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TEOLOGIA SITEMA_TICA I

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TEOLOGIA SITEMÁTICA I 
Antropologia Teológica, Soteriologia e Hamartiologia Por: Alexandre Almeida 
1 
 
 
TEOLOGIA SITEMÁTICA I 
Antropologia Teológica, Soteriologia e Hamartiologia 
 Por: Alexandre Almeida 
 
1. ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA 
A Antropologia Teológica ocupa-se unicamente com o que a Bíblia diz a respeito do 
homem e da relação em que ele está e deve estar com Deus (BERKHOF, 2001, P. 167). A 
Antropologia Bíblica confina-se à Palavra de Deus e a corroboração que a experiência 
humana pode dar do testemunho que confirma a verdade revelada (CHAFER, 2003 p. 
535). 
1.1. Antropologia 
A palavra antropologia tem origem em dois termos gregos e significa “estudo do 
homem”. A teologia é o estudo acerca de Deus de acordo com uma perspectiva bíblica. 
Então a antropologia teológica nada mais é do que a doutrina bíblica do homem. 
No contexto da teologia cristã, a antropologia teológica ou antropologia cristã difere 
da antropologia social e biológica, embora considere questões sociológicas e biológicas 
quanto a natureza social e biológica do ser humano, assim, a antropologia teológica é 
o estudo do humano ("antropologia") em sua relação a Deus (“perspectiva teológica”). 
-A antropologia geral é a área da ciência que se dedica ao estudo aprofundado sobre o 
ser humano, é é o estudo cientifico que tem o homem como objeto de análise 
valendo-se de todas as ciências que tratam de sua origem, natureza e potencialidades 
– isso inclui a constituição e história da humanidade, a estrutura e características 
fisiológicas e psíquicas do homem, e seu desenvolvimento etnológico, cultural, 
linguístico e religioso. 
- A antropologia teológica(cristã), por sua vez, volta-se à articulação entre a existência 
humana e as escrituras sagradas, refletindo sobre a vida individual e coletiva, também 
sobre a realidade prática da existência, vida e finitude do homem, ela se preocupa 
exclusivamente acerca do que a Bíblia revela acerca do homem. Como bem define o 
teólogo sistemático Louis Berkhof, a antropologia teológica ocupa-se unicamente do 
que a Bíblia diz a respeito do homem e da relação em que ele está e deve estar com o 
Deus Criador. 
1.2. Antropologia Geral 
Implicações Biológicas 
TEOLOGIA SITEMÁTICA I 
Antropologia Teológica, Soteriologia e Hamartiologia Por: Alexandre Almeida 
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A Antropologia Biológica (ou Física) ajuda a compreender o processo biológico, pois 
em geral, o ser humano antes de tudo é como uma “espécie do reino animal” 
(LABURTHE; WARNIER, 2003, P. 45) que foi passando da sua condição de: antropoide 
(animais mais semelhantes ao ser humano - 10 a 12 milhões de anos atrás), para a 
condição hominídea (pertenciam ao gênero Australopithecus - a partir de 9 milhões de 
anos atrás). Sendo assim, em tese, o homem teria evoluído biologicamente (MENDES, 
1997; POUGH, 2006), como também culturalmente, e o brasileiro, naturalmente, 
passou também por esse processo de formação e transformação, ou seja, assumiu 
características físicas especificas que lhes foram atribuídas em consequência da 
miscigenação (SUPERINTERESSANTE, 31 de ago de 2005. Disponível em: 
<https://super.abril.com.br/cultura/a-cara-do-brasileiro/> Acesso em: 14 set 2021). 
A miscigenação(inter-racial) do brasileiro é algo incontestável conforme as tantas 
variações genéticas comumente encontradas por meio de análise do 
DNA.(RODRIGUES, Lucas de Oliveira. "Raça e etnia"; Brasil Escola. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/raca-etnia.htm>. Acesso em: 25 de 
setembro de 2021). 
Implicações Culturais 
A Antropologia Cultural, entende por evolução cultural, que o ser humano foi “capaz 
de produzir e acumular experiências e principalmente de transmiti-las 
socialmente”(MARCONI; PRESOTTO, 2014 P. 77). De alguma maneira o homem chegou 
às Américas e ao se estabelecer evoluiu adquirindo novos hábitos. Essa evolução pode 
talvez ser explicada pela hipótese das circunstâncias adversas da geografia local, o 
então, denominado “determinismo geográfico” proposto por Friedrich Ratzel . 
