a região de transição entre a cavidade oral e as outras estruturas dos aparelhos respiratório e digestório. 
▪ Revestida por epitélio pavimentoso estratificado ñ queratinizado na região contínua ao esôfago; 
▪ Mucosa rica em glândulas salivares menores de secreção mucosa; 
▪ Lamina própria de tecido conjuntivo. 
Os músculos constritores e longitudinais localizam-se externamente a essa camada. 
 
 
3. Esôfago: 
Tubo muscular que transporta o bolo alimentar da hipofaringe ao estômago. Basicamente, possui as mesmas 
camadas que as outras estruturas do SD. 
▪ Mucosa esofágica: 
▪ Epitélio pavimentoso estratificado ñ 
queratinizado; 
▪ Lâmina própria de tecido conjuntivo; 
▪ Região próxima ao estômago: grupos de 
gândulas – glândulas esofágicas da cárdia, que 
secretam muco. 
 
▪ Submucosa: 
▪ Glândulas secretoras de muco – glândulas 
esofágicas, cuja secreção facilita o transporte do 
alimento e protege a mucosa. 
 
▪ Muscular: 
▪ Porção proximal: fibras estriadas esqueléticas 
constituem o esfíncter superior – deglutição; 
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▪ Porção média: fibras musculares estriadas esqueléticas e lisas; 
▪ Porção distal: células musculares lisas, constituem o esfíncter funcional. 
 
▪ Serosa: 
▪ Presente apenas na porção localizada na cavidade peritoneal; 
▪ O restante é envolvido por uma camada de tecido conjuntivo – adventícia. 
 
4. Estômago: 
É responsável pela digestão parcial dos alimentos e pela secreção de enzimas e hormônios (funções exócrinas e 
endócrinas). A sua principal função é transformar o bolo alimentar em uma massa viscosa (quimo), através da 
atividademuscular e química. 
A digestão química se dá pela continuação da digestão dos caboidratos, 
iniciada na boca; adição de fluído ácido (HCL) ao bolo alimentar; 
digestão parcial das protéinas através da pepsina; digestão parcial dos 
triglicerídeos, através das lipases gástrica e lingual. 
Apesar de serem identificadas quatro regiões no estômago, o fundo e o 
corpo possuem microscopia identicas, logo, são consideradas três 
regiões distintas histologicamente. 
 
▪ Mucosa gástrica: 
▪ Epitélio de revestimento – recobre a superfíeice do estomago e reveste as fossetas: 
▪ Colunar simples – todas as células secretam: 
▪ Muco alcalino (água, glicoproteínas e lipídios) – 
proteção da mucosa; 
▪ Bicarbonato (pH varia de 1 a 7). 
 
▪ Epitélio glandular: 
▪ Unidade secretora é tubular, ramificada e desemboca na 
fosseta gástrica; 
▪ Lâmina própria: 
▪ Tecido conjuntivo frouxo contendo células musculares lisas e células linfóides. 
 
▪ Muscular da mucosa: camada de músculo liso que separa a mucosa da submucosa. 
 
 
Células do estômago: 
▪ Células-tronco: 
▪ Localizam-se em pequena quantidade no istmo e colo das glândulas; 
▪ Colunares baixas com núcleos ovais perto da base; 
▪ Elevada taxa de mitose; 
▪ Diferenciam-se em: 
▪ Células mucosas; 
▪ Células mucosas do colo ou parietais; 
▪ Zimogenicas ou enteroendócrimnas. 
 
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▪ Células mucosas do colo: 
▪ Observadas agrupadas ou isoladas entre as células 
parietais do colo das glândulas; 
▪ Possuem formato irregular, nucleos basais e granulos de 
secreção próximos a superfície apical; 
▪ Secreção de mucina – propriedades antibióticas. 
 
 
▪ Células parietais (oxínticas): 
▪ Observadas no istmo e colo das glândulas gástricas – mais escassas na base; 
▪ Células arrendondadas ou piraminais, núcleo esférico centralizado e citoplasma eosinófílico; 
▪ Produção de H+ e Cl-*; 
 
▪ Célula em secreção ativa: 
▪ Abundância de mitocôndrias; 
▪ Formação de muitos microvilos – aumento da 
superfície da membrana; 
▪ Invaginação profunda da membrana apical, 
formando um canalículo intracelular. 
 