O por quê da desigualdade entre europeus e brasileiros, mesmo tendo sido o Brasil 
colonizado pelos europeus tem como um dos fundamentos a colonização portuguesa 
no Brasil, que economicamente foi de cultura rural que se prolongou por muito tempo, 
diferente do que acontecia na Europa, que avançava para o mercantilismo. Enquanto 
no Brasil escravos trabalhavam e senhores mandavam, na Europa, a classe burguesa se 
destacava propondo mudança através das revoluções (AVELINO, 1990). 
Implicações Geográficas 
O determinismo geográfico(ou ambiental) proposto por Friedrich Ratzel, defende que 
a geografia da região, como condições climáticas, determina os padrões da cultura 
humana e seu desenvolvimento social. (REVISTA ESPAÇO E GEOGRAFIA. Portal 
Periódicos CAPES, c2021. Disponível em: <http:// www. lsie.unb.br/ espaco 
egeografia/index.php/espacoegeografia/article/view/781>. Acesso em: 09 de set de 
2020). Esse ponto de vista dos fatores climáticos, por exemplo, foram usados por 
Platão e Aristóteles para explicar porque os gregos eram mais desenvolvidos do que 
outras sociedades em climas muito mais quentes ou muito mais frios. Além disso, 
Aristóteles criou seu sistema de classificação climática para explicar porque as pessoas 
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Antropologia Teológica, Soteriologia e Hamartiologia Por: Alexandre Almeida 
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estavam limitadas ao assentamento em certas áreas do globo (GOSSETT, 1997, p. 3-16; 
LIVINGSTONE, 2011, p. 370). . 
Em tese, os brancos(europeus) que colonizaram as Américas, em geral, tendem a 
serem mais prósperos por conta de um viés genético que foi circunstancialmente 
adaptado por uma determinada circunstância regional. Naturalmente e geneticamente 
o organismo de um branco tende a influenciar mais para o foco ao trabalho e ao 
estudo do que o organismo do africano, isso por causa do fator geográfico dos 
hemisférios norte de clima frio/temperado(AYOADE, 1991), onde a civilização 
precisava focar mais no trabalho e no aprendizado para sobreviver, do que no 
hemisfério sul de clima quente/tropical(AYOADE, 1991), onde a civilização não 
precisava trabalhar muito para sobreviver, nem se preocupar com o aprendizado 
excessivo, pois tudo era produzido sem muito esforço por conta das condições 
geológicas e climáticas que são mais favoráveis no hemisfério sul (PENA, Rodolfo F. 
Alves. "Friedrich Ratzel"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/friedrich-ratzel.htm. Acesso em 13 de 
setembro de 2021). Este referido argumento, em tese, responde a pergunta: Por que o 
brasileiro de colonização cultural europeia, não seguiu a cultura do europeu que é a do 
bom senso, do trabalho em primeiro lugar, da formação e de práticas menos 
corruptas? 
A cultura relaxada, acomodada do brasileiro deve-se em hipótese ao determinismo 
geográfico e às condições climáticas na sua origem, isso explica em tese a indolência 
indígena, a inferioridade do brasileiro afrodescendente resultante da miscigenação, ou 
seja, o brasileiro de hoje, por essas razões, em hipótese, teria se originado dessas 
circunstâncias e assumido assim naturalmente características culturais e habituais de 
trabalhar menos por não ser tão necessário em relação às civilizações do hemisfério 
norte, onde tinham que trabalhar demasiadamente pra sobreviver a temperaturas 
climáticas desfavoráveis (RATZEL, 1983); (ARCASSA, Wesley de Souza, UNESP – Campus 
de Ourinhos, S.I. Disponível em: 
<http://www2.fct.unesp.br/semanas/geografia/2011/2011-
ensino%20e%20epistemolgia/ wesley %20e%20Paulo.pdf>. Acesso em: 10 de set de 
2021). 
Implicações Religiosas 
A Antropologia bíblica(Teológica) difere-se da Antropologia científica em método de 
abordagem e propósito para explicar as implicações teológicas, filosóficas da religião e 
culturais quanto aos valores morais e éticos, pois a cultura brasileira,bem como de 
todo o mundo ocidental, foram moldadas pelo cristianismo(KENNEDY; NEWCOMBE, 
2003). 
1.3. A Constituição do homem 
A) Cientificamente e Teologicamente 
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Antropologia Teológica, Soteriologia e Hamartiologia Por: Alexandre Almeida 
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-Antropogênese (origem do homem) 
-Biogênese (a vida é necessária para geração de vida) 
-Abiogênese (a vida oriunda da matéria inanimada) 
-Micro e macro evolução (evolução de micro organismo e macro evolução dos 
hominídeos) 
-Evolucionismo teísta (Deus e´o agente do processo evolutivo) 
B) Biblicamente 
Corpo, alma e espírito (Genesis 1.27-2.7) 
-Dicotomia 
Corpo + Alma/Espírito 
-Tricotomia 
Corpo + Alma + Espírito 
2. SOTERIOLOGIA 
A salvação do pecador perdido está fundamentada no grandioso amor que Deus tem 
pelas suas criaturas morais. Esse amor, que é um dos atributos morais da Deidade, é o 
amor sacrificial, desinteressado, não circunstancial. É o amor eterno que Deus nos tem 
em Cristo Jesus. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho 
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo 
3.16. (Veja ainda Rm 5.8; Gl2.20; 2 Ts 2.16; 1 Jo 4.8-10,16,19; Ap 1.5). 
 A salvação foi realizada por nosso Senhor Jesus Cristo, Filho Eterno de Deus, que veio 
a este mundo em carne e ofereceu a sua preciosa vida em sacrifício na cruz do 
Calvário, para salvar da perdição eterna que pesava sobre o homem por causa de seus 
pecados. Para autenticar o ato Redentor feito pela Sua morte, Jesus ressuscitou dentre 
os mortos pelo poder de Deus. “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou 
para nossa justificação” Rm 4.25. (Veja ainda Jo 3.16; 1 Tm 1.15; 2.5; Hb 5.9; 7.25; 1 Co 
15.3,4; Ef 1.5-7; Cl 1.13,14; At 4.12). 
Sendo assim, vamos estudar a soteriologia a partir dos tópicos a seguir. 
2.1. Conceito 
Soteriologia é uma palavra que advém da junção de duas palavras gregas, “soteria” ou 
σωτήριος *Soterios+ = “salvação” e “logos” = “estudo”. Em teologia é a doutrina da 
salvação em todos os seus aspectos. 
2.2.Subdivisões 
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Há subdivisões dentro da soteriologia que abordam a salvação em seus diferentes 
aspectos, tais como: 
-é o plano eterno e obra remidora de Deus; 
-a expiação no sangue de Cristo; 
-a operação da graça divina; 
-o estado do homem em relação ao pecado; 
-a obra do Espírito Santo; 
-e o destino final do homem. 
2.3. Os pontos mais importantes sobre a soteriologia bíblica. 
São muitas as teorias soteriológicas, sendo assim, estudaremos as mais relevantes: 
2.3.1. Sinergismo e Monergismo 
Dentro da soteriologia bíblica também é discutida a forma com que o homem 
interagem no processo de salvação. Neste ponto surge duas ideias básicas: Sinergismo 
e Monergismo. 
No sinergismo a salvação é definida como um resultado da vontade de Deus em 
cooperação (sinergia) com a escolha humana. 
No Monergismo, a salvação é uma obra absolutamente de Deus, sem influência 
alguma do homem. 
A partir disso, se discute o tão famoso debate entre livre-arbítrio e predestinação que 
abordaremos mais a frente. 
2.3.2. Algumas linhas 
A questão do Sinergismo e Monergismo deu origem a um grande debate se estende 
dentro da Igreja ao longo dos séculos. Esse debate resultou em algumas linhas 
teológicas muito conhecidas e aplicadas nas igrejas. 
- Arminianismo: o maior expoente deste sistema foi o teólogo holandês Jacob 
Armínio (1560-1609). Este sistema tenta explicar uma ideia de livre-arbítrio humano 
em relação à soberania de Deus. O Arminianismo deposita mais ênfase na 
responsabilidade humana que, em certo momento, acaba se sobressaindo em relação 
à soberania de Deus, pelo menos no que diz respeito à salvação. Os pontos principais 
do Arminianismo moderno são: Depravação Parcial (o homem mesmo corrompido 
pelo pecado é capaz de escolher se aproximar de Deus); Eleição Condicional (Deus 
elegeu os salvos com base em sua presciência sabendo quem iria crer n’Ele); Expiação 
Ilimitada (Jesus morreu por todos, incluindo os que não serão salvos); Graça Resistível 
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Antropologia Teológica, Soteriologia e Hamartiologia Por: Alexandre Almeida 
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(o homem pode resistir à salvação); Queda da Graça ou Salvação Condicional (o 
homem pode perder a salvação, sendo necessário então mantê-la). Vale lembrar que o 
Arminianismo clássico rejeita a Depravação Parcial e tem uma visão mais parecida com 
o Calvinismo em relação à Depravação Total. Muitos arminianos, principalmente os 
clássicos, também rejeitam a ideia da Queda da Graça. 