▪ Célula em repouso: 
▪ Estruturas tubuvesicularess na região apical abaixo da membrana plasmática; 
▪ Poucos microvilos. 
 
 
 
 
 
 
▪ Células zimogênicas: 
▪ Predominam na região basal das glândulas gástricas; 
▪ Citoplasma basófilo, os grânulos citoplasmáticos contêm 
uma proenzima – pepsinogênio; 
▪ Converte-se rapidamente em pepsina (enzima 
proteolítica) após ser secretado no ambiente ácido 
do estômago; 
▪ Existem 7 pepsinas diferentes no suco gástrico – 
todas ativas em pH < 5. 
▪ Produção de lipase. 
 
 
▪ Células enteroendócrinas: 
▪ Encontradas próximo da região basal das glândulas gástricas; 
▪ Secreta: 
▪ Corpo do estômago – serotonina e grelina; 
▪ Antro – gastrina. 
 
*Estímulos de secreção: 
 Estímulos parassimpáticos; 
 Histamina*; 
 Gastrina*. 
*Potentes estimuladores da produção de HCl, 
ambos secretados pela mucosa gástrica. 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
Regiões do estômago e histologia: 
Região Histologia 
Cardia 
▪ Região de transição entre o esôfago e o estômago; 
▪ Mucosa: 
▪ Glandulas tubulares simples ou ramificadas – glândulas da 
cardia; 
▪ Porções terminais das glandulas são enoveladas com 
lúmen amplo. 
▪ Células secretoras de muco e lisozima; 
▪ Células parietais produtoras de H+ E Cl- podem ser encontradas 
(poucas). 
Fundo e corpo: 
▪ Mucosa: 
▪ Glândulas tubulares; 
▪ Três a sete se abrem em cada fosseta; 
▪ As glândulas possuem três regiões: istmo, colo e base; 
▪ Distribuição das células epiteliais nessas estruturas não é 
uniforme – varia de acordo com a região, ou seja: 
 
▪ Istmo: células mucosa em diferenciação que substituirão as células 
da fosseta e as superficiais + células tronco + células parietais 
(oxínticas); 
▪ Colo: células tronco, mucosas do colo e parietais; 
▪ Base: células parietais e zimogênicas (principais). 
Piloro: 
▪ Mucosa: 
▪ Fossetas gástricas profundas; 
▪ Glândulas pilóricas tubulosas simples ou ramificadas, mais 
curtas; 
▪ Secreção de muco + lisozima; 
▪ Muitas células G intercaladas com células mucosas. 
 
*Estímulo parassimpático, presença de aa e aminas, distensão da 
parede estomacal – estimulam a secreção de gastrina pelas células 
G, que ativa a produção de HCl pelas células parietais. 
 
 
▪ Submucosa: 
▪ Tecido conjuntivo moderadamente denso contendo vasos sanguíneos e linfáticos; 
▪ Apresenta células linfóides e macrófagos. 
 
▪ Muscular: 
▪ Fibras musculares lisas dispostas em três direções: 
▪ Longitudinal externa; 
▪ Circular média;* 
▪ Oblíqua interna. 
*No piloro, a camada circular média é consideravelmente mais espessa para formar o esfíncter pilórico! 
▪ Serosa: 
▪ O estômago é revestido por uma membrana serosa delgada. 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
5. Intestino delgado: 
É o sítio terminal de digestão dos alimentos, absorção de nutrientes e secreção endócrina. 
Possui cerca de 5 metros e divide-se em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo. O seu 
comprimento aumenta a superfície de contato com o quimo. 
É nele onde os processos de digestão se completam – os nutrientes, produtos da digestão, 
são absorvidos pelas células epiteliais que o revestem. 
 
▪ Mucosa: 
▪ Apresenta várias estruturas que aumentam a sua superfície – aumento da área de 
absorção; 
▪ Plicae circularis: 
▪ Pregas permanentes, vistas a olho nu, que consistem em dobras da mucosa e submucosa; 
▪ Mais desenvolvidas no jejuno. 
 
▪ Vilosidades: 
▪ Projeções alongadas; 
▪ Constituídas por epitélio e lâmina própria; 
▪ Epitélio cilíndrico símples, formado por células absortivas (enterócitos) e células 
caliciformes; 
▪ 
▪ 
▪ Contínuo com o epitélio das criptas (compartimento proliferativo do intestino, de 
formato tubular), formado por células absortivas, caliciformes, enteroendócrinas, de 
Paneth e células tronco. 
▪ Duodeno – forma de folhas; 
▪ Íleo – forma de dedos. 
 