-Calvinismo: tem João Calvino (1509-1564) como maior expoente, embora 
antes dele muitos líderes da Igreja já defendiam a mesma ideia em relação à salvação. 
O Calvinismo enfatiza a soberania de Deus em relação à responsabilidade humana, e 
nega a ideia de livre-arbítrio. Os pontos principais do Calvinismo são: Depravação Total 
(o homem é incapaz de escolher a salvação por estar morto em delitos e pecados); 
Eleição Incondicional (Deus elegeu soberanamente alguns para a salvação já que o 
homem é incapaz de qualquer resposta à Deus); Expiação Limitada (o sacrifício de 
Jesus é eficaz apenas para os eleitos, ou seja, Cristo morreu apenas pelos que 
realmente seriam salvos); Graça Irresistível (quando Deus chama o homem, este 
efetivamente responde de forma positiva); Perseverança dos Santos (todos aqueles 
que Deus escolheu irão perseverar na fé e jamais pereceram, pois a obra de Deus é 
completa). Dentro do Calvinismo existe também o Calvinismo de Quatro Pontos. Este 
último discorda da ideia de Expiação Limitada e defende uma visão semelhante ao do 
Arminianismo. 
 -Pelagianismo: ensino que foi defendido por um monge chamado Pelágio do 
século IV. Seu ensinamento afirmava que os homens não nascem contaminados pelo 
pecado. Segundo ele os homens são naturalmente inocentes e aprendem a pecar no 
decorrer da vida. Este é o ensino mais focado na defesa do livre-arbítrio do homem. 
Para o Pelagianismo o homem possui uma alma livre do pecado, ou seja, ele pode ser 
imparcial. Esta ideia contradiz totalmente a Bíblia que afirma que todos os homens são 
afetados pelo Pecado Original de Adão (Romanos 5:12). Ninguém consegue escapar de 
nascer com inclinação ao mal (Romanos 3:10), já que somos pecadores no momento 
da concepção (Salmo 51:5). Como resultado disto, todos os homens morrem (Romanos 
6:23). 
 -Semipelagianismo: é uma adaptação do Pelagianismo e ensina que a 
humanidade é contaminada pelo pecado, mas não de tal forma que impeça o homem 
a se decidir por Deus. Em outras palavras, o homem supostamente seria capaz de 
cooperar com Deus devido aos seus esforços e escolhas. Então isto seria um tipo de 
“depravação parcial” e não “depravação total”. A Bíblia é clara ao afirmar que o 
homem é totalmente incapaz de se aproximar de Deus por escolha própria. Ele é 
incapaz de cooperar com Deus em relação à salvação, e possuí sua natureza 
completamente corrompida. 
2.3.3. A Predestinação 
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Antropologia Teológica, Soteriologia e Hamartiologia Por: Alexandre Almeida 
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Para a doutrina da Predestinação, a Salvação do crente não foi obra do acaso, um caso 
fortuito, mas é parte dum plano estabelecido por Deus antes que o mundo fosse 
mundo. Antes dos tempos eternos, Deus, no Seu propósito e graça, escolheu, de 
maneira soberana, sem depender de fé prevista ou boas ações, um grupo de pessoas, 
que é a Sua Igreja, para nele mostrar o beneplácito de sua Graça aos vasos de 
misericórdia, os quais preparou de antemão. Essa gloriosa doutrina chamada de 
Predestinação, refutada por alguns, mas nunca contestada eficazmente, que dá a Deus 
toda a glória pela redenção do homem, desde a procura de Deus pelas ovelhas 
perdidas, passando pela convicção de pecado, pela concessão da fé salvadora,pela 
chamada eficaz, pela salvação efetiva, pela perseverança do crente até o estado final 
de glorificação, é uma das grandes razões porque o crente jamais perderá a salvação. 
Vejamos alguns textos que sustentam a eleição da graça: “Porque os que dantes 
conheceu, também os predestinou para serem conforme a imagem de seu filho, a fim 
de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que predestinou, a estes 
também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou, a 
estes também glorificou”. Rm 8.29,30. “Como também nos elegeu (escolheu) nele 
antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em 
amor” Ef 1.4. “E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que 
amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” Rm 8.28. “Mas 
nós devemos dar graças a Deus por vós, irmãos, porque Deus vos escolheu desde o 
princípio para a salvação, mediante a santificação do Espírito e fé na verdade e para 
isso vos chamou pelo Evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus 
Cristo” 2 Ts 2.13,14. “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo 
as nossas obras, mas segundo o seu propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus 
antes dos tempos eternos” 2 Tm 1.9. (Veja ainda 1 Pe 1.2; 1 Ts 5.9; At 13.48; Jo 
6.65,44,45). Ainda existem na Bíblia inúmeros outros textos que tratam do assunto da 
eleição do crente para a salvação, mas os citados são bastante para corroborarem a 
doutrina da predestinação. 
13) Calvinismo x Arminianismo João Calvino, um dos expoentes da reforma 
protestante em suas Institutas enfatizou a doutrina da predestinação, afirmando que o 
ser humano só pode usufruir da salvação eterna dispensada pelos méritos de Cristo se 
tiver sido predestinado para tal. “... e creram todos quantos haviam sido destinados 
para a vida eterna” At 13.48. Calvino ensinava que essa predestinação era baseada 
unicamente na livre graça de Deus, independente de qualquer ato ou fé previsto do 
pecador que viesse a torná-lo agradável a Deus. “Nele, digo, em quem também fomos 
feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz 
todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade” Ef 1.11. Ensinava Calvino ainda 
que o pecado inabilitou completamente o homem e por isso ele é totalmente incapaz 
de se aproximar de Deus se o Espírito Santo o não regenerar primeiro. “E continuou: 
Por isso vos disse que ninguém pode vir a mim, se pelo Pai lhe não for concedido” Jo 
6.65. “Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer...” Jo 
6.44,45.Jacob Arminius, teólogo holandês, discordando de Calvino, ensinava que o 
TEOLOGIA SITEMÁTICA I 
Antropologia Teológica, Soteriologia e Hamartiologia Por: Alexandre Almeida 
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pecado não inabilitou o homem totalmente e sim que ele ainda conservava a 
faculdade de por si mesmo, independente da ação divina, de dá resposta ao evangelho 
de Cristo. Queria dizer Arminius que o homem colaborava com a sua salvação, pois, ele 
tinha o livre arbítrio de aceitar ou de rejeitar a obra redentora de Cristo. Afirmava 
ainda Arminius que a salvação uma vez recebida poderia ser perdida se o indivíduo não 
perseverasse na fé. 
No Sinodo de Dort, o arminianismo foi condenado como herético e os 
reformadores elaboraram os cinco pontos do calvinismo que tratam do assunto da 
salvação, conforme abaixo: 
a)Os Cinco Pontos do Calvinismo 
I-Depravação Total 
O pecado atingiu o homem tão profundamente que o inabilitou de qualquer 
capacidade de dá resposta positiva aos apelos do Evangelho; 
II-Eleição Incondicional 
Deus, na sua graça infinita, elegeu a Igreja para a salvação independente de qualquer 
ato previsto; 
III-Expiação Limitada 
Cristo morreu na cruz do Calvário somente pelos eleitos, ou seja, somente aqueles que 
são predestinados para a salvação é que serão eficazmente salvos; 
IV-Graça Irresistível 
Todos os eleitos serão, no devido tempo, atraídos pelo Espirito Santo a Cristo para 
alcançar a salvação. Nenhum dos escolhidos de Deus deixará de receber a salvação 
através de Cristo; e, 
V-Perseverança dos Santos 
Todos os eleitos perseverarão na fé até o final de sua jornada aqui neste mundo. 
Jamais cairão da graça de Deus que os sustenta. 
Em inglês, os cinco pontos são(TULIP): 
 T- Total Depravity (Depravação Total) 
 U- Unconditional Election (Eleição Incondicional) 
 L- Limited Atonement (Expiação Limitada) 
 I- Irresistible Grace (Graça Irresistível) 
 P- Perseverance of the Saints (Perseverança dos Santos) 
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Antropologia Teológica, Soteriologia e Hamartiologia Por: Alexandre Almeida 
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b) Os cinco pontos do Arminianismo 
I. VONTADE LIVRE 
O primeiro ponto do arminianismo sustenta que o homem é dotado de vontade livre. 
-Os reformadores reconhecem que o homem foi dotado de vontade livre, mas 
concordam com a tese de Lutero — defendida em sua obra “A Escravidão da Vontade” 
de que o homem não está livre da escravidão a Satanás. 
-Arminius acreditava que a queda do homem não foi total, e sustentou que, no 
homem, restou bem suficientemente capaz de habilitá-lo a querer aceitar Cristo como 
Salvador. 
II. ELEIÇÃO CONDICIONAL 
-Arminius ensinava também que a eleição estava baseada no pré-conhecimento 
de Deus em relação àquele que deve crer. 