 
 
 
 
 
Células do intestino delgado: 
▪ Células absortivas: 
▪ Células colunares alta, núcleo oval na porção basal; 
▪ Projeções da membrana plasmática na superfície apical em direção ao lúmen – microvilosidades, 
criando uma borda em escova; 
▪ Internalizam as moléculas nutrientes produzidas durante a digestão. 
 
▪ Células caliciformes: 
▪ Distribuem-se entre as absortivas; 
▪ Menos abundantes no duodeno e mais em direção ao íleo; 
▪ Produção de glicoproteínas ácidas hidratadas do tipo mucina; 
▪ Origina muco - proteção e lubrificação do revestimento intestinal. 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
 
▪ Células de Paneth: 
▪ Localizam-se na porção basal das criptas; 
▪ Células exócrinas com grânulos no seu citoplasma apical, que contêm: 
▪ Enzimas lisozima e defensina; 
▪ Permeabilizam e digerem a parede de bactérias; 
▪ Controle sobre a microbiota intestinal. 
 
▪ Células tronco: 
▪ Localizam-se no terço basal das criptas, entre as células de Paneth; 
▪ Originam todos os tipos celulares existentes nas vilosidades e criptas 
intestinais. 
 
▪ Células M: 
▪ Células epiteliais especializadas; 
▪ Recobrem folículos linfóides das placas de Peyer, localizadas no íleo; 
▪ Caracterizam-se pelas numerosas invaginações basais contendo linfócitos 
e células apresentadoras de antígenos, como macrófagos; 
▪ Captam antígenos por endocitose e apresentam-nos para outros 
compartimentos do sistema linfóide, onde respostas imunológicas serão 
iniciadas! 
▪ Elo na defesa imunológica intestinal. 
 
 
 
▪ Lâmina própria: 
▪ Tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e linfáticos, fibrasnervosas e fibras musculares lisas; 
▪ Fibras musculares possibilitam a movimentação rítmica – importante na absorção de nutrientes! 
▪ Preenche o centro das vilosidades intestinais. 
 
▪ Muscular da mucosa: sem peculiaridades. 
 
▪ Submucosa: 
▪ No duodeno: 
▪ Grupos de glândulas tubulares enoveladas ramificadas – g. duodenais; 
▪ Células secretam muco alcalino que confere a estrutura o pH de 8,1 a 9,3; 
▪ Proteção da mucosa duodenal contra os efeitos da acidez do suco gástrico; 
▪ Neutraliza o pH do quimo, aproximando-o do ideal para a atuação das enzimas pancreáticas. 
▪ Contêm agregados de nódulos linfóides (GALT), mais numerosos no íleo, onde são conhecidos como placas de 
Peyer. 
Contêm o plexo nervoso submucoso (de Meissner). 
▪ Muscular: 
▪ Bem desenvolvidas no intestino; 
▪ As camadas de musculo liso apresentam duas direções: 
▪ Circular interna; 
▪ Longitudinal externa. 
Entre as duas camadas de músculo liso existe o plexo nervoso mioentérico (de Auerbach). 
 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
6. Intestino grosso: 
É constituído por: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide, reto e ânus. 
É responsável pela absorção de água, fermentação, formação de massa fecal e muco. A absorção de água ocorre de 
forma passiva, pelo transporte ativo de sódio através da superfície basal das células epiteliais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Mucosa: 
▪ Não possui pregas, exceto na porção distal (reto); 
▪ Não possui vilosidades; 
▪ Criptas intestinais são longas e caracterizam-se por: 
▪ Abundância de células caliciformes; 
▪ Poucas células enteroendócrinas; 
▪ Células absortivas colunares com microvilosidades curtas e irregulares. 
 
▪ Lamina própria: 
▪ Rica em células linfóides e nódulos (GALT) que se estendem até a submucosa; 
▪ A abundancia em tecido linfóide relaciona-se com a grande microbiota do órgão. 
 
▪ Muscular: 
▪ Constituída pelas camadas circular e longitudinal; 
▪ Fibras da longitudinal externa se unem para formar três bandas 
longitudinais espessas – tênias do cólon. 
 