-Em outras palavras, o ato de fé, por parte do homem, é a condição para ele ser 
eleito para a vida eterna, uma vez que Deus previu que ele exerceria livremente sua 
vontade, num ato de volição positiva para com Cristo. 
III. EXPIAÇÃO UNIVERSAL 
-Conquanto a convicção posterior de Arminius fosse a de que Deus ama a 
todos, de que Cristo morreu por todos e de que o Pai não quer que ninguém se perca, 
ele e seus seguidores sustentam que a redenção (usada casualmente como sinônimo 
de expiação) é geral. Em outras palavras: 
- A morte de Cristo oferece a Deus base para salvar a todos os homens. 
- Contudo, cada homem deve exercer sua livre vontade para aceitar a Cristo. 
IV. A GRAÇA PODE SER IMPEDIDA 
-O arminiano, em seguida, crê que uma vez que Deus quer que todos os 
homens sejam salvos, ele envia seu Santo Espírito para atrair todos os homens a Cristo. 
-Contudo, desde que o homem goza de vontade livre absoluta, ele pode resistir 
à vontade de Deus em relação a sua própria vida. (A ordem arminiana sustenta que, 
primeiro, o homem exerce sua própria vontade e só depois nasce de novo.) 
-Ainda que o arminiano creia que Deus é onipotente, insiste em que a vontade 
de Deus, em salvar a todos os homens, pode ser frustrada pela finita vontade do 
homem como indivíduo. 
V. O HOMEM PODE CAIR DA GRAÇA 
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Antropologia Teológica, Soteriologia e Hamartiologia Por: Alexandre Almeida 
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-O quinto ponto do arminianismo é a conseqüência lógica das precedentes posições de 
seu sistema. 
- O homem não pode continuar na salvação, a menos que continue a querer ser 
salvo. 
 
2.4. Processo da Salvação numa perspectiva ortodoxa 
A salvação é a manifestação da graça de Deus, por meio de Jesus Cristo, na vida de 
uma pessoa, salvando-a da perdição eterna provocada pelo pecado, quando ela, 
arrependida, num ato voluntário de fé aceita e crê em Jesus como seu único, suficiente 
e eterno Salvador, sendo assim, temos as seguintes etapas dessse processo. 
1º Vem de Deus 
Deus em Cristo Jesus oferece gratuitamente a salvação a todos os pecadores perdidos. 
A salvação é um dom gratuito de Deus ao homem. “E o Espírito e a esposa dizem: Vem. 
E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da 
água da vida” Ap 22.17. (Veja ainda Rm 6.23; Tt 2.11; Is 55.1-3; Jo 7.37; Mt 11.28-30; Ef 
2.8). 
2º Mediante o arrependimento 
Deus exige que o ser humano, para receber dele o perdão, arrependa-se de seus 
pecados, isto é, reconheça a sua condição de pecador perdido aos olhos do Todo-
Poderoso e tome a firme decisãode abandonar a vida pecaminosa. “Mas Deus, não 
tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo 
o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça 
há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, 
ressuscitando-o dentre os mortos” At 17.30,31 (Veja ainda Lc 15.17-20; 18.13; 24.47; 
Mc 1.15). 
3º Mediante a fé (Crer em Jesus) 
O outro passo que deve ser tomada é o passo da fé. A salvação oferecida, 
gratuitamente, por Deus ao pecador perdido, deve ser recebida pela fé. O pecador, 
arrependido, deve aceitar e crer em Jesus como seu único, suficiente e eterno 
Salvador. “E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” At 
16.31 (Veja ainda Mc 1.15; Mc 16.15,16; Ef 2.8; Rm 5.1; 10.8-11; Gl 2.16; 3.11). 
4º A Posse da Salvação 
A salvação é gozada neste mundo a partir do momento em que a pessoa arrependida 
crer em Jesus como seu Salvador pessoal, e tem um prolongamento por toda a 
eternidade através da vida eterna dada por Deus. “Na verdade, na verdade vos digo 
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que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e 
não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” Jo 5.24 (Veja ainda Jo 
3.16; 6.47; Lc 23.43; 1 Jo 5.11,12). 
5º Perdão dos pecados 
No ato da conversão, todos os pecados da pessoa são perdoados pelo poder do sangue 
de Jesus. “E ele (Jesus) é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos 
nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” 1 Jo 2.2. (Veja ainda Ef 4.32; Cl 
2.13; 3.13; Mt 9.2; 1 Jo 2.12; Sl 32.1). 
6º A Justificação 
No ato da conversão a pessoa é declarada justificada diante de Deus pela imputação 
da justiça ou méritos de Cristo. “Tendo em vista a manifestação da sua justiça no 
tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em 
Jesus” Rm 3.26. (Veja ainda Rm 3.24,28; 5.1,9; 8.30,33; Tt 3.7). 
7º Redenção 
Quando da conversão a pessoa é resgatada da escravidão do pecado e do poder do 
Diabo e transportada, espiritualmente, para o Reino da Luz, graças ao poder redentor 
do sangue de Jesus derramado na cruz do Calvário. “Sabendo que não foi mediante 
coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil 
procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de 
cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” 1 Pe 1.18,19. (Veja ainda Rm 
3.24; 1 Co 1.30; Ef 1.7; Cl 1.14; Hb 9.12; 1 Co 6.20; 7.23). 
8º Regeneração 
No ato da conversão, a pessoa inicia o processo de regeneração, de transformação em 
nova criatura, nascendo de novo pela instrumentalidade do Espírito Santo. “Não por 
obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou 
mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre 
nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.” Tt 3.5,6. (Veja ainda Jo 3.3; 1 
Pe 1.3,23; 2 Co 5.17). 
9º Adoção 
No ato da conversão a pessoa é adotada por Deus como filho, passando a gozar, a 
partir daí, dos direitos e privilégios inerentes a essa nova relação estabelecida com o 
Pai Celestial. Isso implica também na responsabilidade que recai sobre o crente de 
viver conforme o Evangelho de Cristo. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o 
poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.” Jo 1.12. 
(Veja ainda Rm 8.15; Gl 4.5-7; Ef 1.5; 1 Jo 3.1,2). 
10º Reconciliação 
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No ato da salvação, a pessoa é reconciliada com Deus por intermédio de Jesus Cristo, 
desfazendo-se, assim, a inimizade que existia entre Deus e o homem por causa do 
pecado. “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de 
Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo 
reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e 
nos confiou a palavra da reconciliação.” 2 Co 5.18,19. (Veja ainda 1 Tm 2.5; Rm 
5.10,11; Ef 2.12-19; Cl 1.20; Hb 9.15; 12.24). 
11º Santificação 
No ato da conversão, a pessoa é purificada de seus pecados numa ação instantânea da 
graça de Deus. Isso é chamado de Santificação Posicional. Daí por diante o crente tem 
que se esforçar para manter o seu coração puro diante de Deus. Chama-se essa fase da 
santificação de Experimental. “Aquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou 
dos nossos pecados.” Ap 1.5. “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; 
que vos abstenhais da prostituição” 1 Ts 4.3. (Veja ainda 1 Jo 1.9; 1 Co 6.11; Hb 
10.10,29; 1 Ts 4.7; 5.23). 
12º Glorificação 
No programa de Deus, em relação à Igreja, há uma bênção futura para todos os 
crentes, que é a redenção ou glorificação do corpo. Isso quer dizer que todos os salvos, 
os falecidos e os que estiverem vivos, quando do arrebatamento da Igreja, terão os 
seus corpos glorificados, habilitando-os, assim, a viverem para sempre com o Senhor. 
“Pois a nossa pátria está nos Céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor 
Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo 
da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as 
coisas.” Fp 3.20,21. (Veja ainda Rm 8.17,30; Cl 3.4; 1 Pe 5.1; 1 Jo 3.2; Ef 5.27; 1 Co 
15.53-57). 
 
3. HAMARTIOLOGIA 
“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, 
assim também a morte passou a todos os homens, por isso, que todos pecaram” 
Romanos 5:12 
3.1. Conceito 
Hamartiologia é uma palavra que vem de dois termos gregos, “hamartia” ou 
“hamartano”(ἁμαρτάνω) = “errar o alvo”, “impureza”, “erro”, “desvio”, e “logos” = 
“palavra”, “estudo” ou “raciocínio”. Por tanto, em teologia é o estudo ou a doutrina 
pecado. 
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 A hamartiologia é uma disciplina que apresenta um estudo sistemático a respeito do 
pecado em todos os seus aspectos conforme exposto na Bíblia Sagrada. A 
hamartiologia aborda a origem e o que é o pecado, as suas implicações na história da 
criação e assim, ajuda na compreensão da grandeza da salvação providenciada pela 
obra redentora de Cristo. 
3.2. A origem do pecado 
Pecado em suma, é contrariar a vontade de Deus. Mesmo antes da 
desobediência(pecado) de Adão e Eva, o pecado se fez presente no mundo angélico o 
que resultou com a queda de Satanás e seus anjos. Mas com respeito à raça humana, o 
primeiro pecado foi em Adão e Eva no jardim do Éden (Gn 3.1-19). O ato de comer o 
fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal representa o aspecto típico da 
origem do pecado através do homem. 