▪ Serosa: 
▪ Nas porções livres do cólon, a serosa caracteriza-se por pequenas 
protuberâncias pedunculadas constituídas de tecido adiposo, os 
apêndices epiploicos. 
 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
 
 
Processo de digestão e absorção pelo TGI 
Existem 2 processo digestivos: 
▪ Digestão mecânica: ocorre na mastigação, com a maceração dos alimentos pelos dentes; 
▪ Digestão química: ocorre através de enzimas específicas que irão degradar os nutrientes, através da liberação 
dessas substâncias pelas gls anexas, onde além de serem digeridos também serão absorvidos. 
 
Na medida que absorvemos o que foi digerido, o alimento é 
encaminhado para o fígado, que tem a função de metabolizar 
substâncias, através da veia porta hipotalâmica. 
A parede intestinal possui várias camadas na condução do 
conteúdo pelo lúmen do TGI, especialmente as camadas de 
músculo liso que funcionam como um sincício. 
Cada camada de músculo liso se conecta uma com a outra, de 
maneira que estímulos contráteis excitatórios desse músculo 
interfira na excitação de ambas as camadas. 
 
Movimentação do TGI 
▪ Contrações peristálticas: são responsáveis pelo movimento “para frente” (progressiva; conduz o alimento até 
o ânus); 
▪ Contrações segmentares: são responsáveis pela mistura (contrações seguidas de relaxamento); 
▪ São estimulados por sinais químicos, neurais, endócrinos e mecânicos; 
▪ Induzidos por contrações da musculatura lisa. 
Atividade elétrica intríseca do músculo liso gastrointestinal 
▪ O músculo excitado por atividade elétrica intríseca, contínua e lenta; 
▪ A atividade elétrica é classificada como ondas lentas ou potencial em ponta; 
▪ A distância da propagação do sinal depende da intensidade do impulso; 
▪ A camada muscular circular se conecta com a longitudinal e ambas se excitam com o mesmo estímulo. 
As células intersticiais de Cajal e ondas lentas 
▪ As céls de Cajal se interpõem entre as camadas de músculo liso, e formam uma rede em conexão com fbras 
do TGI; 
▪ São responsáveis pela atividade elétrica intríseca, ritmíca e contínua do TGI; 
▪ Possuem canais iônicos específicos que periodicamente se abrem permitindo influxo de sódio que se propaga 
através de junções comunicantes; 
▪ Se auto-excitam e promovem variações lentas e progressivas do potencial de repouso com intensidade entre 
5 a 15 milivolts – marca-passo elétrico; 
▪ Isoladamente não causam contração muscular porque NÃO promovem a abertura de canais de cálcio. 
 
Ondas lentas – são variações do potencial de repouso das membranas celulares, sem gerar PA. Não causam contração 
muscular, mas estimula o potencial em ponta. 
Potenciais em ponta – verdadeiros potenciais de ação gerados quando a membrana fica mais positiva que -40. São 
promovidas ondas lentas, e possuem longa duração por abrirem os canais lentos de cálcio-sódio. 
Fisiologia 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
Céls intersticiais de Cajal – atuam como marca-passo elétrico das céls de músculo liso. 
Fatores que despolarizam – estiramento do músculo liso, toxinas, acetilcolina e hormônios gastrointestinais 
específicos. 
Fatores que hiperpolarizam – norepinefrina e epinefrina. 
Tipos de movimentos do TGI 
▪ Movimentos propulsivos – promove transporte do alimento pelo TGI na velocidade ideal, em resposta a 
estímulos como distensão, irritação química, física e hormônios. 
▪ Movimentos de mistura – são contrações constritivas intermitentes locais em diversas regiões do intestino, 
que separa e tritura o conteúdo intestinal. 
▪ Eventos mediados por reflexos: 
▪ Relaxamento receptivo – passagem do bolo alimentar → relaxamento da musculatura. 
▪ Relaxamento receptivo – enchimento → dilatação. 
 
A união celular em tecido saudável é importante para evitar a entrada de bactérias, e que alimentos mais complexos 
como a proteína, cheguem na corrente sanguínea. 
Em caso de inflamação persistente pode ocorrer o rompimento das junções oclusivas, permitindo a entrada de 
bactérias, até mesmo da flora intestinal normal, que são controladas para ficar dentro do tubo digestivo, ocasionando 
lesão das vilosidades e microvilosidades, podendo gerar um quadro de sepse. 
▪ Transporte paracelular – passa por entre as céls; 
▪ Transporte transcelular – atravessa as céls, entra 
pela membrana apical, entra no citoplasma e sai 
através da membrana basal. 
 