O pecado “original”, do qual todos os homens já nascem participando, diz respeito 
principalmente à condição pecaminosa de todos os seres humanos após a Queda do 
Homem. A Bíblia diz que quando Adão caiu em pecado contra Deus, todos os seres 
humanos caíram com eles, tornando-se igualmente culpados. O homem não é pecador 
porque peca, mas peca porque é pecador, contrariando assim o pelagianismo. Então 
nesse sentido alguns assuntos importantes são tratados, como: a incapacidade moral 
dos seres humanos e a transmissibilidade da natureza pecaminosa de Adão para sua 
posteridade. 
 
3.3. O pecado em relação a/ao: 
A) Deus 
Deus não pode pecar, e no entanto o plano de Deus “precisaria” ter incluído a 
permissão para a entrada do pecado no mundo, já que desde a eternidade incluía um 
Salvador. 
B) Satanás 
O pecado foi achado em satanás (Ez 28.15). Esta afirmação é o mais próximo que a 
Bíblia chega de uma indicação da origem do pecado. 
C) Anjos 
Alguns deles seguiram a satanás em seu pecado.D) Homem 
O pecado originou-se no Éden. 
E) Indivíduo 
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O pecado é pessoal, cometido por indivíduos. Podem ser pecados deliberados ou 
pecados por ignorância. Errar o alvo também implica atingir o alvo errado. 
3.4. Pecado Imputado 
A) Significado: O resultado da participação de cada homem no pecado original 
de Adão. 
B) Texto-chave: Romanos 5.12 – Toda a humanidade estava em Adão, 
participando de seu pecado e assumindo a culpa resultante dele. 
C) Transmissão do pecado imputado: Transmitido diretamente de Adão a cada 
membro da raça. 
D) Penalidade: Morte física. 
3.5. Consequência 
As consequências do pecado foram catastróficas e universal, se estenderam por toda a 
humanidade e toda criação, trazendo grande desiquilíbrio. 
A hamartiologia aponta os diferentes tipos de pecados conforme representados na 
Bíblia. Além do que é chamado na teologia de “pecado original”, os textos bíblicos 
também falam do pecado imperdoável e dos pecados factuais. Estes últimos ainda 
podem ser internos ou externos, por comissão ou omissão etc. 
3.6. Relativização 
O número de pessoas que desprezam a realidade e a gravidade do pecado, ou que 
relativizam o pecado cresce muito nos últimos tempos, mas a Bíblia não deixa 
qualquer margem para esse tipo de pensamento. Quando desprezamos a realidade do 
pecado, também desprezamos a realidade da obra da redenção que resolve o 
problema do pecado. Quando ignoramos a gravidade do pecado, também ignoramos o 
fato de que o pecado é inaceitável diante de Deus. Por fim, quando relativizamos o 
pecado, também acabamos por relativizar o padrão de retidão e justiça de Deus. 
3.7. Dualismo 
O mal existe porque existe o bem. A desobediência existe porque existe a obediência. 
Teologicamente e religiosamente, o dualismo é um princípio comum a diversas 
religiões e seitas que professa a coexistência irredutível do corpo e do espírito, do bem 
e do mal. Enquanto que filosoficamente, é um pensamento ou doutrina que admite, 
no domínio considerado, dois elementos irredutíveis e independentes (a natureza e a 
graça, a matéria e a energia, a alma e o corpo, o bem e o mal, etc.). 
Em suma, Dualismo é um conceito religioso e filosófico que admite a coexistência de 
dois princípios necessários, de duas posições ou de duas realidades contrárias entre si, 
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como o espírito e matéria, o corpo e a alma, o bem e o mal, e que estejam um e outro 
em eterno conflito. São por excelência doutrinas dualistas aquelas que tentam explicar 
metafisicamente o universo através de dois princípios irredutíveis entre si. 
 
3.8. Paulo e o Novo Testamento 
(anexos) 
 
Referência Bibliográficas 
Dicionário Bíblico Strong 
Lei, Graça e Santificação – Russell Shedd 
O Homem: Corpo, Alma e Espírito – Severino Pedro da Silva 
Palestras em teologia Sistemática – Henry C. Thiessen 
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal – Stanley Horton 
Teologia Sistemática – Lewis S. Chafer 
Teologia Sistemática – Louis Berkhof 
Teologia Sistemática – Norman Geisler 
Teologia Sistemática – Wayne Grudem 
 
 
Av1 seminário nos temas: mal, salvação e pecado 
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