 
 
Resposta imune aos patógenos intestinais 
Os enterócitos são céls polarizadas, ou seja, parte é voltada 
para o lúmen (onde tem-se as microvilosidades), e a outra parte está voltada para os vasos sanguíneos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
Infecção intestinal, diarréia, vômito e desidratação: 
Desidração é a perda de água dentro célula, causando sofrimento celular. 
▪ A resposta imune estimula a contração do músculo liso e acelera os movimentos intestinais (a inflamação 
pode ser causada por patógeno, intolerância; a resposta imune envia sinais para acelerar o músculo liso como 
mecanismo de defesa e expulsar o patógeno); 
▪ O ritmo intestinal aumentado reduz a digestão e absorção de micro e macrontrientes; 
▪ O epitélio intestinal sofre redução da área de superfície absortivas (pode ocorrer ou não a destruição do 
epitélio intestinal); 
▪ Os sucos digestivos são eliminados e geram perda de líquido corporal (a cél perde água e não recebe 
nutrientes); 
▪ O vômito e a diarréia contribuem para a perda de líquidos e nutrientes (mecanismo de defesa para expulsar o 
patógeno); 
▪ Os tecidoscorporais ficam desidratados e estimula a vontade de beber água; 
▪ Em muitos casos, é necessário realizar a TRO. 
 
Mecanismo da sede: 
No hipotálamo estão localizados os osmoreceptores hipotalâmicos, (céls que respondem a osmolaridade, ou seja, a 
concentração de solutos no meio) que reagem a um abiente com osmolaridade aumentada. 
Nessa situação, essas céls por estarem em um ambientes com a osmolaridade aumentada acabam perdendo água 
para equilibrar o meio, ficando desidratado, e como consequência desencadeiam a sensação de sede no indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRO – Transportador 1 de sódio/glicose (SGLT1) – transporte ativo secundário eletrogênico: 
Na porção apical dos enterócitos, existem as proteínas que são co-transportadoras (SGLT1), transportando sódio com 
outra substância, podendo ser glicose e aminoácidos, para dentro dos enterócitos que irão projetar para o interior do 
vaso sanguíneo. 
O que se encontra dentro do lúmen e for digerido, vai atravessar a borda em escova (porção apical do enterócito), que 
vai entrar no citoplasma, e sair dessa célula através da membrana basolateral e ir para o interstício, de lá entra no 
capilar, vai para o fígado e posteriormente para o restante do corpo. 
O soro caseiro ao chegar no interstício e encontrar o enterócito, ele vai ativar a proteína co-transportadora, fazendo 
com que a célula tenha maior capacidade de absorver sódio e glicose, e entrar no enterócito levando água, fazendo 
com que o corpo tenha uma reidratação. Daí, teremos no vaso sanguíneo sódio, água e glicose. 
Catharina Moura e Isis Agra, 1° semestre – Medicina | UNIDOM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Renina Angiotensina Aldosterona 
O rim em resposta a redução da volemia sanguínea libera renina, que vai atuar sobre o angiotensinogênio (produzido 
pelo fígado) presente no corpo, convertendo-o em angiotensina 1 através de uma via de sinalização endócrina. A 
angiotensina 1 vai circular pelo corpo e chegar aos pulmões, onde encontra-se uma grande quantidade de ECA (enzima 
conversora de angiotensina) em seus capilares, convertendo-a em angiotensina 2. 
A angiotensina 2 vai estimular a atividade simpática do coração aumentando a FC que aumenta a força de contração, 
e consequentemente elevar a PA; estimular a suprarrenal a produzir aldosterona, que vai fazer com que os rins 
reabsorvam mais sódio; reduzir a concentração de sódio na urina, fazendo com que o indivíduo urine menos; vai atuar 
no músculo liso fazendo uma vasocontricção nos vasos sanguíneos, afim de elevar a PA; atuar na neuro-hipófise 
fazendo com que o corpo libere ADH que junto com a aldosterona vai reduzir o débito urinário. A ADH vai atuar nos 
rins evitando a perda de água na urina, fazendo com que o corpo retenha sódio e água.

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